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JOÃO DE BARRO ENGENHARIA

CNPJ: 28.636.910/0001-84
Avenida dos Mundins, 417
Centro – Monte Carmelo/ MG

PROJETO DE DRENAGEM PLUVIAL


JOÃO DE BARRO ENGENHARIA
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Centro – Monte Carmelo/ MG

Sumário

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................1

2. PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS.....................................................................1

3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS...............................................................................1

4. PROJETO DE DRENAGEM.................................................................................2

4.1 Discretização das áreas urbanas..............................................................................2


4.2 Dimensionamento dos condutos...............................................................................3
4.2.1 Dimensionamento dos condutos.......................................................................4

4.3. Características do sistema...................................................................................6

4.3.1. Sub-bacias........................................................................................................6

4.3.2. Nós.......................................................................................................................8
4.3.3. Infiltração........................................................................................................8

4.4. Chuvas..................................................................................................................10
ANEXO I- Anotação de Responsabilidade Técnica...................................................15
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1. INTRODUÇÃO
O presente memorial apresenta os parâmetros, especificações e desenhos do projeto de
pavimentação do Empreendimento do Loteamento Jardim das Acácias III, município de
Tupaciguara/MG.

O projeto em questão é composto por redes de drenagem pluvial, bocas de lobo simples
e duplas e poços de visita. Para a elaboração do presente trabalho, foram observados os
seguintes parâmetros:

 Normas técnicas da ABNT;


 Publicações técnicas pertinentes ao assunto,
 Planta do levantamento planialtimétrico,
 Utilização do programa SWMM.

2. PARÂMETROS TOPOGRÁFICOS
Os dados técnicos que subsidiaram o dimensionamento hidráulico das redes de
drenagem pluvial foram extraídos da planta planialtimétrica, com curvas de níveis
equidistantes a cada metro, fornecida pelo Empreendedor.

Nos locais onde existem obras de drenagem foram desenvolvidos os seguintes serviços:

- localização da tubulação longitudinal e as transversais;

- determinação dos locais onde apresentam caixas coletoras e dispositivos de drenagem.

3. ESTUDOS HIDROLÓGICOS

O objetivo do Estudo Hidrológico está fundamentalmente ligado à definição dos


elementos necessários ao estudo de vazão dos dispositivos de drenagem que se fizerem
exigidos ao longo das ruas.

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4. PROJETO DE DRENAGEM

4.1 Discretização das áreas urbanas


Na ausência de dados referentes ao sistema de drenagem, como por exemplo,
localização de bocas de lobo e poços de visita, bem como traçado das galerias pluviais,
foi lançado um sistema de drenagem hipotético para a realização do trabalho. O ponto
de partida foi a divisão dos lotes urbanos em quatro áreas, reconhecidas pelo SWMM
como sub-bacias, para a essa divisão se deu de acordo com a Figura 1.

Figura 1 - Modelo de divisão de sub-bacias.

A divisão dos lotes se deu com o auxílio do software AutoCad, em posse da planta da
área de estudo, foi possível localizar cada sub-bacia e dividi-las. A Figura 1 também
ilustra a influência o direcionamento do escoamento superficial gerado pelas sub-bacias,
essa informação é importante na hora de dimensionar os condutos, pois será necessário
saber a área de influência de cada um.

Realizada toda a divisão das áreas em sub-bacias, o próximo passo foi desenhar o
sistema de drenagem, com o auxílio do SWMM foi possível determinar os possíveis
locais de poços de visita, bem como o traçado das galerias pluviais. A Figura 2 ilustra
uma parte desse sistema de drenagem sendo representado no SWMM, nela é possível
enxergar as sub-bacias e as galerias pluviais.

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Figura 2 - Layout de uma parte do sistema de drenagem.

O projeto de drenagem consiste na definição e dimensionamento das estruturas, e tem


por objetivo permitir que as águas provenientes de chuvas sejam escoadas do pavimento
e que águas que se encontrem no interior do pavimento não venham a prejudicá-lo.

Sob este aspecto, o Projeto de Drenagem Pluvial teve o objetivo da definição dos tipos
de dispositivos a serem utilizados assim como a localização de implantação dos
mesmos.

