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RELATÓRIO FINAL
VOLUME I – TOMO II
ELABORADO: APROVADO:
Nº ENGECORPS: REVISÃO:
1395-FAP-01-RH-RT-0005 R1 187/398
-188-
RELATÓRIO FINAL
VOLUME I - TOMO II
Equipe - Coordenação
Agência PCJ/Coordenação de Projetos
Patrícia Gobet de Aguiar Barufaldi - Diretora Técnica
Elaine Franco de Campos - Coordenadora de Projetos
Gerenciadora da Coordenação de Projetos:
Empresa Novaes Engenharia e Construções LTDA.
Grupo Técnico de Acompanhamento
Prefeitura Municipal de Analândia
Prefeitura Municipal de Charqueada
Prefeitura Municipal de Cordeirópolis
Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE Cordeirópolis
Prefeitura Municipal de Corumbataí
Prefeitura Municipal de Ipeúna
Prefeitura Municipal de Itirapina
Serviço Municipal de Água e Esgoto - SEMAE Piracicaba
Prefeitura Municipal de Rio Claro
Departamento Autônomo de Água e Esgoto - DAAE Rio Claro
Prefeitura Municipal de Santa Gertrudes
BRK Ambiental – Santa Gertrudes
LISTA DE FIGURAS
VOLUME I – TOMO II
COM DISPENSA DE OUTORGA PELO USO DA ÁGUA) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ – DAEE
(2019) ................................................................................................................................................263
FIGURA 5.56 – POÇOS DA BASE DE DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS (SIAGAS) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ - CPRM (2019) ..................................265
FIGURA 5.57 – RESULTADOS DE VAZÃO (M³/H), CAPACIDADE ESPECÍFICA (M³/H/M) E
PROFUNDIDADE DE POÇO (M) POR INTERPOLAÇÃO DE DADOS DE POÇOS NA BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................267
FIGURA 5.58 – LOCALIZAÇÃO DOS POÇOS UTILIZADOS EM SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
PÚBLICO POR CONCESSIONÁRIAS MUNICIPAIS DE ÁGUA (DADOS OBTIDOS NAS
CONCESSIONÁRIAS) NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .................................................................269
FIGURA 5.59 – PONTOS DA REDE BÁSICA DE MONITORAMENTO DE QUALIDADE DE ÁGUA DA
CETESB NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ......................................................................................273
FIGURA 5.60 – COMPARAÇÃO DOS VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 ENTRE OS PONTOS
DE CABECEIRA E EXUTÓRIO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .....................................................277
FIGURA 5.61 – VALORES MÉDIOS DE IQA DOS PONTOS DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ PARA OS
ANOS DE 2012 A 2017 .....................................................................................................................278
FIGURA 5.62 – VALORES MÉDIOS (2017) DE TURBIDEZ PARA OS PONTOS DE MONITORAMENTO
DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ. ..................................................................................................279
FIGURA 5.63 – VALORES MÉDIOS (2017) DE E. COLI PARA OS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .........................................................................................................279
FIGURA 5.64 – VALORES MÉDIOS (2017) DE FÓSFORO TOTAL PARA OS PONTOS DE
MONITORAMENTO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ..................................................................280
FIGURA 5.65 – DISTRIBUIÇÃO DOS PONTOS DE AMOSTRAGEM DURANTE O PERCURSO DOS RIOS
NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................282
FIGURA 5.66 - SITUAÇÃO ATUAL DAS FONTES POTENCIAIS DE CONTAMINAÇÃO NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................284
FIGURA 5.67 – EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE TURBIDEZ EM ALGUNS DOS PONTOS DE
MONIROTAMENTO DA CETESB DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...............................................285
FIGURA 5.68 – GRAU DE TURBIDEZ DA ÁGUA BRUTA DAS ETAS INFORMADO PELOS MUNICÍPIOS
DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................286
FIGURA 5.69 – GRAU DE TURBIDEZ DA ÁGUA BRUTA DO RIO CORUMBATAÍ NFORMADO PELO
MUNICÍPIO DE RIO CLARO (BRK AMBIENTAL). ..............................................................................286
FIGURA 5.70 – EVOLUÇÃO DO USO DA TERRA PARA A CANA-DE-AÇÚCAR, PASTAGEM,
VEGETAÇÃO NATIVA E MINERAÇÃO ...............................................................................................288
FIGURA 5.71 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS
MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - REDES DE MONITORAMENTO QUALITATIVO DA
CETESB E INTEGRADA QUANTITATIVO-QUALITATIVA (CETESB/DAEE) – BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS; RESULTADOS HISTÓRICOS (CETESB, 2018A) .............295
FIGURA 5.72 – ÍNDICE DE VULNERABILIDADE NATURAL DOS AQUÍFEROS (LEBAC-UNESP, 2013,
ADAPTADO DE IG ET AL., 1997). .....................................................................................................296
FIGURA 5.73 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ (LEBAC &
UNESP, 2013). ...................................................................................................................................298
LISTA DE TABELAS
VOLUME I – TOMO II
TABELA 5.67 – VALORES DO BALANÇO HÍDRICO ANTES E DEPOIS DO CÁLCULO DO NOVO SALDO
HÍDRICO ...........................................................................................................................................249
TABELA 5.68 – DISPONIBILIDADE HÍDRICA EM CRUM141.............................................................250
TABELA 5.69 – CARACTERIZAÇÃO HIDRÁULICA DAS CLASSES DE PRODUTIVIDADE ...................253
TABELA 5.70 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA COM BASE EM DADOS DE Q7,10 (M³/S) ..257
TABELA 5.71 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA POR UNIDADE AQUÍFERA, COM BASE EM
DADOS DE Q7,10 (M³/S) .....................................................................................................................258
TABELA 5.72 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 1) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S) ..............................................................................................................................259
TABELA 5.73 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 3) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S). .............................................................................................................................259
TABELA 5.74 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 2 (OUTORGAS PELO
USO DE RECURSO HÍDRICO) ..........................................................................................................261
TABELA 5.75 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO – SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 3 (OUTORGAS
ASSOCIADAS A POÇOS QUE DEMANDAM APENAS CADASTRO) ...................................................261
TABELA 5.76 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO– SOMA DE DADOS DAS SITUAÇÕES ADMINISTRATIVAS
2 E 3 ..................................................................................................................................................262
TABELA 5.77 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .........................................................................................................262
TABELA 5.78 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................262
TABELA 5.79 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................264
TABELA 5.80 – DADOS DE CAPACIDADE ESPECÍFICA POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS
NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ...................................................................................................264
TABELA 5.81 – DADOS DE PROFUNDIDADE DE POÇO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS
SITUADOS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .................................................................................266
TABELA 5.82 – INDICADOR DE DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA (RESERVA EXPLOTÁVEL)
VS. VAZÃO OUTORGADA ................................................................................................................270
TABELA 5.83 – PONTOS DA REDE BÁSICA DE MONITORAMENTO DA CETESB NA BACIA DO
CORUMBATAÍ...................................................................................................................................271
TABELA 5.84 – CLASSES DE IQA DE ACORDO COM OS RESULTADOS OBTIDOS COM A
PONDERAÇÃO .................................................................................................................................276
TABELA 5.85 – VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
REDE BÁSICA NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .............................................................................276
TABELA 5.86 – SÍNTESE DA CARACTERIZAÇÃO HIDROQUÍMICA DAS ÁGUAS DOS PRINCIPAIS
AQUÍFEROS DAS BACIAS PCJ ...........................................................................................................289
TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS .......................................................................................292
TABELA 5.88 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS MONITORADOS
EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS ..............294
TABELA 5.89 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR
MUNICÍPIO COM ÁREA NA BACIA (ÁREA EM KM²) .........................................................................297
TABELA 5.90 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR ZONA
DA BACIA (ÁREA EM KM²) ................................................................................................................297
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS .........................................................................................................................................302
TABELA 5.92 – DISPOSITIVOS LEGAIS QUE INTERFEREM DIRETAMENTE OU INDIRETAMENTE NA
MANUTENÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS ...................................................................................307
TABELA 5.93 – VALOR DA VAZÃO DOS USUÁRIOS: CONCESSIONÁRIA, INDUSTRIAL, MINERADOR,
PÚBLICO E RURAL POR ZONA ........................................................................................................313
TABELA 5.94 – ANÁLISE DOS REGISTROS DO CADASTRO DA COBRANÇA (ANO BASE: 2018).....320
TABELA 5.95 – MARCOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA NO PCJ 323
TABELA 5.96 – QUANTIDADE DE PROJETOS APROVADOS E VALORES INVESTIDOS POR
MODALIDADE DE PSA ATENDIDOS ATÉ 2014 PELO PROGRAMA PRODUTOR DE ÁGUA
NO PCJ ..............................................................................................................................................324
TABELA 5.97 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA
EXPEDIÇÃO DE CAMPO ...................................................................................................................328
TABELA 5.98 – RESULTADO DO CRUZAMENTOS DOS USUÁRIOS DA ÁGUA IDENTIFICADOS EM
CAMPO E DO CADASTRO DE OUTORGA E COBRANÇA DA ÁGUA ...............................................330
TABELA 5.99 – CAPTAÇÕES DE ÁGUA E LANÇAMENTOS DE EFLUENTES IDENTIFICADOS NA
EXPEDIÇÃO .......................................................................................................................................331
LISTA DE DEFINIÇÕES
✓ Bacia Hidrográfica: trata-se da região compreendida por um território e por diversos cursos d’água.
Neste caso, refere-se à Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí, com uma área territorial de
1.719,46 km²;
✓ Zona: corresponde as 5 sub-bacias do Rio Corumbataí definidas no Diagnóstico da Agência das Bacias
PCJ (COBRAPE, 2010) e ajustados seus limites na revisão deste Plano (Consórcio Profil e Rhama,
2018). Neste caso, referem-se às zonas de número 17, 18, 19, 20 e 21. Esta divisão em zonas teve
como critérios: foz de rio principal (entrega de água), manancial presente ou futuro a preservar,
montante de importante captação de abastecimento público, jusante de importante lançamento de
esgotos e ou de efluentes industriais, uso do solo, e unidades de conservação.
✓ Área de Contribuição (AC): o maior nível de detalhamento, ou seja, a segmentação onde são
observadas as menores áreas. Corresponde às áreas de contribuição hidrográfica ottocodificadas da
ANA, as quais totalizam 21 unidades na Bacia do Rio Corumbataí. Cabe salientar que toda
modelagem do SSD (Sistema de Suporte à Decisão) das Bacias PCJ é segmentada nessas ACs.
✓ Setor Censitário: é unidade territorial de coleta das operações censitárias, definido pelo IBGE, com
limites físicos identificados, em áreas contínuas e respeitando a divisão político-administrativa do
Brasil.
SUMÁRIO
VOLUME I - DIAGNÓSTICO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
TOMO I
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 14
2. COLETA E SISTEMATIZAÇÃO DOS DADOS ................................................................... 17
2.1 DADOS EXISTENTES PARA A BACIA DO RIO CORUMBATAÍ .............................. 17
3. CARACTERIZAÇÃO DA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ ................................................. 20
3.1 ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO ESTUDO ................................................................ 20
3.2 LOCALIZAÇÃO E ACESSOS................................................................................... 22
3.3 ASPECTOS FÍSICOS ............................................................................................... 23
3.4 ASPECTOS BIÓTICOS ........................................................................................... 53
3.5 ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS ........................................................................ 60
4. ESTUDO DA DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ........................................ 82
4.1 MAPEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – SITUAÇÃO ATUAL .......... 82
4.2 DINÂMICA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO – ÚLTIMOS 20 ANOS ................. 96
5. SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE SANEAMENTO BÁSICO E DOS RECURSOS
HÍDRICOS.................................................................................................................... 106
5.1 SITUAÇÃO ATUAL DO SETOR DE SANEAMENTO BÁSICO ............................... 106
TOMO II
5.2 SITUAÇÃO ATUAL DOS RECURSOS HÍDRICOS (OFERTA E DEMANDA) .......... 201
5.3 GESTÃO DAS ÁGUAS.......................................................................................... 301
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 334
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 16
2. PROJEÇÃO DOS USOS DOS RECURSOS HÍDRICOS .................................................... 17
2.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 17
2.2 USO PARA ABASTECIMENTO HUMANO ............................................................. 17
2.3 USO PARA AGRICULTURA IRRIGADA.................................................................. 25
2.4 USO PARA INDÚSTRIA ......................................................................................... 26
2.5 USO PARA DESSEDENTAÇÃO ANIMAL ................................................................ 26
2.6 SÍNTESE DAS DEMANDAS PROJETADAS .............................................................. 27
2.7 BALANÇO HÍDRICO PARA OS ANOS DE 2030 E 2040........................................ 32
3. ANÁLISE DE CRITICIDADE DOS MANANCIAIS ............................................................. 37
3.1 ESTUDO DE GARANTIA DE SUPRIMENTO HÍDRICO .......................................... 37
3.2 ANÁLISE DE SEGURANÇA HÍDRICA DOS MANANCIAIS UTILIZADOS ............... 41
3.3 ANÁLISE DE VULNERABILIDADE DOS MANANCIAIS UTILIZADOS .................... 64
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-200-
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 13
2. CONCEPÇÃO E PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS BARRAMENTOS ............................... 14
2.1 EIXOS BARRÁVEIS PRÉ-SELECIONADOS .............................................................. 14
2.2 ESTUDOS HIDROLÓGICOS E OPERACIONAIS.................................................... 15
2.3 ESTUDOS GEOLÓGICOS LOCAIS E REGIONAIS .................................................. 59
2.4 ESTUDO DE VIABILIDADE DOS BARRAMENTOS ................................................ 66
2.5 DESENHOS EM PLANTA E PERFIL ........................................................................ 66
3. ESTIMATIVAS DE CUSTO DAS OBRAS ........................................................................... 67
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS .................................................................................... 67
3.2 QUANTITATIVOS .................................................................................................. 68
3.3 ESTIMATIVA DE CUSTOS DAS ALTERNATIVAS .................................................... 70
4. INDICAÇÃO DA ALTERNATIVA A SER IMPLANTADA..................................................... 83
4.1 ESTABELECIMENTO DE METAS A SEREM ATINGIDAS ......................................... 83
4.2 PRIORIZAÇÃO DE OBRAS E AÇÕES ..................................................................... 84
4.3 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................ 86
4.4 ANÁLISE DE CUSTOS/BENEFÍCIOS E HIERARQUIZAÇÃO DAS ALTERNATIVAS 102
4.5 DETALHAMENTO DA ALTERNATIVA RECOMENDADA ..................................... 104
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 119
Desta forma, o valor da disponibilidade hídrica definido pela Revisão do Plano das Bacias PCJ
2010-2020 para a Bacia do Rio Corumbataí, e adotado pelo presente estudo, é de 4,97 m³/s,
calculado a partir da Equação de Regionalização Geral.
Vale salientar que os valores de Q7,10, apresentados neste Plano são bastantes próximos aos
obtidos em planos anteriores, tais como os Relatórios de Situação das Bacias PCJ 2002-2003 e
2004-2006 (IRRIGART, 2004 e IRRIGART, 2007), e o Plano das Bacias PCJ 2010-2020
(COBRAPE, 2010). Os valores em questão foram também confrontados com os resultados
obtidos através do software BcDAEE2000, que consiste em uma ferramenta produzida pelo DAEE
para a aplicação do método de estimativa de disponibilidade hídrica denominado por
Regionalização Hídrica no Estado de São Paulo. A variação entre as disponibilidades se deu da
seguinte forma: 0,07m³/s para a Zona 17, 0,06 m³/s para a Zona 18, 0,02m³/s para a Zona 19,
0,04 m³/s para a Zona 20 e 0,03 para a Zona 21. Esta comparação mostra uma variação pequena
entre os resultados
Na Revisão do Plano das Bacias PCJ 2010-2020 também foram calculadas as disponibilidades
hídricas por zona e por área de contribuição. Assim, no estudo em pauta, serão adotadas as
disponibilidades hídricas calculadas para as cinco (5) Zonas da Bacia do Rio Corumbataí, e para
suas respectivas áreas de contribuição (AC), que totalizam 21 Acs. A Figura 5.32 traz o mapa
com a distribuição espacial das disponibilidades hídricas superficiais de forma acumulada; as
vazões de cada área de contribuição (AC) e agregadas por Zona estão exibidas nos gráficos
apresentados nesta figura.
✓ Abastecimento Humano;
✓ Uso Industrial;
✓ Irrigação; e
✓ Dessedentação Animal.
Para caracterizar a Bacia do Rio Corumbataí quanto às suas demandas para abastecimento
humano foram adotadas as informações das captações validadas nas visitas técnicas realizadas
aos 9 municípios inseridos na bacia, no mês de março de 2019.
A Figura 5.34 e a Tabela 5.42 apresentam a distribuição das captações superficiais e subterrâneas
para abastecimento humano identificadas neste estudo para as Áreas de Contribuição (AC),
agregado por Zonas (sub-bacias) da Bacia do Rio Corumbataí.
Figura 5.33 – Distribuição espacial dos pontos de captação classificados pelos usos consuntivos
Como visto, as captações para abastecimento humano na Bacia do Rio Corumbataí, com base
nos dados validados em campo, somam 2,567 m³/s, sendo que 2,519 m³/s correspondem a
captações superficiais, e 0,048 m³/s, a captações subterrâneas.
Estes dados são corroborados pelo Cadastro de Cobrança Paulista (ano de referência 2018), que
quando consideradas as captações superficiais e subterrâneas identificadas como usuários ativos,
para abastecimento público e privado, com uso definido para saneamento, indicam uma
captação total de 2,634 m³/s.
Figura 5.34 – Vazão Captada para Abastecimento Humano na Bacia do Rio Corumbataí por Área de Contribuição
Quando comparada às demandas apresentadas na Revisão do Plano das Bacias PCJ, nota-se que
no período entre 2016 e 2019 (anos de referências destes estudos), houve uma redução nas
vazões captadas na Bacia do Rio Corumbataí, passou de 2,93 m³/s para 2,567 m³/s. Entretanto,
quando analisadas as Zonas (sub-bacias) individualmente, percebe-se que essa redução ocorreu
de forma localizada e não como um fenômeno uniforme ao longo da bacia. Houve redução das
vazões captadas nas Zonas 17, 20 e 21; já as sub-bacias do Rio Claro e do Rio Passa Cinco (as
Zonas 18 e 19, respectivamente) apresentaram um aumento nas vazões captada.
Estas captações se distribuem de forma bastante desigual pela Bacia do Rio Corumbataí. Sete
municípios têm captações superficiais na bacia, sendo que as principais vazões captadas estão
localizadas no Rio Corumbataí e Ribeirão Claro, para atender as demandas dos municípios de
Piracicaba e Rio Claro, como ilustra a Figura 5.32.
Neste sentido, tem especial destaque a Zona 21, onde estão concentradas as maiores captações
na bacia. Mais de 70% da vazão total captada para abastecimento humano na Bacia do Rio
Corumbataí (1,791 m³/s) é proveniente de uma única captação nesta zona, mais
especificamente, na área de contribuição CRUM027. Vale dizer que esta vazão, além de atender
o distrito de Santa Terezinha de Piracicaba, na foz da Bacia do Rio Corumbataí, atende também
as demandas da sede do município de Piracicaba e do distrito de Artemis, ambos localizados na
Bacia do Rio Piracicaba.
Se, por um lado, a caracterização da demanda para abastecimento humano através do Cadastro
de Cobrança (bem como por outros mecanismos de declaração de uso, tais como as outorgas)
evidencia a distribuição espacial das vazões captadas de forma pontual, a estimativa da demanda
através da população residente na bacia é, por outro, um dado fundamental para que seja
determinada a vazão que de fato é consumida pela população em questão. Muitas vezes, a vazão
captada, declarada no registro da outorga ou do cadastro de Cobrança não reflete o que está
realmente sendo captado. Além disso, uma captação dentro da bacia pode estar sendo exportada
para ser consumida em uma bacia adjacente.
O cálculo da demanda estimada para um determinado ano é uma relação entre a população de
um município, o seu consumo per capita e o índice de perdas atribuído ao sistema de
abastecimento. No presente estudo, os valores para a demanda estimada serão pautados pela
população residente na Bacia do Rio Corumbataí, estimada para o ano de 2018 através das Taxas
Geométricas de Crescimento Anual (TGCAs) definidas pela Revisão do Plano das Bacias PCJ. Os
dados adotados para o consumo per capita e para o índice de perdas de cada município têm
como origem Caderno Temático de Garantia de Suprimento Hídrico das Bacias Hidrográficas
dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, desenvolvido no âmbito da Primeira Revisão do Plano de
Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020.
É importante observar neste ponto que as TGCAs dadas pela Revisão do Plano das Bacias PCJ
estão atribuídas às zonas hidrológicas e, para que estas pudessem ser a base da projeção
populacional, reduziu-se a escala de trabalho para os setores censitários.
Uma vez atribuída a cada setor censitário (inserido integral ou parcialmente na bacia) a
população correspondente ao ano de 2010 fez-se (através de operações em sistemas de
informações georreferenciadas) a identificação dos mesmos com relação às Zonas e Áreas de
Contribuição as quais pertencem. Ressalta-se aqui que, após esse procedimento, cada setor
censitário da bacia passou a estar associado a uma população, uma unidade hidrológica e a um
município, o que o associou automaticamente aos valores municipais do índice de perdas e do
consumo per capita. Desta forma, ficou estabelecida a base para a determinação da vazão
estimada na Bacia do Rio Corumbataí.
Partindo-se então da projeção populacional residente na bacia estabelecida para o ano de 2010,
foram aplicadas as taxas de crescimento estabelecidas na Revisão do Plano das Bacias PCJ e os
resultados, agregados por área de contribuição estão dispostos na Tabela 5.43.
A população projetada para o ano de 2018 foi calculada por setor censitário, mas assim como a
tabela anterior, o cálculo para demanda foi agregado e realizado por AC. O resultado desta
operação foi obtido através da equação que se observa a seguir, e apresentado em litros por
habitante por dia (L/hab.dia).
(Continua)
(Conclusão)
Considerando que o cálculo de demanda para abastecimento urbano é uma medida que envolve
a população residente e o seu respectivo consumo, há que se destacar dois fatores importantes:
✓ VM = Vazão Média Diária (L/s)= [Consumo per capita (L/hab.dia) x população atendida
(hab)]/86.400.
A Tabela 5.44 traz os valores adotados para o “Índice de Perdas” (IP) e para o “Consumo per
capita” considerados na determinação dos valores de demanda para a Bacia do Rio Corumbataí.
Ambas as variáveis têm como referência o Caderno Temático de Garantia de Suprimento Hídrico
das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, desenvolvido no âmbito da
Primeira Revisão do Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010
a 2020. O valor IP observado para o município de Piracicaba é uma exceção, tendo sido
informado diretamente pelos técnicos da SEMAE.
