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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

DANIEL SILVA BARBOSA


GLEYCE NAIR DE ANDRADE

RELATÓRIO DO ANTEPROJETO DE UMA BARRAGEM


LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO FORMOSO-PE

Caruaru-PE
2023
DANIEL SILVA BARBOSA
GLEYCE NAIR DE ANDRADE

RELATÓRIO DO ANTEPROJETO DE UMA BARRAGEM


LOCALIZADA NO MUNICÍPIO DE RIO FORMOSO-PE

Trabalho requerido pelo professor Dr. JOSÉ


ALMIR CIRILO, como requisito parcial para a
obtenção de nota na disciplina de RECURSOS
HÍDRICOS.

Caruaru-PE
2023

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 4
2. OBJETO DE ESTUDO...........................................................................................................5
3. METODOLOGIA................................................................................................................... 5
3.1. BACIA HIDROGRÁFICA............................................................................................ 5
3.2. CURVAS DE NÍVEL..................................................................................................... 7
3.3. REDE DE RIOS FORNECIDA.....................................................................................8
3.4. MUNICÍPIOS................................................................................................................ 9
3.5. PREENCHIMENTO DE FALHAS............................................................................. 12
3.6. NOVAS CAMADAS E REDE DE RIOS.................................................................... 12
3.7. SUB-BACIA................................................................................................................ 14
3.8. ESPELHO D’ÁGUA................................................................................................... 14
3.9. CURVA COTA-ÁREA-VOLUME.............................................................................. 15
3.9.1. Dados de vazão................................................................................................... 15
3.9.2. Dados de chuva................................................................................................... 16
3.9.3. Organizando os dados baixados e calculando a média pluviométrica................ 16
3.9.4. Dados de evaporação.......................................................................................... 17
3.9.5. Organização dos dados de vazão, chuva e evaporação....................................... 18
3.9.6. Obtenção dos coeficientes da equação volume x cota e volume x área..............20
3.9.7. MACRO PARA CÁLCULO DA VAZÃO DE RETIRADA.............................. 22
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES......................................................................................... 23
5. CONCLUSÃO...................................................................................................................... 24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................26

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Unidades de Planejamento Hídrico do Plano Estadual de Recursos Hídricos de


Pernambuco.................................................................................................................................6
Figura 2: Unidade de Planejamento Hídrico UP4 - Rio Sirinhaém............................................ 6
Figura 3: Curvas de nível da bacia do rio Sirinhaém a cada 30 m..............................................8
Figura 4: Local do barramento....................................................................................................9
Figura 5: Municípios e edificações próximas à barragem........................................................ 10
Figura 6: Construções inundadas pela barragem.......................................................................11
Figura 7: MDE sem depressão, direção de fluxo e áreas com problema.................................. 12
Figura 8: Nova rede de rios para a bacia escolhida...................................................................13
Figura 9: Coroamento da barragem projetada...........................................................................13
Figura 10: Sub-bacia da barragem projetada............................................................................ 14
Figura 11: Espelho d’água da barragem projetada....................................................................15
Figura 12: Posto Fluviométrico.................................................................................................16
Figura 13: Macro dos postos pluviométricos............................................................................ 17
Figura 14: Macro dos postos fluviométricos.............................................................................17
Figura 15: Distância das estações de coleta de dados de evaporação para a barragem (em km)..
18
Figura 16: Dados de vazão, chuva e evaporação...................................................................... 19
Figura 17: Dados de vazão e chuva no formato .txt..................................................................20
Figura 18: Gráficos volume x cota............................................................................................21
Fonte: Os autores, 2023............................................................................................................ 21
Figura 19: Gráfico do Volume x Área.......................................................................................22
Figura 19: Gráficos para retirada constante com garantias de 90%, 95% e 100%................... 24

