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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

CCET- CAMPUS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PROJETO DE DRENAGEM URBANA

ANÁPOLIS / GO
Setembro, 2021
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CCET- CAMPUS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA DE DRENAGEM URBANA

MEMORIAL DE CÁLCULO DO LOTEAMENTO

Acadêmico: Jessica Leão Camargo de


Oliveira

Orientador: Msc. Clodoveu Reis Pereira.

ANÁPOLIS / GO
Setembro, 2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4

2 MEMORIAL DE CÁLCULO .......................................................................................... 5

2.1 INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA ....................................................................... 5


2.2 ÁREA TOTAL.......................................................................................................... 5
2.3 VAZÃO TOTAL ....................................................................................................... 6
2.4 DECLIVIDADE DE PROJETO ................................................................................ 6
2.5 DIÂMETRO ............................................................................................................. 7
2.6 VELOCIDADE DE ESCOAMENTO ....................................................................... 8
2.7 TEMPO DE PERCUSO ............................................................................................ 8
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS........................................................................ 9

5 CONCLUSÕES ............................................................................................................... 10

6.1 REFERÊNCIA NORMATIVA.................................................................................... 11

6.2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 11


1 INTRODUÇÃO

O processo da elaboração de projeto de drenagem consiste em criar redes para escoar as


águas da chuva em um terreno. Podem ser feitos com tubos, com canais, valas, fossos ou túneis.
Todos possuem a função de retirar o excesso de água presente na área e tornar o solo o mais
aproveitável possível.

Um solo seco e bem drenado oferece condições para o desenvolvimento urbano, ou


mesmo para o cultivo das lavouras e outras atividades similares, a elaboração de projeto de
drenagem pode auxiliar, inclusive, sistemas de irrigação e armazenamento de água, sobretudo
em regiões semiáridas.

As definições técnicas e os parâmetros para a elaboração de projeto de drenagem são


determinados por cálculos complexos. Eventuais falhas podem representar problemas
estruturais para o empreendimento. Leva-se em conta desde o coeficiente de escoamento, até a
quantidade de chuva que a região recebe em média.

Exatamente por isso, é altamente indicado que o executor do trabalho de terraplenagem


seja o mesmo que irá realizar a elaboração de projeto de drenagem da área, para que haja
coerência e integração dos trabalhos de maneira eficiente. Dependendo das dimensões do local,
instalam-se sistemas de microdrenagem ou de macrodrenagem.

Alguns elementos do dia a dia são importantes peças para a elaboração de projeto de
drenagem. Listamos a seguir alguns desses itens e explicamos brevemente a função de cada
um.

Guia – faixa que separa a calçada da rua;

Sarjeta – canal entre a guia e a pista. Coleta e conduz a água até o bueiro;

Bueiros – captam a água;

Galerias – conduzem a água dos bueiros até os pontos de lançamento;

Poços de visita – câmaras para a inspeção da limpeza dos condutos subterrâneos;

Trecho de galeria – parte da galeria entre dois poços de visita;

Bacias de amortecimento – são grandes reservatórios que armazenam temporariamente a


água, diminuindo o risco de alagamentos.
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Um dos grandes problemas de infraestrutura das cidades brasileiras é a falta da elaboração
de projeto de drenagem. Isso interfere direta e indiretamente na qualidade de vida do cidadão,
podendo ser a causa de enchentes, erosões e assoreamentos.

2 MEMORIAL DE CÁLCULO

2.1 INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA


A intensidade da precipitação foi obtida com o emprego das equações de chuva propostas
por Costa e Prado (2003), para Goiás e sul do Estado do Tocantins, ou para localidades do
Brasil por meio do trabalho de Pfafstetter (1982). Tem-se para Anápolis com período de retorno
entre 1 e 8 anos a Eq. 1:
0,6274
0,1471+( 0,22 )
((T tc0,09 )
(Eq. 1)
i = 42,496∙
(t+20,91)0,92278

Onde:

i = intensidade pluviométrica (mm/min);

T = período de retorno (anos);

t = duração da precipitação (min).

2.2 ÁREA TOTAL


Há a necessidade de se considerar dois tipos de área para dimensionar as galerias. Uma
refere-se à área contribuinte local a cada poço de visita e interessa diretamente para o cálculo
da vazão local. Já a outra, denominada Área total (A), corresponde à soma da área local com
toda a área drenada a montante, tem a função, apenas, de contabilizar a área total a certo PV. É
recomendável que áreas a partir de 1,5 há seja abastecida por um PV.

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2.3 VAZÃO TOTAL
Corresponde ao somatório de vazões afluentes ao PV (Posto de visita) que chegam através
de galerias, além da vazão superficial local em estudo. Esta vazão “Q” será utilizada e calculada
utilizando o método racional:

𝑄 =𝑐×𝑖×𝐴 (Eq. 2)

Onde:

Q = vazão total no trecho (L/s);

c = coeficiente de escoamento;

i = intensidade pluviométrica (mm/min);

A = área total do trecho.