TABELA 5.44 – CONSUMO PER CAPITA E ÍNDICE DE PERDAS PARA OS MUNICÍPIOS DA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Municípios Consumo per capita (L/hab.dia) Índice de Perdas (%)
Analândia 111,10 50,00
Charqueada 164,90 35,90
Cordeirópolis 320,00 20,00
Corumbataí 177,30 16,67
Ipeúna 170,04 48,24
Itirapina 240,20 28,79
Piracicaba 189,60 49,64
Rio Claro 171,62 39,36
Santa Gertrudes 149,10 20,00
Fonte: Primeira Revisão do Plano de Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020 Profil – Rhama (2019)
Elaboração: Engecorps (2019)
A partir da aplicação da metodologia acima descrita, os valores de demanda para a Bacia do Rio
Corumbataí, foram estabelecidos inicialmente para cada setor censitário para, então, serem
agregados de acordo com a divisão hidrográfica, neste caso por área de contribuição (AC). Os
resultados desta definição estão dispostos na Tabela 5.45, com os valores referentes à VM e VMT
em litros por segundo.
Um dos setores que mais demandam água na Bacia do Rio Corumbataí é o industrial, cujo
desenvolvimento ocorreu de forma mais expressiva partir da década 1970. Atualmente, os
municípios que mais se destacam são: Piracicaba, Rio Claro, Santa Gertrudes e Cordeirópolis.
Desta forma, para identificar a distribuição das maiores demandas de recursos hídricos para fins
industriais na bacia foram adotadas as captações ativas e seus respectivos volumes anuais
outorgados, constantes no Cadastro de Cobrança Paulista.
Vale salientar que apesar dos usuários serem classificados como industriais, a finalidade de uso
da água captada nem sempre é destinada aos processos da indústria. São também verificadas
aplicações para saneamento, mineração, combate a incêndios, lazer e paisagismo, envase,
remediação e monitoramento, irrigação, transporte e dessedentação. Desta forma, para cálculo
das demandas foram consideradas apenas as outorgas classificadas como usuário e finalidade de
uso industrial.
A Tabela 5.46 apresenta os volumes anuais outorgados para captação ativa destinada para fins
industriais, constantes no Cadastro de Cobrança Paulista, agregada por Zona (sub-bacia).
CRUM013 1,13
CRUM014 63,18
17 CRUM015 0,43
CRUM016 14,82
TOTAL 79,56
CRUM019 40,69
CRUM020 0,00
18
CRUM215 0,06
TOTAL 40,75
CRUM010 4,46
CRUM011 2,27
CRUM012 0,00
19
CRUM146 0,00
CRUM147 0,00
TOTAL 6,73
CRUM009 0,00
CRUM017 4,48
CRUM018 12,36
20
CRUM021 19,26
CRUM141 11,97
TOTAL 48,07
CRUM008 0,83
CRUM027 271,09
21 CRUM139 2,68
CRUM189 21,73
TOTAL 296,33
TOTAL 471,44
Fonte: Cadastro de Cobrança Paulista, 2016
Observa-se que as demandas para abastecimento industrial são desequilibradas entre as sub-
bacias e áreas de contribuição, como ilustra a Figura 5.36. As maiores demandas para uso
industrial estão concentradas nas Zonas (sub-bacias) 21e 17, mais especificamente nas ACs
CRUM027 (271,09 L/s) e CRUM014 (63,18 L/s). Vale ressaltar que a área de contribuição
CRUM027, localizada no distrito de Santa Terezinha de Piracicaba, próximo à foz do Rio
Corumbataí, concentra 57,5% de toda a demanda de água para uso industrial da bacia.
Em termos de quantidade de outorgas para fins industriais destaca-se a Zona 20, sub-bacia do
Ribeirão Claro, entre os municípios de Rio Claro e Santa Gertrude. Parte significativa destas
captações é subterrânea, e ocorrem sobre as unidades aquíferas Tubarão e Itararé.
A demanda de água para irrigação varia em função do tamanho da área irrigada, e da eficiência
no uso de água dos métodos de irrigação adotados. A Bacia do Rio Corumbataí tem 27,07 km²
de área irrigada, segundo dados do Atlas Irrigação (ANA, 2017) 1, que representa cerca de 1,6%
de sua área total. Como visto no item 4.1.2, as Zonas 19 e 20 apresentam as maiores áreas
agrícolas com uso de irrigação.
Para estimar as demandas de irrigação na Bacia do Rio Corumbataí foi adotada a mesma
metodologia utilizada na revisão do Plano das Bacias PCJ, baseada principalmente: (i) no estudo
realizado pela ANA, “Uso da Água na Agricultura Irrigada” (ANA, 2017), que mapeou as áreas
irrigadas de todos os municípios brasileiros em 2015; e (ii) no Memorial Descritivo da Estimativa
de Demanda de Irrigação Contida no Documento “Plano Nacional de Recursos Hídricos –
Documento Base de Referência, Minuta” Nota Técnica ANA 007/SPR/2003 (ANA, apud MMA,
2010), no qual foi realizado um levantamento nos estados para obter estimativas de consumo
hídrico unitário para irrigação.
Com base nestas referências, inicialmente foi feito um recorte espacial das áreas irrigadas
mapeadas no ATLAS, extraindo apenas aquelas inseridas dentro da Bacia do Rio Corumbataí e,
posteriormente, foram obtidas as áreas irrigadas por áreas de contribuição (segmentos de maior
nível de detalhamento onde são observadas as menores áreas), para então estimar as demandas
captadas para irrigação nas 21 ACs. A estas áreas obtidas foi aplicado o coeficiente de consumo
unitário, que para o Estado de São Paulo é 0,25 L/s.km, de acordo com a Nota Técnica ANA
007/SPR/2003 (ANA apud MMA, 2010).
As sub-bacias com maior demanda para irrigação são as sub-bacias do Alto Corumbataí e do Rio
Passa Cinco (Zonas 19 e 20), especialmente as áreas de contribuição CRUM012 e CRUM141,
com uma fração de 16% e 18% do total demandado, respectivamente.
1
ANA. Atlas Irrigação: Uso da Água na Agricultura Irrigada. Brasília, 2017.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-217-
TABELA 5.47 – ÁREA IRRIGADA E DEMANDA CAPTADA PARA IRRIGAÇÃO POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO E POR ZONA
Código Área (km²) Área Rural (km²) Área Irrigada (ha) Demanda (L/s)
CRUM013 67,11 64,81 98,65 24,8
CRUM014 185,09 178,61 307,74 78,35
CRUM015 117,32 115,01 129,33 31,9
CRUM016 100,37 83,19 42,49 10,8
Zona 17 469,89 441,62 578,22 145,85
CRUM019 70,42 43,18 10,76 3,58
CRUM020 57,99 57,63 51,79 12,6
CRUM215 68,08 64,87 15,84 3,4
Zona 18 196,49 165,69 78,38 19,58
CRUM010 143,63 140,45 117,16 30,06
CRUM011 118,05 118,05 99,78 24,28
CRUM012 157,33 156,21 443,24 109,32
CRUM146 21,44 21,44 6,49 1,48
CRUM147 98,42 97,36 244,07 60,53
Zona 19 538,86 533,50 910,74 225,67
CRUM009 9,02 9,02 2,21 0,47
CRUM017 75,46 74,13 223,32 48,28
CRUM018 55,64 25,43 6,21 2,85
CRUM021 20,80 15,74 115,35 31,14
CRUM141 63,37 52,05 467,85 125,23
Zona 20 224,31 176,37 814,93 208,97
CRUM008 69,43 67,41 50,54 11,46
CRUM027 43,87 34,87 73,01 19,05
CRUM139 68,96 63,38 99,78 23,01
CRUM189 107,65 99,10 110,39 24,84
Zona 21 289,91 264,76 333,72 78,36
TOTAL 1719,46 1581,93 2715,99 678,43
Fonte: Elaboração Engecorps, 2019
A atividade pecuária perdeu bastante espaço na bacia para o plantio da cana-de-açúcar, como
diagnosticado no item 4.2. Hoje a criação de animais está mais concentrada nas porções centro
e sul da bacia, principalmente em Piracicaba e Rio Claro, com mais de 19.000 cabeças em cada
município (IBGE, 2015)2; e as granjas com a criação de galináceos, concentradas especialmente
em Piracicaba e Corumbataí.
A demanda de água para a criação animal é a menor entre as demandas consuntivas da Bacia
do Rio Corumbataí. Esta demanda está diretamente relacionada ao tamanho e a composição dos
rebanhos, uma vez que as variações de porte dos animais representam diferentes valores de
referência per capita de demanda de água.
2
IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal. 2015.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-218-
Os rebanhos considerados neste estudo foram: bovinos, bubalinos, equinos, caprinos, ovinos,
suínos e galináceos, quantificados com base nas informações constantes na Pesquisa Pecuária
Municipal – PPM (IBGE, 2015). Cabe mencionar que os efetivos de asininos, coelhos e muares
não foram considerados, pois desde o ano de 2013, o questionário da Pesquisa Pecuária
Municipal realizada pelo IBGE não investiga estes efetivos.
Para o cálculo das demandas relacionadas a dessedentação animal foram adotados os mesmos
critérios já validados no âmbito da Revisão do Plano das Bacias PCJ. Com base no levantamento
da Pesquisa Pecuária Municipal os rebanhos foram distribuídos por município e por zona, para
então serem espacializados proporcionalmente à porção da área rural, definidas conforme Setor
Censitário (IBGE, 2010). Vale salientar que no presente estudo houve um maior detalhamento
deste recorte espacial, o rebanho foi distribuído nas áreas rurais das 21 Áreas de Contribuição
(ACs), ao invés de se limitar às 5 Zonas (Sub-bacias). Também houve a atualização dos dados do
PPM, antes tendo como referência o ano de 2015, agora 2017.
Para uniformização dos dados de demandas hídricas, com exceção dos galináceos, foi utilizado
o critério BEDA (Bovinos Equivalentes para a Demanda de Água), desenvolvido pelo Plano de
Aproveitamento Integrado dos Recursos Hídricos do Nordeste do Brasil – PLIRHINE (SUDENE,
1980), que é representado pela expressão a seguir:
TABELA 5.48 – BEDA E GALINÁCEOS INTERNOS À BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR MUNICÍPIO
Município Área Rural na bacia (km²) BEDA Galináceos
Analândia 170,5 6.956 64.109
Charqueada 112,2 4.605 312.680
Cordeirópolis 4,47976 1703 89.000
Corumbataí 230,4 12.038 802.522
Ipeúna 185,0 10.468 344.100
Itirapina 288,2 11.224 421.185
Piracicaba 100,9 38.687 3.263.253
Rio Claro 406,7 19.562 942.094
Santa Gertrudes 83,4 496 458
Bacia Corumbataí Total 1.581,9 105.739 6.239.401
Fonte: IBGE. Pesquisa Pecuária Municipal - PPM, 2015.
Elaboração: Engecorps, 2019
Como visto na tabela acima, Piracicaba e Corumbataí destacam-se entre os municípios da bacia
como maiores produtores de rebanhos e galináceos. A Tabela 5.49 traz os valores definidos para
a demanda associada à dessedentação animal de acordo com a metodologia acima descrita, em
função das áreas de contribuição e agregadas pelas zonas da Bacia do Rio Corumbataí.
De acordo com os cálculos da demanda hídrica, a vazão consumida de água para criação animal
na Bacia do Rio Corumbataí é de 45,1 L/s, distribuídas de forma desigual pela bacia, como
mostra a Figura 5.38.
Os resultados destas demandas, agregadas por AC (área de contribuição) e por Zona (sub-bacia),
demonstram que as sub-bacias do Alto Corumbataí (Zona 17) e do Rio Passa Cinco (Zona 19)
demandam maior volume de água para criação animal. Estas demandas estão concentradas
especialmente nas áreas de contribuição CRUM010, CRUM011, CRUM014 e CRUM015.
Neste item é apresentado um breve resumo das demandas por água para o conjunto da Bacia
do Rio Corumbataí, sendo abordadas as demandas totais, em termos de retirada, para os setores
de abastecimento urbano, industrial, irrigação e dessedentação animal.
A Tabela 5.50 apresenta este panorama geral da situação da Bacia do Rio Corumbataí em relação
às demandas, e a Figura 5.39 apresenta e espacialização da somatória das demandas.
TABELA 5.50 – ANÁLISE INTEGRADA DAS DEMANDAS DE CADA SETOR POR ÁREA DE
CONTRIBUIÇÃO
Demanda (L/s)
Área de
Zona Abastecimento Dessedentação
Contribuição Indústria Irrigação TOTAL
Humano Animal
CRUM013 3,19 1,13 24,80 0,87 29,99
CRUM014 11,87 63,18 78,35 3,65 157,05
17 CRUM015 8,48 0,43 31,90 4,38 45,19
CRUM016 97,48 14,82 10,80 3,14 126,24
Zona 17 121,01 79,56 145,85 12,04 358,46
CRUM019 176,13 40,69 3,58 1,62 222,02
CRUM020 6,26 0,00 12,60 2,19 21,05
18
CRUM215 3,01 0,06 3,40 2,44 8,91
Zona 18 185,41 40,75 19,58 6,25 251,99
CRUM010 8,39 4,46 30,06 5,17 48,08
CRUM011 2,24 2,27 24,28 4,53 33,32
CRUM012 9,82 0,00 109,32 2,37 121,51
19
CRUM146 0,26 0,00 1,48 0,84 2,58
CRUM147 2,35 0,00 60,53 1,90 64,78
Zona 19 23,06 6,73 225,67 14,81 270,27
CRUM009 0,11 0,00 0,47 0,35 0,93
CRUM017 4,83 4,48 49,28 2,00 60,59
CRUM018 359,04 12,36 2,85 0,95 375,20
20
CRUM021 0,50 19,26 31,14 0,15 51,05
CRUM141 53,45 11,97 125,23 0,25 190,90
Zona 20 417,94 48,07 208,97 3,70 678,68
CRUM008 15,81 0,83 11,46 2,42 30,52
CRUM027 137,91 271,09 19,05 1,14 429,19
21 CRUM139 14,57 2,68 23,01 1,90 42,16
CRUM189 21,04 21,73 24,84 2,84 70,45
Zona 21 189,33 296,33 78,36 8,30 572,32
TOTAL 936,74 471,44 678,43 45,10 2.131,71
Elaboração: Engecorps, 2019
A irrigação é o segundo em termos de participação das demandas, com cerca de 31,82%, com
maior distribuição no centro-oeste e centro-leste da bacia e o setor industrial é responsável por
22,11%, concentrado principalmente na foz do Rio Corumbataí, na área e contribuição
CRUM027.
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Relatório Final
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Volume I – Tomo II
-223-
O balanço hídrico das águas superficiais na Bacia do Rio Corumbataí foi elaborado considerando
a razão entre as disponibilidades hídricas apresentadas no item 5.2.1 e as demandas hídricas de
abastecimento humano, industrial, irrigação e dessedentação animal apresentadas no item 5.2.3.
Esta metodologia pode adotar duas abordagens distintas: o balanço bruto, que representa a conta
simples de subtração entre a disponibilidade e o total captado, e o balanço líquido que, além da
operação do balanço bruto, considera uma vazão de retorno ao corpo hídrico, ou seja, uma
fração da água consumida (diferente para cada atividade fim) que sempre retorna para o corpo
hídrico, incrementando a vazão disponível.
Neste estudo, adotou-se o balanço hídrico líquido, utilizando para tanto o conceito do ‘consumo’
para contemplar a vazão de retorno na conta final (o consumo é igual a demanda menos a vazão
de retorno). Desta forma, o balanço foi calculado através da relação entre o consumo e a
disponibilidade por Área de Contribuição para uma vazão de referência relativa a 50% do Q7,10,,
visando avaliar o grau de comprometimento hídrico com os limites outorgáveis dos mananciais.
Para tanto foram adotadas as mesmas vazões de retorno utilizadas na Revisão do Plano das Bacias
PCJ, sendo os coeficientes:
A seguir, estão dispostas, para cada setor contemplado dentro na categoria das demandas
consuntivas, as vazões de consumo consideradas no cálculo do balanço hídrico geral.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico ONS (2003), 80% da vazão média
diária retorna para o corpo do rio, seja via sistema de esgotamento sanitário, seja pela drenagem
urbana, ou até mesmo por simples afastamento de efluentes domésticos. A definição deste meio
de retorno foi estabelecida a partir do diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário dos
municípios, que consta no tópico 5.1.2, onde se estabeleceu uma relação de todas as ETEs
municipais e seus respectivos dados operacionais.
Em um município onde 100% do esgoto gerado é tratado, foi estabelecido quanto cada ETE do
município participa no tratamento a partir da sua vazão de operação (em %). Uma vez definida
a vazão de retorno deste município, esta foi distribuída entre as ETEs municipais usando as
respectivas porcentagens de participação como fator de peso, determinando assim a vazão de
retorno tratada em cada ETE. Como estas estações estão espacialmente relacionadas a uma área
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ENGECORPS
Relatório Final
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Volume I – Tomo II
-225-
de contribuição (AC) específica, a distribuição da vazão de retorno entre as ETEs reflete a sua
distribuição entre as próprias ACs, chegando assim na sua alocação dentro do território da bacia
do Rio Corumbatai. No caso de um município não tratar 100% do esgoto gerado, a porcentagem
não tratada é atribuída à vazão de retorno e alocada na AC onde se localiza a sede municipal. A
Tabela 5.51 traz as vazões de consumo de cada Área de Contribuição da Bacia do Rio
Corumbataí, agregada por Zona.
Assim como no cálculo da demanda para abastecimento humano, foi aqui considerada a vazão
de retorno para os corpos hídricos da bacia para que o balanço hídrico pudesse contemplar este
aporte de água. Sendo assim, e assim como foi feito para a demanda para abastecimento
humano, aplicou-se à vazão captada um fator de retorno que, para o caso do setor industrial, é
de 70%. A Tabela 5.52 traz as vazões de retorno do setor industrial para cada Área de
Contribuição da Bacia do Rio Corumbataí.
Zona Área de Contribuição Captação Superficial (L/s) Retorno (L/s) Consumo (L/s)
O uso da água na irrigação foi estimado e, por esse motivo, não há distinção entre o que é de
origem superficial ou subterrânea, sendo a totalidade das demandas considerada superficial.
Para a definição da taxa de retorno para o cálculo do consumo no setor agrícola, foi também
utilizada uma constante pré-definida, representando a vazão que foi captada e, após ser
aproveitada na atividade em questão, retorna para o corpo hídrico. Ressalta-se que, para a
atividade de irrigação, o retorno é o mais baixo entre os usos consuntivos considerados neste
estudo, 30% do total captado. Isto se dá pelas altas taxas de evaporação e de infiltração no solo
ao qual estão submetidas. Isto posto, a Tabela 5.53 traz as vazões de retorno para cada Zona da
Bacia do Rio Corumbataí.
Para a determinação da vazão de consumo referente à dessedentação animal, foi adotado o valor
de 20% do total captado, ou seja, 80% do que é captado não retorna para o sistema hídrico.
Aplicada esta taxa, os valores de retorno e, consequentemente, de consumo, ficaram como
mostra a Tabela 5.54.
Uma vez definida a vazão de consumo para os 4 setores usuários de água na bacia que compõem
o grupo de uso consuntivo, partiu-se para a associação destas com as disponibilidades hídricas
e, consequentemente, para a análise dos resultados. A Tabela 5.55 traz a totalização do consumo
em cada AC, agregada por Zona da Bacia do Rio Corumbataí.
Com a definição das disponibilidades hídricas e dos consumos para cada área de contribuição,
a elaboração do balanço hídrico conclui a etapa de diagnóstico da situação quantitativa atual
dos recursos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí, possibilitando tanto uma análise de
comprometimento da vazão disponível no corpo hídrico, quanto uma avaliação da criticidade
relativa ao grau de atendimento às demandas observadas, seja pelo aspecto do manancial, seja
pelo aspecto dos sistemas de abastecimento.
Assim como foi estabelecido neste capítulo, o balanço hídrico aqui desenvolvido contempla os
consumos (já descontadas as vazões de retorno aos mananciais), o que caracteriza o balanço
hídrico líquido. Este balanço consiste em subtrair da vazão disponível numa dada unidade
hidrográfica, a vazão de consumo determinada pelas atividades nela desenvolvidas. Esta análise
é chamada de isolada, pois não se leva em conta qual posição da topologia da bacia hidrográfica
esta unidade hidrográfica está associada.
Para estabelecer esta topologia, a posição das áreas de contribuição espacializadas em mapa
foram representadas num diagrama unifilar, estabelecendo assim todas as respostas às perguntas
elencadas anteriormente. Este diagrama está disposto na Figura 5.40.
Para efeito ilustrativo, para cada área de contribuição (AC) foi atribuída uma cor relativa a um
nível hidrológico específico, de acordo com a sua posição dentro do complexo de interações
entre as sub-bacias e zonas hidrográficas. As áreas indicadas em branco correspondem às
cabeceiras da bacia; as áreas em azul compreendem aquelas onde a disponibilidade representa
o acúmulo da vazão afluente e da vazão produzida pela sua área de drenagem. A cada
confluência observada pelo diagrama, o tom da cor azul foi intensificado. Por fim, a área
preenchida com a cor preta é o exutório da bacia e a ela aflui toda a vazão produzida pelas áreas
à montante.
Em outras palavras, a análise isolada do balanço hídrico tomando como unidade as áreas de
contribuição, por exemplo, levará em consideração apenas a água produzida na sua área de
drenagem, sem considerar se há à montante uma outra contribuição e, consequentemente, sem
considerar a vazão que eventualmente pode estar a ela afluindo. Assim, as vazões consumidas
nesta área de contribuição serão descontadas da disponibilidade resultantes desta drenagem
isolada. Em muitos casos, esta análise mostrará que há um consumo maior do que a
disponibilidade, resultando em um saldo negativo.
Em contraposição à análise isolada, a análise acumulada reflete uma situação que se mostra
compatível com a realidade da área de contribuição. Ao considerar a disponibilidade desta
unidade, esta abordagem pressupõe que, além da vazão produzida pela drenagem da área de
contribuição em questão, a disponibilidade contempla também todas as vazões produzidas nas
áreas de contribuição à montante e de maneira acumulada. Da mesma forma, se considera nesta
disponibilidade, todas as vazões que foram consumidas nas áreas à montante, também de
maneira acumulada. Sendo assim, o primeiro passo para que se proceda essa análise, é que se
tenha domínio sobre a topologia da bacia em questão.
