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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
ENG 350 - HIDRÁULICA IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

PROJETO DE BARRAGEM DE TERRA DE PEQUENO


PORTE

Projeto apresentado à disciplina de


graduação - Hidráulica, Irrigação e
Drenagem - ENG 350, como forma
avaliativa.
Discente: Joel Marques de Oliveira (74161)
- Turma prática 4
Sob orientação do professor: Carlos
Augusto Brasileiro de Alencar.

VIÇOSA - 2021
2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO……………….......................................................................................3
DESENVOLVIMENTO……………………………………………………………………....
3
Levantamento topográfico………………………………………………………………….3
Sondagem...................................................................................................................5
Levantamento plani-altimétrico da bacia de acumulação............................................5
Características da bacia hidrográfica..........................................................................5
1- Traçar os perfis da garganta e da camada permeável............................................6
2- Obter a equação da curva de acumulação de água no reservatório e traçar o
diagrama cota-volume acumulado...............................................................................7
3 - Usando a equação obtida no item 2, determinar a cota de nível normal para
acumular 54 000 m³…………………………………………………………..……………..8
4 - Calcular a vazão máxima e dimensionar o extravasor da barragem…………..….8
4.1 - Cálculo da intensidade máxima de precipitação………………………………..…8
4.2 - Cálculo do coeficiente de escoamento……………………………………………...9
4.3 - Cálculo da vazão máxima de precipitação…………………………………………9
4.4 - Dimensionando o extravasor…………………………………………………………9
4.4.1 - Largura do vertedor-extravasor…………………………………………………...9
4.4.2 - Altura do extravasor……………………………………………………………….10
4.4.3 - Comprimento da soleira………………………………………………………….10
4.4.4 - Velocidade média da
soleira……………………………………………………...10
5 - Dimensionar a barragem com o núcleo central…………………………………….10
5.1 - Altura da barragem (Hb)…………………………………………………………….10
5.2 - Largura da crista……………………………………………………………………..10
5.3 - Inclinação dos taludes……………………………………………………………….11
5.4 - Largura da base………………………………………………………………………
11
5.5 - Largura do núcleo central da barragem…………………………………………...11
6 - Dimensionar o desarenador…………………………………………………………..11
6.1 - Cálculo da vazão do
desarenador………………………………………………….11
6.2 - Cálculo da perda de carga do desarenador………………………………………11
6.3 - Cálculo do diâmetro do desarenador………………………………………………11
6.4 - Correção da vazão…………………………………………………………………..12
6.5 - Correção do tempo de esvaziamento……………………………………………..12
7 - Calcular o volume do aterro necessário……………………………………………..12
8 - Fazer a representação do corte longitudinal da barragem………………………..12
9 - Fazer a representação do corte transversal da barragem………………………...13
10 - Calcular o tempo de enchimento do reservatório, considerando reter 30% da
vazão normal…………………………………………………………………….………....13
11 - Descrever a sequência da construção da barragem sucintamente…..………...13

INTRODUÇÃO
3

As barragens, definidas, segundo o Comitê Brasileiro de Barragens, como


obstáculos artificiais com a capacidade de reter água, qualquer outro líquido,
rejeitos, detritos, para fins de armazenamento ou controle, podem variar em
tamanho desde pequenos maciços de terra, usados frequentemente em fazendas, a
enormes estruturas de concreto ou de aterro, geralmente usadas para fornecimento
de água, de energia hidrelétrica, para controle de cheias e para irrigação, além de
diversas outras finalidades.
O projeto de uma barragem requer fundamentalmente um estudo hidrológico que
possibilitará a determinação da vazão do rio em determinados períodos. Requer
também previamente um estudo topográfico, geológico e geotécnico do local em
que se pretende construí-la. É importante ressaltar que obras hidráulicas como
barramentos, mesmo de pequeno porte, caracterizam-se por interferir nos cursos
d’água estando estes sujeitos ao poder destruidor das enchentes, envolvendo riscos
e catástrofes que podem levar a danos ambientais e sociais. De tal forma, o
dimensionamento de projetos e obras que envolvem o uso dos recursos hídricos, se
faz necessário, sempre, o acompanhamento de profissional devidamente
capacitado.
Neste trabalho será realizado o dimensionamento de uma barragem de pequeno
porte segundo dados estabelecidos em aulas práticas, esta será dimensionado com
base nos dados fornecidos à turma 4. A barragem será construída no município de
Unaí-MG, caracteriza-se por ter um solo argiloso e declividade média de 5%,
para uma bacia de 23,39 ha.

