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Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na

Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí


CLIENTE
REV. DATA MODIFICAÇÃO
VERIFICAÇÃO APROVAÇÃO

1 18/06/2020 Revisão Geral

0 24/04/2020 Emissão Inicial

ESTUDO DO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS NA BACIA


HIDROGRÁFICA DO RIO CORUMBATAÍ

RELATÓRIO FINAL
VOLUME I – TOMO II
ELABORADO: APROVADO:

A.B.S./C.H.S./M.F.D./N.F.I. Marcos Oliveira Godoi


ART Nº 28027230190084305
CREA Nº 0605018477-SP
VERIFICADO: COORDENADOR GERAL:

Maria Bernardete Sousa Sender


J.M.J.
ART Nº 28027230190069434
Nº (CLIENTE):
CREA Nº 0601694180-SP
DATA:
18/06/2020 FOLHA:

Nº ENGECORPS: REVISÃO:
1395-FAP-01-RH-RT-0005 R1 187/398
-188-

FUNDAÇÃO AGÊNCIA DAS BACIAS PCJ

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio


Corumbataí Visando Estabelecer Cenários e Planejamento das Alternativas
de Abastecimento de Água para os Municípios Pertencentes a esta Bacia

RELATÓRIO FINAL
VOLUME I - TOMO II

ENGECORPS ENGENHARIA S.A.


1395-FAP-01-RH-RT-0005
Junho / 2020

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo I
-189-

Fundação Agência das Bacias PCJ


R. Alfredo Guedes, 1949 Higienopolis
Piracicaba – SP CEP 13416-901
Endereço eletrônico: http://www.agencia.baciaspcj.org.br/novo/index.php

Equipe - Coordenação
Agência PCJ/Coordenação de Projetos
Patrícia Gobet de Aguiar Barufaldi - Diretora Técnica
Elaine Franco de Campos - Coordenadora de Projetos
Gerenciadora da Coordenação de Projetos:
Empresa Novaes Engenharia e Construções LTDA.
Grupo Técnico de Acompanhamento
Prefeitura Municipal de Analândia
Prefeitura Municipal de Charqueada
Prefeitura Municipal de Cordeirópolis
Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE Cordeirópolis
Prefeitura Municipal de Corumbataí
Prefeitura Municipal de Ipeúna
Prefeitura Municipal de Itirapina
Serviço Municipal de Água e Esgoto - SEMAE Piracicaba
Prefeitura Municipal de Rio Claro
Departamento Autônomo de Água e Esgoto - DAAE Rio Claro
Prefeitura Municipal de Santa Gertrudes
BRK Ambiental – Santa Gertrudes

Elaboração e Execução - Engecorps Engenharia


Marcos Oliveira Godoi – Diretor Técnico
Maria Bernardete Sousa Sender – Coordenadora Geral
José Manoel de Moraes Jr – Coordenador Técnico

Membros da Equipe Técnica Executora


Adriana Gonçalves Costa Henrique Alessandro de Almeida Ramos
Aída Maria Pereira Andreazza Marcos Antonio Gonçalves
Alberto Lang Filho Miguel Fontes de Souza
Alessandro Hirata Natalia Fischer
André Luiz Bonacin Silva Nelma Cristina Mendonça
Christiane Spörl Rafael Simione Poppe
Cristiano Roberto de Souza Raissa Martins Lourenço
Eduardo Kohn Raquel Chinaglia Pereira dos Santos
Fernando Garcia Sibele Lima Dantas

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Fundação Agência das Bacias PCJ.


Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na Bacia Hidrográfica do Rio
Corumbataí visando estabelecer cenários e planejamento das alternativas
de abastecimento de água para os municípios pertencentes a esta bacia.
Relatório Final. Piracicaba, 2020.

793 p.: il.

1. Recursos Hídricos 2. Abastecimento de Água 3. Enfrentamento


ao desabastecimento de água

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LISTA DE FIGURAS
VOLUME I – TOMO II

FIGURA 5.32– DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS DISPONIBILIDADES HÍDRICAS SUPERFICIAIS .........204


FIGURA 5.33 – DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS PONTOS DE CAPTAÇÃO CLASSIFICADOS PELOS
USOS CONSUNTIVOS ......................................................................................................................205
FIGURA 5.34 – VAZÃO CAPTADA PARA ABASTECIMENTO HUMANO NA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ...............................................................................207
FIGURA 5.35 – DEMANDA PARA ABASTECIMENTO HUMANO NA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................213
FIGURA 5.36 – DEMANDA INDUSTRIAL NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................215
FIGURA 5.37 – DEMANDA DE IRRIGAÇÃO NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ..............................218
FIGURA 5.38 – DEMANDA DE DESSEDENTAÇÃO ANIMAL NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ......221
FIGURA 5.39 – SOMATÓRIA DAS DEMANDAS POR AC ..................................................................223
FIGURA 5.40 – TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ..230
FIGURA 5.41 - DIAGRAMA ILUSTRATIVO DOS PASSOS SEGUIDOS PARA O CÁLCULO DO
SALDO ..............................................................................................................................................235
FIGURA 5.42 - POSIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE ANALÂNDIA NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................241
FIGURA 5.43 - POSIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE CHARQUEADA NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................242
FIGURA 5.44 - POSIÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE CORUMBATAÍ NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................244
FIGURA 5.45 - POSIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE IPEÚNA NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................245
FIGURA 5.46 - POSIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE PIRACICABA NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................246
FIGURA 5.47 – POSIÇÃO DAS CAPTAÇÕES DE RIO CLARO NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................248
FIGURA 5.48 - POSIÇÃO DA CAPTAÇÃO DE SANTA GERTRUDES NA TOPOLOGIA DA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................250
FIGURA 5.49 - REPRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS AQUÍFEROS ATRAVÉS DE CORES (CPRM, 2014)252
FIGURA 5.50 – REPRESENTAÇÃO PARA A BACIA DO RIO CORUMBATAÍ DAS CLASSES DE
PRODUTIVIDADE HIDROGEOLÓGICA (CPRM, 2014) .....................................................................254
FIGURA 5.51 - TIPOS DE RESERVA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA (SIGRH, 2001) ..................................256
FIGURA 5.52 - ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA POR UNIDADE AQUÍFERA, COM BASE EM
DADOS DE Q7,10 (%) ..........................................................................................................................258
FIGURA 5.53 - ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 1), POR UNIDADE
AQUÍFERA (%) ...................................................................................................................................259
FIGURA 5.54 - ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 3), POR UNIDADE
AQUÍFERA (%) ...................................................................................................................................259
FIGURA 5.55 – LOCALIZAÇÃO DOS POÇOS DA BASE DE OUTORGAS NAS SITUAÇÕES
ADMINISTRATIVAS 2 (OUTORGAS PELO USO DE RECURSO HÍDRICO) E 3 (APENAS CADASTRO,

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COM DISPENSA DE OUTORGA PELO USO DA ÁGUA) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ – DAEE
(2019) ................................................................................................................................................263
FIGURA 5.56 – POÇOS DA BASE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS (SIAGAS) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ - CPRM (2019) ..................................265
FIGURA 5.57 – RESULTADOS DE VAZÃO (M³/H), CAPACIDADE ESPECÍFICA (M³/H/M) E
PROFUNDIDADE DE POÇO (M) POR INTERPOLAÇÃO DE DADOS DE POÇOS NA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................267
FIGURA 5.58 – LOCALIZAÇÃO DOS POÇOS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
PÚBLICO POR CONCESSIONÁRIAS MUNICIPAIS DE ÁGUA (DADOS OBTIDOS NAS
CONCESSIONÁRIAS) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .................................................................269
FIGURA 5.59 – PONTOS DA REDE BÁSICA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DE ÁGUA DA
CETESB NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ......................................................................................273
FIGURA 5.60 – COMPARAÇÃO DOS VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 ENTRE OS PONTOS
DE CABECEIRA E EXUTÓRIO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .....................................................277
FIGURA 5.61 – VALORES MÉDIOS DE IQA DOS PONTOS DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ PARA OS
ANOS DE 2012 A 2017 .....................................................................................................................278
FIGURA 5.62 – VALORES MÉDIOS (2017) DE TURBIDEZ PARA OS PONTOS DE MONITORAMENTO
DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ. ..................................................................................................279
FIGURA 5.63 – VALORES MÉDIOS (2017) DE E. COLI PARA OS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .........................................................................................................279
FIGURA 5.64 – VALORES MÉDIOS (2017) DE FÓSFORO TOTAL PARA OS PONTOS DE
MONITORAMENTO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ..................................................................280
FIGURA 5.65 – DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DURANTE O PERCURSO DOS RIOS
NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................282
FIGURA 5.66 - SITUAÇÃO ATUAL DAS FONTES POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................284
FIGURA 5.67 – EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE TURBIDEZ EM ALGUNS DOS PONTOS DE
MONIROTAMENTO DA CETESB DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...............................................285
FIGURA 5.68 – GRAU DE TURBIDEZ DA ÁGUA BRUTA DAS ETAS INFORMADO PELOS MUNICÍPIOS
DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................286
FIGURA 5.69 – GRAU DE TURBIDEZ DA ÁGUA BRUTA DO RIO CORUMBATAÍ NFORMADO PELO
MUNICÍPIO DE RIO CLARO (BRK AMBIENTAL). ..............................................................................286
FIGURA 5.70 – EVOLUÇÃO DO USO DA TERRA PARA A CANA-DE-AÇÚCAR, PASTAGEM,
VEGETAÇÃO NATIVA E MINERAÇÃO ...............................................................................................288
FIGURA 5.71 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS
MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - REDES DE MONITORAMENTO QUALITATIVO DA
CETESB E INTEGRADA QUANTITATIVO-QUALITATIVA (CETESB/DAEE) – BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS; RESULTADOS HISTÓRICOS (CETESB, 2018A) .............295
FIGURA 5.72 – ÍNDICE DE VULNERABILIDADE NATURAL DOS AQUÍFEROS (LEBAC-UNESP, 2013,
ADAPTADO DE IG ET AL., 1997). .....................................................................................................296
FIGURA 5.73 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ (LEBAC &
UNESP, 2013). ...................................................................................................................................298

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FIGURA 5.74 - SITUAÇÃO ATUAL DAS FONTES POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO NA BACIA DO


RIO CORUMBATAÍ (DADOS OBTIDOS EM CAMPO PELA ENGECORPS E NA LITERATURA - CETESB,
2017, 2018B; PNLT, 2018; EPE, 2018) ..............................................................................................300
FIGURA 5.75 - ENQUADRAMENTO DOS CORPOS HÍDRICOS DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ 310
FIGURA 5.76 - SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS REGISTROS DO DAEE REFERENTES À BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ. ..........................................................................................................................312
FIGURA 5.77 - DISPOSIÇÃO ESPACIAL E VALOR DA VAZÃO DOS USUÁRIOS CONCESSIONÁRIA,
INDUSTRIAL, MINERADOR, PÚBLICO E RURAL NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .......................314
FIGURA 5.78 – REGISTROS DO CADASTRO DA COBRANÇA ..........................................................321
FIGURA 5.79 – VALOR DA COBRANÇA E VOLUME CAPTADO .......................................................321
FIGURA 5.80 – COMPARAÇÃO PARA OS SETORES USUÁRIOS .......................................................322
FIGURA 5.81 – PLANEJAMENTO DA VISTORIA DE CAMPO - NAVEGABILIDADE E ACESSOS .........326
FIGURA 5.82 – REGISTROS DO PERCURSO DO RIO DA CABEÇA...................................................327
FIGURA 5.83 – REGISTROS DO PERCURSO DO RIO CORUMBATAÍ...............................................327
FIGURA 5.84 – COMPARAÇÃO ENTRE AS CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTO DE EFLUENTES
IDENTIFICADOS EM CAMPO E CADASTRO DE OUTORGAS (DAEE) E COBRANÇA (ABPCJ) NA BACIA
DO RIO CORUMBATAÍ.....................................................................................................................329
FIGURA 5.85 – IDENTIFICAÇÃO DOS USUÁRIOS NÃO CADASTRADOS NA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................332

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LISTA DE TABELAS
VOLUME I – TOMO II

TABELA 5.42 – VAZÃO DE CAPTAÇÃO PARA ABASTECIMENTO HUMANO POR ÁREA DE


CONTRIBUIÇÃO ...............................................................................................................................206
TABELA 5.43 – PROJEÇÃO POPULACIONAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO – ANO 2018 ............209
TABELA 5.44 – CONSUMO PER CAPITA E ÍNDICE DE PERDAS PARA OS MUNICÍPIOS DA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................211
TABELA 5.45 – VM E VMT POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO..............................................................211
TABELA 5.46 – OUTORGAS PARA CAPTAÇÃO (SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA) POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO (AC) DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ................................................................214
TABELA 5.47 – ÁREA IRRIGADA E DEMANDA CAPTADA PARA IRRIGAÇÃO POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO E POR ZONA .........................................................................................................217
TABELA 5.48 – BEDA E GALINÁCEOS INTERNOS À BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR
MUNICÍPIO .......................................................................................................................................219
TABELA 5.49 – DEMANDA POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO E POR ZONA ......................................220
TABELA 5.50 – ANÁLISE INTEGRADA DAS DEMANDAS DE CADA SETOR POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO ...............................................................................................................................222
TABELA 5.51 – CONSUMO PARA O ABASTECIMENTO HUMANO POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO ...............................................................................................................................225
TABELA 5.52 – CONSUMO PARA O SETOR INDUSTRIAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO.............226
TABELA 5.53 – CONSUMO PARA A IRRIGAÇÃO POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ..........................227
TABELA 5.54 – CONSUMO PARA DESSEDENTAÇÃO ANIMAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO .....228
TABELA 5.55 – CONSUMO NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .......................................................229
TABELA 5.56 – RELAÇÃO DE ACÚMULO ENTRE AS AC DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...........231
TABELA 5.57 – BALANÇO HÍDRICO NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .........................................232
TABELA 5.58 – PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO NA BACIA
DO RIO CORUMBATAÍ.....................................................................................................................233
TABELA 5.59 – PORCENTAGEM DE CONTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS E
SUBTERRÂNEAS NO ATENDIMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DE RIO CLARO ..........................237
TABELA 5.60 – DEMANDA MÉDIA TOTAL POR MANANCIAL DE ABASTECIMENTO.......................239
TABELA 5.61 – GRAU DE ATENDIMENTO À DEMANDA POR MANANCIAL ....................................240
TABELA 5.62 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................241
TABELA 5.63 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................242
TABELA 5.64 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................244
TABELA 5.65 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................245
TABELA 5.66 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................247

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TABELA 5.67 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................249
TABELA 5.68 – DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM CRUM141.............................................................250
TABELA 5.69 – CARACTERIZAÇÃO HIDRÁULICA DAS CLASSES DE PRODUTIVIDADE ...................253
TABELA 5.70 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA COM BASE EM DADOS DE Q7,10 (M³/S) ..257
TABELA 5.71 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA POR UNIDADE AQUÍFERA, COM BASE EM
DADOS DE Q7,10 (M³/S) .....................................................................................................................258
TABELA 5.72 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 1) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S) ..............................................................................................................................259
TABELA 5.73 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 3) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S). .............................................................................................................................259
TABELA 5.74 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 2 (OUTORGAS PELO
USO DE RECURSO HÍDRICO) ..........................................................................................................261
TABELA 5.75 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 3 (OUTORGAS
ASSOCIADAS A POÇOS QUE DEMANDAM APENAS CADASTRO) ...................................................261
TABELA 5.76 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO– SOMA DE DADOS DAS SITUAÇÕES ADMINISTRATIVAS
2 E 3 ..................................................................................................................................................262
TABELA 5.77 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .........................................................................................................262
TABELA 5.78 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................262
TABELA 5.79 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................264
TABELA 5.80 – DADOS DE CAPACIDADE ESPECÍFICA POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS
NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................264
TABELA 5.81 – DADOS DE PROFUNDIDADE DE POÇO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS
SITUADOS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .................................................................................266
TABELA 5.82 – INDICADOR DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA (RESERVA EXPLOTÁVEL)
VS. VAZÃO OUTORGADA ................................................................................................................270
TABELA 5.83 – PONTOS DA REDE BÁSICA DE MONITORAMENTO DA CETESB NA BACIA DO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................271
TABELA 5.84 – CLASSES DE IQA DE ACORDO COM OS RESULTADOS OBTIDOS COM A
PONDERAÇÃO .................................................................................................................................276
TABELA 5.85 – VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
REDE BÁSICA NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .............................................................................276
TABELA 5.86 – SÍNTESE DA CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS DOS PRINCIPAIS
AQUÍFEROS DAS BACIAS PCJ ...........................................................................................................289
TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS .......................................................................................292
TABELA 5.88 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS MONITORADOS
EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS ..............294
TABELA 5.89 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR
MUNICÍPIO COM ÁREA NA BACIA (ÁREA EM KM²) .........................................................................297

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TABELA 5.90 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR ZONA
DA BACIA (ÁREA EM KM²) ................................................................................................................297
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS .........................................................................................................................................302
TABELA 5.92 – DISPOSITIVOS LEGAIS QUE INTERFEREM DIRETAMENTE OU INDIRETAMENTE NA
MANUTENÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS ...................................................................................307
TABELA 5.93 – VALOR DA VAZÃO DOS USUÁRIOS: CONCESSIONÁRIA, INDUSTRIAL, MINERADOR,
PÚBLICO E RURAL POR ZONA ........................................................................................................313
TABELA 5.94 – ANÁLISE DOS REGISTROS DO CADASTRO DA COBRANÇA (ANO BASE: 2018).....320
TABELA 5.95 – MARCOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO PCJ 323
TABELA 5.96 – QUANTIDADE DE PROJETOS APROVADOS E VALORES INVESTIDOS POR
MODALIDADE DE PSA ATENDIDOS ATÉ 2014 PELO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA
NO PCJ ..............................................................................................................................................324
TABELA 5.97 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA
EXPEDIÇÃO DE CAMPO ...................................................................................................................328
TABELA 5.98 – RESULTADO DO CRUZAMENTOS DOS USUÁRIOS DA ÁGUA IDENTIFICADOS EM
CAMPO E DO CADASTRO DE OUTORGA E COBRANÇA DA ÁGUA ...............................................330
TABELA 5.99 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA
EXPEDIÇÃO .......................................................................................................................................331

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS


AC – Área de Contribuição
ANA – Agência Nacional de Águas
APA – Área de Proteção Ambiental
APP – Área de Proteção Permanente
BEDA – Bovinos Equivalentes para a Demanda de Água
Cetesb – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
GAD – Grau de Atendimento à Demanda
IAC – Instituto Agronômico de Campinas
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IPEF – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
IPRS – Índice Paulista de Responsabilidade Social
IPVS – Índice Paulista de Vulnerabilidade Social
PDC – Programas de Duração Continuada
PIB – Produto Interno Bruto
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico
PRS - Plano de Resíduos Sólidos
PSA – Pagamento por Serviços Ambientais
SAG – Sistema Aquífero Guarani
SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas
SINGREH – Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos
SNIS – Sistema Nacional de Informações em Saneamento
TGCA – Taxas Geométricas de Crescimento Anual
UC – Unidade de Conservação
UGRHI – Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos

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LISTA DE DEFINIÇÕES

✓ UGRHI (Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos): trata-se da unidade físico-territorial de


planejamento e gerenciamento desenvolvida na Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei nº 7.663,
de 30 de dezembro de 1991). Neste caso, refere-se à UGRHI 5 - Piracicaba/Capivari/Jundiaí;

✓ Bacia Hidrográfica: trata-se da região compreendida por um território e por diversos cursos d’água.
Neste caso, refere-se à Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí, com uma área territorial de
1.719,46 km²;

✓ Zona: corresponde as 5 sub-bacias do Rio Corumbataí definidas no Diagnóstico da Agência das Bacias
PCJ (COBRAPE, 2010) e ajustados seus limites na revisão deste Plano (Consórcio Profil e Rhama,
2018). Neste caso, referem-se às zonas de número 17, 18, 19, 20 e 21. Esta divisão em zonas teve
como critérios: foz de rio principal (entrega de água), manancial presente ou futuro a preservar,
montante de importante captação de abastecimento público, jusante de importante lançamento de
esgotos e ou de efluentes industriais, uso do solo, e unidades de conservação.

✓ Área de Contribuição (AC): o maior nível de detalhamento, ou seja, a segmentação onde são
observadas as menores áreas. Corresponde às áreas de contribuição hidrográfica ottocodificadas da
ANA, as quais totalizam 21 unidades na Bacia do Rio Corumbataí. Cabe salientar que toda
modelagem do SSD (Sistema de Suporte à Decisão) das Bacias PCJ é segmentada nessas ACs.

✓ Unidade aquífera: aquífero é uma formação geológica com capacidade de armazenamento e


circulação de águas subterrâneas. As unidades aquíferas são conjuntos de litotipos (rochas) com
características geológico-hidrogeológicas próprias, sendo que as principais unidades aflorantes na
Bacia do Rio Corumbataí são o Guarani e Tubarão, além do Passa Dois (aquitarde); áreas menores
são associadas a rochas ígneas básicas (basaltos, diabásios) e terrenos sedimentares terciários a
recentes.

✓ Município: trata-se das unidades autônomas dentro da organização político-administrativa do Brasil.


Neste caso, referem-se àqueles que se apropriam dos mananciais da Bacia Hidrográfica do Rio
Corumbataí para uso consuntivo (doméstico, industrial, irrigação ou aquicultura), são eles: Piracicaba,
Rio Claro, Santa Gertrudes, Corumbataí, Cordeirópolis, Analândia, Ipeúna, Itirapina e Charqueada.

✓ Setor Censitário: é unidade territorial de coleta das operações censitárias, definido pelo IBGE, com
limites físicos identificados, em áreas contínuas e respeitando a divisão político-administrativa do
Brasil.

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SUMÁRIO
VOLUME I - DIAGNÓSTICO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ

TOMO I
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 14
2. COLETA E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS ................................................................... 17
2.1 DADOS EXISTENTES PARA A BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .............................. 17
3. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ................................................. 20
3.1 ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO ESTUDO ................................................................ 20
3.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS................................................................................... 22
3.3 ASPECTOS FÍSICOS ............................................................................................... 23
3.4 ASPECTOS BIÓTICOS ........................................................................................... 53
3.5 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................................ 60
4. ESTUDO DA DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ........................................ 82
4.1 MAPEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – SITUAÇÃO ATUAL .......... 82
4.2 DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ÚLTIMOS 20 ANOS ................. 96
5. SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO E DOS RECURSOS
HÍDRICOS.................................................................................................................... 106
5.1 SITUAÇÃO ATUAL DO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO ............................... 106

TOMO II
5.2 SITUAÇÃO ATUAL DOS RECURSOS HÍDRICOS (OFERTA E DEMANDA) .......... 201
5.3 GESTÃO DAS ÁGUAS.......................................................................................... 301
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 334

ANEXO I – FORMULÁRIOS – VISITA TÉCNICA – ÁGUA.............................................. 336


ANEXO II – FORMULÁRIOS – VISITA TÉCNICA – ESGOTO ........................................ 361
ANEXO III – RESULTADOS DAS ANÁLISES DE QUALIDADE DA ÁGUA REALIZADAS
ANEXO IV – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO – LEVANTAMENTO DE CAMPO ............... 382
ANEXO V – REGISTRO DAS VISITAS TÉCNICAS (FOTOS E LISTA DE PRESENÇA) ....... 397

VOLUME II - ALTERNATIVAS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 16
2. PROJEÇÃO DOS USOS DOS RECURSOS HÍDRICOS .................................................... 17
2.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17
2.2 USO PARA ABASTECIMENTO HUMANO ............................................................. 17
2.3 USO PARA AGRICULTURA IRRIGADA.................................................................. 25
2.4 USO PARA INDÚSTRIA ......................................................................................... 26
2.5 USO PARA DESSEDENTAÇÃO ANIMAL ................................................................ 26
2.6 SÍNTESE DAS DEMANDAS PROJETADAS .............................................................. 27
2.7 BALANÇO HÍDRICO PARA OS ANOS DE 2030 E 2040........................................ 32
3. ANÁLISE DE CRITICIDADE DOS MANANCIAIS ............................................................. 37
3.1 ESTUDO DE GARANTIA DE SUPRIMENTO HÍDRICO .......................................... 37
3.2 ANÁLISE DE SEGURANÇA HÍDRICA DOS MANANCIAIS UTILIZADOS ............... 41
3.3 ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DOS MANANCIAIS UTILIZADOS .................... 64
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4. ANÁLISE DE CRITICIDADE DOS SISTEMAS PRODUTORES DE ÁGUA .......................... 85


4.1 ANÁLISE DE CRITICIDADE QUANTITATIVA DO SISTEMA PRODUTOR .............. 85
4.2 ANÁLISE DE CRITICIDADE QUALITATIVA DO SISTEMA PRODUTOR ............... 100
5. SÍNTESE DOS INDICADORES (CRITICIDADE E VULNERABILIDADE) ......................... 113
6. ALTERNATIVAS PARA ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................................................... 116
6.1 CONDICIONANTES GERAIS ............................................................................... 116
6.2 POTENCIAL DE PRODUÇÃO DE ÁGUA DE REÚSO........................................... 116
6.3 POTENCIAL DE AUMENTO DA DISPONIBILIDADE POR REGULARIZAÇÃO .... 152
6.4 POTENCIAL DE EXPLOTAÇÃO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA ................................. 185
7. IDENTIFICAÇÃO DAS AÇÕES E INTERVENÇÕES NECESSÁRIAS ................................. 216
7.1 ESCOLHA DA ALTERNATIVA VIÁVEL PARA AUMENTO DA DISPONIBILIDADE
HÍDRICA.............................................................................................................. 216
7.2 SÍNTESE DAS CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A NÍVEL MUNICIPAL ........ 219
8. FICHAS DE IDENTIFICAÇÃO DE AÇÕES ..................................................................... 229
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 249

ANEXO I – MEMÓRIA DE CÁLCULO – DEMANDAS ABASTECIMENTO POR


MUNICÍPIO.................................................................................................................. 253
ANEXO II – MEMÓRIA DE CÁLCULO – DEMANDAS ABASTECIMENTO POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO .......................................................................................................... 255
ANEXO III – MEMÓRIA DE CÁLCULO - DHSM ........................................................... 258
ANEXO IV – MEMÓRIA DE CÁLCULO – PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS
ALTERNATIVAS DE REÚSO .......................................................................................... 263

VOLUME III - DEFINIÇÃO DA ALTERNATIVA VIÁVEL

1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 13
2. CONCEPÇÃO E PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS BARRAMENTOS ............................... 14
2.1 EIXOS BARRÁVEIS PRÉ-SELECIONADOS .............................................................. 14
2.2 ESTUDOS HIDROLÓGICOS E OPERACIONAIS.................................................... 15
2.3 ESTUDOS GEOLÓGICOS LOCAIS E REGIONAIS .................................................. 59
2.4 ESTUDO DE VIABILIDADE DOS BARRAMENTOS ................................................ 66
2.5 DESENHOS EM PLANTA E PERFIL ........................................................................ 66
3. ESTIMATIVAS DE CUSTO DAS OBRAS ........................................................................... 67
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 67
3.2 QUANTITATIVOS .................................................................................................. 68
3.3 ESTIMATIVA DE CUSTOS DAS ALTERNATIVAS .................................................... 70
4. INDICAÇÃO DA ALTERNATIVA A SER IMPLANTADA..................................................... 83
4.1 ESTABELECIMENTO DE METAS A SEREM ATINGIDAS ......................................... 83
4.2 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS E AÇÕES ..................................................................... 84
4.3 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................ 86
4.4 ANÁLISE DE CUSTOS/BENEFÍCIOS E HIERARQUIZAÇÃO DAS ALTERNATIVAS 102
4.5 DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA RECOMENDADA ..................................... 104
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 119

ANEXO – DESENHOS .................................................................................................. 121

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5. SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO E


DOS RECURSOS HÍDRICOS
5.2 SITUAÇÃO ATUAL DOS RECURSOS HÍDRICOS (OFERTA E DEMANDA)

5.2.1 Disponibilidade Hídrica Superficial

A disponibilidade hídrica superficial está relacionada às formas de ocorrência e distribuição dos


recursos hídricos, vinculada ao comportamento de algumas variáveis hidrológicas sujeitas à
influência de fatores como: evapotranspiração, radiação solar, geologia relevo, solos, cobertura
vegetal, uso da terra, e ações antrópicas sobre o sistema fluvial. A combinação destes fatores
resulta em grande variabilidade de seus valores em diferentes locais da bacia.

No presente estudo para caracterizar a disponibilidade hídrica de cada manancial superficial na


Bacia do Rio Corumbataí adotou-se o estudo de regionalização de vazões realizado pelo
Consórcio Profill-Rhama na Revisão do Plano das Bacias PCJ 2010-2020 (AGÊNCIAS DAS
BACIAS PCJ, 2017), que utilizou as vazões mínimas com sete dias de duração e período de
retorno de 10 anos (Q7,10), vazão de referência utilizada para o Estado de São Paulo.

No estudo em questão foram selecionados postos fluviométricos com disponibilidade de dados


de medição de vazão para o período de 1940 a 1970, por representarem uma situação o mais
próximo possível da condição naturalizada das bacias PCJ, anterior à construção do Sistema
Cantareira, que veio a interferir no regime hidrológico destas bacias. Vale salientar que na sub-
Bacia do Rio Corumbataí, objeto do presente estudo, apesar de haver três postos fluviométricos
(Rio Corumbataí – Rio Claro; Novo Batovi – Rio Claro; e Rio Corumbataí captação SEMAE), não
há disponibilidade de dados históricos (série histórica para o período de 1940-1970), portanto,
foi adotado o valor da sub-bacia mais próxima, no caso da sub-Bacia do Rio Piracicaba.

Desta forma, o valor da disponibilidade hídrica definido pela Revisão do Plano das Bacias PCJ
2010-2020 para a Bacia do Rio Corumbataí, e adotado pelo presente estudo, é de 4,97 m³/s,
calculado a partir da Equação de Regionalização Geral.

Vale salientar que os valores de Q7,10, apresentados neste Plano são bastantes próximos aos
obtidos em planos anteriores, tais como os Relatórios de Situação das Bacias PCJ 2002-2003 e
2004-2006 (IRRIGART, 2004 e IRRIGART, 2007), e o Plano das Bacias PCJ 2010-2020
(COBRAPE, 2010). Os valores em questão foram também confrontados com os resultados
obtidos através do software BcDAEE2000, que consiste em uma ferramenta produzida pelo DAEE
para a aplicação do método de estimativa de disponibilidade hídrica denominado por
Regionalização Hídrica no Estado de São Paulo. A variação entre as disponibilidades se deu da
seguinte forma: 0,07m³/s para a Zona 17, 0,06 m³/s para a Zona 18, 0,02m³/s para a Zona 19,
0,04 m³/s para a Zona 20 e 0,03 para a Zona 21. Esta comparação mostra uma variação pequena
entre os resultados

Na Revisão do Plano das Bacias PCJ 2010-2020 também foram calculadas as disponibilidades
hídricas por zona e por área de contribuição. Assim, no estudo em pauta, serão adotadas as

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disponibilidades hídricas calculadas para as cinco (5) Zonas da Bacia do Rio Corumbataí, e para
suas respectivas áreas de contribuição (AC), que totalizam 21 Acs. A Figura 5.32 traz o mapa
com a distribuição espacial das disponibilidades hídricas superficiais de forma acumulada; as
vazões de cada área de contribuição (AC) e agregadas por Zona estão exibidas nos gráficos
apresentados nesta figura.

5.2.2 Identificação das Demandas de Água

De maneira complementar à caracterização da disponibilidade hídrica, os esforços em se


determinar a situação atual dos recursos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí, passou também
pela identificação das demandas por este recurso. Essa identificação se deu a partir da aplicação
de metodologias distintas, de acordo com o setor usuário em estudo, conforme o disposto
adiante neste tópico.

As diversas atividades desenvolvidas na Bacia do Rio Corumbataí resultam em demandas hídricas


crescentes por água e consequente pressão sobre os recursos hídricos (sejam eles mananciais
superficiais ou subterrâneos). Estas demandas se dividem em duas categorias: os usos consuntivos
e os usos não consuntivos. Por não exercerem influência sobre a disponibilidade de água na
bacia, os usos não consuntivos não serão contemplados nesta avaliação. Os usos consuntivos são
caracterizados por haver consumo de água, sendo eles:

✓ Abastecimento Humano;

✓ Uso Industrial;

✓ Irrigação; e

✓ Dessedentação Animal.

A localização dos diferentes pontos de captação superficial e subterrêanea varia bastante na


bacia, conforme demonstra a Figura 5.33. Tal representação apresenta a implementação em
mapa de pontos de coleta de água para abastecimento humana, para uso na irrigação, para uso
industrial, bem como a localização de confinamentos animais (galináceos e bovinos). Nesse item
são descritas tais demandas de usos consuntivos dos recursos hídricos da Bacia do Rio
Corumbataí e a metodologia empregada na sua determinação.

5.2.2.1 Demanda para o Abastecimento Humano

Para caracterizar a Bacia do Rio Corumbataí quanto às suas demandas para abastecimento
humano foram adotadas as informações das captações validadas nas visitas técnicas realizadas
aos 9 municípios inseridos na bacia, no mês de março de 2019.

Nestas visitas, as informações relativas ao sistema de abastecimento de água (identificadas através


de fontes secundárias, como mencionado no item 5.1.1), foram atualizadas e validadas pelos
operadores e concessionárias dos sistemas, que informaram os locais e as vazões captadas para
o abastecimento dos municípios.

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A Figura 5.34 e a Tabela 5.42 apresentam a distribuição das captações superficiais e subterrâneas
para abastecimento humano identificadas neste estudo para as Áreas de Contribuição (AC),
agregado por Zonas (sub-bacias) da Bacia do Rio Corumbataí.

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Figura 5.32– Distribuição espacial das disponibilidades hídricas superficiais

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Figura 5.33 – Distribuição espacial dos pontos de captação classificados pelos usos consuntivos

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TABELA 5.42 – VAZÃO DE CAPTAÇÃO PARA ABASTECIMENTO HUMANO POR ÁREA DE


CONTRIBUIÇÃO
Vazão de Captação (m³/s)
AC Área (km²) N° de Captação
Superficial Subterrânea Total
CRUM013 67,11 2 0,0000 0,0010 0,0010
CRUM014 185,09 9 0,0104 0,0075 0,0179
CRUM015 117,32 5 0,0000 0,0041 0,0041
CRUM016 100,37 2 0,3820 0,0002 0,3822
Zona 17 469,89 18 0,3924 0,0128 0,4052
CRUM019 70,41 1 0,2620 0,0000 0,2620
CRUM020 57,99 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM215 68,079 0 0,0000 0,0000 0,0000
Zona 18 196,48 1 0,2620 0,0000 0,2620
CRUM010 143,62 3 0,0097 0,0071 0,0168
CRUM011 118,04 2 0,0095 0,0000 0,0095
CRUM012 157,33 1 0,0000 0,0004 0,0004
CRUM146 21,44 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM147 98,41 2 0,0000 0,0086 0,0086
Zona 19 538,86 8 0,0192 0,0161 0,0353
CRUM009 9,02 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM017 75,46 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM018 55,64 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM021 20,8 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM141 63,37 3 0,0506 0,0069 0,0575
Zona 20 224,31 3 0,0506 0,0069 0,0575
CRUM008 69,43 3 0,0000 0,0129 0,0129
CRUM027 43,87 1 1,7910 0,0000 1,7910
CRUM139 68,96 0 0,0000 0,0000 0,0000
CRUM189 107,65 1 0,0037 0,0000 0,0037
Zona 21 289,91 5 1,7947 0,0130 1,8077
TOTAL 1.719,46 35 2,5190 0,0488 2,5677
Elaboração: Engecorps, 2019
Dados visita de campo – março de 2019

Como visto, as captações para abastecimento humano na Bacia do Rio Corumbataí, com base
nos dados validados em campo, somam 2,567 m³/s, sendo que 2,519 m³/s correspondem a
captações superficiais, e 0,048 m³/s, a captações subterrâneas.

Estes dados são corroborados pelo Cadastro de Cobrança Paulista (ano de referência 2018), que
quando consideradas as captações superficiais e subterrâneas identificadas como usuários ativos,
para abastecimento público e privado, com uso definido para saneamento, indicam uma
captação total de 2,634 m³/s.

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Figura 5.34 – Vazão Captada para Abastecimento Humano na Bacia do Rio Corumbataí por Área de Contribuição

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Quando comparada às demandas apresentadas na Revisão do Plano das Bacias PCJ, nota-se que
no período entre 2016 e 2019 (anos de referências destes estudos), houve uma redução nas
vazões captadas na Bacia do Rio Corumbataí, passou de 2,93 m³/s para 2,567 m³/s. Entretanto,
quando analisadas as Zonas (sub-bacias) individualmente, percebe-se que essa redução ocorreu
de forma localizada e não como um fenômeno uniforme ao longo da bacia. Houve redução das
vazões captadas nas Zonas 17, 20 e 21; já as sub-bacias do Rio Claro e do Rio Passa Cinco (as
Zonas 18 e 19, respectivamente) apresentaram um aumento nas vazões captada.

Estas captações se distribuem de forma bastante desigual pela Bacia do Rio Corumbataí. Sete
municípios têm captações superficiais na bacia, sendo que as principais vazões captadas estão
localizadas no Rio Corumbataí e Ribeirão Claro, para atender as demandas dos municípios de
Piracicaba e Rio Claro, como ilustra a Figura 5.32.

Neste sentido, tem especial destaque a Zona 21, onde estão concentradas as maiores captações
na bacia. Mais de 70% da vazão total captada para abastecimento humano na Bacia do Rio
Corumbataí (1,791 m³/s) é proveniente de uma única captação nesta zona, mais
especificamente, na área de contribuição CRUM027. Vale dizer que esta vazão, além de atender
o distrito de Santa Terezinha de Piracicaba, na foz da Bacia do Rio Corumbataí, atende também
as demandas da sede do município de Piracicaba e do distrito de Artemis, ambos localizados na
Bacia do Rio Piracicaba.

Se, por um lado, a caracterização da demanda para abastecimento humano através do Cadastro
de Cobrança (bem como por outros mecanismos de declaração de uso, tais como as outorgas)
evidencia a distribuição espacial das vazões captadas de forma pontual, a estimativa da demanda
através da população residente na bacia é, por outro, um dado fundamental para que seja
determinada a vazão que de fato é consumida pela população em questão. Muitas vezes, a vazão
captada, declarada no registro da outorga ou do cadastro de Cobrança não reflete o que está
realmente sendo captado. Além disso, uma captação dentro da bacia pode estar sendo exportada
para ser consumida em uma bacia adjacente.

O cálculo da demanda estimada para um determinado ano é uma relação entre a população de
um município, o seu consumo per capita e o índice de perdas atribuído ao sistema de
abastecimento. No presente estudo, os valores para a demanda estimada serão pautados pela
população residente na Bacia do Rio Corumbataí, estimada para o ano de 2018 através das Taxas
Geométricas de Crescimento Anual (TGCAs) definidas pela Revisão do Plano das Bacias PCJ. Os
dados adotados para o consumo per capita e para o índice de perdas de cada município têm
como origem Caderno Temático de Garantia de Suprimento Hídrico das Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, desenvolvido no âmbito da Primeira Revisão do Plano de
Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020.

É importante observar neste ponto que as TGCAs dadas pela Revisão do Plano das Bacias PCJ
estão atribuídas às zonas hidrológicas e, para que estas pudessem ser a base da projeção
populacional, reduziu-se a escala de trabalho para os setores censitários.

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Conforme foi exposto no tópico de Dinâmica Demográfica (item 3.5.1), a metodologia


empregada para a definição da população residente na Bacia do Rio Corumbataí contemplou,
justamente, a população atribuída apenas aos setores censitários nela inseridos e de maneira
proporcional. Ou seja, como os limites destes setores não correspondem aos limites das bacias,
sub-bacias e áreas de contribuição, houve a necessidade de se considerar a proporção do seu
território dentro de uma área em questão. Esta proporção territorial do setor censitário após a
sua fragmentação foi então utilizada para definir a proporção da população resultante no mesmo
fragmento, guardando então uma relação de proporcionalidade entre área e população.

Uma vez atribuída a cada setor censitário (inserido integral ou parcialmente na bacia) a
população correspondente ao ano de 2010 fez-se (através de operações em sistemas de
informações georreferenciadas) a identificação dos mesmos com relação às Zonas e Áreas de
Contribuição as quais pertencem. Ressalta-se aqui que, após esse procedimento, cada setor
censitário da bacia passou a estar associado a uma população, uma unidade hidrológica e a um
município, o que o associou automaticamente aos valores municipais do índice de perdas e do
consumo per capita. Desta forma, ficou estabelecida a base para a determinação da vazão
estimada na Bacia do Rio Corumbataí.

Partindo-se então da projeção populacional residente na bacia estabelecida para o ano de 2010,
foram aplicadas as taxas de crescimento estabelecidas na Revisão do Plano das Bacias PCJ e os
resultados, agregados por área de contribuição estão dispostos na Tabela 5.43.

A população projetada para o ano de 2018 foi calculada por setor censitário, mas assim como a
tabela anterior, o cálculo para demanda foi agregado e realizado por AC. O resultado desta
operação foi obtido através da equação que se observa a seguir, e apresentado em litros por
habitante por dia (L/hab.dia).

TABELA 5.43 – PROJEÇÃO POPULACIONAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO – ANO 2018

(Continua)

TGCA POPULAÇÃO (hab)


Zona AC
(%) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
CRUM013 1.163 1.172 1.182 1.191 1.201 1.210 1.220 1.230 1.240
CRUM014 4.277 4.311 4.346 4.380 4.416 4.451 4.486 4.522 4.559
17 0,8 CRUM015 2.824 2.847 2.869 2.892 2.915 2.939 2.962 2.986 3.010
CRUM016 27.943 28.167 28.392 28.619 28.848 29.079 29.311 29.546 29.782
TOTAL 36.207 36.497 36.789 37.083 37.380 37.679 37.980 38.284 38.590
CRUM019 51.036 51.444 51.856 52.271 52.689 53.110 53.535 53.964 54.395
CRUM020 1.840 1.855 1.870 1.885 1.900 1.915 1.930 1.946 1.961
18 0,8
CRUM215 863 870 877 884 891 898 905 913 920
TOTAL 53.739 54.169 54.602 55.039 55.479 55.923 56.371 56.822 57.276
CRUM010 2.058 2.089 2.106 2.122 2.139 2.157 2.174 2.191 2.209
CRUM011 694 704 710 716 721 727 733 739 745
CRUM012 2.343 2.378 2.397 2.416 2.436 2.455 2.475 2.495 2.515
19 1,5
CRUM146 70 71 72 72 73 73 74 75 75
CRUM147 581 590 594 599 604 609 614 619 624
TOTAL 5.746 5.832 5.879 5.926 5.973 6.021 6.069 6.118 6.167

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TABELA 5.43 – PROJEÇÃO POPULACIONAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO – ANO 2018

(Conclusão)

TGCA POPULAÇÃO (hab)


Zona AC
(%) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
CRUM009 31 31 32 32 32 32 33 33 33
CRUM017 1.393 1.407 1.418 1.430 1.441 1.452 1.464 1.476 1.488
CRUM018 102.582 103.608 104.437 105.272 106.114 106.963 107.819 108.682 109.551
20 1,0
CRUM021 195 197 199 200 202 203 205 207 208
CRUM141 21.281 21.494 21.666 21.839 22.014 22.190 22.367 22.546 22.727
TOTAL 125.482 126.737 127.751 128.773 129.803 130.841 131.888 132.943 134.007
CRUM008 3.901 3.940 3.972 4.003 4.035 4.068 4.100 4.133 4.166
CRUM027 29.635 29.931 30.171 30.412 30.655 30.901 31.148 31.397 31.648
21 1,0 CRUM139 3.974 4.014 4.046 4.078 4.111 4.144 4.177 4.210 4.244
CRUM189 6.531 6.596 6.649 6.702 6.756 6.810 6.864 6.919 6.975
TOTAL 44.041 44.481 44.837 45.196 45.558 45.922 46.289 46.660 47.033
TOTAL GERAL 265.215 267.716 269.858 272.017 274.193 276.386 278.597 280.826 283.073
Elaboração: Engecorps, 2019

Considerando que o cálculo de demanda para abastecimento urbano é uma medida que envolve
a população residente e o seu respectivo consumo, há que se destacar dois fatores importantes:

✓ Em primeiro lugar, todo sistema de abastecimento público apresenta perda da vazão


produzida, ou seja, sempre haverá uma porcentagem da água que sai das estações de
tratamento que é perdida na rede de distribuição, principalmente por falta de manutenção
dos seus componentes. Assim, esta porcentagem (índice de perdas) deve sempre ser
contemplada na estimativa de demanda para abastecimento humano. Este índice é elaborado
tendo como base o volume produzido (ou seja, reflete a perda de uma parcela da água capta).

✓ O segundo ponto a se levar em conta é a variação do consumo da água disponibilizada. O


consumo per capita é um indicador que representa uma média de consumo e isso implica
que existe em torno desta marca uma oscilação tanto para baixo quanto para cima na vazão
consumida de fato. Sendo assim, a vazão de demanda resultante da relação entre a
população e o seu consumo per capita é chamada de Vazão Média Diária (VM), e contempla
todos os graus de consumo dentro da curva de variação diária.

Sendo assim, o calculo para a VM segue a seguinte estrutura:

✓ VM = Vazão Média Diária (L/s)= [Consumo per capita (L/hab.dia) x população atendida
(hab)]/86.400.

Conforme disposto, a demanda deve também contemplar as perdas na distribuição, e este


processo consiste em somar a Vazão de Perdas (VP) à Vazão Média Diária (VM). A vazão
resultante é a Vazão Média Total (VMT) e o calculo se dá de acordo com o disposto a seguir.

✓ VP = Vazão de Perdas (L/s) = VM/ ((1 - Índice de perdas (%)) - VM);

✓ VMT = Vazão Média Total (L/s) = VM (L/s) + VP (L/s).

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A Tabela 5.44 traz os valores adotados para o “Índice de Perdas” (IP) e para o “Consumo per
capita” considerados na determinação dos valores de demanda para a Bacia do Rio Corumbataí.
Ambas as variáveis têm como referência o Caderno Temático de Garantia de Suprimento Hídrico
das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, desenvolvido no âmbito da
Primeira Revisão do Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010
a 2020. O valor IP observado para o município de Piracicaba é uma exceção, tendo sido
informado diretamente pelos técnicos da SEMAE.

TABELA 5.44 – CONSUMO PER CAPITA E ÍNDICE DE PERDAS PARA OS MUNICÍPIOS DA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Municípios Consumo per capita (L/hab.dia) Índice de Perdas (%)
Analândia 111,10 50,00
Charqueada 164,90 35,90
Cordeirópolis 320,00 20,00
Corumbataí 177,30 16,67
Ipeúna 170,04 48,24
Itirapina 240,20 28,79
Piracicaba 189,60 49,64
Rio Claro 171,62 39,36
Santa Gertrudes 149,10 20,00
Fonte: Primeira Revisão do Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020 Profil – Rhama (2019)
Elaboração: Engecorps (2019)

A partir da aplicação da metodologia acima descrita, os valores de demanda para a Bacia do Rio
Corumbataí, foram estabelecidos inicialmente para cada setor censitário para, então, serem
agregados de acordo com a divisão hidrográfica, neste caso por área de contribuição (AC). Os
resultados desta definição estão dispostos na Tabela 5.45, com os valores referentes à VM e VMT
em litros por segundo.

