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Escola de Minas
Departamento de Engenharia Ambiental
Autores:
Adriana Aparecida dos Santos, 14.1.4340
Ana Luiza Pimenta Senra, 17.2.1575
Rafael Antunes dos Santos Silva, 19.2.4119
Ouro Preto
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
2. OBJETIVO ............................................................................................................ 4
3. METODOLOGIA .................................................................................................. 4
3.1 Área de estudo ................................................................................................ 4
3.2 Morfometria da bacia ...................................................................................... 5
3.3 Geologia .......................................................................................................... 6
3.4 Solos ................................................................................................................ 6
3.5 Uso e ocupação do solo ....................................................................................6
3.6 Clima .................................................................................................................6
3.7 Áreas de proteção permanente ......................................................................... 6
4. RESULTADOS .................................................................................................... 7
4.1 Caracterização Socioeconômica ....................................................................... 7
4.2 Caracterização físico-biótico ............................................................................. 9
Morfometria da Bacia .................................................................................. 9
Solo ............................................................................................................. 10
Geologia ..................................................................................................... 12
Clima .......................................................................................................... 13
Vegetação ................................................................................................... 14
Unidades de Conservação .......................................................................... 15
Disponibilidade e Demanda Hídrica .......................................................... 16
Área de Proteção Permanente .................................................................... 19
Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) .......................... 20
Fragilidade Ambiental ............................................................................... 22
5. CONDIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 23
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 24
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVO
O seguinte trabalho tem como objetivo utilizar técnicas de geoprocessamento para obter
informações tais como vegetação, áreas preservadas, bioma, hidrografia e solo da bacia do Rio
Suaçuí Grande analisando e comparando essas informações entre si e ao longo dos anos.
3. METODOLOGIA
A ferramenta SIG utilizada foi o QGIS onde foi possível obter informações necessárias
para a análise dos dados coletados. Com a utilização da delimitação da Bacia observou-se
formação das rodovias, centrais de hidrelétricas e outras informações importantes contidas na
bacia do Rio Suaçuí Grande.
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RJ / BA, BR 259 - MG / ES, BR 381 - BH / GV e MG 120. A região apresenta três pequenas
centrais PCH, Usina Paiol, Cachoeira grande e Santa Cruza concessão da Consita LTDA.
Além disso, o Índice de Qualidade das Águas do rio Suaçuí Grande em 2005 foi
classificado como médio, acompanhando tendência verificada nos anos anteriores. O Comitê
de Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí Grande encontra-se em funcionamento (IGAM, 2020).
Figura 1: Localização e vias de acesso a bacia hidrográfica rio Suaçuí Grande (Fonte: AUTORES, 2021)
3.3 Geologia
Para identificação da formação geológica obteve-se informações dos dados no IDE
SISEMA (2020): mapeamento geológico (CODEMIG/CPRM), as áreas de influência de
cavidade (SEMAD/CECAV) e o mapa de solos do Brasil (FEAM & UFV). Para tratamento
desses dados brutos foi usada a camada de delimitação da bacia vetorizada para recorte e
refinamento de informações.
3.4 Solos
Na produção do mapa de solos, foi utilizado como base o mapa de solos da UFV do
estado de Minas Gerais. A área definida da bacia foi extraída e o solo classificado baseando-se
nos dados fornecidos pela EMBRAPA e os contidos no mapa de solos do Brasil (FEAM &
UFV).
3.6 Clima
Por meio do banco de dados climáticos do WorldClim de 1970 à 2000, cujos dados
obtidos com a resolução de 30 segundos na norma climatológica, foram analisadas variáveis de
temperatura, umidade e precipitação na BHRX.
O Rio Suaçuí Grande pertence ao estado de Minas Gerais, que tem uma população
estimada em 21.292.666, segundo o IBGE no ano de 2020, e uma densidade demográfica de
33,41 hab/km².
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José 1.568 2.808 4.376 180,822 0,617 10.435,4 Não
Raydan 1 encontrado
O IDH de Belo Horizonte (capital do Estado) está em 0,810, já o IDH das regiões onde
o Rio Suaçuí está localizado gira entorno de 0,727 de Governador Valadares e 0,566 de São
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José do Jacuri, tendo a média de 0,625. A população total de todos os municípios componentes
se dá no montante de 370.734 habitantes, sendo Governador Valadares cidade mais populosa e
São José da Safira a menos populosa.
A principal atividade econômica na área é a Agropecuária, nota-se que este fato advém
da população rural ter um alto número nas cidades onde a pecuária e agricultura predominam.
E, em toda região, se tem um PIB per capita média de R$162.287,69.
