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Edição 2009/2010

Relatório Anual sobre a Situação dos


Recursos Hídricos no Estado do Rio
Grande do Sul

Foto cedida pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE
DEPARTAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

Porto Alegre, Dezembro de 2012


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

APOIO INSTITUCIONAL
Geogr. Marco Mendonça
Diretor do Departamento de Recursos Hídricos

COORDENAÇÃO TÉCNICA

Geogr. Elaine Regina Oliveira dos Santos


Divisão de Planejamento e Gestão/DRH/SEMA

EQUIPE TÉCNICA EXECUTIVA

Geogr. João Manoel S. O. Trindade Silva – DIPLA/DRH/SEMA


Geogr. Lourenço Correa – DIPLA/DRH/SEMA
Jamine Goulart Nascimento - Estagiária de Geografia - DIPLA/DRH/SEMA
Janice Cruz de Azevedo - Estagiária de Geografia - DIPLA/DRH/SEMA
Karolina Turcato – Estagiária de Geografia – DIPLA/DRH/SEMA
Silvana de Freitas Ferreira – Estagiária de Geografia/DRH/SEMA
Vanessa Alves dos Santos – Estagiária de Geografia/DRH/SEMA

EQUIPE DE APOIO TÉCNICO

Biol. Andrise Taiquiara França de Lima – DIPLA/DRH/SEMA


Geogr. Cícero Zorzi – DIPLA/DRH/SEMA
Geogr. Luciana de Mello – DIPLA/DRH/SEMA
Biol. Rafael Rafael Caruso Erling – DIPLA/DRH/SEMA
Biol. Tiago Brasil Loch – DIPLA/DRH/SEMA
Eng. Rejane Beatriz de Abreu e Silva –DIOUT/DRH/SEM
Carmem Lúcia Silveira da Silva – Secretária-Executiva Adjunta/CRH
Margarete Willers Bremm – Agente Administrativo/CRH
Cláudio Daudtt Vanini – Agente Administrativo/DIOUT/DRH/SEMA
Cassia Castro Pena – Estagiária de Engenharia Ambiental/DRH/SEMA
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

ÍNDICE

ÍNDICE ........................................................................................................................ 3

LISTA DE FIGURAS ................................................................................................... 5

LISTA DE TABELAS ................................................................................................... 7

LISTA DE QUADROS ................................................................................................. 8

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 9

2 O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS .......................................... 12


2.1 A matriz institucional para a gestão das águas do Rio Grande do Sul ............ 12
2.2 O quadro atual de comitês de bacia ................................................................ 17
2.3 Os instrumentos da Política Estadual de Recursos Hídricos ........................... 21
3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO........................................................ 49
3.1 Metodologia ..................................................................................................... 49
3.2 Atualizações das bacias da Região Hidrográfica do Guaíba ........................... 50
3.2.1 Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí ............................................................... 51
3.2.2 Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí............................................................. 55
3.2.3 Bacia Hidrográfica do Rio Caí ................................................................... 58
3.2.4 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí ........................................................... 61
3.2.5 Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba .......................................................... 64
3.2.6 Bacia Hidrográfica do Rio Pardo ............................................................... 66
3.2.7 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ......................................................... 69
3.2.8 Bacia Hidrográfica Taquari-Antas ............................................................. 72
3.2.9 Bacia Hidrográfica Vacacaí e Vacacaí-Mirim ............................................ 76
3.3 Atualizações das bacias da Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas ......... 79
3.3.1 Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã ......................................................... 81
3.3.2 Bacia Hidrográfica do Litoral Médio........................................................... 83
3.3.3 Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba ....................................................... 86
3.3.4 Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo ..................................................... 88
3.3.5 Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí ....................................................... 90
3.4 Atualizações das bacias da Região Hidrográfica do Rio Uruguai .................... 93
3.4.1 Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava .......................................... 95
3.4.2 Bacia Hidrográfica dos rios Butuí-Icamaquã ............................................. 98
3.4.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí .............................................................. 101
3.4.4 Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí .................................................................. 103
3.4.5 Bacia Hidrográfica do Rio Negro ............................................................. 106
3.4.6 Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo.................................................. 109
3.4.7 Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim ......................................................... 112
3.4.8 Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ............................................................ 115
3.4.9 Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria ................................................... 117
3.4.10 Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo ................. 120
3.4.11 Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea .................................................... 124
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4 DISPONIBILIDADE HÍDRICA E QUALIDADE DAS AGUAS ................................ 129


4.1 Caracterização climática do Rio Grande do Sul ............................................ 129
4.2 O conceito de ano hidrológico ....................................................................... 130
4.3 O Ano hidrológico de 2009 ............................................................................ 131
4.4 O Ano hidrológico de 2010 ............................................................................ 141
4.5 Eventos hidrológicos extremos e controle hídrico .......................................... 149
4.5.1 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí ......................................................... 150
4.5.2 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ....................................................... 152
4.6 Qualidade das aguas ..................................................................................... 152
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 158

GLOSSÁRIO ........................................................................................................... 161

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 166


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema da estrutura do Conselho de Recursos Hídricos, RS .......................... 13


Figura 2 – Estrutura organizacional do Departamento de Recursos Hídricos, RS ................ 15
Figura 3 - Matriz institucional do SERH................................................................................ 16
Figura 4 – Mapa das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul ........................................ 20
Figura 5 – Esquema do processo de planejamento dos recursos hídricos, RS .................... 22
Figura 6 – Etapas 1ª Etapa de um Plano de Bacia no Rio Grande do Sul ............................ 26
Figura 7 – Bacias hidrográficas com corpos de água enquadrados e com Termos de
Referência (TR) em elaboração, ano de 2010 ..................................................................... 28
Figura 8 – Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Caí com horizonte de
nove anos ............................................................................................................................ 29
Figura 9 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Caí com horizonte de
quinze anos ......................................................................................................................... 30
Figura 10 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba ................... 31
Figura 11 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí ................... 32
Figura 12 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo........................ 33
Figura 13 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí ................ 34
Figura 14 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria .............. 35
Figura 15 - Esquema do processo de controle dos recursos hídricos, RS ........................... 36
Figura 16 – Gráfico comparativo do universo outorgado, período de 2009 e 2010, por tipo de
manancial ............................................................................................................................ 39
Figura 17 – Gráfico das outorgas concedidas para manancial de água superficial, por
finalidade de uso, em 2009 e 2010 ...................................................................................... 40
Figura 18 – Gráfico do total de outorgas concedidas para manancial de água subterrânea,
por finalidade de uso, em 2009 e 2010 ................................................................................ 40
Figura 19 – Mapa das outorgas concedidas, em águas superficiais, nas bacias hidrográficas
do Rio Grande do Sul, em 2009........................................................................................... 41
Figura 20 - Mapa das outorgas concedidas, em águas subterrâneas, nas bacias
hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2009 ..................................................................... 42
Figura 21 – Mapa das outorgas concedidas, em águas superficiais, nas bacias hidrográficas
do Rio Grande do Sul, em 2010........................................................................................... 43
Figura 22 – Mapa das outorgas concedidas, em águas subterrâneas, nas bacias
hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2010 ..................................................................... 44
Figura 23 – Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, dos pedidos de RDH e
outorga de geração de energia, em 2009 ............................................................................ 45
Figura 24 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, dos pedidos de RDH e
outorga de geração de energia, em 2010 ............................................................................ 46
Figura 25 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, de autorizações prévias e
tamponamento de poços, deferidos em 2009 ...................................................................... 47
Figura 26 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, de autorizações prévias e
tamponamento de poços, deferidos em 2010 ...................................................................... 47
Figura 27 - Bacias Hidrográficas pertencentes à Região Hidrográfica do Guaíba ................ 52
Figura 28 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí......................................................... 53
Figura 29 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí ...................................................... 56
Figura 30 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Caí ............................................................ 59
Figura 31 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí .................................................... 62
Figura 32 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba .................................................... 65
Figura 33 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo ........................................................ 67
Figura 34 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos .................................................. 70
Figura 35 – Mapa da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas ....................................................... 73
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 36 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim ........................ 77


Figura 37 – Mapa da Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas ........................................ 80
Figura 38 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã .................................................. 82
Figura 39 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio .................................................... 84
Figura 40 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba ................................................ 87
Figura 41 – Mapa da Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo ............................................... 89
Figura 42 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí ................................................. 91
Figura 43 – Mapa da Região Hidrográfica do Uruguai ......................................................... 94
Figura 44 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava .................................... 96
Figura 45 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Butuí-Icamaquã ....................................... 99
Figura 46 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí ....................................................... 102
Figura 47 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ........................................................... 104
Figura 48 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Negro ...................................................... 107
Figura 49 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ........................................... 110
Figura 50 – Mapa da bacia Hidrográfica do Rio Piratinim .................................................. 113
Figura 51 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí, no RS ......................................... 116
Figura 52 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria ............................................. 118
Figura 53 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo ............ 121
Figura 54 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea ................................................ 125
Figura 55 – Caracterização do ano hidrológico de Porto Alegre, RS.................................. 131
Figura 56 - Anomalia Mensal de TSM, em Fevereiro de 2009 ........................................... 132
Figura 57 - Anomalia Mensal da TSM, em Setembro de 2009 ........................................... 133
Figura 58 - Anomalia Mensal de TSM, em dezembro de 2009........................................... 134
Figura 59 – Totais mensais de precipitação pluvial ocorrida em 2009, no RS .................... 135
Figura 60 – Municípios com notificação de alagamentos, enchentes e enxurradas, RS, ano
de 2009.............................................................................................................................. 137
Figura 61 – Afetados por alagamentos, enchentes e enxurradas por município, RS, ano de
2009 .................................................................................................................................. 138
Figura 62 – Municípios com notificação de estiagem no RS, ano de 2009......................... 139
Figura 63 – Afetados pela estiagem por município no RS, ano de 2009 ............................ 140
Figura 64 - Anomalia Mensal de TSM, em janeiro de 2010 ................................................ 141
Figura 65 - Anomalia Mensal de TSM, em setembro de 2010............................................ 142
Figura 66 - Anomalia Mensal de TSM, em dezembro de 2010........................................... 143
Figura 67 – Totais mensais de precipitação pluvial ocorrida em 2010 no RS ..................... 144
Figura 68 – Registros de eventos hidrológicos extremos, RS, ano 2010............................ 146
Figura 69 – Afetados por eventos hidrológicos extremos, RS, ano de 2010 ...................... 147
Figura 70 – Anomalias de chuva, ano hidrológico de 2009-2010 ....................................... 148
Figura 71 - Desastres naturais oriundos de eventos hidrológicos extremos no RS, de 2003 a
2010 .................................................................................................................................. 149
Figura 72 - Percentual dos desastres naturais provenientes de eventos hidrológicos
extremos, ocorridos no RS, no período de 2003 a 2010 .................................................... 149
Figura 73 – Seção transversal do ponto de captação de água da CORSAN, em Alvorada,
RS; modificado de CORSAN ............................................................................................. 151
Figura 74 – Média mensal das leituras dos níveis do Rio Gravataí, em Alvorada, em 2009 e
2010 .................................................................................................................................. 151
Figura 75 – Gráficos das médias mensais das leituras dos níveis do Rio dos Sinos, nos
pontos de captação da Semae, Comusa e Corsan, nos períodos de 2009 e 2010 ............ 153
Figura 76 – Classificação da criticidade dos rios brasileiros............................................... 155
Figura 77 – Balanço quali-quantitativo dos rios do Rio Grande do Sul ............................... 156
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Composição atual do Comitê da Bacia do Alto Jacuí ......................................... 54


Tabela 2 – Municípios pertencentes à Bacia do Alto Jacuí .................................................. 54
Tabela 3 – Composição atual do Comitê da Bacia do Baixo Jacuí....................................... 57
Tabela 4 - Municípios pertencentes à Bacia do Baixo Jacuí ................................................ 57
Tabela 5 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Caí ............................................. 60
Tabela 6 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Caí ................................... 60
Tabela 7– Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Gravataí ...................................... 63
Tabela 8 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí ........................... 63
Tabela 9 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba .......................... 66
Tabela 10 - Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Pardo ........................................ 68
Tabela 11 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Pardo ............................. 68
Tabela 12– Composição atual do Comitê da Bacia do Rio dos Sinos .................................. 69
Tabela 13 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos ...................... 71
Tabela 14 – Composição atual do Comitê da Bacia Taquari-Antas...................................... 72
Tabela 15 – Municípios pertencentes à Bacia Taquari-Antas............................................... 74
Tabela 16 – Composição atual do Comitê da Bacia Vacacaí e Vacacaí-Mirim..................... 78
Tabela 17 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos Rios Vacacaí e Vacacaí-
Mirim .................................................................................................................................... 78
Tabela 18 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Camaquã ................................. 81
Tabela 19 – Municípios pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã ........................ 83
Tabela 20 – Composição atual do Comitê da Bacia do Litoral Médio ................................... 85
Tabela 21 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Litoral Médio ........................ 85
Tabela 22 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba, no RS ........ 86
Tabela 23 – Composição atual do Comitê da Bacia Mirim-São Gonçalo.............................. 88
Tabela 24 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo................... 90
Tabela 25 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Tramandaí ............................... 92
Tabela 26 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí..................... 92
Tabela 27 - Composição atual do Comitê da Bacia dos rios Apuaê-Inhandava ................... 95
Tabela 28 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava........ 97
Tabela 29 – Composição atual do Comitê da Bacia do Butuí-Icamaquã ............................ 100
Tabela 30 – Municípios pertencentes à Bacia dos rios Butuí-Icamaquã ............................ 100
Tabela 31 - Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Ibicuí ....................................... 101
Tabela 32 – Municípios pertencentes à Bacia do Rio Ibicuí ............................................... 103
Tabela 33 – Composição atual da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ....................................... 105
Tabela 34 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí ............................... 105
Tabela 35 – Composição atual do Comitê Local da Bacia Hidrográfica do Rio Negro........ 108
Tabela 36 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Negro, no Rio Grande do
Sul ..................................................................................................................................... 109
Tabela 37 – Composição atual do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ...... 111
Tabela 38 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo ............... 111
Tabela 39 – Composição atual do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim ............. 114
Tabela 40 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim ...................... 114
Tabela 41 – Composição atual do Comitê Local da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí ...... 115
Tabela 42 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí, no Rio Grande do
Sul ..................................................................................................................................... 117
Tabela 43 - Composição atual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria ........ 119
Tabela 44 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria ................. 120
Tabela 45 – Composição atual da Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo
Cristo ................................................................................................................................. 122
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Tabela 46 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo


Cristo ................................................................................................................................. 122
Tabela 47 – Composição atual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea .......... 124
Tabela 48 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea ................... 126

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Resoluções, moções e recomendação do CRH/RS, emitidas no período de 2009


a 2010 ................................................................................................................................. 14
Quadro 2 - Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul .................................... 17
Quadro 3 – Legislação aplicada ao enquadramento das águas no Estado .......................... 23
Quadro 4 – Classificação das águas brasileiras, Resolução 357/2005 do CONAMA ........... 24
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1 APRESENTAÇÃO

O Rio Grande do Sul tem escrito uma História de destaque na gestão de suas
águas, notadamente no que concerne ao pioneirismo na criação de comitês de
bacias e na mobilização social. A Lei 10.350, a chamada “Lei Gaúcha das Águas”,
também é outro ponto de relevo. Promulgada em 30 de dezembro de 1994, ou seja,
anteriormente à Lei 9.433, de 1997, a “Lei Nacional das Águas”, não necessitou de
qualquer ajuste, uma vez que está em plena sintonia com a legislação nacional de
recursos hídricos.

Há, todavia, desafios a serem vencidos para a plena implementação do


Sistema Estadual de Recursos Hídricos, sobretudo no que se refere ao
fortalecimento do órgão gestor de recursos hídricos e aos avanços nos instrumentos
de planejamento e controle. A gestão das águas requer agilidade na tomada de
decisão, pautada em uma base técnica consistente.

O Departamento de Recursos Hídricos tem por missão elaborar o relatório


anual sobre a situação dos recursos hídricos, no Estado, para a apreciação dos
Comitês e divulgação para a sociedade rio-grandense. As dificuldades para o
cumprimento desta atribuição legal têm sido contornadas, mediante a edição
conjunta de dois anos consecutivos.

Sendo assim, o presente documento tem por finalidade disponibilizar


informações pertinentes às condições quali-quantitativas das 25 bacias
hidrográficas, distribuídas ao longo do estado. Para tanto, o documento foi dividido
em cinco capítulos. O primeiro apresenta a estrutura do relatório. O segundo
discorre sobre a situação do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, enfocando a
sua matriz institucional e o panorama atual dos comitês de bacia e dos instrumentos
da Política Estadual de Recursos Hídricos. O terceiro atualiza os dados pertinentes
às áreas municipais inseridas no âmbito de cada bacia hidrográfica e a composição
de cada comitê. O quarto faz uma estimativa da disponibilidade quali-quantitativa
das bacias, para os anos hidrológicos de 2009 e 2010 e avalia o impacto dos
eventos hidrológicos extremos nas bacias críticas do estado. O último capítulo
elabora as considerações derradeiras, retomando os avanços conquistados e os
Capítulo 1 – Apresentação
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

dilemas a serem superados, ressaltando as ações ultimadas para a viabilização dos


objetivos da Política Estadual de Recursos Hídricos.

Desejamos que as informações sistematizadas ampliem o conhecimento e o


compromisso, tanto do Estado quanto da sociedade, perante a realidade hídrica das
bacias hidrográficas rio-grandenses. Igualmente, almejamos que as informações
disponibilizadas possam contribuir para a viabilização de um processo
descentralizado e participativo de gestão das nossas águas.

Capítulo 1 – Apresentação
2 O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Foto cedida pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2 O SISTEMA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

Em 30 de dezembro de 2010 o Sistema Estadual de Recursos Hídricos


completou dezesseis anos. Instituído pela Lei 10.350/1994, este modelo de gestão,
caracterizado pela descentralização e participação social, está se consolidando no
território gaúcho.

Nos últimos anos, o processo de implementação se destacou, sobretudo, na


base do sistema, ou seja, na criação dos comitês de gerenciamento de bacia,
principal instância de participação da cidadania. Os resultados culminaram com a
quase totalidade do quadro de comitês instalado.

Outros desafios estão sendo enfrentados com a articulação institucional.


Desta maneira avanços em outros instrumentos fundamentais para atender aos
objetivos da Política Estadual de Recursos Hídricos, como a outorga de direito de
uso da água e a elaboração de planos de bacia, estão sendo viabilizados.

Este capítulo fornece um panorama geral do estágio de implementação do


sistema. Para tanto, retrata as principais interfaces de relacionamento entre os
integrantes do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, o quadro atual dos comitês e
o status presente de execução dos instrumentos legais de gestão do uso das águas
no Rio Grande do Sul.

2.1 A MATRIZ INSTITUCIONAL PARA A GESTÃO DAS ÁGUAS DO RIO GRANDE DO SUL

O artigo 171 da Constituição Estadual de 1989 instituiu o Sistema Estadual de


Recursos Hídricos (SERH). Assim, modernos princípios foram incorporados para a
gestão das águas no Rio Grande do Sul. Entre estes se destacam: a adoção da
bacia hidrográfica como unidade de gestão, a outorga e a tarifação pelo uso das
águas e a reversão dos recursos arrecadados em benefício da própria bacia.