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1. INTRODUÇÃO

Desde tempos remotos, buscando formas de se perpetuar sobre a Terra, a humanidade


vem constantemente ampliando seu domínio sobre alguns aspectos da natureza, através do
conhecimento e tecnologia desenvolvidos. A construção de barragens representa um avanço
considerável neste aspecto, permitindo que diversos eventos adversos recorrentes fossem
mitigados pela mesma estrutura. Problemas com inundações, pouca disponibilidade de água,
irrigação de grandes áreas ou mesmo de navegação, puderam ser contornados por meio da
construção de barragens.
Nos tempos atuais, as barragens permanecem entre as principais obras de engenharia e
são construídas para diversos fins incluindo: armazenamento de água, geração de energia
elétrica, controle de inundações, irrigação de culturas e turismo. Devido ao seu tamanho
considerável, e da enorme área territorial que influencia sobre o desempenho de uma
barragem, um dos grandes desafios relacionados a esse tipo de construção, diz respeito ao
grande volume de informações que precisa ser processado e analisado. Tal desafio vem sendo
superado paulatinamente com o avanço da tecnologia da computação, além do surgimento de
novas aplicações que permitem o tratamento de grandes volumes de dados de forma
relativamente simples.
Por outro lado, ainda devido às grandes dimensões das barragens e de sua área
inundada, diversos novos problemas podem surgir da construção desse tipo de obra. Entre os
mais relevantes, podem ser citados: destruição de habitats e consequente perda de fauna e
flora; inundações de povoados ou até cidades inteiras e consequente deslocamento de
populações; alteração do regime hidrológico dos rios com consequente impacto na quantidade
e qualidade de água disponível a jusante da barragem; riscos de segurança incluindo o risco de
falha estrutural da barragem ou o risco de inundações em caso de rompimento; impactos
culturais podendo afetar comunidades que dependem do rio, incluindo a perda de locais
sagrados, históricos e culturais.
Dessa forma, a construção de uma barragem requer uma análise criteriosa dos aspectos
técnicos, econômicos, ambientais e sociais envolvidos, e toda tomada de decisão deve ser
feita com base em dados sólidos. Este relatório apresenta o desenvolvimento de um
anteprojeto de uma barragem localizada no município de Rio Formoso, PE. O anteprojeto foi
desenvolvido com base em estudos de viabilidade técnica e econômica, levando em
consideração os impactos ambientais e sociais da construção da barragem.

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2. OBJETO DE ESTUDO

A partir dos conhecimentos adquiridos na disciplina, um local foi escolhido para um


estudo de locação da barragem, contemplando dados de cota, área inundada, volume e vazão.
A área de estudo utilizada foi a Unidade de Planejamento Hídrico UP4, que corresponde à
bacia do rio Sirinhaém, no estado de Pernambuco.

3. METODOLOGIA

O programa base para obtenção de dados foi o software QGIS em sua versão 3.10.12
com Grass. Foi utilizado o MDT (Modelo Digital do Terreno) na escala de 1:5000,
provenientes do projeto Pernambuco Tridimensional (PE3D), no Sistema de Coordenadas
Sirgas 2000 - Zona 25S. Para o tratamento dos dados foi utilizado o Excel, contanto com
macros.

3.1. BACIA HIDROGRÁFICA

O Plano Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco (PERH/PE), publicado em


2022, contém a divisão do território pernambucano em 16 Unidades de Planejamento Hídrico
(Figura 1), de acordo com critérios técnicos como hidrogeologia, geologia, uso do solo, rede
de adutoras, existência de perímetros irrigados, entre outros (APAC, 2022a).

Figura 1: Unidades de Planejamento Hídrico do Plano Estadual de Recursos Hídricos de Pernambuco

Fonte: APAC, 2022a.


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A bacia escolhida para a realização do projeto da barragem foi a Unidade de
Planejamento Hídrico UP4 (Figura 2), que corresponde à bacia do rio Sirinhaém, com área de
2.090,64 km². O rio Sirinhaém é o principal curso d’água da bacia, com extensão aproximada
de 158 km, tendo sua nascente no município de Camocim de São Félix (APAC, 2022b).