Não possuem terras Indígenas e Quilombolas no território da bacia, apenas nos seus
arredores.
Morfometria da bacia
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A análise hipsométrica da bacia apresentou uma grande variação de altitude nas zonas
mais próximas dos divisores d’agua em relação às áreas de drenagem. Sendo assim, a
formação do relevo na região está distribuída de forma variável, quanto maior a declividade
do terreno maior velocidade de escoamento e com isso resultando uma formação
característica do solo local (Figura 2).
Figura 2: Mapa Hipsométrico da Bacia Hidrográfica do rio Suaçuí Grande (Fonte: AUTORES, 2021)
Solo
A área da Bacia do Rio Suaçuí é uma das mais problemáticas da região em termos de
erosão do solo. Que são favorecidos por uma série de fatores, dentre os quais, estiagens
prolongadas, chuvas torrenciais, solos suscetíveis, elevada produção de sedimentos, a
pecuária e a atividade de mineração. Além disso, a região apresenta um bioma dominante é
o de Mata Atlântica, apresentando uma alta taxa da área a vegetação original foi degradada
pela ação humana. Visto isto, pode-se observar pelo mapa da Figura 3, apresenta solos a
susceptibilidade a erosão e identificou-se os Latossolos Vermelho-Amarelos (LVAdx),
Latossolo Vermelhos (LVAd3x), Latossolo Vermelho Argiloso (LVdx), Neossolo (RLedx).
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Figura 3: Mapa de Solos da Bacia Hidrográfica do rio Suaçuí Grande (Fonte: AUTORES, 2021)
Tendo em vista que a quase totalidade da área ocupada com argissolo está em relevo
forte ondulado e/ou montanhoso, e, devido ao problema da grande suscetibilidade à erosão que
esses tipos de solos apresentam, sua utilização torna-se restrita ao uso com pastagens e culturas
permanentes de ciclo longo, tais como café e citrus. São encontrados nas partes altas da bacia
do rio Suaçuí Grande, bem como ao longo das bacias dos rios Suaçuí Pequeno e Corrente
Grande, havendo ainda uma estreita faixa de ocorrência no extremo leste da unidade. São solos
profundos, acentuadamente drenados, com horizonte B latossólico de coloração vermelho
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amarela, baixa saturação de bases (distróficos) e alta saturação com alumínio (álicos). Se bem
manejados, são aptos para uma grande quantidade de culturas. Os Latossolos Amarelos são
solos em geral profundos e bem estruturados, sempre ácidos, nunca hidro mórficos, porém são
pobres em nutrientes para as culturas. Tem-se uma pequena porção da unidade ocupada por
Neossolos Litólicos, junto às cabeceiras dos rios Vermelho e Cocais, principais formadores do
rio Suaçuí Grande. São solos pouco desenvolvidos, com horizonte A assente diretamente sobre
a rocha, com profundidades. São solos rasos e muito rasos e situam-se em áreas de relevo forte,
ondulado a montanhoso. Os Latossolos Vermelhos ocupam uma ínfima porção da unidade na
margem direita do rio Corrente Grande. Caracteriza-se por solos minerais, profundos, bem
drenados a acentuadamente drenados. Em condições naturais têm alta fertilidade natural e são
indicados para agricultura.
Com isso a suscetibilidade a erosão na bacia do rio Doce apresenta decorrente devidas
estiagens prolongadas ocorrentes na unidade, às chuvas torrenciais, aos solos suscetíveis e aos
extensos depósitos superficiais friáveis típicos da Depressão do rio Doce, que juntos propiciam
alta produção de sedimentos (100 a 200 t/km²/ano).
Geologia.
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Figura 4: Mapa Geológico da Bacia Hidrográfica do Rio Suaçuí Grande (Fonte: AUTORES, 2021)
Clima
Além da temperatura, outro índice que varia com as estações do ano é o de precipitação
que normalmente acompanha simetricamente as mudanças climáticas ao longo do ano,
mantendo sua média anual sendo de 101,25 mm.
Quanto a umidade relativa do ar, sua média anual fica por volta de 76%.
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300
250
200
150
100
50
Vegetação
Devido às atividades antrópicas, a maior parte da área total é hoje ocupada pela pecuária.
Sendo assim, houve uma redução da cobertura do solo que foi transformada em pastagem
(LIMA e CRUZ, 2010). Na Figura 6, pode-se observar de forma gradativa a redução da
cobertura ao longo dos anos por culpa da degradação do solo e do desmatamento da Mata
Atlântica.