TABELA 5.45 – VM E VMT POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


(continua)

Zona Área de Contribuição VM (L/s) VMT (L/s)


CRUM013 1,60 3,19
CRUM014 7,40 11,87
17 CRUM015 6,09 8,48
CRUM016 59,16 97,48
TOTAL 74,25 121,01
CRUM019 107,54 176,13
CRUM020 3,91 6,26
18
CRUM215 1,83 3,01
TOTAL 113,27 185,41
CRUM010 4,39 8,39
CRUM011 1,50 2,24
CRUM012 6,99 9,82
19
CRUM146 0,15 0,26
CRUM147 1,67 2,35
TOTAL 14,69 23,06

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TABELA 5.45 – VM E VMT POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


(Conclusão)

Zona Área de Contribuição VM (L/s) VMT (L/s)


CRUM009 0,07 0,11
CRUM017 2,94 4,83
CRUM018 217,58 359,04
20
CRUM021 0,37 0,50
CRUM141 42,76 53,45
TOTAL 263,72 417,94
CRUM008 8,20 15,81
CRUM027 69,45 137,91
21 CRUM139 8,50 14,57
CRUM189 13,36 21,04
TOTAL 99,52 189,33
Total Geral 565,45 936,74
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.2.2 Demanda para Uso Industrial

Um dos setores que mais demandam água na Bacia do Rio Corumbataí é o industrial, cujo
desenvolvimento ocorreu de forma mais expressiva partir da década 1970. Atualmente, os
municípios que mais se destacam são: Piracicaba, Rio Claro, Santa Gertrudes e Cordeirópolis.

A maior concentração das atividades industriais da bacia ocorre em relação à extração e


transformação de minerais não metálicos, principalmente cerâmica, calcários e olarias. As
atividades industriais estão distribuídas da seguinte forma na bacia: em Piracicaba, as indústrias
sucroalcooleiras e do setor metal-mecânico; em Rio Claro, as indústrias sucroalcooleiras; em
Santa Gertrudes e Cordeirópolis, o polo cerâmico nacional.

A estimativa das demandas para abastecimento industrial é dificultada pela infinidade de


variedades de processos e tipos de indústrias, tornando pouco viável a sua determinação com
uma precisão adequada.

Desta forma, para identificar a distribuição das maiores demandas de recursos hídricos para fins
industriais na bacia foram adotadas as captações ativas e seus respectivos volumes anuais
outorgados, constantes no Cadastro de Cobrança Paulista.

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Figura 5.35 – Demanda para Abastecimento Humano na Bacia do Rio Corumbataí

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Vale salientar que apesar dos usuários serem classificados como industriais, a finalidade de uso
da água captada nem sempre é destinada aos processos da indústria. São também verificadas
aplicações para saneamento, mineração, combate a incêndios, lazer e paisagismo, envase,
remediação e monitoramento, irrigação, transporte e dessedentação. Desta forma, para cálculo
das demandas foram consideradas apenas as outorgas classificadas como usuário e finalidade de
uso industrial.

A Tabela 5.46 apresenta os volumes anuais outorgados para captação ativa destinada para fins
industriais, constantes no Cadastro de Cobrança Paulista, agregada por Zona (sub-bacia).

TABELA 5.46 – OUTORGAS PARA CAPTAÇÃO (SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA) POR ÁREA DE


CONTRIBUIÇÃO (AC) DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ

Zona Área de Contribuição Captação Superficial (L/s)

CRUM013 1,13
CRUM014 63,18
17 CRUM015 0,43
CRUM016 14,82
TOTAL 79,56
CRUM019 40,69
CRUM020 0,00
18
CRUM215 0,06
TOTAL 40,75
CRUM010 4,46
CRUM011 2,27
CRUM012 0,00
19
CRUM146 0,00
CRUM147 0,00
TOTAL 6,73
CRUM009 0,00
CRUM017 4,48
CRUM018 12,36
20
CRUM021 19,26
CRUM141 11,97
TOTAL 48,07
CRUM008 0,83
CRUM027 271,09
21 CRUM139 2,68
CRUM189 21,73
TOTAL 296,33
TOTAL 471,44
Fonte: Cadastro de Cobrança Paulista, 2016

Observa-se que as demandas para abastecimento industrial são desequilibradas entre as sub-
bacias e áreas de contribuição, como ilustra a Figura 5.36. As maiores demandas para uso
industrial estão concentradas nas Zonas (sub-bacias) 21e 17, mais especificamente nas ACs
CRUM027 (271,09 L/s) e CRUM014 (63,18 L/s). Vale ressaltar que a área de contribuição
CRUM027, localizada no distrito de Santa Terezinha de Piracicaba, próximo à foz do Rio
Corumbataí, concentra 57,5% de toda a demanda de água para uso industrial da bacia.

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Figura 5.36 – Demanda Industrial na Bacia do Rio Corumbataí

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Em termos de quantidade de outorgas para fins industriais destaca-se a Zona 20, sub-bacia do
Ribeirão Claro, entre os municípios de Rio Claro e Santa Gertrude. Parte significativa destas
captações é subterrânea, e ocorrem sobre as unidades aquíferas Tubarão e Itararé.

5.2.2.3 Demanda para Irrigação

A irrigação, importante alternativa para viabilizar o desenvolvimento agrícola em áreas que


sofrem com a escassez de água, é o 3º uso que mais consome água na Bacia do Rio Corumbataí.

A demanda de água para irrigação varia em função do tamanho da área irrigada, e da eficiência
no uso de água dos métodos de irrigação adotados. A Bacia do Rio Corumbataí tem 27,07 km²
de área irrigada, segundo dados do Atlas Irrigação (ANA, 2017) 1, que representa cerca de 1,6%
de sua área total. Como visto no item 4.1.2, as Zonas 19 e 20 apresentam as maiores áreas
agrícolas com uso de irrigação.

Para estimar as demandas de irrigação na Bacia do Rio Corumbataí foi adotada a mesma
metodologia utilizada na revisão do Plano das Bacias PCJ, baseada principalmente: (i) no estudo
realizado pela ANA, “Uso da Água na Agricultura Irrigada” (ANA, 2017), que mapeou as áreas
irrigadas de todos os municípios brasileiros em 2015; e (ii) no Memorial Descritivo da Estimativa
de Demanda de Irrigação Contida no Documento “Plano Nacional de Recursos Hídricos –
Documento Base de Referência, Minuta” Nota Técnica ANA 007/SPR/2003 (ANA, apud MMA,
2010), no qual foi realizado um levantamento nos estados para obter estimativas de consumo
hídrico unitário para irrigação.

Com base nestas referências, inicialmente foi feito um recorte espacial das áreas irrigadas
mapeadas no ATLAS, extraindo apenas aquelas inseridas dentro da Bacia do Rio Corumbataí e,
posteriormente, foram obtidas as áreas irrigadas por áreas de contribuição (segmentos de maior
nível de detalhamento onde são observadas as menores áreas), para então estimar as demandas
captadas para irrigação nas 21 ACs. A estas áreas obtidas foi aplicado o coeficiente de consumo
unitário, que para o Estado de São Paulo é 0,25 L/s.km, de acordo com a Nota Técnica ANA
007/SPR/2003 (ANA apud MMA, 2010).

As áreas irrigadas e as demandas captadas resultantes por área de contribuição estão


apresentadas na Tabela 5.47 e espacializadas na Figura 5.37.

As sub-bacias com maior demanda para irrigação são as sub-bacias do Alto Corumbataí e do Rio
Passa Cinco (Zonas 19 e 20), especialmente as áreas de contribuição CRUM012 e CRUM141,
com uma fração de 16% e 18% do total demandado, respectivamente.

1
ANA. Atlas Irrigação: Uso da Água na Agricultura Irrigada. Brasília, 2017.
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TABELA 5.47 – ÁREA IRRIGADA E DEMANDA CAPTADA PARA IRRIGAÇÃO POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO E POR ZONA
Código Área (km²) Área Rural (km²) Área Irrigada (ha) Demanda (L/s)
CRUM013 67,11 64,81 98,65 24,8
CRUM014 185,09 178,61 307,74 78,35
CRUM015 117,32 115,01 129,33 31,9
CRUM016 100,37 83,19 42,49 10,8
Zona 17 469,89 441,62 578,22 145,85
CRUM019 70,42 43,18 10,76 3,58
CRUM020 57,99 57,63 51,79 12,6
CRUM215 68,08 64,87 15,84 3,4
Zona 18 196,49 165,69 78,38 19,58
CRUM010 143,63 140,45 117,16 30,06
CRUM011 118,05 118,05 99,78 24,28
CRUM012 157,33 156,21 443,24 109,32
CRUM146 21,44 21,44 6,49 1,48
CRUM147 98,42 97,36 244,07 60,53
Zona 19 538,86 533,50 910,74 225,67
CRUM009 9,02 9,02 2,21 0,47
CRUM017 75,46 74,13 223,32 48,28
CRUM018 55,64 25,43 6,21 2,85
CRUM021 20,80 15,74 115,35 31,14
CRUM141 63,37 52,05 467,85 125,23
Zona 20 224,31 176,37 814,93 208,97
CRUM008 69,43 67,41 50,54 11,46
CRUM027 43,87 34,87 73,01 19,05
CRUM139 68,96 63,38 99,78 23,01
CRUM189 107,65 99,10 110,39 24,84
Zona 21 289,91 264,76 333,72 78,36
TOTAL 1719,46 1581,93 2715,99 678,43
Fonte: Elaboração Engecorps, 2019

5.2.2.4 Demanda para Dessedentação Animal

A atividade pecuária perdeu bastante espaço na bacia para o plantio da cana-de-açúcar, como
diagnosticado no item 4.2. Hoje a criação de animais está mais concentrada nas porções centro
e sul da bacia, principalmente em Piracicaba e Rio Claro, com mais de 19.000 cabeças em cada
município (IBGE, 2015)2; e as granjas com a criação de galináceos, concentradas especialmente
em Piracicaba e Corumbataí.

A demanda de água para a criação animal é a menor entre as demandas consuntivas da Bacia
do Rio Corumbataí. Esta demanda está diretamente relacionada ao tamanho e a composição dos
rebanhos, uma vez que as variações de porte dos animais representam diferentes valores de
referência per capita de demanda de água.

2
IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal. 2015.
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Figura 5.37 – Demanda de Irrigação na Bacia do Rio Corumbataí

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Os rebanhos considerados neste estudo foram: bovinos, bubalinos, equinos, caprinos, ovinos,
suínos e galináceos, quantificados com base nas informações constantes na Pesquisa Pecuária
Municipal – PPM (IBGE, 2015). Cabe mencionar que os efetivos de asininos, coelhos e muares
não foram considerados, pois desde o ano de 2013, o questionário da Pesquisa Pecuária
Municipal realizada pelo IBGE não investiga estes efetivos.

Para o cálculo das demandas relacionadas a dessedentação animal foram adotados os mesmos
critérios já validados no âmbito da Revisão do Plano das Bacias PCJ. Com base no levantamento
da Pesquisa Pecuária Municipal os rebanhos foram distribuídos por município e por zona, para
então serem espacializados proporcionalmente à porção da área rural, definidas conforme Setor
Censitário (IBGE, 2010). Vale salientar que no presente estudo houve um maior detalhamento
deste recorte espacial, o rebanho foi distribuído nas áreas rurais das 21 Áreas de Contribuição
(ACs), ao invés de se limitar às 5 Zonas (Sub-bacias). Também houve a atualização dos dados do
PPM, antes tendo como referência o ano de 2015, agora 2017.

Para uniformização dos dados de demandas hídricas, com exceção dos galináceos, foi utilizado
o critério BEDA (Bovinos Equivalentes para a Demanda de Água), desenvolvido pelo Plano de
Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste do Brasil – PLIRHINE (SUDENE,
1980), que é representado pela expressão a seguir:

BEDA = Bovinos + Bubalinos + Equinos + (Ovinos + Caprinos) /5 + Suínos/4

Desta forma, contabilizando-se todos os rebanhos identificados na Pesquisa Pecuária e


transformados em bovinos equivalentes, foi aplicada a demanda unitária de 50 litros por dia por
cabeça. Foi adicionado a este valor o consumo correspondente à criação de aves, assumindo-se
o coeficiente igual a 0,4 litro por dia por cabeça, conforme utilizado por ANA (2007). A Tabela
5.48 apresenta os valores de BEDA e galináceos internos à bacia por município.

TABELA 5.48 – BEDA E GALINÁCEOS INTERNOS À BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR MUNICÍPIO
Município Área Rural na bacia (km²) BEDA Galináceos
Analândia 170,5 6.956 64.109
Charqueada 112,2 4.605 312.680
Cordeirópolis 4,47976 1703 89.000
Corumbataí 230,4 12.038 802.522
Ipeúna 185,0 10.468 344.100
Itirapina 288,2 11.224 421.185
Piracicaba 100,9 38.687 3.263.253
Rio Claro 406,7 19.562 942.094
Santa Gertrudes 83,4 496 458
Bacia Corumbataí Total 1.581,9 105.739 6.239.401
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal - PPM, 2015.
Elaboração: Engecorps, 2019

Como visto na tabela acima, Piracicaba e Corumbataí destacam-se entre os municípios da bacia
como maiores produtores de rebanhos e galináceos. A Tabela 5.49 traz os valores definidos para
a demanda associada à dessedentação animal de acordo com a metodologia acima descrita, em
função das áreas de contribuição e agregadas pelas zonas da Bacia do Rio Corumbataí.

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TABELA 5.49 – DEMANDA POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO E POR ZONA


Código Área (km²) Área Rural (km²) Demanda (L/s)
CRUM013 67,11 64,81 0,87
CRUM014 185,09 178,61 3,65
CRUM015 117,32 115,01 4,38
CRUM016 100,37 83,19 3,14
Zona 17 469,89 441,62 12,04
CRUM019 70,42 43,18 1,62
CRUM020 57,99 57,63 2,19
CRUM215 68,08 64,87 2,44
Zona 18 196,49 165,69 6,25
CRUM010 143,63 140,45 5,17
CRUM011 118,05 118,05 4,53
CRUM012 157,33 156,21 2,37
CRUM146 21,44 21,44 0,84
CRUM147 98,42 97,36 1,9
Zona 19 538,86 533,50 14,81
CRUM009 9,02 9,02 0,35
CRUM017 75,46 74,13 2
CRUM018 55,64 25,43 0,95
CRUM021 20,80 15,74 0,15
CRUM141 63,37 52,05 0,25
Zona 20 224,31 176,37 3,7
CRUM008 69,43 67,41 2,42
CRUM027 43,87 34,87 1,14
CRUM139 68,96 63,38 1,9
CRUM189 107,65 99,10 2,84
Zona 21 289,91 264,76 8,3
TOTAL 1.719,46 1581,93 45,1
Elaboração: Engecorps, 2019

De acordo com os cálculos da demanda hídrica, a vazão consumida de água para criação animal
na Bacia do Rio Corumbataí é de 45,1 L/s, distribuídas de forma desigual pela bacia, como
mostra a Figura 5.38.

Os resultados destas demandas, agregadas por AC (área de contribuição) e por Zona (sub-bacia),
demonstram que as sub-bacias do Alto Corumbataí (Zona 17) e do Rio Passa Cinco (Zona 19)
demandam maior volume de água para criação animal. Estas demandas estão concentradas
especialmente nas áreas de contribuição CRUM010, CRUM011, CRUM014 e CRUM015.

✓ Totalização das Demandas Hídricas da Bacia do Rio Corumbataí

Neste item é apresentado um breve resumo das demandas por água para o conjunto da Bacia
do Rio Corumbataí, sendo abordadas as demandas totais, em termos de retirada, para os setores
de abastecimento urbano, industrial, irrigação e dessedentação animal.

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-221-

Figura 5.38 – Demanda de Dessedentação Animal na Bacia do Rio Corumbataí

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-222-

A Tabela 5.50 apresenta este panorama geral da situação da Bacia do Rio Corumbataí em relação
às demandas, e a Figura 5.39 apresenta e espacialização da somatória das demandas.

TABELA 5.50 – ANÁLISE INTEGRADA DAS DEMANDAS DE CADA SETOR POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO
Demanda (L/s)
Área de
Zona Abastecimento Dessedentação
Contribuição Indústria Irrigação TOTAL
Humano Animal
CRUM013 3,19 1,13 24,80 0,87 29,99
CRUM014 11,87 63,18 78,35 3,65 157,05
17 CRUM015 8,48 0,43 31,90 4,38 45,19
CRUM016 97,48 14,82 10,80 3,14 126,24
Zona 17 121,01 79,56 145,85 12,04 358,46
CRUM019 176,13 40,69 3,58 1,62 222,02
CRUM020 6,26 0,00 12,60 2,19 21,05
18
CRUM215 3,01 0,06 3,40 2,44 8,91
Zona 18 185,41 40,75 19,58 6,25 251,99
CRUM010 8,39 4,46 30,06 5,17 48,08
CRUM011 2,24 2,27 24,28 4,53 33,32
CRUM012 9,82 0,00 109,32 2,37 121,51
19
CRUM146 0,26 0,00 1,48 0,84 2,58
CRUM147 2,35 0,00 60,53 1,90 64,78
Zona 19 23,06 6,73 225,67 14,81 270,27
CRUM009 0,11 0,00 0,47 0,35 0,93
CRUM017 4,83 4,48 49,28 2,00 60,59
CRUM018 359,04 12,36 2,85 0,95 375,20
20
CRUM021 0,50 19,26 31,14 0,15 51,05
CRUM141 53,45 11,97 125,23 0,25 190,90
Zona 20 417,94 48,07 208,97 3,70 678,68
CRUM008 15,81 0,83 11,46 2,42 30,52
CRUM027 137,91 271,09 19,05 1,14 429,19
21 CRUM139 14,57 2,68 23,01 1,90 42,16
CRUM189 21,04 21,73 24,84 2,84 70,45
Zona 21 189,33 296,33 78,36 8,30 572,32
TOTAL 936,74 471,44 678,43 45,10 2.131,71
Elaboração: Engecorps, 2019

A demanda total da Bacia do Rio Corumbataí é da ordem de 2.131,71 L/s, sendo o


abastecimento público (consumo doméstico) o principal usuário dos recursos hídricos,
representando cerca de 43,94% da demanda total, contando com uma distribuição geográfica
irregular pela bacia.

A irrigação é o segundo em termos de participação das demandas, com cerca de 31,82%, com
maior distribuição no centro-oeste e centro-leste da bacia e o setor industrial é responsável por
22,11%, concentrado principalmente na foz do Rio Corumbataí, na área e contribuição
CRUM027.
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-223-

Figura 5.39 – Somatória das Demandas por AC

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5.2.3 Balanço Hídrico no Cenário Atual

O balanço hídrico das águas superficiais na Bacia do Rio Corumbataí foi elaborado considerando
a razão entre as disponibilidades hídricas apresentadas no item 5.2.1 e as demandas hídricas de
abastecimento humano, industrial, irrigação e dessedentação animal apresentadas no item 5.2.3.

Esta metodologia pode adotar duas abordagens distintas: o balanço bruto, que representa a conta
simples de subtração entre a disponibilidade e o total captado, e o balanço líquido que, além da
operação do balanço bruto, considera uma vazão de retorno ao corpo hídrico, ou seja, uma
fração da água consumida (diferente para cada atividade fim) que sempre retorna para o corpo
hídrico, incrementando a vazão disponível.

Neste estudo, adotou-se o balanço hídrico líquido, utilizando para tanto o conceito do ‘consumo’
para contemplar a vazão de retorno na conta final (o consumo é igual a demanda menos a vazão
de retorno). Desta forma, o balanço foi calculado através da relação entre o consumo e a
disponibilidade por Área de Contribuição para uma vazão de referência relativa a 50% do Q7,10,,
visando avaliar o grau de comprometimento hídrico com os limites outorgáveis dos mananciais.
Para tanto foram adotadas as mesmas vazões de retorno utilizadas na Revisão do Plano das Bacias
PCJ, sendo os coeficientes:

✓ Para as demandas de irrigação, coeficiente de retorno é de 30%;

✓ Para as demandas de indústria, coeficiente de retorno é de 70%;

✓ Para as demandas de abastecimento, as vazões de retorno utilizadas foram definidas a partir


da aplicação do coeficiente de retorno de 80% sobre a Vazão Média Diária (VM);

✓ Para as demandas de consumo animal, o coeficiente de retorno corresponde a 20% da vazão


de retirada.

A seguir, estão dispostas, para cada setor contemplado dentro na categoria das demandas
consuntivas, as vazões de consumo consideradas no cálculo do balanço hídrico geral.

5.2.3.1 Consumo - Abastecimento Humano

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS (2003), 80% da vazão média
diária retorna para o corpo do rio, seja via sistema de esgotamento sanitário, seja pela drenagem
urbana, ou até mesmo por simples afastamento de efluentes domésticos. A definição deste meio
de retorno foi estabelecida a partir do diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário dos
municípios, que consta no tópico 5.1.2, onde se estabeleceu uma relação de todas as ETEs
municipais e seus respectivos dados operacionais.

Em um município onde 100% do esgoto gerado é tratado, foi estabelecido quanto cada ETE do
município participa no tratamento a partir da sua vazão de operação (em %). Uma vez definida
a vazão de retorno deste município, esta foi distribuída entre as ETEs municipais usando as
respectivas porcentagens de participação como fator de peso, determinando assim a vazão de
retorno tratada em cada ETE. Como estas estações estão espacialmente relacionadas a uma área
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de contribuição (AC) específica, a distribuição da vazão de retorno entre as ETEs reflete a sua
distribuição entre as próprias ACs, chegando assim na sua alocação dentro do território da bacia
do Rio Corumbatai. No caso de um município não tratar 100% do esgoto gerado, a porcentagem
não tratada é atribuída à vazão de retorno e alocada na AC onde se localiza a sede municipal. A
Tabela 5.51 traz as vazões de consumo de cada Área de Contribuição da Bacia do Rio
Corumbataí, agregada por Zona.

TABELA 5.51 – CONSUMO PARA O ABASTECIMENTO HUMANO POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


Área de
Zona VMT (L/s) Retorno (L/s) Consumo (m³/s)
Contribuição
CRUM013 3,19 0,00 3,19
CRUM014 11,87 4,19 7,69
17 CRUM015 8,48 14,52 -6,05
CRUM016 97,48 49,92 47,56
TOTAL 121,01 68,63 52,39
CRUM019 176,13 96,19 79,94
CRUM020 6,26 0,00 6,26
18
CRUM215 3,01 0,00 3,01
TOTAL 185,41 96,19 89,22
CRUM010 8,39 0,00 8,39
CRUM011 2,24 0,00 2,24
CRUM012 9,82 7,44 2,37
19
CRUM146 0,26 0,00 0,26
CRUM147 2,35 0,00 2,35
TOTAL 23,06 7,44 15,62
CRUM009 0,11 0,00 0,11
CRUM017 4,83 3,92 0,91
CRUM018 359,04 155,93 203,11
20
CRUM021 0,50 31,52 -31,01
CRUM141 53,45 0,30 53,16
TOTAL 417,94 191,67 226,27
CRUM008 15,81 10,06 5,75
CRUM027 137,91 0,02 137,89
21 CRUM139 14,57 5,37 9,20
CRUM189 21,04 2,09 18,95
TOTAL 189,33 17,54 171,79
Total Geral 936,74 381,47 555,28
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.3.2 Consumo - Indústria

Assim como no cálculo da demanda para abastecimento humano, foi aqui considerada a vazão
de retorno para os corpos hídricos da bacia para que o balanço hídrico pudesse contemplar este
aporte de água. Sendo assim, e assim como foi feito para a demanda para abastecimento
humano, aplicou-se à vazão captada um fator de retorno que, para o caso do setor industrial, é
de 70%. A Tabela 5.52 traz as vazões de retorno do setor industrial para cada Área de
Contribuição da Bacia do Rio Corumbataí.

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TABELA 5.52 – CONSUMO PARA O SETOR INDUSTRIAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

Zona Área de Contribuição Captação Superficial (L/s) Retorno (L/s) Consumo (L/s)

CRUM013 1,13 0,79 0,34


CRUM014 63,18 44,23 18,95
17 CRUM015 0,43 0,30 0,13
CRUM016 14,82 10,37 4,45
Zona 17 79,56 55,69 23,87
CRUM019 40,69 28,48 12,21
CRUM020 0,00 0,00 0,00
18
CRUM215 0,06 0,04 0,02
Zona 18 40,75 28,53 12,23
CRUM010 4,46 3,12 1,34
CRUM011 2,27 1,59 0,68
CRUM012 0,00 0,00 0,00
19
CRUM146 0,00 0,00 0,00
CRUM147 0,00 0,00 0,00
Zona 19 6,73 4,71 2,02
CRUM009 0,00 0,00 0,00
CRUM017 4,48 3,14 1,34
CRUM018 12,36 8,65 3,71
20
CRUM021 19,26 13,48 5,78
CRUM141 11,97 8,38 3,59
Zona 20 48,07 33,65 14,42
CRUM008 0,83 0,58 0,25
CRUM027 271,09 189,76 81,33
21 CRUM139 2,68 1,88 0,80
CRUM189 21,73 15,21 6,52
Zona 21 296,33 207,43 88,90
TOTAL 471,44 330,01 141,43
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.3.3 Consumo - Irrigação

O uso da água na irrigação foi estimado e, por esse motivo, não há distinção entre o que é de
origem superficial ou subterrânea, sendo a totalidade das demandas considerada superficial.

Para a definição da taxa de retorno para o cálculo do consumo no setor agrícola, foi também
utilizada uma constante pré-definida, representando a vazão que foi captada e, após ser
aproveitada na atividade em questão, retorna para o corpo hídrico. Ressalta-se que, para a
atividade de irrigação, o retorno é o mais baixo entre os usos consuntivos considerados neste
estudo, 30% do total captado. Isto se dá pelas altas taxas de evaporação e de infiltração no solo
ao qual estão submetidas. Isto posto, a Tabela 5.53 traz as vazões de retorno para cada Zona da
Bacia do Rio Corumbataí.

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TABELA 5.53 – CONSUMO PARA A IRRIGAÇÃO POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


Área de
Zona Demanda (L/s) Retorno (L/s) Consumo (L/s)
Contribuição
CRUM013 24,80 7,44 17,36
CRUM014 78,35 23,51 54,85
17 CRUM015 31,90 9,57 22,33
CRUM016 10,80 3,24 7,56
TOTAL 145,85 43,76 102,10
CRUM019 3,58 1,07 2,51
CRUM020 12,60 3,78 8,82
18
CRUM215 3,40 1,02 2,38
TOTAL 19,58 5,87 13,71
CRUM010 30,06 9,02 21,04
CRUM011 24,28 7,28 17,00
CRUM012 109,32 32,80 76,52
19
CRUM146 1,48 0,44 1,04
CRUM147 60,53 18,16 42,37
TOTAL 225,67 67,70 157,97
CRUM009 0,47 0,14 0,33
CRUM017 49,28 14,78 34,50
CRUM018 2,85 0,86 2,00
20
CRUM021 31,14 9,34 21,80
CRUM141 125,23 37,57 87,66
TOTAL 208,97 62,69 146,28
CRUM008 11,46 3,44 8,02
CRUM027 19,05 5,72 13,34
21 CRUM139 23,01 6,90 16,11
CRUM189 24,84 7,45 17,39
TOTAL 78,36 23,51 54,85
Total Geral 678,43 203,53 474,90
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.3.4 Consumo – Dessedentação Animal

Para a determinação da vazão de consumo referente à dessedentação animal, foi adotado o valor
de 20% do total captado, ou seja, 80% do que é captado não retorna para o sistema hídrico.
Aplicada esta taxa, os valores de retorno e, consequentemente, de consumo, ficaram como
mostra a Tabela 5.54.

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TABELA 5.54 – CONSUMO PARA DESSEDENTAÇÃO ANIMAL POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


Área de
Zona Demanda (L/s) Retorno (L/s) Consumo (L/s)
Contribuição
CRUM013 0,87 0,17 0,70
CRUM014 3,65 0,73 2,92
17 CRUM015 4,38 0,88 3,50
CRUM016 3,14 0,63 2,51
TOTAL 12,04 2,41 9,63
CRUM019 1,62 0,32 1,30
CRUM020 2,19 0,44 1,75
18
CRUM215 2,44 0,49 1,95
TOTAL 6,25 1,25 5,00
CRUM010 5,17 1,03 4,14
CRUM011 4,53 0,91 3,62
CRUM012 2,37 0,47 1,90
19
CRUM146 0,84 0,17 0,67
CRUM147 1,90 0,38 1,52
TOTAL 14,81 2,96 11,85
CRUM009 0,35 0,07 0,28
CRUM017 2,00 0,40 1,60
CRUM018 0,95 0,19 0,76
20
CRUM021 0,15 0,03 0,12
CRUM141 0,25 0,05 0,20
TOTAL 3,70 0,74 2,96
CRUM008 2,42 0,48 1,94
CRUM027 1,14 0,23 0,91
21 CRUM139 1,90 0,38 1,52
CRUM189 2,84 0,57 2,27
TOTAL 8,30 1,66 6,64
Total Geral 45,10 9,02 36,08
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.3.5 Análise Integrada do Consumo

Uma vez definida a vazão de consumo para os 4 setores usuários de água na bacia que compõem
o grupo de uso consuntivo, partiu-se para a associação destas com as disponibilidades hídricas
e, consequentemente, para a análise dos resultados. A Tabela 5.55 traz a totalização do consumo
em cada AC, agregada por Zona da Bacia do Rio Corumbataí.

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TABELA 5.55 – CONSUMO NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ


Consumo (L/s)
Área de
Zona Abastecimento Dessedentação
Contribuição Indústria Irrigação TOTAL
Humano Animal
CRUM013 3,19 0,34 17,36 0,70 21,58
CRUM014 7,69 18,95 54,85 2,92 84,41
17 CRUM015 -6,05 0,13 22,33 3,50 19,91
CRUM016 47,56 4,45 7,56 2,51 62,08
Zona 17 52,39 23,87 102,10 9,63 187,98
CRUM019 79,94 12,21 2,51 1,30 95,95
CRUM020 6,26 0,00 8,82 1,75 16,83
18
CRUM215 3,01 0,02 2,38 1,95 7,36
Zona 18 89,22 12,23 13,71 5,00 120,15
CRUM010 8,39 1,34 21,04 4,14 34,91
CRUM011 2,24 0,68 17,00 3,62 23,54
CRUM012 2,37 0,00 76,52 1,90 80,79
19
CRUM146 0,26 0,00 1,04 0,67 1,97
CRUM147 2,35 0,00 42,37 1,52 46,24
Zona 19 15,62 2,02 157,97 11,85 187,45
CRUM009 0,11 0,00 0,33 0,28 0,72
CRUM017 0,91 1,34 34,50 1,60 38,35
CRUM018 203,11 3,71 2,00 0,76 209,57
20
CRUM021 -31,01 5,78 21,80 0,12 -3,32
CRUM141 53,16 3,59 87,66 0,20 144,61
Zona 20 226,27 14,42 146,28 2,96 389,93
CRUM008 5,75 0,25 8,02 1,94 15,96
CRUM027 137,89 81,33 13,34 0,91 233,46
21 CRUM139 9,20 0,80 16,11 1,52 27,63
CRUM189 18,95 6,52 17,39 2,27 45,13
Zona 21 171,79 88,90 54,85 6,64 322,18
TOTAL 555,28 141,43 474,90 36,08 1.207,69
Elaboração: Engecorps, 2019

5.2.3.6 Balanço Hídrico Acumulado

Com a definição das disponibilidades hídricas e dos consumos para cada área de contribuição,
a elaboração do balanço hídrico conclui a etapa de diagnóstico da situação quantitativa atual
dos recursos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí, possibilitando tanto uma análise de
comprometimento da vazão disponível no corpo hídrico, quanto uma avaliação da criticidade
relativa ao grau de atendimento às demandas observadas, seja pelo aspecto do manancial, seja
pelo aspecto dos sistemas de abastecimento.

Assim como foi estabelecido neste capítulo, o balanço hídrico aqui desenvolvido contempla os
consumos (já descontadas as vazões de retorno aos mananciais), o que caracteriza o balanço
hídrico líquido. Este balanço consiste em subtrair da vazão disponível numa dada unidade
hidrográfica, a vazão de consumo determinada pelas atividades nela desenvolvidas. Esta análise
é chamada de isolada, pois não se leva em conta qual posição da topologia da bacia hidrográfica
esta unidade hidrográfica está associada.

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A Bacia do Rio Corumbataí é composta por 5 Zonas e 21 Áreas de Contribuição. Conhecer a


topologia desta bacia é entender e sistematizar como estas unidades hidrográficas estão
integradas na lógica da sua drenagem principal. Qual área está à montante de qual? Da mesma
maneira: Qual área está à jusante de qual? Quais são as áreas de cabeceira (onde a
disponibilidade hídrica reflete apenas a vazão produzida pela sua área de drenagem)? Por fim,
qual é a área de contribuição que está no exutório da bacia, a jusante de todas as outras e que
recebe a vazão de toda a Bacia do Rio Corumbataí?

Para estabelecer esta topologia, a posição das áreas de contribuição espacializadas em mapa
foram representadas num diagrama unifilar, estabelecendo assim todas as respostas às perguntas
elencadas anteriormente. Este diagrama está disposto na Figura 5.40.

Figura 5.40 – Topologia da Bacia do Rio Corumbataí por Área de Contribuição

Fonte: Elaboração Engecorps, 2019

Para efeito ilustrativo, para cada área de contribuição (AC) foi atribuída uma cor relativa a um
nível hidrológico específico, de acordo com a sua posição dentro do complexo de interações
entre as sub-bacias e zonas hidrográficas. As áreas indicadas em branco correspondem às
cabeceiras da bacia; as áreas em azul compreendem aquelas onde a disponibilidade representa
o acúmulo da vazão afluente e da vazão produzida pela sua área de drenagem. A cada

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confluência observada pelo diagrama, o tom da cor azul foi intensificado. Por fim, a área
preenchida com a cor preta é o exutório da bacia e a ela aflui toda a vazão produzida pelas áreas
à montante.

Em outras palavras, a análise isolada do balanço hídrico tomando como unidade as áreas de
contribuição, por exemplo, levará em consideração apenas a água produzida na sua área de
drenagem, sem considerar se há à montante uma outra contribuição e, consequentemente, sem
considerar a vazão que eventualmente pode estar a ela afluindo. Assim, as vazões consumidas
nesta área de contribuição serão descontadas da disponibilidade resultantes desta drenagem
isolada. Em muitos casos, esta análise mostrará que há um consumo maior do que a
disponibilidade, resultando em um saldo negativo.

Em contraposição à análise isolada, a análise acumulada reflete uma situação que se mostra
compatível com a realidade da área de contribuição. Ao considerar a disponibilidade desta
unidade, esta abordagem pressupõe que, além da vazão produzida pela drenagem da área de
contribuição em questão, a disponibilidade contempla também todas as vazões produzidas nas
áreas de contribuição à montante e de maneira acumulada. Da mesma forma, se considera nesta
disponibilidade, todas as vazões que foram consumidas nas áreas à montante, também de
maneira acumulada. Sendo assim, o primeiro passo para que se proceda essa análise, é que se
tenha domínio sobre a topologia da bacia em questão.

A Tabela 5.56 traduz as relações de acúmulo entre as áreas de contribuição reproduzindo o


sistema de cores atribuído ao diagrama unifilar da Figura 40. Na coluna de acumulação, a
representação entre parênteses para a área de contribuição indica a acumulação para ela descrita
em linhas anteriores.

TABELA 5.56 – RELAÇÃO DE ACÚMULO ENTRE AS AC DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ

Zona Área de Contribuição Acumulação

CRUM013 CRUM013
CRUM014 CRUM014 + CRUM013
17
CRUM015 CRUM015 + (CRUM014)
CRUM016 CRUM016 + (CRUM015)
CRUM020 CRUM020
18 CRUM215 CRUM215 + CRUM020
CRUM019 CRUM019 + (CRUM215)
CRUM012 CRUM012
CRUM010 CRUM010 + CRUM012
19 CRUM147 CRUM147
CRUM011 CRUM011 + CRUM147
CRUM146 CRUM146 + (CRUM010) + (CRUM011)
CRUM141 CRUM141
CRUM021 CRUM021 + CRUM141 + (CRUM019)
20 CRUM018 CRUM018 + (CRUM016)
CRUM017 CRUM017 + (CRUM018) + (CRUM021)
CRUM009 CRUM009 + (CRUM017)
CRUM008 CRUM008 + (CRUM146) + (CRUM009)
CRUM189 CRUM189 + (CRUM008)
21
CRUM139 CRUM139 + (CRUM189)
CRUM027 CRUM027 + (CRUM139)
Elaboração: Engecorps, 2019

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A Tabela 5.57 apresenta tanto o balanço hídrico isolado em cada área de contribuição, quanto
o acumulado, baseado na estrutura indicada no diagrama da Figura 5.37 e na Tabela 5.56. O
saldo hídrico é apresentado nesta tabela como a expressão direta do balanço hídrico,
contemplando a subtração da vazão de consumo da vazão disponível, resultando assim nos
valores acumulados da vazão remanescente.

TABELA 5.57 – BALANÇO HÍDRICO NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ


Área de Disponibilidade (L/s) Consumo (L/s) Saldo Hídrico
Zona
Contribuição Isolada Acumulada Isolado Acumulado Acumulado (L/s)
CRUM013 194,0 194,0 21,58 21,58 172,42
CRUM014 535,0 729,0 84,41 105,99 623,01
17
CRUM015 339,0 1.068,0 19,91 125,91 942,09
CRUM016 290,0 1.358,0 62,08 187,98 1.170,02
CRUM020 168,0 168,0 16,83 16,83 151,17
18 CRUM215 197,0 365,0 7,36 24,19 340,81
CRUM019 204,0 569,0 95,95 120,15 448,85
CRUM012 455,0 455,0 80,79 80,79 374,21
CRUM010 415,0 870,0 34,91 115,70 754,30
19 CRUM147 285,0 285,0 46,24 46,24 238,76
CRUM011 341,0 626,0 23,54 69,78 556,22
CRUM146 62,0 1.558,0 1,97 187,45 1.370,55
CRUM141 360,0 360,0 144,61 144,61 215,39
CRUM021 60,0 989,0 -3,32 261,44 727,56
20 CRUM018 161,0 1.519,0 209,57 397,55 1.121,45
CRUM017 218,0 2.726,0 38,35 697,34 2.028,66
CRUM009 26,0 2.752,0 0,72 698,06 2.053,94
CRUM008 201,0 4.511,0 15,96 901,46 3.609,54
CRUM189 311,0 4.822,0 45,13 946,59 3.875,41
21
CRUM139 199,0 5.021,0 27,63 974,22 4.046,78
CRUM027 127,0 5.148,0 233,46 1.207,69 3.940,31
Elaboração: Engecorps, 2019

Realizar a análise de balanço hídrico sob estes dois aspectos (isolado e acumulado) é crucial para
que se tenha a real dimensão dos problemas e potencialidades da gestão deste recurso. A análise
isolada, por si só, evidenciaria uma situação insustentável em curto prazo com relação às áreas
de contribuição CRUM018 e CRUM027. Em cada uma destas áreas, o consumo excede a
disponibilidade, porém, os dados da disponibilidade hídrica isolada nestas áreas refletem apenas
a vazão correspondente à produção de água dentro do seu território, ou seja, a partir da
drenagem da água precipitada pelas chuvas e pelas nascentes, bem como pela água subterrânea
que incrementa a vazão dos rios.

Em outras palavras, seria como se as áreas de contribuição CRUM018 e CRUM027


(isoladamente) representassem uma bacia em si, não havendo nenhuma área de contribuição à
montante. O diagrama da topologia da bacia (apresentado na Figura 5.37) mostra, porém, que
a área CRUM027 consiste na área de contribuição mais à jusante da bacia, recebendo a vazão
resultante do balanço hídrico de todas as outras Zonas. Assim a vazão produzida na área
CRUM027, somada à vazão de aporte das demais áreas à montante é aquela que, de fato, faz
frente às demandas que ali estão estabelecidas. Com isso, a sua disponibilidade isolada (127 L/s)
passa a ser equivalente a 5.148 L/s quando a análise do balanço é feita sob o aspecto da
acumulação de vazões.

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Com a perspectiva estabelecida nos parágrafos anteriores, é correto afirmar que o valor maior da
análise isolada do balanço hídrico está em fazer parte do processo de construção do balanço
acumulado. Nesta direção, o conhecimento da topologia da bacia, quando associado aos valores
isolados do balanço hídrico e das respectivas vazões de consumo, é de extrema importância para
fundamentar a definição de estratégias de aproveitamento do uso da água.

A relação do consumo pela disponibilidade assume a posição de indicador principal na avaliação


do comprometimento da disponibilidade hídrica, uma vez que este parâmetro já implica na
inserção da vazão de lançamento no saldo final. A Tabela 5.58 traz os valores do
comprometimento (consumo / disponibilidade), tanto de maneira isolada, para cada área de
contribuição, quanto acumulada respeitando a topologia da Bacia do Rio Corumbataí.

TABELA 5.58 – PERCENTUAL DE COMPROMETIMENTO POR ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO NA BACIA


DO RIO CORUMBATAÍ
Consumo / Disponibilidade
Zona Área de Contribuição Saldo Hídrico Acumulado (L/s)
Isolado Acumulado
CRUM013 172,42 11,1% 11,1%
CRUM014 623,01 15,8% 14,5%
17
CRUM015 942,09 5,9% 11,8%
CRUM016 1.170,02 21,4% 13,8%
CRUM020 151,17 10,0% 10,0%
18 CRUM215 340,81 3,7% 6,6%
CRUM019 448,85 47,0% 21,1%
CRUM012 374,21 17,8% 17,8%
CRUM010 754,30 8,4% 13,3%
19 CRUM147 238,76 16,2% 16,2%
CRUM011 556,22 6,9% 11,1%
CRUM146 1.370,55 3,2% 12,0%
CRUM141 215,39 40,2% 40,2%
CRUM021 727,56 -5,5% 26,4%
20 CRUM018 1.121,45 130,2% 26,2%
CRUM017 2.028,66 17,6% 25,6%
CRUM009 2.053,94 2,8% 25,4%
CRUM008 3.609,54 7,9% 20,0%
CRUM189 3.875,41 14,5% 19,6%
21
CRUM139 4.046,78 13,9% 19,4%
CRUM027 3.940,31 183,8% 23,5%
Elaboração: Engecorps, 2019

A análise desta tabela, da mesma forma que foi observado no saldo hídrico, mostra a importância
da abordagem da acumulação dos resultados ao longo da topologia da bacia. Quando a análise
isolada mostra um comprometimento da bacia em duas das suas áreas de contribuição
(CRUM018 e CRUM027) a análise acumulada mostra que, em geral, a bacia apresenta 23,5%
de comprometimento das suas vazões, havendo casos pontuais onde há um comprometimento
mais significativo, como é o caso da área CRUM021 (comprometimento de 40,2%).

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Na sequência, o primeiro passo foi definir, para cada captação municipal, a sua localização
dentro da topologia da bacia. É fundamental entender em qual área de contribuição a captação
de um município hipotético está localizada, pois, nesta área de contribuição deverão ser
desconsideradas (na conta do balanço) as vazões de consumo relativas ao abastecimento público
da população deste, estimado anteriormente pela metodologia conforme apresentado do item
5.2.3. O diagrama (b) apresentado na Figura 5.41 mostra este procedimento.

Como o consumo para abastecimento humano é estimado através da população residente do


município, e esta população está (por via de regra) distribuída em mais de uma área de
contribuição, este consumo também se encontra distribuído, tanto em áreas de contribuição da
mesma sub-bacia (Zona), quanto em sub-bacias adjacentes. No caso de haver distribuição da
população municipal em áreas de contribuição da mesma Zona, a vazão de consumo deste
município ocorre de maneira acumulada, de montante à jusante.

Considerando que o refinamento da metodologia parte da correção do saldo hídrico através da


exclusão da vazão de consumo de abastecimento humano do município para o qual se
procederá a análise, é necessário que se conheça a distribuição deste consumo nas áreas de
contribuição da bacia. Estando este consumo distribuído entre áreas de contribuição da mesa
zona (posicionadas em trechos contíguos do mesmo corpo hídrico) o seu efeito acumulado deve
ser descontado do saldo hídrico. Desta maneira, em todas as áreas de contribuição à montante
do ponto de captação que será avaliado, deverão ser desconsideradas as vazões de consumo
para abastecimento humano do município em questão.

É importante ressaltar que essa correção foi feita individualmente para cada captação,
contemplando apenas a demanda do município objeto do refinamento. Havendo na mesma
área de contribuição uma captação de um segundo município (Município Y), esta não interferiu
na determinação do consumo total.

Em um segundo momento, ao se proceder o refinamento da metodologia para este segundo


município (Município hipotético Y, localizado na mesma AC), a correção realizada
anteriormente, para o Município X foi desconsiderada e a participação da sua demanda na
definição do consumo geral da AC volta a ser pautada na estimativa feita através da população
residente.

Com os valores de consumo humano corrigidos, ajustou-se automaticamente o consumo total


da AC em questão e, consequentemente, obteve-se para esta área um novo saldo hídrico
(Diagrama (c) apresentado na Figura 5.41). Este novo saldo hídrico reflete então a disponibilidade
(definida para aquela AC) subtraída de todos os consumos associados ao abastecimento do
Município X, e para as áreas à montante. A Figura 5.41 mostra o procedimento descrito nos
parágrafos anteriores para recalcular o saldo hídrico.

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Finalmente, com este novo saldo hídrico à mão, fez-se a relação com a vazão média extraída
pela captação (vazão captada dividida pelo saldo hídrico). Esta relação está apresentada no
diagrama (c) da Figura 5.41, mais especificamente, na interação da representação da captação
do Município X, sendo aplicada diretamente ao novo saldo hídrico, e não mais dentro do
conjunto das demandas estimadas, no contexto do consumo. Esta associação entre a vazão
captada e o novo saldo hídrico fornece para a presente análise o Grau de Atendimento à
Demanda (GAD), que será a base para a posterior análise de criticidade.

Figura 5.41 - Diagrama ilustrativo dos passos seguidos para o cálculo do saldo
Elaboração: Engecorps, 2019

Como exceção a esta metodologia, foi necessário adotar um outro caminho para determinar a
disponibilidade que equivalesse ao saldo hídrico para o caso da área de contribuição CRUM141.

Por alterar o regime de vazões do manancial, a determinação do saldo hídrico na área de


contribuição onde há a presença da barragem de regularização deve ser determinada através da
seguinte lógica:

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Disp = Qreg + Qmont - Qdeflu

Onde:

 Qreg: Vazão regularizada = 360 L/s;


 Qmont: Vazão de montante = 50%Q7,10 – Usos;
 Qdeflu: Vazão Defluente à barragem= 50%Q7,10;
 Usos: somatória dos usos à montante da barragem.

É importante salientar que o desconto da vazão referente ao consumo urbano relativo ao


município para o qual se volta a análise de relação entre disponibilidade e demanda, também é
adotado nesta metodologia alternativa da mesma forma que é considerado no âmbito da
correção do saldo hídrico (elaborado de acordo com a metologia apresentada na Figura 5.41)

No caso da área de contribuição CRUM141, a Qmont foi então composta pela vazão de referência
subtraída dos usos acumulados na bacia, sendo desconsiderado aí o consumo do abastecimento
urbano referente ao município de Santa Gertrudes.