CRUM013 CRUM013
CRUM014 CRUM014 + CRUM013
17
CRUM015 CRUM015 + (CRUM014)
CRUM016 CRUM016 + (CRUM015)
CRUM020 CRUM020
18 CRUM215 CRUM215 + CRUM020
CRUM019 CRUM019 + (CRUM215)
CRUM012 CRUM012
CRUM010 CRUM010 + CRUM012
19 CRUM147 CRUM147
CRUM011 CRUM011 + CRUM147
CRUM146 CRUM146 + (CRUM010) + (CRUM011)
CRUM141 CRUM141
CRUM021 CRUM021 + CRUM141 + (CRUM019)
20 CRUM018 CRUM018 + (CRUM016)
CRUM017 CRUM017 + (CRUM018) + (CRUM021)
CRUM009 CRUM009 + (CRUM017)
CRUM008 CRUM008 + (CRUM146) + (CRUM009)
CRUM189 CRUM189 + (CRUM008)
21
CRUM139 CRUM139 + (CRUM189)
CRUM027 CRUM027 + (CRUM139)
Elaboração: Engecorps, 2019
A Tabela 5.57 apresenta tanto o balanço hídrico isolado em cada área de contribuição, quanto
o acumulado, baseado na estrutura indicada no diagrama da Figura 5.37 e na Tabela 5.56. O
saldo hídrico é apresentado nesta tabela como a expressão direta do balanço hídrico,
contemplando a subtração da vazão de consumo da vazão disponível, resultando assim nos
valores acumulados da vazão remanescente.
Realizar a análise de balanço hídrico sob estes dois aspectos (isolado e acumulado) é crucial para
que se tenha a real dimensão dos problemas e potencialidades da gestão deste recurso. A análise
isolada, por si só, evidenciaria uma situação insustentável em curto prazo com relação às áreas
de contribuição CRUM018 e CRUM027. Em cada uma destas áreas, o consumo excede a
disponibilidade, porém, os dados da disponibilidade hídrica isolada nestas áreas refletem apenas
a vazão correspondente à produção de água dentro do seu território, ou seja, a partir da
drenagem da água precipitada pelas chuvas e pelas nascentes, bem como pela água subterrânea
que incrementa a vazão dos rios.
Com a perspectiva estabelecida nos parágrafos anteriores, é correto afirmar que o valor maior da
análise isolada do balanço hídrico está em fazer parte do processo de construção do balanço
acumulado. Nesta direção, o conhecimento da topologia da bacia, quando associado aos valores
isolados do balanço hídrico e das respectivas vazões de consumo, é de extrema importância para
fundamentar a definição de estratégias de aproveitamento do uso da água.
A análise desta tabela, da mesma forma que foi observado no saldo hídrico, mostra a importância
da abordagem da acumulação dos resultados ao longo da topologia da bacia. Quando a análise
isolada mostra um comprometimento da bacia em duas das suas áreas de contribuição
(CRUM018 e CRUM027) a análise acumulada mostra que, em geral, a bacia apresenta 23,5%
de comprometimento das suas vazões, havendo casos pontuais onde há um comprometimento
mais significativo, como é o caso da área CRUM021 (comprometimento de 40,2%).
Na sequência, o primeiro passo foi definir, para cada captação municipal, a sua localização
dentro da topologia da bacia. É fundamental entender em qual área de contribuição a captação
de um município hipotético está localizada, pois, nesta área de contribuição deverão ser
desconsideradas (na conta do balanço) as vazões de consumo relativas ao abastecimento público
da população deste, estimado anteriormente pela metodologia conforme apresentado do item
5.2.3. O diagrama (b) apresentado na Figura 5.41 mostra este procedimento.
É importante ressaltar que essa correção foi feita individualmente para cada captação,
contemplando apenas a demanda do município objeto do refinamento. Havendo na mesma
área de contribuição uma captação de um segundo município (Município Y), esta não interferiu
na determinação do consumo total.
Finalmente, com este novo saldo hídrico à mão, fez-se a relação com a vazão média extraída
pela captação (vazão captada dividida pelo saldo hídrico). Esta relação está apresentada no
diagrama (c) da Figura 5.41, mais especificamente, na interação da representação da captação
do Município X, sendo aplicada diretamente ao novo saldo hídrico, e não mais dentro do
conjunto das demandas estimadas, no contexto do consumo. Esta associação entre a vazão
captada e o novo saldo hídrico fornece para a presente análise o Grau de Atendimento à
Demanda (GAD), que será a base para a posterior análise de criticidade.
Figura 5.41 - Diagrama ilustrativo dos passos seguidos para o cálculo do saldo
Elaboração: Engecorps, 2019
Como exceção a esta metodologia, foi necessário adotar um outro caminho para determinar a
disponibilidade que equivalesse ao saldo hídrico para o caso da área de contribuição CRUM141.
Onde:
No caso da área de contribuição CRUM141, a Qmont foi então composta pela vazão de referência
subtraída dos usos acumulados na bacia, sendo desconsiderado aí o consumo do abastecimento
urbano referente ao município de Santa Gertrudes.
O Grau de Atendimento à Demanda (GAD) é um parâmetro que tem como principal função
indicar a capacidade de estoque de um determinado sistema. Este resultado é alcançado a partir
da relação entre demanda média por um recurso, sobre a disponibilidade do mesmo em um
dado sistema. Pela simplicidade da sua estrutura lógica, é de ampla aplicação, inclusive, na
avaliação de atendimento de sistemas hídricos.
O resultado da relação é positivo se o valor encontrado for menor do que 1. Em outras palavras,
o resultado cujo valor que se coloca entre 0 e 1 indica que a vazão disponível no manancial é
maior do que a vazão demandada. Caso esse valor seja maior do que 1, o resultado indica um
comprometimento do manancial acima da sua capacidade de suporte e remete a uma situação
de fragilidade.
Para o presente estudo, foi aplicado o GAD de mananciais a todos os municípios cujas captações
superficiais estão localizadas dentro do território da bacia do Rio Corumbataí, não sendo
contemplados, portanto os municípios de Itirapina e de Cordeirópolis, o primeiro por não contar
com nenhuma captação superficial no seu sistema de abastecimento público e, o segundo, por
ter suas captações superficiais localizadas fora do território da bacia. O valor resultante da
aplicação da relação proposta pelo GAD de mananciais foi multiplicada por 100 para ser
apresentada como porcentagem.
Conforme apontado, o GAD de mananciais consiste na relação entre a demanda municipal por
água e a disponibilidade do recurso na seção de retirada (saldo hídrico após descontada a vazão
de consumo dos usos acumulados à montante). É fundamental aqui que se estabeleça a principal
observação acerca deste índice: por ter como função indicar o atendimento do manancial à
demanda do município, fez-se necessária a adoção de uma vazão de demanda municipal,
relativa a uma estimativa que parte do trinômio população urbana/consumo per capita/índice de
perdas, seguindo exatamente a mesma lógica que definiu a demanda para o abastecimento
humano tendo como unidade territorial básica as áreas de contribuição no tópico 5.2.2.1.
Uma vez definida a demanda municipal, esta deve ser associada ao manancial deste município
(disponibilidade) para que seja definido o GAD. Assim, é possível determinar se o manancial tem
capacidade de suportar tal demanda.
Há que se considerar, porém, que a demanda municipal é, em geral, suprida por mais de um
manancial. Tomemos como exemplo o caso do município de Rio Claro: existem 2 mananciais
de captação superficial (Rio Corumbataí e Ribeirão Claro) e 4 poços de captação subterrânea em
bateria, no distrito de Ferraz. A demanda municipal estabelecida conforme indicado no parágrafo
anterior reflete apenas a quantidade de água que a população urbana necessita para fazer frente
às suas necessidades diárias, mas não associa esta vazão a nenhuma das retiradas e seus
respectivos mananciais.
Para fazer esta alocação, foi utilizada a informação de captação dos municípios no sentido de
estabelecer a porcentagem de contribuição de cada uma para o total captado. Esta porcentagem
representaria então o quanto cada captação contribui para o atendimento do abastecimento
urbano. Novamente, utiliza-se aqui o exemplo de Rio Claro para elucidar esta questão. Os seis
pontos de captação do município atendem a 100% da população urbana e são responsáveis por
produzir uma vazão total de 646,82 L/s. Analisando a participação de cada captação neste total,
tem-se a situação ilustrada pela Tabela 5.59.
Ressalta-se que a vazão captada apresentada para as captações subterrâneas foi definida a partir
da normalização da captação em função do período de operação das bombas, de acordo com
os dados informados pelo corpo técnico municipal na ocasião das visitas técnicas. No caso do
poço 3, não foi informado o período de operação das bombas e, por esta razão, a sua
participação não pode ser considerada nesta metodologia.
✓ Definição da demanda média total em cada ponto de captação a partir das porcentagens de
participação;
O resultado da aplicação desta metodologia para os três primeiros passos está disposto na Tabela
5.60 a seguir.
A Tabela 5.61 traz um resumo para os resultados apresentados com relação ao Grau de
Atendimento à Demanda (GAD mananciais), conforme será detalhado adiante.
Como visto na Tabela 5.61, os maiores graus de comprometimento encontrados na relação entre
as demandas municipais e o saldo hídrico recalculado para as ACs foram para os municípios de
Piracicaba (CRUM027) e Rio Claro (CRUM016 e CRUM019). Para estas ACs, o GAD variou entre
70% e 102%. O GAD elevado encontrado para Santa Gertrudes implica que o manancial não
apresenta segurança hídrica e tem sua origem em um saldo hídrico desfavorável. Este caso será
melhor aprofundado adiante no tópico pertinente ao município em questão. A seguir, estão
dispostos os resultados detalhados do GAD de cada um dos municípios:
ANALÂNDIA
O município de Analândia possui uma única captação superficial, Fonte São Francisco, que está
localizada na área de contribuição (AC) CRUM014. Esta AC está contida na Zona 17, tendo
apenas a CRUM013 à montante. A Figura 5.42 mostra a posição desta AC dentro da topologia
da bacia.
A análise da demanda estimada indicou que, para CRUM013, a vazão de consumo associada à
população do município ali residente é de 3,19 L/s. Para CRUM014 esse valor é de 3,01 L/s.
Subtraindo essas vazões dos valores originais de consumo total acumulado, o saldo hídrico em
CRUM014 passa de 254,01 L/s para 260,41 L/s. A Tabela 5.62 detalha este cálculo.
Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal na Fonte São
Francisco (1,75 L/s) e a disponibilidade na seção gera um GAD de 0,67%.
CHARQUEADA
Apesar de o município de Charqueada contar com duas captações superficiais para atender a
sua demanda, apenas uma está inserida na bacia do Rio Corumbataí. Esta captação é no Lago
do Quilombo de São Francisco (Paraisolândia) e, com uma vazão média de 3,72 L/s, é
responsável por cerca de 10% da vazão do sistema municipal. O manancial está localizado na
área de contribuição CRUM189 e a sua posição na topologia da bacia pode ser observada na
Figura 5.43.
Como se observa na Figura 5.43, a área de contribuição CRUM189 está posicionada na Zona
21, próxima ao exutório da bacia. A população do município está distribuída entre as áreas
CRUM008 e CRUM189, ou seja, na área de contribuição onde está localizada a captação e na
área imediatamente a montante. Desta maneira, o consumo estimado a partir desta população
(0,12 L/s para CRUM008 e 18,01 L/s para CRUM189) foi excluído do saldo hídrico original
conforme indicado na Tabela 5.63, que traz os registros de todas as áreas de contribuição à
montante para demonstrar o cálculo para o novo saldo hídrico.
(Continua)
(Conclusão)
Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Lago
Quilombo São Francisco (4,65 L/s) e a disponibilidade gera um GAD de 0,31%.
CORUMBATAÍ
✓ Córrego do Lageado (Sítio Pousada da Felicidade), localizada na CRUM011, com uma vazão
média de 5,5 L/s;
As duas áreas de contribuição destacadas na figura estão localizadas nas cabeceiras da bacia do
Rio Corumbataí e possuem, cada uma, apenas uma área de contribuição à montante. A
população do município se distribui ao longo das áreas CRUM011, CRUM014 E CRUM147 e os
valores de consumo oriundos destas populações foram descontados do balanço hídrico para
compor o novo saldo hídrico, a saber, 0,70 L/s para CRUM011, 3,75 L/s para CRUM014 e 0,10
L/s para CRUM 147. A Tabela 5.64 traz os valores resultantes deste ajuste.
Figura 5.44 - Posição das captações de Corumbataí na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019
A análise do GAD para o município de Corumbataí foi feita de forma distinta para as duas áreas
de contribuição. Para a CRUM011, as demandas municipais foram somadas e a vazão resultante
(3,94 L/s), ao ser confrontada com o novo saldo hídrico (241,02 L/s) gerou um GAD de 1,64%.
Já para a captação do Sitio Montana (CRUM014) a demanda de 0,17 L/s gerou um GAD de
0,06%, frente ao novo saldo hídrico de 257,75 L/s.
IPEÚNA
O município de Ipeúna possui apenas uma captação superficial, localizada no Portal dos Nobres,
na área de contribuição CRUM010 (Zona 19). Esta captação é da ordem de 9,70 L/s, o que
representa 46,20% do total captado pelo sistema municipal. A posição desta área de contribuição
pode ser observada na Figura 5.45.
A área de contribuição CRUM010 tem apenas a área CRUM012 à montante. Para CRUM012, a
vazão de consumo associada à população do município ali residente é de 0,02 L/s. Para
CRUM010 esse valor é de 8,16 L/s. Subtraindo essas vazões dos valores originais, o saldo hídrico
em CRUM010 passa de 314,30 L/s para 322,48L/s. A tabela a seguir detalha este cálculo.
Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Portal dos
Nobres (8,04 L/s) gera um GAD de 2,49%.
PIRACICABA
Piracicaba é o município localizado na porção mais baixa da bacia do Rio Corumbataí, tendo a
sua captação localizada na área de contribuição CRUM027. Como já foi descrito neste
diagnóstico, apenas 8% do território municipal está inserido na bacia, no entanto, a sua captação
é a maior vazão observada entre os 9 municípios nela inseridos, 1.791 L/s captados no Rio
Corumbataí. A posição da área de contribuição CRUM027 pode ser observada na Figura 5.47.
Conforme ilustrado na Figura 5.46, a área CRUM027 é o exutório da bacia do Rio Corumbataí
e recebe toda a contribuição da vazão produzida pela sua área de drenagem, e é privada de
toda a vazão consumida pelos usuários que das suas águas se abastecem, em todos os setores de
uso consuntivo de todos os demais municípios da bacia. Por esta razão, a Tabela 5.66 traz todo
o registro da acumulação para que se esclareça o procedimento de definição do novo saldo
hídrico.
Com este novo valor para o saldo hídrico, a relação entre a demanda municipal no Rio
Corumbataí (1.522,05 L/s) e a disponibilidade gera um GAD de 100,73%. Como esta análise foi
feita no sentido de avaliar o comprometimento do manancial tendo como enfoque principal a
gestão das águas, a o GAD encontrado (tendo como vazão de referência 50% da Q7,10) implicou
que esta demanda representa uma vazão 0,73% maior do que a vazão outorgável neste ponto.
Com o desenvolvimento deste estudo, serão feitas considerações acerca desta situação.
RIO CLARO
✓ A primeira, localizada no Rio Corumbataí, na CRUM016, com uma vazão média de 382 L/s,
representando 59,09% do total produzido no município;
✓ A segunda, localizada no Ribeirão Claro, na CRUM019, com 262 L/s, representando 40,53%
do total produzido no município.
Figura 5.47 – Posição das captações de Rio Claro na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019
As duas áreas de contribuição destacadas na figura estão localizadas nas cabeceiras da bacia do
Rio Corumbataí e ambas constituem o exutório das suas respectivas Zonas Hidrográficas. A seguir
estão listadas as áreas de contribuição pelas quais estão distribuídas a população do município e
os respectivos valores de consumo municipal.
A análise do GAD para o município de Rio Claro foi feita de forma independente para as duas
áreas de contribuição. Para a CRUM016, a demanda municipal alocada à captação do Rio
Corumbataí (373,67 L/s), ao ser confrontada com o novo saldo hídrico (530,34 L/s), gerou um
GAD de 70,46%. Já para a demanda municipal associada à captação do Ribeirão Claro
(CRUM019), a demanda de 256,29 L/s gerou um GAD de 102,75%, frente ao novo saldo hídrico
de 249,43 L/s, o que representa uma vazão 2,75% maior do que a vazão outorgável na seção.
SANTA GERTRUDES
O município de Santa Gertrudes possui apenas uma captação superficial, localizada na área de
contribuição CRUM141 (Zona 20). Esta captação é da ordem de 50,6 L/s e representa 90% do
total captado pelo município. A posição desta área de contribuição pode ser observada na Figura
5.48.
A área de contribuição CRUM141 ocupa posição de cabeceira da Zona Hidrográfica 20, não
tendo nenhuma outra área à montante. Nesta AC está localizada uma barragem de regularização
cuja vazão regularizada é da ordem de 360 L/s. Conforme apresentado no item 5.2.3.7, a
determinação do saldo hídrico corrigido frente a uma vazão regularizada deve considerar uma
metodologia alternativa (Disp = Qreg + Qmont – Qdeflu). A adoção desta metodologia gerou então
um saldo hídrico de 216 L/s. a esta vazão foi descontada a vazão de consumo equivalente ao
abastecimento urbano do município (44,85 L/s). A Tabela 5.68 detalha este cálculo.
Figura 5.48 - Posição da captação de Santa Gertrudes na topologia da bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019
Com um valor equivalente à 216,43 L/s fazendo frente a uma demanda de 48,45 L/s, o GAD
encontrado ficou na marca de 22,38%, indicando uma situação satisfatória para o atendimento
da demanda determinada.
Dependendo do tema ou objetivo, os tratamentos de dados foram efetuados por município (para
a área da Bacia do Rio Corumbataí), Zona ou Unidade Aquífera (Tubarão, Guarani, Serra Geral
/ diabásios associados e Terrenos sedimentares terciários a recentes, além do aquitarde Passa
Dois).
3
CPRM — SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2014) Mapa Hidrogeológico do Brasil ao Milionésimo. Organizadores: Diniz, J. A. O.,
Monteiro, A. B., De Paula, T. L. F., and Silva, R. C. Recife.
4
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA; IG - INSTITUTO GEOLÓGICO; IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO; CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2005) Mapa de Águas Subterrâneas do Estado
de São Paulo – Texto explicativo e mapa.
vista de água subterrânea. Neste sentido, a potencialidade de uso das águas subterrâneas em
faixas de vazão explorável, proposta por DAEE et al. (2005)5, indica a vazão recomendada a ser
extraída de forma sustentável por longos períodos e com rebaixamentos moderados da espessura
saturada:
✓ Aquífero Serra Geral / diabásios: faixas de 7 a 100 m³/h (basaltos) e de 1 a 6 m³/h (diabásios);
Outra forma de abordagem das potencialidades das águas subterrâneas na Bacia do Rio
Corumbataí é através da proposta de classes de produtividade de CPRM (2014) 6. Este método
segue a nomenclatura (em cores) da Associação Internacional de Hidrogeologia (IAH), conforme
Figura 5.49, na qual se observa uma distinção entre os aquíferos intergranulares, representados
em azul, e aquíferos fraturados, em verde. A tonalidade mais forte de azul ou verde indica maior
produtividade, sendo que aquicludes / aquitardes ou mesmo unidades não aquíferas são
representados em marrom.
Figura 5.49 - Representação dos sistemas aquíferos através de cores (CPRM, 2014)
No trabalho para o território brasileiro, a CPRM definiu classes de produtividade para aquíferos
após avaliação dos resultados da capacidade específica (Q/s), transmissividade (T), condutividade
hidráulica (K) e vazão (Q). De acordo com as faixas de variação desses parâmetros, foram
definidas seis classes de produtividade – Tabela 5.69.
5
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA; IG - INSTITUTO GEOLÓGICO; IPT – INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO; CPRM – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2005) Mapa de Águas Subterrâneas do Estado
de São Paulo – Texto explicativo e mapa.
6
CPRM — SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL (2014) Mapa Hidrogeológico do Brasil ao Milionésimo. Organizadores: Diniz, J. A. O.,
Monteiro, A. B., De Paula, T. L. F., and Silva, R. C. Recife.
A presença de classe relativamente mais produtiva (3) nas zonas 17 e 19 está diretamente
relacionada à existência do aquífero Guarani. E a distribuição de cerca de 47% em área de classe
pouco produtiva ou não aquífera (6) está associada ao aquitarde Passa Dois e a outras unidades
aquíferas menos produtivas que o SAG. Isso se reflete também nos dados de municípios, com
destaque para classe relativamente mais produtiva (3) exatamente nos municípios com maior
extensão do aquífero Guarani: Analândia, Corumbataí e Itirapina.
Figura 5.50 – Representação para a Bacia do Rio Corumbataí das Classes de Produtividade Hidrogeológica (CPRM, 2014)
✓ Reserva total: toda água subterrânea do aquífero (nos poros e nas fraturas das rochas);
✓ Reserva ativa ou reguladora: volume contido no interior do aquífero entre a superfície básica
e a superfície potenciométrica;
As reservas reguladoras representam, assim, o volume de água renovável que entra anualmente
no aquífero, sendo que as mesmas podem ser também denominadas de recursos dinâmicos ou
recarga efetiva, dependentes diretamente da recarga sazonal (infiltração de precipitações
pluviométricas e outras fontes naturais).
7
CONEJO LOPES, M.F. (1994) Condições de ocorrência de água subterrânea nas bacias dos rios Piracicaba e Capivari. Dissertação de
mestrado. FEC-UNICAMP, 83 p.
8
SIGRH – sistema de informação de gerenciamento de recursos hídricos (2001) Relatório de Situação de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo. Tipos de reserva de água subterrânea.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-256-
Mais recentemente, Profill & Rhama (2018), com estimativas para as Bacias PCJ, indicaram os
seguintes métodos para estimativa das reservas reguladora e explotável:
✓ Reservas explotáveis para cada unidade aquífera em cada bacia segundo três métodos:
9
SIGRH – Sistema de Informação de Gerenciamento de Recursos Hídricos (2001) Relatório de Situação de Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo. Tipos de reserva de água subterrânea.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-257-
Método 2: representada pelo quociente entre as vazões Q95 e Q7,10 com ponderação pela
área de afloramento no caso do cômputo da contribuição de cada unidade aquífera
parcial (conforme realizado pelo Relatório de Situação 2015);
Método 3: estimada através de uma porcentagem de uso das vazões reguladoras (50%).
Com adaptações efetuadas a este trabalho, a estimativa de reservas reguladoras por Zona, Área
de Contribuição e total da Bacia do Rio Corumbataí é apresentada na Tabela 5.70, com dados
adaptados de Profill & Rhama (2018)10, totalizando 4,97 m³/s na Bacia, sendo 1,36 m³/s,
0,57 m³/s, 1,55 m³/s, 0,65 m³/se 0,84 m³/s, para as zonas 17 a 21, respectivamente.
