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Arquitetura e Engenharia Proposta 160222

ESTUDOS HIDROLÓGICOS E
DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DE SISTEMAS DE DRENAGEM

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O presente estudo estabelece as condições técnicas adotadas para obtenção de elementos hidrológicos
fundamentais no dimensionamento de escoamento do Rio do Engenho, conhecido também como Rio do Engenho e
Ribeirão do Alegre, sob estrada rural dentro da propriedade da Usina Azilor, utilizada para trafego de caminhões de
aproximadamente 90 toneladas na operação de corte e transporte de cana de açúcar no município de Paraguaçu
Paulista, localizada na bacia hidrográfica do Médio Paranapanema, atendendo os parâmetros mínimos conforme o
Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem (DNIT,2005) e Caderno de Orientações Técnicas do
Programa de Pontes – Mais MT (Sinfra,2021).

1. INTRODUÇÃO
O Município de Paraguaçu está localizado na região oeste do Estado de São Paulo, em uma latitude 22º24'46" sul e
a uma longitude 50º34'33" oeste, sua população estimada em 2018 era de 45.455 habitantes. O município é formado
pela sede e pelos distritos de Conceição de Monte Alegre, Roseta e Sapezal.
Neste presente trabalho, será apresentado o Estudo Hidrológico, com objetivo de estabelecer o regime pluviométrico
para a região, de modo a fornecer subsídios para determinação das vazões de dimensionamento dos dispositivos de
drenagem do córrego que desagua no Rio Ribeirão do Alegre, transpondo a estrada rural dentro da propriedade da
Usina Azilor.

O Estudo desenvolveu-se, basicamente, com as seguintes dinâmica:

Coletou-se e analisou-se dos dados, visando uma perfeita caracterização do meio-físico em que se desenvolve a
rodovia, utilizando-se de dados cartográficos e topográficos, dados Pluviométricos e descargas de projeto.
Esses dados foram obtidos pelo Portal SIGRH (Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos do
Estado de São Paulo e no Portal DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica .

PLUVIOMETRIA

DEFINIÇÃO DO POSTO PLUVIOMÉTRICO


O posto mais próximo da região é o de PARAGUACU PAULISTA (ACCO), neste posto observou-se 25 anos de
dados, a metodologia proposta, recomenda no mínimo 15 anos, por tanto a estação é compatível para o método
adotado. A seguir, são apresentados os dados da estação.

DADOS DA ESTAÇÃO
PREFIXO: 7D-014
NOME DO POSTO: PARAGUACU PAULISTA
MUNICÍPIO: PARAGUACU PAULISTA
CURSO D'ÁGUA: SAPE OU DO ENGENHO,R DO
BACIA: 17 -MÉDIO PARANAMANEMA
ÁREA (Km²): 144
LATITUDE: 22°26'10"
LONGITUDE: 50°37'35"
Tabela 1 – Dados das estação

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Figura 1 – Unidade de Gerenciamento das bacias hidrográficas do estado de São Paulo

Figura 2 – Posição da estação Fluviométrica

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Figura 3 – Bacia Hidrográfica no Médio Paranapanema

A estação está localizada na região urbana de Paraguaçu Paulista, com aproximadamente 10 km de distância do
ponto onde será construído uma estrada de acesso rural para transpor o córrego que desagua no Rio do Engenho.
Para efeito do dimensionando das precipitações essa distância é aceitável e produz resultados satisfatórios, no qual
apresentaremos mais à frente.

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Rio do Engenho

Paraguaçu Paulista

Figura 3 – Distância da estação até o ponto de estudo (9,5 Metros)

PROCESSAMENTO DE DADOS COLETADOS


Os dados coletados foram processados de modo a se obter os elementos de definição do regime climático da região
do projeto.
No gráfico da figura 4, apresentamos a precipitação média mensal de 25 anos, no qual foi observado maior valor de
precipitação em fevereiro. Observa-se também que agosto é o mês que apresenta menor valor de precipitação
média. Observamos também que na avaliação do gráfico de Precipitação Totais Anuais, figura 5, os valores não
variarão de forma perturbadora, exceto em 1940, no qual a precipitação é um ponto fora da curva.