5.2.3.7 Grau de Atendimento à Demanda (GAD)

O Grau de Atendimento à Demanda (GAD) é um parâmetro que tem como principal função
indicar a capacidade de estoque de um determinado sistema. Este resultado é alcançado a partir
da relação entre demanda média por um recurso, sobre a disponibilidade do mesmo em um
dado sistema. Pela simplicidade da sua estrutura lógica, é de ampla aplicação, inclusive, na
avaliação de atendimento de sistemas hídricos.

O resultado da relação é positivo se o valor encontrado for menor do que 1. Em outras palavras,
o resultado cujo valor que se coloca entre 0 e 1 indica que a vazão disponível no manancial é
maior do que a vazão demandada. Caso esse valor seja maior do que 1, o resultado indica um
comprometimento do manancial acima da sua capacidade de suporte e remete a uma situação
de fragilidade.

Para o presente estudo, foi aplicado o GAD de mananciais a todos os municípios cujas captações
superficiais estão localizadas dentro do território da bacia do Rio Corumbataí, não sendo
contemplados, portanto os municípios de Itirapina e de Cordeirópolis, o primeiro por não contar
com nenhuma captação superficial no seu sistema de abastecimento público e, o segundo, por
ter suas captações superficiais localizadas fora do território da bacia. O valor resultante da
aplicação da relação proposta pelo GAD de mananciais foi multiplicada por 100 para ser
apresentada como porcentagem.

Conforme apontado, o GAD de mananciais consiste na relação entre a demanda municipal por
água e a disponibilidade do recurso na seção de retirada (saldo hídrico após descontada a vazão
de consumo dos usos acumulados à montante). É fundamental aqui que se estabeleça a principal

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observação acerca deste índice: por ter como função indicar o atendimento do manancial à
demanda do município, fez-se necessária a adoção de uma vazão de demanda municipal,
relativa a uma estimativa que parte do trinômio população urbana/consumo per capita/índice de
perdas, seguindo exatamente a mesma lógica que definiu a demanda para o abastecimento
humano tendo como unidade territorial básica as áreas de contribuição no tópico 5.2.2.1.

Uma vez definida a demanda municipal, esta deve ser associada ao manancial deste município
(disponibilidade) para que seja definido o GAD. Assim, é possível determinar se o manancial tem
capacidade de suportar tal demanda.

Há que se considerar, porém, que a demanda municipal é, em geral, suprida por mais de um
manancial. Tomemos como exemplo o caso do município de Rio Claro: existem 2 mananciais
de captação superficial (Rio Corumbataí e Ribeirão Claro) e 4 poços de captação subterrânea em
bateria, no distrito de Ferraz. A demanda municipal estabelecida conforme indicado no parágrafo
anterior reflete apenas a quantidade de água que a população urbana necessita para fazer frente
às suas necessidades diárias, mas não associa esta vazão a nenhuma das retiradas e seus
respectivos mananciais.

Como visto anteriormente, a metodologia do GAD preconiza a associação da demanda a um


manancial. Sendo assim, é necessário que a demanda estimada para um município seja
distribuída entre os diferentes mananciais que o atendem. A disponibilidade considerada nesta
operação foi referente à 50% da Q7,10, uma vez que se pretende traçar um panorama sobre a
vazão outorgável nos respectivos mananciais.

Para fazer esta alocação, foi utilizada a informação de captação dos municípios no sentido de
estabelecer a porcentagem de contribuição de cada uma para o total captado. Esta porcentagem
representaria então o quanto cada captação contribui para o atendimento do abastecimento
urbano. Novamente, utiliza-se aqui o exemplo de Rio Claro para elucidar esta questão. Os seis
pontos de captação do município atendem a 100% da população urbana e são responsáveis por
produzir uma vazão total de 646,82 L/s. Analisando a participação de cada captação neste total,
tem-se a situação ilustrada pela Tabela 5.59.

TABELA 5.59 – PORCENTAGEM DE CONTRIBUIÇÃO DAS CAPTAÇÕES SUPERFICIAIS E


SUBTERRÂNEAS NO ATENDIMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DE RIO CLARO
Vazão Média Captada
Captação Manancial % Contribuição
(L/s)
Rio Corumbataí (Sistema I) 382,00 59,06%
Superficial
Ribeirão Claro (Sistema II) 262,00 40,51%
Poço 1 (Sistema III) 0,06 0,01%
Poço 2 (Sistema III) 1,05 0,16%
Subterrânea
Poço 3 (Sistema III) - -
Poço 4 (Sistema III) 1,72 0,27%
Total 646,82 100,00%

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Ressalta-se que a vazão captada apresentada para as captações subterrâneas foi definida a partir
da normalização da captação em função do período de operação das bombas, de acordo com
os dados informados pelo corpo técnico municipal na ocasião das visitas técnicas. No caso do
poço 3, não foi informado o período de operação das bombas e, por esta razão, a sua
participação não pode ser considerada nesta metodologia.

Uma vez definida a participação de cada captação no atendimento municipal, estas


porcentagens foram então utilizadas como referência para a distribuição da demanda municipal
(definida conforme discorrido nos parágrafos anteriores) a cada um dos mananciais do município
e, consequentemente, estabelecer o GAD mananciais de maneira independente nos diferentes
mananciais superficiais do município.

Em resumo, esta metodologia foi desenvolvida em três etapas:

✓ Definição da demanda municipal (VMT) através da mesma metodologia utilizada na


definição do cálculo da demanda de abastecimento para as Áreas de Contribuição (item
5.2.2.1);

✓ Definição da participação (%) de cada captação no total produzido pelo município;

✓ Definição da demanda média total em cada ponto de captação a partir das porcentagens de
participação;

✓ Estabelecimento do GAD para todos os mananciais de captação superficial da bacia do Rio


Corumbataí.

O resultado da aplicação desta metodologia para os três primeiros passos está disposto na Tabela
5.60 a seguir.

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TABELA 5.60 – DEMANDA MÉDIA TOTAL POR MANANCIAL DE ABASTECIMENTO


Vazão % Demanda Média Diária
Município Captação Manancial
Captada (L/s) Demanda Total 2018 (L/s)
Superficial Fonte São Francisco 3,47 18,04% 1,75
Analândia Subterrânea Poços 1 a 7 - aquífero Guarani 15,8 81,96% 7,95
Total 19,2 100,00% 9,70
Ribeirão Água Branca 32,2 89,69% 40,45
Superficial
Charqueada Lago Quilombo de São Francisco 3,7 10,31% 4,65
Total 35,9 100,00% 45,10
Represa do Mirante 36 51,43% 51,37
Superficial Represa Santa Marina 18 25,71% 25,68
Cordeirópolis
Córrego Ibicaba 16 22,86% 22,83
Total 70,0 100,00% 99,88
Ribeirão Boa vista 4 31,84% 1,66
Superficial Afluente Lageado 5,5 43,78% 2,28
Córrego Monte Alegre 0,4 3,18% 0,17
Corumbataí
Poço - aquífero Tubarão 1,7 13,83% 0,72
Subterrânea
Poço - aquífero Tubarão 0,9 7,38% 0,38
Total 12,6 100,00% 5,22
Superficial Córrego São João do Lageado 9,70 33,22% 8,04
Poço 001 – aquífero Tubarão 3,5 12,14% 2,94
Poço 002 – aquífero Tubarão 4,4 14,94% 3,62
Ipeúna Subterrânea Poço 003 – aquífero Tubarão 4,7 16,02% 3,88
Poço 004 – aquífero Tubarão 4,6 15,72% 3,80
Poço 006 – aquífero Tubarão 2,3 7,97% 1,93
Total 29,2 100,00% 24,20
Rio Corumbataí (Sistema I) 1791 84,11% 1522,05
Ribeirão Claro (Sistema II) 323 15,17% 274,50
Superficial
Nascente Ibitiruna (Sistema V) 0,2 0,01% 0,17
Piracicaba Ribeirão Anhumas (Sistema VI) 5,8 0,27% 4,93
Sistema III 8,1 0,38% 6,90
Subterrânea
Sistema IV 1,3 0,06% 1,10
Total 2.129,4 100,00% 1.809,6
Rio Corumbataí (Sistema I) 382 59,06% 373,67
Superficial
Ribeirão Claro (Sistema II) 262 40,51% 256,29
Poço 1 (Sistema III) 0,06 0,01% 0,06
Rio Claro Poço 2 (Sistema III) 1,05 0,16% 1,03
Subterrânea
Poço 3 (Sistema III) 0
Poço 4 (Sistema III) 1,72 0,27% 1,68
Total 646,8 100,00% 632,73
Superficial Córrego Santa Gertrudes 50,6 88,27% 48,45
Santa Poço 7 – Jequitibás II 5,6 9,73% 5,34
Subterrânea
Gertrudes Poço 9 – Jequitibás III 1,1 2,01% 1,10
Total 57,3 100,00% 54,89
Elaboração: Engecorps, 2019

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A Tabela 5.61 traz um resumo para os resultados apresentados com relação ao Grau de
Atendimento à Demanda (GAD mananciais), conforme será detalhado adiante.

TABELA 5.61 – GRAU DE ATENDIMENTO À DEMANDA POR MANANCIAL


Demanda Disponibilidade
Captação Município Zona AC GAD
(L/s) 50% Q7,10 (L/s)

Fonte São Francisco Analândia 17 CRUM014 1,75 260,20 0,67%


Paraísolândia Charqueada 21 CRUM189 4,65 1.399,55 0,31%
Monte Alegre Corumbataí 17 CRUM014 0,17 257,75 0,06%
Ribeirão Boa Vista Corumbataí 19 CRUM011 1,66 241,02 0,69%
Córrego do Lageado Corumbataí 19 CRUM011 2,28 241,02 0,95%
Córr. São João do Lageado Ipeúna 19 CRUM010 8,04 322,48 2,49%
Rio Corumbataí Piracicaba 21 CRUM027 1.522,05 1.439,06 100,73%
Rio Corumbataí Rio Claro 17 CRUM016 373,67 530,34 70,46%
Ribeirão Claro Rio Claro 18 CRUM019 256,29 249,43 102,75%
Córr. Sta Gertrudes Santa Gertrudes 20 CRUM141 48,45 8,25 22,38%
Elaboração: Engecorps, 2019

Como visto na Tabela 5.61, os maiores graus de comprometimento encontrados na relação entre
as demandas municipais e o saldo hídrico recalculado para as ACs foram para os municípios de
Piracicaba (CRUM027) e Rio Claro (CRUM016 e CRUM019). Para estas ACs, o GAD variou entre
70% e 102%. O GAD elevado encontrado para Santa Gertrudes implica que o manancial não
apresenta segurança hídrica e tem sua origem em um saldo hídrico desfavorável. Este caso será
melhor aprofundado adiante no tópico pertinente ao município em questão. A seguir, estão
dispostos os resultados detalhados do GAD de cada um dos municípios:

ANALÂNDIA

O município de Analândia possui uma única captação superficial, Fonte São Francisco, que está
localizada na área de contribuição (AC) CRUM014. Esta AC está contida na Zona 17, tendo
apenas a CRUM013 à montante. A Figura 5.42 mostra a posição desta AC dentro da topologia
da bacia.

A análise da demanda estimada indicou que, para CRUM013, a vazão de consumo associada à
população do município ali residente é de 3,19 L/s. Para CRUM014 esse valor é de 3,01 L/s.
Subtraindo essas vazões dos valores originais de consumo total acumulado, o saldo hídrico em
CRUM014 passa de 254,01 L/s para 260,41 L/s. A Tabela 5.62 detalha este cálculo.

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Figura 5.42 - Posição da captação de Analândia na topologia da bacia do Rio Corumbataí


Elaboração: Engecorps, 2019

TABELA 5.62 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO
Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)
AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM013 95,00 21,58 73,42 19,61 75,39
CRUM014 360,00 105,99 254,01 99,59 260,41
Elaboração: Engecorps, 2019

Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal na Fonte São
Francisco (1,75 L/s) e a disponibilidade na seção gera um GAD de 0,67%.

CHARQUEADA

Apesar de o município de Charqueada contar com duas captações superficiais para atender a
sua demanda, apenas uma está inserida na bacia do Rio Corumbataí. Esta captação é no Lago
do Quilombo de São Francisco (Paraisolândia) e, com uma vazão média de 3,72 L/s, é
responsável por cerca de 10% da vazão do sistema municipal. O manancial está localizado na
área de contribuição CRUM189 e a sua posição na topologia da bacia pode ser observada na
Figura 5.43.

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Figura 5.43 - Posição da captação de Charqueada na topologia da bacia do Rio Corumbataí


Elaboração Engecorps, 2019

Como se observa na Figura 5.43, a área de contribuição CRUM189 está posicionada na Zona
21, próxima ao exutório da bacia. A população do município está distribuída entre as áreas
CRUM008 e CRUM189, ou seja, na área de contribuição onde está localizada a captação e na
área imediatamente a montante. Desta maneira, o consumo estimado a partir desta população
(0,12 L/s para CRUM008 e 18,01 L/s para CRUM189) foi excluído do saldo hídrico original
conforme indicado na Tabela 5.63, que traz os registros de todas as áreas de contribuição à
montante para demonstrar o cálculo para o novo saldo hídrico.

TABELA 5.63 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO

(Continua)

Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)


Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM013 97,00 21,58 75,42 21,58 75,42
CRUM014 364,50 105,99 258,51 105,99 258,51
17
CRUM015 534,00 125,91 408,09 125,91 408,09
CRUM016 679,00 187,98 491,02 187,98 491,02
CRUM020 84,00 16,83 67,17 16,83 67,17
18 CRUM215 182,50 24,19 158,31 24,19 158,31
CRUM019 284,50 120,15 164,35 120,15 164,35

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TABELA 5.63 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO

(Conclusão)

Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)


Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM012 227,50 80,79 146,71 80,79 146,71
CRUM010 435,00 115,70 319,30 115,70 319,30
19 CRUM147 140,00 46,24 93,76 46,24 93,76
CRUM011 310,50 69,78 240,72 69,78 240,72
CRUM146 776,50 187,45 589,05 187,45 589,05
CRUM141 180,00 144,61 35,39 144,61 35,39
CRUM021 494,50 261,44 233,06 261,44 233,06
20 CRUM018 759,50 397,55 361,95 397,55 361,95
CRUM017 1.363,00 697,34 665,66 697,34 665,66
CRUM009 1.376,00 698,06 677,94 698,06 677,94
CRUM008 2.253,00 901,46 1.351,54 901,34 1.351,66
21
CRUM189 2.408,50 946,59 1.461,91 928,45 1.480,05
Elaboração: Engecorps, 2019

Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Lago
Quilombo São Francisco (4,65 L/s) e a disponibilidade gera um GAD de 0,31%.

CORUMBATAÍ

O município de Corumbataí possui três captações superficiais:

✓ Córrego do Lageado (Sítio Pousada da Felicidade), localizada na CRUM011, com uma vazão
média de 5,5 L/s;

✓ Sítio Saint German, localizada na CRUM011, com 3,98 L/s;

✓ Sítio Montana, localizada na CRUM014, com 0,4 L/s.

A posição das áreas de contribuição CRUM011 e CRUM014 (Zonas 19 e 17, respectivamente)


pode ser observada na Figura 5.44.

As duas áreas de contribuição destacadas na figura estão localizadas nas cabeceiras da bacia do
Rio Corumbataí e possuem, cada uma, apenas uma área de contribuição à montante. A
população do município se distribui ao longo das áreas CRUM011, CRUM014 E CRUM147 e os
valores de consumo oriundos destas populações foram descontados do balanço hídrico para
compor o novo saldo hídrico, a saber, 0,70 L/s para CRUM011, 3,75 L/s para CRUM014 e 0,10
L/s para CRUM 147. A Tabela 5.64 traz os valores resultantes deste ajuste.

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Figura 5.44 - Posição das captações de Corumbataí na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019

TABELA 5.64 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO
Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)
Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM013 95,00 21,58 73,42 21,58 73,42
17
CRUM014 360,00 105,99 254,01 102,25 257,75
CRUM147 140,00 46,24 93,76 46,14 93,86
19
CRUM011 310,00 69,78 240,22 68,98 241,02
Elaboração: Engecorps, 2019

A análise do GAD para o município de Corumbataí foi feita de forma distinta para as duas áreas
de contribuição. Para a CRUM011, as demandas municipais foram somadas e a vazão resultante
(3,94 L/s), ao ser confrontada com o novo saldo hídrico (241,02 L/s) gerou um GAD de 1,64%.
Já para a captação do Sitio Montana (CRUM014) a demanda de 0,17 L/s gerou um GAD de
0,06%, frente ao novo saldo hídrico de 257,75 L/s.

IPEÚNA

O município de Ipeúna possui apenas uma captação superficial, localizada no Portal dos Nobres,
na área de contribuição CRUM010 (Zona 19). Esta captação é da ordem de 9,70 L/s, o que
representa 46,20% do total captado pelo sistema municipal. A posição desta área de contribuição
pode ser observada na Figura 5.45.

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Figura 5.45 - Posição da captação de Ipeúna na topologia da bacia do Rio Corumbataí

Elaboração: Engecorps, 2019

A área de contribuição CRUM010 tem apenas a área CRUM012 à montante. Para CRUM012, a
vazão de consumo associada à população do município ali residente é de 0,02 L/s. Para
CRUM010 esse valor é de 8,16 L/s. Subtraindo essas vazões dos valores originais, o saldo hídrico
em CRUM010 passa de 314,30 L/s para 322,48L/s. A tabela a seguir detalha este cálculo.

TABELA 5.65 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO
Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)
Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM012 225,00 80,79 144,21 80,78 144,22
19
CRUM010 430,00 115,70 314,30 107,52 322,48
Elaboração: Engecorps, 2019

Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Portal dos
Nobres (8,04 L/s) gera um GAD de 2,49%.

PIRACICABA

Piracicaba é o município localizado na porção mais baixa da bacia do Rio Corumbataí, tendo a
sua captação localizada na área de contribuição CRUM027. Como já foi descrito neste
diagnóstico, apenas 8% do território municipal está inserido na bacia, no entanto, a sua captação

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é a maior vazão observada entre os 9 municípios nela inseridos, 1.791 L/s captados no Rio
Corumbataí. A posição da área de contribuição CRUM027 pode ser observada na Figura 5.47.

Conforme ilustrado na Figura 5.46, a área CRUM027 é o exutório da bacia do Rio Corumbataí
e recebe toda a contribuição da vazão produzida pela sua área de drenagem, e é privada de
toda a vazão consumida pelos usuários que das suas águas se abastecem, em todos os setores de
uso consuntivo de todos os demais municípios da bacia. Por esta razão, a Tabela 5.66 traz todo
o registro da acumulação para que se esclareça o procedimento de definição do novo saldo
hídrico.

A população municipal residente na bacia ocupa as áreas CRUM008, CRUM189, CRUM139 e


CRUM027 e o consumo a elas relativo, estimado para cada área é, respectivamente, 0,15 L/s,
0,68 L/s, 6,02 L/s e 137,89 L/s. A supressão deste consumo no cálculo final do saldo hídrico
gerou uma diferença de 144,75 L/s, chegando a uma vazão de 1.439,06 L/s. A Tabela 5.66 a
seguir detalha este cálculo.

Figura 5.46 - Posição da captação de Piracicaba na topologia da bacia do Rio Corumbataí


Elaboração: Engecorps, 2019

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TABELA 5.66 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO
Disponibilidade Balanço Hídrico (L/s) Balanço Hídrico Recalculado (L/s)
Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM013 97,00 21,58 75,42 21,58 75,42
CRUM014 364,50 105,99 258,51 105,99 258,51
17
CRUM015 534,00 125,91 408,09 125,91 408,09
CRUM016 679,00 187,98 491,02 187,98 491,02
CRUM020 84,00 16,83 67,17 16,83 67,17
18 CRUM215 182,50 24,19 158,31 24,19 158,31
CRUM019 284,50 120,15 164,35 120,15 164,35
CRUM012 227,50 80,79 146,71 80,79 146,71
CRUM010 435,00 115,70 319,30 115,70 319,30
19 CRUM147 142,50 46,24 96,26 46,24 96,26
CRUM011 313,00 69,78 243,22 69,78 243,22
CRUM146 779,00 187,45 591,55 187,45 591,55
CRUM141 180,00 144,61 35,39 144,61 35,39
CRUM021 494,50 261,44 233,06 261,44 233,06
20 CRUM018 759,50 397,55 361,95 397,55 361,95
CRUM017 1.363,00 697,34 665,66 697,34 665,66
CRUM009 1.376,00 698,06 677,94 698,06 677,94
CRUM008 2.255,50 901,46 1.354,04 901,31 1.354,19
CRUM189 2.411,00 946,59 1.464,41 945,76 1.465,24
21
CRUM139 2.510,50 974,22 1.536,28 967,37 1.543,13
CRUM027 2.574,00 1.207,69 1.366,31 1.062,94 1.511,06
Elaboração: Engecorps, 2019

Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Rio
Corumbataí (1.522,05 L/s) e a disponibilidade gera um GAD de 100,73%. Como esta análise foi
feita no sentido de avaliar o comprometimento do manancial tendo como enfoque principal a
gestão das águas, a o GAD encontrado (tendo como vazão de referência 50% da Q7,10) implicou
que esta demanda representa uma vazão 0,73% maior do que a vazão outorgável neste ponto.
Com o desenvolvimento deste estudo, serão feitas considerações acerca desta situação.

RIO CLARO

O município de Rio Claro possui duas captações superficiais:

✓ A primeira, localizada no Rio Corumbataí, na CRUM016, com uma vazão média de 382 L/s,
representando 59,09% do total produzido no município;

✓ A segunda, localizada no Ribeirão Claro, na CRUM019, com 262 L/s, representando 40,53%
do total produzido no município.

A posição das áreas de contribuição CRUM016 e CRUM019 (Zonas 17 e 18, respectivamente)


pode ser observada na Figura 5.47.

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Figura 5.47 – Posição das captações de Rio Claro na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019

As duas áreas de contribuição destacadas na figura estão localizadas nas cabeceiras da bacia do
Rio Corumbataí e ambas constituem o exutório das suas respectivas Zonas Hidrográficas. A seguir
estão listadas as áreas de contribuição pelas quais estão distribuídas a população do município e
os respectivos valores de consumo municipal.

✓ CRUM015: -3,83 L/s;

✓ CRUM016: 47,15 L/s;

✓ CRUM020: 5,75 L/s;

✓ CRUM215: 3,01 L/s;

✓ CRUM019: 75,82 L/s.

O resultado negativo encontrado para o consumo da área de contribuição CRUM015 representa


uma situação onde a VMT (4,27 L/s) é menor do que a vazão de retorno (8,10 L/s).

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Respeitando-se a topologia de acumulação da bacia, a supressão do consumo da população da


Zona 17 acumulado em CRUM016 gerou um aumento de 8,9% no saldo hídrico (novo)
enquanto na Zona 18, este impacto foi de 51,30%. A Tabela 5.67 detalha este cálculo.

TABELA 5.67 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO


SALDO HÍDRICO
Disponibilidade Balanço Hídrico (m³/s) Balanço Hídrico Recalculado (m³/s)
Zona AC
(L/s) Consumo Saldo Hídrico Consumo Saldo Hídrico
CRUM013 95,00 21,58 73,42 21,58 73,42
CRUM014 360,00 105,99 254,01 105,99 254,01
17
CRUM015 530,00 125,91 404,09 129,73 400,27
CRUM016 675,00 187,98 487,02 144,66 530,34
CRUM020 85,00 16,83 68,17 11,08 73,92
18 CRUM215 185,00 24,19 160,81 15,43 169,57
CRUM019 285,00 120,15 164,85 35,57 249,43
Elaboração: Engecorps, 2019

A análise do GAD para o município de Rio Claro foi feita de forma independente para as duas
áreas de contribuição. Para a CRUM016, a demanda municipal alocada à captação do Rio
Corumbataí (373,67 L/s), ao ser confrontada com o novo saldo hídrico (530,34 L/s), gerou um
GAD de 70,46%. Já para a demanda municipal associada à captação do Ribeirão Claro
(CRUM019), a demanda de 256,29 L/s gerou um GAD de 102,75%, frente ao novo saldo hídrico
de 249,43 L/s, o que representa uma vazão 2,75% maior do que a vazão outorgável na seção.

SANTA GERTRUDES

O município de Santa Gertrudes possui apenas uma captação superficial, localizada na área de
contribuição CRUM141 (Zona 20). Esta captação é da ordem de 50,6 L/s e representa 90% do
total captado pelo município. A posição desta área de contribuição pode ser observada na Figura
5.48.

A área de contribuição CRUM141 ocupa posição de cabeceira da Zona Hidrográfica 20, não
tendo nenhuma outra área à montante. Nesta AC está localizada uma barragem de regularização
cuja vazão regularizada é da ordem de 360 L/s. Conforme apresentado no item 5.2.3.7, a
determinação do saldo hídrico corrigido frente a uma vazão regularizada deve considerar uma
metodologia alternativa (Disp = Qreg + Qmont – Qdeflu). A adoção desta metodologia gerou então
um saldo hídrico de 216 L/s. a esta vazão foi descontada a vazão de consumo equivalente ao
abastecimento urbano do município (44,85 L/s). A Tabela 5.68 detalha este cálculo.

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Figura 5.48 - Posição da captação de Santa Gertrudes na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019

TABELA 5.68 – DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM CRUM141


AC QREG QMONT QDEFLU Usos Disponibilidade

CRUM141 360,00 -52,07 91,50 143,57 216,43


Elaboração: Engecorps, 2019

Conforme foi antecipado na introdução deste tópico, esta disponibilidade resulta na


contemplação de uma vazão regularizada por uma barragem existente na área de contribuição
(CRUM141).

Com um valor equivalente à 216,43 L/s fazendo frente a uma demanda de 48,45 L/s, o GAD
encontrado ficou na marca de 22,38%, indicando uma situação satisfatória para o atendimento
da demanda determinada.

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5.2.4 Disponibilidade Hídrica, Potencialidade e Uso de Águas Subterrâneas

A caracterização da Disponibilidade Hídrica e Uso de Águas Subterrâneas na bacia hidrográfica


do Rio Corumbataí foi efetuada através de um conjunto de conceitos e indicadores. Inicialmente,
é apresenta a potencialidade e características de recarga/circulação subterrânea, incluindo
produtividade e o potencial hidrogeológico de poços segundo métodos desenvolvidos por CPRM
(2014)3 e DAEE et al. (2005)4. Em seguida, são apresentados indicadores preliminares de
estimativa de disponibilidade hídrica subterrânea – reservas reguladoras e explotável. Por fim, a
caracterização do uso de águas subterrâneas, com tratamento de dados das bases de outorgas
(DAEE), do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas – SIAGAS (CPRM) e da situação nos
municípios (dados obtidos nas visitas técnicas aos municípios).

Dependendo do tema ou objetivo, os tratamentos de dados foram efetuados por município (para
a área da Bacia do Rio Corumbataí), Zona ou Unidade Aquífera (Tubarão, Guarani, Serra Geral
/ diabásios associados e Terrenos sedimentares terciários a recentes, além do aquitarde Passa
Dois).

5.2.4.1 Disponibilidade Hídrica, Potencialidade e Condições de Recarga/Circulação


Subterrânea

Todo aquífero é um reservatório de água subterrânea, isto é, unidades/formações geológico-


hidrogeológicas caracterizadas por parâmetros dimensionais (extensão, espessura e geometria),
as quais são determinadas pela geologia (litologias e estruturas geológicas), por parâmetros
hidrodinâmicos (permeabilidade, porosidade efetiva, armazenamento, transmissividade etc.) e
que dependem de condições de recarga e descarga dos aquíferos, e de variáveis que descrevam
sua situação em cada instante (superfície piezométrica, extração das águas através de poços etc.)
– trata-se de um balanço de entradas e saídas de água que precisa ser entendido visando a sua
gestão.

A disponibilidade hídrica subterrânea pode variar no espaço e no tempo em função das


condições hidrogeológicas e de fluxo nos aquíferos; da quantidade, localização, equipamentos
e características operacionais das obras de captação (poços), entre outros fatores.

Na falta de indicadores mais exatos/precisos, e dada a complexidade inerente aos aquíferos,


além da grande heterogeneidade característica de algumas das unidades presentes na Bacia, o
nível de conhecimento atual permite a estimativa de indicadores e valores de disponibilidade
hídrica, que servem de magnitude ou ordem de grandeza aos gestores de recursos hídricos,
subsidiando a tomada de decisão e execução de medidas de gestão e intervenção.

A caracterização das principais unidades aquíferas, apresentada no Capítulo 3.3.6, dá uma


dimensão inicial de quais áreas podem ser consideradas mais ou menos produtivas do ponto de

3
CPRM — SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2014) Mapa Hidrogeológico do Brasil ao Milionésimo. Organizadores: Diniz, J. A. O.,
Monteiro, A. B., De Paula, T. L. F., and Silva, R. C. Recife.
4
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA; IG - INSTITUTO GEOLÓGICO; IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO; CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2005) Mapa de Águas Subterrâneas do Estado
de São Paulo – Texto explicativo e mapa.

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vista de água subterrânea. Neste sentido, a potencialidade de uso das águas subterrâneas em
faixas de vazão explorável, proposta por DAEE et al. (2005)5, indica a vazão recomendada a ser
extraída de forma sustentável por longos períodos e com rebaixamentos moderados da espessura
saturada:

✓ Aquífero Tubarão: faixas de <10, 10 a 20 e 20 a 40 m³/h;

✓ Aquitarde Passa Dois: vazões limitadas;

✓ Aquífero Guarani (SAG): faixas de 20 a 40 e 40 a 80 m³/h;

✓ Aquífero Serra Geral / diabásios: faixas de 7 a 100 m³/h (basaltos) e de 1 a 6 m³/h (diabásios);

✓ Aquíferos locais de Terrenos sedimentares terciários a recentes: valores não determinados.

Outra forma de abordagem das potencialidades das águas subterrâneas na Bacia do Rio
Corumbataí é através da proposta de classes de produtividade de CPRM (2014) 6. Este método
segue a nomenclatura (em cores) da Associação Internacional de Hidrogeologia (IAH), conforme
Figura 5.49, na qual se observa uma distinção entre os aquíferos intergranulares, representados
em azul, e aquíferos fraturados, em verde. A tonalidade mais forte de azul ou verde indica maior
produtividade, sendo que aquicludes / aquitardes ou mesmo unidades não aquíferas são
representados em marrom.

Figura 5.49 - Representação dos sistemas aquíferos através de cores (CPRM, 2014)

No trabalho para o território brasileiro, a CPRM definiu classes de produtividade para aquíferos
após avaliação dos resultados da capacidade específica (Q/s), transmissividade (T), condutividade
hidráulica (K) e vazão (Q). De acordo com as faixas de variação desses parâmetros, foram
definidas seis classes de produtividade – Tabela 5.69.

5
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA; IG - INSTITUTO GEOLÓGICO; IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO; CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2005) Mapa de Águas Subterrâneas do Estado
de São Paulo – Texto explicativo e mapa.
6
CPRM — SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2014) Mapa Hidrogeológico do Brasil ao Milionésimo. Organizadores: Diniz, J. A. O.,
Monteiro, A. B., De Paula, T. L. F., and Silva, R. C. Recife.

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-253-

TABELA 5.69 – CARACTERIZAÇÃO HIDRÁULICA DAS CLASSES DE PRODUTIVIDADE


Caracterização hidráulica das classes de aquíferos
Q/s T K Q
Classe Produtividade
(m³/h)/m (m³/s) (m/s) (m³/h)
 Muito Alta: fornecimentos de água de
importância regional (abastecimento
(1) ≥4,0 ≥10-2 ≥10-4 ≥100 de cidades e grandes irrigações).
Aquíferos que se destacam em
âmbito nacional.
 Alta: características semelhantes à
classe anterior, contudo situando-se
(2) 2,0≤Q/s<4,0 10-3≤T<10-2 10-5≤T<10-4 50≤Q<100
dentro da média nacional de bons
aquíferos.
 Moderada: fornecimento de água
para abastecimentos locais em
(3) 1,0≤Q/s<2,0 10-4≤T<10-3 10-6≤T<10-5 25≤Q<50
pequenas comunidades, irrigação em
áreas restritas.
 Geralmente baixa, porém localmente
moderada: fornecimentos de água
(4) 0,4≤Q/s<1,0 10-5≤T<10-4 10-7≤T<10-6 10≤Q<25
para suprir abastecimentos locais ou
consumo privado.
 Geralmente muito baixa, porém
(5) 0,04≤Q/s<0,4 10-6≤T<10-5 10-8≤T<10-7 1≤Q<10 localmente baixa: fornecimentos
contínuos dificilmente são garantidos.
 Pouco produtiva ou não aquífera:
fornecimentos de água
(6) <0,04 <10-6 <10-8 <1
insignificantes. Abastecimentos
restritos ao uso de bombas manuais.
Fonte: CPRM, 2017

A representação para a Bacia do Rio Corumbataí segundo essas classes de produtividade é


apresentada na Figura 5.50 e nas Tabelas por Zona e por município apresentadas junto ao mapa.

A presença de classe relativamente mais produtiva (3) nas zonas 17 e 19 está diretamente
relacionada à existência do aquífero Guarani. E a distribuição de cerca de 47% em área de classe
pouco produtiva ou não aquífera (6) está associada ao aquitarde Passa Dois e a outras unidades
aquíferas menos produtivas que o SAG. Isso se reflete também nos dados de municípios, com
destaque para classe relativamente mais produtiva (3) exatamente nos municípios com maior
extensão do aquífero Guarani: Analândia, Corumbataí e Itirapina.

No geral, têm-se áreas nas classes 3, 4, 5 e 6 em 38,18%, 1,54%, 13,15% e 47,13%,


respectivamente, ou seja, a imensa maioria da Bacia do Rio Corumbataí é de produtividade
moderada (notadamente na porção oeste) a pouco produtiva ou não aquífera (sobretudo na
porção centro leste). Por outro lado, estes números são um retrato regional, pois, conforme já
indicado, pode haver, localmente, áreas melhores como aquíferos mesmo no aquitarde Passa
Dois (porções mais arenosas em meio ao pacote predominantemente pelítico, silto-argiloso).

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Figura 5.50 – Representação para a Bacia do Rio Corumbataí das Classes de Produtividade Hidrogeológica (CPRM, 2014)

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Ressalta-se que existe um forte controle geológico-estrutural (tipos de rocha, presença de


estruturas, densidade de estruturas/lineamentos e de intersecção das mesmas), além de
influência de relevo (topografia, declividade, geomorfologia) quanto ao potencial produtivo dos
aquíferos.

As recargas, potencialmente de ocorrência em toda extensão aflorante das unidades aquíferas,


são amplamente dependentes do regime de chuva e da quantidade desta parcela de chuva que
efetivamente infiltra no solo/rochas, função das propriedades hidráulicas do substrato rochoso,
do tipo de uso e ocupação do solo e de suas declividades. Em áreas francamente planas – como
boa parte da Depressão Periférica (que predomina no trecho centro-leste da Bacia) -, o processo
de infiltração é facilitado em detrimento de áreas com fortes declives – Relevos de Cuestas
(porção oeste da Bacia) -, onde prevalece o escoamento superficial.

Partindo-se do conceito fundamental que a água subterrânea é componente indissociável do


ciclo das águas, sua disponibilidade hídrica subterrânea (nos aquíferos), segundo indicadores
sustentáveis, relaciona-se diretamente e se constitui como parte do escoamento básico da bacia
de drenagem instalada sobre a área de ocorrência dos aquíferos (adaptado de CONEJO LOPES,
19947).

SIGRH (2001)8 apresenta os tipos de reserva (Figura 5.51):

✓ Reserva total: toda água subterrânea do aquífero (nos poros e nas fraturas das rochas);

✓ Reserva permanente: volume contido no interior do aquífero abaixo do nível ou superfície


básica de uma região;

✓ Reserva ativa ou reguladora: volume contido no interior do aquífero entre a superfície básica
e a superfície potenciométrica;

✓ Reserva explotável ou transitória multianual: parte da reserva reguladora, que atua


diretamente no escoamento básico dos corpos d´água superficiais.

Esta parametrização de reservas reguladora e explotável basicamente leva em conta os aquíferos


livres (e interações destes com cursos d´água superficiais, que recebem descarga ou recarga de
água subterrânea), ou seja, não considera eventuais porções confinadas dos aquíferos, nem a
recarga profunda dos mesmos. Trata-se, assim, de um indicador conservador / mais confortável,
que garante certa margem de segurança em termos de sustentabilidade como recurso hídrico.

As reservas reguladoras representam, assim, o volume de água renovável que entra anualmente
no aquífero, sendo que as mesmas podem ser também denominadas de recursos dinâmicos ou
recarga efetiva, dependentes diretamente da recarga sazonal (infiltração de precipitações
pluviométricas e outras fontes naturais).

7
CONEJO LOPES, M.F. (1994) Condições de ocorrência de água subterrânea nas bacias dos rios Piracicaba e Capivari. Dissertação de
mestrado. FEC-UNICAMP, 83 p.
8
SIGRH – sistema de informação de gerenciamento de recursos hídricos (2001) Relatório de Situação de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo. Tipos de reserva de água subterrânea.
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Figura 5.51 - Tipos de reserva de água subterrânea (SIGRH, 2001)

Há diversas formas de se calcular a reserva explotável indicadas na literatura. Por exemplo,


segundo CONEJO LOPES (1994) e DAEE (1999) in SIGRH (2001)9, ela pode ser estimada através
média das vazões mínimas anuais de sete dias consecutivos, considerando-se ainda o % de área
do aquífero na bacia (área aflorante) e o índice de utilização. Este índice de utilização, por sua
vez, é determinado em função de características hidrogeológicas, como o tipo de porosidade, a
hidráulica dos aquíferos e as formas de captação de águas subterrâneas (poços), sendo os
seguintes para as unidades aquíferas presentes na Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí:

✓ Aquífero Tubarão: 25 a 27%;

✓ Aquitarde Passa Dois: 15%;

✓ Aquífero Guarani (SAG): 30%;

✓ Aquífero Serra Geral / diabásios associados: 20%;

✓ Aquíferos locais de Terrenos sedimentares terciários a recentes: 25 a 27%.

Mais recentemente, Profill & Rhama (2018), com estimativas para as Bacias PCJ, indicaram os
seguintes métodos para estimativa das reservas reguladora e explotável:

✓ Reservas reguladoras: equivalentes a Q7,10 para a referida área de contribuição considerada;

✓ Reservas explotáveis para cada unidade aquífera em cada bacia segundo três métodos:

 Método 1: estimada pela multiplicação do escoamento de base da bacia, multiplicado


pela área de cada unidade aquífera aflorante e um índice de utilização, conforme descrito
no Relatório de Situação 2002/2003 (Irrigart, 2003, que levou em conta os índices
apresentados acima de CONEJO LOPES, 1994 e DAEE, 1999 in SIGRH, 2001);

9
SIGRH – Sistema de Informação de Gerenciamento de Recursos Hídricos (2001) Relatório de Situação de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo. Tipos de reserva de água subterrânea.
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 Método 2: representada pelo quociente entre as vazões Q95 e Q7,10 com ponderação pela
área de afloramento no caso do cômputo da contribuição de cada unidade aquífera
parcial (conforme realizado pelo Relatório de Situação 2015);
 Método 3: estimada através de uma porcentagem de uso das vazões reguladoras (50%).
Com adaptações efetuadas a este trabalho, a estimativa de reservas reguladoras por Zona, Área
de Contribuição e total da Bacia do Rio Corumbataí é apresentada na Tabela 5.70, com dados
adaptados de Profill & Rhama (2018)10, totalizando 4,97 m³/s na Bacia, sendo 1,36 m³/s,
0,57 m³/s, 1,55 m³/s, 0,65 m³/se 0,84 m³/s, para as zonas 17 a 21, respectivamente.
TABELA 5.70 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA COM BASE EM DADOS DE Q7,10 (m³/s)
Local: zona / área de contribuição Área (km2) Q7,10 (m³/s)
Zona 17 469,13 1,36
CRUM013 67,00 0,19
CRUM014 184,79 0,53
CRUM015 117,13 0,34
CRUM016 100,21 0,29
Zona 18 196,17 0,57
CRUM019 70,31 0,20
CRUM020 57,90 0,17
CRUM215 67,97 0,20
Zona 19 538,00 1,55
CRUM010 143,40 0,41
CRUM011 117,86 0,34
CRUM012 157,08 0,45
CRUM146 21,41 0,06
CRUM147 98,26 0,28
Zona 20 223,93 0,65
CRUM009 9,01 0,03
CRUM017 75,34 0,22
CRUM018 55,55 0,16
CRUM021 20,77 0,06
CRUM141 63,27 0,18
Zona 21 289,44 0,84
CRUM008 69,32 0,20
CRUM027 43,80 0,13
CRUM139 68,85 0,20
CRUM189 107,48 0,31
TOTAL - Bacia 1.716,69 4,97
Fonte de dados de Q7,10 – Profill & Rhama (2018).
Elaboração: Engecorps, 2019

Os valores estimados das reservas reguladoras para as unidades aquíferas são apresentados na
Tabela 5.71 e na Figura 5.52, evidenciando que cerca de 42% refere-se ao aquífero Guarani
(2,09 m³/s de um total de 4,97 m³/s), seguido do aquitarde Passa Dois (que embora tenha
propriedades aquíferas normalmente ruins, estende-se por mais de 30% da área aflorante da
bacia, perfazendo 1,54 m³/s) e Tubarão (0,57 m³/s, considerando-se apenas a área aflorante).

10
PROFILL & RHAMA. (2017) Primeira Revisão do Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020. 329p.
Diagnóstico – Tomos I e II, agosto/2017.
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Serra Geral / diabásios e Terrenos sedimentares terciários a recentes representam apenas cerca
de 15% do total (0,41 e 0,36 m³/s, respectivamente).

TABELA 5.71 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA POR UNIDADE AQUÍFERA, COM BASE EM
DADOS DE Q7,10 (m³/s)
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,08 0,71 0,41 0,12 0,05 1,36
Zona 18 0,03 0,09 0,23 0,07 0,15 0,57
Zona 19 0,09 1,17 0,16 0,10 0,03 1,55
Zona 20 0,12 0,00 0,33 0,09 0,12 0,65
Zona 21 0,26 0,12 0,41 0,04 0,01 0,84
Total - Bacia 0,57 2,09 1,54 0,41 0,36 4,97
Elaboração: Engecorps, 2019

Figura 5.52 - Estimativa de Reserva Reguladora por Unidade Aquífera, com base em dados de Q 7,10 (%)

Considerando-se os % de área aflorante de cada unidade aquífera (Capítulo 3.3.6) e % de


utilização (entre 15 e 30%, a depender da unidade aquífera, segundo CONEJO LOPES, 1994;
SIGRH, 2001; Irrigart, 2003, indicados na página anterior), os valores de reservas explotáveis são
apresentados na Tabela 5.72 (total de 1,724 m³/s) e na Figura 5.53 pelo Método 1; e na Tabela
5.73 e na Figura 5.54 pelo Método 3 (total de 2,485 m³/s).

O Método 2 não foi considerado devido à indisponibilidade de valores de Q95% para as áreas de
contribuição/zonas; há, no entanto, o dado para a bacia como um todo (4,52 m³/s), segundo
Profill & Rhama (2018), o mais elevado entre os métodos utilizados. Os valores por unidade
aquífera são: Tubarão – 0,53 m³/s; Guarani – 1,90 m³/s; Passa Dois – 1,39 m³/s; Serra
Geral/diabásios – 0,37 m³/; e Terrenos sedimentares terciários a recentes – 0,33 m³/s.

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TABELA 5.72 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 1) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (m³/s)
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,03 0,31 0,09 0,03 0,02 0,48
Zona 18 0,01 0,04 0,05 0,02 0,06 0,18
Zona 19 0,03 0,51 0,04 0,03 0,01 0,62
Zona 20 0,04 0,00 0,07 0,03 0,04 0,19
Zona 21 0,10 0,05 0,09 0,01 0,01 0,26
Total - Bacia 0,216 0,914 0,337 0,120 0,137 1,724

TABELA 5.73 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 3) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S).
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,04 0,35 0,20 0,06 0,02 0,68
Zona 18 0,01 0,04 0,12 0,04 0,07 0,28
Zona 19 0,04 0,59 0,08 0,05 0,02 0,77
Zona 20 0,06 0,00 0,16 0,05 0,06 0,33
Zona 21 0,13 0,06 0,21 0,02 0,01 0,42
Total - Bacia 0,284 1,043 0,770 0,206 0,181 2,485
Elaboração: Engecorps, 2019

Figura 5.53 - Estimativa de Reserva Explotável (Método 1), por Unidade Aquífera (%)

Figura 5.54 - Estimativa de Reserva Explotável (Método 3), por Unidade Aquífera (%)

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Estes dados indicam que as reservas explotáveis por unidade aquífera para a Bacia do Rio
Corumbataí, pelos métodos 1 e 3, respectivamente, são (em %):

✓ Aquífero Tubarão: 12,5% e 11,4%;

✓ Aquitarde Passa Dois: 19,6% e 31,0%;

✓ Aquífero Guarani (SAG): 53,0% e 42,0%, ou ainda, 0,914 m³/s e 1,043 m³/s (amplo
destaque);

✓ Aquífero Serra Geral / diabásios associados: 7,0 e 8,3%;

✓ Aquíferos locais de Terrenos sedimentares terciários a recentes: 8,0 e 7,3%.

Estes valores serão utilizados no Capítulo 5.2.4 para fins de balanço hídrico (subterrâneo).

5.2.4.2 Uso de Águas Subterrâneas – dados da base de outorgas

Uma base de dados de poços foi obtida junto ao órgão outorgante de recursos hídricos do Estado
de São Paulo (DAEE, 2019), indicando a existência de 560 poços na Bacia do Rio Corumbataí,
com as seguintes situações administrativas para poços:

✓ Cadastrado – DAEE, ou seja, em situações envolvendo usos insignificantes e correlatos, os


quais demandam apenas cadastro: 153 (27,3%);

✓ Poço desativado: 10;

✓ Poço excluído da base: 1;

✓ Implantação autorizada: 8;

✓ Licença de execução e implantação: 5;

✓ Licença de perfuração: 32;

✓ Licença de perfuração e implantação: 20;

✓ Licença de operação: 1;

✓ Portaria – DAEE: 253 (45,2%);

✓ Portaria revogada – DAEE: 1;

✓ Requerimento indeferido: 35 (6,3%);

✓ Poço tamponado: 41 (8,0%).

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Estes dados foram reagrupados em quatro conjuntos de situações administrativas:

✓ Situação 1 - outorgas associadas à implantação de empreendimento: implantação autorizada


(8), licença de execução e implantação (5), licença de perfuração e implantação (20) e licença
de operação (1);

✓ Situação 2 – outorgas pelo uso de recurso hídrico: portaria (253);

✓ Situação 3 – outorgas associadas a poços que demandam apenas cadastro (153), ou seja, que
possibilitam dispensa de outorga pelo uso da água (poços com consumo < 15m³/dia, pelas
regras do DAEE) – estes dados foram considerados, pois, há tanto o aquitarde Passa Dois,
quanto poços em aquíferos fraturados (com vazões discretas), além de porções com piores
propriedades aquíferas nos diversos aquíferos da Bacia do Rio Corumbataí (e a soma de
poços, acima de ¼ do total, é representativa);

✓ Situação 4 – desativado (10), excluído (1), portaria revogada (1), requerimento indeferido
(35), tamponado (41).