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Figura 6: Mapa de Ocupação dos Solos na Bacia do Rio Suaçuí Grande (Fonte: AUTORES, 2021)
Unidades de Conservação
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Figura 7: Mapa das Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para Conservação (FONTE: AUTORES)
Como mostra a Figura 8, diversos são os usos outorgados dos recursos hídricos nesta
região, dentre elas temos como maioria os recursos humanos, extração mineral e agricultura.
Com isso, são utilizadas variadas formas de captação e uso da água como cisternas, uso de
nascentes, poços tubulares para águas subterrâneas, captações em barramentos em curso
d’água, entre outras.
Existem cinco estações fluviométricas ativas na área da bacia, sendo elas as localizadas
nas cidades de Coluna e Virgolândia em responsabilidade do Instituto Mineiro de Gestão
de Águas (IGAM), e as estações das cidades de Itamarandiba, São Pedro do Suaçuí e José
Raydan em responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA).
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Figura 8: Mapa das Outorgas de Uso dos Recursos Hídricos (FONTE: AUTORES, 2021).
As condições de saneamento na bacia do rio Suaçuí Grande não são muito boas, pois o
esgoto se apresenta lançado in natura nos corpos d’agua, interferindo na qualidade da água.
A Figura 9, aponta as porcentagens em que houve ultrapassagem dos limites estabelecidos
para a classe 2 na Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos-UPGRH.
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Figura 9: Porcentagem de resultados que não atenderam ao padrão da classe 2 na estação de
monitoramento RD040, situada no rio Corrente Grande.
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sendo elas: zinco total, no rio Doce a jusante de Governador Valadares e no rio Corrente
Grande, onde também foi detectado cádmio total e mercúrio total no rio Suaçuí Grande.
(UPGRH, 2010)
Quanto ao índice de qualidade de água, a bacia manteve sua classificação entre boa e
média entre os anos de 2008 e 2019, sendo média a qualidade da água no trecho pertencente
à cidade de Coluna, enquanto a região da cidade de Santa Maria do Suaçuí prevaleceu a
classificação como boa.
O uso da terra nas APPs fluviais da bacia do Rio Doce, o qual o rio grande Suaçuí está
localizado, notou-se que sua maior porção não cumpre a atual legislação ambiental vigente.
Ressalta-se aqui que a proteção ao entorno das nascentes, com raio de 50 m conforme o Código
Florestal, está aquém de cumprir sua função de proteção às áreas hidrologicamente críticas, ou
seja, aquelas que possuem o maior acúmulo de água e que deveriam ser o foco da manutenção
da saúde hidrológica da bacia. (PIMENTA e SARTI, 2016).
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expondo as bacias hidrográficas a problemas hidrológicos ao longo te toda bacia rio grande
Suaçuí. (PIMENTA e SARTI, 2016).
A bacia rio Suaçuí Grande, com canais classificados de 1ª a 5ª ordem (Figura 10), possui poucos
pontos de preservação.
Figura 10: Mapa de áreas de preservação permanente da Bacia do Rio Suaçuí Grande.
As referências utilizadas para a obtenção dos seguintes resultados foram a partir das
imagens de satélite entre as datas 01/01/2015 e 01/01/2021, na região da cidade de José
Raydan que fica dentro da bacia do Rio Suaçuí Grande.
𝑁𝐼𝑅−𝑅𝐸𝐷
𝑁𝐷𝑉𝐼 = 𝑁𝐼𝑅+𝑅𝐸𝐷
A Figura 11 mostra que a vegetação está um pouco comprometida na região escolhida, pois
possuem poucos pontos de alto índice e muitos pontos degradados.
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Fragilidade Ambiental
A Figura 12, apresenta as maiores suscetibilidades encontram-se nas porções alta e média
da sub-bacia do rio Suaçuí Grande, nas demais porções da sub-bacia observa-se a classe
baixa/elevada e moderada de suscetibilidade à erosão.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A sub-bacia do Rio Suaçuí Grande é uma das maiores localizadas dentro da Bacia do
Rio Doce, tornando-se importante por sua magnitude e extensão, além de ter uma grande
influência no abastecimento da região onde passa. Mesmo apresentando problemas com
enchentes em épocas de cheia, a região da bacia é repleta de paisagens e cachoeiras incríveis
por estar, em sua maioria, localizada dentro de unidades de conservação pertencentes à Mata
Atlântica.
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6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HEILBRON, Monica et al. The Ribeira Belt. In: São Francisco Craton, Eastern Brazil.
Springer, Cham, 2017. p. 277-302.
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VILLELA, S.M.; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGRAWHill do Brasil,
1975. 245p.
http://www.cbhdoce.org.br/wp-content/uploads/2014/10/PARH_Suacui.pdf.
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