Através de critérios usuais de drenagem urbana, foi projetado e dimensionado o traçado


da rede de galerias, considerando-se os dados topográficos existentes e o pré-
dimensionamento hidrológico e hidráulico.

4.2 Dimensionamento dos condutos


Com o sistema de drenagem traçado, foi necessário fazer o dimensionamento hidráulico
dos condutos, recorrendo ao Método Racional para tal tarefa.

Trata-se de um método indireto apresentado pela primeira vez em 1851 por Mulvaney e
depois utilizado por Emil Kuichling em 1889, característico por estabelecer uma relação
entre a chuva e o escoamento superficial. (Tomaz, 2013).

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Com o objetivo de contrapor os métodos empíricos antigos, recebeu o nome de método
racional. É utilizado para determinar a vazão contribuinte gerada por uma determinada
área. (Tomaz, 2013) A fórmula para a determinação da vazão, conhecida como fórmula
racional, é representada pela equação 1.

Sendo:

Q = vazão de contribuinte (m³/s);

C = coeficiente de escoamento superficial, varia de 0 a 1;

I = intensidade média da chuva (mm/h);

A = área de contribuição (ha).

Mais adiante será explicitado como foram determinados os parâmetros coeficiente de


escoamento superficial (C) e intensidade pluviométrica (I). Com relação à área de
contribuição (A), esse valor foi determinado com o auxílio do AutoCad, tendo todos os
lotes divididos em sub-bacias, foi encontrada a área de cada sub-bacia, com o sistema de
drenagem desenhado no SWMM, foi possível analisar quais sub-bacias iriam contribuir
com um determinado conduto.

4.2.1 Dimensionamento dos condutos


O tempo de retorno (Tr) é o tempo médio que um determinado evento hidrológico é
igualado ou superado. Para o presente estudo utilizou-se um tempo de retorno igual a 15
anos.

4.2.1.1. Tempo de concentração


O tempo de concentração é o tempo médio que uma gota de água que cai no ponto mais
distante leva para chegar no trecho em questão. Para trechos iniciais, foi utilizado um
tempo de concentração igual a 30 minutos.

4.2.1.2. Intensidade da chuva


Devido à ausência de dados, teve-se que determinar a IDF da cidade de Tupaciguara a
partir da série de dados obtida do site da ANA (Agencia Nacional de Águas). A

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ferramenta Genetic Algorithm Methodoloy for IDF (GAM-IDF) foi desenvolvida por
integrantes do Grupo de Pesquisa em Hidrologia e Modelagem Hidrológica em Bacias
Hidrográficas/CNPq da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e de acordo com essa
ferramenta a equação da chuva para a cidade de Tupaciguara é:

Sendo

I = intensidade média da chuva (mm/h);

Tr = tempo de retorno (anos);

t= tempo de concentração (min).

4.2.1.3. Coeficiente de escoamento superficial


O coeficiente de escoamento superficial foi determinado de acordo com a utilização do
solo das áreas estudadas. A Tabela 1 ilustra o valor do coeficiente de escoamento
superficial, de acordo com o tipo de ocupação do solo.

Tabela 1- Coeficiente de escoamento.

Fonte: Wilken, 1978

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Como o solo é predominantemente ocupado por residências e pontos comerciais,
determinou-se que o coeficiente de escoamento para todo o loteamento é igual a 0,7.

4.3. Características do sistema


Tendo todos os condutos dimensionados e todo o sistema de drenagem desenhado no
SWMM, é necessário preencher os dados referentes às sub-bacias, condutos e nós no
SWMM, a seguir serão apresentados os parâmetros de entrada e seus respectivos
valores para cada elemento desenhado.

4.3.1. Sub-bacias
Área – Parâmetro que representa o valor da área das sub-bacias presentes no sistema de
drenagem, tais valores foram obtidos na planta da área de estudo, utilizando o software
AutoCAD 2015.

Largura – valor referente à largura do escoamento superficial na sub-bacia, por meio


da planta da cidade, foi possível determinar a largura do escoamento superficial de cada
sub-bacia.

Figura 3- Largura do escoamento superficial sub-bacia.

Declividade - através das curvas de nível da cidade estudada, pode-se determinar os


pontos mais altos e baixos das sub-bacias, de forma que as respectivas declividades
pudessem ser determinadas.