Destes, apenas os conjuntos de situações administrativas 2 e 3 foram considerados (Figura 5.55),


descartando-se os demais. Os dados das situações 2, 3 e soma de 2 e 3 são apresentados nas
Tabelas 5.74 a 5.76, respectivamente.

TABELA 5.74 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 2 (OUTORGAS PELO


USO DE RECURSO HÍDRICO)
Nº de Poços com dado Vazão média por
Situação 2 Nº de Poços Vazão total (m³/h)*
de vazão poço (m³/h)
Zona 17 62 60 598,0 10,0
Zona 18 48 48 643,0 13,4
Zona 19 33 31 287,0 9,3
Zona 20 93 92 1.626,0 17,7
Zona 21 17 17 526,0 30,9
Total 253 248 3.680,0 14,8
Obs.: *considerando-se vazão de teste. Fonte de dados: DAEE (2019).
Elaboração: Engecorps, 2019

TABELA 5.75 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 3 (OUTORGAS


ASSOCIADAS A POÇOS QUE DEMANDAM APENAS CADASTRO)
Nº de Poços com dado Vazão média por
Situação 3 Nº de Poços Vazão total (m³/h)*
de vazão poço (m³/h)
Zona 17 55 48 190,0 4,0
Zona 18 30 27 81,0 3,0
Zona 19 23 17 49,0 2,9
Zona 20 23 18 47,0 2,6
Zona 21 22 13 65,0 5,0
Total 153 123 432,0 3,5
Obs.: *considerando-se vazão de teste. Fonte de dados: DAEE (2019).
Elaboração: Engecorps, 2019

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TABELA 5.76 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO– SOMA DE DADOS DAS SITUAÇÕES


ADMINISTRATIVAS 2 E 3
Nº de Poços com dado Vazão média por
Situações 2 + 3 Nº de Poços Vazão total (m³/h)*
de vazão poço (m³/h)
Zona 17 117 108 788,0 7,3
Zona 18 78 75 724,0 9,7
Zona 19 56 48 336,0 7,0
Zona 20 116 110 1.673,0 15,2
Zona 21 39 30 591,0 19,7
Total 406 371 4.112,0 11,1
Obs.: *considerando-se vazão de teste. Fonte de dados: DAEE (2019).
Elaboração: Engecorps, 2019

Os dados anteriores indicam vazões médias por poço de 14,8 m³/h (situação 2), 3,5 m³/h
(situação 3) e 11,1 m³/h (situações 2 e 3); somas de vazão de 3.680,0 m³/h (situação 2),
432,0 m³/h (situação 3) e 4.112,0 m³/h (situações 2 + 3), considerando-se soma de vazão de
teste (nominal).

A base do DAEE também foi utilizada para verificação de dados por unidade aquífera (situações
2 e 3). Neste sentido, a Tabela 5.77 apresenta os dados de número de poços, vazão total e
média, considerando-se apenas dados em que foi possível correlacionar o poço à unidade
aquífera efetivamente explotada (lembrando que nem sempre esta equivale à unidade aquífera
aflorante). A Tabela 5.78 traz os dados de vazões mínima, máxima e média, além dos quartis (I,
mediana e III). Esses valores servem de referência para parametrização de projetos de poço para
as etapas seguintes deste estudo, junto aos dados por município.

TABELA 5.77 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços com
Unidade aquífera Nº de Poços Vazão Total Vazão Média
Vazão Calculada
Diabásio/Serra Geral 5 5 311 62,2
Guarani 43 37 399 10,8
Passa Dois 48 48 314 6,5
Terrenos sedimentares terciários a recentes 78 62 241 3,9
Tubarão 222 212 2.817 13,3
Obs.: Valores de vazão em m³/h; apenas poços em que foi possível identificar o aquífero explotado. Fonte: DAEE (2019).

TABELA 5.78 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Vazão Vazão Primeiro Terceiro
Unidade aquífera Mediana
Mínima Máxima Quartil Quartil
Diabásio/Serra Geral 2,0 288,0 4,0 6,0 11,0
Guarani 1,0 55,0 4,0 7,0 15,0
Passa Dois 1,0 36,0 2,0 4,0 8,0
Terrenos sedimentares terciários a recentes 1,0 30,0 1,0 2,5 4,0
Tubarão 1,0 253,0 3,0 6,0 12,3
Obs.: Valores de vazão em m³/h; apenas poços em que foi possível identificar o aquífero explotado. Fonte: DAEE (2019).

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Figura 5.55 – Localização dos poços da base de outorgas nas situações administrativas 2 (outorgas pelo uso de recurso hídrico) e 3 (apenas cadastro, com dispensa de outorga pelo uso da água) na Bacia do Rio Corumbataí – DAEE (2019)

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O que se nota, tanto na quantidade de poços, quanto na vazão explotada, é que, não obstante
o Guarani ser o melhor aquífero, o mais utilizado na Bacia do Rio Corumbataí é o aquífero
Tubarão. As vazões médias indicaram valores curiosamente mais elevados para os aquíferos
Diabásio/Serra Geral e Tubarão (acima do Guarani), o que foi influenciado por valores anômalos
de 4 poços situados em Piracicaba (Diabásio), Rio Claro e Santa Gertrudes (Tubarão), acima de
100 m³/h. Por isso é importante observar ainda valores dos quartis, notadamente a mediana
(nesta, como esperado, o aquífero Guarani apresenta valor mais elevado), e não apenas valores
médios. Os aquíferos de Terrenos sedimentares terciários a recentes e o aquitarde Passa Dois
apresentaram os menores valores de média e mediana de vazão.

5.2.4.3 Uso de Águas Subterrâneas – dados da base SIAGAS/CPRM

Outra base de dados de poços é a do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS)


do Serviço Geológico do Brasil (CPRM, 2019) – Figura 5.56.

Embora parte dos dados do SIAGAS seja de poços da base do DAEE, a planilha do órgão
outorgante estadual não apresentava dados de capacidade específica (Q/s, em m³/h/m) –
importantíssima variável hidrogeológica - ou componentes que pudessem determiná-la (como
profundidades de nível estático e dinâmico). Assim, complementando ao tratamento do Capítulo
anterior, foi utilizada a base do SIAGAS para verificação da situação da capacidade específica na
Bacia do Rio Corumbataí; adicionalmente, também foram tratados dados de profundidade de
poço e de vazão, para permitir correlações hidrogeológicas. Os resultados são mostrados nas
Tabelas 5.79 (vazão), 5.80 (capacidade específica) e 5.81 (profundidade de poço), e serão
utilizados como referência para parametrização de projetos de poço para as etapas seguintes
deste estudo.

TABELA 5.79 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços Valores de estatística básica - Q
Local
C/dado de 1º 3º
(zona/bacia) Total Mínimo Mediana Máximo Média
vazão quartil quartil
Zona 17 49 27 1,4 6,1 9,0 17,5 55,5 13,7
Zona 18 39 27 2,0 5,0 9,5 13,3 39,6 10,6
Zona 19 30 18 0,5 4,2 10,0 18,5 36,0 12,1
Zona 20 97 61 1,0 6,2 8,8 14,0 60,0 11,3
Zona 21 27 16 2,0 6,5 12,0 20,5 60,9 18,4
Total - bacia 242 149 0,5 6,0 9,0 15,0 60,9 12,5
Obs.: Valores de vazão em m³/h. Fonte de dados: SIAGAS - CPRM (2019).
Elaboração: Engecorps, 2019

TABELA 5.80 – DADOS DE CAPACIDADE ESPECÍFICA POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS


SITUADOS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços Valores de estatística básica – Q/s
Local
1º 3º
(zona/bacia) Total C/dado de Q/s Mínimo Mediana Máximo Média
quartil quartil
Zona 17 49 26 0,040 0,122 0,260 0,820 4,723 0,782
Zona 18 39 25 0,031 0,127 0,255 0,730 7,905 1,142
Zona 19 30 16 0,035 0,339 1,044 1,734 2,660 1,132
Zona 20 97 55 0,012 0,100 0,263 0,571 3,257 0,480
Zona 21 27 13 0,010 0,210 0,360 0,740 2,670 0,735
Total - bacia 242 135 0,010 0,123 0,310 0,780 7,905 0,763
Obs.: Valores de capacidade específica em m³/h/m. Fonte de dados: SIAGAS - CPRM (2019).Elaboração: Engecorps, 2019

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Figura 5.56 – Poços da base de dados do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) na Bacia do Rio Corumbataí - CPRM (2019)

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TABELA 5.81 – DADOS DE PROFUNDIDADE DE POÇO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS


SITUADOS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços Valores de estatística básica – profundidade de poço
Local
C/dado de 1º 3º
(zona/bacia) Total Mínimo Mediana Máximo Média
prof. de poço quartil quartil
Zona 17 49 46 12,0 114,0 173,5 288,3 396,0 192,3
Zona 18 39 37 44,3 101,0 220,0 275,0 550,0 216,6
Zona 19 30 26 8,0 84,8 109,5 196,0 360,0 144,2
Zona 20 97 88 14,0 188,3 222,5 281,0 450,0 225,5
Zona 21 27 24 41,0 92,8 209,5 250,5 391,0 190,5
Total - bacia 242 221 8,0 118,0 203,0 273,5 396,0 203,8
Fonte: SIAGAS - CPRM (2019).

O tratamento dos dados, mais focado em poços de produção, implicou que fossem descartados
poços escavados (cacimbas/cisternas) e piezômetros, bem como poços estratigráficos (de
reconhecimento exploratório geológico, da Petrobras, alguns deles com mais de 1.000m de
profundidade), permitindo valores mais realistas a serem indicados às Etapas seguintes do estudo.
Mesmo assim, alguns dados apresentaram valores pequenos de profundidade de poço, conforme
planilha acima, o que demonstra necessidade de aprimoramento nas bases oficiais de poços.

Os resultados indicam valores para a Bacia do Rio Corumbataí de mínimo, 1º quartil, mediana,
3º quartil, máximo e média de vazão de 0,5, 6,0, 9,0, 15,0, 60,9 e 12,5 m³/h; de capacidade
específica de 0,010, 0,123, 0,310, 0,780, 7,905 e 0,763 m³/h/m; e de profundidade de poço
de 8,0, 118,0, 203,0, 273,5, 396,0 e 203,8 m, respectivamente.

A zona 19, que concentra mais da metade da área aflorante (livre) do aquífero Guarani,
apresentou o maior valor de mediana de capacidade específica (1,044 m³/h/m,
comparativamente a 0,310 m³/h/m na bacia como um todo).

A Figura 5.57 mostra os resultados de vazão, capacidade específica e profundidade de poço.


Estes mapas foram confeccionados com método de interpolação Topo to Raster, sendo que a
delimitação da Bacia do Rio Corumbataí foi adicionada no interpolador como condição de
contorno para que o resultado já fosse com este recorte.

Fica evidente que os maiores valores de capacidade específica (Q/s) localizam-se notadamente
na porção oeste da Bacia do Rio Corumbataí, coincidindo com a exposição de litologias do
aquífero Guarani. Embora o padrão de vazão (Q) não seja muito distinto de Q/s, mostra maior
dispersão de valores/localidades, o que reflete a heterogeneidade dos aquíferos da bacia. Já os
dados de profundidade de poço têm padrão distinto de Q e Q/s, com maiores valores sobretudo
nas porções central, leste e sudeste – isso reflete o pacote do aquífero Tubarão que, conforme
foi visto no Capítulo 3.3.6 (didaticamente no perfil esquemático), apresenta crescentes
espessuras de E-SE rumo a W-NW na Bacia Geológica do Paraná como um todo (ou seja, até
que comece a ocorrer o aquífero Guarani livre, nos setores centro-oeste da Bacia Hidrográfica
do Rio Corumbataí, o Tubarão é o aquífero preferencial nesta Bacia).

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Figura 5.57 – Resultados de vazão (m³/h), capacidade específica (m³/h/m) e profundidade de poço (m) por interpolação de dados de poços na Bacia do Rio Corumbataí

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5.2.4.4 Uso de Águas Subterrâneas – Situação Hidrogeológica nos Municípios

O Capítulo 5.1.1 apresentou o panorama geral do sistema de abastecimento de água na Bacia


do Rio Corumbataí. Complementando aqui aquela caracterização, com foco hidrogeológico, é
interessante observar os seguintes dados (localização dos poços na Figura 5.58):

✓ Dos 9 municípios com área na bacia, apenas Charqueada e Cordeirópolis não apresentam
poços com finalidade de uso em abastecimento público por concessionárias municipais de
água (considerando-se toda extensão dos municípios); se considerarmos apenas a área dentro
da Bacia do Rio Corumbataí, todos utilizam, exceto Charqueada, Cordeirópolis e Piracicaba.

✓ Em relação ao número de poços, os dados no município como um todo e apenas dentro da


Bacia são, respectivamente: Analândia (7 e 7), Corumbataí (2 e 2), Ipeúna (5 e 5), Itirapina
(8 e 3), Piracicaba (4 e 0), Rio Claro (4 e 4) e Santa Gertrudes (2 e 2), totalizando 32 e 23
poços.

✓ Em relação à vazão (% por tipo de manancial – subterrâneo ou superficial, em relação à vazão


total), os dados no município como um todo e apenas dentro da bacia são, respectivamente
(em %): Analândia (84,5 e 84,5), Charqueada (0 e 0), Cordeirópolis (0 e 0), Corumbataí (35,9
e 35,9), Ipeúna (79,3 e 79,3), Itirapina (100 e 100), Piracicaba (0,5 e 0), Rio Claro (0,5 e 0,9)
e Santa Gertrudes (14,1 e 14,1) – estes dados indicam que as águas subterrâneas são único
tipo de manancial em Itirapina, além de majoritário em Analândia e Ipeúna; parcial em
Corumbataí e Santa Gertrudes; e complementar, restrito a distritos/bairros de sistemas
isolados em Rio Claro e Piracicaba.

✓ Em relação aos aquíferos explotados, Analândia, Corumbataí, Ipeúna e Itirapina, municípios


localizados na porção oeste da Bacia, utilizam o Guarani (SAG); Piracicaba, Rio Claro e Santa
Gertrudes, situadas nas porções centro-leste, usam o Tubarão. Esta divisão indica claramente
que as alternativas a serem aventadas nas etapas seguintes deverão levar em conta a
acessibilidade dos aquíferos, correlacionando a localização dos centros de demanda com
estas ocorrências – esta limitação geográfica deve impor certos limites ao uso do aquífero
Guarani devido a custos de distância que demandariam redes mais extensas – isso por um
lado é bom, pois permite uma preservação maior deste aquífero estratégico em sua área de
recarga, mas para os municípios de pequeno porte, como Analândia, Corumbataí, Ipeúna e
Itirapina, o SAG continuará sendo fonte primária de manancial.

Considerando-se apenas dados de poços situados dentro da Bacia do Rio Corumbataí, tem-se:

✓ Quanto ao monitoramento quali-quantitativo, todos os municípios efetuam monitoramento


da qualidade da água bruta dos poços, mas o monitoramento quantitativo (de nível d´água)
só é efetuado atualmente por Itirapina e Corumbataí;

✓ Quanto ao tratamento de água bruta desses poços, todos os municípios efetuam tratamento
simplificado, com adição de cloro e fluoreto (em Corumbataí, apenas cloro);

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Figura 5.58 – Localização dos poços utilizados em sistemas de abastecimento público por concessionárias municipais de água (dados obtidos nas concessionárias) na Bacia do Rio Corumbataí

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✓ Quanto à outorga, a maioria dos poços encontram-se totalmente outorgados, exceto


Analândia e Corumbataí (parcial) e Rio Claro (ainda não outorgados);

✓ Todos os municípios efetuam manutenção corretiva, mas não preventiva. Problemas


operacionais foram relatados apenas em Corumbataí (bomba e painel elétrico).

5.2.4.5 Balanço Hídrico – Águas Subterrâneas

Primeiramente, deve-se ter em mente, à luz da conceituação indicada no Capítulo 5.2.2.1, que
os indicadores de disponibilidade hídrica subterrânea ainda são bastante simplificados (dado o
nível ainda precário de conhecimento e grande heterogeneidade dos aquíferos regionais) e
conservadores (dado que as referências de vazão estão associadas a uma parcela do fluxo de
água subterrânea, que alimenta os cursos d´água superficiais, além de não levar em conta valores
de reserva permanente, recarga profunda e valores em porções confinadas dos aquíferos;
acrescenta-se, ainda, o fato explanado nos Capítulos 3.3.3 e 5.2.2, no caso do aquífero Tubarão,
que tem parcela expressiva - mais de 30% em área – sob o aquitarde Passa Dois, ou seja,
confinado a semiconfinado, mas também disponível, somando-se aos pouco mais de 10%
aflorantes).

Com essas ressalvas, os dados da Tabela 5.82 mostram a situação da disponibilidade hídrica
subterrânea (reserva explotável) em relação aos valores outorgados (vazão de teste) para as
situações 2 e 3 indicadas no Capítulo 5.2.2.3.

TABELA 5.82 – INDICADOR DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA (RESERVA EXPLOTÁVEL)


VS. VAZÃO OUTORGADA
Disponibilidade hídrica subterrânea* vs. vazão outorgada** (%)
Local – zona/Bacia
Método 1 Método 3 Método 2
Zona 17 45,46 32,19 -
Zona 18 113,32 70,57 -
Zona 19 15,00 12,04 -
Zona 20 249,74 142,97 -
Zona 21 63,97 39,10 -
Total - Bacia 66,25 45,96 25,27
Obs.: disponibilidade hídrica subterrânea segundo métodos 1 a 3 de reserva (vazão) explotável (Capítulo 5.2.2.1) e vazão outorgada em
situações 2 (outorgas pelo uso de recurso hídrico) e 3 (outorgas associadas a poços que demandam apenas cadastro, por baixo consumo),
conforme Capítulo 5.2.2.2.
Elaboração: Engecorps, 2019

Embora ainda demande estudos mais aprofundados, estes valores indicam a necessidade de
maior controle nas zonas 18 e 20 (nas quais estão Rio Claro e Santa Gertrudes, suas áreas urbanas
e indústrias); certa atenção nas zonas 17 e 21 (que abarcam áreas em Corumbataí/Rio
Claro/Analândia e Piracicaba/Charqueada/Ipeúna, respectivamente), além da Bacia como um
todo; e situação mais confortável na zona 19 (interessantemente, onde há maior exposição do
aquífero Guarani).

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5.2.5 Qualidade das Águas

5.2.5.1 Qualidade da Água Superficial

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB é o órgão responsável pela operação
da rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais do Estado e, desde 1974, mantém
coletas e análises periódicas de diversos parâmetros. Esta rede, no entanto, é composta de
subtipos distintos, caracterizados pelo objetivo do monitoramento, frequência de coleta e
conjunto de parâmetros avaliados. Estes subtipos estão agrupados na rede manual (operada de
forma direta pelos operadores de campo) e na rede automática (operada remotamente, com
sondas autônomas). A rede manual contempla os seguintes subtipos:

✓ Rede Básica, que tem por objetivo fornecer um diagnóstico geral dos recursos hídricos do
Estado;

✓ Rede de Sedimentos, que complementa o diagnóstico feito na coluna d’água através de


informações sobre a qualidade dos sedimentos de fundo;

✓ Rede de Balneabilidade de Rios e Reservatórios, que fornece informações sobre a qualidade


da água para contato primário, ou seja, para o uso recreacional.

Na Bacia do Rio Corumbataí, operam apenas pontos da rede básica de monitoramento,


conforme a descrição trazida pela Tabela 5.83.

TABELA 5.83 – PONTOS DA REDE BÁSICA DE MONITORAMENTO DA CETESB NA BACIA DO


CORUMBATAÍ
Estação Município Corpo Hídrico Área de Contribuição Zona
GERT02500 Santa Gertrudes Córrego Santa Gertrudes CRUM141 20
LARO02500 Rio Claro Ribeirão Claro CRUM019 18
LARO02900 Rio Claro Ribeirão Claro CRUM021 20
CRUM02050 Analândia Rio Corumbataí CRUM013 17
CRUM02080 Rio Claro Rio Corumbataí CRUM016 17
CRUM02100 Rio Claro Rio Corumbataí CRUM016 17
CRUM02200 Rio Claro Rio Corumbataí CRUM009 20
CRUM02300 Charqueada Rio Corumbataí CRUM139 21
CRUM02500 Piracicaba Rio Corumbataí CRUM027 21
CRUM02850 Piracicaba Rio Corumbataí CRUM027 21
Elaboração: Engecorps, 2019

A tabela anterior mostra que a rede de monitoramento na Bacia do Rio Corumbataí é composta
por 10 pontos de coleta, sendo que grande parte destes pontos está alocada nos rios principais
da bacia, sendo eles: o Rio Corumbataí (7 pontos), Ribeirão Claro (2 pontos) e Córrego Santa
Gertrudes (1 ponto). Os Rios Passa Cinco e Cabeça, que possuem uma área de drenagem
correspondente à Zona 19 não são monitorados pela rede.

Esta divisão, apesar de desigual (quando considerada a topologia da drenagem principal da


bacia), se justifica quando a ela são associados os pontos de lançamento cadastrados e as áreas
de ocupação urbana, mostrando que a rede de monitoramento foi estabelecida de maneira a
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contemplar as áreas de maior influência antrópica. Em outras palavras, a distribuição destes


pontos seguiu critérios de macrolocação associados à ocupação humana no território da bacia,
buscando subsídios para uma abordagem específica para o setor do saneamento, conforme
disposto na Figura 5.59.

Todos os pontos apresentados na tabela acima pertencem à Rede Básica de coleta, não havendo
na bacia nenhum ponto da Rede de Monitoramento de Sedimentos e nem da Rede de
Balneabilidade. A frequência de coleta de Rede Básica é bimestral e os parâmetros avaliados
contemplam as seguintes variáveis:

✓ Físicas

✓ Condutividade;

✓ Sólido Dissolvido Total;

✓ Sólido Total;

✓ Temperatura da Água;

✓ Temperatura do Ar;

✓ Turbidez.

✓ Químicas

✓ Alumínio Dissolvido;

✓ Alumínio Total;

✓ Bário Total;

✓ Cádmio Total;

✓ Cálcio;

✓ Carbono Orgânico Dissolvido;

✓ Carbono Orgâncio Total;

✓ Chumbo Total;

✓ Cloreto Total;

✓ Cobre Dissolvido;

✓ Cobre Total;

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Figura 5.59 – Pontos da Rede Básica de Monitoramento de Qualidade de Água da CETESB na Bacia do Rio Corumbataí

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✓ Cromo Total;

✓ DBO (5, 20);

✓ Dureza;

✓ Ferro Dissolvido;

✓ Ferro Total;

✓ Fluoreto;

✓ Fósforo Total;

✓ Magnésio;

✓ Manganês Total;

✓ Mercúrio Total;

✓ Níquel Total;

✓ Nitrogênio Amoniacal;

✓ Nitrogênio Kjeldahl;

✓ Nitrogênio-Nitrato;

✓ Nitrogênio Nitrito;

✓ Oxigênio Dissolvido;

✓ pH;

✓ Potássio;

✓ Sódio;

✓ Sulfato;

✓ Zinco Total.

✓ Biológicas

✓ Clorofila-a;

✓ Feofitina-a;

✓ Escherichia coli.

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Com o objetivo tornar a interpretação dos dados mais objetiva e direcionada para temas
específicos, ao longo dos anos de operação da rede de monitoramento, a CETESB adotou índices
que, ao estabelecer regras matemáticas para a integração dos valores encontrados para um grupo
específico de parâmetros, inclusive com atribuição de peso de cada um para o resultado final,
passaram a compor a principal forma de divulgação dos resultados das campanhas de análise da
qualidade da água. Esse protagonismo dos índices de qualidade na divulgação dos resultados se
deu, principalmente, pelo fato de serem expressos em faixas de qualidade (ótimo, bom, regular,
ruim e péssimo, por exemplo) e não em valores de parâmetros isolados que não têm sentido
para o público leigo.

Para exemplificar, tem-se o IAP - Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de
Abastecimento Público e o IQA – Índice de Qualidade das Águas. Estes índices constituem
interessantes ferramentas para a análise integrada de um grupo específico de parâmetros que
dão respostas direcionadas sobre a situação da qualidade das águas, em função de um interesse
específico. Por exemplo, o IQA contempla parâmetros associados com o lançamento de
efluentes sanitários nos corpos d’água. Já o IAP apresenta uma estrutura voltada para indicar as
condições de qualidade das águas para fins de abastecimento público.

A CETESB, nos seus relatórios anuais de divulgação dos resultados da operação da rede, adota
ainda outros índices como o IVA – Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida
Aquática, o IET- Índice do Estado Trófico, o IB – Índice de Balneabilidade e os índices de
comunidades da fauna e flora aquáticas (fitoplâncton, zooplâncton e fauna bentônica).

De acordo com o Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo – 2017
(CETESB, 2018) os pontos de amostragem da Bacia do Rio Corumbataí apresentam resultados
de IQA desde o ano de 2012, com exceção do ponto CRUM02850, que começou a operar no
ano de 2017. Já para o IAP, apenas 4 pontos dos 10 trazem resultados para o ano de 2017 e
para a série histórica. São eles CRUM02050, CRUM02080, GERT02500 e LARO022500. Estes
pontos compreendem os locais mais à montante contemplados pelo monitoramento e, por tanto,
os trechos com baixo impacto das atividades antrópicas. Sendo assim, optou-se por não
considerar neste diagnóstico o IAP, e sim o IQA.

O IQA é calculado através de uma ponderação dos valores de 9 parâmetros de acordo com a
fórmula que segue:
n

𝐼𝑄𝐴 = ∏ q 𝑖 W𝑖
i=1
Onde:

 IQA: Índice de Qualidade das águas, um número de 0 a 100;


 qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 100, obtido da respectiva “curva
média devariação de qualidade”, em função de sua concentração ou medida;
 wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 1, atribuído em
função a sua importância para a conformação global de qualidade;

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-276-

 n: número de variáveis que entram no cálculo do IQA.


Os Parâmetros utilizados no cálculo são: Coliformes Fecais, pH, Demanda Biológica de Oxigênio
(DBO), Nitrogênio Total, Fósforo Total, Temperatura, Turbidez, Resíduo Total e Oxigênio
Dissolvido (OD). Os resultados de IQA são expressos em classes de qualidade de acordo com a
Tabela 5.84. A cada classe de qualidade está atribuída uma cor específica.
TABELA 5.84 – CLASSES DE IQA DE ACORDO COM OS RESULTADOS OBTIDOS COM A
PONDERAÇÃO
Classes Ponderação
ÓTIMA 79 < IQA ≤ 100
BOA 51 < IQA ≤ 79
REGULAR 36 < IQA ≤ 51
RUIM 19 < IQA ≤ 36
PÉSSIMA IQA ≤ 19
Fonte: CETESB, 2018

Para o ano de 2017, o monitoramento da rede básica na Bacia do Rio Corumbataí mostrou que,
em geral, os piores valores de IQA não ultrapassam a categoria ‘Regular’. Foram feitas 6 análises
(frequência bimestral), distribuídas entre os meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e
novembro, e os resultados estão dispostos na tabela a seguir:

TABELA 5.85 – VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
REDE BÁSICA NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
2017
Ponto
Jan Mar Mai Jul Set Nov
GERT02500 70 77 75 80 73 75
LARO02500 59 73 70 77 76 71
LARO02900 48 61 59 59 44 59
CRUM02050 73 70 78 78 75 69
CRUM02080 59 37 67 68 68 58
CRUM02100 64 42 66 69 70 58
CRUM02200 49 42 50 52 42 40
CRUM02300 61 43 51 55 62 42
CRUM02500 67 39 57 64 65 43
CRUM02850 53 39 53 54 47 40
Elaboração: Engecorps, 2019

A análise da Tabela 5.85 permite estabelecer que, em geral, os valores obtidos pelo IQA ao longo
de 2017 na Bacia do Rio Corumbataí estão com qualidade de regular a boa. Para os pontos
GERT02500, LARO02500 e CRUM02050, todos os resultados se enquadram nesta classe sendo
que, para GERT02500, os resultados da coleta feita no mês de julho de 2017 resultaram em uma
classificação ótima para o IQA. Esta posição de destaque no IQA para estes pontos é explicada
pela sua localização geográfica, uma vez que contemplam trechos de rios que sofrem pouca
influência da ação antrópica, estando estes pontos posicionados em regiões de cabeceira da
bacia.

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Este fato serve também para justificar a função estratégica do monitoramento destes trechos: por
não refletirem os impactos das inteirações econômicas na qualidade da água, os resultados das
análises para as coletas feitas aí refletem uma condição de referência para cada um dos corpos
hídricos em questão. Os teores de fósforo e nitrogênio, a turbidez, metais, pH e de outros
parâmetros ali encontrados são muito próximos aos teores naturais, característicos destes corpos
hídricos e que são orinudos das condições geológicas e hidrogeológicas da bacia.

Seguindo à jusante na topologia da bacia, os pontos vão apresentando valores de IQA cada vez
menores, representando o acúmulo dos efeitos das atividades humanas ao longo da bacia. Essa
situação fica evidente ao se comparar os resultados do IQA dos pontos de cabeceira (referidos
anteriormente) com o ponto CRUM02850, localizado no ponto mais baixo da bacia, próximo
ao seu exutório. A Figura 5.60 traz um gráfico com esta comparação. À área de plotagem do
gráfico foi colorida de maneira a representar as classes de qualidade do IQA conforme
estabelecido na Tabela 5.85.

Figura 5.60 – Comparação dos Valores de IQA para o Ano de 2017 entre os Pontos de Cabeceira e Exutório
da Bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019

Além de estabelecer a distância do valor do IQA entre os pontos de cabeceira e o ponto do


exutório, o gráfico ilustra aquilo que a Tabela 5.84 já havia estabelecido: não foram encontrados
resultados de IQA classificados como ‘Ruim’ ou ‘Péssimo’ para nenhuma amostra.

A comparação da média dos resultados do IQA para o ano de 2017 com as médias dos anos
anteriores mostra uma estabilidade desse indicador ao longo do tempo. A flutuação destes
resultados entre classes de IQA diferentes para os pontos ocorre de maneira muito discreta em
apenas dois casos na rede de coleta (CRUM02300 e CRUM02500). O gráfico da Figura 5.61 traz

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a comparação da média anual do IQA, entre os anos de 2012 e 2017. A exceção é o ponto
CRUM02850, onde as coletas se iniciaram em 2017, não havendo registro da série histórica.

Figura 5.61 – Valores médios de IQA dos pontos da Bacia do Rio Corumbataí para os anos de 2012 a 2017

Elaboração: Engecorps, 2019

Por se tratar de um índice cujo valor resulta da ponderação de parâmetros específicos, seguindo
uma relação de importância entre eles, o IQA, invariavelmente, mascara eventuais variações dos
resultados isolados destes parâmetros. Por exemplo, o resultado do IQA para o ponto
CRUM02200 em julho de 2017 mostra um valor classificado como ‘Bom’ porém, ao serem
analisados os resultados de cada parâmetro de maneira isolada, nota-se que os valores de fósforo
total, DBO e E. coli excedem os limites impostos pela Classe 2, na qual se enquadra o Rio
Corumbataí (conforme tratado adiante no tópico 5.3.1, no que diz respeito ao enquadramento
dos corpos hídricos).

Ao proceder a análise individualizada para os resultados destes parâmetros, constata-se que


turbidez, fósforo total e E. coli foram aqueles que mais vezes excederam os respectivos limites
impostos pelo enquadramento. As figuras a seguir trazem os resultados médios de 2017 destes
parâmetros para cada ponto, associados ao limite imposto pelo enquadramento dos rios
(representado graficamente com uma linha vermelha).

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160
Turbidez

UNT
140

120

100

80
Turbidez
60
Limite
40

20

Figura 5.62 – Valores médios (2017) de turbidez para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio
Corumbataí.

Elaboração: Engecorps, 2019

30.000
Escherichia coli
UFC/100ml

25.000

20.000

15.000
E.coli
10.000 Limite

5.000

Figura 5.63 – Valores médios (2017) de E. coli para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio Corumbataí

Elaboração: Engecorps, 2019

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0,6
Fósforo Total

mg/L
0,5

0,4

0,3
P Total
0,2 Limite

0,1

Figura 5.64 – Valores médios (2017) de fósforo total para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio
Corumbataí

Elaboração: Engecorps, 2019

Dentre os parâmetros acima, as médias dos resultados de E. coli obtidos para o ano de 2017
foram as que mais vezes excederam o limite do enquadramento. Das 60 amostras coletadas nos
10 pontos ao longo do ano, 43 apresentaram resultados em desconformidade (71,6% do total).
Para fósforo total, 46,6% das amostras excederam o limite (28 de 60). Por fim, 18,36% (11
amostras) apresentaram resultados desconformes para turbidez. Conforme evidenciado nos
gráficos de E. coli e fósforo total, há um limite menos restritivo imposto para o ponto LARO02500.
Este ponto está localizado no trecho do Ribeirão Claro enquadrado na Classe 3 (a jusante da
captação de água de abastecimento para o Rio Claro até a confluência com o Córrego Santa
Gertrudes, no Município de Rio Claro). Para a turbidez, no entanto, o limite tolerado pela Classe
3 é igual ao da Classe 2 (100 UNT).

Com o intuito de complementar os resultados obtidos pela operação da rede de monitoramento


da CETESB, foram utilizados os dados de medições de parâmetros físico-químico realizada no
levantamento de campo em março de 2019 através de sonda multiparamétrica (detalhado no
item 5.3.5). Este levantamento teve apenas o objetivo de percorrer os principais mananciais da
bacia do Rio Corumbataí (Rio Corumbataí, Ribeirão Claro, Rio da Cabeça, Rio Passa Cinco, Rio
Pirapetinga e Córrego Santa Gertrudes) para identificar/catalogar eventuais usuários não
cadastrados. Foram então realizadas medições da qualidade da água e monitoramento dos
parâmetros físico-químico, como: cor, odor, turbidez, nitrogênio, amoniacal, fósforo total, OD,
PH e coliformes fecais, a cada 3 km percorridos, em toda a extensão dos corpos d´água,
totalizando 100 amostras. Os resultados das análises feitas nesta campanha estão em Anexo III.

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Assim como observado pelo relatório da CETESB, a turbidez se apresentou em desconformidade


com os limites do enquadramento em 38% das amostras coletadas, sendo 10% no Rio Cabeça,
5% no Ribeirão Claro, 3% no Rio Pirapetinga e 20% no Rio Corumbataí. Os demais parâmetros
analisados não apresentaram desconformidades significativas. A Figura 5.65 traz a distribuição
dos pontos amostrados durante o percurso dos rios.

De modo geral, os resultados apresentados pela rede de monitoramento da CETESB, juntamente


com a campanha realizadas em março de 2019, apontam que o Rio Corumbataí apresenta a
pior situação em termos de qualidade da água na bacia, sendo que a grande modificação ocorre
após receber a contribuição de seus tributários e passar pelo município de Rio Claro, onde recebe
grande parte de esgoto in natura e resíduos industriais.

Vários estudos publicados tais como: Esquierro & Tauk-Tornisielo (2008), Belondi (2003) e Lima
(2000)11 corroboram essa constatação em relação a qualidade da água. Apontam que as
principais causas da poluição do Rio Corumbataí estão associadas ao lançamento de esgotos “in
natura”, às contribuições do parque industrial do município de Rio Claro, às cargas de agrotóxicos
provenientes da agricultura local, à supressão da mata galeria (que exerce um papel filtrante
entre o corpo d’água e as atividades agrícolas praticadas em suas margens e vertentes) e às
atividades mineradoras.

É importante dizer que o Rio Corumbataí também vem sofrendo bastante com a alta turbidez de
suas águas, principalmente com os eventos de precipitação elevada na cabeceira do rio. A
produção de sedimentos tem implicações diretas nos cursos d´água e que acabam implicando
na qualidade dos recursos hídricos, além da perda de produtividade em terras agrícolas. O
aumento no volume das águas tem arrastado junto muito sedimento como argila, terra e areia,
que ficam depositados nas margens do rio. Esse processo denominado “arrasto” tem aumentado
a quantidade de materiais em suspensão na água, levados para a área de captação de água bruta
da Estação de Tratamento de Água (ETA2), responsável pelo abastecimento de 60% do município
de Rio Claro.

Essa turbidez na água dificulta os processos químicos e físicos que envolvem o tratamento da
água, o que implica em consumo elevado de produtos químicos e atenção redobrada nos
processos de operação. Levantamentos feitos pelo DAAE (Rio Claro) apontam que nos meses de
outubro e novembro de 2018 ocorreu um aumento de cerca de 80% na adição de produtos
químicos necessários para o tratamento de água que é distribuída da população.

O consumo das águas da Bacia do Rio Corumbataí para fins domiciliares exige a conservação
dos padrões estabelecidos de qualidade, que atualmente vem apresentando alterações pelo
crescente lançamento de efluentes, modificando suas características físicas, químicas e
biológicas.

11
LIMA, J.L.N de. Hidroquímica pluvial e fluvial na Bacia do Rio Corumbataí (SP) e relações com o uso do PB-210 como geocronômetro 2000.
219 p. Tese Doutorado em Geociências e Meio Ambiente) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas – Universidade Estadual Paulista “Julio
de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2000.

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Figura 5.65 – Distribuição dos pontos de amostragem durante o percurso dos rios na Bacia do Rio Corumbataí

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O Rio Corumbataí está enquadrado na Classe 2 de acordo com o Decreto Estadual nº 10.755/77,
sendo suas águas destinadas ao abastecimento urbano, às atividades agropecuárias e a recepção
de esgotos. No entanto, a falta de tratamento para o esgoto doméstico, principalmente na cidade
de Rio Claro, a exploração mineral de calcários e a intensa atividade agrícola no trecho entre Rio
Claro e Piracicaba prejudicam a manutenção a qualidade de água no sentido do atendimento
aos limites deste enquadramento. O Rio Passa Cinco também é impactado pelo lançamento de
efluentes domésticos da cidade de lpeúna e pelas atividades agrícolas próximas a ela.

Cabe ainda dizer que associada as fontes pontuais de poluição, como pontos de lançamento de
esgoto não tratado, indústrias poluentes, aterros não controlados, valas e lixões, as alterações da
qualidade da água da bacia do Rio Corumbataí sofrem forte contribuição das fontes difusas,
intimamente associadas à geologia, ao uso do solo e à morfologia da bacia de drenagem. A Figura
5.66 traz algumas destas fontes de poluição.

5.2.5.1.1 Turbidez

Como visto a turbidez da água é um problema recorrente na bacia, especialmente, no Rio


Corumbataí a jusante do Ribeirão Claro. Essa turbidez é atribuída a presença de materiais sólidos
em suspensão (como: silte, argila, sílica ou coloides, matérias orgânicas e inorgânicas, organismos
microscópicos e algas), podendo ter como origem desde o solo (quando não há mata ciliar – por
meio da erosão); mineração, como a retirada de areia ou a exploração de argila; indústrias ou o
esgoto doméstico lançado no manancial sem tratamento.

O Rio Corumbataí é um “corpo receptor” de esgotos domésticos e industriais nas áreas urbanas;
e ainda, recebe a contribuição de muitos riachos da bacia, que não estão sujeitos aos efluentes
urbanos, mas que sofrem com a influência da matriz de agricultura. Esses despejos de efluentes
leva a um aumento na concentração de metais e pesticidas na água ou no sedimento do rio,
além do impacto pelo deslocamento do gado pelas áreas de pastagem.

Essa carga orgânica lançada no Rio Corumbataí vem aumentando gradativamente, o que é
percebido pela alteração da turbidez, cor, matéria orgânica, presença de alguns metais e
sedimentos, e tem gerado aumento de consumo de produtos químicos, consequentemente no
custo para o tratamento da água.

Neste contexto, os serviços públicos de abastecimento estão cada vez mais se deparando com
situações críticas em relação à qualidade da água em decorrência da acelerada degradação
ambiental. Para exemplificar, são citados a seguir alguns eventos recentes de alteração da
turbidez da água que comprometeram o abastecimento de água de municípios como Rio Claro,
Piracicaba e Santa Gertrudes:

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Figura 5.66 - Situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio Corumbataí

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✓ Entre outubro e novembro de 2018, como já mencionado anteriormente, o DAEE


(Departamento Autônomo de Água e Esgoto) constatou que houve um aumento de cerca de
80% na adição de produtos químicos necessários para o tratamento de água que é distribuída
para a população de Rio Claro, por conta de considerável aumento da turbidez da água no
Rio Corumbataí;

✓ Em fevereiro de 2019, a operação da ETA 2, responsável pelo abastecimento de 60% do


município em Rio Claro, foi paralisada por duas vezes, devido à alta turbidez no Rio
Corumbataí, que impossibilitou o tratamento da água; Em janeiro de 2019, a SEMAE (Serviço
Municipal de Água e Esgoto) suspendeu o funcionamento da Estação de Tratamento (ETA)
do Capim Fino devido a uma grande alteração na qualidade de água. A turbidez da água do
Rio Corumbataí, principal manancial que fornece água para Piracicaba, atingiu um valor
próximo a 9 mil UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez), quando o aceitável é de 100
UNT para a Classe 2 (Resolução CONAMA 357/2005).

✓ Em 2005, o município de Santa Gertrudes sofreu com a falta de água com qualidade para o
abastecimento público na cidade, decorrente da atividade minerária na região. A turbidez na
água superficial se dá principalmente nos períodos chuvosos aonde os finos advindos da mina
e do pátio de secagem são carreados para as redes de drenagens. Neste evento de 2005, o
Grupo Técnico “SEAQUA da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo -
Estudos Hidrogeológicos-Santa Gertrudes” processo de n° 30.167/2005, determinou a
paralisação de sete empreendimentos minerários nesta região.

De acordo com os dados de monitoramento da qualidade da CETESB, que ocorre desde 2002,
os valores de turdizez do Rio Corumbataí vem gradualmente aumentando ao longo do tempo,
como mostra o gráfico da Figura 5.67.

Figura 5.67 – Evolução do nível de Turbidez em alguns dos pontos de monirotamento da CETESB da Bacia do
Rio Corumbataí

Esse histórico de aumento da turbidez ao longo dos anos nos rios e córregos pertencentes a bacia
do Rio Corumbataí é corroborado pelos dados da qualidade da água bruta das ETAs que realizam
análises das águas captadas em suas fontes de produção. A seguir são apresentados os resultados
das análises nas ETAs de Ipeúna, Piracicaba e Santa Gertrudes (Figura 5.68).

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400,00
350,00
300,00
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00

Ipeúna Piracicaba Santa Gertrudes

Figura 5.68 – Grau de Turbidez da água bruta das ETAs informado pelos municípios da Bacia do Rio
Corumbataí

A Figura 5.69 apresenta o gráfico no qual identifica-se apenas uma anormalidade no grau de
turbidez em março de 2018 na ETE Flores, quando se alcançou a marca de 120 UNT. Ademais,
a média da turbidez dos pontos do Rio Corumbataí foi 28 UNT. A análise das Figuras 5.68 e 5.69
revela certa relação entre os maiores níveis de turbidez e o período chuvoso, época que ocorrem
as chuvas mais intensas, enquanto que no período de estiagem (maio-setembro há uma
estabilidade das curvas.

140

120

100

80

60

40

20

0
15/jan 05/fev 05/mar 02/abr 07/mai 04/jun 03/jul 13/ago 03/set 01/out 05/nov 03/dez

ETE Ajapi - Montante ETE Ferraz - Montante


ETE Flores - Montante ETE Palmeiras - Montante
Usina Hidrelétrica do Corumbataí Captação de Água

Figura 5.69 – Grau de Turbidez da água bruta do Rio Corumbataí nformado pelo município de Rio Claro (BRK
Ambiental).

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Como visto no item 4.2 Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo – Últimos 20 anos, houve grandes
alterações no uso e ocupação do solo da bacia neste período. As pastagens e as formações
vegetais cederam espaço para a grande expansão da cana-de-açúcar, que hoje representam,
respectivamente, 285 km², 391 km² e 754 km² de área da bacia. As pastagens e a cultura
canavieira ocupam mais de 60% da área total da bacia, seguida pela vegetação nativa que ocupa
22%. Também merece atenção especial a Mineração, com um crescimento de 298% para o
período em análise, com grande impacto nos municípios de Santa Gertrudes e Rio Claro,
principalmente.

A Figura 5.70 mostra que a evolução do uso da terra na bacia nos últimos 20 anos, ocupou as
regiões das nascentes e próximas a estas para o plantio da cana-de-açúcar, desrespeitando a
preservação de Áreas de Preservação Permanente (APP). Ou seja, a mata ciliar necessária para a
proteção dos rios na região foi substituída pela cana-de-açúcar e pastagem, aumentando os riscos
relacionados ao aporte de sedimentos nos corpos hídricos.

Como consequência dessas atividades associadas à má conservação das matas ciliares, há


problemas associados à erosão, provenientes do pisoteio do gado ou do manejo efetuado por
maquinário agrícola pesado, estimulando o assoreamento. Essa situação pode se tornar mais
crítica no período de maior pluviosidade.

É importante ressaltar que esses eventos críticos de alta turbidez estão sempre associados à altos
índices pluviométricos, registrados no período chuvoso/quente. Após fortes chuvas, as águas dos
mananciais de superfície ficam turvas, em decorrência do carreamento dos sedimentos das
margens pela enxurrada.

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Figura 5.70 – Evolução do uso da terra para a cana-de-açúcar, pastagem, vegetação nativa e mineração

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5.2.5.2 Qualidade da Água Subterrânea

5.2.5.2.1 Considerações iniciais

A descrição da qualidade das subterrâneas na Bacia do Rio Corumbataí baseia-se notadamente


nos resultados de dados de qualidade obtidos nas redes de monitoramento existentes, sendo a
principal delas da CETESB. Também é efetuado um apanhado da situação da vulnerabilidade
natural dos aquíferos e indicativos das principais fontes potenciais de contaminação de aquíferos
na Bacia. A inexistência de inventários de fontes de contaminação dificulta a determinação do
risco ou perigo de contaminação, o que deve ser objeto de ações futuras pelos gestores da Bacia.

A síntese da caracterização hidroquímica das águas dos principais aquíferos das Bacias PCJ,
incluindo na área da Bacia do Rio Corumbataí, é apresentada na Tabela 5.86.

TABELA 5.86 – SÍNTESE DA CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS DOS PRINCIPAIS


AQUÍFEROS DAS BACIAS PCJ
Unidade aquífera Características Hidroquímicas
Águas bicarbonatadas cálcicas ou magnesianas e, secundariamente, bicarbonatadas
sódicas. Os resultados de análises da qualidade das águas desse aquífero mostram, de
Serra Geral / diabásios modo geral águas, pouco mineralizadas. Para os elementos fluoreto, nitrato, sulfato,
chumbo, crômio e ferro, bem como bactérias heterotróficas, as concentrações
máximas ultrapassaram os valores máximos permitidos em alguns pontos
As águas são pouco mineralizadas, porém as concentrações de sais aumentam no
sentido de fluxo das águas subterrâneas, das áreas de recarga até as porções
confinadas e profundas. O SAG enquadra-se no grupo das águas moles, sendo
localmente intermediárias. Os valores de pH variam de 4,51 a 10,2, refletindo,
geralmente, seu caráter ácido nas porções superficiais (livres), e básico em suas
Guarani (SAG)
porções mais profundas (confinadas). A amplitude de variação da temperatura, de
21,3 (livre) a 45,4°C (confinado), assim como o pH, é resultado das diferentes
profundidades de captação dos poços monitorados. No geral, o SAG apresenta boa
qualidade quanto aos seus constituintes inorgânicos, exceto pela presença pontual de
alguns metais e ametais
As águas variam de doces a fracamente salinas, com pH variando de 4,5 a 10. Podem
ocorrer não conformidades para os elementos chumbo, ferro, fluoreto, manganês,
Tubarão
mercúrio, sódio e sulfato. São preponderantemente bicarbonatadas sódicas e,
subordinadamente, bicarbonatadas mistas e cálcicas.
Obs.: informações não disponíveis para o aquitarde Passa Dois e para os aquíferos locais de Terrenos sedimentares terciários a recentes:
valores não determinados
Fonte: PROFILL & RHAMA, 2018
Elaboração: Engecorps, 2019.