DESENVOLVIMENTO

Levantamento topográfico
Por conveniência, o levantamento topográfico é feito usando um referencial local,
vinculado a uma rede geodésica de monitoramento, materializada através de pilares
de concreto, engastados na rocha, a montante e a jusante da barragem.
No local de construção da barragem foi feito o levantamento altimétrico e anotado
as seguintes informações:

Estação Leituras (m) Altura do Cota Observações


Instrumento (m)
Ré Vante (m)

-0 2,80 12,80 10,00 Margem esquerda

-0+0,5 2,25 10,55

-0+4 2,15 10,65


4

-1 2,00 10,80

-2 0,75 12,05

-3 3,80 0,25 16,35 12,55

-4 3,45 12,19

-5 3,05 13,30

-6 2,15 14,20

-7 1,00 15,35

-8 3,70 0,35 19,70 16,00

-8+2 2,80 16,90

-8+4 1,20 18,50

-9 1,15 18,55 Início do terraço

0 3,80 13,80 10,00 Margem Direita

0+2 3,10 10,70

1 2,90 10,90

2 2,80 11,00

2+2 2,55 11,25

3 3,70 0,20 17,30 13,60

3+3 3,60 0,80 20,10 16,50

4 3,40 0,25 23,25 19,85

5 1,15 22,10 Encosta

TABELA 1: Levantamento topográfico.


Observações: O estaqueamento foi feito de 5 em 5 m.
O curso d´água tem 3 m de largura e as profundidades medidas a cada 0,5 m foram:
0,00 – 0,50 – 0,90 – 1,05 – 0,95 – 0,80 – 0,00.
Sondagem
A sondagem de solo consiste na investigação ou prospecção do subsolo de um
determinado terreno. Perfil da garganta e da camada permeável. Transversalmente
ao curso d’água e no eixo da barragem. Constitui-se em uma vala ou trincheira que
é preenchida com terra de boa qualidade, devidamente compactada.
5

Em sondagem realizada no local foi constatada a presença de uma camada


permeável superficial com as seguintes espessuras.
Estaca Espessura Estaca Espessura
(Margem (m) (Margem direita) (m)
esquerda)

-3 0,15 2 0,15

-2 0,45 1 0,50

-1 0,60 0 0,70

-0 0,80

TABELA 2: Sondagem.
Levantamento plani-altimétrico da bacia de acumulação
Foi feito o levantamento e traçadas as curvas de nível de metro a metro e as áreas
das curvas de nível determinadas foram:
Curva de Cota da Área (ha) Curva de Cota da Área (ha)
nível curva de nível curva de
nível nível

S10 10 0,10 S14 14 2,92

S11 11 0,35 S15 15 4,20

S12 12 0,98 S16 16 5,92

S13 13 1,60 S17 17 7,22

TABELA 3: Levantamento planialtimétrico da bacia de acumulação


Características da bacia hidrográfica

Área da bacia: 250 ha.

Cobertura vegetal:
Matas: 20%; culturas perenes:30%; culturas anuais: 30%; pastagens: 20%

Tipo de solo: argiloso.

Declividade média da bacia hidrográfica: 3%.

Comprimento do curso d’água principal (L): 3,7km.

Diferença de nível ao longo do curso de água principal (H): 18 m.

Equação de chuvas intensas do município de: Unaí-MG

Período de segurança desejado (T): 15 anos.


6

Vazão normal do curso d´água: 120 L/s.

Tempo de esvaziamento: 7 dias.


1 - Traçar os perfis da garganta e da camada permeável

FIGURA 1: Desenho esquemático do perfil da garganta e da camada permeável.

GRÁFICO 1: Representação gráfica do perfil da garganta (tabelas do Excel


entregue em documento anexo).

2- Obter a equação da curva de acumulação de água no reservatório e traçar o


diagrama
Vn= (Sn-1+Sn)h/2 EQUAÇÃO 1
Sn=Área da cota.
Vn= Volume da cota.
h= altura em metros.
7

Somando-se os volumes parciais obtidos entre as curvas de nível subsequentes,


pode chegar-se ao volume de água que se deseja armazenar, e o valor acumulado,
resultante da soma dos volumes parciais.

COTA Dn ÁREA ÁREA Volume


(ha) (m²) (m3)

10 0 0,1 1000 0

11 1 0,35 3500 2250

12 2 0,98 9800 8900

13 3 1,6 16000 21800

14 4 2,92 29200 44400

15 5 4,2 42000 80000

16 6 5,92 59200 130600

17 7 7,22 72200 196300

Volume 484250
Total

TABELA 4: Valores dos volumes parciais e seu somatório, volume acumulado


(calculados em planilha do Exel, entregue em anexo).