TABELA 5.70 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA COM BASE EM DADOS DE Q7,10 (m³/s)
Local: zona / área de contribuição Área (km2) Q7,10 (m³/s)
Zona 17 469,13 1,36
CRUM013 67,00 0,19
CRUM014 184,79 0,53
CRUM015 117,13 0,34
CRUM016 100,21 0,29
Zona 18 196,17 0,57
CRUM019 70,31 0,20
CRUM020 57,90 0,17
CRUM215 67,97 0,20
Zona 19 538,00 1,55
CRUM010 143,40 0,41
CRUM011 117,86 0,34
CRUM012 157,08 0,45
CRUM146 21,41 0,06
CRUM147 98,26 0,28
Zona 20 223,93 0,65
CRUM009 9,01 0,03
CRUM017 75,34 0,22
CRUM018 55,55 0,16
CRUM021 20,77 0,06
CRUM141 63,27 0,18
Zona 21 289,44 0,84
CRUM008 69,32 0,20
CRUM027 43,80 0,13
CRUM139 68,85 0,20
CRUM189 107,48 0,31
TOTAL - Bacia 1.716,69 4,97
Fonte de dados de Q7,10 – Profill & Rhama (2018).
Elaboração: Engecorps, 2019
Os valores estimados das reservas reguladoras para as unidades aquíferas são apresentados na
Tabela 5.71 e na Figura 5.52, evidenciando que cerca de 42% refere-se ao aquífero Guarani
(2,09 m³/s de um total de 4,97 m³/s), seguido do aquitarde Passa Dois (que embora tenha
propriedades aquíferas normalmente ruins, estende-se por mais de 30% da área aflorante da
bacia, perfazendo 1,54 m³/s) e Tubarão (0,57 m³/s, considerando-se apenas a área aflorante).
10
PROFILL & RHAMA. (2017) Primeira Revisão do Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 a 2020. 329p.
Diagnóstico – Tomos I e II, agosto/2017.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
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Serra Geral / diabásios e Terrenos sedimentares terciários a recentes representam apenas cerca
de 15% do total (0,41 e 0,36 m³/s, respectivamente).
TABELA 5.71 – ESTIMATIVA DE RESERVA REGULADORA POR UNIDADE AQUÍFERA, COM BASE EM
DADOS DE Q7,10 (m³/s)
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,08 0,71 0,41 0,12 0,05 1,36
Zona 18 0,03 0,09 0,23 0,07 0,15 0,57
Zona 19 0,09 1,17 0,16 0,10 0,03 1,55
Zona 20 0,12 0,00 0,33 0,09 0,12 0,65
Zona 21 0,26 0,12 0,41 0,04 0,01 0,84
Total - Bacia 0,57 2,09 1,54 0,41 0,36 4,97
Elaboração: Engecorps, 2019
Figura 5.52 - Estimativa de Reserva Reguladora por Unidade Aquífera, com base em dados de Q 7,10 (%)
O Método 2 não foi considerado devido à indisponibilidade de valores de Q95% para as áreas de
contribuição/zonas; há, no entanto, o dado para a bacia como um todo (4,52 m³/s), segundo
Profill & Rhama (2018), o mais elevado entre os métodos utilizados. Os valores por unidade
aquífera são: Tubarão – 0,53 m³/s; Guarani – 1,90 m³/s; Passa Dois – 1,39 m³/s; Serra
Geral/diabásios – 0,37 m³/; e Terrenos sedimentares terciários a recentes – 0,33 m³/s.
TABELA 5.72 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 1) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (m³/s)
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,03 0,31 0,09 0,03 0,02 0,48
Zona 18 0,01 0,04 0,05 0,02 0,06 0,18
Zona 19 0,03 0,51 0,04 0,03 0,01 0,62
Zona 20 0,04 0,00 0,07 0,03 0,04 0,19
Zona 21 0,10 0,05 0,09 0,01 0,01 0,26
Total - Bacia 0,216 0,914 0,337 0,120 0,137 1,724
TABELA 5.73 – ESTIMATIVA DE RESERVA EXPLOTÁVEL (MÉTODO 3) POR ZONA E POR UNIDADE
AQUÍFERA (M³/S).
Serra Geral Terrenos sedimentares
Zona Tubarão Guarani Passa Dois TOTAL
/ diabásios terciários a recentes
Zona 17 0,04 0,35 0,20 0,06 0,02 0,68
Zona 18 0,01 0,04 0,12 0,04 0,07 0,28
Zona 19 0,04 0,59 0,08 0,05 0,02 0,77
Zona 20 0,06 0,00 0,16 0,05 0,06 0,33
Zona 21 0,13 0,06 0,21 0,02 0,01 0,42
Total - Bacia 0,284 1,043 0,770 0,206 0,181 2,485
Elaboração: Engecorps, 2019
Figura 5.53 - Estimativa de Reserva Explotável (Método 1), por Unidade Aquífera (%)
Figura 5.54 - Estimativa de Reserva Explotável (Método 3), por Unidade Aquífera (%)
Estes dados indicam que as reservas explotáveis por unidade aquífera para a Bacia do Rio
Corumbataí, pelos métodos 1 e 3, respectivamente, são (em %):
✓ Aquífero Guarani (SAG): 53,0% e 42,0%, ou ainda, 0,914 m³/s e 1,043 m³/s (amplo
destaque);
Estes valores serão utilizados no Capítulo 5.2.4 para fins de balanço hídrico (subterrâneo).
Uma base de dados de poços foi obtida junto ao órgão outorgante de recursos hídricos do Estado
de São Paulo (DAEE, 2019), indicando a existência de 560 poços na Bacia do Rio Corumbataí,
com as seguintes situações administrativas para poços:
✓ Implantação autorizada: 8;
✓ Licença de operação: 1;
✓ Situação 3 – outorgas associadas a poços que demandam apenas cadastro (153), ou seja, que
possibilitam dispensa de outorga pelo uso da água (poços com consumo < 15m³/dia, pelas
regras do DAEE) – estes dados foram considerados, pois, há tanto o aquitarde Passa Dois,
quanto poços em aquíferos fraturados (com vazões discretas), além de porções com piores
propriedades aquíferas nos diversos aquíferos da Bacia do Rio Corumbataí (e a soma de
poços, acima de ¼ do total, é representativa);
✓ Situação 4 – desativado (10), excluído (1), portaria revogada (1), requerimento indeferido
(35), tamponado (41).
Os dados anteriores indicam vazões médias por poço de 14,8 m³/h (situação 2), 3,5 m³/h
(situação 3) e 11,1 m³/h (situações 2 e 3); somas de vazão de 3.680,0 m³/h (situação 2),
432,0 m³/h (situação 3) e 4.112,0 m³/h (situações 2 + 3), considerando-se soma de vazão de
teste (nominal).
A base do DAEE também foi utilizada para verificação de dados por unidade aquífera (situações
2 e 3). Neste sentido, a Tabela 5.77 apresenta os dados de número de poços, vazão total e
média, considerando-se apenas dados em que foi possível correlacionar o poço à unidade
aquífera efetivamente explotada (lembrando que nem sempre esta equivale à unidade aquífera
aflorante). A Tabela 5.78 traz os dados de vazões mínima, máxima e média, além dos quartis (I,
mediana e III). Esses valores servem de referência para parametrização de projetos de poço para
as etapas seguintes deste estudo, junto aos dados por município.
TABELA 5.77 – DADOS DE POÇOS E VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA
BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços com
Unidade aquífera Nº de Poços Vazão Total Vazão Média
Vazão Calculada
Diabásio/Serra Geral 5 5 311 62,2
Guarani 43 37 399 10,8
Passa Dois 48 48 314 6,5
Terrenos sedimentares terciários a recentes 78 62 241 3,9
Tubarão 222 212 2.817 13,3
Obs.: Valores de vazão em m³/h; apenas poços em que foi possível identificar o aquífero explotado. Fonte: DAEE (2019).
TABELA 5.78 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Vazão Vazão Primeiro Terceiro
Unidade aquífera Mediana
Mínima Máxima Quartil Quartil
Diabásio/Serra Geral 2,0 288,0 4,0 6,0 11,0
Guarani 1,0 55,0 4,0 7,0 15,0
Passa Dois 1,0 36,0 2,0 4,0 8,0
Terrenos sedimentares terciários a recentes 1,0 30,0 1,0 2,5 4,0
Tubarão 1,0 253,0 3,0 6,0 12,3
Obs.: Valores de vazão em m³/h; apenas poços em que foi possível identificar o aquífero explotado. Fonte: DAEE (2019).
Figura 5.55 – Localização dos poços da base de outorgas nas situações administrativas 2 (outorgas pelo uso de recurso hídrico) e 3 (apenas cadastro, com dispensa de outorga pelo uso da água) na Bacia do Rio Corumbataí – DAEE (2019)
O que se nota, tanto na quantidade de poços, quanto na vazão explotada, é que, não obstante
o Guarani ser o melhor aquífero, o mais utilizado na Bacia do Rio Corumbataí é o aquífero
Tubarão. As vazões médias indicaram valores curiosamente mais elevados para os aquíferos
Diabásio/Serra Geral e Tubarão (acima do Guarani), o que foi influenciado por valores anômalos
de 4 poços situados em Piracicaba (Diabásio), Rio Claro e Santa Gertrudes (Tubarão), acima de
100 m³/h. Por isso é importante observar ainda valores dos quartis, notadamente a mediana
(nesta, como esperado, o aquífero Guarani apresenta valor mais elevado), e não apenas valores
médios. Os aquíferos de Terrenos sedimentares terciários a recentes e o aquitarde Passa Dois
apresentaram os menores valores de média e mediana de vazão.
Embora parte dos dados do SIAGAS seja de poços da base do DAEE, a planilha do órgão
outorgante estadual não apresentava dados de capacidade específica (Q/s, em m³/h/m) –
importantíssima variável hidrogeológica - ou componentes que pudessem determiná-la (como
profundidades de nível estático e dinâmico). Assim, complementando ao tratamento do Capítulo
anterior, foi utilizada a base do SIAGAS para verificação da situação da capacidade específica na
Bacia do Rio Corumbataí; adicionalmente, também foram tratados dados de profundidade de
poço e de vazão, para permitir correlações hidrogeológicas. Os resultados são mostrados nas
Tabelas 5.79 (vazão), 5.80 (capacidade específica) e 5.81 (profundidade de poço), e serão
utilizados como referência para parametrização de projetos de poço para as etapas seguintes
deste estudo.
TABELA 5.79 – DADOS DE VAZÃO POR UNIDADE AQUÍFERA – POÇOS SITUADOS NA BACIA DO
RIO CORUMBATAÍ
Nº de Poços Valores de estatística básica - Q
Local
C/dado de 1º 3º
(zona/bacia) Total Mínimo Mediana Máximo Média
vazão quartil quartil
Zona 17 49 27 1,4 6,1 9,0 17,5 55,5 13,7
Zona 18 39 27 2,0 5,0 9,5 13,3 39,6 10,6
Zona 19 30 18 0,5 4,2 10,0 18,5 36,0 12,1
Zona 20 97 61 1,0 6,2 8,8 14,0 60,0 11,3
Zona 21 27 16 2,0 6,5 12,0 20,5 60,9 18,4
Total - bacia 242 149 0,5 6,0 9,0 15,0 60,9 12,5
Obs.: Valores de vazão em m³/h. Fonte de dados: SIAGAS - CPRM (2019).
Elaboração: Engecorps, 2019
Figura 5.56 – Poços da base de dados do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS) na Bacia do Rio Corumbataí - CPRM (2019)
O tratamento dos dados, mais focado em poços de produção, implicou que fossem descartados
poços escavados (cacimbas/cisternas) e piezômetros, bem como poços estratigráficos (de
reconhecimento exploratório geológico, da Petrobras, alguns deles com mais de 1.000m de
profundidade), permitindo valores mais realistas a serem indicados às Etapas seguintes do estudo.
Mesmo assim, alguns dados apresentaram valores pequenos de profundidade de poço, conforme
planilha acima, o que demonstra necessidade de aprimoramento nas bases oficiais de poços.
Os resultados indicam valores para a Bacia do Rio Corumbataí de mínimo, 1º quartil, mediana,
3º quartil, máximo e média de vazão de 0,5, 6,0, 9,0, 15,0, 60,9 e 12,5 m³/h; de capacidade
específica de 0,010, 0,123, 0,310, 0,780, 7,905 e 0,763 m³/h/m; e de profundidade de poço
de 8,0, 118,0, 203,0, 273,5, 396,0 e 203,8 m, respectivamente.
A zona 19, que concentra mais da metade da área aflorante (livre) do aquífero Guarani,
apresentou o maior valor de mediana de capacidade específica (1,044 m³/h/m,
comparativamente a 0,310 m³/h/m na bacia como um todo).
Fica evidente que os maiores valores de capacidade específica (Q/s) localizam-se notadamente
na porção oeste da Bacia do Rio Corumbataí, coincidindo com a exposição de litologias do
aquífero Guarani. Embora o padrão de vazão (Q) não seja muito distinto de Q/s, mostra maior
dispersão de valores/localidades, o que reflete a heterogeneidade dos aquíferos da bacia. Já os
dados de profundidade de poço têm padrão distinto de Q e Q/s, com maiores valores sobretudo
nas porções central, leste e sudeste – isso reflete o pacote do aquífero Tubarão que, conforme
foi visto no Capítulo 3.3.6 (didaticamente no perfil esquemático), apresenta crescentes
espessuras de E-SE rumo a W-NW na Bacia Geológica do Paraná como um todo (ou seja, até
que comece a ocorrer o aquífero Guarani livre, nos setores centro-oeste da Bacia Hidrográfica
do Rio Corumbataí, o Tubarão é o aquífero preferencial nesta Bacia).
Figura 5.57 – Resultados de vazão (m³/h), capacidade específica (m³/h/m) e profundidade de poço (m) por interpolação de dados de poços na Bacia do Rio Corumbataí
✓ Dos 9 municípios com área na bacia, apenas Charqueada e Cordeirópolis não apresentam
poços com finalidade de uso em abastecimento público por concessionárias municipais de
água (considerando-se toda extensão dos municípios); se considerarmos apenas a área dentro
da Bacia do Rio Corumbataí, todos utilizam, exceto Charqueada, Cordeirópolis e Piracicaba.
Considerando-se apenas dados de poços situados dentro da Bacia do Rio Corumbataí, tem-se:
✓ Quanto ao tratamento de água bruta desses poços, todos os municípios efetuam tratamento
simplificado, com adição de cloro e fluoreto (em Corumbataí, apenas cloro);
Figura 5.58 – Localização dos poços utilizados em sistemas de abastecimento público por concessionárias municipais de água (dados obtidos nas concessionárias) na Bacia do Rio Corumbataí
Primeiramente, deve-se ter em mente, à luz da conceituação indicada no Capítulo 5.2.2.1, que
os indicadores de disponibilidade hídrica subterrânea ainda são bastante simplificados (dado o
nível ainda precário de conhecimento e grande heterogeneidade dos aquíferos regionais) e
conservadores (dado que as referências de vazão estão associadas a uma parcela do fluxo de
água subterrânea, que alimenta os cursos d´água superficiais, além de não levar em conta valores
de reserva permanente, recarga profunda e valores em porções confinadas dos aquíferos;
acrescenta-se, ainda, o fato explanado nos Capítulos 3.3.3 e 5.2.2, no caso do aquífero Tubarão,
que tem parcela expressiva - mais de 30% em área – sob o aquitarde Passa Dois, ou seja,
confinado a semiconfinado, mas também disponível, somando-se aos pouco mais de 10%
aflorantes).
Com essas ressalvas, os dados da Tabela 5.82 mostram a situação da disponibilidade hídrica
subterrânea (reserva explotável) em relação aos valores outorgados (vazão de teste) para as
situações 2 e 3 indicadas no Capítulo 5.2.2.3.
Embora ainda demande estudos mais aprofundados, estes valores indicam a necessidade de
maior controle nas zonas 18 e 20 (nas quais estão Rio Claro e Santa Gertrudes, suas áreas urbanas
e indústrias); certa atenção nas zonas 17 e 21 (que abarcam áreas em Corumbataí/Rio
Claro/Analândia e Piracicaba/Charqueada/Ipeúna, respectivamente), além da Bacia como um
todo; e situação mais confortável na zona 19 (interessantemente, onde há maior exposição do
aquífero Guarani).
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB é o órgão responsável pela operação
da rede de monitoramento de qualidade das águas superficiais do Estado e, desde 1974, mantém
coletas e análises periódicas de diversos parâmetros. Esta rede, no entanto, é composta de
subtipos distintos, caracterizados pelo objetivo do monitoramento, frequência de coleta e
conjunto de parâmetros avaliados. Estes subtipos estão agrupados na rede manual (operada de
forma direta pelos operadores de campo) e na rede automática (operada remotamente, com
sondas autônomas). A rede manual contempla os seguintes subtipos:
✓ Rede Básica, que tem por objetivo fornecer um diagnóstico geral dos recursos hídricos do
Estado;
A tabela anterior mostra que a rede de monitoramento na Bacia do Rio Corumbataí é composta
por 10 pontos de coleta, sendo que grande parte destes pontos está alocada nos rios principais
da bacia, sendo eles: o Rio Corumbataí (7 pontos), Ribeirão Claro (2 pontos) e Córrego Santa
Gertrudes (1 ponto). Os Rios Passa Cinco e Cabeça, que possuem uma área de drenagem
correspondente à Zona 19 não são monitorados pela rede.
Todos os pontos apresentados na tabela acima pertencem à Rede Básica de coleta, não havendo
na bacia nenhum ponto da Rede de Monitoramento de Sedimentos e nem da Rede de
Balneabilidade. A frequência de coleta de Rede Básica é bimestral e os parâmetros avaliados
contemplam as seguintes variáveis:
✓ Físicas
✓ Condutividade;
✓ Sólido Total;
✓ Temperatura da Água;
✓ Temperatura do Ar;
✓ Turbidez.
✓ Químicas
✓ Alumínio Dissolvido;
✓ Alumínio Total;
✓ Bário Total;
✓ Cádmio Total;
✓ Cálcio;
✓ Chumbo Total;
✓ Cloreto Total;
✓ Cobre Dissolvido;
✓ Cobre Total;
Figura 5.59 – Pontos da Rede Básica de Monitoramento de Qualidade de Água da CETESB na Bacia do Rio Corumbataí
✓ Cromo Total;
✓ Dureza;
✓ Ferro Dissolvido;
✓ Ferro Total;
✓ Fluoreto;
✓ Fósforo Total;
✓ Magnésio;
✓ Manganês Total;
✓ Mercúrio Total;
✓ Níquel Total;
✓ Nitrogênio Amoniacal;
✓ Nitrogênio Kjeldahl;
✓ Nitrogênio-Nitrato;
✓ Nitrogênio Nitrito;
✓ Oxigênio Dissolvido;
✓ pH;
✓ Potássio;
✓ Sódio;
✓ Sulfato;
✓ Zinco Total.
✓ Biológicas
✓ Clorofila-a;
✓ Feofitina-a;
✓ Escherichia coli.
Com o objetivo tornar a interpretação dos dados mais objetiva e direcionada para temas
específicos, ao longo dos anos de operação da rede de monitoramento, a CETESB adotou índices
que, ao estabelecer regras matemáticas para a integração dos valores encontrados para um grupo
específico de parâmetros, inclusive com atribuição de peso de cada um para o resultado final,
passaram a compor a principal forma de divulgação dos resultados das campanhas de análise da
qualidade da água. Esse protagonismo dos índices de qualidade na divulgação dos resultados se
deu, principalmente, pelo fato de serem expressos em faixas de qualidade (ótimo, bom, regular,
ruim e péssimo, por exemplo) e não em valores de parâmetros isolados que não têm sentido
para o público leigo.
Para exemplificar, tem-se o IAP - Índice de Qualidade das Águas Brutas para Fins de
Abastecimento Público e o IQA – Índice de Qualidade das Águas. Estes índices constituem
interessantes ferramentas para a análise integrada de um grupo específico de parâmetros que
dão respostas direcionadas sobre a situação da qualidade das águas, em função de um interesse
específico. Por exemplo, o IQA contempla parâmetros associados com o lançamento de
efluentes sanitários nos corpos d’água. Já o IAP apresenta uma estrutura voltada para indicar as
condições de qualidade das águas para fins de abastecimento público.
A CETESB, nos seus relatórios anuais de divulgação dos resultados da operação da rede, adota
ainda outros índices como o IVA – Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida
Aquática, o IET- Índice do Estado Trófico, o IB – Índice de Balneabilidade e os índices de
comunidades da fauna e flora aquáticas (fitoplâncton, zooplâncton e fauna bentônica).
De acordo com o Relatório de Qualidade das Águas Interiores no Estado de São Paulo – 2017
(CETESB, 2018) os pontos de amostragem da Bacia do Rio Corumbataí apresentam resultados
de IQA desde o ano de 2012, com exceção do ponto CRUM02850, que começou a operar no
ano de 2017. Já para o IAP, apenas 4 pontos dos 10 trazem resultados para o ano de 2017 e
para a série histórica. São eles CRUM02050, CRUM02080, GERT02500 e LARO022500. Estes
pontos compreendem os locais mais à montante contemplados pelo monitoramento e, por tanto,
os trechos com baixo impacto das atividades antrópicas. Sendo assim, optou-se por não
considerar neste diagnóstico o IAP, e sim o IQA.
O IQA é calculado através de uma ponderação dos valores de 9 parâmetros de acordo com a
fórmula que segue:
n
𝐼𝑄𝐴 = ∏ q 𝑖 W𝑖
i=1
Onde:
Para o ano de 2017, o monitoramento da rede básica na Bacia do Rio Corumbataí mostrou que,
em geral, os piores valores de IQA não ultrapassam a categoria ‘Regular’. Foram feitas 6 análises
(frequência bimestral), distribuídas entre os meses de janeiro, março, maio, julho, setembro e
novembro, e os resultados estão dispostos na tabela a seguir:
TABELA 5.85 – VALORES DE IQA PARA O ANO DE 2017 NOS PONTOS DE MONITORAMENTO DA
REDE BÁSICA NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ
2017
Ponto
Jan Mar Mai Jul Set Nov
GERT02500 70 77 75 80 73 75
LARO02500 59 73 70 77 76 71
LARO02900 48 61 59 59 44 59
CRUM02050 73 70 78 78 75 69
CRUM02080 59 37 67 68 68 58
CRUM02100 64 42 66 69 70 58
CRUM02200 49 42 50 52 42 40
CRUM02300 61 43 51 55 62 42
CRUM02500 67 39 57 64 65 43
CRUM02850 53 39 53 54 47 40
Elaboração: Engecorps, 2019
A análise da Tabela 5.85 permite estabelecer que, em geral, os valores obtidos pelo IQA ao longo
de 2017 na Bacia do Rio Corumbataí estão com qualidade de regular a boa. Para os pontos
GERT02500, LARO02500 e CRUM02050, todos os resultados se enquadram nesta classe sendo
que, para GERT02500, os resultados da coleta feita no mês de julho de 2017 resultaram em uma
classificação ótima para o IQA. Esta posição de destaque no IQA para estes pontos é explicada
pela sua localização geográfica, uma vez que contemplam trechos de rios que sofrem pouca
influência da ação antrópica, estando estes pontos posicionados em regiões de cabeceira da
bacia.