A Lei 10.350, de 30 de dezembro de 1994, regulamentou este artigo e


determinou os objetivos e princípios da Política Estadual de Recursos Hídricos. A
legislação distinguiu a água como um bem público, finito, dotado de valor econômico
e define que a sua administração será descentralizada e participativa. Para tanto,
estabeleceu um arcabouço institucional ou Matriz Institucional constituído pelos
seguintes atores sociais: Conselho de Recursos Hídricos (CRH), Departamento de
Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 12
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Recursos Hídricos (DRH), Comitês de Gerenciamento de Bacias (CGB), Agências


de Região Hidrográfica (ARH) e Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique
Luis Roessler (FEPAM).

O Conselho de Recursos Hídricos (CRH) é um órgão colegiado constituído


por Secretários de Estado e representantes de Comitês de Bacias e dos Sistemas
Nacionais de Recursos Hídricos e do Meio Ambiente, com a função de instância
deliberativa superior do Sistema. É presidido pelo Secretário de Estado do Meio
Ambiente e a vice-presidência está a cargo da Secretaria das Obras Públicas.

A Figura 1 representa esquematicamente a estrutura do CRH e o Quadro 1


relaciona as resoluções, moções e recomendações expedidas pelo referido
Conselho.

Figura 1 – Esquema da estrutura do Conselho de Recursos Hídricos, RS

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 13


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Quadro 1 – Resoluções, moções e recomendação do CRH/RS, emitidas no


período de 2009 a 2010

Resoluções CRH/2009

Nº Data Assunto

Aprova os prazos máximos para atingir a meta final e a meta intermediária do enquadramento das águas da
53 04/03
Bacia Hidrográfica do Rio Caí.

54 04/03 Aprova o Enquadramento das lagoas ao sul da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí.

Aprova a Proposta de Aplicação dos Recursos do Fundo de Investimento em Recursos Hídricos no Exercício
55 04/03
de 2009.

A Câmara Técnica Permanente de Gestão da Região Hidrográfica do Guaíba acompanhará o cumprimento da


deliberação do CRH, conforme sugerido no Relatório Final do Grupo de Trabalho, na articulação das medidas
56 22/04
necessárias para a implementação da Agência de Região Hidrográfica do Guaíba através de Contato de
Gestão com a Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional – METROPLAN.

Aprova as alterações do Regimento Interno do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio


57 22/04
Taquari/Antas, e dá outras providências.

58 24/06 Aprova o Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

59 24/06 Aprova o Regimento Interno das Câmaras Técnicas Permanentes e Provisórias do CRH-RS

Dispõe sobre a outorga de captação de águas subterrâneas e autorização para perfuração de poços em áreas
60 16/07
abastecidas por rede pública e dá outras providências.

Aprova indicação do Secretário Executivo e Secretário Executivo Adjunto do Fundo de Recursos Hídricos do
61 30/07
Rio Grande do Sul e dá outras providências.

62 19/08 Aprova a utilização de passivo potencial do Fundo de Investimento em Recursos Hídricos.

Altera o inciso III do artigo 2º da Resolução nº 60, de 16 de julho de 2009, que dispõe sobre a outorga de
63 19/08 captação de águas subterrâneas e autorização para poços em áreas abastecidas por rede pública e dá outras
providências.

Institui requisitos para acesso ao Fundo de Investimentos em Recursos Hídricos do Rio Grande do Sul - FRH-
64 21/10
RS pelos municípios e dá outras providências.

65 16/12 Dispõe sobre o cronograma de reuniões ordinárias do CRH para o ano 2010.

66 16/12 Aprova Acordo sobre as retiradas de água na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí.

Resoluções CRH/2010

67 22/03 Aprova Plano de Aplicação FRH, exercício 2010.

Aprova Plano de Aplicação do Fundo de Investimento em Recursos Hídricos a serem suplementados no


68 22/03
exercício de 2010

Institui critérios para o aproveitamento hídrico, para a concessão de outorga do uso da água na Bacia do Arroio
69 22/03
Velhaco e dá outras disposições.

70 16/06 Excepcionaliza acesso aos recursos do FRH pelos municípios.

Altera Resolução nº 60/ 2009, que dispõe sobre a outorga de captação de águas subterrâneas, autorização
71 16/06
para poços em áreas abastecidas por rede pública.

72 16/06 Desacolhe recurso Condomínio Edifício Millenium, Passo Fundo, RS.

Aprovar a Deliberação CBHSINOS010/2010, que trata da necessidade de revisão do ritual de renovação da


73 16/06
composição do colegiado dos Comitês e prorroga o prazo de renovação da atual.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 14


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Nº Data Assunto

74 20/10 Aprova Regimento Interno Bacia Hidrográfica dos Rios Butuí-Icamaquã.

75 20/10 Aprova Regimento Interno Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí.

76 17/11 Aprova acordo sobre a retirada das águas do Rio Gravataí.

77 17/12 Estabelece regras para o bombeamento de água para irrigação na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos.

78 15/12 Aprova remanejo recursos do FRH para a Secretaria Extraordinária da Irrigação e Usos Múltiplos da Água.

Moções CRH

Concordância e apoio à proposta que da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional –


02 22/04 METROPLAN exerça, através de ato administrativo próprio, a função temporária de Agência de Região
Hidrográfica do Guaíba pelo prazo de 18 (dezoito meses) meses.

03 21/10 Apoio ao processo de criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba.

Manifesta contrariedade à Proposta de Emenda Constitucional Nº 43, de 21/11/2000, que retira dos Estados a
04 21/10
titularidade sobre as águas subterrâneas.

Dirigida à Assembléia Legislativa do Estado, demonstrando contrariedade ao Projeto de Lei 154, que altera o
05 16/12
Código Estadual do Meio Ambiente.

Recomendação CRH

02 22/04 Adoção de medidas necessárias para implementação da Agência de Região Hidrográfica do Guaíba

Fonte dos dados: Secretaria-Executiva CRH/2009.

O Departamento de Recursos Hídricos (DRH) é o órgão da administração


direta, responsável pela integração do Sistema Estadual de Recursos Hídricos, que
concede outorga do uso da água e auxilia tecnicamente o CRH. A estrutura deste
Departamento está ilustrada na Figura 2.

Figura 2 – Estrutura organizacional do Departamento de Recursos Hídricos, RS

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 15


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Os Comitês de Gerenciamento de Bacias (CGB) são colegiados instituídos


oficialmente pelo Governo do Estado. Têm poder deliberativo para estabelecer as
prioridades de uso e as intervenções necessárias à gestão das águas de uma bacia
hidrográfica, bem como para resolver conflitos em primeira instância.

As Agências de Região Hidrográfica (ARH) são órgãos técnico-financeiros a


serem instituído por lei e que deverão estar integrados à Administração Indireta do
Estado. A sua principal função é prestar apoio ao Sistema Estadual de Recursos
Hídricos e aos comitês de bacia.

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler


(FEPAM) é o órgão ambiental do Estado que integra o Sistema com atribuições
específicas, relativas às interfaces com o Sistema Estadual de Meio Ambiente. A ela
cabe a concessão de outorga quando se referir a usos que afetem as condições
qualitativas dos recursos hídricos.

A Figura 3 mostra um diagrama simplificado das interfaces de relacionamento


entre os integrantes do Sistema Estadual de Recursos Hídricos. No esquema são
evidenciados o órgão de Governo e as instâncias políticas e técnicas do sistema.

Figura 3 - Matriz institucional do SERH

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 16


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2.2 O QUADRO ATUAL DE COMITÊS DE BACIA

Contextualizando o panorama das bacias hidrográficas, é necessário lembrar


que Rio Grande do Sul foi dividido em três Regiões Hidrográficas: a do Guaíba, a do
Uruguai e a das Bacias Litorâneas. Estas, por sua vez, foram subdivididas,
resultando em um total de 25 unidades espaciais para a gestão.

Do conjunto acima, 24 bacias já têm o seu respectivo comitê criado e


instalado. Apenas a Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba ainda não teve o seu
processo de formação concluído. As águas do Rio Mampituba são compartilhadas
entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sendo, portanto, de domínio da União.

É preciso reiterar que o cenário de delimitação das atuais bacias pode


receber outros ajustes, em face do aprimoramento de informações sobre a dinâmica
hidráulica das bacias. De outra parte, as demandas provenientes de usuários da
água e da população locais, criteriosamente avaliadas nas instâncias técnicas do
Sistema Estadual de Recursos Hídricos e chanceladas pelo Conselho Estadual de
Recursos Hídricos, também produzirão adequações desta natureza. O objetivo que
deve nortear estes procedimentos, todavia, é o de promover a gestão integrada e
participativa dos recursos hídricos do Estado.

O Quadro 2 exibe as 25 unidades espaciais para a gestão das águas do


Estado, classificadas por Região Hidrográfica e pelos seus respectivos códigos no
Sistema Estadual de Recursos Hídricos.

Quadro 2 - Comitês de Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul

ENDEREÇO ELETRÔNICO/PÁGINA
UNIDADE ESPACIAL CÓDIGO DECRETO DE CRIAÇÃO
INTERNET

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA – 09 BACIAS

33.125 de 15/02/1989;
GRAVATAI G 010 comitegravatai@metroplan.rs.gov.br
Alteração: Dec. 43.425, de 28/10/2004

32.774 de 17/03/1988; cmtsinos@unisinos.br


SINOS G 020
Alteração: Dec. 43.625, de17/02/2005 www.comitesinos.com.br

38.903 de 28/09/1998 comitecai@gmail.com


CAÍ G 030
Alteração: Dec. 45.349, de 17/09/2004 www.comitecai.com.br

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 17


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

38.558 de 08/06/1998; taquariantas@univates.br


TAQUARI-ANTAS G 040
Alteração: Dec. 43.520, de 27/12/2004 www.taquariantas.com.br

ALTO JACUI G 050 coaju@upf.br


40.822 de 11/06/2001
www.upf/coaju

39.639 de 28/07/1999;
VACACAI E VACACAI-
G 060 Alteração: Dec.44.015, de comitebhvacacai@gmail.com
MIRIM
13/09/2005

40.225 de 07/08/2000; baixojacui@yahoo.com.br


BAIXO JACUI G 070
Alteração: Dec.43.866, de 01/06/2005

38.989 de 29/10/1998; lagoguaiba@cpovo.net


LAGO GUAIBA G 080
Alteração: Dec.43.418, de 22/10/2004 www.comitelagoguaiba.net

39.116 de 08/12/1998;
comitepardo@unisc.br
PARDO G 090 Alteração: Dec.43.553, de 05/01/2005 e
www.comitepardo.com.br
Dec. 45.608 de 11/04/2008

REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS – 05 BACIAS

comitetramandai@yahoo.com.br
TRAMANDAI L 010 39.637 de 08/07/1999;
www.comitetramandai.com.br
Alteração: Dec.43.283, de 03/10/2004

LITORAL MEDIO L 020 45.460 de 28/01/2008


srpalmares@terra.com.br

39.638 de 28/07/1999; comite@comitecamaqua.com


CAMAQUÃ L 030
Alteração: Dec.43.993, de 31/08/2005 www.comitecamaqua.com

MIRIM-SÃO GONÇALO L 040 44.327 de 06/03/2006 comitemirimsaogoncalo@yahoo.com.br

MAMPITUBA L 050 Bacia compartilhada entre RS/SC naborguazzelli@terra.com.br

REGIÃO HIDROGRÁFICA DO URUGUAI – 11 BACIAS

comiteapuae@creral.com.br
41.490 de 18/03/2002;
APUAÊ-INHANDAVA U 010 www.comiteapuae.com.br
Alteração: Dec.43.524, de 27.12.2004

42.961 de 23/03/2004; cbhpf@upf.br


PASSO FUNDO U 020
Alteração: Dec.43.225, de 13/04/2004 www.upf.br/cbhpf

TURVO-SANTA ROSA- 41.325 de 14/01/2002; comiteturvo@unijui.edu.br


U 030
SANTO CRISTO Alteração: Dec.43.226, de 13/07/2004 www.comiteturvo.com

PIRATINIM U 040 comitepiratinim@hotmail.com


44.270 23/01/2006
comitepiratinim@gmail.com

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 18


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

40.226 de 07/08/2000; comiteibicui@via-rs.net


IBICUI U 050
Alteração: Dec.43.521, de 27/12/2004 www.comiteibicui.com.br

QUARAI comitebaciarioquarai@gmail.com
U 060 45.606 de 14/04/2008
www.comitequarai.com.br

35.103 de 01/02/1994; comiteriosantamaria@gmail.com


SANTA MARIA U 070
Alteração: Dec.43.523, de 27/12/2004 www.comiteriosantamaria.com.br

NEGRO U 080 45.531 de 06/03/2008 comiterionegro@yahoo.com.br

40.916 de 30/07/2001;
IJUI U 090
Alterado pelo 44.271, de 23.01.2006
comiteijui@santoangelo.uri.br

VARZEA U 100 43.488 de 08/12/2004 baciadovarzea@codemau.org.br

BUTUI-ICAMAQUÃ U 110 44.401 de 18/04/2006 comitebutuiicamaqua@gmail.com.

Fonte dos dados: Secretaria-Executiva CRH/2011

A Figura 4 apresenta a distribuição espacial das bacias hidrográficas, no


território rio-grandense.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 19


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 4 – Mapa das Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 20


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2.3 OS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS

O processo de gestão das águas requer um conjunto de instrumentos


capazes de viabilizar as ações necessárias ao gerenciamento integrado das bacias
hidrográficas. Para o Rio Grande do Sul a legislação estabeleceu instrumentos de
planejamento, como o Plano Estadual de Recursos Hídricos e os Planos de Bacias,
e de controle, como a outorga e a cobrança pelo uso da água.

2.3.1 O processo de planejamento: o enquadramento e os planos de bacia

A Lei 10350/1994 estabeleceu que os objetivos, princípios e diretrizes da


Política Estadual de Recursos Hídricos seriam discriminados no Plano Estadual de
Recursos Hídricos e nos planos de Bacias Hidrográficas. Estes instrumentos, em
conjunto com o enquadramento das águas em classes de uso, são os mais
importantes para o planejamento do uso das águas no território gaúcho. A sua
implementação e consolidação depende, todavia, da efetiva participação dos atores
sociais que compõem o Sistema Estadual de Recursos Hídricos.

A Figura 5 ilustra as principais funções de cada organismo do Sistema, no


que se refere ao processo de planejamento das águas do Estado. No diagrama, os
órgãos técnicos, colegiados e de governo estão distribuídos na horizontal acima. Na
vertical estão relacionados os instrumentos de planejamento. Abaixo de cada órgão,
seguindo a faixa do respectivo instrumento, estão sintetizadas as suas
competências.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 21


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 5 – Esquema do processo de planejamento dos recursos hídricos, RS

A Resolução 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional de


Recursos Hídricos, no seu Art. 2º, inciso XX, define o enquadramento como o
“estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da água (classe) a ser,
obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo de água, de
acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo”. De acordo
com ANA (2009), a classe do enquadramento deve ser a resultante de um pacto
estabelecido pela sociedade, no qual as prioridades de uso são consideradas. O
enquadramento é considerado uma referência para os demais instrumentos de
gestão das águas, como os planos de bacia, a outorga e a cobrança. Além disto,
também deve subsidiar os instrumentos de gestão ambiental, como o licenciamento
e o monitoramento, constituindo-se em importante elo entre os sistemas de recursos
hídricos e de meio ambiente.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 22


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

O arcabouço legal basilar para o enquadramento está resumido no Quadro 3


e a síntese da classificação das águas doces, salgadas e salobras pode ser
verificada no Quadro 4.

Quadro 3 – Legislação aplicada ao enquadramento das águas no Estado

Nº Data Órgão Caput

Institui o Sistema Estadual de Recursos Hídricos, regulamentando o


Lei 10.350 30.12.1994 GOVERNO DO RS artigo 171 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul (artigos
19 e 20).

Resolução Estabelece diretrizes complementares para a elaboração dos Planos


29.05.2001 CNRH
017 de Recursos Hídricos das Bacias Hidrográficas.

Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes


Resolução ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as
17.03.2005 CONAMA
357 condições e padrões de lançamento de efluentes, e da outras
providencias.

Resolução Dispõe sobre a classificação e diretrizes ambientais para o


03.04.2008 CONAMA
396 enquadramento das águas subterrâneas e dá outras providências.

Resolução Dispõe sobre procedimentos gerais para o enquadramento dos


05.11.2008 CNRH
091 corpos de água superficiais e subterrâneos.

Fonte dos dados: ANA (2009) e SEMA (2010).

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 23


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Quadro 4 – Classificação das águas brasileiras, conforme Resolução


357/2005 do CONAMA

ÁGUAS DOCES

USOS Especial 1 2 3 4

Tratamento Tratamento Tratamento


Abastecimento para consumo humano Desinfecção
simplificado convencional avançado

Preservação equilíbrio natural e ambientes


aquáticos em UCs de proteção integral

Recreação de contato primário

Proteção das comunidades aquáticas

Irrigação de hortaliças, plantas frutíferas,


parques e jardins

Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e


forrageiras

Aquicultura e pesca

Dessedentação animal, pesca amadora e


recreação de contato secundário

Navegação e harmonia paisagística

ÁGUAS SALINAS

Preservação de ambientes aquáticos em UCs de


proteção integral

Preservação do equilíbrio natural das


comunidades aquáticas

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 24


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

USOS Especial 1 2 3

Recreação contato primário (Resolução


CONAMA Nº 274, de 2000 - balneabilidade)

Aquicultura e pesca

Pesca amadora e recreação de contato


secundário

Navegação e harmonia paisagística

ÁGUAS SALOBRAS

Preservação ambientes aquáticos em UCs de


proteção integral

Preservação equilíbrio natural das comunidades


aquáticas

Recreação contato primário (Resolução


CONAMA Nº 274, de 2000 - balneabilidade)

Proteção de comunidades aquáticas

Aquicultura e pesca

Abastecimento consumo humano (tratamento


convencional ou avançado)

Irrigação de hortaliças, parques e jardins

Pesca amadora e recreação de contato


secundário

Navegação e harmonia paisagística

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 25


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

No Rio Grande do Sul o enquadramento está sendo construído como o


produto final da 1ª Etapa de um Plano de Bacia. A proposta de enquadramento
aprovada pelo comitê é enviada à Secretaria Executiva do CRH, que consulta o
DRH e a FEPAM sobre o conteúdo técnico. Após a avaliação destes órgãos, a
proposta é encaminhada ao CRH para aprovação. O enquadramento é, então,
publicado no Diário Oficial e deverá ser observado pelos órgãos nos procedimentos
de outorga, licenciamento e cobrança (Figura 6).