Figura 2: Unidade de Planejamento Hídrico UP4 - Rio Sirinhaém

Fonte: APAC, 2022b.

3.2. CURVAS DE NÍVEL

Através da ferramenta de raster no QGIS, utilizando o MDT do PE3D, foram extraídas


as curvas de nível (contorno) da bacia do rio Sirinhaém a cada 30 m (Figura 3). O objetivo da
operação foi localizar regiões com topografia favorável para a locação da barragem.

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Figura 3: Curvas de nível da bacia do rio Sirinhaém a cada 30 m

Fonte: Os autores, 2023.

3.3. REDE DE RIOS FORNECIDA

Com a rede de rios fornecida durante as aulas da disciplina foi analisado, juntamente
com as curvas de nível, o local onde será realizado o projeto da barragem. Sendo escolhido o
local do barramento com coordenadas Latitude -8.6375° e Longitude -35.3056° (Figura 4). A
curva de nível que delimita a bacia é de 63m. O critério adotado, a princípio, para a escolha da
curva de nível, foi o de que a curva fosse contínua e que precisasse de um barramento
relativamente pequeno para que pudesse delimitar completamente uma área de inundação.
Inicialmente, houve uma tentativa de utilizar a curva de 60m, obtida no processo
descrito anteriormente, porém, foi verificado que o volume disponível seria muito pequeno.
Dessa forma, foram extraídas curvas de nível a cada metro apenas para uma região delimitada
por um polígono que envolvia, com folga, a região escolhida. Com esse novo contorno, foi
possível identificar que a curva de 63m atendia os requisitos postos inicialmente.

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Figura 4: Local do barramento

Fonte: Os autores, 2023.

3.4. MUNICÍPIOS

Foram verificados os municípios próximos ao local de barramento escolhido, visando


verificar se algum deles seria inundado após a realização da obra (Figura 5). Também foi
atentado para a existência de edificações, visando evitar custos adicionais com desapropriação
e indenização.

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Figura 5: Municípios e edificações próximas à barragem

Fonte: Os autores, 2023.

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As cidades mais próximas à barragem são Gameleira e Rio Formoso. Foram
identificadas algumas poucas construções nas imediações que precisarão ser desapropriadas,
bem como trechos da PE-073 que serão afetados (Figura 6).

Figura 6: Construções inundadas pela barragem

Fonte: Os autores, 2023

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3.5. PREENCHIMENTO DE FALHAS

Através da ferramenta r.fill.dir do QGIS, foi gerado o arquivo preenchido. As camadas


geradas foram: MDE sem depressão, direção de fluxo e áreas com problema (Figura 7).

Figura 7: MDE sem depressão, direção de fluxo e áreas com problema

Fonte: Os autores, 2023.

3.6. NOVAS CAMADAS E REDE DE RIOS

Através da ferramenta r.watershed do QGIS, foram gerados arquivos úteis para o


projeto. A camada MDE sem depressão foi inserida no campo destinado à elevação e o
tamanho mínimo do exterior da bacia hidrográfica foi 300 pixels. Ademais, a quantidade de
pixels necessários para se gerar o curso d`água é diretamente proporcional ao valor inserido
no tamanho mínimo do exterior da bacia hidrográfica.
As camadas geradas foram: Meias-bacias, direção de drenagem, Comprimento da
declividade e fator topográfico (LS) para EUPS, Fator de declividade (S) de inclinação para
USLE, Índice a de poder de fluxo * tan(b), Segmento de fluxo, Rótulo único para cada bacia
hidrográfica, Índice topográfico em(a / tan(b)) e Número de células que drenam através de
cada célula.
Nem todas as camadas geradas serão utilizadas para o projeto da barragem, desta
forma, se optou, visando a organização, por sua exclusão. As camadas excluídas foram:
Comprimento da declividade e fator topográfico (LS) para EUPS, Fator de declividade (S) de
inclinação para USLE, Índice a de poder de fluxo * tan(b), Índice topográfico em(a / tan(b)) e
Número de células que drenam através de cada célula.
Através da ferramenta r.to.vect do QGIS, com arquivo fonte a camada Segmento de
fluxo e linha como o tipo de feição, foi gerada a nova rede de rios (Figura 8).