Este fato serve também para justificar a função estratégica do monitoramento destes trechos: por
não refletirem os impactos das inteirações econômicas na qualidade da água, os resultados das
análises para as coletas feitas aí refletem uma condição de referência para cada um dos corpos
hídricos em questão. Os teores de fósforo e nitrogênio, a turbidez, metais, pH e de outros
parâmetros ali encontrados são muito próximos aos teores naturais, característicos destes corpos
hídricos e que são orinudos das condições geológicas e hidrogeológicas da bacia.
Seguindo à jusante na topologia da bacia, os pontos vão apresentando valores de IQA cada vez
menores, representando o acúmulo dos efeitos das atividades humanas ao longo da bacia. Essa
situação fica evidente ao se comparar os resultados do IQA dos pontos de cabeceira (referidos
anteriormente) com o ponto CRUM02850, localizado no ponto mais baixo da bacia, próximo
ao seu exutório. A Figura 5.60 traz um gráfico com esta comparação. À área de plotagem do
gráfico foi colorida de maneira a representar as classes de qualidade do IQA conforme
estabelecido na Tabela 5.85.
Figura 5.60 – Comparação dos Valores de IQA para o Ano de 2017 entre os Pontos de Cabeceira e Exutório
da Bacia do Rio Corumbataí
Elaboração: Engecorps, 2019
A comparação da média dos resultados do IQA para o ano de 2017 com as médias dos anos
anteriores mostra uma estabilidade desse indicador ao longo do tempo. A flutuação destes
resultados entre classes de IQA diferentes para os pontos ocorre de maneira muito discreta em
apenas dois casos na rede de coleta (CRUM02300 e CRUM02500). O gráfico da Figura 5.61 traz
a comparação da média anual do IQA, entre os anos de 2012 e 2017. A exceção é o ponto
CRUM02850, onde as coletas se iniciaram em 2017, não havendo registro da série histórica.
Figura 5.61 – Valores médios de IQA dos pontos da Bacia do Rio Corumbataí para os anos de 2012 a 2017
Por se tratar de um índice cujo valor resulta da ponderação de parâmetros específicos, seguindo
uma relação de importância entre eles, o IQA, invariavelmente, mascara eventuais variações dos
resultados isolados destes parâmetros. Por exemplo, o resultado do IQA para o ponto
CRUM02200 em julho de 2017 mostra um valor classificado como ‘Bom’ porém, ao serem
analisados os resultados de cada parâmetro de maneira isolada, nota-se que os valores de fósforo
total, DBO e E. coli excedem os limites impostos pela Classe 2, na qual se enquadra o Rio
Corumbataí (conforme tratado adiante no tópico 5.3.1, no que diz respeito ao enquadramento
dos corpos hídricos).
160
Turbidez
UNT
140
120
100
80
Turbidez
60
Limite
40
20
Figura 5.62 – Valores médios (2017) de turbidez para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio
Corumbataí.
30.000
Escherichia coli
UFC/100ml
25.000
20.000
15.000
E.coli
10.000 Limite
5.000
Figura 5.63 – Valores médios (2017) de E. coli para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio Corumbataí
0,6
Fósforo Total
mg/L
0,5
0,4
0,3
P Total
0,2 Limite
0,1
Figura 5.64 – Valores médios (2017) de fósforo total para os pontos de monitoramento da Bacia do Rio
Corumbataí
Dentre os parâmetros acima, as médias dos resultados de E. coli obtidos para o ano de 2017
foram as que mais vezes excederam o limite do enquadramento. Das 60 amostras coletadas nos
10 pontos ao longo do ano, 43 apresentaram resultados em desconformidade (71,6% do total).
Para fósforo total, 46,6% das amostras excederam o limite (28 de 60). Por fim, 18,36% (11
amostras) apresentaram resultados desconformes para turbidez. Conforme evidenciado nos
gráficos de E. coli e fósforo total, há um limite menos restritivo imposto para o ponto LARO02500.
Este ponto está localizado no trecho do Ribeirão Claro enquadrado na Classe 3 (a jusante da
captação de água de abastecimento para o Rio Claro até a confluência com o Córrego Santa
Gertrudes, no Município de Rio Claro). Para a turbidez, no entanto, o limite tolerado pela Classe
3 é igual ao da Classe 2 (100 UNT).
Vários estudos publicados tais como: Esquierro & Tauk-Tornisielo (2008), Belondi (2003) e Lima
(2000)11 corroboram essa constatação em relação a qualidade da água. Apontam que as
principais causas da poluição do Rio Corumbataí estão associadas ao lançamento de esgotos “in
natura”, às contribuições do parque industrial do município de Rio Claro, às cargas de agrotóxicos
provenientes da agricultura local, à supressão da mata galeria (que exerce um papel filtrante
entre o corpo d’água e as atividades agrícolas praticadas em suas margens e vertentes) e às
atividades mineradoras.
É importante dizer que o Rio Corumbataí também vem sofrendo bastante com a alta turbidez de
suas águas, principalmente com os eventos de precipitação elevada na cabeceira do rio. A
produção de sedimentos tem implicações diretas nos cursos d´água e que acabam implicando
na qualidade dos recursos hídricos, além da perda de produtividade em terras agrícolas. O
aumento no volume das águas tem arrastado junto muito sedimento como argila, terra e areia,
que ficam depositados nas margens do rio. Esse processo denominado “arrasto” tem aumentado
a quantidade de materiais em suspensão na água, levados para a área de captação de água bruta
da Estação de Tratamento de Água (ETA2), responsável pelo abastecimento de 60% do município
de Rio Claro.
Essa turbidez na água dificulta os processos químicos e físicos que envolvem o tratamento da
água, o que implica em consumo elevado de produtos químicos e atenção redobrada nos
processos de operação. Levantamentos feitos pelo DAAE (Rio Claro) apontam que nos meses de
outubro e novembro de 2018 ocorreu um aumento de cerca de 80% na adição de produtos
químicos necessários para o tratamento de água que é distribuída da população.
O consumo das águas da Bacia do Rio Corumbataí para fins domiciliares exige a conservação
dos padrões estabelecidos de qualidade, que atualmente vem apresentando alterações pelo
crescente lançamento de efluentes, modificando suas características físicas, químicas e
biológicas.
11
LIMA, J.L.N de. Hidroquímica pluvial e fluvial na Bacia do Rio Corumbataí (SP) e relações com o uso do PB-210 como geocronômetro 2000.
219 p. Tese Doutorado em Geociências e Meio Ambiente) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas – Universidade Estadual Paulista “Julio
de Mesquita Filho”, Rio Claro, 2000.
Figura 5.65 – Distribuição dos pontos de amostragem durante o percurso dos rios na Bacia do Rio Corumbataí
O Rio Corumbataí está enquadrado na Classe 2 de acordo com o Decreto Estadual nº 10.755/77,
sendo suas águas destinadas ao abastecimento urbano, às atividades agropecuárias e a recepção
de esgotos. No entanto, a falta de tratamento para o esgoto doméstico, principalmente na cidade
de Rio Claro, a exploração mineral de calcários e a intensa atividade agrícola no trecho entre Rio
Claro e Piracicaba prejudicam a manutenção a qualidade de água no sentido do atendimento
aos limites deste enquadramento. O Rio Passa Cinco também é impactado pelo lançamento de
efluentes domésticos da cidade de lpeúna e pelas atividades agrícolas próximas a ela.
Cabe ainda dizer que associada as fontes pontuais de poluição, como pontos de lançamento de
esgoto não tratado, indústrias poluentes, aterros não controlados, valas e lixões, as alterações da
qualidade da água da bacia do Rio Corumbataí sofrem forte contribuição das fontes difusas,
intimamente associadas à geologia, ao uso do solo e à morfologia da bacia de drenagem. A Figura
5.66 traz algumas destas fontes de poluição.
5.2.5.1.1 Turbidez
O Rio Corumbataí é um “corpo receptor” de esgotos domésticos e industriais nas áreas urbanas;
e ainda, recebe a contribuição de muitos riachos da bacia, que não estão sujeitos aos efluentes
urbanos, mas que sofrem com a influência da matriz de agricultura. Esses despejos de efluentes
leva a um aumento na concentração de metais e pesticidas na água ou no sedimento do rio,
além do impacto pelo deslocamento do gado pelas áreas de pastagem.
Essa carga orgânica lançada no Rio Corumbataí vem aumentando gradativamente, o que é
percebido pela alteração da turbidez, cor, matéria orgânica, presença de alguns metais e
sedimentos, e tem gerado aumento de consumo de produtos químicos, consequentemente no
custo para o tratamento da água.
Neste contexto, os serviços públicos de abastecimento estão cada vez mais se deparando com
situações críticas em relação à qualidade da água em decorrência da acelerada degradação
ambiental. Para exemplificar, são citados a seguir alguns eventos recentes de alteração da
turbidez da água que comprometeram o abastecimento de água de municípios como Rio Claro,
Piracicaba e Santa Gertrudes:
Figura 5.66 - Situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio Corumbataí
✓ Em 2005, o município de Santa Gertrudes sofreu com a falta de água com qualidade para o
abastecimento público na cidade, decorrente da atividade minerária na região. A turbidez na
água superficial se dá principalmente nos períodos chuvosos aonde os finos advindos da mina
e do pátio de secagem são carreados para as redes de drenagens. Neste evento de 2005, o
Grupo Técnico “SEAQUA da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo -
Estudos Hidrogeológicos-Santa Gertrudes” processo de n° 30.167/2005, determinou a
paralisação de sete empreendimentos minerários nesta região.
De acordo com os dados de monitoramento da qualidade da CETESB, que ocorre desde 2002,
os valores de turdizez do Rio Corumbataí vem gradualmente aumentando ao longo do tempo,
como mostra o gráfico da Figura 5.67.
Figura 5.67 – Evolução do nível de Turbidez em alguns dos pontos de monirotamento da CETESB da Bacia do
Rio Corumbataí
Esse histórico de aumento da turbidez ao longo dos anos nos rios e córregos pertencentes a bacia
do Rio Corumbataí é corroborado pelos dados da qualidade da água bruta das ETAs que realizam
análises das águas captadas em suas fontes de produção. A seguir são apresentados os resultados
das análises nas ETAs de Ipeúna, Piracicaba e Santa Gertrudes (Figura 5.68).
400,00
350,00
300,00
250,00
200,00
150,00
100,00
50,00
0,00
Figura 5.68 – Grau de Turbidez da água bruta das ETAs informado pelos municípios da Bacia do Rio
Corumbataí
A Figura 5.69 apresenta o gráfico no qual identifica-se apenas uma anormalidade no grau de
turbidez em março de 2018 na ETE Flores, quando se alcançou a marca de 120 UNT. Ademais,
a média da turbidez dos pontos do Rio Corumbataí foi 28 UNT. A análise das Figuras 5.68 e 5.69
revela certa relação entre os maiores níveis de turbidez e o período chuvoso, época que ocorrem
as chuvas mais intensas, enquanto que no período de estiagem (maio-setembro há uma
estabilidade das curvas.
140
120
100
80
60
40
20
0
15/jan 05/fev 05/mar 02/abr 07/mai 04/jun 03/jul 13/ago 03/set 01/out 05/nov 03/dez
Figura 5.69 – Grau de Turbidez da água bruta do Rio Corumbataí nformado pelo município de Rio Claro (BRK
Ambiental).
Como visto no item 4.2 Dinâmica de Uso e Ocupação do Solo – Últimos 20 anos, houve grandes
alterações no uso e ocupação do solo da bacia neste período. As pastagens e as formações
vegetais cederam espaço para a grande expansão da cana-de-açúcar, que hoje representam,
respectivamente, 285 km², 391 km² e 754 km² de área da bacia. As pastagens e a cultura
canavieira ocupam mais de 60% da área total da bacia, seguida pela vegetação nativa que ocupa
22%. Também merece atenção especial a Mineração, com um crescimento de 298% para o
período em análise, com grande impacto nos municípios de Santa Gertrudes e Rio Claro,
principalmente.
A Figura 5.70 mostra que a evolução do uso da terra na bacia nos últimos 20 anos, ocupou as
regiões das nascentes e próximas a estas para o plantio da cana-de-açúcar, desrespeitando a
preservação de Áreas de Preservação Permanente (APP). Ou seja, a mata ciliar necessária para a
proteção dos rios na região foi substituída pela cana-de-açúcar e pastagem, aumentando os riscos
relacionados ao aporte de sedimentos nos corpos hídricos.
É importante ressaltar que esses eventos críticos de alta turbidez estão sempre associados à altos
índices pluviométricos, registrados no período chuvoso/quente. Após fortes chuvas, as águas dos
mananciais de superfície ficam turvas, em decorrência do carreamento dos sedimentos das
margens pela enxurrada.
Figura 5.70 – Evolução do uso da terra para a cana-de-açúcar, pastagem, vegetação nativa e mineração
A síntese da caracterização hidroquímica das águas dos principais aquíferos das Bacias PCJ,
incluindo na área da Bacia do Rio Corumbataí, é apresentada na Tabela 5.86.
CETESB não faz monitoramento de vazão, tempo de operação, profundidade de nível estático
ou dinâmico.
Em 2017, a Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas Subterrâneas contava com 313
poços tubulares e nascentes no Estado de São Paulo, localizados na maioria das unidades de
gerenciamento de recursos hídricos paulistas (UGRHIs) e seus principais aquíferos.
Os padrões utilizados pela CETESB têm variado de ano a ano. Nos primeiros anos, utilizou-se da
Portaria n. 36 (Potabilidade) - Ministério da Saúde - MS (1990); a partir de 2001, com a
publicação da primeira listagem de Valores Orientadores da Qualidade de Solos e Águas
Subterrâneas, passou a utilizar-se também do Valor de Intervenção. Atualmente, as referências
são: Portaria de Consolidação n. 5/2017 (que basicamente utiliza o Padrão de Potabilidade da
Portaria MS 2914/2011); Valor Orientador de Intervenção (última listagem da CETESB de VRQs,
de 2016, anexa à Decisão da Diretoria CETESB n. 256/2016) e Valores Máximos Permitidos das
Resoluções Federais CONAMA ns. 396/2008 e 420/2009.
Uma segunda rede do Estado de São Paulo, denominada Rede de Monitoramento Integrado de
Quantidade e Qualidade das Águas Subterrâneas (DAEE/CETESB), foi iniciada em 2009, em
parceria da CETESB com o DAEE (órgão outorgante estadual de recursos hídricos e focado nas
questões quantitativas), com a instalação de poços dedicados ao monitoramento da qualidade e
da profundidade do nível da água na porção mais superficial de aquíferos livres, e vem sendo
implementada desde então. Tem, portanto, um perfil distinto da rede tradicional de qualidade
descrita anteriormente e restringe-se aos aquíferos Bauru (centro-oeste do Estado de SP) e
Guarani (porção central, notadamente). Os dados de qualidade têm sido publicados pela CETESB
nos mesmos relatórios de qualidade da rede não dedicada; já os dados de quantidade,
basicamente de profundidade de nível estático, ainda não estão disponíveis, pois estão em fase
de consistência.
TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS
(Continua)
Compostos Amostragem
Área de Amostragem Atividade Agroquí-
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos - Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos
voláteis quantidade
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - não dedicada, apenas qualidade (CETESB)
P6 - Morada do
GU0227P Analândia 5 Sim 17 22° 07' 46" 47° 39' 04" Guarani Semestral Não Não Não Não 48 a 200 78
Sol
Pça./Pedágio -
Rod.
PD0353P Rio Claro 5 Sim 18 22° 22' 23" 47° 28' 51" Passa Dois Semestral Não Não Não Não 30 a 101 35
W.Finardi km
59
Santa Maria
GU0276P 5 Arredores - 22° 33' 47" 48° 09' 01" P3 - Sabesp Guarani Semestral Não Não Não Não 18 a 240 ND
da Serra
Parque Bosque
GU0296P Descalvado 9 Arredores - 21°55'42" 47°37'20" do Tamanduá – Guarani Semestral Não Não Não Não 82 a 158 48
P.M.
Pça./Pedágio -
GU0057P Itirapina 13 Arredores - 22° 08' 16" 47° 48' 09" Rod. Wash.Luís Guarani Semestral Não Não Não Não ND 28
- km 216
P1-
GU0058P Itirapina 13 Arredores - 22°15’ 07” 47° 48’ 42” DAEE/Prefeitur Guarani Semestral Não Não Não Não 40 a 107 0
a
Parque Bosque
GU0240P Descalvado 9 Arredores - 21° 55' 42" 47° 37' 21" do Tamanduá – Guarani Semestral Não Não Não Não ND ND
P.M.
P2-
GU0292P Itirapina 13 Arredores - 22°15'10" 47°48'49" DAEE/Prefeitur Guarani Semestral Não Não Não Não 63 a 138 5
a
TU0071P Mombuca 5 Arredores - 22° 55' 43" 47° 34' 25" P1 - Sabesp Tubarão Semestral Não Não Não Não 102 a 203 30
P TRW - Varga
TU0153P Limeira 5 Arredores - 22° 33' 05" 47° 22' 19" Tubarão Semestral Não Não Não Não 176 a 488 106
S/A
P Bairro Tatu -
TU0177P Limeira 5 Arredores - 22° 39' 07" 47° 21' 15" Águas de Tubarão Semestral Não Não Não Não ND ND
Limeira
Sim -
Cia. Muller - Sim - 2013-
TU0267P Pirassununga 9 Arredores - 22° 00' 23" 47° 26' 41" Tubarão Semestral Não 2013- Não ND ND
Cachaça 51 15*
15**
TABELA 5.87 – RELAÇÃO DE PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS – BACIA DO RIO CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS
(Conclusão)
Compostos
Área de Amostragem Atividade Agroquí- Amostragem -
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos quantidade
voláteis
Compostos
Área de Amostragem Atividade Agroquí- Amostragem -
Código Município UGRHI Zona Latitude (S) Longitude (W) Descrição Aquífero orgânicos Prof.+ (m) NE (m)
estudos - qualidade estrogênica micos quantidade
voláteis
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - dedicada e integrada (quali-quantitativa) - CETESB/DAEE
Sítio Sim -
Sim - 2010-
GU5002Z Analândia 5 Sim 17 22° 07' 57” 47°41' 21" Sonho Guarani Semestral Não 2010- Diária, desde 2009 14 a 36 6
15***
Meu 12****
Sítio São
GU5038Z Piracicaba 5 Arredores - 22° 43’ 29” 47° 45’ 24” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 10 a 30 16,4
Jorge
Santa Maria Sítio Santa
GU5018Z 5 Arredores - 22° 32’ 20” 48° 10’ 56” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 14 a 36 9,5
da Serra Apolônia I
Granja
GU5006Z Descalvado 9 Arredores - 21° 54’ 25” 47° 35’ 17” Guarani Semestral Não Não Não Diária, desde 2017 12 a 46 9,2
Eldorado
Obs.: *não detectada (6/6)**; não detectado (5/5); ***detectada em 2012 (2/2); não detectada em 2013-15 (6/6); ****não detectado (2/2); +Prof. de captação.
Fonte: CETESB E CETESB/DAEE, 2018
Elaboração: Engecorps, 2019
TABELA 5.88 – PRINCIPAIS NÃO CONFORMIDADES ENCONTRADAS NOS PONTOS MONITORADOS EM ÁGUAS SUBTERRÂNEAS - BACIA DO RIO
CORUMBATAÍ E ARREDORES IMEDIATOS
Não Lista histórica de
Período Anos
Código Município confor- Município parâmetros não 2017 2013-15 2010-12 2007-9
considerado anteriores
midade? conformes
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - não dedicada, apenas qualidade (CETESB)
GU0227P Analândia 2010-17 Não Analândia - Não Não Não Não amostrado Não
Coliformes totais, Fe, Coliformes totais
PD0353P Rio Claro 2013-17 Sim Rio Claro Fe (1/6), F- (1/6) Não amostrado Não amostrado Não
F- (1/2), Fe (1/2)
Santa Maria da Santa Maria da
GU0276P 2010-17 Não - Não Não Não Não amostrado Não
Serra Serra
GU0296P Descalvado 2010-17 Não Descalvado - Não Não Não Não amostrado Não
Bactérias het., Pb, Fe, Bactérias het.
GU0057P Itirapina 2007-17 Sim Itirapina Al (1/2) Não Pb, Fe, Mn (todos 1/6) Sim
Mn, Al (1/6)
GU0058P Itirapina 2007-12 Sim Itirapina Al Não amostrado Não amostrado Al (1/6) Al (1/6) Sim
GU0240P Descalvado 2010-12 Não Descalvado - Não amostrado Não amostrado Não Não amostrado Não
GU0292P Itirapina 2010-17 Não Itirapina - Não Não Não Não amostrado Não
TU0071P Mombuca 2007-17 Não Mombuca - Não Não Não Não Sim
Al, B, Pb, Fe,
Al, B, Pb, Fe,
bactérias
TU0153P Limeira 2007-17 Sim Limeira bactérias Não Fe (2/6) Não Sim
heterotróficas (todas
heterotróficas
1/6)
Bactérias Bactérias Bactérias
TU0177P Limeira 2007-17 Sim Limeira Não Não Sim
heterotróficas het.(1/6) heterotróficas (1/6)
TU0267P Pirassununga 2010-17 Sim Pirassununga B, F- F- (1/2) B (6/6), F- (6/6) B (6/6), F- (6/6) Não amostrado Não
Rede de monitoramento das águas subterrâneas - dedicada e integrada (quali-quantitativa) - CETESB/DAEE
Qualidade:
2010-17;
GU5002Z Analândia Sim Analândia Fe, Mn Fe (2/2), Mn (2/2) Não Não Não amostrado Não
quantidade:
2009-17
GU5038Z Piracicaba 2017 Não Piracicaba - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Santa Maria da Santa Maria da
GU5018Z 2017 Não - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Serra Serra
GU5006Z Descalvado 2017 Não Descalvado - Não Não amostrado Não amostrado Não amostrado Não
Fonte: CETESB E CETESB/DAEE, 2018
Elaboração: Engecorps, 2019
Figura 5.71 – Principais não conformidades encontradas nos pontos monitorados em águas subterrâneas - redes de monitoramento qualitativo da CETESB e integrada quantitativo-qualitativa (CETESB/DAEE) – Bacia do Rio Corumbataí e arredores
imediatos; resultados históricos (CETESB, 2018a)
Elaboração: Engecorps, 2019
Vulnerabilidade de um aquífero expressa sua maior ou menor suscetibilidade de ser afetado por
uma carga poluidora.