Figura 6 – Etapas 1ª Etapa de um Plano de Bacia no Rio Grande do Sul

O quadro atual do enquadramento nas bacias hidrográficas do Estado pode


ser conferido no mapa da

Figura 7. Verifica-se que há sete bacias enquadradas, sendo cinco na Região


Hidrográfica do Guaíba (Bacia Hidrográfica do Rio Caí, do Lago Guaíba, dos rios
Gravataí, Pardo e Sinos), uma na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas (Bacia
Hidrográfica do Rio Tramandaí) e uma na Região Hidrográfica do Uruguai (Bacia
Hidrográfica do Rio Santa Maria). A Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí é a mais
adiantada no processo de planejamento, uma vez que já está elaborando a Face C

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 26


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

do seu Plano de Bacia, ou seja, o Plano de Ações para viabilizar o enquadramento,


definição de modelos de cobrança e proposta de operacionalização da aplicação do
Princípio Usuário-Pagador. Outras seis bacias estão elaborando a 1ª Etapa do seu
Plano (Ijuí, Ibicuí, Taquari-Antas, Passo Fundo, Alto Jacuí e Turvo-Santa Rosa-
Santo Cristo) e as demais bacias estão na etapa de elaboração dos termos de
referência para a contratação de serviços de consultoria dos seus respectivos planos
de bacia.

O Conselho de Recursos Hídricos, mediante Resolução 50, de 06 de


novembro de 2008, aprovou o enquadramento das águas das bacias hidrográficas
dos rios Caí, Pardo, Tramandaí e do Lago Guaíba. A Resolução 53, de 04 de março
de 2009, aprovou os prazos máximos para alcançar a meta final e a meta
intermediária do enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Caí. Na
mesma data, o enquadramento das lagoas situadas ao sul da Bacia Hidrográfica do
Rio Tramandaí, incorporadas a esta através da Nota Técnica 01/2007 do DRH, foi
confirmado pelo CRH através da Resolução 54. Para a Bacia Hidrográfica do Rio
Gravataí, a Resolução 58, de 24 de junho de 2009, aprovou o seguinte
enquadramento das águas: Classe Especial, para a área núcleo da Área de
Proteção Ambiental – APA – do Banhado Grande; Classe 1, das nascentes do Rio
Gravataí até a foz do Arroio Demétrio, à exceção da área núcleo do Banhado
Grande; e Classe 2, da foz do Arroio Demétrio até a foz do Rio Gravataí. Os dois
horizontes de enquadramento definidos pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia
Hidrográfica do Rio Caí, um de 9 anos e outro de 15 anos, estão representados na
Figura 8 e na Figura 9. Os mapas com o enquadramento das demais bacias citadas
nas resoluções acima referidas podem ser verificados nas Figuras 10 a 14.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 27


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 7 – Bacias hidrográficas com corpos de água enquadrados e com Termos de Referência (TR) em elaboração, ano de 2010

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 28


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 8 – Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Caí com horizonte de nove anos

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 29


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 9 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Caí com horizonte de quinze anos

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 30


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 10 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 31


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 11 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 32


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 12 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 33


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 13 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 34


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 14 - Enquadramento das águas da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 35


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2.3.2 O processo de controle do uso da água: a outorga

Na Lei 10350/1994, a outorga e a cobrança são os dois principais


instrumentos de controle do Estado sobre o uso da água. No Rio Grande do Sul, até
então, apenas a outorga está implementada.

A Figura 15 exibe as funções básicas de cada organismo do Sistema de


Recursos Hídricos, no que tange ao processo de controle das águas do Estado. O
esquema destaca três instrumentos: a outorga, o licenciamento e a cobrança. Na
horizontal acima estão distribuídos os órgãos técnicos, colegiados e de governo. Na
vertical estão relacionados os instrumentos de controle. Na sequência abaixo de
cada órgão, acompanhando a faixa do respectivo instrumento, estão resumidas as
suas atribuições.

Figura 15 - Esquema do processo de controle dos recursos hídricos, RS

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 36


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

A outorga do direito de uso da água é o instrumento pelo qual o Poder Público


autoriza, concede ou ainda permite ao usuário utilizar este bem público. É assim que
o Estado exerce, de forma efetiva, o domínio das águas previsto na Constituição
Federal, controlando o acesso e mantendo o caráter diverso do uso dos recursos
hídricos.

A Lei 10350/1994, em seu artigo 29, estabeleceu a obrigatoriedade da


outorga para os usos que alterem as condições qualitativas e quantitativas das
águas superficiais ou subterrâneas. Este dever está condicionado às prioridades de
uso estabelecidas no Plano Estadual de Recursos Hídricos e no Plano de Bacia
Hidrográfica (Art. 30). Estão dispensados da outorga somente os usos de caráter
individual, ou seja, que atendam as necessidades fundamentais da vida (Art. 31).

A lei em pauta também definiu a cobrança pelo uso dos recursos hídricos
como outro importante instrumento, para regrar a utilização das águas estaduais.
Destaca-se que a legislação exige que os valores arrecadados devam ser
destinados a aplicações exclusivas e intransferíveis, na gestão dos recursos hídricos
da bacia hidrográfica que originou a arrecadação (Art. 32). Os estudos para a
aplicação deste instrumento estão em andamento, sobretudo, na Região
Hidrográfica do Guaíba, havendo, ainda, um estudo de simulação realizado para a
Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria, na Região Hidrográfica do Uruguai.

As modalidades de outorga foram previstas no Decreto Estadual nº


37033/1996, tendo sido definidas as seguintes:

1. Licença de uso: definidas as condições em função da disponibilidade


quali-quantitativa da água. O prazo máximo é de 5 anos.

2. Autorização: para os casos em que não existe definição das condições


de disponibilidade quali-quantitativa. É concedida em caráter precário,
podendo ser revogada a qualquer momento.

3. Concessão: para os casos de utilidade pública de abastecimento


doméstico. O prazo máximo é de 10 anos.

O Departamento de Recursos Hídricos começou a emitir as outorgas no ano


de 2003, nas modalidades Autorização e Concessão. Isto permanece até o
Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 37
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

presente, devido à carência de um sistema de informações adequado, que viabilize


o suporte à decisão. De outra parte, ainda não foram definidas as vazões ecológicas
por bacia, bem como a outorga para lançamento de efluentes, que são atribuições
do órgão ambiental do estado.

Importa ressaltar que, no Departamento de Recursos Hídricos está em


processo de elaboração o projeto de expansão da rede hidrometeorólogica, com
vistas à geração de dados necessários à avaliação da disponibilidade hídrica das
bacias rio-grandenses. Outrossim, é necessário atualizar os dados das demandas
dos usuários de todas as bacias, o que exige uma reformulação e atualização do
banco de dados existente. Nas bacias hidrográficas dos rios dos Sinos, Gravataí e
Santa Maria, que se caracterizam pela criticidade, foi feito o balanço hídrico em
2006, tendo por base o estudo de disponibilidade, na respectiva bacia, e a demanda
obtida do cadastro de usuários, que foram convocados a solicitar sua outorga
conjuntamente, em 2005. Quanto à modalidade Concessão, destaca-se que é
usada para os casos de abastecimento público.

Em 2009 foram concedidas 899 outorgas. Deste total, 345 foram aplicadas
em águas subterrâneas e 554 em águas superficiais. Em 2010 houve uma redução
geral do quadro de outorgas emitidas. Neste período, o total de outorgas concedidas
foi de 650, sendo 172 para águas subterrâneas e 478 para águas superficiais,
conforme consta no Banco de Dados da Divisão de Outorga/DRH/SEMA. Importante
enfatizar que os dados acima não computaram as modalidades de reserva de
disponibilidade hídrica (RDH) e geração de energia, no caso de águas superficiais, e
autorização prévia e tamponamento de poços, para águas subterrâneas, que serão
apresentadas a parte. Considerando todo o conjunto de modalidades, o universo
outorgado de 2009 supera 1.300 outorgas, para mananciais subterrâneos, e 600
outorgas, para mananciais de superfície. Em 2010 o total outorgado para águas
subterrâneas foi inferior a 700, para águas superficiais foi menor que 500 (Figura
16). A diferença entre 2009 e 2010 ocorreu, devido à diminuição no quadro de
técnicos da Divisão de Outorga, principalmente daqueles que analisavam processos
referentes à solicitação de outorga para captação de água subterrânea. Deve-se

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 38


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

registrar que, no período de maio de 2010 a outubro de 2010, a referida Divisão


estava desprovida de técnicos habilitados para análise dos referidos processos.

Figura 16 – Gráfico comparativo do universo outorgado, período de 2009 e 2010, por tipo de manancial

O gráfico da

Figura 17 apresenta as outorgas concedidas em águas superficiais, no


período em foco, conforme a finalidade de uso. Constata-se, a partir destes dados, a
importância da irrigação. A

Figura 18 apresenta o gráfico das outorgas concedidas em mananciais


subterrâneos, por uso. Com base nestes dados, o abastecimento público foi
preponderante. No âmbito das unidades espaciais para a gestão de recursos
hídricos, verificou-se que a Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí registrou o maior número
de outorgas concedidas em águas superficiais. Para as águas subterrâneas, de
outra parte, a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas se destaca das demais. A
distribuição espacial destas outorgas está representada nas Figura 19 a Figura 22.

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 39


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 17 – Gráfico das outorgas concedidas para manancial de água superficial, por finalidade de uso, em 2009
e 2010

Figura 18 – Gráfico do total de outorgas concedidas para manancial de água subterrânea, por finalidade de uso,
em 2009 e 2010

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 40


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 19 – Mapa das outorgas concedidas, em águas superficiais, nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2009

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 41


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 20 - Mapa das outorgas concedidas, em águas subterrâneas, nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2009

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 42


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 21 – Mapa das outorgas concedidas, em águas superficiais, nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2010

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 43


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 22 – Mapa das outorgas concedidas, em águas subterrâneas, nas bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul, em 2010

Capítulo 2 – O Sistema Estadual de Recursos Hídricos 44


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Outros procedimentos, referentes à outorga para águas superficiais, são as


modalidades de reserva de disponibilidade hídrica (RDH) e geração de energia. Em
2009 foram emitidas 34 outorgas como reserva de disponibilidade hídrica e 21, para
a geração de energia. Para 2010, os dados do banco de outorgas registram,
respectivamente, 50 e 07 emissões. Os gráficos das figuras 23 e 24 ilustram a
distribuição espacial destas modalidades, por bacia hidrográfica. Nota-se que a
Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí se destacou na modalidade reserva de
disponibilidade hídrica com 06 pedidos, em 2009, e na modalidade geração de
energia com 04 outorgas emitidas, em 2010. A Bacia Hidrográfica Taquari-Antas se
evidenciou na geração de energia com 08 outorgas emitidas, em 2009. A Bacia
Hidrográfica do Rio Ijuí foi destaque para a modalidade reserva de disponibilidade
hídrica, em 2010, com 08 pedidos.

Figura 23 – Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, dos pedidos de RDH e outorga de geração de
energia, em 2009

45
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 24 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, dos pedidos de RDH e outorga de geração de
energia, em 2010

Para mananciais de águas subterrâneas, por outro lado, existem as


modalidades de autorização prévia para construção (AP) e autorização para
tamponamento de poços. Em 2009, foram emitidas 826 autorizações prévias e 189
solicitações de tamponamentos. Em 2010, estes números foram de 458 e 30,
respectivamente. Os gráficos das figuras 25 e 26 apresentam os dados acima por
bacia hidrográfica. Em 2009, a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas foi a que registrou o
maior número de autorizações prévias, ou seja, 202, bem como o maior número de
solicitações de tamponamento de poços, isto é, 45. Em 2010, a Bacia Taquari-Antas
também dominou o número de autorizações prévias concedidas, com 116 registros.
Poços com pedidos de tamponamento, contudo, foram superados pela Bacia
Hidrográfica do Rio da Várzea, com 19 registros.

46
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 25 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, de autorizações prévias e tamponamento de
poços, deferidos em 2009

Figura 26 - Gráfico da distribuição espacial, por bacia hidrográfica, de autorizações prévias e tamponamento de
poços, deferidos em 2010

47
3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO

Vista do Lago Guaíba com Porto Alegre ao fundo;


foto cedida pelo Comitê de Bacia do Lago Guaíba,
em 2009

Vista da desembocadura do Rio Tramandaí; foto arquivo


Plano de Bacia do Rio Tramandaí, em 2005

Vista da desembocadura Rio Santo Cristo em Alecrim; foto


cedida pelo Comitê Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, em 2009
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3 AS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO

O avanço das geotecnologias tem facultado a obtenção de atributos cada vez


mais precisos da realidade espacial das bacias hidrográficas rio-grandenses. O uso
de Sistemas de Informações Geográficas (SIGs), aliado à aquisição de dados
oficiais atualizados e consistentes, tem possibilitado a identificação de falhas e
equívocos na representação espacial das unidades de gestão das águas estaduais.
De outra parte, o aprimoramento das operações em ambiente computacional tem
viabilizado correções e refinamentos na cartografia digital.

Não obstante este real desenvolvimento tecnológico, o Departamento de


Recursos Hídricos ainda carece de uma base cartográfica digital, em escala
apropriada, que abranja todo o Estado do Rio Grande do Sul e esteja editada para a
gestão de recursos hídricos. A base existente é oriunda de diversas fontes e com
escalas que variam de 1:50.000 a 1:1.000.000. Sendo assim, os mapas gerados
ficam restritos a sua visualização.

Com base no exposto acima, esta edição do Relatório Anual sobre a Situação
dos Recursos Hídricos no Estado apresenta os resultados da revisão e correção
efetuada em todas as bacias gaúchas, concernente aos dados das áreas municipais
situadas total ou parcialmente em seu território, efetuada com os arquivos digitais
disponíveis. As diferenças verificadas nestes dados derivam dos novos
procedimentos adotados. Antes, porém, são atualizadas as informações relativas ao
número de membros e às categorias que compõem cada comitê de bacia instituído.

3.1 METODOLOGIA

A base cartográfica digital, utilizada para compor os mapas individuais das


bacias hidrográficas e respectivas hidrografias pertence ao Departamento de
Recursos Hídricos e está na escala 1:250.000. O Sistema de Coordenadas
Geográficas é o South American 1969, Datum South American 1969. Os vetores
digitais dos limites municipais na escala 1:750.000, no mesmo sistema e datum,
cedidos pelo IBGE.
49
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

A hidrografia dos demais países, obtida do Sistema Aquifero Guarani, está no


sistema de coordenadas South America Lambert Conformal
Conic. Os arquivos vetoriais dos limites externos ao Estado, bem como da
hidrografia adotada para compor os mapas foram obtidos da Agência Nacional de
Águas estão no Sistema de Coordenadas Geográfica South American 1969, Datum
South American 1969.

As áreas dos municípios inseridos em cada bacia hidrográfica foram


estimadas por meio de geoprocessamento. Para tal, foi utilizado o programa ArcMap
– ArcView 9 e os arquivos vetoriais dos limites das bacias hidrográficas [escala
1:250.000] e dos limites municipais [escala 1:750.000]. A partir do produto assim
gerado, definiu-se a área mínima de dois quilômetros quadrados (02 Km2), ou seja,
metade da área de uma quadrícula das Cartas Topográficas, escala 1:50.000, da
Divisão de Levantamento do Serviço Geográfico do Exército, como critério para que
o município esteja incluído em uma bacia hidrográfica, para fins de gestão de
recursos hídricos. Na estimativa das áreas, todavia, foram incluídos todos os dados
com percentual superior a 0,10%.

A área total de cada bacia e região hidrográfica também foi calculada por
meio do procedimento acima, sendo balizada com o total das áreas municipais
inseridas em cada unidade espacial de gestão das águas. Os resultados foram
confrontados e ajustados com os dados da Resolução 05/2002 do IBGE, que
estabelece as áreas oficiais do Brasil.

A composição dos comitês instalados foi revisada de acordo com a Resolução


nº 04/2004 do CRH/RS, que aprovou as alterações das categorias dos comitês de
bacia. A atualização das categorias de cada grupo e do respectivo número de vagas
foi obtida junto à Secretaria-Executiva do Conselho de Recursos Hídricos.

3.2 ATUALIZAÇÕES DAS BACIAS DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO GUAÍBA

A Região Hidrográfica do Guaíba situa-se na porção centro-leste do Rio


Grande do Sul, abrangendo as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional,
da Depressão Central e, em menor área, da Planície Costeira Interior e do Escudo
Sul-Rio-Grandense. Possui uma área estimada em 84.800,10 Km2, que corresponde
50
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

a cerca de 30,10% da área do Estado, na qual estão inseridos, total ou parcialmente,


256 municípios, incluindo os pertencentes à Região Metropolitana de Porto Alegre.

Está Região é dividida em nove bacias hidrográficas, que drenam direta ou


indiretamente para o Lago Guaíba e este para a Laguna dos Patos, quais sejam:
Alto Jacuí, Baixo Jacuí, Caí, Gravataí, Lago Guaíba, Pardo, Sinos, Taquari-Antas e
Vacacaí e Vacacaí-Mirim. A Figura 27 ilustra o conjunto de bacias inseridas nesta
Região Hidrográfica.

3.2.1 Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

Localiza-se na porção centro-norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28°08’ a 29°55’ de latitude Sul e 52°15’ a 53°50’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Depressão Central, totalizando uma área de aproximadamente 13.065,19 Km2
(Figura 28).

51
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 27 - Bacias Hidrográficas pertencentes à Região Hidrográfica do Guaíba

52
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 28 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Alto Jacuí

53
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 40.822 de 11.06.2001
(Tabela 1).

Tabela 1 – Composição atual do Comitê da Bacia do Alto Jacuí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 1
Geração de Energia 2
Produção Rural 2
Indústria 2
Navegação 1
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca 1
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 3
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 4
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 1
Comunicação 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 42


municípios (Tabela 2).

Tabela 2 – Municípios pertencentes à Bacia do Alto Jacuí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Alto Alegre 100,00 114,52
2. Arroio do Tigre 100,00 318,52
3. Boa Vista do Incra 100,00 503,48
4. Campos Borges 100,00 237,29
5. Carazinho 49,62 665,09
6. Chapada 21,58 684,04

54
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

7. Colorado 100,00 286,18


8. Cruz Alta 64,20 1.360,37
9. Ernestina 100,00 240,40
10. Espumoso 100,00 783,11
11. Estrela Velha 100,00 281,67
12. Fortaleza dos Valos 100,00 650,32
13. Ibarama 21,32 193,11
14. Ibirapuitã 88,30 307,03
15. Ibirubá 100,00 611,81
16. Jacuizinho 100,00 315,67
17. Júlio de Castilhos 38,05 1.929,38
18. Lagoa Bonita do Sul 1,49 108,50
19. Lagoa dos Três Cantos 100,00 138,64
20. Lagoão 52,04 383,66
21. Marau 36,83 649,30
22. Mato Castelhano 8,41 238,36
23. Mormaço 100,00 146,11
24. Não-Me-Toque 100,00 361,67
25. Nicolau Vergueiro 100,00 155,82
26. Passa Sete 13,54 304,76
27. Passo Fundo 46,14 780,36
28. Pinhal Grande 77,70 477,13
29. Quinze de Novembro 100,00 223,64
30. Saldanha Marinho 100,00 221,61
31. Salto do Jacuí 100,00 519,20
32. Santa Bárbara do Sul 62,79 971,15
33. Santo Antônio do Planalto 93,57 206,51
34. Segredo 99,76 247,49
35. Selbach 100,00 176,73
36. Sobradinho 90,85 130,39
37. Soledade 67,07 1.213,41
38. Tapera 100,00 179,63
39. Tio Hugo 100,00 114,24
40. Tunas 100,00 217,97
41. Tupanciretã 18,41 2.251,86
42. Victor Graeff 100,00 238,27

3.2.2 Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí

Localiza-se na porção centro-leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 29°26’ a 30°47’ de latitude Sul e 51°16’ a 53°35’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional,
Depressão Central, Planície Costeira (Interior) e Escudo Sul-Rio-grandense,
totalizando uma área de aproximadamente 17.426,54 Km² (Figura 29).