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Figura 8: Nova rede de rios para a bacia escolhida

Fonte: Os autores, 2023.

Tendo posse da nova rede de rios e das curvas de nível foi traçado o coroamento da
barragem projetada, sua extensão é de 351,64 m (Figura 9).

Figura 9: Coroamento da barragem projetada

Fonte: Os autores, 2023.

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3.7. SUB-BACIA

Através da ferramenta r.water.outlet do QGIS, com o mapa raster de entrada a camada


direção de drenagem e as coordenadas do exutório, foi gerada a sub-bacia da barragem
(Figura 10).

Figura 10: Sub-bacia da barragem projetada

Fonte: Os autores, 2023.

3.8. ESPELHO D’ÁGUA

Para obtenção do espelho d’água da barragem, foi selecionada a curva de nível


referente à cota de 63m e na sequência, a feição selecionada foi salva separadamente do
restante das curvas. A camada gerada foi editada com a Ferramenta de Vértice, e os pontos à
jusante da barragem foram eliminados, além disso, a curva foi fechada na linha do maciço da
barragem. A partir do polígono resultante, foi criada uma camada vetorial por meio dos
comandos Vetor → Geometrias → Linhas para polígonos.
A área inundada foi calculada a partir do polígono resultante (Figura 11) através da
calculadora de campo. Para isso foi criado um novo campo para receber o valor da área
retornado pelo código $area da calculadora de campo. O valor encontrado foi de 4,81 km².
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Figura 11: Espelho d’água da barragem projetada

Fonte: Os autores, 2023.

3.9. CURVA COTA-ÁREA-VOLUME

3.9.1. Dados de vazão

Para escolha da estação fluviométrica levou-se em consideração a maior proximidade


ao barramento. No QGIS através do complemento Hidroweb Downloader foram baixados os
dados de vazão da estação fluviométrica mais próxima da barragem. A estação de código
3948000 (Figura 12) foi utilizada, onde seus dados começam em 30 de janeiro de 1989 e
finalizam em 30 de junho de 2021, situado na cidade de Rio Formoso sob coordenadas
latitude -8.6375 e longitude -35.3056. Com área de influência 1310 km².

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Figura 12: Posto Fluviométrico

Fonte: Os autores, 2023.


Legenda: Amarelo - Barramento e Vermelho - Estação fluviométrica

3.9.2. Dados de chuva

No QGIS através do complemento Hidroweb Downloader foram baixados os dados de


uma determinada região ao redor da Barragem. A região foi delimitada criando uma nova
camada vetorial de polígonos. Os postos foram: 835209, 835158, 835142, 835141, 835053,
835050, 835044, 835043, 835037, 835026, 835025, 835015, 835014, 835005 e 835003.

3.9.3. Organizando os dados baixados e calculando a média


pluviométrica

Foram obtidas as coordenadas do coroamento da barragem através do QGIS na tabela


de atributos, em geometria $x para longitude e $y para latitude. Desta forma, a barragem
possui coordenadas geográficas Latitude -8.6375° e Longitude -35.3056°.
Após inserção do diretório da pasta onde foram armazenados os dados dos postos, a
macro foi rodada e a média pluviométrica dos postos foi obtida (Figura 13).

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Figura 13: Macro dos postos pluviométricos

Fonte: Os autores, 2023.

O passo supracitado foi repetido para os dados de vazão (Figura 14), no entanto a
média obtida através da macro deve ser desconsiderada, a planilha foi utilizada apenas para
organização dos dados. A coluna selecionada será a estação utilizada.

Figura 14: Macro dos postos fluviométricos

Fonte: Os autores, 2023.