Para o parâmetro “ocorrência do aquífero” foi atribuído valor único para todos os aquíferos, em
virtude de o mapa representar somente as porções não confinadas. A valoração do parâmetro
“tipo litológico” foi baseada na Figura 5.72 da publicação “Mapeamento da Vulnerabilidade e
Risco de Poluição das Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo – volume I” (IG et al., 1997),
considerando as características litológicas das diferentes unidades aquíferas definidas no projeto.
A profundidade do nível de água (NA) foi estimada com base em mapa potenciométrico gerado
por LEBAC & UNESP (2013). Em relação ao método original (Foster & Hirata, 1988), foi adaptada
nova classificação das profundidades, agrupadas em cinco categorias.
Figura 5.72 – Índice de vulnerabilidade natural dos aquíferos (LEBAC-UNESP, 2013, adaptado de IG et al.,
1997).
O recorte deste mapeamento para a Bacia do Rio Corumbataí é apresentado na Tabela 5.89 (por
município) e na Tabela 5.90 (por Zona). A representação espacial é mostrada na Figura 5.73.
TABELA 5.90 – VULNERABILIDADE DOS AQUÍFEROS NA BACIA DO RIO CORUMBATAÍ, POR ZONA
DA BACIA (ÁREA EM KM²)
Zonas Alto Médio Baixa Total Geral
Zona 17 36,4 18,3 414,7 469,62
Zona 18 5,6 4,6 186,1 196,32
Zona 19 50,4 28,2 457,8 536,84
Zona 20 0,5 12,4 211,2 224,13
Zona 21 7,6 25,7 256,5 289,77
Fonte de dados: LEBAC & UNESP (2013).
A análise dos resultados revela amplo predomínio de baixa vulnerabilidade em quase todo a
Bacia; a maioria dos locais com índice mais elevado (alto a médio) estão associados ao aquífero
Guarani (trecho oeste da Bacia; zonas 17 e 19; municípios de Analândia, Corumbataí e Itirapina)
e a aquíferos freáticos ao longo de toda bacia (Terrenos sedimentares Terciários a recentes).
A contaminação dos aquíferos ocorre em locais em que a carga contaminante de origens diversas
(atividades urbanas, agropecuárias, mineração, esgoto etc.) é inadequadamente controlada e,
em certos componentes, excede a capacidade de atenuação natural dos solos e das camadas de
cobertura (modificado de FOSTER et al., 2006).
Figura 5.73 – Vulnerabilidade dos aquíferos na Bacia do Rio Corumbataí (LEBAC & UNESP, 2013).
Um primeiro recorte situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio
Corumbataí é apresentado na Figura 5.74 e descrito a seguir (dados obtidos em campo pela
Engecorps e na literatura - CETESB, 2017, 2018b; PNLT, 2018; EPE, 2018):
✓ Manchas urbanas, com destaque para a sede de Rio Claro (maior delas), além das sedes de
municípios menores (Santa Gertrudes, Ipeúna, Analândia e Corumbataí); parcialmente, as
sedes de Charqueada e Itirapina. Piracicaba e Cordeirópolis apresentam manchas urbanas
notadamente fora da Bacia.
✓ Áreas contaminadas (ACs) inventariadas pela CETESB, sendo 38 situadas dentro da Bacia do
Rio Corumbataí:
A Figura 5.74 apresenta também o IPP - Índice de Potencial Poluidor por município,
fundamentado na classificação dos empreendimentos licenciados pela CETESB, com base no
potencial de fontes poluidoras sugerido pelo método POSH (Pollutant Origin, Surcharge
Hydraulically), aplicado para zonas urbanizadas, conforme descrito por Foster et al. (2002).
Figura 5.74 - Situação atual das fontes potenciais de contaminação na Bacia do Rio Corumbataí (dados obtidos em campo pela Engecorps e na literatura - CETESB, 2017, 2018b; PNLT, 2018; EPE, 2018)
O desafio da gestão de águas no Brasil está ligado tanto à gestão da demanda quanto ao aumento
e à garantia da oferta de água em regiões hidrográficas com disponibilidade baixa e à melhoria
da qualidade da água com redução da poluição doméstica e industrial12. Para isso o Brasil conta
com um arcabouço normativo e uma estrutura organizacional relativa aos recursos hídricos em
diferentes esferas.
Dentre os órgãos da esfera federal envolvidos na gestão dos recursos hídricos têm-se o governo
federal através do Ministério do Meio Ambiente, a Agência Nacional de Águas, o Conselho
Nacional dos Recursos Hídricos, o Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Agência Nacional
de Energia Elétrica.
Em segundo lugar, a Bacia do Rio Corumbataí, por se tratar de uma bacia que banha 9 municípios
do estado de São Paulo, possui normas desta unidade federativa que regulamentam em
específico seus recursos hídricos (Tabela 5.91). Dentre os órgãos normativos da esfera estadual
paulista têm-se: o governo estadual através da Secretaria do Meio Ambiente, da Secretaria de
Saneamento e Recursos Hídricos, do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e do
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
12
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.
13
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
(Continua)
Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Constituição do Estado de Da Ordem Econômica - Capítulo IV: "Do Meio Ambiente, dos Recursos Naturais e do
São Paulo - Título VI Saneamento" - Seção II "Dos Recursos Hídricos”.
Disciplina o uso do solo para a proteção dos mananciais, cursos e reservatórios de água e
Lei nº 898, de 18 de
demais recursos hídricos de interesse da Região Metropolitana da Grande São Paulo e dá
dezembro de 1975
providências correlatas (ver Lei nº 1.172/76 e 3.286/82).
Delimita as áreas de proteção relativas aos mananciais, cursos e reservatórios de água, a que
Lei nº 1.172, de 17 de
se refere o artigo 2º da Lei Estadual 898, de 18 de dezembro de 1975, estabelece normas de
novembro de 1976
restrição do uso do solo em tais áreas e dá outras providências.
Lei nº 6.134, de 02 de Dispõe sobre a preservação dos depósitos naturais de águas subterrâneas do Estado de São
junho de 1988 Paulo (regulamentada pelo Decreto nº 32.955/91).
Lei nº 7.663, de 30 de Estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem como ao
dezembro de 1991 Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Lei nº 7.750, de 31de
Dispõe sobre a política estadual de saneamento e dá outras providências.
março de 1992
Lei nº 8.275, de 29 de Cria a Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras, altera a dominação
março de 1993. da Secretaria e Saneamento e dá providências correlatas (alterada pelo Lei nº 9.952/98)
Lei nº 9.866, de 28 de Dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e recuperação das bacias hidrográficas dos
novembro de 1997 mananciais de interesse regional do Estado.
Lei nº 9.952, de 22 de abril Altera a Lei nº 8.275, de 29 de março de 1993, que criou a Secretaria de Recursos Hídricos,
de 1998. Saneamento e Obras.
Autoriza o Poder Executivo a participar das Agências de Bacias Hidrográficas dos corpos de
Lei nº 10.020, de 03 de
água superficiais e subterrâneos de domínio do Estado de São Paulo e dá outras providências
julho 1998
correlatas.
Lei nº 10.843, de 05 de Altera a Lei nº 7.663/91, de 30 de dezembro de 1991, definindo as entidades públicas e
junho de 2001 privadas que poderão receber recursos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO.
Altera a denominação da Secretaria de Estado de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras,
Lei nº 11.364, de 28 de
autoriza o Poder Executivo a extinguir a Secretaria de Estado de Energia e dá providências
março de 2003
correlatas.
Dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São
Lei nº 12.183, de 29 de
Paulo, os procedimentos para fixação dos seus limites, condicionantes e valores e dá outras
dezembro de 2005
providências.
Lei nº 12.300, de 16 de
Institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos e define princípios e diretrizes.
março de 2006
Decreto nº 10.755, de 22 Dispõe sobre o enquadramento dos corpos de água receptores na classificação prevista no
de novembro de 1977 Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, e dá providências correlatas.
Decreto nº 8.468, de 08 de Aprova o regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio de 1976, que dispõe sobre a Prevenção
setembro de 1976 e o Controle da poluição do meio ambiente.
Decreto nº 27.576, de 11 Cria o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gestão de Recursos
de novembro de 1987 Hídricos e dá outras providências (modificado pelo Decreto nº 36.787/93).
Decreto nº 28.489, de 09 Considera como Modelo Básico para fins de Gestão de Recursos Hídricos a Bacia do Rio
de junho de 1988 Piracicaba, e dá outras providências.
Decreto nº 32.954, de 07 Dispõe sobre a aprovação do Primeiro Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH e dá
de fevereiro de 1991 outras providências.
Decreto n° 32.955, de 07 Regulamenta a Lei nº 6.134, de 02 de junho de 1988 (sobre a preservação dos depósitos
de fevereiro de 1991 naturais de águas subterrâneas do Estado de São Paulo).
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
(Continuação)
Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Adapta o Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CRH e o Comitê Coordenador do Plano
Estadual de Recursos Hídricos - CORHI, criados pelo Decreto nº 27.576, de 11 de
Decreto nº 36.787, de 18
novembro de 1987, às disposições da Lei nº 7.663 de 30 de dezembro de 1991 (redação
de maio de 1993
alterada pelo Decreto nº 38.455/94 e Decreto nº Decreto nº 39.742/94 e Decreto nº
43.265/98).
Decreto nº 37.300, de 25 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663,
de agosto de 1993 de 30 de dezembro de 1991 (redação alterada pelo Decreto nº 43.204/98).
Decreto nº 38.455, de 21 Dá nova redação ao artigo 2º do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de 1993, que dispõe
de março de 1994 sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos e dá providências correlatas.
Decreto nº 39.742, de 23 Dá nova redação a dispositivos que especifica do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de
de dezembro de 1994 1993.
Decreto nº 41.258, de 31
Aprova o regulamento dos Artigos 9º a 13 da Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991.
de outubro de 1996
Decreto nº 41.679, de 31 Dispõe sobre a composição e funcionamento do Conselho Estadual de Saneamento -
de março de 1997 CONESAN - e dá providências correlatas.
Regulamenta dispositivos relativos ao Plano Emergencial de Recuperação dos Mananciais da
Decreto nº 43.022, de 07 Região Metropolitana da Grande São Paulo, de que trata a Lei nº 9.866, de 28 de novembro
de abril de 1998 de 1997, que dispõe sobre diretrizes e normas para a proteção e a recuperação dos
mananciais de interesse regional do Estado de São Paulo e dá outras providências correlatas.
Decreto nº 43.265, de 30 Dá nova redação a dispositivos que especifica do Decreto nº 36.787, de 18 de maio de
de junho de 1998 1993, que dispõe sobre o Conselho Estadual de Recursos Hídricos – CRH.
Altera dispositivos do Decreto nº 37.300, de 25 de agosto de 1993 que regulamenta o
Decreto nº 43.204, de 23
Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663, de 30 de
de julho de 1998
dezembro de 1991.
Decreto nº 48.896, de 26 Regulamenta o Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO, de 30 de dezembro de
de agosto de 2004 1991, alterada pela Lei nº 10.843, de 5 de julho de 2001.
Regulamenta dispositivos da Lei nº 12.183/05, de 29 de dezembro de 2005, que trata da
Decreto nº 50.667, de 30
cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do estado de São Paulo, e dá
de março de 2006
outras providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 51.449, de 29
do estado de São Paulo nas Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí -
de dezembro de 2006
PCJ.
Apresenta o conteúdo mínimo referente ao Relatório I – Informações
Deliberação CRH nº 146
Básicas e ao Relatório II – Plano de Bacia, o cronograma de entrega destes Relatórios ou do
de 11 de dezembro de
Plano de Bacia da UGRHI, e os critérios principais de avaliação destes três documentos para
2012
fins de rateio anual dos recursos do FEHIDRO.
Decreto nº 61.117, de 06 Acrescenta dispositivos ao Regulamento da outorga de direitos de uso dos recursos hídricos,
de fevereiro de 2015 aprovado pelo Decreto n° 41.258, de 31 de outubro de 1996, e dá providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 61.430, de 17
do Estado de São Paulo na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Piracicaba,
de agosto de 2015
Capivari e Jundiaí.
Resolução SMA nº 41, de Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e
17 de outubro de 2002 da construção civil no estado de São Paulo.
Estabelece procedimentos para o DAIA receber contribuições/sugestões técnicas dos Comitês
Resolução SMA nº 54, de
de Bacia para análise de Estudos de impacto Ambiental – EIA e respectivos Relatórios de
30 de julho de 2008
Impacto Ambiental – RIMA.
Resolução Conjunta SMA-
Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos
SERHS 001 de 23 de
Hídricos.
fevereiro de 2005
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
(Continuação)
Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Resolução Conjunta SMA- Dispõe sobre procedimentos integrados para controle e vigilância de soluções alternativas
SERHS-SES nº 3, de 21 de coletivas de abastecimento de água para consumo humano proveniente de mananciais
junho de 2006 subterrâneos.
Dispõe sobre procedimentos integrados para expedição de retificações ou ratificações dos
Resolução Conjunta atos administrativos, relativos aos usos dos recursos hídricos do Departamento de Águas e
SERHS-SMA nº 1, de 22 de Energia Elétrica - DAEE e do licenciamento da COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE
dezembro de 2006 SÃO PAULO, ou de novos atos dessas entidades, para atendimento ao artigo 7º do Decreto
Estadual nº 50.667/06, de 30 de março de 2006 e dá outras providências.
Resolução Estadual Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da
Secretaria da Saúde 65, de Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá outras
12 de abril de 2005 providências.
Deliberação CRH nº 191, Dispõe sobre a aplicação dos recursos financeiros do FEHIDRO referente ao ano de 2017, e
de 14 de dezembro de os percentuais para distribuição entre os colegiados do Sistema Integrado de Gerenciamento
2016 de Recursos Hídricos.
Deliberação CRH nº 190,
Aprova a revisão do Programas de Duração Continuada - PDCs para fins da aplicação dos
de 14 de dezembro de
instrumentos previstos na política estadual de recursos hídricos.
2016
Deliberação CRH nº 189,
Aprova o relatório sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo - Ano Base
de 14 de dezembro de
2015.
2016
Portaria DAEE nº 717, de Aprova a Norma e os Anexos que disciplinam o uso dos recursos hídricos (Portaria sobre
12 de dezembro de 1996 outorga de uso da água).
Portaria DAEE nº 2.175, de
Trata da cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo.
30 de novembro de 2006
Portaria DAEE nº 01, de 03 Aprova a Norma e os Anexos de I a IV que disciplinam a fiscalização, as infrações e as
de janeiro de 1998 penalidades.
Ficam suspensas as análises de requerimentos e as emissões de outorgas de Autorização de
Portaria DAEE nº 1029, de
Implantação de Empreendimento e de Direito de Uso, para novas captações de água de
21 de maio de 2014, reti-
domínio do Estado, localizadas nas áreas das bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba,
ratificada em 06/06/14
Capivari e Jundiaí (UGRHI 5) e do Alto Tietê (UGRHI 6), ...".
Estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados com relação à declaração, de
Portaria DAEE nº 2407, de
Usuário ao DAEE, dos volumes captados e medidos, de água superficial, de acordo com o
31 de julho de 2015
disposto no § 6º do art. 6º da Portaria DAEE 761, de 09-03-2015.
Art. 1º - Esta portaria estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados pelos
Portaria DAEE Nº 761/2015
usuários de recursos hídricos superficiais,
Decreto nº 61.117, de 06 Acrescenta dispositivos ao Regulamento da outorga de direitos de uso dos recursos hídricos,
de fevereiro de 2015 aprovado pelo Decreto n° 41.258, de 31 de outubro de 1996, e dá providências correlatas.
Aprova e fixa os valores a serem cobrados pela utilização dos recursos hídricos de domínio
Decreto nº 61.430, de 17
do Estado de São Paulo na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos Piracicaba,
de agosto de 2015
Capivari e Jundiaí.
Resolução SMA nº 41, de Dispõe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental de aterros de resíduos inertes e
17 de outubro de 2002 da construção civil no estado de São Paulo.
Estabelece procedimentos para o DAIA receber contribuições/sugestões técnicas dos Comitês
Resolução SMA nº 54, de
de Bacia para análise de Estudos de impacto Ambiental – EIA e respectivos Relatórios de
30 de julho de 2008
Impacto Ambiental – RIMA.
Resolução Conjunta SMA-
Regula o Procedimento para o Licenciamento Ambiental Integrado às Outorgas de Recursos
SERHS 001 de 23 de
Hídricos.
fevereiro de 2005
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
(Continuação)
Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Resolução Conjunta SMA- Dispõe sobre procedimentos integrados para controle e vigilância de soluções alternativas
SERHS-SES nº 3, de 21 de coletivas de abastecimento de água para consumo humano proveniente de mananciais
junho de 2006 subterrâneos.
Dispõe sobre procedimentos integrados para expedição de retificações ou ratificações dos
Resolução Conjunta atos administrativos, relativos aos usos dos recursos hídricos do Departamento de Águas e
SERHS-SMA nº 1, de 22 de Energia Elétrica - DAEE e do licenciamento da COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE
dezembro de 2006 SÃO PAULO, ou de novos atos dessas entidades, para atendimento ao artigo 7º do Decreto
Estadual nº 50.667/06, de 30 de março de 2006 e dá outras providências.
Resolução Estadual Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao Controle e Vigilância da
Secretaria da Saúde 65, de Qualidade da Água para Consumo Humano no Estado de São Paulo e dá outras
12 de abril de 2005 providências.
Deliberação CRH nº 191, Dispõe sobre a aplicação dos recursos financeiros do FEHIDRO referente ao ano de 2017, e
de 14 de dezembro de os percentuais para distribuição entre os colegiados do Sistema Integrado de Gerenciamento
2016 de Recursos Hídricos.
Deliberação CRH nº 190,
Aprova a revisão do Programas de Duração Continuada - PDCs para fins da aplicação dos
de 14 de dezembro de
instrumentos previstos na política estadual de recursos hídricos.
2016
Deliberação CRH nº 189,
Aprova o relatório sobre a Situação dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo - Ano Base
de 14 de dezembro de
2015.
2016
Portaria DAEE nº 717, de Aprova a Norma e os Anexos que disciplinam o uso dos recursos hídricos (Portaria sobre
12 de dezembro de 1996 outorga de uso da água).
Portaria DAEE nº 2.175, de
Trata da cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo.
30 de novembro de 2006
Portaria DAEE nº 01, de 03 Aprova a Norma e os Anexos de I a IV que disciplinam a fiscalização, as infrações e as
de janeiro de 1998 penalidades.
Ficam suspensas as análises de requerimentos e as emissões de outorgas de Autorização de
Portaria DAEE nº 1029, de
Implantação de Empreendimento e de Direito de Uso, para novas captações de água de
21 de maio de 2014, reti-
domínio do Estado, localizadas nas áreas das bacias hidrográficas dos Rios Piracicaba,
ratificada em 06/06/14
Capivari e Jundiaí (UGRHI 5) e do Alto Tietê (UGRHI 6), ...".
Estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados com relação à declaração, de
Portaria DAEE nº 2407, de
Usuário ao DAEE, dos volumes captados e medidos, de água superficial, de acordo com o
31 de julho de 2015
disposto no § 6º do art. 6º da Portaria DAEE 761, de 09-03-2015.
Art. 1º - Esta portaria estabelece as condições e os procedimentos a serem adotados pelos
Portaria DAEE Nº 761/2015 usuários de recursos hídricos superficiais, localizados na área de abrangência da Resolução
Conjunta ANA/DAEE nº 50, de 21 de janeiro de 2015.
Portaria DAEE nº 2617, de
Declara em situação de criticidade hídrica a região da bacia hidrográfica do Alto Tietê.
18 de agosto de 2015
Lei 16.337 de 16 de
Dispõe sobre o Plano Estadual de Recursos Hídricos - PERH e dá providências correlatas
dezembro de 2016
Deliberação COFEHIDRO
Dispõe sobre indicações ao FEHIDRO no período de 2017 a 2019 utilizando as estimativas
n 171, de 05 de dezembro
de receita do PPA e dá outras providências.
de 2016
Deliberação COFEHIDRO
n 179, de 09 de março de Altera a deliberação COFEHIDRO n°171
2017.
Dispõe sobre procedimentos de natureza técnica e administrativa para obtenção de
Portaria DAEE nº 1630, de
manifestação e outorga de direito de uso e de interferência em recursos hídricos de domínio
30 de maio de 2017
do Estado de São Paulo.
TABELA 5.91 – LEGISLAÇÃO ESTADUAL PAULISTA REFERENTE À GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
(Conclusão)
Instrumento Normativo
Ementa
Estadual Paulista
Portaria DAEE nº 1631, de As regras e as condições para o enquadramento de usos de recursos hídricos superficiais e
30 de maio de 2017 subterrâneos e reservatórios de acumulação que independem de outorga.
As regras e os critérios que disciplinam a isenção de outorga para interferências em recursos
Portaria DAEE nº 1632, de
hídricos decorrentes de obras e serviços relacionados às travessias aéreas ou subterrâneas em
30 de maio de 2017
corpos d’água de domínio do Estado de São Paulo.
Dispõe sobre procedimentos para isenção de outorga e de declaração de dispensa de
Portaria DAEE nº 1633, de outorga para interferências em recursos hídricos em corpos d’água de domínio do Estado,
30 de maio de 2017 em situações de emergência, assim caracterizados pela Defesa Civil, nos termos do Decreto
Federal nº 7.257, de 4 de agosto de 2010.
Portaria DAEE nº 1634, de Os procedimentos e o Anexo que disciplinam a utilização de recursos hídricos, provenientes
30 de maio de 2017 de rebaixamento de lençol freático em edificações e obras de construção civil.
A Norma que disciplina a utilização de recursos hídricos subterrâneos, provenientes de
processos de remediação em áreas contaminadas.
Portaria DAEE nº 1635, de
30 de maio de 2017 Dispõe sobre condições administrativas para protocolo e tramitação de requerimentos de
cadastros e de outorgas de recursos hídricos superficiais ou subterrâneos, de domínio do
Estado de São Paulo.
Decreto nº 62.676/2017, Altera o Decreto nº 48.896, de 26 de agosto de 2004, que regulamentou o Fundo Estadual
de 07 de julho de 2017 de Recursos Hídricos - FEHIDRO, criado pela Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de 1991.
Decreto nº 62.914/2017, Reorganiza o Programa de Incentivos à Recuperação de Matas Ciliares e à Recomposição de
de 09 de novembro de Vegetação nas Bacias Formadoras de Mananciais de Água-Programa Nascentes e dá
2017 providências correlatas.