55
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 29 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 65 membros, conforme Decreto 43.866, de 01.06.2005
(Tabela 3).

Tabela 3 – Composição atual do Comitê da Bacia do Baixo Jacuí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 3
Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 3
Produção rural 7
Indústria e geração de energia 3
Mineração 2
Lazer e turismo 2
Transporte hidroviário interior 2
Pesca 2
Categoria especial de gestão urbana e ambiental municipal 2
TOTAL 26
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 4
Associações comunitárias e clubes de serviços comunitários 6
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 4
Organizações ambientalistas 3
Associações de profissionais 3
Organizações sindicais 3
Comunicação 3
TOTAL 26
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 13

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 40


municípios (Tabela 4).

Tabela 4 - Municípios pertencentes à Bacia do Baixo Jacuí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Agudo 100,00 536,12
2. Arroio dos Ratos 100,00 425,94
3. Barão do Triunfo 74,65 436,68
4. Butiá 100,00 768,89
5. Caçapava do Sul 41,00 3.047,12
6. Cachoeira do Sul 90,88 3.735,17
7. Candelária 47,43 943,73
8. Cerro Branco 100,00 154,11
9. Charqueadas 100,00 216,51
10. Dom Feliciano 28,70 1.260,18
57
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

11. Dona Francisca 100,00 114,35


12. Eldorado do Sul 73,82 509,70
13. Encruzilhada do Sul 40,22 3.438,50
14. Faxinal do Soturno 100,00 169,95
15. General Câmara 43,60 494,03
16. Ibarama 78,68 193,11
17. Ivorá 99,60 122,89
18. Júlio de Castilhos 23,61 1.929,38
19. Lagoa Bonita do Sul 98,51 108,50
20. Mariana Pimentel 52,06 338,13
21. Minas do Leão 100,00 424,01
22. Montenegro 5,41 420,02
23. Nova Palma 99,88 313,51
24. Novo Cabrais 100,00 192,34
25. Pantano Grande 100,00 847,61
26. Paraíso do Sul 100,00 342,45
27. Passa Sete 9,73 304,76
28. Passo do Sobrado 36,91 265,11
29. Pinhal Grande 22,30 477,13
30. Restinga Seca 29,15 961,79
31. Rio Pardo 76,59 2.050,53
32. Santa Cruz do Sul 7,67 733,47
33. Santana da Boa Vista 22,34 1.420,62
34. São Jerônimo 86,31 937,05
35. São João do Polêsine 52,90 85,63
36. Sertão Santana 8,88 251,61
37. Silveira Martins 31,83 118,31
38. Sobradinho 9,15 130,39
39. Triunfo 69,69 823,42
40. Vale Verde 52,67 329,40

3.2.3 Bacia Hidrográfica do Rio Caí

Localizada a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas 29°06’ a 30°00’ de latitude Sul e 50°24’ a 51°40’ de longitude Oeste.
Abrange as Províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e Depressão Central,
totalizando uma área de aproximadamente 4.971,59 Km² (Figura 30).

58
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 30 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Caí

59
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 45 membros, conforme Decreto 45.349, de 17.09.2004
(Tabela 5).

Tabela 5 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Caí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 4
Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 3
Geração de energia 1
Produção rural 3
Indústria 4
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Transporte Hidroviário Interior 1
TOTAL 18
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 4
Associações comunitárias e clubes de serviços comunitários 4
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 3
Organizações ambientalistas 3
Associações de profissionais 3
Comunicação 1
TOTAL 18
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 9

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 40


municípios (Tabela 6).

Tabela 6 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Caí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Alto Feliz 100,00 79,20
2. Barão 56,62 124,50
3. Bom Princípio 100,00 88,24
4. Brochier 69,21 109,70
5. Canela 40,43 254,58
6. Capela de Santana 97,94 184,00
7. Carlos Barbosa 47,07 229,91
8. Caxias do Sul 47,54 1.643,91
9. Dois Irmãos 91,88 65,16
10. Estância Velha 4,93 52,38
11. Farroupilha 39,43 361,79

60
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

12. Feliz 100,00 96,23


13. Gramado 67,53 237,02
14. Harmonia 100,00 44,58
15. Igrejinha 6,93 136,82
16. Ivoti 94,54 63,14
17. Lindolfo Collor 100,00 33,06
18. Linha Nova 100,00 63,73
19. Maratá 99,60 80,35
20. Montenegro 87,33 420,02
21. Morro Reuter 100,00 88,07
22. Nova Petrópolis 100,00 291,08
23. Nova Santa Rita 55,38 217,87
24. Pareci Novo 100,00 57,41
25. Picada Café 100,00 85,09
26. Portão 13,95 159,94
27. Presidente Lucena 100,00 49,43
28. Salvador do Sul 65,80 99,16
29. Santa Maria do Herval 98,50 139,22
30. São Francisco de Paula 28,61 3.273,50
31. São José do Hortêncio 100,00 64,11
32. São José do Sul 100,00 60,11
33. São Pedro da Serra 63,62 35,38
34. São Sebastião do Caí 97,45 111,45
35. São Vendelino 100,00 32,09
36. Sapiranga 39,35 137,52
37. Três Coroas 5,10 185,54
38. Triunfo 6,81 823,42
39. Tupandi 100,00 59,54
40. Vale Real 100,00 44,20

3.2.4 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Localiza-se a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas 29º45’ a 30º12’ de latitude Sul e 50º27’a 51º12’ de longitude Oeste.
Abrange as Províncias geomorfológicas da Depressão Central, Planalto Meridional,
Escudo Sul-Rio-Grandense e Planície Costeira interior, totalizando uma área de
aproximadamente 2.018,94 Km² (Figura 31).

61
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 31 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

62
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.425, de 28.10.2004
(Tabela 7)

Tabela 7– Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Gravataí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 2
Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 3
Drenagem 2
Produção rural 2
Indústria 3
Navegação 1
Mineração 1
Lazer e turismo 1
Categoria especial de gestão urbana e ambiental municipal 1
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 3
Associações comunitárias 2
Clubes de serviços comunitários 1
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 3
Organizações ambientalistas 2
Associações de profissionais 3
Organizações sindicais 1
Comunicação 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
8

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 08


municípios (Tabela 8).

Tabela 8 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Alvorada 100,00 70,81
2. Cachoeirinha 81,11 43,77
3. Canoas 17,29 131,10
4. Glorinha 99,97 323,64
5. Gravataí 84,94 463,76
6. Porto Alegre 17,64 496,83
7. Santo Antônio da Patrulha 45,04 1048,90
8. Taquara 8,80 457,13
9. Viamão 38,29 1483,47

63
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.2.5 Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

Localiza-se a leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas de 29 55’ a 30 37’ de latitude Sul e 50 56’ a 51 46’ de longitude Oeste.
Abrange as Províncias geomorfológicas do Escudo Sul-Rio-Grandense e Planície
Costeira interior, totalizando uma área de aproximadamente 2.466,28 Km² (Figura
32).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.418, de 22.10.2004
(Tabela 9).

Tabela 9– Composição atual do Comitê da Bacia do Lago Guaíba

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 3
Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 3
Drenagem 2
Produção rural 2
Indústria 2
Navegação 1
Mineração 1
Lazer e turismo 1
Pesca 1
TOTAL 16
Grupo II – População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 2
Associações comunitárias 2
Clubes de serviços comunitários 2
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 3
Organizações ambientalistas 3
Associações de profissionais 3
Organizações sindicais 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

64
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 32 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba

65
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 14


municípios (Tabela 10).

Tabela 10- Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Lago


Guaíba

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Barão do Triunfo 2,67 436,68
2. Barra do Ribeiro 91,99 730,82
3. Canoas 26,92 131,10
4. Cerro Grande do Sul 13,97 324,76
5. Eldorado do Sul 26,18 509,70
6. Guaíba 99,93 376,97
7. Mariana Pimentel 47,94 338,13
8. Nova Santa Rita 2,99 217,87
9. Porto Alegre 82,36 496,83
10. Sentinela do Sul 32,68 281,96
11. Sertão Santana 91,12 251,61
12. Tapes 19,70 804,09
13. Triunfo 0,25 823,42
14. Viamão 8,83 1.494,26

3.2.6 Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

Localiza-se na porção central do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28º50’ a 30º 00’ de latitude Sul e 52º 15’ a 53º 00’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas da Depressão Central e
Planalto Meridional, totalizando uma área de aproximadamente 3.641,19 Km²
(Figura 33).

66
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 33 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

67
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros, conforme Decreto 45.608, de 11.04.2008
(Tabela 11).

Tabela 11 - Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Pardo

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 4
Esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem 3
Produção rural 6
Geração de energia 1
Indústria 3
Mineração 1
Lazer e turismo 1
Categorial especial de gestão urbana e ambiental municipal 1
TOTAL 20
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 4
Associações comunitárias 4
Clubes de serviços comunitários 1
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 2
Organizações ambientalistas 2
Associações de profissionais 2
Organizações sindicais 4
Comunicação 1
TOTAL 20
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 10

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 13


municípios (Tabela 12).

Tabela 12 - Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Pardo

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Barros Cassal 48,01 648,90
2. Boqueirão do Leão 44,21 265,53
3. Candelária 52,57 943,73
4. Gramado Xavier 99,90 217,52
5. Herveiras 100,00 118,28
6. Lagoão 47,96 383,66
7. Passa Sete 76,73 304,76
8. Rio Pardo 23,41 2.050,53
9. Santa Cruz do Sul 45,68 733,47
10. Sinimbu 95,87 510,12
11. Vale do Sol 100,00 328,23
68
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

12. Venâncio Aires 2,36 773,24


13. Vera Cruz 100,00 309,62

3.2.7 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Localiza-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°20’ a 30°10’ de latitude Sul e 50°15’ a 51°20’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Depressão Central, totalizando uma área de aproximadamente 3.690,31 Km² (Figura
34).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.625, de 17.02.2005
(Tabela 13).

Tabela 13– Composição atual do Comitê da Bacia do Rio dos Sinos

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 3
Esgotamento sanitário e resíduos sólidos 3
Drenagem 1
Geração de energia 1
Produção rural 3
Indústria 3
Mineração 1
Lazer e turismo 1
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 3
Associações comunitárias 2
Clubes de serviços comunitários 1
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 4
Organizações ambientalistas 3
Associações de profissionais 2
Organizações sindicais 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

69
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 34 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

70
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 32


municípios (Tabela 14).

Tabela 14 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Araricá 99,46 35,29
2. Cachoeirinha 18,89 43,77
3. Campo Bom 99,73 61,41
4. Canela 59,57 254,58
5. Canoas 55,79 131,10
6. Capela de Santana 2,06 184,00
7. Caraá 99,30 294,34
8. Dois Irmãos 8,12 65,16
9. Estância Velha 95,07 52,38
10. Esteio 100,00 27,54
11. Gramado 32,47 237,02
12. Gravataí 15,06 463,76
13. Igrejinha 93,07 136,82
14. Ivoti 5,46 63,14
15. Maquiné 0,53 622,12
16. Nova Hartz 97,60 62,56
17. Nova Santa Rita 41,63 217,87
18. Novo Hamburgo 99,99 223,61
19. Osório 4,97 663,27
20. Parobé 100,00 109,03
21. Portão 86,05 159,94
22. Riozinho 98,37 239,34
23. Rolante 100,00 296,99
24. Santa Maria do Herval 1,50 139,22
25. Santo Antônio da Patrulha 28,63 1.048,90
26. São Francisco de Paula 11,35 3.273,50
27. São Leopoldo 100,00 102,31
28. São Sebastião do Caí 2,55 111,45
29. Sapiranga 60,65 137,52
30. Sapucaia do Sul 100,00 58,64
31. Taquara 91,20 457,13
32. Três Coroas 94,90 185,54

71
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.2.8 Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

Localiza-se a nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 28°10’ a 29°57’ de latitude Sul e 49°56’ a 52°38’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Depressão Central, totalizando uma área de aproximadamente 26.406,05 Km²
(Figura 35).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros, conforme Decreto 43.520, de 27.12.2004
(Tabela 15).

Tabela 15 – Composição atual do Comitê da Bacia Taquari-Antas

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento público 4
Esgotamento sanitário, resíduos sólidos, drenagem, gestão urbana e ambiental municipal 4
Geração de energia 2
Produção rural 4
Indústria 4
Transporte hidroviário interior e mineração 1
Lazer e turismo 1
TOTAL 20
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 6
Associações comunitárias e clubes de serviços comunitários 3
Instituições de ensino, pesquisa e extensão 3
Organizações ambientalistas 3
Associações de profissionais 3
Organizações sindicais 2
TOTAL 20
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 10

72
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 35 – Mapa da Bacia Hidrográfica Taquari-Antas

73
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 118


municípios (Tabela 16).

Tabela 16 – Municípios pertencentes à Bacia Taquari-Antas

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Água Santa 1,13 291,79
2. André da Rocha 100,00 329,74
3. Anta Gorda 100,00 242,96
4. Antônio Prado 100,00 347,62
5. Arroio do Meio 100,00 157,96
6. Arvorezinha 100,00 271,64
7. Barão 43,38 124,50
8. Barros Cassal 51,80 648,90
9. Bento Gonçalves 100,00 382,51
10. Boa Vista do Sul 100,00 94,35
11. Bom Jesus 30,82 2.625,68
12. Bom Retiro do Sul 100,00 102,33
13. Boqueirão do Leão 55,79 265,53
14. Brochier 30,79 109,70
15. Camargo 100,00 138,07
16. Cambará do Sul 88,43 1.212,53
17. Campestre da Serra 100,00 538,00
18. Canudos do Vale 100,00 82,56
19. Capão Bonito do Sul 5,96 527,07
20. Capitão 100,00 74,62
21. Carlos Barbosa 52,93 229,91
22. Casca 100,00 271,74
23. Caseiros 12,30 235,68
24. Caxias do Sul 52,46 1.643,91
25. Ciríaco 75,45 273,87
26. Colinas 100,00 58,37
27. Coqueiro Baixo 100,00 112,32
28. Coronel Pilar 100,00 105,38
29. Cotiporã 100,00 172,38
30. Cruzeiro do Sul 100,00 155,22
31. David Canabarro 100,00 174,94
32. Dois Lajeados 100,00 133,37
33. Doutor Ricardo 100,00 108,43
34. Encantado 100,00 139,16
35. Esmeralda 0,48 833,35
36. Estrela 100,00 184,18
37. Fagundes Varela 100,00 134,29
38. Farroupilha 60,57 361,79
39. Fazenda Vilanova 100,00 84,79
40. Flores da Cunha 100,00 272,66
41. Fontoura Xavier 100,00 583,47
42. Forquetinha 100,00 93,57
43. Garibaldi 100,00 167,70
74
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

44. General Câmara 56,40 494,03


45. Gentil 98,86 184,01
46. Guabiju 100,00 148,39
47. Guaporé 100,00 297,66
48. Ibiraiaras 95,74 300,65
49. Ibirapuitã 11,70 307,03
50. Ilópolis 100,00 116,48
51. Imigrante 100,00 73,36
52. Ipê 100,00 599,95
53. Itapuca 100,00 184,25
54. Jaquirana 100,00 907,94
55. Lagoa Vermelha 39,40 1.262,23
56. Lajeado 100,00 90,42
57. Marau 63,17 649,30
58. Marques de Souza 100,00 125,18
59. Mato Castelhano 44,39 238,36
60. Mato Leitão 100,00 45,90
61. Montauri 100,00 82,08
62. Monte Alegre dos Campos 96,84 549,74
63. Monte Belo do Sul 100,00 68,37
64. Montenegro 7,26 420,02
65. Muçum 100,00 110,89
66. Muitos Capões 97,40 1.193,13
67. Muliterno 87,62 111,13
68. Nova Alvorada 100,00 149,36
69. Nova Araçá 100,00 74,36
70. Nova Bassano 100,00 211,61
71. Nova Bréscia 100,00 102,18
72. Nova Pádua 100,00 103,24
73. Nova Prata 100,00 258,75
74. Nova Roma do Sul 100,00 149,06
75. Paraí 100,00 120,42
76. Passo do Sobrado 63,09 265,11
77. Passo Fundo 2,41 780,36
78. Paverama 99,97 171,61
79. Poço das Antas 99,35 62,10
80. Pouso Novo 100,00 106,53
81. Progresso 100,00 255,12
82. Protásio Alves 100,00 172,81
83. Putinga 100,00 219,94
84. Relvado 100,00 108,51
85. Roca Sales 100,00 208,49
86. Salvador do Sul 34,20 99,16
87. Santa Clara do Sul 100,00 86,55
88. Santa Cruz do Sul 46,65 733,47
89. Santa Tereza 100,00 72,39
90. Santo Antônio do Palma 100,00 126,10
91. São Domingos do Sul 100,00 78,95
92. São Francisco de Paula 53,10 3.273,50
93. São Jorge 100,00 118,05
75
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

94. São José do Herval 100,00 103,09


95. São José dos Ausentes 24,22 1.176,69
96. São Marcos 100,00 256,25
97. São Pedro da Serra 36,38 35,38
98. São Valentim do Sul 100,00 92,24
99. Serafina Corrêa 100,00 163,29
100. Sério 100,00 99,72
101. Sinimbu 4,13 510,12
102. Soledade 32,78 1.213,41
103. Tabaí 100,00 94,76
104. Taquari 100,00 349,97
105. Teutônia 100,00 179,17
106. Travesseiro 100,00 81,11
107. Triunfo 23,24 823,42
108. União da Serra 100,00 130,99
109. Vacaria 34,06 2.123,67
110. Vale Verde 47,33 329,40
111. Vanini 100,00 64,87
112. Venâncio Aires 97,64 773,24
113. Veranópolis 100,00 289,43
114. Vespasiano Correa 100,00 113,89
115. Vila Flores 100,00 107,82
116. Vila Maria 100,00 181,44
117. Vista Alegre do Prata 100,00 119,33
118. Westfalia 100,00 63,70

3.2.9 Bacia Hidrográfica Vacacaí e Vacacaí-Mirim

Localiza-se na porção centro-ocidental do Estado do Rio Grande do Sul, entre


as coordenadas geográficas de 29°35’ a 30°45’ de latitude Sul e 53°04’ a 54°34’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas da Depressão Central e
Escudo Sul Rio-Grandense totalizando uma área de aproximadamente 11.114,01
Km² (Figura 36).

76
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 36 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim

77
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros, conforme Decreto 44.015, de 13.09.2005
(Tabela 17).

Tabela 17 – Composição atual do Comitê da Bacia Vacacaí e Vacacaí-


Mirim

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 3
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 3
Drenagem 1
Geração de Energia -
Produção Rural 4
Indústria 1
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo 1
Pesca -
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 14
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal -
Associações Comunitárias 3
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 2
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 3
Organizações Sindicais 2
Comunicação 1
TOTAL 14
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 7

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 15


municípios (Tabela 18).