3.9.4. Dados de evaporação

Em Pernambuco existem três estações para coleta dos dados de evaporação,


localizadas em Petrolina, Recife (Curado) e Surubim. Para critério de escolha foi considerada
a estação mais à barragem (Figura 15). Desta forma, a estação mais próxima é Recife.

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Figura 15: Distância das estações de coleta de dados de evaporação para a barragem (em km)

Fonte: Os autores, 2023.

Para a estação localizada em Recife-PE, a evaporação anual média é 1375.3 mm, seu
código é 82900, na tabela 01 são indicadas suas evaporações mensais.

Tabela 01: Evaporação mensal da estação de Recife-PE

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

142.7 122.1 115.1 89.0 78.7 71.3 80.2 96.1 120.3 145.6 155.4 158.8
Fonte: INMET.

3.9.5. Organização dos dados de vazão, chuva e evaporação

Os dados obtidos de vazão, chuva e evaporação foram organizados em uma nova


planilha. As séries de vazão e chuva foram dispostas de maneira que sua data de início e
término fossem as mesmas (Figura 16). Os valores da evaporação de cada mês foram
divididos pela quantidade de dias daquele mês (em fevereiro, tendo em vista os anos
bissextos, o denominador considerado foi 28,25).

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Figura 16: Dados de vazão, chuva e evaporação

Fonte: Os autores, 2023.

Os valores de vazão e chuva foram transformados em .txt (Figura 17).

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Figura 17: Dados de vazão e chuva no formato .txt

Fonte: Os autores, 2023.

3.9.6. Obtenção dos coeficientes da equação volume x cota e volume x


área
Através da caixa de ferramentas, em “curvas hipsométricas” com a camada raster do
espelho d’água no “MDT para analisar” e a camada vetorial do espelho d’água na “camada do
limite”, com 0,5 de passo, as curvas hipsométricas foram geradas. A saída foi uma planilha
contendo as cotas e áreas.

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O cálculo do volume foi realizado considerando o primeiro volume igual à primeira
área e os demais volumes iguais ao volume anterior somados ao produto entre a soma da
média das áreas atual e anterior e a diferença entre as alturas atual e anterior.
De posse dos dados de cota, volume e área foram confeccionados três gráficos, dois de
volume x cota (Figura 18), e um de volume x área (Figura 19). Foi determinada a linha de
tendência dos dados e, tendo em vista o comportamento da curva volume x cota, a série de
6
dados foi dividida em duas, onde o volume de referência é 6. 27𝑥10 m³, correspondente à
cota de 60m
Figura 18: Gráficos volume x cota

Fonte: Os autores, 2023

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Figura 19: Gráfico do Volume x Área

Fonte: Os autores, 2023.

Para a série 01 de volume x cota, foram obtidos os seguintes coeficientes, termo


independente e R quadrado:
y = -2.8443E-26 x4 + 3.8396E-19 x3 - 1.8420E-12x2 + 4.2620E-06 x + 5.4186E+01
R² = 9.9651E-01
Para a série 02 de volume x cota, foram obtidos os seguintes coeficientes, termo
independente e R quadrado:
y = 1.4199E-29 x4 - 3.2183E-22 x3 - 7.7165E-15 x2 + 4.7685E-07 x + 5.7385E+01
R² =1
Para a série de volume x área, foram obtidos os seguintes coeficientes, termo
independente e R quadrado:
y = -1.0716E-22 x4 + 4.5738E-15 x3 - 7.4269E-08 x2 + 7.4200E-01 x + 6.4657E+04
R² = 9.9964E-01

3.9.7. MACRO PARA CÁLCULO DA VAZÃO DE RETIRADA

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Conforme visto anteriormente, a capacidade da barragem é de 1. 76𝑥10 m³ e a cota do
vertedouro é 63m. Para a cota de coroamento foi considerada uma diferença positiva de 4m
em relação à cota do vertedouro, resultando em 67m. A extensão do barramento é de