Figura 4 – Fevereiro maior precipitação (178,62 mm)

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Figura 5

DETERMINAÇÃO DAS DESCARGAS DE PROJETO


De acordo com a IS-203 do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DENIT), os métodos de cálculo
das vazões de projeto, está em função da área da bacia de contribuição, devendo ser adotados os limites descritos
abaixo:

Figura 6
Conforme figura a cima, decidiu-se pelo Método de Cálculo Raciona, visto que a região hidrográfica em estudo,
possui área menor de 4 Km².

TEMPO DE CONCENTRAÇÃO
O tempo de concentração foi determinado pela Fórmula de KIRPICH MODIFICADA, conforme indicação das
“Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários – Instruções para acompanhamento e Análise
- DNIT” (2010).

Tempo de Concentração
Variáveis Valor Unidade
Cota máx 600,00 m
Cota min 500,00 m
H 100,00 m
L 2000,00 m
L 2,00 KM
S 50,00 m/KM
Métodos
Kirpich I 21,56 min
California 21,56 min
Kirpich Modificado 32,22 min
Kirpich Modificado -h 0,54 horas
Tempo de concentração adotado
Kirpich Modificado 32,22 min
Tabela 3 – Tabela de análise e
determinação do Temo de Concentração

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HIETOGRAMA OU CHUVA DE PROJETO


Para definição da chuva de projeto, usamos os método dos Blocos Alternados, que resumidamente podemos citar
que, conhecendo-se o tempo de duração da chuva, pode-se dividir o tempo em incrementos conhecidos e assim,
determina-se as precipitações correspondentes a cada duração utilizando-se a equação IDF com parâmetros
regionais, em seguida por meio do intervalo de precipitação para cada incremento de tempo obtém-se as
intensidades de chuva, que são ajustadas seguindo regras empíricas pré-estabelecidas, no qual ainda é possível
extrair a Vazão da região.

t(min) i(mm/h) Pacum (mm) ∆P(mm) Pproj (mm) Q (m³/s)


5 156,11 13,01 13,01 3,72 4,34
10 128,00 21,33 8,32 5,03 3,56
15 110,22 27,56 6,22 8,32 3,06
20 97,76 32,59 5,03 13,01 2,72
25 88,44 36,85 4,26 6,22 2,46
30 81,15 40,57 3,72 4,26 2,25
35 75,25 43,90 3,32 3,32 2,09
Tabela 2 - Método dos blocos alternado

Figura 6 – Chuva de projeto – Blocos alternados

Figura 7 – Vazão da Bacia Hidrográfica


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VAZÃO DEMANDADA
Após análise da tabela 2, onde apresentamos o resultado dos cálculos de dimensionamento da Precipitação (Pproj),
e a Vazão (Q), podemos perceber que a linha grifada em amarela na tabela 2, é o resultante no qual possui maior
vazão. Vazão essa que demandada pela intensidade das chuvas deve ser superada pela capacidade de vazão da
galeria, no ponto onde será executado a travessia da estrada rural, com tubos de concreto do tipo manilha.
A partir deste dado é possível definir qual diâmetro e declividade da tubulação utilizada para execução da galeria,
com base na tabela 3, a baixo

Tabela 3- Vazão e declividade critica de manilhas de concreto tubolar (DENIT)

Observa-se que a vazão demandada (Q) é de 4,34m³/s, em comparação com a tabelas, vemos que as manilhas com
diâmetro Ø 1,50, vão satisfazer a demanda, pois a vazão é ligeiramente inferior a demanda (4,22m³/s), no entanto
possui um raio hidráulico ou de apenas 76%.

CONCLUSÃO
Com base no estudo hidrográfico podemos observar o comportamento das chuvas na região da cidade de Paraguaçu
Paulista e calcular a demanda de vazão, referente ao córrego que cruza a estrada rural em questão. Com segurança
podemos afirmar que manilhas de Ø 1,50 m de diâmetro são suficientes para o escoamento da água do córrego e
ainda suportar as eventuais precipitações máximas, conforme dados históricos.

Danilo Lima
Engenheiro Civil -
CREA/SP 5070523143
RNP nº 2018312049
Cel: 18 9 9610-9970

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