Deliberação CRH “Ad
Estabelece novo prazo para aprovação e entrega do documento de plano de bacia pelos
Referendum” n°211, de 18
comitês das Bacias de São Paulo.
de dezembro de 2017
Decreto nº 63.107/2017, Reorganiza o “Programa Água Limpa”, instituído pelo Decreto nº 52.697, de sete de
de 27 de dezembro de fevereiro de 2008, visando à execução de projetos e obras destinados ao afastamento e
2017 tratamento de esgoto sanitário, bem como à recuperação da qualidade dos recursos hídricos.
Decreto nº 63.110/2017,
Dispõe sobre a Adesão do Estado de São Paulo ao Programa Nacional de Fortalecimento dos
de 27 de dezembro de
Comitês de Bacias Hidrográficas - PROCOMITÊS, e dá providências correlatas.
2017
Aprova o novo Regulamento dos artigos 9º a 13 da Lei nº 7.663, de 30 de dezembro de
Decreto nº 63.262/2018,
1991, que estabelece normas de orientação à Política Estadual de Recursos Hídricos bem
de 09 de março de 2018
como ao Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Dá nova redação a dispositivos do Decreto nº 52.895, de 11 de abril de 2008, que autoriza
Decreto nº 63.754/2018, a então Secretaria de Saneamento e Energia a representar o Estado de São Paulo na
de 17 de outubro de 2018 celebração de convênios com Municípios paulistas, visando à elaboração de planos de
saneamento básico e sua consolidação no Plano Estadual de Saneamento Básico.
Condições e procedimentos para a instalação e a operação de equipamentos medidores de
Portaria DAEE nº 5578, de
vazões e volumes de água captados ou derivados, relacionados com outorgas de direito de
05 de outubro de 2018
uso de recursos hídricos ou sua dispensa.
Dispõe sobre procedimentos relativos à declaração periódica de medições de volumes
Portaria DAEE nº 5579, de
relacionados a usos e interferências de recursos hídricos superficiais e subterrâneos de
05 de outubro de 2018
domínio do Estado de São Paulo.
Elaboração: Engecorps, 2019
Por fim, em terceiro lugar, no âmbito municipal, cabe a possibilidade de se criar uma legislação
para complementar a legislação federal e estadual, desde que não entre em conflito com estas.
Os municípios não têm atribuição para legislar diretamente sobre a gestão dos recursos hídricos,
porém, definem decisões sobre o uso e ocupação do solo urbano, sobre o saneamento ou sobre
o meio ambiente, por exemplo, que geram impactos sobre o uso e a qualidade das águas
superficiais e subterrâneas.
Alguns dos instrumentos legais municipais que interferem diretamente na gestão dos recursos
hídricos são: o Plano Diretor, o Plano Municipal de Saneamento Básico, a Política Municipal de
Educação Ambiental e a Política Municipal de Recursos Hídricos. O primeiro consiste no
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus
habitantes14. O segundo consiste no instrumento de planejamento para a prestação dos serviços
públicos de Saneamento Básico15.
Além das instituições estatais, a partir da Lei nº 7.663, de 30/12/91, definiu-se que “nas bacias
hidrográficas, onde os problemas relacionados aos recursos hídricos assim o justificarem, por
decisão do respectivo Comitê de Bacia Hidrográfica e aprovação do Conselho de Recursos
Hídricos do Conselho de Recursos Hídricos, poderá ser criada uma entidade jurídica, com
14
BRASIL. Artigo 182 da Constituição Federal de 1988. Disponível em:
<https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_14.12.2017/art_182_.asp>. Acessado em 20 de abril de 2019.
15
BRASIL. Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11445.htm>. Acessado em 20 de abril de 2019.
Dentre os documentos que compõem o arcabouço legal do Estado de São Paulo que trata sobre
a gestão dos recursos hídricos, é preciso dar destaque ao Decreto 10.755 de 1977, que
estabelece o enquadramento de todos os copos hídricos de domínio estadual. À época da
assinatura deste decreto, as discussões sobre a gestão das águas eram incipientes no Brasil e
mesmo no âmbito da comunidade internacional pouco havia sido tratado. Por exemplo, neste
mesmo ano, pela primeira vez a ONU organizou um evento com Chefes de Estado para tratar
sobre o tema da gestão das águas, a Conferência das Nações Unidas Sobre Água, em de Mar del
Plata.
16
AGÊNCIAS DE BACIA PCJ. Relatório Institucional 2018 da Agência das Bacias PCJ. Fevereiro de 2019. Disponível em:
<http://www.agencia.baciaspcj.org.br/docs/relatorios/relat-inst-agencia-2018.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
Através de uma parceria entre o Estado de São Paulo e o Governo Federal (Ministério de Minas
e Energia), em 1976 foram dados os primeiros passos no sentido do estabelecimento de um
arranjo institucional alternativo para fazer frente a problemas de conflito de uso dos recursos
hídricos. Esta iniciativa se deu em função dos problemas de qualidade de água na bacia
hidrográfica do Alto Tietê e, apesar das ações definidas não alcançarem os resultados esperados,
os arranjos institucionais e os intercâmbios técnicos criados no âmbito da cooperação trouxeram
a gestão da água para a agenda dos estados e da união, catalisando assim a criação da política
de recursos hídricos, anos mais tarde.
Mesmo com que a promulgação da Política Estadual de Recursos Hídricos tenha ocorrido em
1991, o protagonismo paulista nos debates técnicos da década de 70 proporcionou que o
enquadramento dos corpos hídricos estaduais fosse estabelecido com 14 anos de antecedência
da lei das águas paulista.
No âmbito das bacias PCJ, o Plano de Bacias PCJ 2010 – 202017 trouxe uma proposta de alteração
e, em 2017, foi aprovada no Conselho Estadual de Recursos Hídricos o Reenquadramento do
Rio Jundiaí, passando de classe 4 para classe 3. Com relação à Bacia do Rio Corumbataí, o
enquadramento permanece conforme estabelecido pelo Decreto 10.755/77, que estabelece no
seu anexo que o Ribeirão Claro, a jusante da captação de água de abastecimento para o Rio
Claro até a confluência com o Córrego Santa Gertrudes, é enquadrado na classe 3. O Córrego
da Servidão até a confluência com o Rio Corumbataí, no Município de Rio Claro ficou
enquadrado na classe 4. Os demais corpos hídricos da Bacia do Rio Corumbataí estão
enquadrados na classe 2. Esta distribuição das classes de enquadramento pelos corpos hídricos
da Bacia do Rio Corumbataí está representada na Figura 5.75.
Em função das alterações que ocorreram nas atividades econômicas e na dinâmica da ocupação
humana na bacia, ao longo dos mais de 40 anos desde a entrada em vigor do Decreto 10.755/77,
a revisão do enquadramento é um assunto presente nas discussões técnicas do comitê. A
metodologia utilizada em COBRAPE (2011) para a proposição do reenquadramento dos rios das
bacias PCJ envolveu a análise comparada das bacias com relação os usos preponderantes, usos
restritivos e o enquadramento proposto em 1977. Nas suas conclusões não foi proposta nenhuma
alteração nas classes de enquadramento para os rios da Bacia do Rio Corumbataí. Neste sentido,
é recomendado que sejam desenvolvidos estudos específicos para pautar eventuais propostas de
revisão do enquadramento dos rios da Bacia do Rio Corumbataí.
17
COBRAPE. Plano das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí 2010 – 2020, Com Proposta de Atualização do
Enquadramento dos Corpos d’Água e de Programa para Efetivação do Enquadramento dos Corpos d’Água até o Ano de 2035. São Paulo,
2010. Agência de Água PCJ.
A outorga de direito de uso dos recursos hídricos é um dos instrumentos de gestão dos recursos
hídricos estabelecidos na Lei que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídrico (Lei Federal nº 9.433/1997). Consiste
no ato administrativo que autoriza, ao seu requerente, o uso de recursos hídricos nos termos e
nas condições expressos no ato de outorga. Daí consistirem em uma forma de assegurar o
controle quantitativo e qualitativo dos usos da água18.
No caso da Bacia do Rio Corumbataí, o Poder Público responsável pela emissão das outorgas
desses recursos hídricos é o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), pois esses corpos
hídricos (tanto mananciais subterrâneos quanto superficiais) são considerados de dominialidade
estadual.
São definidos na Lei Federal nº 9.433/1997 como atos sujeitos a outorga: a derivação ou
captação de parcela da água existente em um corpo d'água para consumo final, inclusive
abastecimento público, ou insumo de processo produtivo; a extração de água de aquífero
subterrâneo para consumo final ou insumo de processo produtivo; o lançamento em corpo de
água de esgotos e demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua
diluição, transporte ou disposição final; o uso de recursos hídricos com fins de aproveitamento
dos potenciais hidrelétricos; e os outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade
da água existente em um corpo de água. São isentados da outorga o uso de recursos hídricos por
pequenos núcleos populacionais rurais e as derivações, captações, lançamentos e acumulações
de volumes de água considerados insignificantes19.
Existem casos ainda de usos dispensados de outorga, porém obrigados a cadastro no DAEE, são
estes: os usos e acumulações considerados insignificantes, conforme a Portaria DAEE nº 1.631,
de 30/05/201720, as obras hidráulicas, do tipo travessia aéreas ou subterrâneas, em corpos
d’água, conforme a Portaria DAEE nº 1.632, de 30/05/201721, e os serviços de desassoreamento
de cursos d’água ou proteção de álveo; e as canalizações de curso d’água com seção transversal
de contorno fechado, construídas até a data da vigência da Portaria DAEE nº 1.630, de
30/05/201722.
A Bacia do Rio Corumbataí apresenta um total de 1358 registros com uma vazão total de
25.888 m³/h, sendo sobretudo na situação de portaria (710 outorgas com vazão de
23.076 m³/h). Os casos dispensados de outorga, mas cadastrados são 298, com vazão de
629 m³/h. Importante observar que existem ainda 24 registros que não especificam qual a sua
situação administrativa e têm uma vazão de 1.019 m³/h. Os outros dados apresentam situações
18
BRAGA, Benedito P. F. et al. Pacto federativo e gestão de águas. Estudos Avançados, v. 22, n. 63, p. 17-42, 2008.
19
Agência PCJ. Outorga e Cobrança. Disponível em: <http://www.agencia.baciaspcj.org.br/novo/instrumentos-de-gestao/outorga-e-cadastro>.
Acessado em 20 de abril de 2019.
20
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.631, de 30 de maio de 2017 Reti-ratificada em 21/03/2018.
Disponível em: <http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portaria1631.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
21
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.632, de 30 de maio de 2017. Disponível em:
<http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portariadaee1632.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
22
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE). PORTARIA DAEE nº 1.630, de 30 de maio de 2017 Reti-ratificada em 21/03/2018.
Disponível em: < http://www.daee.sp.gov.br/images/documentos/outorgaefiscalizacao/portaria1630.pdf>. Acessado em 20 de abril de 2019.
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-312-
administrativas variadas que representam menos de 1.164 m³/h, isto é, 6% da vazão da bacia. A
Figura 5.76 apresenta as diferentes situações administrativas que os dados do DAEE se
encontram, estando alguns em processo de licenciamento, encerramento ou vigência da outorga.
Figura 5.76 - Situação administrativa dos registros do DAEE referentes à Bacia do Rio Corumbataí.
As outorgas referem-se à diversos tipos de uso, entre elas algumas que não possuem dado de
vazão. O barramento, a canalização, o desassoreamento, a proteção de leito, a reservação e
travessia são usos que somam 455 dados, todavia não possuem vazão. Por outro lado, as
captações subterrâneas são 560 registros (4641 m³/h), captações em nascentes são 31 registros
(99 m³/h), as captações superficiais são 182 registros (14.668 m³/h) e os lançamentos superficiais
são 130 (6480 m³/h).
Os principais registros do DAEE da Bacia do Rio Corumbataí são de usuários rurais (291),
industriais (266), públicos (264) ou mineradores (112). Existem outras 15 classes de usuários. Em
síntese, a Bacia do Rio Corumbataí é de grande importância para o abastecimento público, para
fins domiciliares e industriais23, e também apresenta um crescimento nos usos agropecuários e
minerários. Vale ressaltar que, os recursos mensurados pela vazão são distribuídos de maneira
distinta da quantidade absoluta de registro. As principais vazões são dos usuários industriais
(5279m³/h), públicos (10.758 m³/h), mineradores (2866 m³/h) e concessionárias (2853 m³/h). As
outras 15 classes de usuários somam 4132 m³/h, isto é, menos de 25% da vazão da bacia toda.
Na Zona 17, por exemplo, os recursos são predominantemente dirigidos aos usuários
mineradores, sendo 36 registros responsáveis pelo uso de 906 m³/h. Na Zona 18, a que menos
apresenta registros, seus recursos são dirigidos predominantemente aos usuários públicos e
23
ARMAS, Eduardo Dutra de et al. Diagnóstico espaço-temporal da ocorrência de herbicidas nas águas superficiais e sedimentos do Rio
Corumbataí e principais afluentes. Quím. Nova, São Paulo, v. 30, n. 5, p. 1119-1127, Oct. 2007 .
Estudo do Uso dos Recursos Hídricos na bacia hidrográfica do Rio Corumbataí
ENGECORPS
Relatório Final
1395-FAP-01-RH-RT-0005
Volume I – Tomo II
-313-
concessionária, respectivamente 781 m³/h e 766 m³/h. Na Zona 19, apesar de não ser a com
menor número de registros, sua vazão é a menor, e ela é dirigida sobretudo aos usuários rurais.
As Zonas 20 e 21 apresentam a maior vazão, respectivamente 5.219 e 12.424 m³/h, sendo
predominantes os usuários industriais na primeira, e público na segunda. Na Zona 20, o uso para
concessionária também é bastante relevante, sendo 30 registros que alcançam 1477 m³/h. E, na
Zona 21, são relevantes os 28 registros que representam uma vazão de 1082 m³/h.
Essa discussão demonstra que, mais do que a quantidade de registros, é importante investigar a
situação administrativa e a vazão. A Tabela 5.93 e a Figura 5.77 apresentam os usuários que
apresentam maior quantidade de registro e de vazão. Em resumo, os registros estão distribuídos
por toda a bacia, principalmente os que se referem aos usuários públicos e rurais; enquanto que
as principais vazões estão concentradas na área urbanizada de Rio Claro e no baixo Corumbataí,
próximo a Piracicaba.
Figura 5.77 - Disposição espacial e valor da vazão dos usuários concessionária, industrial, minerador, público e rural na Bacia do Rio Corumbataí
✓ Procedimentos de Outorga:
Portarias DAEE nºs 1.630, 1.631, 1.632, 1.633, 1.634, 1.635 e 1.636, de 30 de maio de
2017;
✓ Declaração periódica de medições de volumes:
Portarias DAEE nºs 5.578 e 5.579, de 05 de outubro de 2018 / Portaria DAEE nº 6.987,
de 18 de dezembro de 2018;
✓ Regulamentos:
24
DAEE – DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ENERGIA ELÉTRICA. Procedimentos de outorga. Obtido (atualizado em abril de 2019
www.daee.sp.gov.br
A partir de 30/05/2017, o DAEE publicou a Portaria DAEE nº 1.630, que simplificou seus
procedimentos, com a institucionalização da outorga eletrônica.
Para a regularização das intervenções nos recursos hídricos, quando se tratar de outorga dos
recursos hídricos subterrâneos, declaração sobre viabilidade de implantação de
empreendimento-D.V.I. e dispensa/cadastramento de captação de água subterrânea, através das
Portarias DAEE nº 1.630, 1.631, Instruções Técnicas DPO nº 08 e n° 10, de 30/05/2017, é
necessário considerar os procedimentos como segue abaixo para cada cenário de regularização:
✓ Para transferência de titularidade sem que haja mudança nas condições de uso:
A cobrança pelo uso dos recursos hídricos no Estado de São Paulo é um dos instrumentos
estabelecidos pela Política Estadual de Recursos Hídricos (Lei Estadual 7.663/91), em conjunto
com o planejamento estratégico da bacia, o sistema de informações, o rateio do custo das obras
de uso múltiplo e as infrações e penalidades.
Esta definição foi elaborada forma aberta, sem que houvesse uma definição objetiva das regras
e mecanismos a serem utilizados para a sua efetivação deixando assim, margem para que a
regulação do instrumento fosse estabelecida posteriormente em legislação específica.
Esta regulação ocorreu 14 anos após a promulgação da lei das águas paulista, com a Lei Estadual
12.183/2005. Esta lei define como objetivos da aplicação do instrumento:
Segundo a lei, o produto da cobrança está vinculado à bacia que o gerou e pode ser repassado
a usuários e outros entes do sistema via financiamento, empréstimo ou a fundo perdido,
podendo o comitê optar por aplicar em outra bacia, desde que isso traga benefícios ao seu
território (não foi mencionado na alínea a necessidade de chancela do conselho estadual). Parte
As variáveis que poderão ser levadas em conta na definição do valor da cobrança são:
✓ Para captação
✓ Disponibilidade (X3);
✓ Finalidades (X7);
✓ Sazonalidade (X8);
✓ Lançamento
✓ Sazonalidade (Y5);
Entre outras definições, esta legislação estabelece ainda as premissas relativas às sanções e
penalidades, porém não apresenta a estrutura do cálculo, o que vem só com o Decreto nº
50.667, de 30 de março de 2006. Este reafirma os preceitos básicos do instrumento, como os
objetivos e as diretrizes, bem como traz a necessidade de integração institucional entre o
Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE com a Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo – CETESB, num esforço conjunto de estabelecer o cadastro de usuário, condição base
para a implantação da cobrança.
Esta cooperação é abordada pela Resolução Conjunta SERHS/SMA nº1/2006. Uma vez
estabelecido esse ponto, o Decreto 50.667/2006 define então a estrutura do cálculo partindo do
princípio que o valor total da cobrança pela utilização dos recursos hídricos de cada usuário (para
o período de cálculo a ser definido pelo respectivo CBH) será obtido pela soma das parcelas
decorrentes da multiplicação dos volumes de captação, derivação ou extração, de consumo e
das cargas de poluentes lançadas no corpo hídrico, pelos respectivos Preços Unitários Finais –
PUFs. Os PUFs, por as vezes, serão obtidos através da multiplicação dos Preços Unitários Básicos
- PUBs por Coeficientes Ponderadores (que correspondem às variáveis listadas no parágrafo
anterior).
Com o arcabouço legal do Estado de São Paulo definido, no mesmo ano de 2006 foi publicada
a Resolução Conjunta dos Comitês PCJ nº 48/2006 com a proposta dos PUBs a serem aplicados
na cobrança pelo uso dos recursos hídricos nas respectivas bacias. No seu artigo 2º, a resolução
estabelece:
✓ Preço Unitário Bruto para captação, extração e derivação (PUBcap): R$ 0,01 por m³;
✓ Preço Unitário Bruto para lançamento de carga de DBO 5,20 (PUBDBO): R$ 0,10 por kg de
carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20°C).
Essa deliberação impôs ainda que o valor arrecadado com a cobrança deveria ser aplicado da
seguinte maneira, considerando os Programas de Duração Continuada (PDCs) que compõem a
estrutura do Plano de Investimentos definido no plano de bacias:
Estes valores foram revistos pela Resolução Conjunta dos Comitês PCJ nº 160/2012,
estabelecendo o investimento de até 15% para o PDC 1, no mínimo 45% para o PDC 3 e até
40% para o PDC 5.
Atualmente, os valores dos PUBs praticados nas bacias PCJ foram revisados pelo Decreto Estadual
61.430/2015, assumindo os seguintes valores:
✓ Preço Unitário Bruto para captação, extração e derivação (PUBcap): R$ 0,0127 por m³;
✓ Preço Unitário Bruto para lançamento de carga de DBO5,20 (PUBDBO): R$ 0,1274 por kg de
carga de Demanda Bioquímica de Oxigênio (de 5 dias a 20°C).
A partir das informações coletadas junto ao setor de cadastro de cobrança da Agência PCJ, foram
selecionados os registros localizados no território da Bacia do Rio Corumbataí e,
consequentemente, foi possível totalizar os valores encontrados conforme apresentado na Tabela
5.94.
TABELA 5.94 – ANÁLISE DOS REGISTROS DO CADASTRO DA COBRANÇA (ANO BASE: 2018)
Setor Usuário Valor Cobrado (R$)
Abastecimento Público 1.167.247,09
Industrial 290.736,07
Rural 349,45
Urbano Privado (Solução Alternativa) 14.991,55
Total Geral 1.473.324,16
Elaboração: Engecorps, 2019
O cadastro conta com 306 registros sendo que, deste total, 6 estão classificados com uso
insignificante (1,9%). Com relação ao setor usuário foram 51 registros para abastecimento público
(16,6%), 169 para industrial (55,2%), 14 para rural (4,5%) e 72 para urbano privado (23,5%). Ao
se considerar o valor arrecadado para cada setor, esta proporção se altera. Do total de R$
1.473.324,16, o setor de abastecimento público é responsável 79,2%. O restante fica divido em:
19,7% para o setor industrial, 1% para o uso privado e 0,02 para o setor rural. A Figura 5.78
mostra a comparação destas duas abordagens.
Urbano Privado
Rural
Industrial
Abast. Púb.
A visualização gráfica dos números referentes ao valor cobrado e ao número de registros mostra
que o setor do abastecimento público, apesar de ser o 3º colocado em número de registros é,
de longe, o setor que mais contribui com a arrecadação da bacia. Chama a atenção a
porcentagem muito baixa referente ao valor arrecadado com o setor rural. Conforme pode ser
constatado no item 5.2.3 (demandas deste estudo diagnóstico), este é o setor que apresenta a
segunda maior demanda na bacia. Esta contradição, no entanto, se justifica com a ponderação
contida na metodologia de cálculo ao se conferir um peso muito baixo à variável X2 (classe de
uso) para a irrigação.
Apesar do efeito do peso da variável X2, o volume captado (X5) é a variável-chave na definição
do valor cobrado. Esta afirmação é feita com base na proporcionalidade entre valor de cobrança
e volume captado para cada setor usuário, conforme mostrado na Figura 5.79.
Urbano Privado
Rural
Industrial
Abast. Púb.
Por fim, é importante que se dê a dimensão dos valores encontrados para a Bacia do Rio
Corumbataí no contexto geral das bacias PCJ, tendo 2018 como ano base. O total de
R$ 1.473.324,16 arrecadado na Bacia do Rio Corumbataí corresponde a 12,03% do total para
o PCJ, sendo que apresenta apenas 4,8% dos registros no cadastro completo. É importante
ressaltar que, apenas a transposição do sistema Cantareira para a bacia do Alto Tietê é cobrada
em R$ 2.439.649,56 (65,5% maior do que o total para a bacia do Corumbataí). O gráfico a seguir
decompõe esta comparação para os setores usuários, sem considerar esta transposição.
5.3.4 PSA
Com o apoio da The Nature Conservancy e da ANA, o Comitê passou por um processo longo de
adoção do mecanismo que durou cerca de dez anos que envolveu a criação de uma cultura
institucional em torno do programa. O plano de bacias não previa investimentos dessa natureza
no seu programa, não havia um fluxo institucional para a tomada de decisões sobre o tema e
nem tão pouco havia fluxo operacional para que fosse viabilizado o pagamento aos produtores
rurais.