5.2.5.2.2 Redes de monitoramento existentes e dados históricos de não conformidades

O monitoramento da qualidade das águas subterrâneas realizado na Bacia do Rio Corumbataí


engloba principalmente a Rede de Monitoramento de Qualidade da CETESB, iniciada em 1990.
Esta rede operada pela CETESB é composta por poços não dedicados, sendo sua imensa maioria
por poços tubulares de explotação de água para abastecimento público, sobretudo operados
pela SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. No âmbito do estado
como um todo, há algumas exceções, como poços de prefeituras municipais, órgãos públicos,
praças de pedágio (via convênio com a ARTESP - Agência de Transporte do Estado de SP), além
de pontos de monitoramento de águas minerais e nascentes. Cabe observar que nesta rede, a

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CETESB não faz monitoramento de vazão, tempo de operação, profundidade de nível estático
ou dinâmico.

Em 2017, a Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas Subterrâneas contava com 313
poços tubulares e nascentes no Estado de São Paulo, localizados na maioria das unidades de
gerenciamento de recursos hídricos paulistas (UGRHIs) e seus principais aquíferos.

A publicação da avaliação dos resultados do monitoramento de qualidade é realizada pela


CETESB por meio da série relatórios “Qualidade das Águas Subterrâneas no Estado de São
Paulo”, com edições trienais sistemáticas a partir de 1998-2000, seguindo em 2001-2003, 2004-
2006, 2007-2009, 2010-2012 e 2013-2015 (CETESB, 2018a); há ainda relatórios com dados de
anos anteriores, publicados em 1994 e 1997. O próximo relatório será disponibilizado em 2019,
referente ao período 2016-18; no entanto, em 2017, a CETESB passou a publicar também o
“Boletim de Águas Subterrâneas” (CETESB, 2018a), com disponibilização dos dados anuais.

A periodicidade das amostragens/análises é semestral, efetuadas em duas épocas, tipicamente:


março a abril (mais recentemente estendendo-se até maio); e de setembro a novembro, sendo
que, a depender de questões operacionais ou de disponibilidade de pessoal, há a possibilidade
de reprogramação das mesmas. A coleta de água é feita pela própria CETESB em derivações
(torneiras ou alavancas) situadas próximas ao poço, em água bruta (sem qualquer tratamento),
sem filtração.

Os parâmetros monitorados pela CETESB variam de ano a ano, sendo os principais:

✓ Físicos: temperatura da água e do ar, sólidos dissolvidos totais e sólidos totais;


✓ Químicos: pH, alcalinidade - bicarbonato, alcalinidade - carbonato, alcalinidade - hidróxido,
condutividade elétrica, dureza total, nitrogênio nitrato, nitrogênio nitrito, nitrogênio
amoniacal total, nitrogênio Kjeldhal total, carbono orgânico dissolvido, cloreto, fluoreto,
sulfato e as concentrações totais de alumínio, antimônio, arsênio, bário, berílio, boro, cádmio,
cálcio, chumbo, cobalto, cobre, crômio, crômio hexavalente, estanho, estrôncio, ferro, lítio,
magnésio, manganês, mercúrio, molibdênio, níquel, potássio, prata, selênio, sódio, titânio,
urânio, vanádio e zinco;
✓ Microbiológicos: Coliformes totais, bactérias heterotróficas, Escherichia coli.
Para alguns pontos localizados em áreas rurais ou próximos a elas, a partir de 2010 têm sido
determinados agroquímicos (agrotóxicos) legislados: herbicidas fenioxiácidos clororados,
herbicidas triazinas, outros herbicidas, pesticidas organoclorados e pesticidas organofosforados.
Para alguns poços localizados, a partir de 2010 também foram determinados compostos
orgânicos voláteis, tendo em vista o histórico da industrialização. Por fim, com objetivo de avaliar
a ocorrência de substâncias que agem como interferentes endócrinos, ou seja, que possuem a
capacidade de interferir na produção ou ação dos hormônios, foi introduzida a avaliação de
atividade estrogênica em 2011. Estes compostos podem atingir os mananciais subterrâneos pela
contaminação com esgoto doméstico, pela percolação de pesticidas ou outros compostos
aplicados no solo.

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Os padrões utilizados pela CETESB têm variado de ano a ano. Nos primeiros anos, utilizou-se da
Portaria n. 36 (Potabilidade) - Ministério da Saúde - MS (1990); a partir de 2001, com a
publicação da primeira listagem de Valores Orientadores da Qualidade de Solos e Águas
Subterrâneas, passou a utilizar-se também do Valor de Intervenção. Atualmente, as referências
são: Portaria de Consolidação n. 5/2017 (que basicamente utiliza o Padrão de Potabilidade da
Portaria MS 2914/2011); Valor Orientador de Intervenção (última listagem da CETESB de VRQs,
de 2016, anexa à Decisão da Diretoria CETESB n. 256/2016) e Valores Máximos Permitidos das
Resoluções Federais CONAMA ns. 396/2008 e 420/2009.

Uma segunda rede do Estado de São Paulo, denominada Rede de Monitoramento Integrado de
Quantidade e Qualidade das Águas Subterrâneas (DAEE/CETESB), foi iniciada em 2009, em
parceria da CETESB com o DAEE (órgão outorgante estadual de recursos hídricos e focado nas
questões quantitativas), com a instalação de poços dedicados ao monitoramento da qualidade e
da profundidade do nível da água na porção mais superficial de aquíferos livres, e vem sendo
implementada desde então. Tem, portanto, um perfil distinto da rede tradicional de qualidade
descrita anteriormente e restringe-se aos aquíferos Bauru (centro-oeste do Estado de SP) e
Guarani (porção central, notadamente). Os dados de qualidade têm sido publicados pela CETESB
nos mesmos relatórios de qualidade da rede não dedicada; já os dados de quantidade,
basicamente de profundidade de nível estático, ainda não estão disponíveis, pois estão em fase
de consistência.

Visando à caracterização da situação na Bacia do Rio Corumbataí, foram consultados todos os


relatórios publicados nas duas redes (qualidade – CETESB; poços não dedicados; e qualidade e
quantidade – CETESB/DAEE). Os resultados são sintetizados nas Tabelas 5.87 e 5.88, além da
Figura 5.71 (dados históricos de vários relatórios - CETESB, 2018a).

✓ Há apenas 3 pontos situados dentro da Bacia do Rio Corumbataí: GUP0227P (Analândia –


aq. Guarani; rede não dedicada – apenas qualidade; ponto atualmente desativado;
desconformidades históricas não registradas), PDO0353P (Rio Claro – aquitarde Passa Dois;
rede não dedicada – apenas qualidade; ponto ativo; não conformidades históricas:
coliformes totais, ferro e fluoreto) e GU5002Z (Analândia – aq. Guarani; rede
dedicada/integrada, ponto ativo; não conformidades: ferro e manganês).
✓ Há outros 13 poços sendo monitorados nos arredores imediatos da Bacia do Rio Corumbataí,
sendo 10 da rede de qualidade não dedicada/apenas qualidade (6 extraindo água do aquífero
Guarani e 4 do Tubarão) e 3 da rede quanti-qualitativa integrada (todos no aquífero Guarani,
em pequenas profundidades de 30 a 46m). Nestes pontos, foram encontradas não
conformidades dos parâmetros bactérias heterotróficas, Pb, Fe, Mn e Al para os aquíferos
Guarani e Tubarão; e B e F- no aquífero Tubarão.
✓ Os resultados obtidos indicam a necessidade de monitoramento preventivo dos usuários de
água de poços, nos aquíferos ali indicados, para os parâmetros com não conformidades
históricas detectadas (valores acima dos VMPs – Valores Máximos Permitidos).
✓ Não foram efetuadas análises de compostos orgânicos voláteis nesses pontos; atividade
estrogênica foi medida, sendo detectada em apenas uma amostra, em um dos anos (e sem
valores elevados); aqroquímicos foram analisados em algumas amostras, mas não detectados.

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TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS

(Continua)

Compostos Amostragem
Área de Amostragem Atividade Agroquí-
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos - Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos
voláteis quantidade
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - não dedicada, apenas qualidade (CETESB)
P6 - Morada do
GU0227P Analândia 5 Sim 17 22° 07' 46" 47° 39' 04" Guarani Semestral Não Não Não Não 48 a 200 78
Sol
Pça./Pedágio -
Rod.
PD0353P Rio Claro 5 Sim 18 22° 22' 23" 47° 28' 51" Passa Dois Semestral Não Não Não Não 30 a 101 35
W.Finardi km
59
Santa Maria
GU0276P 5 Arredores - 22° 33' 47" 48° 09' 01" P3 - Sabesp Guarani Semestral Não Não Não Não 18 a 240 ND
da Serra
Parque Bosque
GU0296P Descalvado 9 Arredores - 21°55'42" 47°37'20" do Tamanduá – Guarani Semestral Não Não Não Não 82 a 158 48
P.M.
Pça./Pedágio -
GU0057P Itirapina 13 Arredores - 22° 08' 16" 47° 48' 09" Rod. Wash.Luís Guarani Semestral Não Não Não Não ND 28
- km 216
P1-
GU0058P Itirapina 13 Arredores - 22°15’ 07” 47° 48’ 42” DAEE/Prefeitur Guarani Semestral Não Não Não Não 40 a 107 0
a
Parque Bosque
GU0240P Descalvado 9 Arredores - 21° 55' 42" 47° 37' 21" do Tamanduá – Guarani Semestral Não Não Não Não ND ND
P.M.
P2-
GU0292P Itirapina 13 Arredores - 22°15'10" 47°48'49" DAEE/Prefeitur Guarani Semestral Não Não Não Não 63 a 138 5
a
TU0071P Mombuca 5 Arredores - 22° 55' 43" 47° 34' 25" P1 - Sabesp Tubarão Semestral Não Não Não Não 102 a 203 30
P TRW - Varga
TU0153P Limeira 5 Arredores - 22° 33' 05" 47° 22' 19" Tubarão Semestral Não Não Não Não 176 a 488 106
S/A
P Bairro Tatu -
TU0177P Limeira 5 Arredores - 22° 39' 07" 47° 21' 15" Águas de Tubarão Semestral Não Não Não Não ND ND
Limeira
Sim -
Cia. Muller - Sim - 2013-
TU0267P Pirassununga 9 Arredores - 22° 00' 23" 47° 26' 41" Tubarão Semestral Não 2013- Não ND ND
Cachaça 51 15*
15**

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TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS

(Conclusão)

Compostos
Área de Amostragem Atividade Agroquí- Amostragem -
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos quantidade
voláteis
Compostos
Área de Amostragem Atividade Agroquí- Amostragem -
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos quantidade
voláteis
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - dedicada e integrada (quali-quantitativa) - CETESB/DAEE
Sítio Sim -
Sim - 2010-
GU5002Z Analândia 5 Sim 17 22° 07' 57” 47°41' 21" Sonho Guarani Semestral Não 2010- Diária, desde 2009 14 a 36 6
15***
Meu 12****
Sítio São
GU5038Z Piracicaba 5 Arredores - 22° 43’ 29” 47° 45’ 24” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 10 a 30 16,4
Jorge
Santa Maria Sítio Santa
GU5018Z 5 Arredores - 22° 32’ 20” 48° 10’ 56” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 14 a 36 9,5
da Serra Apolônia I
Granja
GU5006Z Descalvado 9 Arredores - 21° 54’ 25” 47° 35’ 17” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 12 a 46 9,2
Eldorado
Obs.: *não detectada (6/6)**; não detectado (5/5); ***detectada em 2012 (2/2); não detectada em 2013-15 (6/6); ****não detectado (2/2); +Prof. de captação.
Fonte: CETESB E CETESB/DAEE, 2018
Elaboração: Engecorps, 2019

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TABELA 5.88 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS
Não Lista histórica de
Período Anos
Código Município confor- Município parâmetros não 2017 2013-15 2010-12 2007-9
considerado anteriores
midade? conformes
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - não dedicada, apenas qualidade (CETESB)
GU0227P Analândia 2010-17 Não Analândia - Não Não Não Não amostrado Não
Coliformes totais, Fe, Coliformes totais
PD0353P Rio Claro 2013-17 Sim Rio Claro Fe (1/6), F- (1/6) Não amostrado Não amostrado Não
F- (1/2), Fe (1/2)
Santa Maria da Santa Maria da
GU0276P 2010-17 Não - Não Não Não Não amostrado Não
Serra Serra
GU0296P Descalvado 2010-17 Não Descalvado - Não Não Não Não amostrado Não
Bactérias het., Pb, Fe, Bactérias het.
GU0057P Itirapina 2007-17 Sim Itirapina Al (1/2) Não Pb, Fe, Mn (todos 1/6) Sim
Mn, Al (1/6)
GU0058P Itirapina 2007-12 Sim Itirapina Al Não amostrado Não amostrado Al (1/6) Al (1/6) Sim
GU0240P Descalvado 2010-12 Não Descalvado - Não amostrado Não amostrado Não Não amostrado Não
GU0292P Itirapina 2010-17 Não Itirapina - Não Não Não Não amostrado Não
TU0071P Mombuca 2007-17 Não Mombuca - Não Não Não Não Sim
Al, B, Pb, Fe,
Al, B, Pb, Fe,
bactérias
TU0153P Limeira 2007-17 Sim Limeira bactérias Não Fe (2/6) Não Sim
heterotróficas (todas
heterotróficas
1/6)
Bactérias Bactérias Bactérias
TU0177P Limeira 2007-17 Sim Limeira Não Não Sim
heterotróficas het.(1/6) heterotróficas (1/6)
TU0267P Pirassununga 2010-17 Sim Pirassununga B, F- F- (1/2) B (6/6), F- (6/6) B (6/6), F- (6/6) Não amostrado Não
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - dedicada e integrada (quali-quantitativa) - CETESB/DAEE
Qualidade:
2010-17;
GU5002Z Analândia Sim Analândia Fe, Mn Fe (2/2), Mn (2/2) Não Não Não amostrado Não
quantidade:
2009-17
GU5038Z Piracicaba 2017 Não Piracicaba - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Santa Maria da Santa Maria da
GU5018Z 2017 Não - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Serra Serra
GU5006Z Descalvado 2017 Não Descalvado - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Fonte: CETESB E CETESB/DAEE, 2018
Elaboração: Engecorps, 2019

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Figura 5.71 – Principais não conformidades encontradas nos pontos monitorados em águas subterrâneas - redes de monitoramento qualitativo da CETESB e integrada quantitativo-qualitativa (CETESB/DAEE) – Bacia do Rio Corumbataí e arredores
imediatos; resultados históricos (CETESB, 2018a)
Elaboração: Engecorps, 2019

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5.2.5.2.3 Caracterização da Vulnerabilidade

Vulnerabilidade de um aquífero expressa sua maior ou menor suscetibilidade de ser afetado por
uma carga poluidora.

A elaboração do mapa de vulnerabilidade dos aquíferos existentes no Estado de São Paulo,


apresentada em LEBAC & UNESP (2013), baseou-se em método proposto por Foster & Hirata
(1988), no qual são atribuídos valores para três parâmetros físicos: ocorrência do aquífero, tipo
litológico e profundidade do nível de água. O produto destes valores gera um índice que varia
de 0 a 1 e permite o enquadramento em classes de vulnerabilidade que vão desde insignificante
até extrema.

Para o parâmetro “ocorrência do aquífero” foi atribuído valor único para todos os aquíferos, em
virtude de o mapa representar somente as porções não confinadas. A valoração do parâmetro
“tipo litológico” foi baseada na Figura 5.72 da publicação “Mapeamento da Vulnerabilidade e
Risco de Poluição das Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo – volume I” (IG et al., 1997),
considerando as características litológicas das diferentes unidades aquíferas definidas no projeto.
A profundidade do nível de água (NA) foi estimada com base em mapa potenciométrico gerado
por LEBAC & UNESP (2013). Em relação ao método original (Foster & Hirata, 1988), foi adaptada
nova classificação das profundidades, agrupadas em cinco categorias.

Figura 5.72 – Índice de vulnerabilidade natural dos aquíferos (LEBAC-UNESP, 2013, adaptado de IG et al.,
1997).

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O recorte deste mapeamento para a Bacia do Rio Corumbataí é apresentado na Tabela 5.89 (por
município) e na Tabela 5.90 (por Zona). A representação espacial é mostrada na Figura 5.73.

TABELA 5.89 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR


MUNICÍPIO COM ÁREA NA BACIA (ÁREA EM KM²)
Município Alto Médio Baixa Total Geral
Analândia 27,7 13,0 137,3 178,18
Charqueada 5,4 9,1 107,8 122,27
Cordeirópolis 0,0 0,0 5,7 5,70
Corumbataí 22,1 10,2 200,6 232,96
Ipeúna 13,2 13,6 163,6 190,30
Itirapina 25,7 12,3 251,6 290,01
Piracicaba 0,1 11,4 101,2 112,68
Rio Claro 7,5 18,5 461,8 487,74
Santa Gertrudes 0,0 2,3 94,6 96,86
Total Geral 101,7 90,3 1.524,1 1.716,69
Fonte de dados: LEBAC & UNESP (2013).

TABELA 5.90 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR ZONA
DA BACIA (ÁREA EM KM²)
Zonas Alto Médio Baixa Total Geral
Zona 17 36,4 18,3 414,7 469,62
Zona 18 5,6 4,6 186,1 196,32
Zona 19 50,4 28,2 457,8 536,84
Zona 20 0,5 12,4 211,2 224,13
Zona 21 7,6 25,7 256,5 289,77
Fonte de dados: LEBAC & UNESP (2013).

A análise dos resultados revela amplo predomínio de baixa vulnerabilidade em quase todo a
Bacia; a maioria dos locais com índice mais elevado (alto a médio) estão associados ao aquífero
Guarani (trecho oeste da Bacia; zonas 17 e 19; municípios de Analândia, Corumbataí e Itirapina)
e a aquíferos freáticos ao longo de toda bacia (Terrenos sedimentares Terciários a recentes).

5.2.5.2.4 Fontes potenciais de contaminação

A contaminação dos aquíferos ocorre em locais em que a carga contaminante de origens diversas
(atividades urbanas, agropecuárias, mineração, esgoto etc.) é inadequadamente controlada e,
em certos componentes, excede a capacidade de atenuação natural dos solos e das camadas de
cobertura (modificado de FOSTER et al., 2006).

Entre as possibilidades de fontes potenciais de contaminação, sejam pontuais ou difusas, há:


empreendimentos com potencial contaminante (indústrias, comércio etc.); disposição de
resíduos sólidos (lixões e aterros sanitários); postos e locais com armazenamento de combustíveis;
rodovias; ferrovias; dutos; aeroportos; locais com registro de acidentes com produtos perigosos;
minerações; saneamento (esgoto); agricultura e pecuária; cemitérios; e áreas contaminadas. Estes
levantamentos visam orientar preventivamente, uma vez que se trata de potencial de
contaminação e não necessariamente contaminação propriamente dita.

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Figura 5.73 – Vulnerabilidade dos aquíferos na Bacia do Rio Corumbataí (LEBAC & UNESP, 2013).

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Um primeiro recorte situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio
Corumbataí é apresentado na Figura 5.74 e descrito a seguir (dados obtidos em campo pela
Engecorps e na literatura - CETESB, 2017, 2018b; PNLT, 2018; EPE, 2018):

✓ Manchas urbanas, com destaque para a sede de Rio Claro (maior delas), além das sedes de
municípios menores (Santa Gertrudes, Ipeúna, Analândia e Corumbataí); parcialmente, as
sedes de Charqueada e Itirapina. Piracicaba e Cordeirópolis apresentam manchas urbanas
notadamente fora da Bacia.

✓ Disposição atual de resíduos sólidos urbanos/municipais: aterro em vala dentro da área da


Bacia em Charqueada, Cordeirópolis, Corumbataí e Itirapina, e aterro sanitário em Rio Claro;
todos estes municípios apresentam IQR – Índice de Qualidade de Resíduos Sólidos indicando
condições adequadas de disposição; os demais municípios (Analândia, Ipeúna, Piracicaba e
Santa Gertrudes) dispõem seus resíduos fora da Bacia do Rio Corumbataí.

✓ Áreas contaminadas (ACs) inventariadas pela CETESB, sendo 38 situadas dentro da Bacia do
Rio Corumbataí:

 Charqueada (1 posto de combustível), Ipeúna (1 posto de combustível), Santa Gertrudes


(3 postos de combustível, além da Região dos Lagos de Santa Gertrudes – disposição de
resíduos industriais; total de 4 áreas), Rio Claro (21 postos de combustível, 4 locais com
disposição de resíduos e 4 áreas industriais; total de 29 áreas) e Piracicaba (2 postos de
combustível e uma área industrial; total de 3 áreas);
 Rio Claro destaca-se amplamente (mais de ¾ do total de ACs), sobretudo por ter a maior
mancha urbana contida na Bacia do Rio Corumbataí; e, no setor industrial, Rio Claro
destaca-se, juntamente com as vizinhas Santa Gertrudes e Piracicaba;
 Quanto ao estágio de Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), entre as 38, há 4
áreas contaminadas sob investigação (ACI), 8 áreas contaminadas com risco confirmado
(ACRi), 11 áreas em processo de monitoramento para encerramento (AME), 11 áreas em
processo de remediação (ACRe), 1 área contaminada em processo de reutilização (ACRu)
e 3 áreas reabilitada para o uso declarado (AR).
✓ Quanto às estruturas de transporte, há notadamente rodovias (destaque, com diversas
rodovias; potencialidade de ocorrência de acidentes com vazamento de produtos perigosos,
devido ao perfil de transporte de cargas no Brasil; atenção especial aos trechos com maior
declive – relevos cuestiformes, em que a incidência de acidentes é maior). Ferrovia apenas
Cordeirópolis – Santa Gertrudes – Rio Claro – Itirapina (atenção especial ao trecho Rio Claro
– Itirapina, devido ao afloramento do aquífero Guarani). Outras estruturas não têm destaque:
duto (apenas o Gasoduto Brasil-Bolívia) e aeroporto (um aeródromo em Rio Claro).

A Figura 5.74 apresenta também o IPP - Índice de Potencial Poluidor por município,
fundamentado na classificação dos empreendimentos licenciados pela CETESB, com base no
potencial de fontes poluidoras sugerido pelo método POSH (Pollutant Origin, Surcharge
Hydraulically), aplicado para zonas urbanizadas, conforme descrito por Foster et al. (2002).

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-300-

Figura 5.74 - Situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio Corumbataí (dados obtidos em campo pela Engecorps e na literatura - CETESB, 2017, 2018b; PNLT, 2018; EPE, 2018)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
-301-

Destaca-se a parte industrializada de Cordeirópolis a Corumbataí, passando por Santa Gertrudes


e Rio Claro.

5.3 GESTÃO DAS ÁGUAS

5.3.1 Caracterização Legal e Institucional

O desafio da gestão de águas no Brasil está ligado tanto à gestão da demanda quanto ao aumento
e à garantia da oferta de água em regiões hidrográficas com disponibilidade baixa e à melhoria
da qualidade da água com redução da poluição doméstica e industrial12. Para isso o Brasil conta
com um arcabouço normativo e uma estrutura organizacional relativa aos recursos hídricos em
diferentes esferas.

Em primeiro lugar, em âmbito federal, tem-se a Constituição da República Federativa do Brasil


de 1988 define que as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito
são bens dos Estados, daí também este ter a competência de legislar sobre esse domínio da
natureza. A Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei no 9.433/97,
estabeleceu instrumentos para a gestão dos recursos hídricos de domínio federal (aqueles que
atravessam mais de um estado ou fazem fronteira) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (SINGREH). Dentre os instrumentos de gestão preconizados pela Lei das
Águas e disponíveis para Singreh estão: o plano de bacia hidrográfica, o enquadramento dos
corpos d’água, a outorga, a cobrança pelo uso dos recursos hídricos e o sistema de informações13.

Dentre os órgãos da esfera federal envolvidos na gestão dos recursos hídricos têm-se o governo
federal através do Ministério do Meio Ambiente, a Agência Nacional de Águas, o Conselho
Nacional dos Recursos Hídricos, o Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Agência Nacional
de Energia Elétrica.

Em segundo lugar, a Bacia do Rio Corumbataí, por se tratar de uma bacia que banha 9 municípios
do estado de São Paulo, possui normas desta unidade federativa que regulamentam em
específico seus recursos hídricos (Tabela 5.91). Dentre os órgãos normativos da esfera estadual
paulista têm-se: o governo estadual através da Secretaria do Meio Ambiente, da Secretaria de
Saneamento e Recursos Hídricos, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e do
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).

12
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.
13
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
-302-

TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Continua)

Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Constituição do Estado de Da Ordem Econômica - Capítulo IV: "Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do
São Paulo - Título VI Saneamento" - Seção II "Dos Recursos Hídricos”.
Disciplina o uso do solo para a proteção dos mananciais, cursos e reservatórios de água e
Lei nº 898, de 18 de
demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo e dá
dezembro de 1975
providências correlatas (ver Lei nº 1.172/76 e 3.286/82).
Delimita as áreas de proteção relativas aos mananciais, cursos e reservatórios de água, a que
Lei nº 1.172, de 17 de
se refere o artigo 2º da Lei Estadual 898, de 18 de dezembro de 1975, estabelece normas de
novembro de 1976
restrição do uso do solo em tais áreas e dá outras providências.
Lei nº 6.134, de 02 de Dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais de águas subterrâneas do Estado de São
junho de 1988 Paulo (regulamentada pelo Decreto nº 32.955/91).
Lei nº 7.663, de 30 de Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao
dezembro de 1991 Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Lei nº 7.750, de 31de
Dispõe sobre a política estadual de saneamento e dá outras providências.
março de 1992
Lei nº 8.275, de 29 de Cria a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, altera a dominação
março de 1993. da Secretaria e Saneamento e dá providências correlatas (alterada pelo Lei nº 9.952/98)
Lei nº 9.866, de 28 de Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos
novembro de 1997 mananciais de interesse regional do Estado.
Lei nº 9.952, de 22 de abril Altera a Lei nº 8.275, de 29 de março de 1993, que criou a Secretaria de Recursos Hídricos,
de 1998. Saneamento e Obras.
Autoriza o Poder Executivo a participar das Agências de Bacias Hidrográficas dos corpos de
Lei nº 10.020, de 03 de
água superficiais e subterrâneos de domínio do Estado de São Paulo e dá outras providências
julho 1998
correlatas.
Lei nº 10.843, de 05 de Altera a Lei nº 7.663/91, de 30 de dezembro de 1991, definindo as entidades públicas e
junho de 2001 privadas que poderão receber recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO.
Altera a denominação da Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras,
Lei nº 11.364, de 28 de
autoriza o Poder Executivo a extinguir a Secretaria de Estado de Energia e dá providências
março de 2003
correlatas.
Dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São
Lei nº 12.183, de 29 de
Paulo, os procedimentos para fixação dos seus limites, condicionantes e valores e dá outras
dezembro de 2005
providências.
Lei nº 12.300, de 16 de
Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.
março de 2006
Decreto nº 10.755, de 22 Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água receptores na classificação prevista no
de novembro de 1977 Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, e dá providências correlatas.
Decreto nº 8.468, de 08 de Aprova o regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a Prevenção
setembro de 1976 e o Controle da poluição do meio ambiente.
Decreto nº 27.576, de 11 Cria o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gestão de Recursos
de novembro de 1987 Hídricos e dá outras providências (modificado pelo Decreto nº 36.787/93).
Decreto nº 28.489, de 09 Considera como Modelo Básico para fins de Gestão de Recursos Hídricos a Bacia do Rio
de junho de 1988 Piracicaba, e dá outras providências.
Decreto nº 32.954, de 07 Dispõe sobre a aprovação do Primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH e dá
de fevereiro de 1991 outras providências.
Decreto n° 32.955, de 07 Regulamenta a Lei nº 6.134, de 02 de junho de 1988 (sobre a preservação dos depósitos
de fevereiro de 1991 naturais de águas subterrâneas do Estado de São Paulo).

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-303-

TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Continuação)

Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Adapta o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH e o Comitê Coordenador do Plano
Estadual de Recursos Hídricos - CORHI, criados pelo Decreto nº 27.576, de 11 de
Decreto nº 36.787, de 18
novembro de 1987, às disposições da Lei nº 7.663 de 30 de dezembro de 1991 (redação
de maio de 1993
alterada pelo Decreto nº 38.455/94 e Decreto nº Decreto nº 39.742/94 e Decreto nº
43.265/98).
Decreto nº 37.300, de 25 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663,
de agosto de 1993 de 30 de dezembro de 1991 (redação alterada pelo Decreto nº 43.204/98).
Decreto nº 38.455, de 21 Dá nova redação ao artigo 2º do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de 1993, que dispõe
de março de 1994 sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e dá providências correlatas.
Decreto nº 39.742, de 23 Dá nova redação a dispositivos que especifica do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de
de dezembro de 1994 1993.
Decreto nº 41.258, de 31
Aprova o regulamento dos Artigos 9º a 13 da Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991.
de outubro de 1996
Decreto nº 41.679, de 31 Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Estadual de Saneamento -
de março de 1997 CONESAN - e dá providências correlatas.
Regulamenta dispositivos relativos ao Plano Emergencial de Recuperação dos Mananciais da
Decreto nº 43.022, de 07 Região Metropolitana da Grande São Paulo, de que trata a Lei nº 9.866, de 28 de novembro
de abril de 1998 de 1997, que dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e a recuperação dos
mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo e dá outras providências correlatas.
Decreto nº 43.265, de 30 Dá nova redação a dispositivos que especifica do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de
de junho de 1998 1993, que dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH.
Altera dispositivos do Decreto nº 37.300, de 25 de agosto de 1993 que regulamenta o
Decreto nº 43.204, de 23
Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663, de 30 de
de julho de 1998
dezembro de 1991.
Decreto nº 48.896, de 26 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, de 30 de dezembro de
de agosto de 2004 1991, alterada pela Lei nº 10.843, de 5 de julho de 2001.
Regulamenta dispositivos da Lei nº 12.183/05, de 29 de dezembro de 2005, que trata da
Decreto nº 50.667, de 30
cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do estado de São Paulo, e dá
de março de 2006
outras providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 51.449, de 29
do estado de São Paulo nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -
de dezembro de 2006
PCJ.
Apresenta o conteúdo mínimo referente ao Relatório I – Informações
Deliberação CRH nº 146
Básicas e ao Relatório II – Plano de Bacia, o cronograma de entrega destes Relatórios ou do
de 11 de dezembro de
Plano de Bacia da UGRHI, e os critérios principais de avaliação destes três documentos para
2012
fins de rateio anual dos recursos do FEHIDRO.
Decreto nº 61.117, de 06 Acrescenta dispositivos ao Regulamento da outorga de direitos de uso dos recursos hídricos,
de fevereiro de 2015 aprovado pelo Decreto n° 41.258, de 31 de outubro de 1996, e dá providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 61.430, de 17
do Estado de São Paulo na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Piracicaba,
de agosto de 2015
Capivari e Jundiaí.
Resolução SMA nº 41, de Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e
17 de outubro de 2002 da construção civil no estado de São Paulo.
Estabelece procedimentos para o DAIA receber contribuições/sugestões técnicas dos Comitês
Resolução SMA nº 54, de
de Bacia para análise de Estudos de impacto Ambiental – EIA e respectivos Relatórios de
30 de julho de 2008
Impacto Ambiental – RIMA.
Resolução Conjunta SMA-
Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos
SERHS 001 de 23 de
Hídricos.
fevereiro de 2005

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-304-

TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Continuação)

Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Resolução Conjunta SMA- Dispõe sobre procedimentos integrados para controle e vigilância de soluções alternativas
SERHS-SES nº 3, de 21 de coletivas de abastecimento de água para consumo humano proveniente de mananciais
junho de 2006 subterrâneos.
Dispõe sobre procedimentos integrados para expedição de retificações ou ratificações dos
Resolução Conjunta atos administrativos, relativos aos usos dos recursos hídricos do Departamento de Águas e
SERHS-SMA nº 1, de 22 de Energia Elétrica - DAEE e do licenciamento da COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE
dezembro de 2006 SÃO PAULO, ou de novos atos dessas entidades, para atendimento ao artigo 7º do Decreto
Estadual nº 50.667/06, de 30 de março de 2006 e dá outras providências.
Resolução Estadual Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da
Secretaria da Saúde 65, de Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá outras
12 de abril de 2005 providências.
Deliberação CRH nº 191, Dispõe sobre a aplicação dos recursos financeiros do FEHIDRO referente ao ano de 2017, e
de 14 de dezembro de os percentuais para distribuição entre os colegiados do Sistema Integrado de Gerenciamento
2016 de Recursos Hídricos.
Deliberação CRH nº 190,
Aprova a revisão do Programas de Duração Continuada - PDCs para fins da aplicação dos
de 14 de dezembro de
instrumentos previstos na política estadual de recursos hídricos.
2016
Deliberação CRH nº 189,
Aprova o relatório sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo - Ano Base
de 14 de dezembro de
2015.
2016
Portaria DAEE nº 717, de Aprova a Norma e os Anexos que disciplinam o uso dos recursos hídricos (Portaria sobre
12 de dezembro de 1996 outorga de uso da água).
Portaria DAEE nº 2.175, de
Trata da cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo.
30 de novembro de 2006
Portaria DAEE nº 01, de 03 Aprova a Norma e os Anexos de I a IV que disciplinam a fiscalização, as infrações e as
de janeiro de 1998 penalidades.
Ficam suspensas as análises de requerimentos e as emissões de outorgas de Autorização de
Portaria DAEE nº 1029, de
Implantação de Empreendimento e de Direito de Uso, para novas captações de água de
21 de maio de 2014, reti-
domínio do Estado, localizadas nas áreas das bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba,
ratificada em 06/06/14
Capivari e Jundiaí (UGRHI 5) e do Alto Tietê (UGRHI 6), ...".
Estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados com relação à declaração, de
Portaria DAEE nº 2407, de
Usuário ao DAEE, dos volumes captados e medidos, de água superficial, de acordo com o
31 de julho de 2015
disposto no § 6º do art. 6º da Portaria DAEE 761, de 09-03-2015.
Art. 1º - Esta portaria estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados pelos
Portaria DAEE Nº 761/2015
usuários de recursos hídricos superficiais,
Decreto nº 61.117, de 06 Acrescenta dispositivos ao Regulamento da outorga de direitos de uso dos recursos hídricos,
de fevereiro de 2015 aprovado pelo Decreto n° 41.258, de 31 de outubro de 1996, e dá providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 61.430, de 17
do Estado de São Paulo na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Piracicaba,
de agosto de 2015
Capivari e Jundiaí.
Resolução SMA nº 41, de Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e
17 de outubro de 2002 da construção civil no estado de São Paulo.
Estabelece procedimentos para o DAIA receber contribuições/sugestões técnicas dos Comitês
Resolução SMA nº 54, de
de Bacia para análise de Estudos de impacto Ambiental – EIA e respectivos Relatórios de
30 de julho de 2008
Impacto Ambiental – RIMA.
Resolução Conjunta SMA-
Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos
SERHS 001 de 23 de
Hídricos.
fevereiro de 2005

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Volume I – Tomo II
-305-

TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Continuação)

Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Resolução Conjunta SMA- Dispõe sobre procedimentos integrados para controle e vigilância de soluções alternativas
SERHS-SES nº 3, de 21 de coletivas de abastecimento de água para consumo humano proveniente de mananciais
junho de 2006 subterrâneos.
Dispõe sobre procedimentos integrados para expedição de retificações ou ratificações dos
Resolução Conjunta atos administrativos, relativos aos usos dos recursos hídricos do Departamento de Águas e
SERHS-SMA nº 1, de 22 de Energia Elétrica - DAEE e do licenciamento da COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE
dezembro de 2006 SÃO PAULO, ou de novos atos dessas entidades, para atendimento ao artigo 7º do Decreto
Estadual nº 50.667/06, de 30 de março de 2006 e dá outras providências.
Resolução Estadual Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da
Secretaria da Saúde 65, de Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá outras
12 de abril de 2005 providências.
Deliberação CRH nº 191, Dispõe sobre a aplicação dos recursos financeiros do FEHIDRO referente ao ano de 2017, e
de 14 de dezembro de os percentuais para distribuição entre os colegiados do Sistema Integrado de Gerenciamento
2016 de Recursos Hídricos.
Deliberação CRH nº 190,
Aprova a revisão do Programas de Duração Continuada - PDCs para fins da aplicação dos
de 14 de dezembro de
instrumentos previstos na política estadual de recursos hídricos.
2016
Deliberação CRH nº 189,
Aprova o relatório sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo - Ano Base
de 14 de dezembro de
2015.
2016
Portaria DAEE nº 717, de Aprova a Norma e os Anexos que disciplinam o uso dos recursos hídricos (Portaria sobre
12 de dezembro de 1996 outorga de uso da água).
Portaria DAEE nº 2.175, de
Trata da cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo.
30 de novembro de 2006
Portaria DAEE nº 01, de 03 Aprova a Norma e os Anexos de I a IV que disciplinam a fiscalização, as infrações e as
de janeiro de 1998 penalidades.
Ficam suspensas as análises de requerimentos e as emissões de outorgas de Autorização de
Portaria DAEE nº 1029, de
Implantação de Empreendimento e de Direito de Uso, para novas captações de água de
21 de maio de 2014, reti-
domínio do Estado, localizadas nas áreas das bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba,
ratificada em 06/06/14
Capivari e Jundiaí (UGRHI 5) e do Alto Tietê (UGRHI 6), ...".
Estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados com relação à declaração, de
Portaria DAEE nº 2407, de
Usuário ao DAEE, dos volumes captados e medidos, de água superficial, de acordo com o
31 de julho de 2015
disposto no § 6º do art. 6º da Portaria DAEE 761, de 09-03-2015.
Art. 1º - Esta portaria estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados pelos
Portaria DAEE Nº 761/2015 usuários de recursos hídricos superficiais, localizados na área de abrangência da Resolução
Conjunta ANA/DAEE nº 50, de 21 de janeiro de 2015.
Portaria DAEE nº 2617, de
Declara em situação de criticidade hídrica a região da bacia hidrográfica do Alto Tietê.
18 de agosto de 2015
Lei 16.337 de 16 de
Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH e dá providências correlatas
dezembro de 2016
Deliberação COFEHIDRO
Dispõe sobre indicações ao FEHIDRO no período de 2017 a 2019 utilizando as estimativas
n 171, de 05 de dezembro
de receita do PPA e dá outras providências.
de 2016
Deliberação COFEHIDRO
n 179, de 09 de março de Altera a deliberação COFEHIDRO n°171
2017.
Dispõe sobre procedimentos de natureza técnica e administrativa para obtenção de
Portaria DAEE nº 1630, de
manifestação e outorga de direito de uso e de interferência em recursos hídricos de domínio
30 de maio de 2017
do Estado de São Paulo.

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Relatório Final
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TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS

(Conclusão)

Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Portaria DAEE nº 1631, de As regras e as condições para o enquadramento de usos de recursos hídricos superficiais e
30 de maio de 2017 subterrâneos e reservatórios de acumulação que independem de outorga.
As regras e os critérios que disciplinam a isenção de outorga para interferências em recursos
Portaria DAEE nº 1632, de
hídricos decorrentes de obras e serviços relacionados às travessias aéreas ou subterrâneas em
30 de maio de 2017
corpos d’água de domínio do Estado de São Paulo.
Dispõe sobre procedimentos para isenção de outorga e de declaração de dispensa de
Portaria DAEE nº 1633, de outorga para interferências em recursos hídricos em corpos d’água de domínio do Estado,
30 de maio de 2017 em situações de emergência, assim caracterizados pela Defesa Civil, nos termos do Decreto
Federal nº 7.257, de 4 de agosto de 2010.
Portaria DAEE nº 1634, de Os procedimentos e o Anexo que disciplinam a utilização de recursos hídricos, provenientes
30 de maio de 2017 de rebaixamento de lençol freático em edificações e obras de construção civil.
A Norma que disciplina a utilização de recursos hídricos subterrâneos, provenientes de
processos de remediação em áreas contaminadas.
Portaria DAEE nº 1635, de
30 de maio de 2017 Dispõe sobre condições administrativas para protocolo e tramitação de requerimentos de
cadastros e de outorgas de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos, de domínio do
Estado de São Paulo.
Decreto nº 62.676/2017, Altera o Decreto nº 48.896, de 26 de agosto de 2004, que regulamentou o Fundo Estadual
de 07 de julho de 2017 de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991.
Decreto nº 62.914/2017, Reorganiza o Programa de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de
de 09 de novembro de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água-Programa Nascentes e dá
2017 providências correlatas.
Deliberação CRH “Ad
Estabelece novo prazo para aprovação e entrega do documento de plano de bacia pelos
Referendum” n°211, de 18
comitês das Bacias de São Paulo.
de dezembro de 2017
Decreto nº 63.107/2017, Reorganiza o “Programa Água Limpa”, instituído pelo Decreto nº 52.697, de sete de
de 27 de dezembro de fevereiro de 2008, visando à execução de projetos e obras destinados ao afastamento e
2017 tratamento de esgoto sanitário, bem como à recuperação da qualidade dos recursos hídricos.
Decreto nº 63.110/2017,
Dispõe sobre a Adesão do Estado de São Paulo ao Programa Nacional de Fortalecimento dos
de 27 de dezembro de
Comitês de Bacias Hidrográficas - PROCOMITÊS, e dá providências correlatas.
2017
Aprova o novo Regulamento dos artigos 9º a 13 da Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de
Decreto nº 63.262/2018,
1991, que estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem
de 09 de março de 2018
como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Dá nova redação a dispositivos do Decreto nº 52.895, de 11 de abril de 2008, que autoriza
Decreto nº 63.754/2018, a então Secretaria de Saneamento e Energia a representar o Estado de São Paulo na
de 17 de outubro de 2018 celebração de convênios com Municípios paulistas, visando à elaboração de planos de
saneamento básico e sua consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico.
Condições e procedimentos para a instalação e a operação de equipamentos medidores de
Portaria DAEE nº 5578, de
vazões e volumes de água captados ou derivados, relacionados com outorgas de direito de
05 de outubro de 2018
uso de recursos hídricos ou sua dispensa.
Dispõe sobre procedimentos relativos à declaração periódica de medições de volumes
Portaria DAEE nº 5579, de
relacionados a usos e interferências de recursos hídricos superficiais e subterrâneos de
05 de outubro de 2018
domínio do Estado de São Paulo.
Elaboração: Engecorps, 2019

Por fim, em terceiro lugar, no âmbito municipal, cabe a possibilidade de se criar uma legislação
para complementar a legislação federal e estadual, desde que não entre em conflito com estas.
Os municípios não têm atribuição para legislar diretamente sobre a gestão dos recursos hídricos,
porém, definem decisões sobre o uso e ocupação do solo urbano, sobre o saneamento ou sobre

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-307-

o meio ambiente, por exemplo, que geram impactos sobre o uso e a qualidade das águas
superficiais e subterrâneas.

Alguns dos instrumentos legais municipais que interferem diretamente na gestão dos recursos
hídricos são: o Plano Diretor, o Plano Municipal de Saneamento Básico, a Política Municipal de
Educação Ambiental e a Política Municipal de Recursos Hídricos. O primeiro consiste no
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes14. O segundo consiste no instrumento de planejamento para a prestação dos serviços
públicos de Saneamento Básico15.

O terceiro consiste em um instrumento articulador do educação formal e não-formal relacionado


ao uso consciente dos recursos hídricos, de forma a envolver todos os níveis e modalidades do
processo educativo em consonância com os princípios e objetivos de Política Nacional de
Educação Ambiental. E, o quarto consiste no instrumento de gestão capaz de definir diretrizes
gerais e específicas para a implementação ou conformação dos instrumentos da Política de
Recursos Hídricos para o Município, tendo por objetivo assegurar a quantidade e a qualidade
das águas, valorizando as potencialidades e reduzindo a vulnerabilidade hídrica.

A Tabela 5.92 apresenta a relação de municípios e os dispositivos relacionados aos recursos


hídricos que cada um deles dispõe. Estas informações foram obtidas através das ferramentas de
busca dos websites das prefeituras, secretarias e câmara dos vereadores.

TABELA 5.92 – DISPOSITIVOS LEGAIS QUE INTERFEREM DIRETAMENTE OU INDIRETAMENTE NA


MANUTENÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
Política Municipal
Plano Municipal de Política Municipal de
Plano Diretor de Recursos
Município Saneamento Básico Educação Ambiental
Hídricos
Analândia  
Charqueada 
Cordeirópolis  
Corumbataí  
Ipeúna  
Itirapina 
Piracicaba    
Rio Claro    
Santa Gertrudes  
Elaboração: Engecorps, 2019

Além das instituições estatais, a partir da Lei nº 7.663, de 30/12/91, definiu-se que “nas bacias
hidrográficas, onde os problemas relacionados aos recursos hídricos assim o justificarem, por
decisão do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica e aprovação do Conselho de Recursos
Hídricos do Conselho de Recursos Hídricos, poderá ser criada uma entidade jurídica, com

14
BRASIL. Artigo 182 da Constituição Federal de 1988. Disponível em:
<https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_182_.asp>. Acessado em 20 de abril de 2019.
15
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11445.htm>. Acessado em 20 de abril de 2019.

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-308-

estrutura administrativa e financeira própria, denominada Agência de Bacia”.


Respaldado por esta norma, em 1993, então, propôs-se a criação da Agência das Bacias dos Rios
Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Sendo aprovada sua criação pela deliberação CRH nº 21 em 08
de setembro de 1998. Esta, a Fundação Agência das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí (Agência das Bacias PCJ), é pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, com estrutura administrativa e financeira próprias, instituída com a participação do
Estado de São Paulo, dos Municípios e da Sociedade Civil. A Agência das Bacias PCJ tem como
princípio de atuação seguir as diretrizes, orientações e normas estabelecidas por meio de
Deliberações dos COMITÊS PCJ.
Ela gerencia os recursos hídricos nas bacias PCJ - tanto os recursos arrecadados com a cobrança
pelo uso dos recursos hídricos nos rios de domínio da União como os recursos arrecadados nos
rios de domínio do estado de São Paulo. E, tem as seguintes atribuições:
✓ I - elaborar periodicamente o plano de bacia hidrográfica submetendo-o aos Comitês de
Bacia, encaminhando-o posteriormente ao CORHI, como proposta para integrar o Plano
Estadual de Recursos Hídricos;

✓ II - elaborar os relatórios anuais sobre a "Situação dos Recursos Hídricos da Bacia


Hidrográfica", submetendo-o ao Comitê de Bacia, encaminhando-o posteriormente, como
proposta, ao CORHI;

✓ III - gerenciar os recursos financeiros do FEHIDRO pertinentes à bacia hidrográfica, gerados


pela cobrança, pelo uso da água e os outros definidos no art. 36, em conformidade com
o CRH e ouvido o CORHI;

✓ IV - promover, na bacia hidrográfica, a articulação entre os componentes do SIGRH, com


outros sistemas do Estado, com o setor produtivo e a sociedade civil.