GRÁFICO 2: Diagrama cota - volume acumulado. EQUAÇÃO 2: y = 5412,2x2 -


119323x + 656603 R² = 0,997 (dados em planilha do Excel, entregue em anexo).
8

3 - Usando a equação obtida no item 2, determinar a cota de nível normal para


acumular 54 000 m³
y = 5412,2x2 - 119323x + 656603
54000 = 5412,2x2 - 119323x + 656603
x =(√29808662565+596615)/54122
x = 14,214 m
4 - Calcular a vazão máxima e dimensionar o extravasor da barragem
4.1 - Cálculo da intensidade máxima de precipitação

im=(KxT^a)/[(t+b)^c] EQUAÇÃO 3

Em que:
T = período de segurança desejado (anos)
t = duração da precipitação (min)
K,a,b,c = parâmetros de ajuste da precipitação (min)

A duração da chuva dada na equação 1, deve ser igual ao tempo de concentração,


considerando a intensidade de precipitação constante ao longo dessa duração.

Para o cálculo do tempo de concentração utilizamos a Equação de Kirpich

tc=57(L^3/H)^0,385 EQUAÇÃO 4

Em que:
tc= tempo de concentração (min);
L= comprimento do curso d’água principal da bacia, desde a saída desta até o ponto
mais remoto (Km); e
H= diferença de nível entre o ponto mais remoto da bacia e a seção considerada
(m).

tc=57(3,7^3/18)^0,385
tc= 84,892 min

im= (6000,000 x 15^0,313)/[(84,892+41,248)^1,053]


im=85,915 mm/h
4.2 - Cálculo do coeficiente de escoamento (C)
Os valores de C recomendados pelo SOIL CONSERVATION SERVICE (1972) para
a declividade de 3% em solos argilosos, de acordo com o uso do solo, são as
seguintes:
Floresta: 0,40
Pastagem: 0,40
Terras cultivadas:0,60
Ctotal = Cfloresta+Cpastagem+Ccultivadas EQUAÇÃO 5
9

C = (0,40*0,20)+(0,40*0,20)+(0,40*0,60)
C = 0,4
4.3 - Cálculo da vazão máxima de precipitação
Qmáx= (C*im*A)/360 EQUAÇÃO 6
Onde A é a área da bacia
Qmáx= (0,4*85,915*250)/360
Qmáx= 23,865 m³/s

4.4 - Dimensionando o extravasor

4.4.1 - Largura do vertedor-extravasor

Dados:
hsol= altura da lâmina vertente = 1m
p= altura da soleira= 0,50m
b= largura da soleira (m)

hsol=(Qmax/1,71b)^⅔ EQUAÇÃO 8

b = Qmax/[1,77*(hsol)^3/2]

b = 23,865/[1,77*(1)^3/2]

b = 13,48 m

4.4.2 - Altura do extravasor

p = hmax-hsol EQUAÇÃO 9

0,5 = hmax- 1

hmax = 1,5 m

4.4.3 - Comprimento da soleira

lsol=2,5*hsol EQUAÇÂO 10
lsol=2,5*1
lsol=2,5 m
4.4.4 - Velocidade média da soleira
Vsol= Qmax/hsol*b EQUAÇÃO 11
Vsol= 23,865/1*13,48
Vsol= 1,77 m/s
10

5 - Dimensionar a barragem com o núcleo central


5.1 - Altura da barragem (Hb)
Hb=Hn+He+f EQUAÇÃO 12
Em que:
Hn=altura da lâmina de água normal (m);
He=altura da lâmina de água no extravasor (m);
f=folga, m.
H=14,21+1,5+1
H=16,71 m
5.2 - Largura da crista (C)
C=1,1*√Hb+0,9 EQUAÇÃO 13
C=1,1*16,71+0,9
C=5,40 m

5.3 - Inclinação dos taludes


Solo argiloso
Talude a montante(Zm): 2,75:1 2,75*16,7=45,93 m (largura da base a montante -
Bm)
Talude a jusante (Zj): 2,25:1 2,25*16,7=37,58 m (largura da base a jusante - Bj)
5.4 - Largura da base
b=C+Bm+Bj EQUAÇÃO 14
b=5,40+45,93+37,58
b=88,91m
5.5 - Largura do núcleo central da barragem
L≥1/3Hn EQUAÇÃO 15
L≥1/3*14,21
L≥4,74m
6 - Dimensionar o desarenador
6.1 - Cálculo da vazão do desarenador
Q=Vac/t+Qn EQUAÇÃO 16
Em que :
Vac=volume acumulado acima do desarenador (m³);
t=tempo de esvaziamento (s); e
Qn=vazão normal (m³/s) 120L/s=0,12
Q=54000/604800+0,12
Q=0,21m³/s
6.2 - Cálculo da perda de carga do desarenador
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J=Hd/2B EQUAÇÃO 17
Em que:
Hd = altura da lâmina d' água acima do desarenador (m) e
B = base da barragem ou comprimento do desarenador (m).
J=(14,21+1,5)/2*88,91
J=0,088 m/m
6.3 - Cálculo do diâmetro do desarenador
C=130
Dt=[10,614Q^1,85/(C^1,85J)]^¼,87 EQUAÇÃO 18
Dt=[10,614*0,21^1,85/(130^1,85*0,088)]^¼,87
Dt=0,233m
Dt=233mm
Não é um diâmetro comercial, o diâmetro comercial mais próximo acima é de
250mm
6.4 - Correção da vazão
Aplicando Hazen-Willians
Qd=[J*(D^4,84)*(C^1,85)/10,641]^1/1,85 EQUAÇÃO 19
Qd=[0,88*(0,250^4,84)*(130^1,85)/10,641]^1/1,85
Qd=0,899m³/s
6.5 - Correção do tempo de esvaziamento
t=Vútil/Qd-Qn EQUAÇÃO 20
t=54000/0,899-0,120
t=69319s
t=19h26min
7 - Calcular o volume do aterro necessário
A=250m²
Va=[(b+C)/2]*A EQUAÇÃO 21
Va=[(88,91+5,40/2)*250
Va=11788,75m³
8 - Fazer a representação do corte longitudinal da barragem
12