Tabela 18 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos Rios


Vacacaí e Vacacaí-Mirim

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Caçapava do Sul 30,03 3.047,12
2. Cachoeira do Sul 8,50 3.735,17
3. Dilermando de Aguiar 69,86 602,57

78
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4. Formigueiro 100,00 581,99


5. Itaara 59,92 171,08
6. Júlio de Castilhos 3,13 1.929,38
7. Lavras do Sul 0,13 2.599,81
8. Restinga Seca 70,85 961,79
9. Santa Margarida do Sul 99,71 956,15
10. Santa Maria 89,97 1.779,56
11. São Gabriel 52,65 5.019,65
12. São João do Polêsine 47,10 85,63
13. São Sepé 99,96 2.188,83
14. Silveira Martins 68,17 118,31
15. Vila Nova do Sul 99,98 523,94

3.3 ATUALIZAÇÕES DAS BACIAS DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DAS BACIAS LITORÂNEAS

A Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas está situada na porção leste e


sul do estado, entre as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional, Planície
Costeira e Escudo Sul-Rio-Grandense. Possui uma superfície total avaliada em
57.368,31 Km2, correspondendo a aproximadamente 20,36% da área do Estado.
Nesta Região estão inseridos, total ou parcialmente, 71 municípios.

A Região está dividida em cinco bacias hidrográficas. Duas bacias são de


águas compartilhadas: a do Rio Mampituba, com o Estado de Santa Catarina; e a
Mirim-São Gonçalo, com a República Oriental do Uruguai. As outras três bacias são
a do Rio Tramandaí, Rio Camaquã e a do Litoral Médio. O principal exutório das
duas últimas bacias é a Laguna dos Patos; e a do Rio Tramandaí é o Oceano
Atlântico Sul. Na Figura 37 estão exibidas as bacias pertencentes a esta Região
Hidrográfica.

79
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 37 – Mapa da Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas

80
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.3.1 Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

Localizada na porção leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°51’ a 32°11’ de latitude Sul e 50°15’ a 52°05’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Escudo Sul-Rio-
Grandense e Planície Costeira totalizando uma área de aproximadamente 21.569,69
Km² (Figura 38).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 45 membros, conforme Decreto 43.993 de 31.08.2005
(Tabela 19).

Tabela 19 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Camaquã

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 4
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 1
Geração de Energia -
Produção Rural 6
Indústria 1
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca 1
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 18
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 4
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 4
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação 1
TOTAL 18
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 9

81
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 38 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

82
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 29


municípios (Tabela 20).

Tabela 20 – Municípios pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Amaral Ferrador 100,00 506,46
2. Arambaré 100,00 519,12
3. Arroio do Padre 46,90 124,32
4. Bagé 50,28 4.095,53
5. Barão do Triunfo 22,68 436,68
6. Barra do Ribeiro 8,01 730,82
7. Caçapava do Sul 28,97 3.047,12
8. Cachoeira do Sul 0,62 3.735,17
9. Camaquã 100,00 1.679,56
10. Canguçu 72,87 3.525,07
11. Cerro Grande do Sul 85,96 324,76
12. Chuvisca 100,00 219,17
13. Cristal 100,00 681,56
14. Dom Feliciano 71,30 1.260,18
15. Dom Pedrito 5,73 5.192,11
16. Encruzilhada do Sul 59,78 3.438,50
17. Hulha Negra 11,43 822,94
18. Lavras do Sul 52,26 2.599,81
19. Pelotas 9,35 1.608,77
20. Pinheiro Machado 57,65 2.227,90
21. Piratini 44,20 3.561,48
22. Santa Margarida do Sul 0,29 956,15
23. Santana da Boa Vista 77,65 1.420,62
24. São Gabriel 0,09 5.019,65
25. São Jerônimo 13,69 937,05
26. São Lourenço do Sul 100,00 2.036,13
27. Sentinela do Sul 67,32 281,96
28. Tapes 80,30 804,09
29. Turuçu 43,21 254,93

3.3.2 Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

Localizada na porção leste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°51’ a 32°11’ de latitude Sul e 50°15’ a 52°05’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas da Planície Costeira,
totalizando uma área de aproximadamente 6.206,58 Km² (Figura 39).

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 39 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 30 membros, conforme Decreto 45.460, de 28.01.2008 (Tabela
21).

Tabela 21 – Composição atual do Comitê da Bacia do Litoral Médio

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 1
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 1
Drenagem -
Geração de Energia -
Produção Rural 4
Indústria 2
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo 1
Pesca 2
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 12
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 2
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais -
Comunicação -
TOTAL 12
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 6

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 11


municípios (Tabela 22).

Tabela 22 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Litoral Médio

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1) Balneário Pinhal 21,94 103,76
2) Capivari do Sul 100,00 417,61
3) Cidreira 27,17 246,36
4) Mostardas 96,15 1.983,12
5) Osório 45,23 663,27
6) Palmares do Sul 70,51 946,24

85
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

7) Santo Antônio da Patrulha 26,32 1.048,90


8) São José do Norte 100,00 1.117,87
9) Tavares 100,00 604,26
10) Tramandaí 25,56 143,92
11) Viamão 52,88 1.494,26

3.3.3 Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

Localiza-se na porção nordeste do Rio Grande do Sul e no extremo sul de


Santa Catarina. No estado gaúcho, situa-se entre as coordenadas geográficas de
29°11’ a 29°26’ de latitude Sul e 49°42’ a 50°12’ de longitude Oeste, abrangendo as
províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e Planície Costeira, com uma
área de aproximadamente 695,57 Km². A Figura 40 ilustra o mapa desta bacia. Em
comparação com as demais, as informações cartográficas disponíveis para esta
unidade de gestão são as mais defasadas, o que se reflete na representação da
hidrografia.

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: único comitê não


criado, estando na dependência do Conselho Nacional de Recursos
Hídricos.

2) Caracterização por município: no Rio Grande do Sul, a bacia abrange


total ou parcialmente 08 municípios (Tabela 23).

Tabela 23 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio


Mampituba, no RS

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1) Cambará do Sul 11,57 1.212,53
2) Dom Pedro de Alcântara 50,75 78,16
3) Mampituba 100,00 157,88
4) Morrinhos do Sul 99,89 165,44
5) São Francisco de Paula 1,03 3.273,50
6) Torres 69,93 162,13
7) Três Cachoeiras 13,70 250,48
8) Três Forquilhas 5,11 217,38

86
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 40 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Mampituba

87
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.3.4 Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo

Localiza-se na porção sudeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 31°30’ a 34°35’ de latitude Sul e 53°31’ a 55°15’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas da Planície Costeira e
Escudo Sul-Rio-Grandense, totalizando uma área de aproximadamente 25.847,58
Km² (Figura 41).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 50 membros, conforme Decreto 44.327, de 06.03.2006
(Tabela 24).

Tabela 24 – Composição atual do Comitê da Bacia Mirim-São Gonçalo

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 1
Geração de Energia -
Produção Rural 7
Indústria 2
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 2
Pesca 2
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 20
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 4
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 1
Organizações Ambientalistas 3
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação 1
TOTAL 20
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 10

88
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 41 – Mapa da Bacia Hidrográfica Mirim-São Gonçalo

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 21


municípios (Tabela 25).

Tabela 25 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica Mirim-São


Gonçalo

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Aceguá 55,76 1.549,52
2. Arroio do Padre 53,10 124,32
3. Arroio Grande 100,00 2.518,48
4. Bagé 0,85 4.095,53
5. Candiota 99,81 933,84
6. Canguçu 27,13 3.525,07
7. Capão do Leão 100,00 785,37
8. Cerrito 100,00 451,89
9. Chuí 100,00 203,20
10. Herval 100,00 1.758,41
11. Hulha Negra 49,29 822,94
12. Jaguarão 100,00 2.054,39
13. Morro Redondo 100,00 244,64
14. Pedras Altas 100,00 1.376,69
15. Pedro Osório 100,00 603,91
16. Pelotas 90,63 1.608,77
17. Pinheiro Machado 42,35 2.227,90
18. Piratini 55,80 3.561,48
19. Rio Grande 100,00 2.813,91
20. Santa Vitória do Palmar 100,00 5.244,18
21. Turuçu 56,79 254,93

3.3.5 Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

Localiza-se na porção nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas de 29°17’ a 30°18’ de latitude Sul e 49°44’ a 50°24’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Planície Costeira, totalizando uma área de aproximadamente 3.048,89 Km² (Figura
42).

90
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 42 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 45 membros, conforme Decreto 43.283, de 03.10.2004
(Tabela 26)

Tabela 26 – Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Tramandaí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 5
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 1
Drenagem 1
Geração de Energia -
Produção Rural 3
Indústria 1
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 2
Pesca 2
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 2
TOTAL 18
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 4
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação 1
TOTAL 18
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 9

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 20


municípios (Tabela 27).

Tabela 27 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio


Tramandaí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Arroio do Sal 100,00 120,94
2. Balneário Pinhal 78,06 103,76
3. Capão da Canoa 100,00 97,10
4. Caraá 0,70 294,34
5. Cidreira 72,83 246,36

92
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

6. Dom Pedro de Alcântara 49,25 78,16


7. Imbé 100,00 39,55
8. Itati 100,00 201,40
9. Maquiné 99,47 622,12
10. Mostardas 3,85 1.983,12
11. Osório 49,79 663,27
12. Palmares do Sul 29,49 946,24
13. Riozinho 1,63 239,34
14. São Francisco de Paula 5,92 3.273,50
15. Terra de Areia 100,00 147,72
16. Torres 30,07 162,13
17. Tramandaí 74,44 143,92
18. Três Cachoeiras 86,30 250,48
19. Três Forquilhas 94,75 217,38
20. Xangri-lá 100,00 60,95

3.4 ATUALIZAÇÕES DAS BACIAS DA REGIÃO HIDROGRÁFICA DO RIO URUGUAI

A Região Hidrográfica do Uruguai abrange a porção norte, noroeste e oeste


do território gaúcho, entre as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Depressão Central. Possui uma superfície total de cerca de 126.718,97 Km2, ou seja,
aproximadamente 44,98 % da área do Estado. Neste contexto estão distribuídos,
total ou parcialmente 228 municípios (Figura 43).

A Região está dividida em onze bacias hidrográficas. As bacias dos rios


Apuaê-Inhandava, Passo Fundo, Várzea, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Ijuí,
Piratinim, Butuí-Icamaquâ e Ibicuí têm como principal exutório o Rio Uruguai. A
Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria drena inteiramente para o Rio Ibicuí. Nesta
região há duas bacias transfronteiriças, compartilhadas com a República Oriental do
Uruguai: a Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí e a Bacia do Rio Negro.

93
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 43 – Mapa da Região Hidrográfica do Uruguai

94
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.4.1 Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava

Localiza-se a norte-nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 27°14' a 28°45' de latitude Sul e 50°42' a 52°26' de
longitude Oeste. Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional,
totalizando uma área de aproximadamente 14.515,32 Km2 (Figura 44).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.524, de 27.12.2004 (Tabela
28).

Tabela 28 - Composição atual do Comitê da Bacia dos rios Apuaê-Inhandava

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 1
Drenagem 1
Geração de Energia 2
Produção Rural 5
Indústria 2
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca -
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 2
Associações Comunitárias 1
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 1
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 3
Comunicação 3
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

95
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 44 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-Inhandava

96
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 51


municípios (Tabela 29).

Tabela 29 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos rios Apuaê-


Inhandava
% ÁREA NA
MUNICIPIO BACIA ÁREA TOTAL (Km²)
1. Água Santa 98,87 291,79
2. Aratiba 100,00 341,07
3. Áurea 100,00 158,29
4. Barão de Cotegipe 32,10 259,91
5. Barra do Rio Azul 98,08 147,57
6. Barracão 100,00 516,29
7. Bom Jesus 69,18 2.625,68
8. Cacique Doble 100,00 203,91
9. Capão Bonito do Sul 94,04 527,07
10. Carlos Gomes 100,00 83,15
11. Caseiros 87,70 235,68
12. Centenário 100,00 134,33
13. Charrua 100,00 198,13
14. Ciríaco 24,55 273,87
15. Coxilha 37,57 422,79
16. Erebango 12,52 151,78
17. Erechim 81,80 430,76
18. Esmeralda 99,52 833,35
19. Estação 29,89 100,27
20. Floriano Peixoto 100,00 168,43
21. Gaurama 100,00 204,15
22. Gentil 1,14 184,01
23. Getúlio Vargas 99,93 286,56
24. Ibiaçá 100,00 350,87
25. Ibiraiaras 4,26 300,65
26. Itatiba do Sul 6,98 212,12
27. Lagoa Vermelha 60,60 1.262,23
28. Machadinho 100,00 334,45
29. Marcelino Ramos 100,00 229,62
30. Mariano Moro 100,00 99,11
31. Mato Castelhano 47,17 238,36
32. Maximiliano de Almeida 100,00 208,52
33. Monte Alegre dos Campos 3,16 549,74
34. Muitos Capões 2,60 1.193,13
35. Muliterno 12,38 111,13
36. Paim Filho 100,00 182,18
37. Pinhal da Serra 100,00 434,05
38. Sananduva 100,00 504,55
39. Santa Cecília do Sul 100,00 195,55
40. Santo Expedito do Sul 100,00 125,74
41. São João da Urtiga 100,00 171,18
97
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

42. São José do Ouro 100,00 334,77


43. São José dos Ausentes 75,78 1.176,69
44. Sertão 41,97 439,47
45. Severiano de Almeida 100,00 167,62
46. Tapejara 100,00 240,61
47. Três Arroios 100,00 148,67
48. Tupanci do Sul 100,00 135,12
49. Vacaria 65,94 2.123,67
50. Viadutos 100,00 268,47
51. Vila Lângaro 100,00 152,17

3.4.2 Bacia Hidrográfica dos rios Butuí-Icamaquã

Localiza-se a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28°30’ a 29°15’ de latitude Sul e 54°40’ a 56°30’ de
longitude Oeste. Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional,
totalizando uma área de aproximadamente 8.048,27 Km 2 (Figura 45).

98
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 45 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Butuí-Icamaquã

99
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 35 membros, conforme Decreto 44.401, de 18.04.2006 (Tabela
30).

Tabela 30 – Composição atual do Comitê da Bacia do Butuí-Icamaquã

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 3
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 1
Drenagem -
Geração de Energia -
Produção Rural 6
Indústria 1
Navegação
Mineração
Lazer e Turismo 1
Pesca 1
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
TOTAL 14
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativo Estadual e Municipal 3
Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação -
TOTAL 14
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 7

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 09


municípios (Tabela 31).

Tabela 31 – Municípios pertencentes à Bacia dos rios Butuí-Icamaquã

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Bossoroca 42,08 1.596,22
2. Capão do Cipó 13,40 1.022,18
3. Itacurubi 100,00 1.118,01
4. Itaqui 9,88 3.404,05
5. Maçambara 69,21 1.682,82
6. Santiago 33,33 2.413,08
7. Santo Antônio das Missões 33,24 1.714,24
8. São Borja 82,70 3.616,03
100
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

9. Unistalda 42,52 602,39

3.4.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

Localiza-se a oeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas 28°53’ a 30°51’ de latitude Sul e 53°39’ a 57°36’ de longitude Oeste.
Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e Depressão Central,
em uma área total de cerca de 35.153,11 Km2 (Figura 46).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.521, de 27.12.2004
(Tabela 32).

Tabela 32 - Composição atual do Comitê da Bacia do Rio Ibicuí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 3
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos e Drenagem 2
Produção Rural 7
Indústria 1
Navegação e Geração de Energia -
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca 1
Categoria Espacial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 4
Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários 3
Clubes de Serviços Comunitários -
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 3
Associações de Profissionais 3
Organizações Sindicais -
Comunicação -
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

101
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 46 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ibicuí

102
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 30


municípios (Tabela 33).

Tabela 33 – Municípios pertencentes à Bacia do Rio Ibicuí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Alegrete 100,00 7.803,97
2. Barra do Quaraí 40,51 1.056,15
3. Cacequi 51,54 2.370,02
4. Capão do Cipó 19,24 1022,18
5. Dilermando de Aguiar 30,14 602,57
6. Itaara 40,07 171,08
7. Itaqui 90,12 3.404,05
8. Jaguari 100,00 673,46
9. Jari 100,00 856,46
10. Júlio de Castilhos 35,21 1.929,38
11. Maçambara 30,79 1.682,82
12. Manoel Viana 100,00 1.390,70
13. Mata 100,00 312,12
14. Nova Esperança do Sul 100,00 191,39
15. Quaraí 34,63 3.147,64
16. Quevedos 100,00 543,36
17. Rosário do Sul 29,97 4.369,66
18. Santa Maria 10,03 1.779,56
19. Santana do Livramento 25,61 6.950,37
20. Santiago 66,67 2.413,08
21. São Borja 2,20 3.616,03
22. São Francisco de Assis 100,00 2.508,45
23. São Gabriel 0,06 5.019,65
24. São Martinho da Serra 100,00 671,85
25. São Pedro do Sul 100,00 873,59
26. São Vicente do Sul 100,00 1.174,94
27. Toropi 100,00 202,98
28. Tupanciretã 58,40 2.251,86
29. Unistalda 57,48 602,39
30. Uruguaiana 67,85 5.715,78

3.4.4 Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

Localiza-se a norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28º 00' a 29º 05' de latitude Sul e 53º 11' a 55º 21' de
longitude Oeste. Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional, em
uma superfície total de aproximadamente 10.726,49 Km2 (Figura 47).

103
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 47 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

104
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 44.271, de 23.01.2006
(Tabela 34).

Tabela 34 – Composição atual da Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário, Resíduos Sólidos e Drenagem 1
Drenagem -
Geração de Energia 3
Produção Rural 4
Indústria 2
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo 1
Pesca -
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 3
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 2
Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários 3
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 2
Organizações Ambientalistas 3
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 3
Comunicação 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
8

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 37


municípios (Tabela 35).

Tabela 35 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Ijuí

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Ajuricaba 100,00 323,24
2. Augusto Pestana 100,00 347,44
3. Boa Vista do Cadeado 100,00 701,11
4. Bozano 100,00 201,04
5. Caibaté 100,00 258,94
6. Catuípe 70,96 583,24
7. Cerro Largo 56,77 177,67

105
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

8. Chapada 1,65 684,04


9. Condor 100,00 465,19
10. Coronel Barros 100,00 162,95
11. Cruz Alta 35,80 1.360,37
12. Dezesseis de Novembro 70,36 216,85
13. Entre-Ijuís 82,40 552,55
14. Eugênio de Castro 79,41 419,38
15. Guarani das Missões 67,39 290,50
16. Ijuí 99,04 689,12
17. Jóia 54,77 1.235,89
18. Mato Queimado 100,00 114,64
19. Nova Ramada 96,85 254,91
20. Palmeira das Missões 19,20 1.415,70
21. Panambi 99,98 490,86
22. Pejuçara 99,90 414,24
23. Pirapó 64,10 291,74
24. Porto Xavier 27,23 280,51
25. Rolador 95,28 293,49
26. Roque Gonzales 93,72 346,62
27. Salvador das Missões 44,59 94,04
28. Santa Bárbara do Sul 37,21 971,15
29. Santo Ângelo 91,88 680,50
30. Santo Augusto 0,70 468,02
31. São Luiz Gonzaga 20,93 1.297,92
32. São Miguel das Missões 10,68 1.229,84
33. São Paulo das Missões 16,00 223,89
34. São Pedro do Butiá 72,59 107,63
35. Sete de Setembro 34,95 130,00
36. Tupanciretã 22,07 2.251,86
37. Vitória das Missões 100,00 259,61

3.4.5 Bacia Hidrográfica do Rio Negro

Localiza-se a sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 31°08’ a 31°50 de latitude Sul e 53°46’ a 54°41’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas da Depressão Central e
Escudo Sul-Rio-grandense, em uma área total aproximada de 3.013,67 Km2 (Figura
48).