2.4 DECLIVIDADE DE PROJETO


Para a adoção da declividade de projeto, foram feitas comparações entre a declividade do
terreno (Eq. 3), declividade mínima (Eq. 4) e a declividade máxima (Eq. 5), em que as últimas
duas é em função da vazão total no trecho em estudo.

𝐶𝑇𝑀 − 𝐶𝑇𝐽
𝐼𝑡 = (Eq. 3)
𝐿
Onde:

It = declividade do terreno (m/m);

CTM = cota do terreno à montante (m);

CTJ = cota do terreno à jusante (m);

L = comprimento do trecho.

2
𝐼 = 0,034 × 𝑄(− )
𝑚𝑖𝑛 3 (Eq. 4)

Onde:

Imin = declividade mínima (m/m);

6
Q = vazão no trecho (L/s).

2
𝐼 = 5,434 × 𝑄(− )
3 (Eq. 5)
𝑚𝑎𝑥

Onde:

Imax = declividade máxima (m/m);

Q = vazão total no trecho (L/s).

A declividade do terreno será adotada quando esta for maior que a declividade mínima e
menor que a declividade máxima. A declividade mínima será adotada quando esta for maior
que a declividade do terreno. A declividade máxima será adotada quando esta for inferior que
a declividade do terreno, em que geralmente ocorrem quando a declividade do terreno é superior
a 5%.

2.5 DIÂMETRO
Para tubulações de seção circular é calculada através da (Eq. 6) o diâmetro teórico através
da derivação da fórmula de Manning com a lâmina d’água a 90%.

3
8
Q×η
(Eq. 6)
𝐷′ = 1,51× ( 1 )
I2
Onde:

D’ = diâmetro teórico (m);

Q = vazão no trecho (m3/s);

η = coeficiente de Manning da tubulação;

I = declividade de projeto (m/m).

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Na maioria dos casos é necessário fazer a adequação dos diâmetros em relação aos
disponíveis no mercado regional, sempre se possível arredondando para o valor próximo
superior ao teórico.

Os diâmetros comerciais para as galerias disponíveis na região de Anápolis são: 400,


600, 800, 1000, 1200 e 1500 mm. Logo, o diâmetro mínimo adotado será de 600 mm, tendo em
vista a experiência de diâmetros abaixo desse valor, em que propicia a probabilidade de
obstrução devido à ocorrência de entrada de lixos nas galerias.

2.6 VELOCIDADE DE ESCOAMENTO


A velocidade de escoamento na tubulação é calculada pela (Equação 7) e deve ficar na
faixa entre 0,75 e 5,00 m/s:

𝑄
𝑉= (Eq. 7)
𝐴𝑚
Onde:

V = velocidade de escoamento (m/s);

Q = vazão no trecho (m3/s);

Am = área molhada (m2).

2.7 TEMPO DE PERCUSO


O tempo de percurso é o tempo que a água percorrerá todo o percurso do trecho estudado,
logo é obtido pela fórmula direta da velocidade linear conforme a (Eq. 8):

𝐿
𝑇𝑝 = (Eq. 8)
𝑉 × 60

Onde:

Tp = tempo de percurso (min);

L = comprimento do trecho (m);

V = velocidade de escoamento do trecho (m/s).

8
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
9
5 CONCLUSÕES
Em Anápolis há um desafio em que se concerne a implantação de reservatórios de água,
uma vez que, como abordado no início deste trabalho, a topografia da cidade é caracterizada
por um relevo ondulado e acidentado.

Em face a essa adversidade, foram propostas (02) duas alternativas que visam contornar
esses tipos de problemas em locais já devidamente urbanizados.
A primeira possibilidade refere-se no aumento dos pontos de descarga dos ramais, tendo
em vista que na maioria dos casos os ramais convergem em um único ponto. Essa alternativa
pode-se-há a oportunidade de alívio para as tubulações posteriores, ocasionando na diminuição
do “h/D” ou da “V”. Essa possibilidade prevê um estudo ambiental, topográfico e econômico
detalhado, devido ao número de bacias de detenção e o impacto causado pelo lançamento de
vazões localizadas.
A segunda alternativa constitui-se em desenvolver tubulações com valores de
coeficiente de Manning altos, de modo a aumentar a capacidade de velocidade de escoamento.
Ao aumentar a capacidade de rapidez de um líquido sem que os efeitos de abrasão prejudiquem
a estrutura da tubulação, descarta a possibilidade de efetuar enormes cortes no terreno, já que
adotará a declividade do projeto igual à do terreno. Entretanto, essa alternativa promove que a
massa de líquido escoante adquira grandes velocidades, a tal ponto de prejudicar a região
receptora dessa vazão. Para isso, é necessário investir em construção de uma robusta bacia de
detenção de modo a diminuir os efeitos de erosão.

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6.1 REFERÊNCIA NORMATIVA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12266/92: Projeto e
execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto e drenagem urbana, Rio de
Janeiro, 1992.

6.2 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


RAMBLA, Projetos de Infraestrutura. Projeto de Drenagem Urbana. Disponível em
<https://www.ramblainfra.com.br/elaboracao-projeto-drenagem> Acesso em: 09/11/19.

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