9 - Fazer a representação do corte transversal da barragem

10 - Calcular o tempo de enchimento do reservatório, considerando reter 30%


da vazão normal
Dados: Vacu=54000 m³ Qn=0,120m³/s
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t= Vacum./Qn*% retida EQUAÇÃO 22


t=54000/0,120*30%
t=1500000s
t=17,36 dias
11 - Descrever a sequência da construção da barragem sucintamente
Para iniciar a obra de construção da barragem é necessária a caracterização da
Bacia Hidrográfica, levantamento topográfico e análise e estudos dos solos. A
caracterização da bacia tem a finalidade de realizar um estudo hidrológico que
define o regime fluviométrico do rio, permitindo determinar a vazão normal e a vazão
de enchente. O levantamento topográfico visa determinar a área que será inundada
e armazenará o volume de água. Já a análise e estudo do solo objetiva saber se é
possível utilizar o mesmo solo no aterro, ou se a vazão alimentadora é suficiente se
o solo tiver alto nível de infiltração.
É necessário a realização do desvio do curso d’água para um canal alternativo,
liberando a área para a obra. Caso não seja possível, a estrutura do desarenador
pode ser utilizada para capturar o curso d’água e com isso, possibilitar a execução
do aterro.
Deve-se fazer a limpeza das áreas do reservatório de acumulação e da barragem.
Na primeira, deve-se retirar a vegetação para que não ocorra o apodrecimento,
decomposição e mal cheiro na região em que será alagada. Na segunda, deve-se
evitar a infiltração de água e a ruptura da barragem.
O terreno deverá ser regularizado e compactado por toda a área da fundação e
ombreiras. Caso se verifique a existência de algum olho d’água e não for possível
deslocar a área de construção da barragem, deverá ser tratado.
Para a construção do núcleo central, é necessário abrir uma trincheira central que
deve atravessar todas as camadas permeáveis. A largura da trincheira deve ser
igual ou superior a um terço da distância entre sua posição e a água do reservatório.
O enchimento da trincheira deve ser feito com material impermeável, distribuído em
finas camadas e compactado até o nível normal da água, afunilando discretamente.
O aterro é feito colocando camadas de 15-20cm de solo, que devem ser lançadas,
espalhadas e compactadas. É necessária a aplicação de água no solo do aterro
para atingir sua compactação máxima. Após a construção do aterro até a cota=11m,
coloca-se a tubulação do desarenador, com seus devidos anéis de vedação.
Depois do assentamento do desarenador, continua-se com a construção do aterro
até a cota=17m.
Para a construção do extravasor, deve-se atentar para sua largura, que deve ser a
mesma em todos os pontos. O vertedor do extravasor deverá ser construído de
alvenaria.
Em relação aos taludes da barragem, deve-se atentar aos efeitos negativos da
água. O talude a montante deve ser protegido contra o efeito erosivo das águas de
chuva e ondulações da água do reservatório. O talude à jusante deve ser protegido
do efeito erosivo das enxurradas. Caso haja escoamento de água no talude à
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jusante, é necessário o acréscimo de material drenante sobre o mesmo, ampliando


a largura da base do maciço.
Todas as partes da barragem devem ser cobertas com vegetação, de preferência
rasteiras, que ofereçam boa proteção contra erosão. Deve-se evitar plantas
arbóreas, pois o vento pode balançá-las, desestabilizando o solo. Além disso, na
decomposição de suas raízes, deixam espaços internos, sem solos, por onde a
água do reservatório pode infiltrar.
A barragem deve ser construída no período de seca, para que o volume de água do
rio seja o menor possível a ser desviado.

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