106
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 48 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Negro

107
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê local criado;


composição 30 membros, conforme Decreto 45.531 de 06.03.2008
(Tabela 36).

Tabela 36 – Composição atual do Comitê Local da Bacia Hidrográfica do


Rio Negro

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 3
Drenagem -
Geração de Energia -
Produção Rural 4
Indústria 3
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo -
Pesca -
Categoria Espacial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal -
TOTAL 12
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos estadual e municipal 3
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários -
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 4
Organizações Ambientalistas 1
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais -
Comunicação -
TOTAL 12
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 6

108
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 04


municípios (Tabela 37).

Tabela 37 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Negro,


no Rio Grande do Sul

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Aceguá 44,24 1.549,52
2. Bagé 48,62 4.095,53
3. Dom Pedrito 0,27 5.192,11
4. Hulha Negra 39,27 822,94

3.4.6 Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

Localiza-se a norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas 27°04' a 28°19' de latitude Sul e 52°13' a 52°51' de longitude Oeste.
Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional, em uma área total de
cerca de 4.853,16 Km2 (Figura 49).

109
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 49 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo

110
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.225, de 13.04.2004
(Tabela 38).

Tabela 38 – Composição atual do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio


Passo Fundo

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 1
Geração de Energia 2
Produção Rural 5
Indústria 2
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo -
Pesca -
Categoria Espacial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 2
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 3
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 3
Comunicação -
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
8

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 30


municípios (Tabela 39).

Tabela 39 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Passo


Fundo

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Barão de Cotegipe 67,90 259,91
2. Barra do Rio Azul 1,92 147,57
3. Benjamin Constant do Sul 100,00 132,40

111
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4. Campinas do Sul 100,00 261,32


5. Coxilha 62,43 422,79
6. Cruzaltense 100,00 165,72
7. Entre Rios do Sul 100,00 120,44
8. Erebango 87,48 151,78
9. Erechim 18,20 430,76
10. Erval Grande 100,00 285,91
11. Estação 70,11 100,27
12. Faxinalzinho 100,00 143,38
13. Gramado dos Loureiros 24,35 131,40
14. Ipiranga do Sul 100,00 159,23
15. Itatiba do Sul 93,02 212,12
16. Jacutinga 100,00 179,30
17. Nonoai 64,62 469,31
18. Passo Fundo 25,37 780,36
19. Paulo Bento 100,00 148,18
20. Pontão 60,55 505,71
21. Ponte Preta 100,00 100,41
22. Quatro Irmãos 100,00 267,99
23. Rio dos Índios 62,26 236,97
24. Ronda Alta 75,25 426,34
25. Rondinha 1,92 252,24
26. São Valentim 100,00 154,19
27. Sarandi 0,63 353,36
28. Sertão 58,03 439,47
29. Três Palmeiras 60,83 188,70
30. Trindade do Sul 47,67 268,42

3.4.7 Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

Localiza-se a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 28°00’ a 29°05 de latitude Sul e 54°05’ a 56°00’ de
longitude Oeste. Abrange a províncias geomorfológicas abrangidas: Planalto
Meridional, em uma superfície total de aproximadamente 7.662,70 Km2 (Figura 50).

112
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 50 – Mapa da bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

113
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 30 membros, conforme Decreto 44.270 23.01.2006 (Tabela
40Tabela 40).

Tabela 40 – Composição atual do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio


Piratinim

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos e drenagem 2
Geração de Energia -
Produção Rural 2
Indústria 2
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo 2
Pesca -
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 2
TOTAL 12
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias e Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 2
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação -
TOTAL 12
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 6

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 15


municípios (Tabela 41).

Tabela 41 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Piratinim

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Bossoroca 57,92 1596,22
2. Capão do Cipó 67,36 1022,18
3. Dezesseis de Novembro 29,64 216,85
4. Entre-Ijuís 17,60 552,55
5. Eugênio de Castro 20,59 419,38
6. Garruchos 100,00 799,85
7. Jóia 45,16 1235,89

114
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

8. Pirapó 35,90 291,74


9. Rolador 4,72 293,49
10. Santo Antônio das Missões 66,76 1714,24
11. São Borja 15,10 3616,03
12. São Luiz Gonzaga 79,07 1297,92
13. São Miguel das Missões 89,27 1229,84
14. São Nicolau 100,00 485,33
15. Tupanciretã 1,12 2251,86

3.4.8 Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí

Localiza-se a oeste-sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 29°40' a 30°30' de latitude Sul e 56°30' a 57°40' de
longitude Oeste. Abrange a províncias geomorfológicas do Planalto Meridional, em
uma área total de cerca de 6.669,41km2 (Figura 51).

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê local criado;


composição 20 membros, conforme Decreto 45.606, de 14.04.2008
(Tabela 42).

Tabela 42 – Composição atual do Comitê Local da Bacia Hidrográfica do Rio


Quaraí

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos e drenagem 1
Produção Rural 3
Indústria 1
Pesca 1
TOTAL 8
Grupo II - População
Categorias
Legislativos Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 2
Organizações Ambientalistas 1
Associações de Profissionais 2
TOTAL 8
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 4

115
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 51 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí, no RS

116
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 04


municípios (Tabela 43Tabela 43).

Tabela 43 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Quaraí,


no Rio Grande do Sul

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Barra do Quaraí 59,49 1.056,15
2. Quaraí 65,37 3.147,64
3. Santana do Livramento 30,87 6.950,37
4. Uruguaiana 32,15 5.715,78

3.4.9 Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

Localiza-se a sudoeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 29°47’ a 31°36’ de latitude Sul e 54°00’ a 55°32’ de
longitude Oeste. Abrange as províncias geomorfológicas do Planalto Meridional e
Depressão Central, em uma superfície total de aproximadamente 15.731,64 Km 2
(Figura 52).

117
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 52 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria

118
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.523, de 27.12.2004
(Tabela 44).

Tabela 44 - Composição atual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio


Santa Maria

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 3
Drenagem 1
Geração de Energia -
Produção Rural 6
Indústria 1
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca -
Categoria Especial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal 1
16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 2
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 4
Organizações Sindicais -
Comunicação 1
16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
8

119
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 07


municípios (Tabela 45).

Tabela 45 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio Santa


Maria

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Bagé 0,26 4.095,53
2. Cacequi 48,46 2.370,02
3. Dom Pedrito 94,01 5.192,11
4. Lavras do Sul 47,61 2.599,81
5. Rosário do Sul 70,03 4.369,66
6. Santana do Livramento 43,52 6.950,37
7. São Gabriel 47,20 5.019,65

3.4.10 Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

Localiza-se a norte-noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre as


coordenadas geográficas 27°07' a 28°13' de latitude Sul e 53°24' a 55°20' de
longitude Oeste. Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional, em
uma superfície total de 10.828,70 Km2 (Figura 53).

120
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 53 – Mapa da Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo

121
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.226, de 13.07.2004
(Tabela 46).

Tabela 46 – Composição atual da Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-Santa


Rosa-Santo Cristo

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 1
Geração de Energia 2
Produção Rural 6
Indústria 2
Navegação -
Mineração -
Lazer e Turismo 1
Pesca -
Categoria Espacial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal -
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 2
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 3
Comunicação 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 54


municípios (Tabela 47).

Tabela 47 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica dos rios Turvo-


Santa Rosa-Santo Cristo

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Alecrim 100,00 314,75
2. Alegria 100,00 172,69
3. Boa Vista do Buricá 100,00 108,73
4. Bom Progresso 100,00 88,76
122
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

5. Braga 100,00 128,99


6. Campina das Missões 100,00 225,76
7. Campo Novo 100,00 222,10
8. Cândido Godói 100,00 246,28
9. Catuípe 29,04 583,24
10. Cerro Largo 43,23 177,67
11. Chiapetta 100,00 396,48
12. Coronel Bicaco 76,77 492,12
13. Crissiumal 100,00 362,15
14. Derrubadas 75,88 361,28
15. Doutor Maurício Cardo 100,00 256,32
16. Esperança do Sul 100,00 148,38
17. Giruá 99,99 855,92
18. Guarani das Missões 32,61 290,50
19. Horizontina 100,00 228,85
20. Humaitá 100,00 135,25
21. Ijuí 0,96 689,12
22. Independência 100,00 357,44
23. Inhacorá 100,00 114,14
24. Miraguaí 98,53 130,43
25. Nova Candelária 100,00 97,83
26. Nova Ramada 3,15 254,91
27. Novo Machado 100,00 218,67
28. Palmeira das Missões 12,81 1.415,70
29. Porto Lucena 100,00 250,08
30. Porto Mauá 100,00 105,56
31. Porto Vera Cruz 100,00 113,65
32. Porto Xavier 72,77 280,51
33. Redentora 26,68 302,64
34. Roque Gonzales 6,28 346,62
35. Salvador das Missões 55,41 94,04
36. Santa Rosa 100,00 489,81
37. Santo Ângelo 8,12 680,50
38. Santo Augusto 99,30 468,02
39. Santo Cristo 100,00 366,88
40. São José do Inhacorá 100,00 77,81
41. São Martinho 100,00 171,66
42. São Paulo das Missões 84,00 223,89
43. São Pedro do Butiá 27,41 107,63
44. São Valério do Sul 100,00 107,97
45. Sede Nova 100,00 118,52
46. Senador Salgado Filho 100,00 147,21
47. Sete de Setembro 65,05 130,00
48. Tenente Portela 47,55 338,09
49. Tiradentes do Sul 100,00 234,48
50. Três de Maio 100,00 422,20
51. Três Passos 100,00 268,40
52. Tucunduva 100,00 180,80
53. Tuparendi 100,00 307,68
54. Ubiretama 100,00 126,69
123
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

3.4.11 Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

Localiza-se ao norte do Estado do Rio Grande do Sul, entre as coordenadas


geográficas 27°00’ a 28°20’ de latitude Sul e 52°30’ a 53°50’ de longitude Oeste.
Abrange a província geomorfológica do Planalto Meridional, em uma área total de
9.516,50 Km2 (Figura 54 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

1) Situação no Sistema Estadual de Recursos Hídricos: comitê criado;


composição 40 membros, conforme Decreto 43.488 de 08.12.2004 (Tabela
48).

Tabela 48 – Composição atual do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio da


Várzea

Grupo I - Usuários da Água


Categorias Vagas
Abastecimento Público 2
Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos 2
Drenagem 2
Geração de Energia 1
Produção Rural 3
Indústria 3
Navegação -
Mineração 1
Lazer e Turismo 1
Pesca 1
Categoria Espacial de Gestão Urbana e Ambiental Municipal -
TOTAL 16
Grupo II - População
Categorias Vagas
Legislativos Estadual e Municipal 3
Associações Comunitárias 2
Clubes de Serviços Comunitários 1
Instituições de Ensino, Pesquisa e Extensão 3
Organizações Ambientalistas 2
Associações de Profissionais 2
Organizações Sindicais 2
Comunicação 1
TOTAL 16
Grupo III - Representantes da Administração Direta Federal e Estadual
TOTAL 8

124
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 54 – Mapa da Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

125
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

2) Caracterização por município: a bacia abrange total ou parcialmente 54


municípios (Tabela 49).

Tabela 49 – Municípios pertencentes à Bacia Hidrográfica do Rio da Várzea

MUNICIPIO % ÁREA NA BACIA ÁREA TOTAL (Km²)


1. Almirante Tamandaré 100,00 265,37
2. Alpestre 100,00 328,75
3. Ametista do Sul 100,00 93,49
4. Barra do Guarita 100,00 64,59
5. Barra Funda 100,00 60,03
6. Boa Vista das Missões 100,00 195,36
7. Caiçara 100,00 189,24
8. Carazinho 50,38 665,09
9. Cerro Grande 100,00 73,46
10. Chapada 76,77 684,04
11. Constantina 100,00 203,00
12. Coqueiros do Sul 100,00 275,55
13. Coronel Bicaco 23,23 492,12
14. Cristal do Sul 100,00 97,72
15. Derrubadas 24,12 361,28
16. Dois Irmãos das Missões 100,00 225,68
17. Engenho Velho 100,00 71,19
18. Erval Seco 100,00 363,89
19. Frederico Westphalen 100,00 264,98
20. Gramado dos Loureiros 75,65 131,40
21. Iraí 100,00 182,19
22. Jaboticaba 100,00 128,05
23. Lajeado do Bugre 100,00 67,90
24. Liberato Salzano 100,00 245,63
25. Nonoai 35,38 469,31
26. Nova Boa Vista 100,00 94,24
27. Novo Barreiro 100,00 123,58
28. Novo Tiradentes 100,00 75,40
29. Novo Xingu 100,00 80,59
30. Palmeira das Missões 67,99 1.415,70
31. Palmitinho 100,00 144,05
32. Passo Fundo 26,00 780,36
33. Pinhal 100,00 68,22
34. Pinheirinho do Vale 100,00 105,34
35. Planalto 100,00 230,42
36. Pontão 39,45 505,71
37. Redentora 73,32 302,64
38. Rio dos Índios 37,74 236,97
39. Rodeio Bonito 100,00 83,20
40. Ronda Alta 24,75 426,34
41. Rondinha 98,08 252,24
42. Sagrada Família 100,00 78,25

126
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

43. Santo Antônio do Planalto 6,43 206,51


44. São José das Missões 100,00 98,07
45. São Pedro das Missões 100,00 83,15
46. Sarandi 100,00 353,36
47. Seberi 100,00 301,42
48. Taquaruçu do Sul 100,00 76,85
49. Tenente Portela 52,45 338,09
50. Três Palmeiras 39,17 188,70
51. Trindade do Sul 52,33 268,42
52. Vicente Dutra 100,00 195,04
53. Vista Alegre 100,00 77,45
54. Vista Gaúcha 100,00 88,72

127
4 ANO HIDROLÓGICO E DISPONIBILIDADE HÍDRICA

Açude seco, RS, 2012; Foto: Diego Vara / Agencia RBS

Inundação Vale do Rio dos Sinos, setembro de 2009; Fonte: METSUL;


Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4 DISPONIBILIDADE HÍDRICA E QUALIDADE DAS AGUAS

A disponibilidade hídrica corresponde à quantidade de água disponível na


natureza, para atender aos múltiplos usos. Ela varia em função do consumo e pode
ser determinada com base no cálculo da quantidade de água que entra na bacia
hidrográfica. Conforme a região, este dado pode ser gerado pelas chuvas,
derretimento de geleiras e/ou neve. O volume de água retirado, mediante os
fenômenos de evaporação, evapotranspiração, do escoamento natural, da captação
e da infiltração, representa outra maneira de se definir esta variável (MACHADO,
2007).

A disponibilidade hídrica em corpos de água superficiais e subterrâneos


também depende de vários condicionantes vinculados, entre outros, ao clima, ao
relevo e à geologia da região. Este conceito admite distintas interpretações e está
relacionado às finalidades de planejamento e gerenciamento da bacia hidrográfica
(MATOS & ZOBY, 2004). A implementação plena de importantes instrumentos para
o efetivo controle do uso da água depende, pois, da qualidade dos dados de
disponibilidade hídrica.

Este capítulo avalia a disponibilidade quali-quantitativa das bacias


hidrográficas gaúchas. Para a estimativa das condições quantitativas, foram
utilizados os dados meteorológicos da Fepagro/Centro Estadual de Meteorologia,
com abrangência estadual, e de níveis, obtidos nos pontos de captação de água dos
rios Gravataí, Sinos e Santa Maria. Para a avaliação das condições qualitativas,
foram consideradas as informações de qualidade da água geradas pela Agência
Nacional de Águas, para as a principais bacias gaúchas, elaboradas a partir dos
dados da Fepam.

4.1 CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA DO RIO GRANDE DO SUL

O território rio-grandense situa-se na porção mais meridional do Brasil, entre


as coordenadas de 27o03’42’’ a 33o45’09’’, de latitude Sul, e 49o42’41’’ a 57o40’57’’,
de longitude Oeste. Situado em uma faixa latitudinal ao sul do Trópico de
Capricórnio, está submetido a condições climáticas tropicais e temperadas. A
129
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

interação dos sistemas atmosféricos com os elementos da paisagem associados à


maritimidade, à continentalidade, ao relevo e à posição latitudinal definem o clima do
Rio Grande do Sul como do tipo mesotérmico.

De acordo com as normais de 1931 a 1960, a sua temperatura média anual


varia de 14,5°C, em São Francisco de Paula, e 19,8°C, em São Luiz Gonzaga e
Uruguaiana. A média anual das temperaturas mais elevadas oscila de 20,3°C, em
São Francisco de Paula, até 27,5 °C, em Iraí. A média da temperatura mínima
normal está entre 9,9°C (São Francisco de Paula) e 15,3°C (Rio Grande). Janeiro é
normalmente o mês mais quente, com temperatura entre 25°C e 33°C, enquanto
julho é o mês mais frio, com temperaturas mínimas que oscilam de 4,0°C a -2,7°C
(MOTA et al. 1971, apud UFSM/SEMA, 2008).

Quanto ao regime pluviométrico, existe uma grande variação quantitativa de


chuvas ao longo do espaço gaúcho. Considerando-se a normal para o período 1931-
1960, a precipitação anual média em todo o Rio Grande do Sul é de 1.540 mm,
oscilando de 1.235 mm, na estação de Santa Vitória do Palmar, e 2.162 mm, na
estação de São Francisco de Paula. Os totais pluviométricos superam 1.500 mm, na
metade norte do estado, ocorrendo o contrário na metade sul (Berlatto,1992). Os
fatores estáticos não têm um efeito condicionante expressivo às precipitações. O
relevo permite a plena circulação das massas de ar, ainda que no nordeste gaúcho a
escarpa planáltica situada próxima à zona costeira favoreça o crescimento dos
índices pluviométricos (VIEIRA, 1984).

Os condicionantes do clima também favorecem a ocorrência de uma umidade


relativa do ar elevada, que pode variar de 75% a 85%. Nos meses de verão e
primavera estes valores oscilam, normalmente, em torno de 68% a 85%. Já para os
meses de outono e inverno se encontram entre 76% e 90%, conforme dados de
UFSM/SEMA (2008).

4.2 O CONCEITO DE ANO HIDROLÓGICO

O ano hidrológico é definido como o período contínuo de doze meses, durante


o qual ocorre um ciclo anual climático completo, ou seja, entre o início de duas
estações de chuva sucessivas. É escolhido por possibilitar uma comparação mais

130
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

expressiva dos dados meteorológicos (DNAEE, 1976 apud REDEAMBIENTE, 2012;


E-GEO, 2012).

A determinação do ano hidrológico de uma bacia hidrográfica é importante


para o seu monitoramento quantitativo, de acordo com Moster et al. (2003). A sua
caracterização é mais exitosa, quando a capacidade de armazenamento de água na
bacia é mínima, considerando “a partir de um escoamento mensal e de uma vazão
diária mínima, a qual pode representar o escoamento básico de uma bacia”. Desta
forma, este período de tempo é estabelecido a partir do mês de início da estação
chuvosa até o término da estação seca (CICCO, 1985 apud MOSTER et al., 2003,
p.2).