22
351.64m, se tomou como estimativa da extensão do coroamento 38% desse valor, resultando
em 135m.
Os dados foram adicionados à planilha, contando com capacidade, cota do
coroamento, cota da soleira vertical, extensão do vertedouro e área da barragem, área de
influência do posto fluviométrico, coeficientes, termo independente, volume de referência,
médias mensais de evaporação, datas inicial e final da série de dados de vazão e chuva,
localização e nome do arquivos da série de dados de vazão e chuva.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

As vazões foram calculadas para a retirada constante para 90%, 95% e 100% de
garantia, onde a vazão máxima de transporte é de 20 m³/s e a fração do volume de colapso é
de 0.001, foi considerado o método de otimização GRG Nonlinear.
Com relação à garantia de 100%, significa que a retirada não vai falhar nenhum dia,
ou seja, retira-se muito menos água, enquanto para 90%, significa que 10% dos dias a
barragem entrará em colapso e para 95%, significa que 5% dos dias a barragem entrará em
colapso.
A macro foi executada para a garantia de 90% a vazão de retirada é de 0.124 m³/s, ou
ainda, aproximadamente, 445.74 m³/h; para garantia de 95%, a vazão de retirada é de 0.118
m³/s, ou ainda, aproximadamente, 425.49 m³/h; e para garantia de 100%, a vazão de retirada é
de 0.114 m³/s, ou ainda, aproximadamente, 411.87 m³/h (Figura 19).

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Figura 19: Gráficos para retirada constante com garantias de 90%, 95% e 100%

Fonte: Os autores, 2023.

5. CONCLUSÃO

A construção de barragens representa um avanço tecnológico significativo,


proporcionando uma ampla gama de benefícios, como o controle de inundações,
armazenamento de água, geração de energia elétrica, irrigação de culturas e turismo. No
entanto, a construção de barragens pode gerar impactos significativos na fauna e flora local,
deslocamento de populações e alterações do regime hidrológico dos rios. Em resposta a esses
desafios, este relatório apresenta o anteprojeto de uma barragem em Rio Formoso, PE.

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Através dos conhecimentos adquiridos na disciplina de Recursos Hídricos, foram
empregadas técnicas de geoprocessamento visando realizar um anteprojeto de uma barragem
no estado de Pernambuco.
O anteprojeto da barragem em Rio Formoso foi desenvolvido com base em dados
obtidos através do software QGIS, que permitiu a obtenção de informações da Unidade de
Planejamento Hídrico UP4, correspondente à bacia do rio Sirinhaém, no estado de
Pernambuco. A análise de curvas de nível e da rede de rios calculadas a partir do QGIS
permitiu determinar a área inundada, volume e vazão de retirada da barragem. Esses dados
foram tratados no Excel com a ajuda de macros.
A utilização do geoprocessamento na Engenharia Civil causa efeitos consideráveis à
qualidade dos dados obtidos e na produtividade em dimensionamento de barragens. Os
resultados mostram que as ferramentas de geoprocessamento aplicadas durante o presente
trabalho são importantes aliadas, tendo em vista que fornecem dados importantes como, por
exemplo, coordenadas de pontos, extensão de trechos, área do espelho d’água e volume da
barragem, curvas de nível e rede de rios.
Este estudo poderá ser utilizado como modelo para futuros projetos de construção de
barragens, permitindo que sejam tomadas decisões com base nos dados obtidos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA. Bacias Hidrográficas. 2022.a.


Disponível em: https://www.apac.pe.gov.br/bacias-hidrograficas#:~:text=As%20 grandes%20
bacias%20 hidrogr%C3%A1ticas%20de,grupos%20de%20 pequenos%20dos%20 interiores.
Acesso em: 04 mai. 2023.

AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA. Bacias Hidrográficas: Rio


Sirinhaém. 2022.b. Disponível em:
http://200.238.107.184/bacias-hidrograficas/40-bacias-hidrograficas/205-bacia-do-rio-sirinhae
m. Acesso em: 04 mai. 2023.

Notas de aula e materiais didáticos referentes à disciplina de Recursos Hídricos no semestre


2022.2.

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