Além da participação para a elaboração da Lei da Política Nacional de Recursos Hídricos,


instituída pela Lei no 9.433/97, a Agência das Bacias PCJ e os Comitês PCJ se destacam pela
efetividade da aplicação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos, como os Planos de
Recursos Hídricos; o enquadramento dos corpos d’água em classes, segundo os usos
preponderantes da água; a outorga dos diretos de uso; e a cobrança pelo uso dos recursos
hídricos16.

Dentre os documentos que compõem o arcabouço legal do Estado de São Paulo que trata sobre
a gestão dos recursos hídricos, é preciso dar destaque ao Decreto 10.755 de 1977, que
estabelece o enquadramento de todos os copos hídricos de domínio estadual. À época da
assinatura deste decreto, as discussões sobre a gestão das águas eram incipientes no Brasil e
mesmo no âmbito da comunidade internacional pouco havia sido tratado. Por exemplo, neste
mesmo ano, pela primeira vez a ONU organizou um evento com Chefes de Estado para tratar
sobre o tema da gestão das águas, a Conferência das Nações Unidas Sobre Água, em de Mar del
Plata.

16
AGÊNCIAS DE BACIA PCJ. Relatório Institucional 2018 da Agência das Bacias PCJ. Fevereiro de 2019. Disponível em:
<http://www.agencia.baciaspcj.org.br/docs/relatorios/relat-inst-agencia-2018.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.

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Através de uma parceria entre o Estado de São Paulo e o Governo Federal (Ministério de Minas
e Energia), em 1976 foram dados os primeiros passos no sentido do estabelecimento de um
arranjo institucional alternativo para fazer frente a problemas de conflito de uso dos recursos
hídricos. Esta iniciativa se deu em função dos problemas de qualidade de água na bacia
hidrográfica do Alto Tietê e, apesar das ações definidas não alcançarem os resultados esperados,
os arranjos institucionais e os intercâmbios técnicos criados no âmbito da cooperação trouxeram
a gestão da água para a agenda dos estados e da união, catalisando assim a criação da política
de recursos hídricos, anos mais tarde.

Mesmo com que a promulgação da Política Estadual de Recursos Hídricos tenha ocorrido em
1991, o protagonismo paulista nos debates técnicos da década de 70 proporcionou que o
enquadramento dos corpos hídricos estaduais fosse estabelecido com 14 anos de antecedência
da lei das águas paulista.

O enquadramento constitui um solido instrumento de planejamento. Ao definir as classes de


qualidade dos rios paulistas, o Decreto 10.755/77 impôs metas para a gestão das águas que estão
alinhadas com o respectivo perfil de uso destes rios e, até os dias atuais, pouco se alterou aquilo
que foi determinado pelo documento. A Resolução CONAMA nº 357 de 2005 traz os limites
tolerados por cada classe para um conjunto de parâmetros de qualidade de água (orgânicos,
inorgânicos, físicos e biológicos).

No âmbito das bacias PCJ, o Plano de Bacias PCJ 2010 – 202017 trouxe uma proposta de alteração
e, em 2017, foi aprovada no Conselho Estadual de Recursos Hídricos o Reenquadramento do
Rio Jundiaí, passando de classe 4 para classe 3. Com relação à Bacia do Rio Corumbataí, o
enquadramento permanece conforme estabelecido pelo Decreto 10.755/77, que estabelece no
seu anexo que o Ribeirão Claro, a jusante da captação de água de abastecimento para o Rio
Claro até a confluência com o Córrego Santa Gertrudes, é enquadrado na classe 3. O Córrego
da Servidão até a confluência com o Rio Corumbataí, no Município de Rio Claro ficou
enquadrado na classe 4. Os demais corpos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí estão
enquadrados na classe 2. Esta distribuição das classes de enquadramento pelos corpos hídricos
da Bacia do Rio Corumbataí está representada na Figura 5.75.

Em função das alterações que ocorreram nas atividades econômicas e na dinâmica da ocupação
humana na bacia, ao longo dos mais de 40 anos desde a entrada em vigor do Decreto 10.755/77,
a revisão do enquadramento é um assunto presente nas discussões técnicas do comitê. A
metodologia utilizada em COBRAPE (2011) para a proposição do reenquadramento dos rios das
bacias PCJ envolveu a análise comparada das bacias com relação os usos preponderantes, usos
restritivos e o enquadramento proposto em 1977. Nas suas conclusões não foi proposta nenhuma
alteração nas classes de enquadramento para os rios da Bacia do Rio Corumbataí. Neste sentido,
é recomendado que sejam desenvolvidos estudos específicos para pautar eventuais propostas de
revisão do enquadramento dos rios da Bacia do Rio Corumbataí.

17
COBRAPE. Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 – 2020, Com Proposta de Atualização do
Enquadramento dos Corpos d’Água e de Programa para Efetivação do Enquadramento dos Corpos d’Água até o Ano de 2035. São Paulo,
2010. Agência de Água PCJ.

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Figura 5.75 - Enquadramento dos corpos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí

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5.3.2 Outorga de Uso dos Recursos Hídricos

A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é um dos instrumentos de gestão dos recursos
hídricos estabelecidos na Lei que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídrico (Lei Federal nº 9.433/1997). Consiste
no ato administrativo que autoriza, ao seu requerente, o uso de recursos hídricos nos termos e
nas condições expressos no ato de outorga. Daí consistirem em uma forma de assegurar o
controle quantitativo e qualitativo dos usos da água18.

No caso da Bacia do Rio Corumbataí, o Poder Público responsável pela emissão das outorgas
desses recursos hídricos é o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), pois esses corpos
hídricos (tanto mananciais subterrâneos quanto superficiais) são considerados de dominialidade
estadual.

São definidos na Lei Federal nº 9.433/1997 como atos sujeitos a outorga: a derivação ou
captação de parcela da água existente em um corpo d'água para consumo final, inclusive
abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; a extração de água de aquífero
subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; o lançamento em corpo de
água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua
diluição, transporte ou disposição final; o uso de recursos hídricos com fins de aproveitamento
dos potenciais hidrelétricos; e os outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade
da água existente em um corpo de água. São isentados da outorga o uso de recursos hídricos por
pequenos núcleos populacionais rurais e as derivações, captações, lançamentos e acumulações
de volumes de água considerados insignificantes19.

Existem casos ainda de usos dispensados de outorga, porém obrigados a cadastro no DAEE, são
estes: os usos e acumulações considerados insignificantes, conforme a Portaria DAEE nº 1.631,
de 30/05/201720, as obras hidráulicas, do tipo travessia aéreas ou subterrâneas, em corpos
d’água, conforme a Portaria DAEE nº 1.632, de 30/05/201721, e os serviços de desassoreamento
de cursos d’água ou proteção de álveo; e as canalizações de curso d’água com seção transversal
de contorno fechado, construídas até a data da vigência da Portaria DAEE nº 1.630, de
30/05/201722.

A Bacia do Rio Corumbataí apresenta um total de 1358 registros com uma vazão total de
25.888 m³/h, sendo sobretudo na situação de portaria (710 outorgas com vazão de
23.076 m³/h). Os casos dispensados de outorga, mas cadastrados são 298, com vazão de
629 m³/h. Importante observar que existem ainda 24 registros que não especificam qual a sua
situação administrativa e têm uma vazão de 1.019 m³/h. Os outros dados apresentam situações

18
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.
19
Agência PCJ. Outorga e Cobrança. Disponível em: <http://www.agencia.baciaspcj.org.br/novo/instrumentos-de-gestao/outorga-e-cadastro>.
Acessado em 20 de abril de 2019.
20
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017 Reti-ratificada em 21/03/2018.
Disponível em: <http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portaria1631.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
21
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.632, de 30 de maio de 2017. Disponível em:
<http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portariadaee1632.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
22
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 Reti-ratificada em 21/03/2018.
Disponível em: < http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portaria1630.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
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administrativas variadas que representam menos de 1.164 m³/h, isto é, 6% da vazão da bacia. A
Figura 5.76 apresenta as diferentes situações administrativas que os dados do DAEE se
encontram, estando alguns em processo de licenciamento, encerramento ou vigência da outorga.

Figura 5.76 - Situação administrativa dos registros do DAEE referentes à Bacia do Rio Corumbataí.

As outorgas referem-se à diversos tipos de uso, entre elas algumas que não possuem dado de
vazão. O barramento, a canalização, o desassoreamento, a proteção de leito, a reservação e
travessia são usos que somam 455 dados, todavia não possuem vazão. Por outro lado, as
captações subterrâneas são 560 registros (4641 m³/h), captações em nascentes são 31 registros
(99 m³/h), as captações superficiais são 182 registros (14.668 m³/h) e os lançamentos superficiais
são 130 (6480 m³/h).

Os principais registros do DAEE da Bacia do Rio Corumbataí são de usuários rurais (291),
industriais (266), públicos (264) ou mineradores (112). Existem outras 15 classes de usuários. Em
síntese, a Bacia do Rio Corumbataí é de grande importância para o abastecimento público, para
fins domiciliares e industriais23, e também apresenta um crescimento nos usos agropecuários e
minerários. Vale ressaltar que, os recursos mensurados pela vazão são distribuídos de maneira
distinta da quantidade absoluta de registro. As principais vazões são dos usuários industriais
(5279m³/h), públicos (10.758 m³/h), mineradores (2866 m³/h) e concessionárias (2853 m³/h). As
outras 15 classes de usuários somam 4132 m³/h, isto é, menos de 25% da vazão da bacia toda.

Na Zona 17, por exemplo, os recursos são predominantemente dirigidos aos usuários
mineradores, sendo 36 registros responsáveis pelo uso de 906 m³/h. Na Zona 18, a que menos
apresenta registros, seus recursos são dirigidos predominantemente aos usuários públicos e

23
ARMAS, Eduardo Dutra de et al. Diagnóstico espaço-temporal da ocorrência de herbicidas nas águas superficiais e sedimentos do Rio
Corumbataí e principais afluentes. Quím. Nova, São Paulo, v. 30, n. 5, p. 1119-1127, Oct. 2007 .
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concessionária, respectivamente 781 m³/h e 766 m³/h. Na Zona 19, apesar de não ser a com
menor número de registros, sua vazão é a menor, e ela é dirigida sobretudo aos usuários rurais.
As Zonas 20 e 21 apresentam a maior vazão, respectivamente 5.219 e 12.424 m³/h, sendo
predominantes os usuários industriais na primeira, e público na segunda. Na Zona 20, o uso para
concessionária também é bastante relevante, sendo 30 registros que alcançam 1477 m³/h. E, na
Zona 21, são relevantes os 28 registros que representam uma vazão de 1082 m³/h.

Essa discussão demonstra que, mais do que a quantidade de registros, é importante investigar a
situação administrativa e a vazão. A Tabela 5.93 e a Figura 5.77 apresentam os usuários que
apresentam maior quantidade de registro e de vazão. Em resumo, os registros estão distribuídos
por toda a bacia, principalmente os que se referem aos usuários públicos e rurais; enquanto que
as principais vazões estão concentradas na área urbanizada de Rio Claro e no baixo Corumbataí,
próximo a Piracicaba.

TABELA 5.93 – VALOR DA VAZÃO DOS USUÁRIOS: CONCESSIONÁRIA, INDUSTRIAL, MINERADOR,


PÚBLICO E RURAL POR ZONA
USUÁRIO Zona 17 Zona 18 Zona 19 Zona 20 Zona 21 Total Geral
Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão Vazão
QNT. QNT. QNT. QNT. QNT. QNT.
(m³/h) (m³/h) (m³/h) (m³/h) (m³/h) (m³/h)
AQUICULTOR 45 276 7 4 10 61 10 34 20 61 92 436
COMERCIANTE 1 0 2 12 3 18 6 30
CONCESSIONÁRIA 12 591 4 766 4 19 30 1477 5 0 55 2853
CONDOMINIO 1 0 1 0
CONSTRUTOR 3 0 3 0
CRIADOR 1 1 1 2 2 3
INDUSTRIAL 52 267 57 754 22 127 92 1733 43 2398 266 5279
IRRIG/AQUICULTURA 2 9 1 0 3 9
IRRIG/PECUÁRIA 16 222 16 222
IRRIGANTE 23 238 19 338 22 344 6 19 7 542 77 1481
LOTEADOR 7 4 8 40 2 9 3 15 7 0 27 68
MINERADOR 36 906 2 0 24 340 22 538 28 1082 112 2866
OUTROS 1 8 5 32 6 40
PECUARISTA 6 46 1 0 3 7 4 0 14 53
PUBLICO 61 703 31 781 28 301 85 1041 59 7932 264 10758
SOLALT I 13 67 16 80 5 21 28 141 12 325 74 634
US.COMUNIT 4 20 2 1 6 21
US.RURAL 99 245 36 173 80 396 47 112 29 37 291 963
US.URBANO 7 38 11 24 7 20 14 76 4 14 43 172
1242 2588
Total Geral 384 3613 197 2980 208 1652 344 5219 225 1358
4 8
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Figura 5.77 - Disposição espacial e valor da vazão dos usuários concessionária, industrial, minerador, público e rural na Bacia do Rio Corumbataí

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O arcabouço legal e procedimentos de outorga envolvendo águas subterrâneas (poços) no Estado


de São Paulo inclui:

✓ Procedimentos legais / Legislação aplicável de recursos hídricos – DAEE (DAEE, 2019)24:

 Lei Federal nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997;


 Lei Estadual nº 6.134, de 02 de junho de 1988;
 Decreto Estadual nº 32.955, de 07 fevereiro de 1991;
 Lei Estadual nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991;
✓ Cobrança:

 Lei Estadual nº 12.183, de 29 de dezembro de 2005;


 Decreto Estadual nº 50.667, de 30 de março deo 2006;
✓ Fiscalização:

 Portaria DAEE nº 01, de 02 de janeiro de 1998, Reti-ratificada em 09/03/2016 e


17/03/2017;
Legislação nova de recursos hídricos, que substitui os procedimentos da Portaria DAEE nº 717,
de 12 dezembro de 1996 e seus regulamentos:

✓ Procedimentos de Outorga:

 Portarias DAEE nºs 1.630, 1.631, 1.632, 1.633, 1.634, 1.635 e 1.636, de 30 de maio de
2017;
✓ Declaração periódica de medições de volumes:

 Portarias DAEE nºs 5.578 e 5.579, de 05 de outubro de 2018 / Portaria DAEE nº 6.987,
de 18 de dezembro de 2018;
✓ Regulamentos:

 Instruções Técnicas DPO de 08 a 15, de 30/05/2017, se tratando da legislação nova de


recursos hídricos.
Historicamente, com o advento da Lei nº 7.663/1991, que instituiu a Política Estadual de
Recursos Hídricos, coube ao DAEE cadastrar e outorgar o direito de uso dos recursos hídricos,
quanto aos aspectos quantitativos, e aplicar as sanções previstas em lei.

A partir da publicação do Decreto Estadual nº 41.258/1996, que regulamenta a outorga de


direito de uso dos recursos hídricos, e da Portaria DAEE nº 717/1996, o DAEE passou a
desempenhar mais decididamente seu papel de agente fiscalizador.

24
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA. Procedimentos de outorga. Obtido (atualizado em abril de 2019
www.daee.sp.gov.br

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A partir de 30/05/2017, o DAEE publicou a Portaria DAEE nº 1.630, que simplificou seus
procedimentos, com a institucionalização da outorga eletrônica.

Para a regularização das intervenções nos recursos hídricos, quando se tratar de outorga dos
recursos hídricos subterrâneos, declaração sobre viabilidade de implantação de
empreendimento-D.V.I. e dispensa/cadastramento de captação de água subterrânea, através das
Portarias DAEE nº 1.630, 1.631, Instruções Técnicas DPO nº 08 e n° 10, de 30/05/2017, é
necessário considerar os procedimentos como segue abaixo para cada cenário de regularização:

✓ Para o caso de Licença de Execução de Poço Tubular Profundo:

 Requerimento de Licença de Execução de Poço Tubular para usos de água subterrânea


dispensados de outorga;
 Requerimento de Licença de Execução de Poço Tubular e de Direito de Uso para
Captação de Água Subterrânea.
✓ Quando houver necessidade de licenciamento junto à Cetesb – Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo (Licença Prévia e de Instalação):

 Requerimento para obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação de


Empreendimento (DVI) quanto ao uso e interferências em recursos hídricos
(Empreendimento Novo).
✓ Para regularização de Outorga de Direito de Uso ou Dispensa de Outorga:

 Requerimento de Outorga de Direito de Uso para Captação de Água Subterrânea – Poço


Tubular (Consumo > que 15 m³/dia);
 Requerimento de Dispensa de Outorga de Captação Subterrânea – Poço Tubular
(Consumo < que 15 m³/dia).
✓ Para Renovação de Outorga de Direito de Uso:

 Requerimento de Renovação de Outorga de Direito de Uso Para Captação de Água


Subterrânea – Poço Tubular (a cada 05 anos).
✓ Para aumento de vazão durante a vigência da outorga:

 Requerimento para obtenção de Declaração sobre Viabilidade de Implantação de


Empreendimento (DVI), quanto ao uso e interferências em recursos hídricos – Ampliação
de Empreendimento Existente.
✓ Para desativação temporária ou tamponamento:

 Declaração de Desistência de Captação de Água Subterrânea – Desativação


Temporária/Tamponamento.

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✓ Para transferência de titularidade sem que haja mudança nas condições de uso:

 Declaração de Desistência de Captação de Água Subterrânea e Requerimento de


Transferência de Outorga para Captação de Água Subterrânea.
✓ Outros procedimentos:

 Requerimento de Retificação de Dados de Portaria de Outorga para Uso de Recursos


Hídricos Subterrâneos;
 Requerimento de Licença de Execução e Cadastro para Captação de Água Subterrânea
(Mineral, Termal, Gasosa, Potável de Mesa ou destinada a fins Balneários).
Os procedimentos elencados anteriormente se referem estritamente à regularização de poços
tubulares profundos. As outorgas de direito de uso são por ponto de captação de água
subterrânea. A outorga de autorização de implantação de empreendimento é para o
empreendimento como um todo e deve anteceder as interferências nos recursos hídricos.

5.3.3 Cobrança pelo Uso dos Recursos Hídricos

A cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo é um dos instrumentos
estabelecidos pela Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual 7.663/91), em conjunto
com o planejamento estratégico da bacia, o sistema de informações, o rateio do custo das obras
de uso múltiplo e as infrações e penalidades.

Esta definição foi elaborada forma aberta, sem que houvesse uma definição objetiva das regras
e mecanismos a serem utilizados para a sua efetivação deixando assim, margem para que a
regulação do instrumento fosse estabelecida posteriormente em legislação específica.

Esta regulação ocorreu 14 anos após a promulgação da lei das águas paulista, com a Lei Estadual
12.183/2005. Esta lei define como objetivos da aplicação do instrumento:

✓ Reconhecer a água como bem econômico;

✓ Incentivar o uso racional e sustentável;

✓ Obter recursos para financiar as intervenções previstas pelos planos;

✓ Financiar pesquisa de recuperação e preservação de Rhis subterrâneos;

✓ Distribuir o custo sócio ambiental pelo uso degradador e indiscriminado;

✓ Utilizar a cobrança como instrumento de planejamento, integrada e descentralizada.

Segundo a lei, o produto da cobrança está vinculado à bacia que o gerou e pode ser repassado
a usuários e outros entes do sistema via financiamento, empréstimo ou a fundo perdido,
podendo o comitê optar por aplicar em outra bacia, desde que isso traga benefícios ao seu
território (não foi mencionado na alínea a necessidade de chancela do conselho estadual). Parte

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do arrecadado deverá ser aplicado na conservação do solo e na conservação da água na zona


rural da bacia.

O estabelecimento da cobrança é, segundo a legislação, definido em um fluxo que envolve o


Conselho de Recursos Hídricos, que define limites e condicionantes para a definição dos valores
cobrados, os Comitês de Bacia, que propõem, através da elaboração do seu planejamento
estratégico, a estrutura de investimentos no horizonte do planejamento e, a partir daí, estipula o
valor da cobrança. Esta proposta deve ser ratificada pelo Conselho de Recursos Hídricos para,
então, ser submetida à sanção do governo do estado.

As variáveis que poderão ser levadas em conta na definição do valor da cobrança são:

✓ Para captação

✓ Natureza do corpo hídrico (X1);

✓ Classe de uso (X2);

✓ Disponibilidade (X3);

✓ Grau de regularização assegurado por obras (X4);

✓ Volume captado e regime de variação (X5);

✓ Consumo efetivo (vazão captada + vazão devolvida) (X6);

✓ Finalidades (X7);

✓ Sazonalidade (X8);

✓ Características dos aquíferos (X9);

✓ Características físico-químicas do corpo hídrico no local (X10);

✓ Localização do usuário (X11);

✓ Práticas de conservação e manejo do solo (X12);

✓ Transposição de bacias (X13).

✓ Lançamento

✓ Classe de uso (Y1);

✓ Grau de regularização assegurado por obras (Y2);

✓ Carga lançada e regime de variação (Y3);

✓ Natureza da atividade (Y4);

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✓ Sazonalidade (Y5);

✓ Vulnerabilidade dos aquíferos (Y6);

✓ Características físico-químicas do corpo hídrico no local (Y7);

✓ Localização do usuário (Y8);

✓ Práticas de conservação e manejo do solo (Y9).

Entre outras definições, esta legislação estabelece ainda as premissas relativas às sanções e
penalidades, porém não apresenta a estrutura do cálculo, o que vem só com o Decreto nº
50.667, de 30 de março de 2006. Este reafirma os preceitos básicos do instrumento, como os
objetivos e as diretrizes, bem como traz a necessidade de integração institucional entre o
Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE com a Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo – CETESB, num esforço conjunto de estabelecer o cadastro de usuário, condição base
para a implantação da cobrança.

Esta cooperação é abordada pela Resolução Conjunta SERHS/SMA nº1/2006. Uma vez
estabelecido esse ponto, o Decreto 50.667/2006 define então a estrutura do cálculo partindo do
princípio que o valor total da cobrança pela utilização dos recursos hídricos de cada usuário (para
o período de cálculo a ser definido pelo respectivo CBH) será obtido pela soma das parcelas
decorrentes da multiplicação dos volumes de captação, derivação ou extração, de consumo e
das cargas de poluentes lançadas no corpo hídrico, pelos respectivos Preços Unitários Finais –
PUFs. Os PUFs, por as vezes, serão obtidos através da multiplicação dos Preços Unitários Básicos
- PUBs por Coeficientes Ponderadores (que correspondem às variáveis listadas no parágrafo
anterior).

Com o arcabouço legal do Estado de São Paulo definido, no mesmo ano de 2006 foi publicada
a Resolução Conjunta dos Comitês PCJ nº 48/2006 com a proposta dos PUBs a serem aplicados
na cobrança pelo uso dos recursos hídricos nas respectivas bacias. No seu artigo 2º, a resolução
estabelece:

✓ Preço Unitário Bruto para captação, extração e derivação (PUBcap): R$ 0,01 por m³;

✓ Preço Unitário Bruto para consumo (PUBcons): R$ 0,02 por m³;

✓ Preço Unitário Bruto para lançamento de carga de DBO 5,20 (PUBDBO): R$ 0,10 por kg de
carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20°C).

Essa deliberação impôs ainda que o valor arrecadado com a cobrança deveria ser aplicado da
seguinte maneira, considerando os Programas de Duração Continuada (PDCs) que compõem a
estrutura do Plano de Investimentos definido no plano de bacias:

✓ PDC 1 (Base de Dados, Cadastros, Estudos e Levantamentos): até 14,4%;

✓ PDC 3 (Recuperação da Qualidade dos Corpos d’Água): mínimo de 67,6%;

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✓ PDC 5 (Promoção do Uso Racional dos Recursos Hídricos): até 18,3%.

Estes valores foram revistos pela Resolução Conjunta dos Comitês PCJ nº 160/2012,
estabelecendo o investimento de até 15% para o PDC 1, no mínimo 45% para o PDC 3 e até
40% para o PDC 5.

Atualmente, os valores dos PUBs praticados nas bacias PCJ foram revisados pelo Decreto Estadual
61.430/2015, assumindo os seguintes valores:

✓ Preço Unitário Bruto para captação, extração e derivação (PUBcap): R$ 0,0127 por m³;

✓ Preço Unitário Bruto para consumo (PUBcons): R$ 0,0255 por m³;

✓ Preço Unitário Bruto para lançamento de carga de DBO5,20 (PUBDBO): R$ 0,1274 por kg de
carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20°C).

A partir das informações coletadas junto ao setor de cadastro de cobrança da Agência PCJ, foram
selecionados os registros localizados no território da Bacia do Rio Corumbataí e,
consequentemente, foi possível totalizar os valores encontrados conforme apresentado na Tabela
5.94.

TABELA 5.94 – ANÁLISE DOS REGISTROS DO CADASTRO DA COBRANÇA (ANO BASE: 2018)
Setor Usuário Valor Cobrado (R$)
Abastecimento Público 1.167.247,09
Industrial 290.736,07
Rural 349,45
Urbano Privado (Solução Alternativa) 14.991,55
Total Geral 1.473.324,16
Elaboração: Engecorps, 2019

O cadastro conta com 306 registros sendo que, deste total, 6 estão classificados com uso
insignificante (1,9%). Com relação ao setor usuário foram 51 registros para abastecimento público
(16,6%), 169 para industrial (55,2%), 14 para rural (4,5%) e 72 para urbano privado (23,5%). Ao
se considerar o valor arrecadado para cada setor, esta proporção se altera. Do total de R$
1.473.324,16, o setor de abastecimento público é responsável 79,2%. O restante fica divido em:
19,7% para o setor industrial, 1% para o uso privado e 0,02 para o setor rural. A Figura 5.78
mostra a comparação destas duas abordagens.

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Urbano Privado

Rural

Industrial

Abast. Púb.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

Valor Cobrado Número de Registros

Figura 5.78 – Registros do Cadastro da Cobrança


Elaboração: Engecorps, 2019

A visualização gráfica dos números referentes ao valor cobrado e ao número de registros mostra
que o setor do abastecimento público, apesar de ser o 3º colocado em número de registros é,
de longe, o setor que mais contribui com a arrecadação da bacia. Chama a atenção a
porcentagem muito baixa referente ao valor arrecadado com o setor rural. Conforme pode ser
constatado no item 5.2.3 (demandas deste estudo diagnóstico), este é o setor que apresenta a
segunda maior demanda na bacia. Esta contradição, no entanto, se justifica com a ponderação
contida na metodologia de cálculo ao se conferir um peso muito baixo à variável X2 (classe de
uso) para a irrigação.

Apesar do efeito do peso da variável X2, o volume captado (X5) é a variável-chave na definição
do valor cobrado. Esta afirmação é feita com base na proporcionalidade entre valor de cobrança
e volume captado para cada setor usuário, conforme mostrado na Figura 5.79.

Urbano Privado

Rural

Industrial

Abast. Púb.

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90%

Volume Outorgado (m³/s) Valor Cobrado

Figura 5.79 – Valor da Cobrança e Volume Captado


Elaboração: Engecorps, 2019

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Por fim, é importante que se dê a dimensão dos valores encontrados para a Bacia do Rio
Corumbataí no contexto geral das bacias PCJ, tendo 2018 como ano base. O total de
R$ 1.473.324,16 arrecadado na Bacia do Rio Corumbataí corresponde a 12,03% do total para
o PCJ, sendo que apresenta apenas 4,8% dos registros no cadastro completo. É importante
ressaltar que, apenas a transposição do sistema Cantareira para a bacia do Alto Tietê é cobrada
em R$ 2.439.649,56 (65,5% maior do que o total para a bacia do Corumbataí). O gráfico a seguir
decompõe esta comparação para os setores usuários, sem considerar esta transposição.

Figura 5.80 – Comparação para os setores usuários

Elaboração: Engecorps, 2019

5.3.4 PSA

As discussões sobre o pagamento a produtores rurais pela prestação de serviços ambientais é um


tema que vem sendo tratado no comitê das bacias PCJ desde o início da implementação da
cobrança pelo uso da água, em 2006. A Agência Nacional de Águas já acumulava certa
experiência no assunto através do Programa Produtor de Água, implantado no início dos anos
2000 com o objetivo de promover o PSA a agricultores que adotassem práticas que ampliassem
a oferta e melhorassem a qualidade da água em mananciais estratégicos.

Com o apoio da The Nature Conservancy e da ANA, o Comitê passou por um processo longo de
adoção do mecanismo que durou cerca de dez anos que envolveu a criação de uma cultura
institucional em torno do programa. O plano de bacias não previa investimentos dessa natureza
no seu programa, não havia um fluxo institucional para a tomada de decisões sobre o tema e
nem tão pouco havia fluxo operacional para que fosse viabilizado o pagamento aos produtores
rurais.

Com o objetivo de estabelecer a base institucional e legal para a implementação de um programa


consolidado de PSA nas bacias PCJ, foi criado um projeto piloto denominado de Produtor de
Água no PCJ, partindo da seleção de microbacias que seriam o objeto do projeto. A Tabela a
seguir traz os principais marcos do projeto Produtor de Água no PCJ.

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TABELA 5.95 – MARCOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO PCJ


Ano Marco
2006 Inclusão do PSA no Plano de Bacias dos Comitês PCJ
2007 Aprovação do projeto nos Comitês PCJ
2008 Assinatura do contrato de repasse entre TNC e CEF
2009 Formalização da UGP
2009 Lançamento de edital de seleção de proprietários rurais
2011 Assinatura dos primeiros contratos de PSA
2011 Primeiros pagamentos aos proprietários rurais
Fonte: The Nature Conservancy, 2015. Adaptado por Engecorps, 2019.

Os objetivos deste projeto experimental foram os seguintes:

✓ Aplicar metodologia específica do Programa Produtor-Conservador de Água nas microbacias


do Cancan, em Joanópolis, do Moinho, em Nazaré Paulista e das Posses, em Extrema1;

✓ Difundir e discutir o conceito de serviços ambientais;

✓ Difundir, na área de abrangência do projeto, o conceito de manejo integrado do solo e da


água por meio da conscientização e do incentivo à implantação de práticas conservacionistas
e à preservação e recuperação de florestas nativas;

✓ Determinar o abatimento, por simulação, da sedimentação nos cursos d’água e comparar os


resultados obtidos nas microbacias piloto com os resultados de microbacias testemunhas
escolhidas da área de estudo do projeto;

✓ Avaliar a percepção do proprietário rural sobre serviços ecossistêmicos;

✓ Treinar potenciais agentes replicadores do Projeto em relação aos seus critérios e


procedimentos na sub-bacia do Cantareira;

✓ Divulgar os resultados do Projeto na área de abrangência do Sistema Cantareira.

Para viabilizar a execução do projeto foi necessário estabelecer um contrato de repasse do


recurso a ser investido, da Caixa Econômica Federal, para a The Nature Conservancy (TNC), uma
vez que o pagamento a ser feito aos produtores cadastrados no programa sofreria com as
barreiras burocráticas se fosse feito via órgão público. Criou-se com isso um fluxo operacional
via entidade parceira. Além deste caminho, foi criada uma Unidade Gestora de Projeto (UGP),
sendo um órgão colegiado, normativo, deliberativo e consultivo, composto por membros de cada
instituição parceira do projeto, sendo estas a TNC, a ANA, a Secretaria de Meio Ambiente do
Estado de São Paulo e a Coordenadoria Técnica de Assistência Integral (CATI) da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento.

Em 2014, havia 41 contratos assinados com produtores rurais nas bacias contempladas pelo
projeto, conforme mostra a tabela a seguir.

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TABELA 5.96 – QUANTIDADE DE PROJETOS APROVADOS E VALORES INVESTIDOS POR


MODALIDADE DE PSA ATENDIDOS ATÉ 2014 PELO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO PCJ
Número de
Modalidade Área (ha) Valor do PSA (R$)
Propriedades Rurais
Restauração Ecológica da APP 28 68,1 26.027,94
Conservação de Florestas 39 321,4 102.383,80
Conservação do Solo 20 99,3 21.939,75
TOTAL 87 488,8 150.351,49
Fonte: The Nature Conservancy, 2015

No ano de 2015 o contrato de repasse entre a Caixa Econômica Federal e a TNC, tendo o projeto
estabelecido uma base sólida para a implementação do PSA na bacia PCJ.

Neste mesmo ano, o Comitê PCJ aprovou em plenária a Deliberação dos Comitês PCJ nº
238/2015, denominada por Política de Recuperação, Conservação e Proteção dos Mananciais
no âmbito da área de atuação dos Comitês PCJ, ou Política de Mananciais – PCJ, como passou
a ser conhecida. Esta deliberação estabeleceu as diretrizes e instrumentos visando à conservação
das águas, recuperação e conservação do solo e da vegetação nativa na área que compreende
as Bacias PCJ e, para tanto, definiu os seguintes programas:

✓ Programa I - Recuperação, Conservação e Proteção Ambiental em Áreas de Interesse;

✓ Programa II - Pagamento por Serviços Ambientais (PSA);

✓ Programa III - Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais de Interesse Regional (APRM);

✓ Programa IV - Proteção da Mata Atlântica e Cerrado.

O texto desta deliberação, ao longo do amadurecimento da aplicação dos programas foi sendo
adaptado em função das discussões estabelecidas pelas Câmaras Técnicas CT -Rural, CT –
Recursos Naturais e CT de Planejamento e originou as seguintes deliberações:

✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 270 de 31/03/2017, que revogou a Deliberação dos Comitês
PCJ nº 238/2015, com mudanças no texto que define o Programa I, além de outras
providências;

✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 284/2017, de 15/12/2017, que revogou a Deliberação dos
Comitês PCJ nº 270/2017, trazendo alterações no texto dos Programas III e IV;

✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 307/2018, de 14/12/2018, que revogou a Deliberação dos
Comitês PCJ nº 284/2017, com alterações nos mesmos Programas III e IV.

De acordo com o artigo 9 da Deliberação nº 307/2018 (PCJ, 2018), o Programa Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA-PCJ) contempla ações com o objetivo de produzir serviços ambientais
em sub-bacias, priorizando os mananciais de interesse para abastecimento público, nas Bacias
PCJ. Contempla ações de execução, como obras e serviços propostos no Projeto Integral de
Propriedade - PIP, especificamente voltadas à restauração ecológica e ao monitoramento da
execução, com objetivo de pagamento aos proprietários. Entende-se que o monitoramento será

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feito por meio de uma UCE - Unidade Coordenadora de Execução. Além disso, pode contemplar
recursos destinados ao pagamento de proprietários protetores-recebedores que gerem serviços
ambientais relacionados à disponibilidade de água em qualidade e quantidade.

Atualmente, o programa PSA – PCJ continua em desenvolvimento na bacia do Jaguariúna, onde


foi implantado o piloto Produtor de Água PCJ, agora sob um arranjo institucional mais robusto e
com a participação de entidades diversas da gestão dos projetos, inclusive da Prefeitura
Municipal de Jaguariúna, que recentemente protocolou um projeto que foi contemplado e que
trará novos recursos financeiros para o programa até 2020.

Foram também contemplados pelo escopo do Programa II da Política de Mananciais PCJ os


municípios de Limeira, Jundiaí, Piracaia e Piracicaba, o único que se apresenta inserido na Bacia
do Rio Corumbataí (parcialmente inserido).

Como apoio para a operação do PSA-PCJ, a Agência PCJ criou o Projeto LUISA (Levantamento
de Unidades para Investimentos em Serviços Ambientais), que consistem em uma infraestrutura
eletrônica de apoio aos Projetos Integrais de Propriedade, viabilizando a operação em campo e
integrando a aplicação ao banco de dados da Agência, otimizando assim as análises de
formulários e as tomadas de decisão.

5.3.5 Usuários não Cadastrados

Para tornar mais eficiente a gestão dos recursos hídricos na bacia é importante identificar
eventuais usuários da água não conhecidos, ou seja, aqueles que não integram nenhum banco
de dados.

Os usuários sem outorga deverão se regularizar. A Lei 9.433/97 determina que o uso da água
deve ser autorizado pelo poder público e que deve ser considerado sujeito às penalidades
previstas nesta Lei todos aqueles usuários que não possuírem a outorga de direito de uso.

Neste contexto, tendo em vista identificar eventuais usuários não cadastrados, foi realizada coleta
de dados in loco, percorrendo os principais mananciais da Bacia do Rio Corumbataí, visando
identificar captações ou lançamentos de efluente, bem como outras fontes potencialmente
poluidoras, que possam interferir no equilíbrio do uso das águas da bacia.

Essa identificação de captações e lançamentos clandestinos visa fortalecer a gestão das águas e
orientar futuras ações fiscalizatórias do Comitê PCJ e/ou DAEE.

5.3.5.1 Metodologia

Para identificar/catalogar eventuais usuários não cadastrados foram percorridos


aproximadamente 300 km de rios, os principais mananciais da Bacia do Rio Corumbataí, como
detalhado a seguir:

✓ Rio Corumbataí (com 146 km de extensão);

✓ Ribeirão Claro (com 43 km de extensão);


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✓ Rio da Cabeça (com 28 km de extensão);

✓ Rio Passo-Cinco (com 60 km de extensão);

✓ Rio Pirapetinga (com 16 km de extensão);

✓ Córrego Santa Gertrudes (com 13 km de extensão).

Durante o planejamento da vistoria de campo foi constatada a dificuldade de navegabilidade


destes cursos d´água, principalmente, por conta de cachoeiras e corredeiras. A Figura 5.81 deixa
claro a dificuldade de utilizar uma única forma de deslocamento para a vistoria de campo. Muitos
trechos destes cursos d´água não são navegáveis; outros têm uma cobertura vegetal bastante
densa, o que dificulta a obtenção de dados através de sensores remotos, como o drone; e em
outros, é difícil o acesso terrestre.

Figura 5.81 – Planejamento da Vistoria de Campo - Navegabilidade e Acessos

Diante deste desafio, a utilização de caiaque foi definida como a melhor forma para percorrer
estes trechos de rios. Isso porque este meio permite percorrer todos os trechos, mais de 300 km
de rios, utilizando uma única forma de deslocamento, oferecendo uma padronização na coleta
dos dados.

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O caiaque utilizado para a navegação estava equipado com GPS, Sonar para Batimetria, Sensor
Direct 150 para leitura dos parâmetros Oxigênio Dissolvido (OD), pH, Condutividade (CD), TDS,
Temperatura, Turbidez e Amônia. A cada 3 km percorridos, em toda a extensão dos corpos
d´água, foram realizadas medições da qualidade da água e monitoramento dos parâmetros
físico-químico, como: cor, odor, turbidez, nitrogênio, amoniacal, fósforo total, OD, PH e
coliformes fecais, totalizando 100 amostras. No Anexo IV está apresentado o registro fotográfico
realizado durante o percurso dos cursos d´água.

Esse monitoramento dos parâmetros de qualidade da água realizado durante todo o percurso foi
um grande aliado para facilitar a identificação de lançamentos de efluentes e fontes
potencialmente poluidoras. A alteração dos parâmetros da qualidade da água é um forte
indicador de um possível lançamento de efluentes. Assim, durante o percurso dos rios, qualquer
alteração nos parâmetros monitorados desencadeava um alerta para checar as margens com
maior atenção, já que muitos lançamentos costumam estar escondidos/camuflados, o que
dificulta sua visualização.

A coleta de dados in loco, ou seja, o percurso dos principais mananciais da Bacia do Rio
Corumbataí, foi realizada durante 24 dias, entre os dias 07 e 31 de março de 2019. O time que
realizou essa tarefa era composto por profissional experiente e por um motorista para apoio
logístico. Basicamente, a tarefa consistiu na navegação e registro das coordenadas e fotos dos
pontos de captação de água, lançamento de efluentes e outras fontes potencialmente poluidoras
(Figura 5.82 e 5.83).

Figura 5.82 – Registros do percurso do Rio da Cabeça Figura 5.83 – Registros do percurso do Rio
Corumbataí

Identificada alguma captação de água ou lançamento de efluente, ou outras fontes


potencialmente poluidoras (eventual usuário não cadastrado), foram registradas com auxílio do
dispositivo móvel as seguintes informações:

✓ Uso (captação, lançamento de efluente, outra fonte potencialmente poluidora);

✓ Coordenadas geográficas;

✓ Fotos georreferenciadas para registro;

✓ Anotações sobre os pontos.

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5.3.5.2 Resultados

De acordo com a metodologia descrita anteriormente, foram identificados durante o percurso


dos principais rios da Bacia do Rio Corumbataí, 22 pontos, dentre captações de água,
lançamentos de efluentes, e outras fontes potencialmente poluidoras, distribuídos da seguinte
forma (Tabela 5.97):

TABELA 5.97 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA


EXPEDIÇÃO DE CAMPO
Lançamento de Fonte potencialmente
Curso d´água Captação de água Total
efluente poluidora
Rio Pirapetinga 0 0 0 0
Rio Passa Cinco 4 0 0 4
Rio da Cabeça 1 0 0 1
Ribeirão Claro 0 1 0 1
Córrego Santa Gertrudes 0 1 2 3
Rio Corumbataí 10 1 2 13
Total 15 3 4 22
Elaboração: Engecorps, 2019

Norteados pelo objetivo de apontar usuários não autorizados, estes pontos identificados durante
a expedição foram comparados com os dados referentes às outorgas do DAEE (2019) e do
Cadastro de Cobrança (ABPCJ, 2018). Com base nesta sobreposição de camadas e a integração
de atributos através de Geoprocessamento foi constatado que destes 22 pontos identificados
durante a navegação, apenas 7, aparentemente tratam-se de usuários não cadastrados, que não
possuem registro junto ao DAEE, órgão responsável pela autorização ou concessão do uso da
água por determinado tempo e finalidade. A Figura 5.84 traz a sobreposição destas diferentes
bases de informações e a Tabela 5.98 apresenta esses resultados.

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-329-

Figura 5.84 – Comparação entre as captações de água e lançamento de efluentes identificados em campo e Cadastro de Outorgas (DAEE) e Cobrança (ABPCJ) na Bacia do Rio Corumbataí

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TABELA 5.98 – RESULTADO DO CRUZAMENTOS DOS USUÁRIOS DA ÁGUA IDENTIFICADOS EM


CAMPO E DO CADASTRO DE OUTORGA E COBRANÇA DA ÁGUA
Uso registrado Outorga Uso
ID Ponto Rio Observações de campo CC
em campo DAEE Cadastrado
Rio Passa Caminhões colocam bombas para
P1 Captação N N -
Cinco captação de água
Rio Passa Mangueiras para coletar água do
P2 Captação N N -
Cinco rio
Rio Passa Porto de Areia-Captação de água
P3 Captação S S Mineração
Cinco para extração de areia
Rio Passa Porto de Areia-Captação de água
P4 Captação N S Mineração
Cinco para extração de areia
Porto de Areia-Captação de água
P5 Rio da Cabeça Captação S S Mineração
para extração de areia
Fonte Passagem por algumas edificações,
Córrego Santa
P6 potencialmente não identificado o lançamento, mas N S Travessia
Gertrudes
poluidora cheiro de esgoto
Fonte
Córrego Santa Não identificado o lançamento,
P7 potencialmente N S Travessia
Gertrudes mas cheiro de esgoto
poluidora
Não identificado o lançamento,
Córrego Santa mas com forte cheiro de esgoto e
P8 Lançamento N N -
Gertrudes alteração nos parâmetros de
qualidade da água
Esgoto sendo lançado por um
P9 Ribeirão Claro Lançamento N N -
pequeno canal que chega no rio
Rio Porto de Areia-Captação de água
P10 Captação N N -
Corumbataí para extração de areia
Rio
P11 Captação Bomba para captação de água N N -
Corumbataí
Rio Porto de areia com balsa paradas
P12 Captação N S Mineração
Corumbataí na margem a 200m antes da ponte
Grande obra de captação de agua
Abasteci-
Rio com um volume considerável para
P13 Captação S S mento
Corumbataí abastecimento do município de Rio
público
Claro
Fonte Grande tubulação, aparentemente
Rio
P14 potencialmente de agua fluvial, mas com cheiro de N S Travessia
Corumbataí
poluidora esgoto
Rio Porto de Areia-Captação de água
P15 Captação N S
Corumbataí para extração de areia
Rio Porto de Areia-Captação de água
P16 Captação N S
Corumbataí para extração de areia
Rio Porto de Areia-Captação de água
P17 Captação N S
Corumbataí para extração de areia
Rio Porto de Areia-Captação de água
P18 Captação N S
Corumbataí para extração de areia
Rio Porto de Areia-Captação de água
P19 Captação N S
Corumbataí para extração de areia
Não avistado tubulações, mas há
Rio Industrial
P20 Captação um desvio de agua para além do S S
Corumbataí (Raízen)
curso normal do rio
Rio Grande despejo de esgoto in natura
P21 Lançamento N N -
Corumbataí com presença de muita espuma
Fonte
Rio Presença de lixo em uma boa parte
P22 potencialmente N S Travessia
Corumbataí desse trecho do rio
poluidora
Elaboração: Engecorps, 2019

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Como visto na Tabela 5.98, vários pontos registrados em campo são usuários conhecidos, já
outorgados, concentrados principalmente nos Rios Passa Cinco, Santa Gertrudes e Corumbataí.
A coleta de dados in loco registrou que nos Rios Passa Cinco e Corumbataí há uma sequência
de portos de areia que utilizam a água destes rios para o exercício da atividade minerária,
especialmente no baixo Corumbataí (Zona 21), conforme já apresentado no item 5.3.2; sendo
que um deste portos de areia, registrado no ponto P10 não está outorgado. No Córrego Santa
Gertrudes há várias travessias outorgadas, entretanto, durante a expedição de campo, próximo
a estas travessias foi constatado o cheiro de esgoto, indicando uma fonte potencialmente
poluidora, relacionada provavelmente a algum tipo de vazamento nas tubulações.

Embora durante a expedição muitas vezes não ser possível visualizar o lançamento de efluente
ou uma fonte potencialmente poluidora, o mal cheiro e as alterações nos parâmetros
monitorados da qualidade da água dos rios percorridos, tais como turbidez e oxigênio dissolvido,
indicavam uma provável interferência nas proximidades. Foram registrados mal cheiro (leve
cheiro de esgoto) no Rio Corumbataí, Ribeirão Claro e Córrego Santa Gertrudes.

Na Tabela 5.99 são apresentados apenas aqueles usuários da água não conhecidos, aqueles que
não integram o cadastro do DAEE (2019), restritos a apenas 7 usuários. Na Figura 5.85 estes 7
usuários não cadastrados estão mapeados e suas atividades estão registradas nas fotos
apresentadas nesta figura.