Moster et al. (op. cit.) estabeleceram o ano hidrológico para algumas cidades,
incluindo Porto Alegre, RS. Para tanto, os autores utilizaram o Balanço Hídrico de
Thornthwaite e Mather, com dados de médias mensais de 30 anos. Segundo o
estudo, a deficiência de água no solo desta cidade é maior em janeiro do que nos
outros meses. Assim, para Porto Alegre o ano hidrológico inicia em janeiro e termina
em dezembro, sendo este período o utilizado para as análises deste relatório (Figura
55).

Figura 55 – Caracterização do ano hidrológico de Porto Alegre, RS


Fonte: Moster et al. (2003, p. 5)

4.3 O ANO HIDROLÓGICO DE 2009

O ano de 2008 encerrou com um forte episódio de variabilidade pluviométrica.


As condições climáticas globais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM), no
Oceano Pacífico Equatorial, registraram pequenas anomalias negativas. A expansão
131
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

desta área, no entanto, associada ao aumento da anomalia negativa no Oceano


Atlântico Sudoeste influenciou a irregularidade das chuvas no Rio Grande do Sul.
Esse quadro prevaleceu no início do ano hidrológico de 2009. O mês de janeiro
apresentou precipitações abaixo do padrão climatológico em grande parte do
território gaúcho, principalmente na Fronteira Oeste, Campanha e Missões. No sul,
centro, Região Metropolitana de Porto Alegre, Serra do Nordeste e no litoral as
chuvas ficaram acima do padrão. Em fevereiro, a pluviosidade ficou dentro do
padrão na maior parte do espaço rio-grandense. As exceções ocorreram no
nordeste do estado, com índices abaixo da normal, e no Litoral Sul, Serra do
Sudeste e Campanha, acima do padrão esperado. Em março a pluviosidade ficou
abaixo do padrão em grande parte do estado, exceto no extremo sul onde os índices
ficaram acima do esperado (DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 06:12, 2008/
Ano 07:1-3).

A Figura 56 ilustra o mapa das anomalias da TSM para o mês de fevereiro de


2009. Em (a) verificou-se que a TSM, no Oceano Pacífico Equatorial Central,
manteve as anomalias negativas, com redução da área e do sinal, tendendo a
normalidade. Em (b) e (c) as anomalias positivas de TSM, no Oceano Pacifico
Subtropical e no Atlântico Sudoeste, também apresentaram diminuição na
intensidade. Em (d) houve a intensificação nas anomalias negativas no Oceano
Atlântico Equatorial.

Figura 56 - Anomalia Mensal de TSM, em Fevereiro de 2009


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL - Ano 07:3 (2009)

132
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Em abril as chuvas ficaram abaixo do padrão em praticamente todo estado.


No Litoral Norte os índices ficaram dentro da normal. No mês de maio as
precipitações se mantiveram dentro do padrão, exceto no norte do Vale do Uruguai e
extremo sul do estado (região de Santa Vitória do Palmar), onde ficaram acima do
esperado. Em junho a pluviosidade ficou abaixo do padrão em praticamente todo o
território rio-grandense, menos no Litoral Sul, onde se mantiveram dentro da normal
(DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 07:5-7, 2009).

No mês de julho as chuvas ficaram dentro do padrão climatológico no


Planalto, Missões e norte do Vale do Uruguai. Nas demais regiões ficaram abaixo do
esperado. Em agosto a pluviosidade esteve acima do padrão em praticamente todo
estado. No sudoeste, todavia, e em especial na região de Uruguaiana e Santana do
Livramento, ficaram abaixo do padrão. Neste mês a TSM, no Pacífico Equatorial
Leste, permaneceu com aumento nas anomalias positivas, evidenciando
características iniciais de um evento El Niño moderado. Para o Atlântico Sul, em
latitudes médias, as anomalias positivas permaneceram fortes. Setembro registrou
chuvas acima do padrão climatológico em praticamente todo território gaúcho. No
sul do Vale do Uruguai ficaram próximas do padrão e no extremo sul, região de
Santa Vitória do Palmar, ficaram abaixo do padrão. Neste mês a TSM no Pacífico
Equatorial Leste, permaneceu com anomalias positivas sem grandes evoluções,
enquanto no Atlântico Sul apresentou grande expansão nas anomalias positivas,
segundo Figura 57 (DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 07:8-10, 2009).

Figura 57 - Anomalia Mensal da TSM, em Setembro de 2009


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL - Ano 07:10 (2009)

133
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

No mês de outubro a pluviosidade ficou dentro do padrão climatológico em


grande parte do território gaúcho. Mas no sul do Vale do Uruguai (Região de
Uruguaiana) e Litoral Norte ficaram pouco abaixo do padrão e no extremo sul
(Região de Santa Vitória do Palmar) ficaram acima da normal. Novembro se
destacou pelos elevados índices pluviométricos, muito acima do padrão
climatológico em todo o Rio Grande do Sul, tanto que, em várias regiões do estado,
os totais foram superiores a 500 mm. Já em dezembro as precipitações ficaram
dentro do padrão no Planalto, Serra do Nordeste e Litoral e acima do padrão nas
demais regiões. Neste mês a TSM, no Pacífico Equatorial Central, permaneceu com
anomalias positivas. No Atlântico Sul, litoral das regiões Sul e Sudeste, as anomalias
se mantiveram positivas. No litoral sul da Argentina predominou anomalias
negativas, segundo consta na Figura 58 (DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano
07:11-12, 2009 e Ano 08:1, 2010).

Figura 58 - Anomalia Mensal de TSM, em dezembro de 2009


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet, apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:1, 2010

Os Boletins Meteorológicos de 2009, publicados pela Fepagro/Centro


Estadual de Meteorologia Aplicada, apresentam os dados de precipitação ocorrida, a
normal esperada e o desvio da normal, para trinta e três estações climatológicas do
estado. As representações matriciais dos totais de chuva, ocorridos neste ano
hidrológico, podem ser visualizadas na Figura 59.

134
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Janeiro Fevereiro Março

Abril Maio Junho

Julho Agosto Setembro

Outubro Novembro Dezembro

Figura 59 – Totais mensais de precipitação pluvial ocorrida em 2009, no RS


Fonte: FEPAGRO/INMET/CEMETRS (2009)

135
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Os mapas da distribuição espacial dos municípios em situação de


emergência, com portaria reconhecida na Defesa Civil Nacional, e do número de
pessoas afetadas por eventos hidrológicos extremos, no período em pauta, estão
exibidos nas Figura 60 a 63. De acordo com os mapas produzidos, as bacias
hidrográficas mais atingidas por alagamentos, enchentes e enxurradas foram:
Quaraí, Santa Maria, Negro, Butuí-Icamaquã, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo e
Várzea, na Região Hidrográfica do Uruguai; Alto e Baixo Jacuí, Vacacaí e Vacacaí-
Mirim, Sinos e Caí, na Região Hidrográfica do Guaíba; e Mirim-São Gonçalo e
Camaquã, na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas. As mais afetadas por
estes eventos, ou seja, que superaram mais de vinte mil atingidos, foram as bacias
dos rios Santa Maria, Ibicuí, Piratinim, Negro, Pardo, Camaquã e a Mirim-São
Gonçalo. Quanto aos eventos de estiagem, a Região Hidrográfica do Uruguai,
especialmente na Metade Norte do estado, teve o maior número de municípios
atingidos. O maior número de pessoas afetadas, por este evento, foi registrado nas
bacias dos rios Negro e Camaquã. Observa-se, apenas a partir destas informações,
que eventos de estiagem e inundações podem afetar uma mesma localidade, como
foi o caso de Bagé e Alegrete.

136
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 60 – Municípios com notificação de alagamentos, enchentes e enxurradas, RS, ano de 2009, conforme dados SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

137
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 61 – Afetados por alagamentos, enchentes e enxurradas por município, RS, ano de 2009, conforme dados SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

138
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 62 – Municípios com notificação de estiagem no RS, ano de 2009, conforme dados da SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

139
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 63 – Afetados pela estiagem por município no RS, ano de 2009, conforme dados da SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

140
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4.4 O ANO HIDROLÓGICO DE 2010

O ano de 2010 iniciou com a prevalência de um padrão climatológico de


variabilidade pluviométrica. A TSM no Pacífico Equatorial Central conservou-se com
anomalias positivas, com uma discreta redução da área. No Atlântico Sul, contíguo
ao litoral das regiões Sul e Sudeste, entretanto, as anomalias se mantiveram
positivas (Figura 64). Sendo assim, no mês de janeiro as chuvas ficaram acima do
padrão climatológico em grande parte do Rio Grande do Sul, com destaque para
algumas localidades como Santa Maria (431,6mm), Santiago (421,6mm) e São Luiz
Gonzaga (399,1mm). No noroeste e no litoral gaucho as precipitações ficaram
dentro do padrão. Em fevereiro, as chuvas ficaram dentro da normal, no noroeste e
na região central. Para as demais regiões do estado, ficaram acima do padrão. O
mês de março foi caracterizado pela irregularidade pluviométrica. Em grande parte
do território gaúcho ficou abaixo do padrão. Na Região Metropolitana de Porto
Alegre ficaram próximas da normal, enquanto no extremo sul (região de Santa
Vitória do Palmar), noroeste e no nordeste ficaram acima (DISME/INMET &
CPPMet/UFPEL, Ano 08:2-4, 2010).

Figura 64 - Anomalia Mensal de TSM, em janeiro de 2010


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet, apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:2, 2010

O mês de abril registrou chuvas acima do padrão climatológico no norte do


Vale do Uruguai, Planalto, Serra do Nordeste, Litoral Norte e extremo sul do estado.
Ficaram abaixo do padrão somente no sul do Vale do Uruguai e dentro do padrão

141
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

nas demais regiões. Em maio, as precipitações ocorreram abaixo da normal no


extremo sul e sudoeste do território rio-grandense. No leste e nordeste estiveram
acima do padrão, enquanto nas demais regiões se mantiveram na normal.
Importante considerar que a TSM no Pacífico Equatorial Central já apresentava
sinais de anomalias negativas, indicando um futuro evento de La Niña. No Pacífico
Leste, de outra parte, foi mantida a intensificação das anomalias negativas e no
Atlântico Sul as anomalias positivas registraram um enfraquecimento. No mês de
junho as chuvas ficaram dentro do padrão esperado no Planalto, Depressão Central
e Serra do Sudeste, enquanto nas demais regiões foram pouco abaixo da normal
(DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:5-7, 2010).

Em julho as precipitações ficaram acima do padrão climatológico, menos no


nordeste gaúcho, onde ficaram dentro da normal. No mês de agosto os índices
pluviométricos ficaram abaixo do padrão em todo o estado. Em setembro as chuvas
ocorreram dentro da normal no sul e nordeste rio-grandense e acima do padrão nas
demais regiões. A TSM no Oceano Pacífico Equatorial continuou com anomalias
negativas, típicas de eventos de La Niña (Figura 65). No Oceano Atlântico Sul,
adjacente ao litoral da Região Sul do Brasil, foram registradas anomalias negativas
com tendência a intensificação (DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:8-10,
2010).

Figura 65 - Anomalia Mensal de TSM, em setembro de 2010


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet, apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:10, 2010

142
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

No mês de outubro a pluviosidade ficou abaixo do padrão climatológico em


todo o Rio Grande do Sul. A TSM no Pacífico Equatorial continuou com anomalias
negativas, típicas de evento La Niña. No Oceano Atlântico Sul, as anomalias
negativas atenuaram com prevalência de anomalias positivas, no Litoral Sul da
Argentina e Atlântico Equatorial. Em novembro, as precipitações ficaram abaixo do
padrão em grande parte do estado, somente a nordeste ficaram pouco acima do
padrão. Dezembro registrou índices pluviométricos acima do padrão climatológico no
noroeste rio-grandense. Estes índices permaneceram próximos do padrão na região
central e norte e abaixo do padrão no sudoeste, sul e leste do estado. A TSM no
Pacífico Equatorial apresentou expansão nas anomalias negativas (La Niña) e com
tendência de persistir o padrão deste sinal para os próximos meses. No Atlântico
Sul, por sua vez, as anomalias negativas diminuíram e aumentaram as positivas,
conforme consta na Figura 66 (DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 08:11-12,
2010 e Ano 09:1, 2011).

Figura 66 - Anomalia Mensal de TSM, em dezembro de 2010


Fonte: NOAA-CDC/UFPel-CPPMet, apud DISME/INMET & CPPMet/UFPEL, Ano 09:1, 2011

Os Boletins Meteorológicos de 2010, publicados pela Fepagro/Centro


Estadual de Meteorologia Aplicada, registraram os dados de precipitação ocorrida, a
normal esperada e o desvio da normal, para trinta e três estações climatológicas do
estado. As representações matriciais dos totais de chuva, ocorridos neste ano
hidrológico, e geradas nestes boletins também foram utilizadas para ilustrar a
distribuição espacial destes dados (Figura 67).

143
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Janeiro Fevereiro Março

Abril Maio Junho

Julho Agosto Setembro

Outubro Novembro Dezembro

Figura 67 – Totais mensais de precipitação pluvial ocorrida em 2010 no RS


Fonte: FEPAGRO/INMET/CEMETRS (2010)

144
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Os mapas da distribuição espacial dos municípios em situação de


emergência, com portaria de reconhecimento pela Defesa Civil Nacional, e do
número de pessoas afetadas, no período em foco, estão exibidos nas Figuras 68 e
69. Com base nestas informações, constata-se que este ano hidrológico foi marcado
por desvios pluviométricos positivos. As bacias hidrográficas com maior número de
pessoas afetadas foram as do Alto Jacuí, Pardo e Sinos.

Outro dado interessante para o período em questão foi levantado pela


Agência Nacional de Águas (ANA), no seu Relatório de Conjuntura dos Recursos
Hídricos do Brasil, informe 2011. Neste documento foi publicado o Índice de
Precipitação Padronizada (SPI), adotado pelo Instituto Nacional de Meteorologia
(INMET) e que classifica o regime de chuvas de extremamente seco a
extremamente úmido. Os dados atestaram para o período de setembro de 2009 a
dezembro de 2010, tanto na análise dos desvios anuais quanto semestrais, a
ocorrência de desvios positivos, ou seja, chuvas acima da normal notadamente na
Região Sul do país. O último trimestre de 2010, todavia, evidenciou a dominância de
desvios negativos nesta região, assinalando o que estaria por vir no próximo ano
hidrológico (Figura 70).

145
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 68 – Registros de eventos hidrológicos extremos, RS, ano 2010, conforme dados da SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

146
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 69 – Afetados por eventos hidrológicos extremos, RS, ano de 2010, conforme dados da SECRETARIA NACIONAL DA DEFESA CIVIL (2010)

147
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 70 – Anomalias de chuva, ano hidrológico de 2009-2010


Fonte: ANA (2011)

148
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4.5 EVENTOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS E CONTROLE HÍDRICO

No cenário dos desastres naturais, os eventos de estiagem são os de maior


frequência para o Rio Grande do Sul, segundo dados da Defesa Civil estadual. O
gráfico da Figura 71 ilustra o conjunto de desastres registrados para o Estado, no
período de 2003 a 2010, provocados por eventos hidrológicos extremos.
Alagamentos, enchentes, enxurradas e inundações em conjunto perfazem um
percentual de 31%, enquanto os de estiagem correspondem a 69% (Figura 72).

Figura 71 - Desastres naturais oriundos de eventos hidrológicos extremos no RS, de 2003 a 2010

Figura 72 - Percentual dos desastres naturais provenientes de eventos hidrológicos extremos, ocorridos no RS,
no período de 2003 a 2010

149
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

No cenário de criticidade hídrica é imperativo o esforço integrado entre Estado


e sociedade, a fim de compatibilizar os múltiplos usos da água e garantir, em
particular, o abastecimento público, conforme estabelecido em lei. Nas bacias
hidrográficas onde a irrigação é dominante, a retirada de água sem controle passa a
ser um fator real de conflito pelo uso deste bem, notadamente em períodos de
escassez hídrica.

Para minimizar os efeitos indesejáveis da estiagem, o Conselho de Recursos


Hídricos, em conjunto com os comitês de bacias, tem definido critérios para a
operação de sistemas de bombeamento de água para irrigação. O regramento é
estabelecido por meio de resoluções. Neste contexto, as bacias hidrográficas dos
rios dos Sinos, Gravataí e Santa Maria, por serem as mais problemáticas do ponto
de vista da disponibilidade hídrica, são regradas de forma especial, mediante estes
instrumentos de controle.

4.5.1 Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí

Para a Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, a Resolução CRH Nº 66, de 16 de


dezembro de 2009, publicada no Diário Oficial de 13 de Janeiro de 2010,
estabeleceu os limites para o bombeamento continuado de água, para a irrigação da
lavoura de arroz. Assim, foi permitido bombear água do Rio Gravataí, enquanto o
nível do rio se manteve acima do “nível de alerta” ou “nível mínimo operacional”,
estabelecido em 1,00 m (um metro; cota arbitrária). Este nível correspondente a 4,10
m em relação ao nível do mar, no marco de Imbituba - SC, medido na régua
instalada no ponto de captação da CORSAN, localizado no rio Gravataí, em
Alvorada (Figura 73). A resolução determinou critérios para o bombeamento
intermitente e definiu a imediata interrupção do bombeamento, quando o nível do rio
em pauta atingisse 50 cm (cota arbitrária equivalente a 3,60 m do nível do mar), em
Alvorada. A Resolução CRH Nº 76, de 17 de novembro de 2010, publicada no Diário
Oficial de 19 de novembro de 2010, ratificou os condicionantes do bombeamento de
água para irrigação firmados em 2006, 2007, 2008 e 2009.

150
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 73 – Seção transversal do ponto de captação de água da CORSAN, em Alvorada, RS; modificado de
CORSAN

Nos anos hidrológicos considerados no presente relatório, os dados de níveis


obtidos da CORSAN, para o ponto de captação no Rio Gravataí, em Alvorada, tanto
em 2009 quanto em 2010, não evidenciaram situação de alerta. Na Figura 74 a
média mensal das leituras dos níveis para o período em pauta pode ser conferida.

Figura 74 – Média mensal das leituras dos níveis do Rio Gravataí, em Alvorada, em 2009 e 2010

151
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

4.5.2 Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

No período avaliado neste relatório, o bombeamento de água para irrigação,


na Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos foi regrado pela Resolução CRH Nº 77, de
17 de dezembro de 2010, publicada no Diário Oficial de 31 de dezembro daquele
ano. Esta resolução definiu que o bombeamento continuado de água somente será
admitido, enquanto o nível do Rio dos Sinos se mantiver acima de 50 cm (cinquenta
centímetros), medidos a partir do crivo da bomba de captação do SEMAE, em São
Leopoldo/RS, que corresponde a 60 cm (sessenta centímetros) acima do crivo da
bomba de captação da COMUSA, em Novo Hamburgo/RS, e 70 cm (setenta
centímetros) acima do crivo da bomba de captação da CORSAN, em Campo
Bom/RS. Análogo ao ocorrido no Rio Gravataí, nos anos hidrológicos de 2009 e
2010 não houve situação de alerta (Figura 75).