Taxa impermeável - Na ausência de dados referentes a este parâmetro, ficou definido


que, de acordo com as características das sub-bacias da região (na maior parte ocupada
por lotes residenciais), o valor deste parâmetro para todas as sub-bacias seria igual a
70%.

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Profundidade das depressões no setor impermeável e permeável da sub-bacia-
Como este parâmetro representa a retenção da água da chuva na superfície, adotou-se 0
(zero) conforme sugerido pelo manual do SWMM.

Rugosidade dos setores permeáveis e impermeáveis - é um parâmetro que estima o


coeficiente de rugosidade com base nas características do recobrimento do solo.
Adotou-se valores sugeridos pelo SWMM, presentes na Tabela 2.

Tabela 2 - Coeficiente de rugosidade superfície livre.

4.3.2. Nós
Cota dos nós - foram determinadas com base nas curvas de nível da cidade estudada.

Profundidade máxima dos condutos - para determinar a diâmetro dos condutos, foi
utilizado o Método Racional.

Comprimento dos condutos – através do traçado anterior

4.3.3. Infiltração
Determinar o modelo de infiltração e seus parâmetros foi o passo seguinte, o modelo de
infiltração escolhido foi o de Green-Ampt, a seguir, será feita uma pequena explanação
a respeito desse modelo e de como foram determinados seus parâmetros.

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Entender o processo de infiltração torna-se necessário para um bom dimensionamento
de um sistema de drenagem. Devido à sua importância, vários modelos de infiltração
foram desenvolvidos com o objetivo de simular tal fenômeno. O modelo de Green-
Ampt passou a ser amplamente utilizado e incorporado a modelos matemáticos e
computacionais devido à sua simplicidade e embasamento físico. (Brandão et al., 2003
apud Zonta et al., 2010)

O modelo de Green-Ampt foi desenvolvido tomando como base a equação de Darcy,


algumas premissas são adotadas neste modelo, como a existência de uma carga
hidráulica H0 constante na superfície do solo, durante todo o processo de infiltração. A
umidade na zona de transmissão (θt) atinge a saturação (θs), bem como a condutividade
hidráulica (Kt) é equivalente à condutividade hidráulica do solo saturado (K0), assim
forma-se uma frente de umedecimento bem nítida e definida, onde seu potencial
matricial é equivalente à umidade inicial do solo (ψ(θi)), dessa forma, a água que
penetrará no solo formará duas regiões bem definidas, a primeira encontra-se saturada
(θs), já a segunda possui o mesmo teor de umidade que possuía antes do processo de
infiltração (θi), caracterizando o que chamam de movimento tipo pistão. (Zonta et al.,
2010).

Figura 4 - Representação Modelo de Infiltração Green-Ampt.

O SWMM oferece três modelos de infiltração, Horton, Green-Ampt e SCS, no presente


trabalho escolheu-se o Método de Horton para a simulação da infiltração da água no
solo. A inserção dos dados referentes ao modelo adotado é vista na Figura 5:

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Figura 5- Dados de infiltração.

4.4. Chuvas
Antes de executar a simulação, foi necessário definir o evento chuvoso a ser simulado,
este foi baseado em uma chuva intensa ocorrida na cidade do Tupaciguara-MG, trata-se
de uma precipitação de 100 mm ocorrida entre dois dias, para um tempo de retorno de
15 anos e tempo de concentração de 30 minutos, obtidos através do Modelo Matemático
IDF gerado pelo programa computacional (GAM-IDF), desenvolvida por integrantes
do Grupo de Pesquisa em Hidrologia e Modelagem Hidrológica em Bacias
Hidrográficas/CNPq da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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Figura 6 - Equação IDF gerada pelo site GAM-IDF através dos dados do site da ANA.

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Figura 7 - Tabela evento chuvoso.

Figura 8 - Verificação velocidade nos condutos.

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Figura 9 - Perfil R. Dr. Paulo Batista de Oliveira

Figura 10. Perfil PV 60 ao PV13

Figura 11 - Perfil Av. João Costa Moura até rede existente.

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Figura 12- Perfil R. Manoel Pereira da Silva.

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ANEXO I- Anotação de Responsabilidade Técnica

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