TABELA 5.99 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA


EXPEDIÇÃO
ID Ponto Rio Uso Observações de campo
P1 Rio Passa Cinco Captação Caminhões colocam bombas para captação de água
P2 Rio Passa Cinco Captação Presença de mangueiras para coletar água do rio
Córrego Santa Lançamento de Não identificado o lançamento, mas com forte cheiro de esgoto e
P8
Gertrudes efluente alteração nos parâmetros de qualidade da água
Lançamento de
P9 Ribeirão Claro Esgoto sendo lançado por um pequeno canal que chega no rio
efluente
P10 Rio Corumbataí Captação Porto de Areia onde foi possível avistar extração e uso de água do rio
P11 Rio Corumbataí Captação Bomba para captação de água
Lançamento de
P21 Rio Corumbataí Grande despejo de esgoto com muita espuma no rio
efluente
Elaboração: Engecorps, 2019

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Figura 5.85 – Identificação dos Usuários não Cadastrados na Bacia do Rio Corumbataí

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5.3.5.3 Análise dos Resultados

Dentre os sete (7) usuários não cadastrados, destacam-se:

✓ No Rio Passa Cinco, dois (2) usuários não cadastrados (P1 e P2), localizados no alto curso,
relacionados à captação de água para abastecimento eventual;

✓ No Córrego Santa Gertrudes, um ponto (P8) localizado próximo à foz do Córrego Santa
Gertrudes, onde não foi identificado o lançamento de efluente, no entanto havia no local um
cheiro forte de esgoto e os parâmetros monitorados de qualidade da água apresentaram
alterações;

✓ No Ribeirão Claro, um ponto (P9) localizado próximo à área urbana de Rio Claro, numa área
de várzea com algumas ocupações no entorno. Não foi identificado o lançamento de
efluente, no entanto havia no local um cheiro forte de esgoto e os parâmetros monitorados
de qualidade da água apresentaram alterações.

✓ No Rio Corumbataí foram registrados três usuários não cadastrados. Dois deles (P10 e P11)
localizados no Alto Corumbataí, um relacionado à captação de água para atender um porto
de areia, e outro próximo à área urbana do município de Corumbataí, com uma casa de
bombas, 2 grandes bombas para captação de água e mangueiras bem grossas. E o outro ponto
(P21), um lançamento de efluente localizado próximo à foz do rio Corumbataí.

É importante salientar que alguns destes usuários são eventuais, como os registrados nos pontos
P1 e P2 no Rio Passa Cinco onde há captações esporádicas de água, realizadas por caminhões
tanque que captam água para abastecer residências locais que não tem rede pública de
abastecimento (P1); e no ponto P2 mangueiras que captam água para necessidades domésticas
de propriedades no meio rural (fotos apresentadas na Figura 5.85). Nestes casos, de acordo com
a Portaria DAEE nº 1.630 de 30/05/2017, no seu Art. 21, estes usos são sujeitos à análise do
DAEE para serem oficialmente considerados isentos de outorga e cadastro.

No Ribeirão Claro e Córrego Santa Gertrudes não foram visualizados os pontos exatos do
lançamento de efluentes, mas foram identificados fortes indícios de odor de esgoto e alteração
nos parâmetros de qualidade da água monitorados durante o percurso destes rios. Sugerida uma
checagem mais detalhada nas futuras ações fiscalizatórias do Comitê PCJ e/ou DAEE nas
proximidades dos pontos P8 e P9 (fotos apresentadas na Figura 5.85).

Durante o levantamento de campo foi constato que os principais usuários não conhecidos, ou
seja, não autorizados da Bacia do Rio Corumbataí estão localizados no alto Corumbataí. Ali estão
as captações de água identificadas nos pontos P10 e P11; e o despejo de esgoto com a formação
de espuma identificado no ponto P21, próximo à área urbana do distrito de Santa Terezinha, no
trecho final do Rio Corumbataí. Estes trechos podem então ser considerados os mais críticos e
que requerem mais atenção para um futuro cadastramento de usuários não autorizados. As fotos
destes pontos estão apresentadas na Figura 5.85.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir de uma visão integrada dos diferentes temas que interferem na dinâmica dos recursos
hídricos - características socioeconômicas e ambientais, situação e dinâmica de uso e ocupação
do solo, condições do saneamento básico e aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos
hídricos - foi delineada uma radiografia do momento atual da Bacia Hidrográfica do Rio
Corumbataí.

Os resultados obtidos neste Diagnóstico demonstram que esta bacia é bastante heterogênea,
tanto do ponto de vista socioeconômico quanto ambiental, com: diferentes graus de urbanização
e variadas atividades econômicas desenvolvidas; distintas formas de relevo e regimes
pluviométricos; aquíferos variados entre as porções centro-leste e oeste da bacia; distribuição
populacional e de usos do solo heterogênea etc. A caracterização, interpretação e integração
destas variáveis possibilita identificar as principais fragilidades deste território.

Com relação aos recursos hídricos, a adoção de uma vazão de referência mais restritiva para a
aplicação do GAD, (50% da Q7,10) sinalizou que, para os municípios de Piracicaba e Rio Claro, o
limite outorgável nos mananciais é um fator limitante para a ampliação da produção de água.
Essa situação se torna um indicador da necessidade da realização de estudos de mananciais
alternativos. Em resumo, para estes municípios, as captações existentes estão perto da saturação
e, além disso, não é possível ampliar as vazões captadas uma vez que já estão extrapolados os
limites outorgáveis (com exceção para a captação de Rio Claro no Rio Corumbataí).

No mesmo sentido, o balanço hídrico elaborado através da Vazão Média Total (VMT), estimado
através dos índices municipais de demanda per capita, mostra que o percentual de
comprometimento da disponibilidade hídrica é de 23,5% no exutório da bacia. Já para o aspecto
qualitativo, em todos os pontos de monitoramento da rede básica de amostragem da CETESB
apresentam índices de qualidade variando entre “regular” e “bom”. A distribuição desta
classificação entre os pontos da rede é bem delimitada na bacia: o Rio Corumbataí apresenta,
em média, qualidade boa, da nascente até a confluência com o Ribeirão Claro. A partir deste
ponto, a qualidade de água cai para a classificação regular e assim segue até a foz no Rio
Piracicaba.

Quanto às águas subterrâneas, o perfil do trecho oeste da bacia é de pequenos municípios, em


boa parte deles utilizando o aquífero Guarani, inclusive em seus sistemas de abastecimento
público de água; se de um lado essa parte da bacia se serve desse importante recurso hídrico,
requer também sua preservação, por ser área de recarga preferencial deste recurso estratégico
transfronteiriço.

Já nas porções central, sudeste, leste e nordeste da bacia, o perfil é distinto, com aquíferos de
propriedades hidrogeológicas mais limitadas, mas que, mesmo assim, complementam o
abastecimento de algumas áreas (sede, distritos) e servem ainda como fonte de água para
indústrias e outros tipos de usos – requer, assim, tanto ações de uso racional (quantidade), quanto
de controle de fontes de contaminação dos aquíferos (as quais podem interferir na qualidade).

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A análise conjunta dos aspectos qualitativos e quantitativo, bem como sua associação com a
distribuição da demanda pelo recurso, é uma importante ferramenta para a tomada de decisões
acerca das ações a serem propostas nos horizontes de planejamento.

O levantamento dos problemas existentes, a caracterização dos seus sintomas, e a identificação


das suas causas e consequências são chave para o desenvolvimento do Contrato Nº 048/2018,
celebrado entre a Fundação Agência das Bacias PCJ e a ENGECORPS ENGENHARIA S.A.
Conhecendo a magnitude e a extensão desses problemas, será possível delimitá-los e
hierarquizá-los de acordo quanto a sua criticidade, auxiliando na definição das alternativas para
o abastecimento de água e a indicação em planta das alternativas viáveis, visando a uma maior
segurança hídrica.

Como demonstrado ao longo do Produto 2, a disponibilidade de água futura está muito atrelada
ao cenário socioeconômico, que pode exercer maior ou menor pressão sobre os recursos
hídricos, dependendo da configuração que adotam os sistemas produtivos e ritmo dos processos
econômicos. Em consonância com o princípio da visão sistêmica da gestão dos recursos hídricos,
destaca-se, assim, a importância de cada Produto para alcançar o escopo e os objetivos
propostos.

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ANEXO I – FORMULÁRIOS – VISITA TÉCNICA –


ÁGUA

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1. ANALÂNDIA

1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Operador Água Serviço Municipal de Água e Esgoto
Sigla do Operador DAE - Analândia

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio, ribeirão, barragem,
Córrego do Retiro Fonte São Francisco
açude, represa, etc.)

Tipo Captação NI Tomada direta

Vazão Média captada (L/s) 5 3,47

Vazão Máxima (L/s) NI NI

Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI


Coordenada - Latitude -22,12 22° 6'37.30"S
Coordenada - Longitude -47,64 47°39'12.05"O
Obs Captação emergencial -
NI – Não Informado

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA
Nome da ETA ETA Analândia
Tipo de Tratamento Convencional
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não possui
Problemas de tratabilidade Sim
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 15,00
Obs -
Coordenada - Latitude -22,12151111
Coordenada - Longitude -47,63842222

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-338-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 7
Identificação do Poço Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Coordenada - Latitude 22°07'12,17" 22°07'26,11" 22°07'45,13" 22°07'11,84"
Coordenada - Longitude 47°40'03,208" 47°40'04,866" 47°39'14,64" 47°39'43,67"
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI NI NI
Rua 4 -Ginasio
Al dos
Municipal de Rua São João -
Av. 12 (Final) - Coleirinhas
Endereço/Localidade (nome) Esportes Nova
Jd São Carlos s/n - Jd Santa
Jd Alto da Boa Esperança
Ana
Vista
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani, Aquífero Aquífero Aquífero Aquífero
Tubarão etc.). Guarani Guarani Guarani Guarani
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI

Vazão Média captada (l/s) 1,33 1,03


3,78 3,28
Operação (h/dia; dias/semana) 20;7 20;7 20;7 20;7
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço NI NI NI NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço NI NI NI NI
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço NI NI NI NI
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual
Não Não Não Não
periodicidade?
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se
Sim Sim Sim Sim
sim, quais parâmetros e periodicidade?

desinfecção desinfecção desinfecção desinfecção (Fl,


Informações sobre tratamento da água bruta
(Fl, Cl) (Fl, Cl) (Fl, Cl) Cl)
sem sem
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta sem designação sem designação
designação designação
Poço é outorgado? sim sim sim sim
Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não Não

Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)? Não Não Não Não

Os poços são de uso permanente,


Permanente Permanente Permanente Permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 7
Identificação do Poço Poço 5 Poço 6 Poço 7
Coordenada - Latitude 22°08'08,383" 22°07'47,24" 22°07'17,21"
Coordenada - Longitude 47°40'03,918" 47°39'05,268" 47°38'17,70"
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI NI
Rua D s/n Rua Carlos
Endereço/Localidade (nome) (Condomínio) Franceschine s/n NI
Jd Nova Analândia Jd Morada do Sol
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani,
Aquífero Guarani Aquífero Guarani NI
Tubarão etc.).

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-339-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI
Vazão Média captada (l/s) 1,36 4,07 4,07
Operação (h/dia; dias/semana) 20;7 20;7 20;7
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço NI NI NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço NI NI NI
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço NI NI NI
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual
Não Não Não
periodicidade?
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se
Sim Sim Sim
sim, quais parâmetros e periodicidade?
Desinfecção desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta desinfecção (Fl, Cl)
(Fl, Cl) (Fl, Cl)
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta sem designação sem designação sem designação
Poço é outorgado? sim sim não

Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não

Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)? Não Não Não


Os poços são de uso permanente,
Permanente Permanente Permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 3 655
População total atendida 4 078
Índice de atendimento urbano de água (%) 100
Índice de atendimento total de água (%) 75,89

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 20
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 10
Quantidade de ligações ativas de água 2 022
Quantidade de economias ativas de água 1 853
Índice de Hidrometração (%) 100
Índice de micromedição (%) 100
Índice de macromedição (%) 100
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 200
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 111,1

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Não

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2. CHARQUEADA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo


Sigla do Operador SABESP

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 2
Afluente do Ribeirão
Nome dos mananciais (rio,
Ribeirão Água Paraíso Afluente do Rib.
ribeirão, barragem, açude, Ribeirão Araquá
Branca Lago Quilombo de Araquá (Nagib)
represa, etc.)
São Francisco
Fio d´água/ tomada
Tipo Captação Fio d´água NI NI
direta
Vazão Média captada (L/s) 32,14 3,72 NI NI
Vazão Máxima (L/s) 32,14 3,72 45,49 10
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI NI
Coordenada - Latitude 7508571.97 7505791.96 7509300.98 7509700.74
Coordenada - Longitude 210923.16 221963.25 208181.87 208549.34
Não está sendo Não está sendo
Abastece todo o utilizada - está em utilizada - está em
Abastece o bairro
Obs município, a sede e stand-by, utilizada de stand-by, utilizada de
Paraisolândia
Paraisolândia acordo com a acordo com a
necessidade necessidade
NI – Não Informado

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
ETA ETA nº 1 ETA nº 2
Nome da ETA ETA Charqueada - Água Branca ETA Paraisolândia
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Sim, automática Sim, automática
Tratamento de Lodo Previsto (Em fase de projeto e licenciamento) Sem Informação
Problemas de tratabilidade Não Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 60,00 15,00
Coordenada - Latitude -22,50862222 -22,53164359
Coordenada - Longitude -47,80924722 -47,70370566

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 0
Identificação do Poço Poço Local 001 - DAEE 246-0108
Coordenada - Latitude 22°30'30,27''
Coordenada - Longitude 47°48'36,66''
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI
Endereço/Localidade (nome) Estrada Ayrton Senna da Silva, s/nº
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani, etc.). Aquífero Grupo Tubarão
Vazão de teste (m³/h) NI
Vazão Média captada (L/s) 2,78
Operação (h/dia; dias/semana) NI
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço NI
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço NI

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4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual periodicidde? NI
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se sim, quais NI
parâmetros e periodicidde?
Informações sobre tratamento da água bruta NI
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta NI
Poço é outorgado? NI
Informações sobre manutenção preventiva NI
Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)? NI
Os poços são de uso permanente, emergencial ou futuro? NI
Obs Não está sendo utilizado
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 11 701
População total atendida 16 334
Índice de atendimento urbano de água (%) 100,0%
Índice de atendimento total de água (%) 100,0%

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Índice de perdas no faturamento (%) 28,5
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 37,4
Quantidade de ligações ativas de água 6156
Quantidade de economias ativas de água 6198
Índice de Hidrometração (%) 100
Índice de micromedição (%) 37,4
Índice de macromedição (%) 100
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 1611,56
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 162,1

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
a) Natureza das Obras CAPTAÇÃO, EEAB, AAB e ETA (fonte: projeto Planal abr/10)
Investimentos Previstos R$ 7.954.722,09 (fonte: projeto Planal abr/10)
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema emergencial? Sim
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema
Já existe.
emergencial
NI – Não Informado

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ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-342-

3. CORDEIRÓPOLIS
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Cordeirópolis


Sigla do Operador SAAE

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 3
Nome dos mananciais (rio,
Represa do Mirante (Córrego Represa Santa Marina
ribeirão, barragem, açude, Córrego Ibicaba
Cascalho) (Córrego Cascalho)
represa, etc.)
Barragem de acumulação - Barragem de acumulação -
Tipo Captação Tomada direta
Tomada Direta Tomada Direta
Vazão Média captada (L/s) 36 18 16
Vazão Máxima (L/s) 40,28 19,72 16,7
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 40,28 19,72 16,7
Coordenada - Latitude 22°28'05.13'' 22°29'35.34'' 22°29'58.26''
Coordenada - Longitude 47°25'23.74'' 47°26'03.23'' 47°26'40.23''
Obs 3 - -

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
ETA
Nome da ETA ETA Cordeirópolis ETA - Nova
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Não sim
Tratamento de Lodo Não possui secagem do lodo
Problemas de tratabilidade Não não
Capacidade máxima de tratamento
(L/s) 110 120
Obs - Em obras - Prazo para operação em dezembro de 2019
Coordenada - Latitude 22°29'00.80'' 22°28'31.53''
Coordenada - Longitude 47°27'06.35'' 47°26'13.37''

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 0

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 21 371
População total atendida 23 793
Índice de atendimento urbano de água (%) 100,00
Índice de atendimento total de água (%) 100,00

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Anexo I
-343-

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 32
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 20
Quantidade de ligações ativas de água 8 363
Quantidade de economias ativas de água 7 868
Índice de Hidrometração (%) 98,88
Índice de micromedição (%) 100
Índice de macromedição (%) 100
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 1751,8
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 165,19

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
a) Natureza das Obras Aumento de reservação de água bruta (Nova Represa)
Investimentos Previstos 21.992.935,73
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema
emergencial? não
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema
emergencial não
NI – Não Informado

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ENGECORPS
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-344-

4. CORUMBATAÍ
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água Prefeitura Municipal de Corumbataí


Sigla do Operador PMC

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 3
Nome dos mananciais (rio,
ribeirão, barragem, açude, Ribeirão Boa vista Afluente Lageado Córrego Monte Alegre
represa, etc.)
Canal de derivação por Canal de derivação por
Tipo Captação Canal de derivação por gravidade
gravidade gravidade
Vazão Média captada (L/s) 3,98 5,54 0,41
Vazão Máxima (L/s) 3,98 5,54 0,41
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI
Coordenada - Latitude 7538423,00 7 536 972,00 7 539 772,00
Coordenada - Longitude 224091,00 224 076,00 225 459,00
Obs Sítio Saint German Sítio Pousado da Felicidade Sítio Monte Alegre
NI – Não Informado

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA NI
Nome da ETA ETA 1
Tipo de Tratamento Simples desinfecção
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não há geração de lodo
Problemas de tratabilidade Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 11,11
Segundo os técnicos da prefeitura (Felipe e Jeferson), o tratamento da captação
superficial ocorre somente com cloro e flúor, e não há um tratamento mais
Obs
complexo. Esta estação funciona apenas para simples desinfecção, a água não
chega a ficar retida na ETA.
Coordenada - Latitude 22,218055
Coordenada - Longitude 47,633611
NI – Não Informado

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 2
Identificação do Poço Nosso Recanto Jacutinga
Coordenada - Latitude 7535,1 7528,6338
Coordenada - Longitude 231,485 228,392698
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI
Estrada Vicinal Corumbataí - Rio
Endereço/Localidade (nome) NI
Claro, S/Nº
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani,
Tubarão Tubarão
Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) NI NI
Vazão Média captada (l/s) 2,78 2,78
6 a 8 horas por dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) 15 h/dia - 7 dias/semana
dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 68,14 NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 87,34 NI

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Volume I – Tomo II
Anexo I
-345-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço 19,2 NI
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual
Sim, tubo de nível. Sim, tubo de nível.
periodicidde?
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se Sim, atendendo a portaria 2914 - Sim, atendendo a portaria
sim, quais parâmetros e periodicidde? semestral 2914 - semestral
Informações sobre tratamento da água bruta Simples desinfecção com cloro Simples desinfecção com cloro
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta Loteamento Nosso Recanto Loteamento Nosso Recanto
Poço é outorgado? Sim Não
Informações sobre manutenção preventiva Não há Não há
Problemas com bomba e painel Problemas com bomba e
Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)?
elétrico painel elétrico
Os poços são de uso permanente,
Permanente Permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 2171
População total atendida 4018
Índice de atendimento urbano de água (%) 100
Índice de atendimento total de água (%) 100

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 10,26
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 16,67
Quantidade de ligações ativas de água 1431
Quantidade de economias ativas de água 1431
Índice de Hidrometração (%) 100,00
Índice de micromedição (%) 95
Índice de macromedição (%) 0
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 312,00
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 177,28

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
Municipal - Sítio Montana, para ampliação do sistema
a) Natureza das Obras
produtor de água
Investimentos Previstos Cerca de R$ 860 mil
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema emergencial? Não
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema
NI
emergencial
NI – Não Informado

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Anexo I
-346-

5. IPEÚNA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água Prefeitura Municipal de Ipeúna


Sigla do Operador PMI

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio,
ribeirão, barragem, açude, Córrego São João do Lageado
represa, etc.)
Tipo Captação Tomada direta
Vazão Média captada (L/s) 9,72
Vazão Máxima (L/s) 13,83
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 13,89
Coordenada - Latitude -22,4113
Coordenada - Longitude -47,6955
Obs Portal dos Nobres

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA ETA Portal dos Nobres
Nome da ETA Convencional
Tipo de Tratamento Não
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não
Problemas de tratabilidade 13,89
Capacidade máxima de tratamento (L/s) NI
Obs -22,412009
Coordenada - Latitude -47,695324
Coordenada - Longitude ETA Portal dos Nobres
NI – Não Informado

4.a. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 5
Poço 001 - Poço 002 - Poço 003 - Poço 004 - DAEE
Identificação do Poço
DAEE 218-0001 DAEE 218-0002 DAEE 218-0103 218-0230
Coordenada - Latitude 7 516,18 7 516,13 7 516,22 7 517,20
Coordenada - Longitude 219,73 219,77 219,63 219,36
Cota - altitude (m) - pegar do MDT 629 625 631 574
Parque Ecológico
Av. 07, 579 - Rua Nove, s/nº -
Av. 07, 579 - Henrique Barbeta
Endereço/Localidade (nome) Bairro Centro - Bairro Centro -
Bairro Centro - - Bairro Salto -
ETA I ETA I
ETA I ETA I
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral,
Itararé Itararé Itararé Itararé
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) 41,86 52,39 36 30,63
Vazão Média captada (m³/h) 26,25 35,25 34,65
27,20
12 h/dia - 7 11h/dia - 7 12 h/dia - 7 15 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana)
dias/semana dias/semana dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 18 13,80 96 86

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Anexo I
-347-

4.a. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 33,01 33,20 218 236
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do
15,01 19,4 122 150
teste/poço
Há monitoramento de nível d´água? Se sim,
Não Não Não Não
qual periodicidde?
Sim: coliformes Sim: coliformes
Sim: coliformes Sim: coliformes
totais, totais,
totais, coliformes totais, coliformes
coliformes coliformes
termotolerantes, termotolerantes,
Há monitoramento de qualidade de água bruta? termotolerantes, termotolerantes,
cor aparente, cor aparente,
Se sim, quais parâmetros e periodicidde? cor aparente, cor aparente,
turbidez, turbidez,
turbidez, turbidez,
temperatura, pH temperatura, pH -
temperatura, pH temperatura, pH
- mensal mensal
- mensal - mensal
Simples Simples Simples Simples
Desinfecção Desinfecção Desinfecção Desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta
(adição de cloro (adição de cloro (adição de cloro (adição de cloro e
e flúor) e flúor) e flúor) flúor)
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta Mapa Mapa Mapa Mapa
Poço é outorgado? Sim Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não Não
Há registro de problemas neste poço? Se sim,
Não Não Não Não
qual(is)?
Os poços são de uso permanente,
Uso permanente Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado

4.b. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 5
Poço 005 - DAEE 218- Poço 006 - DAEE 218- Poço 007 - DAEE 218-
Identificação do Poço
0003 0231 0232
Coordenada - Latitude 7 516,09 7 516,99 7 519,08
Coordenada - Longitude 220,91 221,31 222,55
Cota - altitude (m) - pegar do MDT 605 613 581
Rua Luiz Pinheiro, s/nº Av. Antonio Passeto,
Portal dos Nobres - ETA
Endereço/Localidade (nome) - Jardim Primavera - s/nº - Bairro Altos de
III
ETA II Ipeúna - ETA II
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral,
Itararé Itararé Itararé
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) 9 12 12
Vazão Média captada (m³/h) 7,80 10,35 8,4
18 h/dia - 7 20 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) 8 h/dia - 7 dias/semana
dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 82,00 128,00 84,3
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 195,00 220,00 98,3
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do
113 92,00 14
teste/poço
Há monitoramento de nível d´água? Se sim,
Não Não Não
qual periodicidde?
Sim: coliformes totais, Sim: coliformes totais, Sim: coliformes totais,
coliformes coliformes coliformes
Há monitoramento de qualidade de água termotolerantes, cor termotolerantes, cor termotolerantes, cor
bruta? Se sim, quais parâmetros e periodicidde? aparente, turbidez, aparente, turbidez, aparente, turbidez,
temperatura, pH - temperatura, pH - temperatura, pH -
mensal mensal mensal

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Volume I – Tomo II
Anexo I
-348-

4.b. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Simples Desinfecção Simples Desinfecção Simples Desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta
(adição de cloro e flúor) (adição de cloro e flúor) (adição de cloro e flúor)
Sistema(s) de abastecimento (água) que
Mapa Mapa Mapa
alimenta
Poço é outorgado? Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não
Há registro de problemas neste poço? Se sim,
Não Não Não
qual(is)?
Os poços são de uso permanente, Desativado: alto teor Desativado: presença
Uso Permanente
emergencial/contingência ou futuro? de ferro e manganês de gás sulfídrico

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ)


População Urbana atendida 6 177
População total atendida 6 177
Índice de atendimento urbano de água (%) 100,00
Índice de atendimento total de água (%) 86,06

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 33
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 48,24
Quantidade de ligações ativas de água 2 920
Quantidade de economias ativas de água 2 920
Índice de Hidrometração (%) 100,00
Índice de micromedição (%) 100
Índice de macromedição (%) 100,00
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 590,94
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 169,30

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
a) Natureza das Obras Perfuração de um novo poço (P008)
Investimentos Previstos R$ 414 038,00
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema emergencial? Não
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema emergencial NI
NI – Não Informado

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ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-349-

6. ITIRAPINA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operadora Água Secretária Municipal de Saneamento Básico - Itirapina


Sigla do Operador PMI

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 0

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 0

4.a Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Poço Local - 002 -
Identificação do Poço Poço 1 Poço 3 Poço 4
DAEE 217-007
Coordenada - Latitude 7 536 550 7 536 440 7 537 150 7 538 337
Coordenada - Longitude 210 200 209 870 210 500 219 781
Cota - altitude (m) - pegar do
NI 770 NI NI
MDT
Sede do Município
Rua 5, esquina com Rua Cataguases
Endereço/Localidade (nome) Rua 5 (V. Garbi) Planalto Serra Verde
Avenida 8, nº 827 - (desativado)
Vila Garbi
Sistema aquífero dos poços Guarani
Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão (Formação
Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.). Pirambóia)
Vazão de teste (m³/h) NI 143 NI NI
Vazão Média captada (m³/h) NI 141,62 NI NI
Operação
Operação (h/dia; dias/semana) 20h/dia;7dias/semana Operação Variável Operação Variável
Variável
Prof. NE (m) - pegar do
NI 5,12 NI NI
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
NI 39,11 NI NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m
NI 33,99 NI NI
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual NI Sim, mensal NI NI
periodicidde?
Há monitoramento de Sim, escherichia coli,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph,
NI NI NI
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual
periodicidde? livre, coliformes totais
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento
NI automatizadas na saída NI NI
da água bruta
do poço
Sistema(s) de abastecimento
NI Sede do Município NI NI
(água) que alimenta
Portaria DAEE nº 2304,
Poço é outorgado? NI NI NI
de 21 de julho de 2017

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-350-

4.a Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Não é feita-
Informações sobre manutenção Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
Desativado-Uso
permanente, Desativado-Uso Desativado-Uso como
como Uso Permanente
emergencial/contingência ou como piezômetro piezômetro
piezômetro
futuro?
NI – Não Informado

4.b Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Poço Local - 005 - Poço Local - 006 - Poço Local - 008 -
Identificação do Poço Poço 7
DAEE 191-0006 DAEE 217-0005 DAEE 217-0012
Coordenada - Latitude 7 544 176 7 531 550 7 526 400 7 532 520
Coordenada - Longitude 202 704 210 750 199 750 211 020
Cota - altitude (m) - pegar do
750 730 NI 740
MDT
Bairro Balneário
Santo Antonio Bairro Estância Ubá Bairro Estância Ubá
Endereço/Localidade (nome) Rua Treze, nº 323 Rua 5, nº 50 - Lote 14 Itaqueri da Serra Rua 3, s/nº - Lote 8 da
- Balneário Santo da Quadra 4 Quadra 10
Antonio
Sistema aquífero dos poços Guarani
Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão (Formação
Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.). Pirambóia)
Vazão de teste (m³ /h) 100 20 NI 20
Vazão Média captada (m³/h) 71,30 19,98 NI 19,98
20h/dia;7dias/sem
Operação (h/dia; dias/semana) 20h/dia;7dias/semana Operação Variável 17h/dia;7dias/semana
ana
Prof. NE (m) - pegar do
33,54 40,07 NI 48,40
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
48,18 51,76 NI 59,50
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m
14,64 11,69 NI 11,1
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual Sim, mensal Sim, mensal NI Sim, mensal
periodicidde?
Sim, escherichia
Há monitoramento de Sim, escherichia coli, Sim, escherichia coli,
coli, turbidez, cor,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph, turbidez, cor, ph,
ph, fluoreto, cloro NI
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual fluoreto, cloro residual
residual livre,
periodicidde? livre, coliformes totais livre, coliformes totais
coliformes totais
Cloração e Cloração e
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento Fluoretação Fluoretação
automatizadas na saída NI
da água bruta automatizadas na automatizadas na
do poço
saída do poço saída do poço
Sistema(s) de abastecimento Balneário Santo
Estância e Jardim Ubá NI Estância Ubá
(água) que alimenta Antônio
Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº 1792, Portaria DAEE nº
Poço é outorgado? 2304, de 21 de de 10 de junho de NI 1792, de 10 de junho
julho de 2017 2015 de 2015

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-351-

4.b Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Não é feita-
Informações sobre Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
manutenção preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente, Desativado-Uso
Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente
emergencial/contingência ou como piezômetro
futuro?
NI – Não Informado

4.c Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Nº do requerimento
Poço Local - 009 - Poço Local - 010 - Poço Local - 012 -
Identificação do Poço Uso/Interferência -
DAEE 191-0202 DAEE 217-0033 DAEE 192-0033
20180018872-JNU
Coordenada - Latitude 7 537 650 7 526 280 7 538 370 7 543 800
Coordenada - Longitude 211 050 199 750 219 800 202 330
Cota - altitude (m) - pegar do
800 925 850 700
MDT
Sede do
Distrito de Itaqueri da Bairro Planalto da
Município Avenida Marginal
Serra Serra Verde
Endereço/Localidade (nome) Rua Ceci, nº 386 - esquina com Rua 4,
Rua 2, nº 106 - Itaqueri Rua 4, nº 30 - lote 07
Jardim Nova Lote 5 da quadra 5
da Serra da Quadra 07
Itirapina
Guarani
Sistema aquífero dos poços
(Formação Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão
Botucatu/Pirambói Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.).
a)
Vazão de teste (m³/h) 120 11,82 30 115,2
Vazão Média captada (m³/h) 119,99 11 20,7 113,00
16h/dia;7dias/sem
Operação (h/dia; dias/semana) 3h/dia;7dias/semana 20h/dia;7dias/semana 20h/dia;7dias/semana
ana
Prof. NE (m) 14,51 199,8 58,6 16,62
Prof. NI (m) 54,92 206,33 68,4 114,89
Rebaixamento (NE - NI), em m
40,41 6,53 9,8 98,27
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
Sim, mensal-Irá
d´água? Se sim, qual Sim, mensal Sim, mensal Sim, mensal
começar nesse mês
periodicidde?
Sim, escherichia Sim, escherichia coli, Sim, escherichia coli,
Há monitoramento de Sim, escherichia coli,
coli, turbidez, cor, turbidez, cor, ph, turbidez, cor, ph,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph,
ph, fluoreto, cloro fluoreto, cloro fluoreto, cloro
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual
residual livre, residual livre, residual livre,
periodicidde? livre, coliformes totais
coliformes totais coliformes totais coliformes totais
Cloração e Cloração e Cloração e
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento Fluoretação Fluoretação Fluoretação
automatizadas na saída
da água bruta automatizadas na automatizadas na automatizadas na
do poço
saída do poço saída do poço saída do poço
Sistema(s) de abastecimento Sede do Balneário Santo
Itaqueri da Serra Planalto Serra Verde
(água) que alimenta Município Antonio

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-352-

4.c Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº
Portaria DAEE nº 2304,
Poço é outorgado? 1718, de 03 de 1000, retificada em 573, de 1 de
de 21 de julho de 2017
agosto de 2012 23 de maio de 2017 fevereiro de 2019
Não é feita-
Informações sobre Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
manutenção preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente,
Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente
emergencial/contingência ou
futuro?

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 13 334
População total atendida 13 334
Índice de atendimento urbano de água (%) 85,08
Índice de atendimento total de água (%) 76,73

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento( %) 31,36
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 31,36
Quantidade de ligações ativas de água 5 759
Quantidade de economias ativas de água 5 759
Índice de Hidrometração (%) 94,41
Índice de micromedição (%) 56,75
Índice de macromedição (%) 0,00
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 1 577,26
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 229,08

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
a) Natureza das Obras Novo poço para a sede e sistema de reservatórios
Investimentos Previstos R$ 690 253,00
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema emergencial? Não
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema emergencial NI
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-353-

7. PIRACICABA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água Serviço Municipal de Água e Esgoto


Sigla do Operador SEMAE

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 4
Nome dos mananciais (rio, Rio Corumbataí Ribeirão Anhumas Nascente Ibitiruna Rio Piracicaba
ribeirão, barragem, açude, (Sistema Rio (Sistema Rbeirão (Sistema - Nascente (Sistema - Rio
represa, etc.) Corumbataí) Anhumas) Ibitiruna) Piracicaba)
Fio d´água/Tomada Fio d´água/Tomada
Tipo Captação Fio d´água Fio d´água
Direta Direta
Vazão Média captada (L/s) 1791 5,8 0,17 323
Vazão Máxima (L/s) 2000 14 0,27 800
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI NI
Coordenada - Latitude 7 494 639,76 7 472 520,00 7 478 670,00 7 485 843,23
Coordenada - Longitude 224 768,53 199 180,00 197 120,00 227 784,17
NI – Não Informado

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 4
ETA ETA nº 1 ETA nº 2 ETA nº 3 ETA nº 4
ETA Piracicaba - 01 - ETA Piracicaba - 02 - ETA Piracicaba -
Nome da ETA ETA Capim Fino
Luiz de Queiroz Luiz de Queiroz Anhumas
Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo
Tipo de Tratamento
Completo Completo Completo Completo
Macromedição Sim, telemetria Sim, telemetria Sim, telemetria Sim, telemetria
Existe uma ETL
(Decantação+adensad
Tratamento de Lodo Não Não Não possui
or+centrífuga+leito de
secagem) em operação
Problemas de
Não Não Não Não
tratabilidade
Capacidade máxima
400 350 2000 14
de tratamento (L/s)
Os rios Piracicaba e Os rios Piracicaba e Os rios Piracicaba e
Corumbataí Corumbataí Corumbataí O ribeirão Anhumas
apresentam em apresentam em apresentam em apresenta em algumas
Obs
algumas épocas algumas épocas algumas épocas épocas problemas de
problemas de problemas de problemas de qualidade
qualidade qualidade qualidade
Coordenada - Latitude -22,71763889 -22,71763889 -22,66372778 -22,66372778
Coordenada -
-47,65091389 -47,65091389 -47,64126667 -47,64126667
Longitude

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ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-354-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 4
Identificação do Poço Poço 02 Poço 03 Poço 04 Poço Tanquinho
Cota - altitude (m) - pegar do MDT
Rua Treze de Maio,
Estrada
s/nº - Rodovia Estrada do Rua Dr. Dimas Cera
Endereço/Localidade (nome) Piracicaba Tupi,
Margarida da Graça Horto, 720 Ometto, 96
s/nº
Martins
Sistema aquífero dos poços (Serra Tupi 2 - Aquífero Tupi 3 - Aquífero Tupi 4 - Aquífero Tanquinho - Aquífero
Geral, Guarani, etc.). Itararé Itararé Itararé Itararé
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI
Vazão Média captada (L/s) 1,41 2,31 6,02 1,55
20 h/dia; 7 20 h/dia; 7 20 h/dia; 7
Operação (h/dia; dias/semana) 20 h/dia; 7 dias/semana
dias/semana dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 38,15 NI NI NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 91,3 NI NI NI
Rebaixamento (NE - NI), em m -
53,15 NI NI NI
pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível d´água?
Não Não Não Não
Se sim, qual periodicidde?
Há monitoramento de qualidade de
água bruta? Se sim, quais parâmetros Não Não Não Não
e periodicidde?
Informações sobre tratamento da
Cloro e flúor Cloro e flúor Cloro e flúor Cloro e flúor
água bruta
Sistema(s) de abastecimento (água) Tupi - Loteamento Tupi - Horto
Tupi - Jd. Bartira Tanquinho
que alimenta Paiaguás Florestal
Poço é outorgado? Sim Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção
Não há Não há Não há Não há
preventiva
Há registro de problemas neste poço?
Não Não Não Não
Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso permanente,
Uso permanente Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou futuro?
Coordenada - UTM N (km) 7483,01 7483,24 7483,11 7501,83
Coordenada - UTM E (km) 239,91 240,83 239,62 232,18
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 388 791
População total atendida 397 322
Índice de atendimento urbano de água (%) 100
Índice de atendimento total de água (%) 100

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 55,46
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 48,85
Quantidade de ligações ativas de água 146 119
Quantidade de economias ativas de água 170 820
Índice de Hidrometração (%) 99,97
Índice de micromedição (%) 100
Índice de macromedição (%) 100
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 64131,62
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 227,03

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Não

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Volume I – Tomo II
Anexo I
-355-

8. RIO CLARO
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Departamento Autônomo de Água e Esgoto


Operador Água
- Rio Claro
Sigla do Operador DAAE

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 2
Nome dos mananciais (rio, ribeirão,
Ribeirão Claro Rio Corumbataí
barragem, açude, represa, etc.)
Tipo Captação Barragem de nível Barragem (soleira hidráulica)
Vazão Média captada (L/s) 262 382
Vazão Máxima (L/s) 389,19 519,57
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI
Coordenada - Latitude 7 519 668 7 528 980
Coordenada - Longitude 238 486 236 430
NI – Não Informado

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
Nome da ETA ETA I Rio Claro ETA II Rio Claro
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Sim, automática Não
Tratamento de Lodo Não possui Lagoas de decantação
Problemas de tratabilidade Não Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 450 550
Coordenada - Latitude 7520084.79 7528627.13
Coordenada - Longitude 236886.69 237832.84
Obs - -

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 4 BATERIA DE POÇOS (4 POÇOS)
Identificação do Poço Poço Profundo Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Coordenada: UTM N (m) 7509,70 7536435.44 7536435.44 7536435.44 7536435.44
Coordenada: UTM E (m) 234,10 233089.24 233089.24 233089.24 233089.24
Fuso NI 23K 23K 23K 23K
Datum NI SIRGAS SIRGAS SIRGAS SIRGAS
Cota - altitude (m) - pegar do
NI 686 686 686 686
MDT
Rua 1A,
Endereço/Localidade (nome) Distrito de Rua 1A, Distrito Rua 1A, Distrito Rua 1A, Distrito Distrito de
Assistência de Ferraz de Ferraz de Ferraz Ferraz
Formação Formação Formação Formação
Sistema aquífero dos poços (Serra Piramboia/ Piramboia/ Piramboia/ Piramboia/
Tatuí/Itararé
Geral, Guarani, Tubarão etc.). formação Rio formação Rio formação Rio formação
Claro Claro Claro Rio Claro
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI NI
Vazão Média captada (m³/h) NI 4,68 3,02
5,04 7,63
20 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) NI 1 h/dia - 7 dias 20 h/dia - 7 dias NI
dias

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ENGECORPS
Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-356-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NE (m) - pegar do
NI NI NI NI NI
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
NI NI NI NI NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m -
NI NI NI NI NI
pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual NI Não Não Não Não
periodicidde?
Há monitoramento de qualidade
de água bruta? Se sim, quais NI Sim Sim Sim Sim
parâmetros e periodicidade?
Diária: pH,
cor,
turbidez,
Diária: pH, cor,
coliformes
Diária: pH, cor, Diária: pH, cor, turbidez,
fecais,
turbidez, turbidez, coliformes
coliformes
coliformes fecais, coliformes fecais, fecais,
totais,
coliformes totais, coliformes totais, coliformes totais,
controle de
controle de controle de controle de
Se sim, quais parâmetros e dosegem de
NI dosegem de flúor dosegem de flúor dosegem de
periodicidde? flúor
Semestral: todos Semestral: todos flúor
Semestral:
os parâmetros os parâmetros Semestral: todos
todos os
que atendem a que atendem a os parâmetros
parâmetros
portaria do portaria do que atendem a
que
CONAMA 396 CONAMA 396 portaria do
atendem a
CONAMA 396
portaria do
CONAMA
396
Simples
Simples Simples Simples
Informações sobre tratamento da Adição de Desinfecção
Desinfecção Desinfecção Desinfecção
água bruta Cloro no local (cloro e
(cloro e flúor) (cloro e flúor) (cloro e flúor)
flúor)
Sistema(s) de abastecimento Distrito de Distrito de
NI Distrito de Ferraz Distrito de Ferraz
(água) que alimenta Ferraz Ferraz
Poço é outorgado? NI Não Não Não Não
Informações sobre manutenção
NI Não há Não há Não há Não há
preventiva
Há registro de problemas neste
NI Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente, Uso
DESATIVADO Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou permanente
futuro?
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 19 657
População total atendida 201 473
Índice de atendimento urbano de água (%) 100,00
Índice de atendimento total de água (%) 100,00

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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-357-

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 27,35
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 39,08
Quantidade de ligações ativas de água 69,474
Quantidade de economias ativas de água 82,093
Índice de Hidrometração (%) 98,60
Índice de micromedição (%) 60,27
Índice de macromedição (%) 100,00
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 20 390,53
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 169,55

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Não

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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-358-

9. SANTA GERTRUDES
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Operador Água BRK Ambiental - Santa Gertrudes S.A.


Sigla do Operador BRK

2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio, ribeirão, barragem,
Córrego Santa Gertrudes
açude, represa, etc.)
Tipo Captação Barragem de Nível
Vazão Média captada (L/s) 50,6
Vazão Máxima (L/s) 70
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 53,4
Coordenada - Latitude -22,45286
Coordenada - Longitude -47,52011

3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA NI
Nome da ETA ETA Santa Gertrudes
Tipo de Tratamento Convencional
Macromedição Sim, telemetria
Tratamento de Lodo Sem tratamento/projeto de ampliação
Problemas de tratabilidade Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 70,00
Obs -
Coordenada - Latitude -22,45345278
Coordenada - Longitude -47,52076944
NI – Não Informado

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte:
Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 2
P6- Bom
Identificação do Poço
P5 - Vigorelli sucesso P7 -Jequitibás II P8 - Iporanga P9 - Jequitibás III
Coordenada - Latitude 7515090 7514090 7516420 7514950 7515950
Coordenada - Longitude 239030 239010 238960 238300 239020
Cota - altitude (m) -
NI NI NI NI NI
pegar do MDT
Endereço/Localidade Avenida Benedita Rua Domingos
NI NI NI
(nome) Arthur Dezotti
Sistema aquífero dos
Aquífero Aquífero Aquífero
poços (Serra Geral, Aquífero Tubarão Aquífero Tubarão
Tubarão Tubarão Tubarão
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI NI
Vazão Média captada
44 20 24,78 56 5,11
(m³/h)
Operação (h/dia;
NI NI 20 NI 20
dias/semana)
Prof. NE (m) - pegar do
NI NI NI 124,25 NI
teste/poço

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ENGECORPS
Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-359-

4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte:
Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NI (m) - pegar do
145,8 NI NI 165,6 NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI),
em m - pegar do NI NI NI NI NI
teste/poço
Há monitoramento de
nível d´água? Se sim, NI NI Não NI Não
qual periodicidde?
Há monitoramento de Sim. Parâmetros do Sim. Parâmetros do
qualidade de água CONAMA 396 CONAMA 396
bruta? Se sim, quais NI NI (semestral); turbidez NI (semestral); turbidez
parâmetros e (diária); ecoli (diária); ecoli
periodicidde? (mensal) (mensal)
Informações sobre
Desinfecção (cloro e Desinfecção (cloro e
tratamento da água NI NI NI
flúor) flúor)
bruta
Sistema(s) de
Identificado no mapa Identificado no mapa
abastecimento (água) NI NI NI
levado na visita levado na visita
que alimenta
Poço é outorgado? NI NI Sim NI Sim
Informações sobre Não há. Utilizam Não há. Utilizam
NI NI NI
manutenção preventiva bomba reserva. bomba reserva.
Há registro de
problemas neste poço? NI NI Não NI Não
Se sim, qual(is)?
Não está em
funcionamento
- previsto para
Os poços são de uso
retornar
permanente,
operação Desativado Permanente Desativado Permanente
emergencial/contingênci
futuramente -
a ou futuro?
plano para
recuperação
estrutural
NI – Não Informado

5. Informações relativas ao Atendimento (Fonte: Plano Bacias PCJ )


População Urbana atendida 26403,00
População total atendida 26403,00
Índice de atendimento urbano de água (%) 100,00
Índice de atendimento total de água (%) 100,00

6. Informações relativas às Perdas - (Fonte: Plano Bacias PCJ)


Índice de perdas no faturamento (%) 15,82
Índice de perdas na distribuição da água tratada (%) 26,01
Quantidade de ligações ativas de água 8503
Quantidade de economias ativas de água 9530
Índice de Hidrometração (%) 100,00
Índice de micromedição (%) 100
Índice de macromedição (%) 100,00
Volume de água produzido (1.000 m³/ano) 1849
Consumo médio per capita de água (L/hab./dia) 144

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo I
-360-

7. Informações relativas a Projetos e Obras - (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe Projeto/Obra de ampliação do Sistema Produtor? Sim
a) Natureza das Obras Obras de adequação da ETA e Sistema de Tratamento de Lodo
Investimentos Previstos R$ 2 330 893,62
b) Natureza das Obras NI
Investimentos Previstos NI
Há previsão de implantação de um sistema emergencial? Não
Descreva sobre a previsão de implantação do sistema
NI
emergencial
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo I
-361-

ANEXO II – FORMULÁRIOS – VISITA TÉCNICA –


ESGOTO

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo II
-362-

1. ANALÂNDIA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Analândia
Sigla Operador PM Analândia

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,2
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,1
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 3,5
Vazão Total (L/s) 3,8
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 8,5
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 4,8
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 197,7
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 8,5
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 1,9
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 46,1
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 56,5

3. Informações relativas às ETEs(Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 1
Nome da ETE ETE José Batista Marinho
Status Ativa
População atendida 3.416
Vazão de projeto (L/s) 26
Vazão afluente (L/s) 12
Processo LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA
Eficiência adotada 75%
Nome corpo receptor Rio Corumbataí
Classe de enquadramento adotada 2
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 184,5
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) 46,1
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 412,30
Coordenada ETE: UTM N 7 549 496,88
Coordenada ETE: UTM E 225 413,12
Coordenada lançamento: UTM N 7 444 149,97
Coordenada lançamento: UTM E 340 419,97

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento
Não
Sanitário?