4.6 QUALIDADE DAS AGUAS

A FEPAM é o órgão responsável pelo monitoramento da qualidade das águas


estaduais. Para tal, realiza coletas e análises de água, interpretando os resultados
mediante o estabelecido pela Resolução Nº 357/2005 do CONAMA - Conselho
Nacional de Meio Ambiente.

O monitoramento considera, em geral, 27 parâmetros de qualidade da água:


oxigênio dissolvido, pH, Coliformes fecais, DBO (demanda bioquímica de oxigênio),
DQO (demanda química de oxigênio), nitrogênio amoniacal, nitrogênio orgânico,
fosfato total, fosfato orto, turbidez, sólidos totais, condutividade, índice de fenóis,
surfactantes, cádmio, chumbo, cobre, cromo total, mercúrio, níquel, zinco, alumínio,
ferro, manganês, temperatura da água, transparência e profundidade.

152
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 75 – Gráficos das médias mensais das leituras dos níveis do Rio dos Sinos, nos pontos de captação da
Semae, Comusa e Corsan, nos períodos de 2009 e 2010

153
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

A rede atualmente operando, na FEPAM, adota uma distribuição espacial de


pontos e uma frequência de coleta peculiar a cada Região Hidrográfica. Assim, na
Região Hidrográfica do Guaíba é monitorado um total de 38 pontos, distribuídos ao
longo dos rios Gravataí, com 05 pontos, e Sinos, com 10 pontos, ambos com
frequência bimestral; Caí, com 06 pontos, Taquari-Antas, com 08 pontos e Jacuí,
com 09 pontos, todos com frequência trimestral. Na Região Hidrográfica das Bacias
Litorâneas um conjunto de 56 pontos de amostragem, distribuídos em lagoas,
lagunas, canais, rios, arroios e estuários, compreende o universo monitorado. As
coletas de água são de superfície, com frequência semestral, com uma campanha
na época de cheia e a outra no período de estiagem. A Região Hidrográfica do
Uruguai tem a menor rede, proporcionalmente a sua área, com apenas duas bacias
monitoradas, através de 36 estações de amostragem de água superficial, operadas
desde outubro de 2005, com frequência trimestral. No sítio da FEPAM é possível
visualizar os resultados das análises de água, nos pontos monitorados (FEPAM,
2012).

A Agência Nacional de Águas, no Relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos


do Brasil, informe 2011, sintetizou os dados de quantidade e qualidade de água para
o período 2009-2010. De acordo com este documento, no Rio Grande do Sul, as
bacias que apresentam problemas do ponto de vista exclusivo da quantidade são: a
do Rio Pardo, as dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim e Lago Guaíba, na Região
Hidrográfica do Guaíba; Camaquã, Mirim-São Gonçalo, Litoral Médio, Tramandaí e
Mampituba, na Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas; e Quaraí, Negro, Santa
Maria, Piratinim e Butuí-Icamaquã, na Região Hidrográfica do Uruguai. A criticidade
quali-quantitativa, para as águas rio-grandenses, foi identificada nas bacias dos rios
Gravataí, Sinos e Caí, todas situadas na Região Hidrográfica do Guaíba (Figura 76 e
77).

154
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 76 – Classificação da criticidade dos rios brasileiros


Fonte: ANA (2011)

155
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Figura 77 – Balanço quali-quantitativo dos rios do Rio Grande do Sul


Fonte: ANA (2011)

156
CONSIDERAÇÕES FINAIS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Cascata Rio Comandaí; foto cedida pelo comitê Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente edição do relatório da situação dos recursos hídricos do Rio


Grande do Sul evidenciou alguns avanços na gestão das águas gaúchas. Por outro
lado, também demonstrou a persistência de obstáculos na implementação do
Sistema Estadual de Recursos Hídricos como um todo.

O progresso mais notável é percebido na criação dos comitês de bacias.


Assim, do total de 25 bacias hidrográficas previstas para o estado, 24 bacias já
apresentam comitê criado e instalado. A única unidade espacial de gestão que ainda
aguarda a término do seu processo de formação é a Bacia Hidrográfica do Rio
Mampituba, cujas águas são compartilhadas com Santa Catarina.

O processo de planejamento é outro ponto positivo a ser destacado, com sete


bacias enquadradas, cinco na Região Hidrográfica do Guaíba (Bacia Hidrográfica do
Lago Guaíba, dos rios Caí, Gravataí, Pardo e Sinos), uma na Região Hidrográfica
das Bacias Litorâneas (Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí) e uma na Região
Hidrográfica do Uruguai (Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria). Neste contexto, a
Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí é a mais adiantada, uma vez que está
elaborando a Face C do seu Plano de Bacia, a partir do qual pretende viabilizar o
enquadramento de suas águas, definir modelos de cobrança e propor a
operacionalização da aplicação do Princípio Usuário-Pagador. Além disto, outras
seis bacias estão elaborando a 1ª Etapa do seu Plano, quais sejam: Ijuí, Ibicuí,
Taquari-Antas, Passo Fundo, Alto Jacuí e Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo. Para as
demais bacias estão sendo elaborados os termos de referência para a contratação
de serviços de consultoria, com vistas à elaboração dos respectivos planos.

Os maiores desafios encontrados, no período 2009-2010, se referem à


implementação de instrumentos de controle e monitoramento dos recursos hídricos.
No que concerne à outorga de direito de uso da água, verificou-se uma redução do
quadro geral das outorgas concedidas, não obstante o incremento da demanda. O
universo outorgado de 2009 superou 1.300 outorgas, para mananciais subterrâneos,
158
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

e 600 outorgas, para mananciais de superfície. Em 2010, no entanto, o total


outorgado para águas subterrâneas foi inferior a 700, para águas superficiais foi
menor que 500. A diminuição do corpo de técnico da Divisão de Outorga, no período
em pauta, foi a principal causa desta redução.

A disponibilidade quantitativa das bacias gaúchas foi avaliada com base na


integração de dados hidrometeorológicos. Para tanto, foram consideradas as
características dos anos hidrológicos de 2009 e 2010 e os níveis dos cursos de água
principais das bacias dos rios dos Sinos, Gravataí e Santa Maria. O ano hidrológico
de 2009 foi marcado por contrastes, com o início influenciado pelo fenômeno La
Niña, com estiagem no verão e no outono. As bacias hidrográficas mais atingidas
por alagamentos, enchentes e enxurradas nesse período foram as dos rios Quaraí,
Santa Maria, Negro, Butuí-Icamaquã, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo e Várzea, na
Região Hidrográfica do Uruguai; Alto e Baixo Jacuí, Vacacaí e Vacacaí-Mirim, Sinos
e Caí, na Região Hidrográfica do Guaíba; e Mirim-São Gonçalo e Camaquã, na
Região Hidrográfica das Bacias Litorâneas. As mais afetadas por estes eventos, ou
seja, que superaram mais de vinte mil atingidos, foram as bacias dos rios Santa
Maria, Ibicuí, Piratinim, Negro, Pardo, Camaquã e a Mirim-São Gonçalo. Quanto aos
eventos de estiagem, a Região Hidrográfica do Uruguai, especialmente na Metade
Norte do estado, teve o maior número de municípios atingidos. O maior número de
pessoas afetadas, por este evento, foi registrado nas bacias dos rios Negro e
Camaquã. Observa-se, apenas a partir destas informações, que eventos de
estiagem e inundações podem afetar uma mesma localidade, como foi o caso de
Bagé e Alegrete. O ano de 2010 iniciou com a prevalência de um padrão
climatológico de variabilidade pluviométrica, mas com o segundo semestre
influenciado pelo El Niño, com a predominância de excedentes de chuva. As bacias
hidrográficas com maior número de pessoas afetadas foram as do Alto Jacuí, Pardo
e Sinos. O último trimestre de 2010, por outro lado, foi marcado pela ocorrência de
desvios negativos, anunciando um evento de estiagem para o ano hidrológico de
2011.

Quanto aos dados de níveis, para o período em pauta não foi observada
situação de alerta nos pontos monitorados nos rios Gravataí e dos Sinos. No que se
refere às condições de qualidade das águas, o Relatório Conjuntura dos Recursos

159
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

Hídricos do Brasil, informe 2011, sintetizou os dados para o período 2009-2010.


Neste contexto, as bacias gaúchas que apresentam problemas do ponto de vista
exclusivo da quantidade eram: a do Rio Pardo, as dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim
e Lago Guaíba, na Região Hidrográfica do Guaíba; Camaquã, Mirim-São Gonçalo,
Litoral Médio, Tramandaí e Mampituba, na Região Hidrográfica das Bacias
Litorâneas; e Quaraí, Negro, Santa Maria, Piratinim e Butuí-Icamaquã, na Região
Hidrográfica do Uruguai. As mais críticas do ponto de vista quali-quantitativo são as
dos rios Gravataí, Sinos e Caí, todas situadas na Região Hidrográfica do Guaíba.

Em outubro de 2010, foi lançado o Sistema de Informação, Cidadania e


Ambiente – ICA, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o universo de
usuários da água no Rio Grande do Sul. O primeiro módulo desenvolvido foi o de
Cadastro Estadual de Usuários de Água - CEUSA, cuja finalidade é cadastrar
pessoas físicas e jurídicas, de direito público e privado, que utilizam os recursos
hídricos em atividades, empreendimentos ou intervenções, capazes de alterarem o
regime, a quantidade ou a qualidade dos corpos de água. O acesso é através do
sítio da Secretaria do Meio Ambiente.

A proposta do CEUSA fundamentou-se nos aspectos de facilidade de


utilização da ferramenta, na responsabilidade do usuário sobre a informação e na
segurança, tanto para usuário quanto para o Estado, no acesso, controle e
acompanhamento da informação comunicada. Além disto, foi concebido por pontos
de intervenção, sendo que cada ponto representará um cadastro e um registro no
sistema. O conhecimento, assim obtido, facilitará a integração de variáveis que
condicionam o uso da água na bacia, através de sistemas de informação geográfica
associados ao referido módulo. Os dados do cadastro serão utilizados no processo
de solicitação de outorga e para o conhecimento adequado e atualizado da
demanda de recursos hídricos, fundamentais para a elaboração de planos de bacia.

160
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

GLOSSÁRIO

ÁGUA DOCE: É aquela encontrada naturalmente com baixa concentração de sais


ou considerada adequada para produzir água potável (IGAM, 2008). Águas com
salinidade igual ou inferior a 0,5 ‰ (CONAMA 357/2005).

ÁGUA SALGADA: Água com alta concentração de sais (mais de 10.000 mg/l), como
a água do mar (IGAM, 2008). Águas com salinidade igual ou superior a 30
‰(CONAMA 357/2005).

ÁGUA SALOBRA: Água com concentração de sais significativamente menor que a


água do mar (entre 1.000 e 10.000 mg/l) (IGAM, 2008). Águas com salinidade
superior a 0,5 ‰ e inferior a 30 ‰ (CONAMA 357/2005).

ÁGUAS DE DOMÍNIO ESTADUAL: São de domínio do Estado às águas superficiais


quando nascem e deságuam dentro do território do mesmo Estado e todas as águas
subterrâneas. Existem as exceções: as águas acumuladas (represas, lagos,
barragens etc.) por obra da União, os trechos de rios que atravessam áreas
protegidas nacionais (parques, reservas biológicas etc.) e as reservas indígenas
(Modificado de IGAM, 2008).

ÁGUAS DE DOMÍNIO FEDERAL: São águas de domínio da União os rios e lagos,


situados em áreas de seu domínio, que banhem mais de um estado, que são
fronteiras com outros estados ou países, ou águas acumuladas em açudes
decorrentes de obras da União. No Rio Grande do Sul, as águas do Rio Uruguai,
compartilhadas com Santa Catarina e Argentina, e a da Lagoa Mirim, compartilhada
com a República Oriental do Uruguai são exemplos da dominialidade federal
(Modificado de IGAM, 2008).

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS: São as águas que se infiltraram no solo e que


penetraram, por gravidade, em camadas profundas do subsolo, atingindo a zona de
saturação. A zona de saturação é aquela em que os poros e interstícios do subsolo
estão completamente ocupados pela água (IGAM, 2008).

ÁGUAS SUPERFICIAIS: São as águas que escoam ou acumulam na superfície


terrestre, como os rios, riachos, lagos, lagoas, etc (IGAM, 2008).
161
Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

ALAGAMENTO: Água acumulada no leito das ruas e no perímetro urbano por fortes
precipitações pluviométricas, em cidades com sistemas de drenagem deficientes
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009).

ANOMALIAS NEGATIVAS: Valores abaixo do padrão normal (Climatologia).

ANOMALIAS POSITIVAS: Valores acima do padrão normal (Climatologia).

BACIA HIDROGRÁFICA: Conjunto de terras drenadas por um corpo de água


principal e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a
existência de cabeceiras ou nascentes, divisores de água, cursos de água principais,
afluentes, subafluentes, etc. Em todas as bacias hidrográficas deve existir uma
hierarquização na rede hídrica e a água se escoa normalmente dos pontos mais
altos para os mais baixos. O conceito de bacia hidrográfica deve incluir também
noção de dinamismo, por causa das modificações que ocorrem nas linhas divisórias
de água sob o efeito dos agentes erosivos, alargando ou diminuindo a área da bacia
(Modificado de SEMA, 2008).

BALANÇO HÍDRICO: Estimativa detalhada da diferença entre a disponibilidade de


água e a demanda pela água dentro de um sistema, por exemplo, uma bacia
hidrográfica, um empreendimento etc (IGAM, 2008).

CHEIA: Elevação temporária e móvel do nível das águas de um rio ou lago


(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009).

CLASSE DE QUALIDADE DA ÁGUA: Conjunto de condições e padrões de


qualidade de água necessários ao atendimento dos usos preponderantes, atuais ou
futuros (RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005).

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS: Qualificação das águas doces, salobras e salinas


em função dos usos preponderantes (sistema de classes de qualidade) atuais e
futuros (RESOLUÇÃO CONAMA 357/2005).

COMITÊS DE GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: São colegiados


instituídos oficialmente pelo Governo do Estado, formados majoritariamente por
representantes da sociedade e de usuários das águas. Considerados como
verdadeiros "parlamentos das águas", sua função é discutir e deliberar sobre os
assuntos de interesse comum aos diversos usuários da água de uma bacia
hidrográfica.
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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

CORPO DE ÁGUA: Denominação genérica para qualquer manancial hídrico; curso


de água, trecho de rio, reservatório artificial ou natural, lago, lagoa ou aqüífero
subterrâneo. Sinônimo: CORPO HÍDRICO (IGAM, 2008).

CONTINENTALIDADE: Relativo à distância do mar; a maior ou menor proximidade


dos oceanos exerce forte influência não só sobre a umidade relativa do ar, mas
também sobre a temperatura. Em áreas sujeitas à influência da continentalidade (ou
seja, localização no interior do continente, distante do oceano), há maior variação de
temperatura ao longo do dia, ou mesmo de uma estação, do que em áreas que
sofrem influência da maritimidade (proximidade ao oceano)
(PORTALSAOFRANCISCO, 2012).

CONTINENTALIDADE: O contrário de maritimidade; fator climático que caracteriza


áreas localizadas no interior do continente, cuja distância do oceano contribui para
aumentar a variação de temperatura ao longo de um dia, ou mesmo de uma estação
(Modificado de PORTALSAOFRANCISCO, 2012).

CURSO DE ÁGUA: Denominação geral para os fluxos de água em canal natural de


drenagem de uma bacia, tais como rio, riacho, ribeirão, córrego etc (IGAM, 2008).

DÉFICIT DE ÁGUA: É quando a demanda por água é maior que a disponibilidade


hídrica. Pode ocorrer por consequência de fatores climáticos como a falta de chuva,
por exemplo, ou por ações antrópicas (aterramento de nascentes para uso do solo
no meio rural) (IGAM, 2008).

DEMANDA DE ÁGUA: Quantidade de água necessária para atender aos usos


existentes em determinada bacia hidrográfica, baseada em elementos de tempo e
de quantidade e relacionada com um ponto específico da bacia (IGAM, 2008).

DISPONIBILIDADE HÍDRICA: É a quantidade de água disponível em um ponto do


corpo hídrico, definida a partir das características hidrológicas do curso d’água e o
volume outorgado na bacia correspondente (IGAM, 2008).

EL NIÑO: É um fenômeno atmosférico-oceânico caracterizado por um aquecimento


anormal das águas superficiais no oceano Pacífico Tropical, e que pode afetar o
clima regional e global, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando
assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias
(ENOS.CPTEC.INPE, 2012).
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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

ENCHENTE: É o transbordamento das águas do leito natural de um córrego, rio,


lagoa, mar etc. Provocado pela ocorrência de vazões relativamente grandes de
escoamento superficial, ocasionados comumente por chuvas intensas e contínuas
(IGAM, 2008). Elevação do nível de água de um rio, acima de sua vazão normal
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009).

ENQUADRAMENTO: É um dos instrumentos de gestão de recursos hídricos que


visa ao estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido
em um segmento de corpo de água ao longo do tempo; o objetivo é assegurar às
águas qualidade compatível com os usos mais exigentes a que forem destinadas e
diminuir os custos de controle da poluição hídrica, através de ações preventivas
(Modificado de SEPLANTEC, 2008).

ENXURRADA: volume de água que escoa na superfície do terreno, com grande


velocidade, resultante de fortes chuvas (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO
NACIONAL, 2009).

ESTIAGEM: Período prolongado de baixa pluviosidade ou sua ausência, em que a


perda de umidade do solo é superior à sua reposição (MINISTÉRIO DA
INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009).

EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS: Representam grandes desvios de um


“estado climático moderado”, que ocorrem em escalas que podem variar desde dias
até milênios (MARENGO, J. A., 2009).

INUNDAÇÃO: Transbordamento de água da calha normal de rios, mares, lagos e


açudes, ou acumulação de água por drenagem deficiente, em áreas não
habitualmente submersas (MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009). É o
fenômeno em que o volume de água de uma enchente transborda do canal natural
do rio (IGAM, 2008).

LA NIÑA: Representa um fenômeno oceânico-atmosférico com características


opostas ao EL Niño, e que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas
superficiais do Oceano Pacífico Tropical. Alguns dos impactos de La Niña tendem a
ser opostos aos de El Niño, mas nem sempre uma região afetada pelo El Niño
apresenta impactos significativos no tempo e clima devido à La Niña
(ENOS.CPTEC.INPE, 2012).

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

OUTORGA: Instrumento através do qual o Poder Público autoriza o usuário a utilizar


as águas de seu domínio, por tempo determinado e com condições
preestabelecidas. (REDE DAS ÁGUAS, 2008).

SECA: Falta prolongada, ausência acentuada ou fraca distribuição de precipitação;


período de tempo seco prolongado, que provoca sério desequilíbrio hidrológico;
estiagem prolongada, caracterizada por ocasionar redução acentuada das reservas
hídricas existentes; do ponto de vista socioeconômico, depende mais das
vulnerabilidades dos grupos sociais afetados que das condições climáticas
(MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, 2009).

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Relatório Anual sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado do Rio Grande do Sul – Ano 2009/2010

REFERÊNCIAS

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(2009)/janeiro(2010).
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Dezembro/janeiro/fevereiro (2009-2010).
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(2010).
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