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-363-

2. CHARQUEADA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Operador Esgoto
Paulo
Sigla Operador SABESP

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 3,1
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,9
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,6
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 13,9
Vazão Total (L/s) 18,5
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 130,8
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 38,5
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 777,6
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 130,8
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 15,4
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 26,8
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 145,4
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 318,3

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 2
ETE ETE nº 1 ETE nº 2
Nome da ETE ETE SEDE ETE Recreio
Status Ativa Ativa
População atendida 9.953 2.696
Vazão de projeto (L/s) 22,5 10
Vazão afluente (L/s) 13,9 10
Processo LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA LAGOA FACULTATIVA
Eficiência adotada 80% 85%
Nome corpo receptor Ribeirão Fregadoli Rio Corumbataí
Classe de enquadramento adotada 2 2
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 581,5 76
Carga de lançamento da ETE (Kg
DBO/dia) 145,4 7
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 121,80 4781
Coordenada ETE: UTM N 7 508 478,64 7 499 320,00
Coordenada ETE: UTM E 214 600,99 222 270,00
Coordenada lançamento: UTM N 7 505 480,00 7 499 320,00
Coordenada lançamento: UTM E 213 230,00 222 270,00

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento Sanitário? Não

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-364-

3. CORDEIRÓPOLIS
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Serviço Municipal
Sigla Operador SAAE

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,0
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 31,6
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 100,0
Vazão Total (L/s) 36,7
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 46,3
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 4,8
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 1.022,4
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 46,3
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 1,9
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 971,3
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 1.019,6

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 1
Nome da ETE ETE Cordeirópolis
Status Em construção
População atendida 31.545
Vazão de projeto (L/s) 71,04
Vazão afluente (L/s) 0
Processo UBOX
Eficiência adotada 94%
Nome corpo receptor Córrego Ibicaba/ Ribeirão Tatu
Classe de enquadramento adotada NI
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) NI
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) NI
Vazão de referência corpo receptor (L/s) NI
Coordenada ETE: UTM N 7 509 920,61
Coordenada ETE: UTM E 248 614,95
Coordenada lançamento: UTM N 7 509 877,61
Coordenada lançamento: UTM E 248 651,55
NI – Não Informado

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos
Sim
em Esgotamento Sanitário?
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO DA BACIA DO
a) Nome do Empreendimento CÓRREGO SANTA GERTRUDES E SUB-BACIA DO AFLUENTE DO CÓRREGO
DAS AMOREIRAS NO MUNICÍPIO DE CORDEIROPOLIS / SP
Situação Iniciada
Valor do Investimento (R$) 4.413.056,92
b) Nome do Empreendimento NI
Situação NI
Valor do Investimento (R$) NI
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-365-

4. CORUMBATAÍ
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Corumbataí
Sigla Operador PM

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,1
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 4,5
Vazão Total (L/s) 4,7
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 3,4
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) NI
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 0,3
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 113,6
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 117,2
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 3,4
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 0,1
NI – Não Informado

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 1
Nome da ETE ETE CORUMBATAÍ
Status Ativa
População atendida 2.460
Vazão de projeto (L/s) 0
Vazão afluente (L/s) 13
Processo LODOS ATIVADOS DE AERAÇÃO PROLONGADA
Eficiência adotada 0,85
Nome corpo receptor Rio Corumbataí
Classe de enquadramento adotada 2
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 425,9
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) 40,7
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 40505,2
Coordenada ETE: UTM N 7 538 889,2
Coordenada ETE: UTM E 230 249,53
Coordenada lançamento: UTM N 7 487 619,97
Coordenada lançamento: UTM E 254 629,99

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento
Não
Sanitário?

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-366-

5. IPEÚNA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Ipeúna
Sigla Operador PM

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,4
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,2
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 17,6
Vazão Total (L/s) 10,6
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 12,9
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) NI
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 5,9
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 289,7
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 308,5
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 12,9
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 2,4
NI – Não Informado

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 2
ETE ETE nº 1 ETE nº 2
ETE Ipeúna - Núcleo Urbano
Nome da ETE ETE Ipeúna - Nova ETE
Lajeado Portal dos Nobres
Status Ativa Projeto em fase de aprovação
População atendida 5.683 NI
Vazão de projeto (L/s) 17,6 NI
Vazão afluente (L/s) 10 NI
LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA
Processo NI
FACULTATIVA
Eficiência adotada 75% 90%
Nome corpo receptor Córrego das Lavadeiras Rio Passa Cinco
Classe de enquadramento adotada 2 NI
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 289,7 NI
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) 72,4 NI
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 115,1 NI
Coordenada ETE: UTM N 7 515 269,83 7 519 262,90
Coordenada ETE: UTM E 221 619,57 222 957,73
Coordenada lançamento: UTM N 7 514 658,83 NI
Coordenada lançamento: UTM E 221 685,54 NI
Não irão mais construir - projeto
Obs -
muito caro
NI – Não Informado

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em
Não
Esgotamento Sanitário?

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-367-

6. ITIRAPINA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Itirapina
Sigla Operador PMI

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 1,1
Vazão - Solução Individual ((L/s) 1,6
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 30,7
Vazão Total (L/s) 33,5
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 27,9
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) NI
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 38,9
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 746,9
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 813,8
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 27,9
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 15,6
NI – Não Informado

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 1
Nome da ETE ETE ITIRAPINA
Status Ativa
População atendida 13.832
Vazão de projeto (L/s) 89
Vazão afluente (L/s) 30,7
Processo LAGOA ANAERÓBIA/LAGOA FACULTATIVA/LAGOA MATURAÇÃO
Eficiência adotada 82%
Nome corpo receptor Córrego da Água Branca
Classe de enquadramento adotada 2
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 746,9
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) 134,4
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 388,50
Coordenada ETE: UTM N 7 537 300,00
Coordenada ETE: UTM E 207 765,00
Coordenada lançamento: UTM N 7 537 627,97
Coordenada lançamento: UTM E 207 777,19

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento
Sim
Sanitário?
Elaboração de projetos do sistema de esgotamento e
a) Nome do Empreendimento tratamento de efluentes para os bairros jd ubá e planalto
serra verde (do PCJ)
Situação Aprovação agente técnico
Valor solicitado ao FEHIDRO: R$438.181,43
Valor do Investimento (R$) Contrapartida município R$ 23.062,18 (5% do global)
Global R$ 461.243,61
b) Nome do Empreendimento NI
Situação NI
Valor do Investimento (R$) NI

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-368-

7. PIRACICABA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Águas do Mirante (Aegea Saneamento e Participações S.A)
Sigla Operador AM (AEGEA)

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,00
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0,00
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0,00
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 1.197,35
Vazão Total (L/s) 1.197,35
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,00
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 0,00
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 0,00
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,00
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 32.545,20
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 32.545,20
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 0,00
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 0,00

3.a Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Continua)

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 1 ETE nº 2 ETE nº 3 ETE nº 4 ETE nº 5

ETE ANHUMAS - ETE BELA VISTA - ETE CHÁCARA


Nome da ETE ETE ÁRTEMIS ETE CAPIM FINO
PIRACICABA PIRACICABA UNIDAS
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População
10.000 2.500 142.500 30.000 800
atendida
Vazão de projeto
30 5 381 57 2
(L/s)
Vazão afluente
21,73 2,86 301,7 32,73 0,5
(L/s)
TANQUE SÉPTICO
LODOS LODOS REATOR
+ FILTRO TANQUE SÉPTICO
ATIVADOS DE ATIVADOS DE ANAERÓBIO +
Processo ANAERÓBIO + + FILTRO
AERAÇÃO AERAÇÃO LODOS
VALA DE ANAERÓBIO
PROLONGADA PROLONGADA ATIVADOS
FILTRAÇÃO
Eficiência adotada 94% 94% 97% 95% 61%
Não disponível na
Nome corpo Ribeirão das
Rio Piracicaba Rio Piracicaba Rio Piracicaba base hidrográfica
receptor Anhumas
utilizada
Classe de
enquadramento 2 2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE
336 154 8.196,00 934 20
(Kg DBO/dia)
Carga de
lançamento da ETE 21 9 235 43 7,7
(Kg DBO/dia)
Vazão de
referência corpo 40.505,20 324,2 40.329,50 31.907,50 60,8
receptor (L/s)
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-369-

3.a Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Conclusão)
Coordenada ETE:
7 487 781,38 7 472 424,11 7 487 513,94 7 487 317,17 7 479 765,90
UTM N
Coordenada ETE:
215 695,43 199 102,68 221 335,98 232 287,99 226 975,10
UTM E
Coordenada
lançamento: UTM 7 472 150,04 7 508 509,97 7 462 679,95 7 441 820,04 7 479 940,57
N
Coordenada
lançamento: UTM 291 580,03 233 659,95 368 060,01 336 679,97 226 930,32
E

3.b Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 6 ETE nº 7 ETE nº 8 ETE nº 9 ETE nº 10


ETE ENGENHO - ETE JUPIÁ - ETE LAGO AZUL -
Nome da ETE ETE CURTUME ETE IBITIRUNA
PIRACICABA PIRACICABA PIRACICABA
Status Desativada Desativada Ativa Desativada Desativada
População
6.480 3.000 800 800 800
atendida
Vazão de projeto
25 10 2 2 2
(L/s)
Vazão afluente
NI NI 0,22 NI NI
(L/s)
REATOR TANQUE SÉPTICO
ANAERÓBIO + Tanque Séptico + Tanque Séptico + + FILTRO
Processo TANQUE SÉPTICO
FILTRO Wetlands Filtro Aneróbio ANAERÓBIO +
BIOLÓGICO SUMIDOURO
Eficiência adotada 75%
Não disponível na Não disponível na
Nome corpo Ribeirão dos
base hidrográfica Rio Piracicaba Ribeirão dos Patos base hidrográfica
receptor Marins
utilizada utilizada
Classe de
enquadramento 2 2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE
NI NI 10 NI NI
(Kg DBO/dia)
Carga de
lançamento da ETE NI NI 2,1 NI NI
(Kg DBO/dia)
Vazão de
referência corpo 81,3 32.596,80 234,6 238,9 90
receptor (L/s)
Coordenada ETE:
7 480 208,92 7 484 506,33 7 478 243,02 7 486 159,16 7 491 099,88
UTM N
Coordenada ETE:
234 940,19 226 700,10 195 593,90 223 989,93 214 801,08
UTM E
Coordenada
lançamento: UTM 7 487 659,96 7 533 270,01 7 415 610,02 7 486 248,49 0,00
N
Coordenada
lançamento: UTM 215 840,01 234 939,95 287 060,00 223 977,17 0,00
E
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-370-

3.c Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 11 ETE nº 12 ETE nº 13 ETE nº 14 ETE nº 15

ETE ETE PONTE DO ETE SANTA ETE SANTA


Nome da ETE ETE SANTA SILVIA
PIRACICAMIRIM CAIXÃO OLÍMPIA I OLÍMPIA II
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 135.000 151.265 950 800 800
Vazão de projeto (L/s) 387 407,2 2,7 2 2
Vazão afluente (L/s) 304,3 509,7 1,12 0,2 0,41
LODOS LODOS TANQUE SÉPTICO
ATIVADOS DE ATIVADOS DE LAGOA + FILTRO
Processo TANQUE SÉPTICO
AERAÇÃO AERAÇÃO FACULTATIVA ANAERÓBIO +
PROLONGADA PROLONGADA SUMIDOURO
Eficiência adotada 94% 94% 92% 78% 63%
Não disponível na
Ribeirão Ribeirão Fazenda Ribeirão
Nome corpo receptor Rio Piracicaba base hidrográfica
Piracicamirim Santa Olimpia Piracicamirim
utilizada
Classe de
enquadramento 2 2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE (Kg
7.338 14.662 36 13 21
DBO/dia)
Carga de lançamento
462 903,2 3 2,6 7,9
da ETE (Kg DBO/dia)
Vazão de referência
542,5 32.692,8 106,7 54,6 542,5
corpo receptor (L/s)
Coordenada ETE:
7 485 334,04 7 487 187,00 7 497 557,63 7 496 477,93 7 482 345,68
UTM N
Coordenada ETE:
230 775,99 225 339,94 218 898,74 217 150,02 231 705,88
UTM E
Coordenada
7 501 780,04 7 498 250,04 7 497 585,00 7 496 637,05 7 482 437,03
lançamento: UTM N
Coordenada
246 680,04 296 049,99 218 912,27 217 150,83 231 704,86
lançamento: UTM E

3.d Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Continua)

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 16 ETE nº 17 ETE nº 18 ETE nº 19 ETE nº 20

Nome da ETE ETE SANTANA I ETE SANTANA II ETE SANTANA III ETE SANTANA IV ETE SANTANA V
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 800 800 800 800 800
Vazão de projeto (L/s) 2 2 2 2 2
Vazão afluente (L/s) 0,67 0,18 0,12 0,3 0,52
FOSSA
TANQUE TANQUE SÉPTICO FILTRO/(FOSSA
TANQUE SÉPTICO
TANQUE SÉPTICO + + FILTRO SÉPTICA +
Processo + FILTOR
SÉPTICO FILTRO ANAERÓBIO + FILTRO
ANAERÓBIO
ANAERÓBIO SUMIDOURO BIOLÓGICO) +
SUMIDOURO
Eficiência adotada 71% 73% 65% 67% 62%

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-371-

3.d Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Conclusão)
Não disponível
Não disponível na Não disponível na Não disponível na Não disponível na
na base
Nome corpo receptor base hidrográfica base hidrográfica base hidrográfica base hidrográfica
hidrográfica
utilizada utilizada utilizada utilizada
utilizada
Classe de
enquadramento 2 2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE (Kg
31 7 3 4 23
DBO/dia)
Carga de lançamento
9,1 1,9 1,1 1,2 8,8
da ETE (Kg DBO/dia)
Vazão de referência
90 90 90 90
corpo receptor (L/s)
Coordenada ETE:
7 495 143,00 7 495 417,95 7 495 403,88 7 495 374,81 7 495 738,95
UTM N
Coordenada ETE:
219 450,90 218 986,08 218 739,12 218 098,92 219 902,11
UTM E
Coordenada
7 495 155,51 7 495 419,44 7 495 419,44 7 495 391,10 7 495 750,32
lançamento: UTM N
Coordenada
219 446,13 218 731,42 218 731,42 218 095,22 219 903,91
lançamento: UTM E

3.e Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Continua)

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 21 ETE nº 22 ETE nº 23 ETE nº 24 ETE nº 25

ETE SANTANA ETE SÃO JORGE -


Nome da ETE ETE SANTANA VII ETE TANQUINHO ETE TUPI
VI PIRACICABA
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 800 800 1.650 550 5.000
Vazão de projeto (L/s) 2 2 3,8 1,6 11,7
Vazão afluente (L/s) 0,21 0,13 4,21 0,57 12,34
TANQUE
SÉPTICO + REATOR
TANQUE SÉPTICO TANQUE SÉPTICO
FILTRO LAGOA ANAERÓBIO +
Processo + FILTRO + LAGOA
ANAERÓBIO FACULTATIVA LODOS
ANAERÓBIO FACULTATIVA
+ ATIVADOS
SUMIDOURO
Eficiência adotada 84% 66% 87% 89% 97%
Não disponível
Não disponível na
na base Ribeirão Tijuco
Nome corpo receptor base hidrográfica Ribeirão Guamium Ribeirão Guamium
hidrográfica Preto
utilizada
utilizada
Classe de
enquadramento 2 2 2 2 3
adotada
Carga afluente ETE (Kg
9 3 160 31 474
DBO/dia)
Carga de lançamento
1,2 1 19,6 3,4 12
da ETE (Kg DBO/dia)
Vazão de referência
90 281,4 46,4 263,8
corpo receptor (L/s)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-372-

3.e Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Conclusão)
Coordenada ETE: UTM
7 495 221,03 7 495 552,14 7 491 110,07 7 501 066,08 7 483 115,05
N
Coordenada ETE: UTM
220 117,04 218 949,05 228 995,11 232 090,04 240 339,95
E
Coordenada
7 495 233,37 7 495 571,75 7 495 809,21 7 491 187,24 7 476 120,04
lançamento: UTM N
Coordenada
220 117,13 218 945,52 232 183,37 228 993,16 250 970,00
lançamento: UTM E

3.f Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )

Nº ETEs ativas 25

ETE ETE nº 26 ETE nº 27 ETE nº 28 ETE nº 29

Nome da ETE ETE VALE DO SOL I ETE VALE DO SOL II ETE VILA BELÉM ETE ZOONOSES
Status Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 800 800 800
Vazão de projeto (L/s) 2 2 2 1
Vazão afluente (L/s) 1,83 0,4 0,3 0,3
TANQUE SÉPTICO TANQUE SÉPTICO +
TANQUE SÉPTICO + TANQUE SÉPTICO +
Processo + FILTRO FILTRO ANAERÓBIO
FILTRO ANAERÓBIO FILTRO ANAERÓBIO
ANAERÓBIO + SUMIDOURO
Eficiência adotada 81% 66% 65% 81%
Nome corpo receptor Rio Piracicaba Rio Piracicaba Rio Corumbataí Rio Piracicaba
Classe de enquadramento
2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE (Kg
59 12 7 4
DBO/dia)
Carga de lançamento da
9,3 4,1 2,3 0,6
ETE (Kg DBO/dia)
Vazão de referência
40.031,1 40.031,1 6.852 40.031,1
corpo receptor (L/s)
Coordenada ETE: UTM N 7 488 899,94 7 488 491,14 7 494 239,91 7 487 072,09
Coordenada ETE: UTM E 222 069,05 222 051,92 222 951,06 223 746,05
Coordenada lançamento:
7 475 150,02 7 475 150,02 7 494 528,88 7 487 192,18
UTM N
Coordenada lançamento:
291 070,00 291 070,00 222 982,14 223 749,86
UTM E

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento Sanitário? Sim
a) Nome do Empreendimento Adequações de sistema existente
Situação Aguardando aprovação
Valor do Investimento (R$) NI
b) Nome do Empreendimento NI
Situação NI
Valor do Investimento (R$) NI
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-373-

8. RIO CLARO
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Odebrecht Ambiental Unidade Rio Claro (BRK)
Sigla Operador BRK Ambiental

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0,0
Vazão - Solução Individual ((L/s) 2,5
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 44,0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 501,0
Vazão Total (L/s) 545,0
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 66,0
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 13.555,0
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 0,0
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 1.130,0
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 650,0
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 1.780,0

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Continua)
Nº ETEs ativas 8
ETE ETE nº 1 ETE nº 2 ETE nº 3 ETE nº 4 ETE nº 5 ETE nº 6 ETE nº 7 ETE nº 8
ETE
ETE ETE ETE Jardim
Nome da ETE ETE AJAPI ETE BATOVI ETE FERRAZ ETE FLORES PALMEIRAS -
ASSISTÊNCIA CONDUTA Novo
RIO CLARO
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 2.252 1.019 382 52.993 358 41.403 18.323 76.475
Vazão de projeto
20 6,3 2 161 3 91 17,25 272
(L/s)
Vazão afluente (L/s) 10 6,3 2 154 3 78 13 237
FOSSA SÉPTI
CA +
LAGOA FOSSA SÉPTI REATOR
REATOR FOSSA SÉPTI REATOR
ANAERÓBIA CA + FILTRO ANAERÓBIO REATOR
ANAERÓBIO CA + ANAERÓBIO
+ LAGOA AERÓBIO UASB + ANAERÓBIO
+ LODOS REATOR + LAGOA
Processo FACULTATIV SUBMERSO FILTRO (UASB) + NI
ATIVADOS + ANAERÓBIO AERADA +
A + LAGOA + AERÓBIO LODOS
DESINFECÇÃ + VALA DE LAGOA DE
DE DESINFECÇÃ SUBMERSO ATIVADOS
O UV FILTRAÇÃO MATURAÇÃO
MATURAÇÃO O +
DESINFECÇÃ
O
Eficiência adotada 90% 91% 97% 96% 96% 96% 90% 94%
Nome corpo Rio Rio Rio Rio Rio Rio Rio
Ribeirão Claro
receptor Corumbataí Corumbataí Corumbataí Corumbataí Corumbataí Corumbataí Corumbataí
Classe de
enquadramento 2 2 2 3 2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE
432 163 44,00 3 780,00 161 2 128,00 493,00 5218
(Kg DBO/dia)
Carga de
lançamento da
41,00 16 1 144 5 94 50 299
ETE (Kg
DBO/dia)
Vazão de
referência corpo 1 583,40 1 583,40 1 583,40 792,00 1 583,40 1 583,40 2 035,40 2035,4
receptor (L/s)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-374-

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


(Conclusão)
Coordenada 7 533 7 508 7 522 7 517 7 536 7 522 7 517 7 513
ETE: UTM N 408,24 437,00 071,00 426,00 228,00 946,00 285,00 944,00
Coordenada 235 233 230 237 233 233 233 233
ETE: UTM E 254,76 827,00 859,00 576,00 534,00 463,00 383,00 401,00
Coordenada
7 533 7 508 7 522 7 517 7 536 7 523 7 517 7 513
lançamento:
000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 800,00
UTM N
Coordenada
234 230 230 237 233 230 233 233
lançamento:
000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 000,00 240,00
UTM E
NI – Não Informado

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento Sanitário? Não

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-375-

9. SANTA GERTRUDES
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto BRK Ambiental Santa Gertrudes S/A
Sigla Operador BRK Ambiental

2. Informações relativas à Coleta e Tratamento de Esgotos (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Vazão - sem coleta e sem tratamento (L/s) 0
Vazão - Solução Individual ((L/s) 0
Vazão - com Coleta e sem Tratamento (L/s) 0
Vazão - com Coleta e com Tratamento (L/s) 43,4
Vazão Total (L/s) 43,4
Parcela de Carga Gerada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0
Parcela de Carga Gerada encaminhada para Solução Individual (kg DBO/dia) 0
Carga Gerada Total (kg DBO/dia) 0
Parcela de Carga Lançada sem Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 0
Parcela de Carga Lançada Proveniente de Solução Individual (kg DBO/dia) 1.488,9
Parcela de Carga Lançada com Coleta e sem Tratamento (kg DBO/dia) 1.488,9
Parcela de Carga Lançada com Coleta e com Tratamento (kg DBO/dia) 0
Carga Lançada Total (kg DBO/dia) 0

3. Informações relativas às ETEs (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Nº ETEs ativas 1
Nome da ETE ETE SANTA GERTRUDES
Status Ativa
População atendida 25.364
Vazão de projeto (L/s) 44,0
Vazão afluente (L/s) 43,4
LAGOA ANAERÓBIA + LAGOA FACULTATIVA + LAGOA DE
Processo
MATURAÇÃO
Eficiência adotada 80,0%
Nome corpo receptor Ribeirão Claro
Classe de enquadramento adotada 2
Carga afluente ETE (Kg DBO/dia) 1.782,00
Carga de lançamento da ETE (Kg DBO/dia) 297
Vazão de referência corpo receptor (L/s) 1.070,50
Coordenada ETE: UTM N 7 513 843,69
Coordenada ETE: UTM E 236 761,38
Coordenada lançamento: UTM N 7 514 260,00
Coordenada lançamento: UTM E 236 569,00

4. Informações relativas à Investimentos em Esgotamento Sanitário (Fonte: Plano Bacias PCJ )


Existe empreendimentos e Investimentos em Esgotamento Sanitário? Sim
a) Nome do Empreendimento Reforma EE Iporanga e EE Jequitibás
Situação Elaboração de escopo de projeto
Valor do Investimento (R$) R$ 877.344,00
b) Nome do Empreendimento NI
Situação NI
Valor do Investimento (R$) NI
NI – Não Informado

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo II
-376-

ANEXO III – RESULTADOS DAS ANÁLISES DE


QUALIDADE DA ÁGUA REALIZADAS DURANTE
O PERCURSO DOS PRINCIPAIS MANANCIAIS
DA BACIA - MARÇO DE 2019
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo III
-377-

Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continua)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P1 Rio Passa Cinco -22,408353° -47,861823° 7,1 19 7,6 7,03 0,011 <0,02 22
P2 Rio Passa Cinco -22,404027° -47,873630° 7,2 19 7,7 7,18 0,013 <0,02 22
P3 Rio Passa Cinco -22,397613° -47,885922° 7,7 19 9,2 7,33 0,012 <0,02 23
P4 Rio Passa Cinco -22,391013° -47,889623° 7,6 19 9,1 7,45 0,013 0,02 25
P5 Rio Passa Cinco -22,364621° -47,888373° 7,5 19 13,2 7,44 0,013 0,02 22
P6 Rio Passa Cinco -22,357540° -47,877048° 7,4 19 13,7 7,55 0,019 0,03 24
P7 Rio Passa Cinco -22,351925° -47,870634° 7,2 19 16,35 7,44 0,023 0,02 20
P8 Rio Passa Cinco -22,356047° -47,863017° 6,9 19 22,14 7,32 0,031 0,03 29
P9 Rio Passa Cinco -22,366763° -47,857793° 7,1 19 23,53 7,01 0,027 0,03 22
P10 Rio Passa Cinco -22,360536° -47,849018° 7,2 19 22,87 7,11 0,039 0,02 25
P11 Rio Passa Cinco -22,357327° -47,818824° 7,1 19 27,13 7,28 0,033 0,04 21
P12 Rio Passa Cinco -22,364335° -47,794627° 6,9 19 26,18 7,23 0,029 0,03 23
P13 Rio Passa Cinco -22,369709° -47,785373° 6,8 19 19,99 7,74 0,030 0,02 28
P14 Rio Passa Cinco -22,371783° -47,782875° 6,8 19 20,71 7,71 0,031 0,02 29
P15 Rio Passa Cinco -22,379204° -47,773441° 6,9 20 20,81 7,65 0,020 0,02 30
P16 Rio Passa Cinco -22,389992° -47,762042° 7,1 20 23,2 7,51 0,035 <0,02 28
P17 Rio Passa Cinco -22,388212° -47,746084° 6,1 20 24,44 7,52 0,038 <0,02 34
P18 Rio Passa Cinco -22,388889° -47,739893° 6,3 20 24,11 7,49 0,036 <0,02 31
P19 Rio Passa Cinco -22,395701° -47,733279° 6,5 20 24,72 7,51 0,035 <0,02 30
P20 Rio Passa Cinco -22,406105° -47,726827° 6,9 20 25,1 7,55 0,037 <0,02 29
P21 Rio Passa Cinco -22,417719° -47,713723° 4,6 21 26,87 7,66 0,032 0,02 36
P22 Rio Passa Cinco -22,430807° -47,698216° 5,8 20 88,42 7,65 0,129 0,02 30
P23 Rio Passa Cinco -22,440935° -47,677880° 6,4 20 89,11 7,77 0,133 <0,02 32
P24 Rio Passa Cinco -22,449468° -47,658494° 6,7 20 89,74 7,69 0,137 <0,02 34
P25 Rio Cabeça -22,279920° -47,801247° 7,2 19 12,87 7,01 0,020 <0,02 10
P26 Rio Cabeça -22,293242° -47,801958° 7,1 19 13,61 7,04 0,020 <0,02 12

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
Anexo III
-378-

Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P27 Rio Cabeça -22,300361° -47,789802° 6,9 19 15,32 6,09 0,018 0,02 27
P28 Rio Cabeça -22,301069° -47,760425° 6,8 19 16,11 6,81 0,016 0,03 30
P29 Rio Cabeça -22,300654° -47,746465° 6,7 19 17,23 6,71 0,016 0,03 43
P30 Rio Cabeça -22,296006° -47,738039° 6,8 19 18,38 6,69 0,014 0,02 40
P31 Rio Cabeça -22,302759° -47,710667° 6,5 19 19,15 6,55 0,012 0,02 38
P32 Rio Cabeça -22,312953° -47,698699° 6,7 19 17,98 6,44 0,13 <0,02 44
P33 Rio Cabeça -22,328312° -47,676986° 6,8 19 16,77 6,39 0,012 <0,02 41
P34 Rio Cabeça -22,338766° -47,670010° 6,6 19 15,72 6,45 0,014 <0,02 48
P35 Rio Cabeça -22,347194° -47,671940° 4,5 19 12,22 6,22 0,018 <0,02 243
P36 Rio Cabeça -22,380405° -47,665678° 5,9 19 16,92 6,49 0,025 <0,02 104
P37 Rio Cabeça -22,393330° -47,662646° 6,2 19 17,11 6,41 0,025 <0,02 111
P38 Rio Cabeça -22,409580° -47,657622° 6,9 19 16,19 6,32 0,024 <0,02 115
P39 Rio Cabeça -22,431812° -47,649560° 7,2 19 26,76 7,11 0,026 <0,02 129
P40 Rio Cabeça -22,439842° -47,653396° 7,1 19 26,49 7,27 0,036 <0,02 127
P41 Rio Cabeça -22,448056° -47,656168° 7,2 19 30,51 7,31 0,050 <0,02 124
P42 Rio Cabeça -22,463530° -47,648148° 7,2 19 33,78 7,34 0,053 <0,02 125
P43 Rio Cabeça -22,473054° -47,640869° 7,4 19 35,86 7,38 0,056 <0,02 123
P44 Rio Cabeça -22,491928° -47,642356° 7,3 19 35,18 7,33 0,059 <0,02 120
P45 Rio Cabeça -22,518398° -47,657776° 7,4 19 35,38 7,29 0,052 <0,02 118
P46 Córr. Santa Gertrudes -22,418417° -47,474384° 6,8 19 28,33 6,31 0,029 <0,02 11
P47 Córr. Santa Gertrudes -22,439670° -47,494187° 6,4 19 29,76 6,34 0,049 <0,02 15
P48 Córr. Santa Gertrudes -22,450270° -47,513343° 4,8 20 30,13 6,65 0,046 <0,02 17
P49 Córr. Santa Gertrudes -22,450079° -47,534509° 5,4 20 36,79 7,02 0,053 0,10 26
P50 Córr. Santa Gertrudes -22,454438° -47,546709° 5,9 20 37,02 7,11 0,056 0,10 30

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


ENGECORPS
Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo III
-379-

Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P51 Córr. Santa Gertrudes -22,456175° -47,552898° 6,2 20 37,27 7,16 0,055 0,11 32
P52 Ribeirão Claro -22,215369° -47,539799° 6,0 20 25,91 6,92 0,045 <0,02 39
P53 Ribeirão Claro -22,242609° -47,530133° 5,8 20 26,85 6,91 0,047 0,02 80
P54 Ribeirão Claro -22,268220° -47,529632° 5,6 20 30,77 6,84 0,050 0,04 111
P55 Ribeirão Claro -22,291510° -47,506185° 5,5 20 36,22 6,81 0,054 0,08 155
P56 Ribeirão Claro -22,334543° -47,493456° 5,4 20 35,63 7,08 0,054 0,08 166
P57 Ribeirão Claro -22,364205° -47,514450° 5,2 20 27,57 7,13 0,041 0,10 178
P58 Ribeirão Claro -22,378520° -47,534277° 5,3 21 31,82 7,01 0,048 0,09 101
P59 Ribeirão Claro -22,410560° -47,538978° 5,6 21 32,11 6,99 0,046 0,10 97
P60 Ribeirão Claro -22,436540° -47,553625° 5,3 21 53,90 7,14 0,081 0,12 93
P61 Ribeirão Claro -22,461751° -47,565630° 6,1 21 47,84 7,22 0,078 0,11 94
P62 Ribeirão Claro -22,477856° -47,580161° 6,9 21 44,67 7,38 0,071 0,11 97
P63 Rio Pirapetinga -22,256983° -47,824511° 6,6 21 44,6 6,63 0,035 <0,02 70
P64 Rio Pirapetinga -22,260566° -47,825273° 6,8 21 40,87 6,86 0,033 <0,02 75
P65 Rio Pirapetinga -22,283523° -47,830058° 7,1 21 38,94 6,97 0,031 <0,02 100
P66 Rio Pirapetinga -22,334408° -47,816768° 7,0 21 35,12 7,01 0,030 <0,02 101
P67 Rio Pirapetinga -22,342710° -47,799199° 7,3 21 20,18 7,02 0,028 <0,02 98
P68 Rio Pirapetinga -22,360874° -47,794405° 7,2 21 17,41 7,19 0,026 <0,02 103
P65 Rio Pirapetinga -22,283523° -47,830058° 7,1 21 38,94 6,97 0,031 <0,02 100
P66 Rio Pirapetinga -22,334408° -47,816768° 7 21 35,12 7,01 0,03 <0,02 101
P67 Rio Pirapetinga -22,342710° -47,799199° 7,3 21 20,18 7,02 0,028 <0,02 98
P68 Rio Pirapetinga -22,360874° -47,794405° 7,2 21 17,41 7,19 0,026 <0,02 103
P69 Rio Corumbataí -22,131868° -47,709575° 8,5 21 15,83 7,38 0,01 <0,02 9
P70 Rio Corumbataí -22,132330° -47,696629° 8,2 21 16,01 7,33 0,011 <0,02 11

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Anexo III
-380-

Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P71 Rio Corumbataí -22,129662° -47,668427° 7,1 21 14,95 6,82 0,021 0,03 17
P72 Rio Corumbataí -22,136046° -47,660732° 8,2 21 15,03 7,18 0,022 0,03 19
P73 Rio Corumbataí -22,170290° -47,655062° 7,9 21 16,39 7,01 0,024 0,03 21
P74 Rio Corumbataí -22,192996° -47,648412° 7,2 21 12,91 6,81 0,015 0,05 23
P75 Rio Corumbataí -22,209523° -47,632251° 7,4 21 20,52 6,88 0,025 0,02 28
P76 Rio Corumbataí -22,218367° -47,621725° 7,5 21 22,18 6,78 0,03 <0,02 30
P77 Rio Corumbataí -22,241767° -47,608594° 6,9 22 28,89 7,05 0,042 <0,02 81
P78 Rio Corumbataí -22,259224° -47,589788° 6,9 22 29,21 7,12 0,046 <0,02 103
P79 Rio Corumbataí -22,270934° -47,578293° 6,1 22 33,77 7,04 0,049 <0,02 114
P80 Rio Corumbataí -22,303957° -47,571898° 5,9 22 31,86 6,97 0,045 <0,02 118
P81 Rio Corumbataí -22,324679° -47,558745° 5,7 22 30,66 6,88 0,044 <0,02 260
P82 Rio Corumbataí -22,347213° -47,570594° 5,6 22 38,22 6,97 0,038 <0,02 268
P83 Rio Corumbataí -22,365894° -47,587151° 5,6 22 28,41 6,96 0,028 <0,02 279
P84 Rio Corumbataí -22,372296° -47,594201° 5,7 22 29,73 6,88 0,043 <0,02 298
P85 Rio Corumbataí -22,391237° -47,602202° 6,8 22 17,71 7,21 0,024 0,04 75
P86 Rio Corumbataí -22,405056° -47,597998° 6,7 22 18,04 7,26 0,027 0,27 87
P87 Rio Corumbataí -22,422855° -47,594007° 6,5 22 53,44 7,11 0,084 0,25 100
P88 Rio Corumbataí -22,446779° -47,596622° 6,3 22 80,34 6,52 0,111 0,26 110
P89 Rio Corumbataí -22,470126° -47,591639° 6,4 22 81,17 6,77 0,126 0,28 128
P90 Rio Corumbataí -22,505176° -47,615567° 6,7 22 76,32 6,97 0,117 0,29 133
P91 Rio Corumbataí -22,515336° -47,624383° 6,5 22 98,47 7,21 0,131 0,31 145
P92 Rio Corumbataí -22,522822° -47,651709° 6,4 22 92,82 7,36 0,138 0,33 167
P93 Rio Corumbataí -22,549804° -47,672877° 6,5 22 96,78 7,41 0,125 0,3 169
P94 Rio Corumbataí -22,581677° -47,684038° 6,6 22 98,88 7,39 0,121 0,25 178

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Anexo III
-381-

Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Conclusão)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P95 Rio Corumbataí -22,605460° -47,713508° 6,5 22 100,46 7,39 0,129 0,21 200
P96 Rio Corumbataí -22,620318° -47,686846° 6,7 22 102,94 7,45 0,154 0,24 230
P97 Rio Corumbataí -22,636773° -47,682428° 6,1 22 98,12 7,48 0,152 0,27 236
P98 Rio Corumbataí -22,661783° -47,677367° 6,2 22 94,72 7,41 0,144 0,27 246
P99 Rio Corumbataí -22,679168° -47,675403° 6,4 22 98,61 7,54 0,121 0,28 267
P100 Rio Corumbataí -22,685681° -47,677067° 6,3 22 97,54 7,73 0,126 0,27 281

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Anexo III
-382-

ANEXO IV – RELATÓRIO FOTOGRÁFICO –


LEVANTAMENTO DE CAMPO
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Anexo IV
-383-

Fotos 1 e 2: Procedimento rotineiro de instalação provisório-temporária de tubulações plásticas flexíveis para


captação de água, entre os pontos 13 e 15 do Anexo III.

Foto 3: Primeiro ponto de coleta do Rio Passa Cinco. Foto 4: Caminhão enchendo toneis com água do Rio
Passa Cinco para levar à casa de moradores que não
tem acesso a rede de abastecimento. (P2 do Anexo III)

Foto 5: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar Foto 6: Trecho do Rio Passa Cinco em Itirapina
(P3 do Anexo III) próximo à uma fazenda turística. (P4 do Anexo III)

Fotos 7 e 8: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Locais de águas limpas rasas sem existência
de lançamento de esgoto. (P5 e P6 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-384-

Fotos 9 e 10: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Locais de águas limpas rasas sem existência
de lançamento de esgoto. (P7e P8 do Anexo III)

Fotos 11 e 12: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Sem existência de lançamento de esgoto.
(P9 e P10 do Anexo III)

Fotos 13 e 14: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Sem existência de lançamento de esgoto.
(P11 e P12 do Anexo III)

Fotos 15 e 16: Trecho do Rio Passa Cinco no município de Itirapina com coleta de água por mangueiras
confirmada por moradores. (P13 e P14 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-385-

Foto 17: Margem do Rio Passa Cinco no município de Foto 18: Trecho do Rio Passa Cinco próximo ao porto
Itirapina. (P15 do Anexo III) de Areia com extração e uso água. (P16 do Anexo III)

Foto 19: Porto de Areia no Rio Passa Cinco, resultando Foto 20: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar.
na alteração da qualidade do rio, aumento da Município de Ipeúna. (P17 do Anexo III)
turbidez. (P16 do Anexo III)

Fotos 21 e 22: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar no município de Ipeúna. (P18 e P19 do Anexo III)

Foto 23: Trecho do Rio Passa Cinco no município de Foto 24: Porto de Areia onde foi possível avistar
Ipeúna. (P20 do Anexo III) extração e uso água do Rio Passa Cinco. (P21 do
Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-386-

Fotos 25 e 26: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Ipeúna. Presença de bancos de areia e propriedades
rurais. (P22 e P23 do Anexo III)

Foto 27: Trecho final do Rio Cabeça próximo a Foto 28: Local com vários veios d’água próximo à
confluência com o Rio Passa Cinco em Ipeúna. (P24 nascente do Rio Cabeça, município de Itirapina. (P25
do Anexo III) do Anexo III)

Foto 29: Trecho do Rio Cabeça, no município de Foto 30: Trecho do Rio Cabeça com presença de mata
Itirapina, percorrendo dentro de propriedades fechada, no município de Itirapina. (P27 do Anexo III)
particulares. (P26 do Anexo III)

Fotos 31 e 32: Áreas de pasto nas margens do Rio Cabeça no município de Itirapina. (P28 e 29 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-387-

Fotos 33 e 34: Trechos do Rio Cabeça, no município de Itirapina, com presença de mata ciliar. (P30 e P31 do
Anexo III)

Foto 35 e 36: Trechos do Rio Cabeça em área rural próximo ao limite municipal entre Corumbataí e Rio Claro.
(P32 e P33 do Anexo III)

Fotos 37 38: Trechos do Rio Cabeça próximo a portos de areia no município de Rio Claro. Água apresenta
aumento de turbidez. (P34 P35 do Anexo III)

Fotos 39 e 40: Trechos do Rio Cabeça com margens preservadas no município de Rio Claro. (P36 e P37do
Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-388-

Foto 41: Trecho do Rio Cabeça com mata ciliar (P38 Foto 42: Trecho do Rio Cabeça onde foi avistado gado
do Anexo III) em grande quantidade. (P39do Anexo III)

Foto 43: Área de corredeiras no Rio Cabeça. Limite


Foto 44: Rio Cabeça. (P41 do Anexo III)
municipal Rio Claro e Itirapina. (P40 do Anexo III)

Foto 45: Trecho do Rio Passa Cinco após desague do Foto 46: Área de corredeiras no Rio Passa Cinco.
Rio Cabeça. Limite municipal Rio Claro e Ipeúna. (P42 Limite Municipal Rio Claro e Ipeúna. (P43 do Anexo
do Anexo III) III)

Foto 47: Área de corredeiras no Rio Passa Cinco. Foto 48: Trecho do Rio Passa Cinco próximos a sua foz
Limite Municipal Rio Claro e Ipeúna. (P44 do Anexo no Rio Corumbataí. (P45 do Anexo III)
III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-389-

Foto 49: Área com pouca mata ciliar e plantação e Foto 50: Lago com água proveniente do Córrego Santa
cana de açúcar ao entorno do Córrego Santa Gertrudes, possivelmente utilizado para lavoura. (P47
Gertrudes. (P46 do Anexo III) do Anexo III)

Foto 51: Trecho do Córrego Santa Gertrudes com Foto 52: Evidência da existência de despejo não visível
aproximadamente 1m de largura. (P48 do Anexo III) no Córrego Santa Gertrudes. Odor característico de
despejo doméstico. (P49 do Anexo III)

Foto 53: Trecho do Córrego Santa Gertrudes com alta Foto 54: Área preservada com presença de mata ciliar
turbidez e presença de odor de esgoto. (P50 do Anexo no Córrego Santa Gertrudes, com leve odor de esgoto.
III) (P51 do Anexo III)

Foto 56: Trecho do Ribeirão Claro em Corumbataí


Foto 55: Trecho próximo a nascente do Ribeirão Claro
com área de mata ciliar preservada e cultivo de cana-
no município de Corumbataí. (P52 do Anexo III)
de-açúcar ao redor. (P53 do Anexo III)
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
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Anexo IV
-390-

Fotos 57 e 58: Trechos do Ribeirão Claro próximo a áreas de plantação de cana-de-açúcar. (P54 e P55 do Anexo
III)

Foto 59: Trecho do Ribeirão Claro onde há um Foto 60: Trecho do Ribeirão Claro próximo à rodovia
reservatório nas proximidades. Município de Rio (P57 do Anexo III)
claro.(P56 do Anexo III)

Foto 61: Trecho do Ribeirão Claro com mata ciliar Foto 62: Trecho do Ribeirão Claro com altos índices
pouco preservada e muitos bancos de areia. (P58 do de turbidez. (P59 do Anexo III)
Anexo III)

Foto 64: Pequena área de charco com forte odor


Foto 63: Trecho do Ribeirão Claro próximo a um
característico de esgoto próximo ao Ribeirão Claro.
pequeno canal receptor de esgoto. (P60 do Anexo III)
(P60 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Anexo IV
-391-

Foto 65: Trecho do Ribeirão Claro entre os municípios Foto 66: Trecho do Ribeirão Claro no município de
de Rio Claro e Santa Gertrudes com área de mata Rio Claro com presença de lixo acumulado nas
ciliar preservada. (P61 do Anexo III) proximidades. (P62 do Anexo III)

Foto 67: Lixo encontrado nas proximidades do Foto 68: Área com mata ciliar preservada no Rio
Ribeirão Claro (P62 do Anexo III) Pirapitinga. (P63 do Anexo III)

Fotos 69 e 70: Trechos do Rio Pirapitinga no município de Itirapina com presença de Mata Ciliar bem
preservada. (P64 e P65 do Anexo III)

Foto 71: Trecho do Rio Pirapitinga no município de Foto 72: Rio Pirapitinga com altos índices de turbidez.
Itirapina.. (P66 do Anexo III) (P67 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-392-

Foto 73: Trecho do Rio Pirapitinga em Itirapina com Foto 74: Corredeiras de água próximo ao Rio
alta turbidez. (P68 do Anexo III) Corumbataí em Analândia. (P69 do Anexo III)

Foto 75: Trecho do Rio Corumbataí com águas claras e Foto 76: Trecho do Rio Corumbataí em Analândia com
vegetação bem preservada. (P70 do Anexo III) presença de tubulações de água pluvial. (P71 do
Anexo III)

Foto 77: Tubulação para drenagem de águas pluviais Foto 78: Trecho de corredeiras no Rio Corumbataí em
no Rio Corumbataí. (P71 do Anexo III) Analândia. (P72 do Anexo III)

Fotos 79 e 80: Trechos do Rio Corumbataí com vegetação bem preservada. (P73 e P74 do Anexo III)

Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí


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Volume I – Tomo II
Anexo IV
-393-

Foto 81: Trecho do Rio Corumbataí no município de Foto 82: Casa de bomba com 2 grandes bombas
Corumbataí com presença de mangueiras do porto de instaladas e operando, utilizada para captação de
areia próximo. (P75 do Anexo III) água do Rio Corumbataí. (P76 do Anexo III)

Foto 83: Área rural no entorno do Rio Corumbataí. Foto 84: Trecho do Rio Corumbataí, no município de
(P77 do Anexo III) Corumbataí, com erosão e presença de bancos de
areia nas margens. (P78 do Anexo III)

Foto 85: Trecho do Rio Corumbataí próximo a um Foto 86: Trecho de mata ciliar fechada e bancos de
porto de areia com balsa. Município de Rio Claro. areia no Rio Corumbataí – município de Rio Claro.
(P79 do Anexo III) (P80 do Anexo III)

Foto 87: Canal de desvio de água do Rio Corumbataí Foto 88: Ponte sobre o Rio Corumbataí. (P82 do
para uma grande propriedade. (P81 do Anexo III) Anexo III)

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Fotos 89 e 90: Trecho do Rio Corumbataí com alguma presença de lixo nas margens. Município de rio Claro.
(P83 e 84 do Anexo III)

Foto 91: Rio Corumbataí no município de Rio Claro. Foto 92: Trecho do Rio Corumbataí onde foi
(P85 do Anexo III) observado uma canaleta de drenagem de águas
pluviais entre a mata e uma ponte, com leve odor.
(P86 do Anexo III)

Fotos 93 e 94: Presença de lixo na estrada que se estende até o Rio Corumbataí em Rio Claro. (P87 e P88 do
Anexo III)

Fotos 95 e 96: Trecho do Rio Corumbataí no município de Rio Claro com altos níveis de turbidez e
Condutividades. (P89 e P90 do Anexo III)

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-395-

Fotos 97 e 98: Trechos do Rio Corumbataí no município de Rio Claro. (P91 e P92 do Anexo III)

Foto 99: Desvio de parte do curso de água do Rio


Foto 100: Trecho do Rio Corumbataí Limite municipal
Corumbataí, sem existência de tubulações. (P93 do
de Charqueada e Piracicaba. (P94 do Anexo III)
Anexo III)

Foto 101: Presença de água turva próximo à presença Foto 102: Trecho do Rio Corumbataí em Piracicaba
de diversos portos de areia no Rio Corumbataí. Limite com aumento de amônia. (P96 do Anexo III)
municipal de Charqueada e Piracicaba. (P95 do Anexo
III)

Foto 104: Ponto com maior despejo de efluente


Foto 103: Trecho do Rio Corumbataí no município de
líquido (esgoto) “in natura” no Rio Corumbataí. (P98
Piracicaba. (P97 do Anexo III)
do Anexo III)

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-396-

Foto 105: Presença de lixo como sacolas plástica e Foto 106: Ponto final do trajeto no Rio Corumbataí.
garrafas pets próximo ao Rio Corumbataí (P99 do (P100 do Anexo III)
Anexo III).

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-397-

ANEXO V – REGISTRO DAS VISITAS TÉCNICAS


(FOTOS E LISTA DE PRESENÇA)

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Analândia Charqueada

Cordeirópolis Corumbataí

Ipeúna Itirapina

Piracicaba Rio Claro

Santa Gertrudes

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