Em 2014, havia 41 contratos assinados com produtores rurais nas bacias contempladas pelo
projeto, conforme mostra a tabela a seguir.
No ano de 2015 o contrato de repasse entre a Caixa Econômica Federal e a TNC, tendo o projeto
estabelecido uma base sólida para a implementação do PSA na bacia PCJ.
Neste mesmo ano, o Comitê PCJ aprovou em plenária a Deliberação dos Comitês PCJ nº
238/2015, denominada por Política de Recuperação, Conservação e Proteção dos Mananciais
no âmbito da área de atuação dos Comitês PCJ, ou Política de Mananciais – PCJ, como passou
a ser conhecida. Esta deliberação estabeleceu as diretrizes e instrumentos visando à conservação
das águas, recuperação e conservação do solo e da vegetação nativa na área que compreende
as Bacias PCJ e, para tanto, definiu os seguintes programas:
O texto desta deliberação, ao longo do amadurecimento da aplicação dos programas foi sendo
adaptado em função das discussões estabelecidas pelas Câmaras Técnicas CT -Rural, CT –
Recursos Naturais e CT de Planejamento e originou as seguintes deliberações:
✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 270 de 31/03/2017, que revogou a Deliberação dos Comitês
PCJ nº 238/2015, com mudanças no texto que define o Programa I, além de outras
providências;
✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 284/2017, de 15/12/2017, que revogou a Deliberação dos
Comitês PCJ nº 270/2017, trazendo alterações no texto dos Programas III e IV;
✓ Deliberação dos Comitês PCJ nº 307/2018, de 14/12/2018, que revogou a Deliberação dos
Comitês PCJ nº 284/2017, com alterações nos mesmos Programas III e IV.
De acordo com o artigo 9 da Deliberação nº 307/2018 (PCJ, 2018), o Programa Pagamento por
Serviços Ambientais (PSA-PCJ) contempla ações com o objetivo de produzir serviços ambientais
em sub-bacias, priorizando os mananciais de interesse para abastecimento público, nas Bacias
PCJ. Contempla ações de execução, como obras e serviços propostos no Projeto Integral de
Propriedade - PIP, especificamente voltadas à restauração ecológica e ao monitoramento da
execução, com objetivo de pagamento aos proprietários. Entende-se que o monitoramento será
feito por meio de uma UCE - Unidade Coordenadora de Execução. Além disso, pode contemplar
recursos destinados ao pagamento de proprietários protetores-recebedores que gerem serviços
ambientais relacionados à disponibilidade de água em qualidade e quantidade.
Como apoio para a operação do PSA-PCJ, a Agência PCJ criou o Projeto LUISA (Levantamento
de Unidades para Investimentos em Serviços Ambientais), que consistem em uma infraestrutura
eletrônica de apoio aos Projetos Integrais de Propriedade, viabilizando a operação em campo e
integrando a aplicação ao banco de dados da Agência, otimizando assim as análises de
formulários e as tomadas de decisão.
Para tornar mais eficiente a gestão dos recursos hídricos na bacia é importante identificar
eventuais usuários da água não conhecidos, ou seja, aqueles que não integram nenhum banco
de dados.
Os usuários sem outorga deverão se regularizar. A Lei 9.433/97 determina que o uso da água
deve ser autorizado pelo poder público e que deve ser considerado sujeito às penalidades
previstas nesta Lei todos aqueles usuários que não possuírem a outorga de direito de uso.
Neste contexto, tendo em vista identificar eventuais usuários não cadastrados, foi realizada coleta
de dados in loco, percorrendo os principais mananciais da Bacia do Rio Corumbataí, visando
identificar captações ou lançamentos de efluente, bem como outras fontes potencialmente
poluidoras, que possam interferir no equilíbrio do uso das águas da bacia.
Essa identificação de captações e lançamentos clandestinos visa fortalecer a gestão das águas e
orientar futuras ações fiscalizatórias do Comitê PCJ e/ou DAEE.
5.3.5.1 Metodologia
Diante deste desafio, a utilização de caiaque foi definida como a melhor forma para percorrer
estes trechos de rios. Isso porque este meio permite percorrer todos os trechos, mais de 300 km
de rios, utilizando uma única forma de deslocamento, oferecendo uma padronização na coleta
dos dados.
O caiaque utilizado para a navegação estava equipado com GPS, Sonar para Batimetria, Sensor
Direct 150 para leitura dos parâmetros Oxigênio Dissolvido (OD), pH, Condutividade (CD), TDS,
Temperatura, Turbidez e Amônia. A cada 3 km percorridos, em toda a extensão dos corpos
d´água, foram realizadas medições da qualidade da água e monitoramento dos parâmetros
físico-químico, como: cor, odor, turbidez, nitrogênio, amoniacal, fósforo total, OD, PH e
coliformes fecais, totalizando 100 amostras. No Anexo IV está apresentado o registro fotográfico
realizado durante o percurso dos cursos d´água.
Esse monitoramento dos parâmetros de qualidade da água realizado durante todo o percurso foi
um grande aliado para facilitar a identificação de lançamentos de efluentes e fontes
potencialmente poluidoras. A alteração dos parâmetros da qualidade da água é um forte
indicador de um possível lançamento de efluentes. Assim, durante o percurso dos rios, qualquer
alteração nos parâmetros monitorados desencadeava um alerta para checar as margens com
maior atenção, já que muitos lançamentos costumam estar escondidos/camuflados, o que
dificulta sua visualização.
A coleta de dados in loco, ou seja, o percurso dos principais mananciais da Bacia do Rio
Corumbataí, foi realizada durante 24 dias, entre os dias 07 e 31 de março de 2019. O time que
realizou essa tarefa era composto por profissional experiente e por um motorista para apoio
logístico. Basicamente, a tarefa consistiu na navegação e registro das coordenadas e fotos dos
pontos de captação de água, lançamento de efluentes e outras fontes potencialmente poluidoras
(Figura 5.82 e 5.83).
Figura 5.82 – Registros do percurso do Rio da Cabeça Figura 5.83 – Registros do percurso do Rio
Corumbataí
✓ Coordenadas geográficas;
5.3.5.2 Resultados
Norteados pelo objetivo de apontar usuários não autorizados, estes pontos identificados durante
a expedição foram comparados com os dados referentes às outorgas do DAEE (2019) e do
Cadastro de Cobrança (ABPCJ, 2018). Com base nesta sobreposição de camadas e a integração
de atributos através de Geoprocessamento foi constatado que destes 22 pontos identificados
durante a navegação, apenas 7, aparentemente tratam-se de usuários não cadastrados, que não
possuem registro junto ao DAEE, órgão responsável pela autorização ou concessão do uso da
água por determinado tempo e finalidade. A Figura 5.84 traz a sobreposição destas diferentes
bases de informações e a Tabela 5.98 apresenta esses resultados.
Figura 5.84 – Comparação entre as captações de água e lançamento de efluentes identificados em campo e Cadastro de Outorgas (DAEE) e Cobrança (ABPCJ) na Bacia do Rio Corumbataí
Como visto na Tabela 5.98, vários pontos registrados em campo são usuários conhecidos, já
outorgados, concentrados principalmente nos Rios Passa Cinco, Santa Gertrudes e Corumbataí.
A coleta de dados in loco registrou que nos Rios Passa Cinco e Corumbataí há uma sequência
de portos de areia que utilizam a água destes rios para o exercício da atividade minerária,
especialmente no baixo Corumbataí (Zona 21), conforme já apresentado no item 5.3.2; sendo
que um deste portos de areia, registrado no ponto P10 não está outorgado. No Córrego Santa
Gertrudes há várias travessias outorgadas, entretanto, durante a expedição de campo, próximo
a estas travessias foi constatado o cheiro de esgoto, indicando uma fonte potencialmente
poluidora, relacionada provavelmente a algum tipo de vazamento nas tubulações.
Embora durante a expedição muitas vezes não ser possível visualizar o lançamento de efluente
ou uma fonte potencialmente poluidora, o mal cheiro e as alterações nos parâmetros
monitorados da qualidade da água dos rios percorridos, tais como turbidez e oxigênio dissolvido,
indicavam uma provável interferência nas proximidades. Foram registrados mal cheiro (leve
cheiro de esgoto) no Rio Corumbataí, Ribeirão Claro e Córrego Santa Gertrudes.
Na Tabela 5.99 são apresentados apenas aqueles usuários da água não conhecidos, aqueles que
não integram o cadastro do DAEE (2019), restritos a apenas 7 usuários. Na Figura 5.85 estes 7
usuários não cadastrados estão mapeados e suas atividades estão registradas nas fotos
apresentadas nesta figura.
Figura 5.85 – Identificação dos Usuários não Cadastrados na Bacia do Rio Corumbataí
✓ No Rio Passa Cinco, dois (2) usuários não cadastrados (P1 e P2), localizados no alto curso,
relacionados à captação de água para abastecimento eventual;
✓ No Córrego Santa Gertrudes, um ponto (P8) localizado próximo à foz do Córrego Santa
Gertrudes, onde não foi identificado o lançamento de efluente, no entanto havia no local um
cheiro forte de esgoto e os parâmetros monitorados de qualidade da água apresentaram
alterações;
✓ No Ribeirão Claro, um ponto (P9) localizado próximo à área urbana de Rio Claro, numa área
de várzea com algumas ocupações no entorno. Não foi identificado o lançamento de
efluente, no entanto havia no local um cheiro forte de esgoto e os parâmetros monitorados
de qualidade da água apresentaram alterações.
✓ No Rio Corumbataí foram registrados três usuários não cadastrados. Dois deles (P10 e P11)
localizados no Alto Corumbataí, um relacionado à captação de água para atender um porto
de areia, e outro próximo à área urbana do município de Corumbataí, com uma casa de
bombas, 2 grandes bombas para captação de água e mangueiras bem grossas. E o outro ponto
(P21), um lançamento de efluente localizado próximo à foz do rio Corumbataí.
É importante salientar que alguns destes usuários são eventuais, como os registrados nos pontos
P1 e P2 no Rio Passa Cinco onde há captações esporádicas de água, realizadas por caminhões
tanque que captam água para abastecer residências locais que não tem rede pública de
abastecimento (P1); e no ponto P2 mangueiras que captam água para necessidades domésticas
de propriedades no meio rural (fotos apresentadas na Figura 5.85). Nestes casos, de acordo com
a Portaria DAEE nº 1.630 de 30/05/2017, no seu Art. 21, estes usos são sujeitos à análise do
DAEE para serem oficialmente considerados isentos de outorga e cadastro.
No Ribeirão Claro e Córrego Santa Gertrudes não foram visualizados os pontos exatos do
lançamento de efluentes, mas foram identificados fortes indícios de odor de esgoto e alteração
nos parâmetros de qualidade da água monitorados durante o percurso destes rios. Sugerida uma
checagem mais detalhada nas futuras ações fiscalizatórias do Comitê PCJ e/ou DAEE nas
proximidades dos pontos P8 e P9 (fotos apresentadas na Figura 5.85).
Durante o levantamento de campo foi constato que os principais usuários não conhecidos, ou
seja, não autorizados da Bacia do Rio Corumbataí estão localizados no alto Corumbataí. Ali estão
as captações de água identificadas nos pontos P10 e P11; e o despejo de esgoto com a formação
de espuma identificado no ponto P21, próximo à área urbana do distrito de Santa Terezinha, no
trecho final do Rio Corumbataí. Estes trechos podem então ser considerados os mais críticos e
que requerem mais atenção para um futuro cadastramento de usuários não autorizados. As fotos
destes pontos estão apresentadas na Figura 5.85.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir de uma visão integrada dos diferentes temas que interferem na dinâmica dos recursos
hídricos - características socioeconômicas e ambientais, situação e dinâmica de uso e ocupação
do solo, condições do saneamento básico e aspectos quantitativos e qualitativos dos recursos
hídricos - foi delineada uma radiografia do momento atual da Bacia Hidrográfica do Rio
Corumbataí.
Os resultados obtidos neste Diagnóstico demonstram que esta bacia é bastante heterogênea,
tanto do ponto de vista socioeconômico quanto ambiental, com: diferentes graus de urbanização
e variadas atividades econômicas desenvolvidas; distintas formas de relevo e regimes
pluviométricos; aquíferos variados entre as porções centro-leste e oeste da bacia; distribuição
populacional e de usos do solo heterogênea etc. A caracterização, interpretação e integração
destas variáveis possibilita identificar as principais fragilidades deste território.
Com relação aos recursos hídricos, a adoção de uma vazão de referência mais restritiva para a
aplicação do GAD, (50% da Q7,10) sinalizou que, para os municípios de Piracicaba e Rio Claro, o
limite outorgável nos mananciais é um fator limitante para a ampliação da produção de água.
Essa situação se torna um indicador da necessidade da realização de estudos de mananciais
alternativos. Em resumo, para estes municípios, as captações existentes estão perto da saturação
e, além disso, não é possível ampliar as vazões captadas uma vez que já estão extrapolados os
limites outorgáveis (com exceção para a captação de Rio Claro no Rio Corumbataí).
No mesmo sentido, o balanço hídrico elaborado através da Vazão Média Total (VMT), estimado
através dos índices municipais de demanda per capita, mostra que o percentual de
comprometimento da disponibilidade hídrica é de 23,5% no exutório da bacia. Já para o aspecto
qualitativo, em todos os pontos de monitoramento da rede básica de amostragem da CETESB
apresentam índices de qualidade variando entre “regular” e “bom”. A distribuição desta
classificação entre os pontos da rede é bem delimitada na bacia: o Rio Corumbataí apresenta,
em média, qualidade boa, da nascente até a confluência com o Ribeirão Claro. A partir deste
ponto, a qualidade de água cai para a classificação regular e assim segue até a foz no Rio
Piracicaba.
Já nas porções central, sudeste, leste e nordeste da bacia, o perfil é distinto, com aquíferos de
propriedades hidrogeológicas mais limitadas, mas que, mesmo assim, complementam o
abastecimento de algumas áreas (sede, distritos) e servem ainda como fonte de água para
indústrias e outros tipos de usos – requer, assim, tanto ações de uso racional (quantidade), quanto
de controle de fontes de contaminação dos aquíferos (as quais podem interferir na qualidade).
A análise conjunta dos aspectos qualitativos e quantitativo, bem como sua associação com a
distribuição da demanda pelo recurso, é uma importante ferramenta para a tomada de decisões
acerca das ações a serem propostas nos horizontes de planejamento.
Como demonstrado ao longo do Produto 2, a disponibilidade de água futura está muito atrelada
ao cenário socioeconômico, que pode exercer maior ou menor pressão sobre os recursos
hídricos, dependendo da configuração que adotam os sistemas produtivos e ritmo dos processos
econômicos. Em consonância com o princípio da visão sistêmica da gestão dos recursos hídricos,
destaca-se, assim, a importância de cada Produto para alcançar o escopo e os objetivos
propostos.
1. ANALÂNDIA
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio, ribeirão, barragem,
Córrego do Retiro Fonte São Francisco
açude, represa, etc.)
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA
Nome da ETA ETA Analândia
Tipo de Tratamento Convencional
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não possui
Problemas de tratabilidade Sim
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 15,00
Obs -
Coordenada - Latitude -22,12151111
Coordenada - Longitude -47,63842222
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 7
Identificação do Poço Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Coordenada - Latitude 22°07'12,17" 22°07'26,11" 22°07'45,13" 22°07'11,84"
Coordenada - Longitude 47°40'03,208" 47°40'04,866" 47°39'14,64" 47°39'43,67"
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI NI NI
Rua 4 -Ginasio
Al dos
Municipal de Rua São João -
Av. 12 (Final) - Coleirinhas
Endereço/Localidade (nome) Esportes Nova
Jd São Carlos s/n - Jd Santa
Jd Alto da Boa Esperança
Ana
Vista
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani, Aquífero Aquífero Aquífero Aquífero
Tubarão etc.). Guarani Guarani Guarani Guarani
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI
Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)? Não Não Não Não
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 7
Identificação do Poço Poço 5 Poço 6 Poço 7
Coordenada - Latitude 22°08'08,383" 22°07'47,24" 22°07'17,21"
Coordenada - Longitude 47°40'03,918" 47°39'05,268" 47°38'17,70"
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI NI
Rua D s/n Rua Carlos
Endereço/Localidade (nome) (Condomínio) Franceschine s/n NI
Jd Nova Analândia Jd Morada do Sol
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani,
Aquífero Guarani Aquífero Guarani NI
Tubarão etc.).
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI
Vazão Média captada (l/s) 1,36 4,07 4,07
Operação (h/dia; dias/semana) 20;7 20;7 20;7
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço NI NI NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço NI NI NI
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço NI NI NI
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual
Não Não Não
periodicidade?
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se
Sim Sim Sim
sim, quais parâmetros e periodicidade?
Desinfecção desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta desinfecção (Fl, Cl)
(Fl, Cl) (Fl, Cl)
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta sem designação sem designação sem designação
Poço é outorgado? sim sim não
2. CHARQUEADA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 2
Afluente do Ribeirão
Nome dos mananciais (rio,
Ribeirão Água Paraíso Afluente do Rib.
ribeirão, barragem, açude, Ribeirão Araquá
Branca Lago Quilombo de Araquá (Nagib)
represa, etc.)
São Francisco
Fio d´água/ tomada
Tipo Captação Fio d´água NI NI
direta
Vazão Média captada (L/s) 32,14 3,72 NI NI
Vazão Máxima (L/s) 32,14 3,72 45,49 10
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI NI
Coordenada - Latitude 7508571.97 7505791.96 7509300.98 7509700.74
Coordenada - Longitude 210923.16 221963.25 208181.87 208549.34
Não está sendo Não está sendo
Abastece todo o utilizada - está em utilizada - está em
Abastece o bairro
Obs município, a sede e stand-by, utilizada de stand-by, utilizada de
Paraisolândia
Paraisolândia acordo com a acordo com a
necessidade necessidade
NI – Não Informado
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
ETA ETA nº 1 ETA nº 2
Nome da ETA ETA Charqueada - Água Branca ETA Paraisolândia
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Sim, automática Sim, automática
Tratamento de Lodo Previsto (Em fase de projeto e licenciamento) Sem Informação
Problemas de tratabilidade Não Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 60,00 15,00
Coordenada - Latitude -22,50862222 -22,53164359
Coordenada - Longitude -47,80924722 -47,70370566
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 0
Identificação do Poço Poço Local 001 - DAEE 246-0108
Coordenada - Latitude 22°30'30,27''
Coordenada - Longitude 47°48'36,66''
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI
Endereço/Localidade (nome) Estrada Ayrton Senna da Silva, s/nº
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani, etc.). Aquífero Grupo Tubarão
Vazão de teste (m³/h) NI
Vazão Média captada (L/s) 2,78
Operação (h/dia; dias/semana) NI
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço NI
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço NI
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual periodicidde? NI
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se sim, quais NI
parâmetros e periodicidde?
Informações sobre tratamento da água bruta NI
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta NI
Poço é outorgado? NI
Informações sobre manutenção preventiva NI
Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)? NI
Os poços são de uso permanente, emergencial ou futuro? NI
Obs Não está sendo utilizado
NI – Não Informado
3. CORDEIRÓPOLIS
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 3
Nome dos mananciais (rio,
Represa do Mirante (Córrego Represa Santa Marina
ribeirão, barragem, açude, Córrego Ibicaba
Cascalho) (Córrego Cascalho)
represa, etc.)
Barragem de acumulação - Barragem de acumulação -
Tipo Captação Tomada direta
Tomada Direta Tomada Direta
Vazão Média captada (L/s) 36 18 16
Vazão Máxima (L/s) 40,28 19,72 16,7
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 40,28 19,72 16,7
Coordenada - Latitude 22°28'05.13'' 22°29'35.34'' 22°29'58.26''
Coordenada - Longitude 47°25'23.74'' 47°26'03.23'' 47°26'40.23''
Obs 3 - -
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
ETA
Nome da ETA ETA Cordeirópolis ETA - Nova
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Não sim
Tratamento de Lodo Não possui secagem do lodo
Problemas de tratabilidade Não não
Capacidade máxima de tratamento
(L/s) 110 120
Obs - Em obras - Prazo para operação em dezembro de 2019
Coordenada - Latitude 22°29'00.80'' 22°28'31.53''
Coordenada - Longitude 47°27'06.35'' 47°26'13.37''
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 0
4. CORUMBATAÍ
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 3
Nome dos mananciais (rio,
ribeirão, barragem, açude, Ribeirão Boa vista Afluente Lageado Córrego Monte Alegre
represa, etc.)
Canal de derivação por Canal de derivação por
Tipo Captação Canal de derivação por gravidade
gravidade gravidade
Vazão Média captada (L/s) 3,98 5,54 0,41
Vazão Máxima (L/s) 3,98 5,54 0,41
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI
Coordenada - Latitude 7538423,00 7 536 972,00 7 539 772,00
Coordenada - Longitude 224091,00 224 076,00 225 459,00
Obs Sítio Saint German Sítio Pousado da Felicidade Sítio Monte Alegre
NI – Não Informado
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA NI
Nome da ETA ETA 1
Tipo de Tratamento Simples desinfecção
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não há geração de lodo
Problemas de tratabilidade Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 11,11
Segundo os técnicos da prefeitura (Felipe e Jeferson), o tratamento da captação
superficial ocorre somente com cloro e flúor, e não há um tratamento mais
Obs
complexo. Esta estação funciona apenas para simples desinfecção, a água não
chega a ficar retida na ETA.
Coordenada - Latitude 22,218055
Coordenada - Longitude 47,633611
NI – Não Informado
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 2
Identificação do Poço Nosso Recanto Jacutinga
Coordenada - Latitude 7535,1 7528,6338
Coordenada - Longitude 231,485 228,392698
Cota - altitude (m) - pegar do MDT NI NI
Estrada Vicinal Corumbataí - Rio
Endereço/Localidade (nome) NI
Claro, S/Nº
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral, Guarani,
Tubarão Tubarão
Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) NI NI
Vazão Média captada (l/s) 2,78 2,78
6 a 8 horas por dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) 15 h/dia - 7 dias/semana
dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 68,14 NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 87,34 NI
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do teste/poço 19,2 NI
Há monitoramento de nível d´água? Se sim, qual
Sim, tubo de nível. Sim, tubo de nível.
periodicidde?
Há monitoramento de qualidade de água bruta? Se Sim, atendendo a portaria 2914 - Sim, atendendo a portaria
sim, quais parâmetros e periodicidde? semestral 2914 - semestral
Informações sobre tratamento da água bruta Simples desinfecção com cloro Simples desinfecção com cloro
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta Loteamento Nosso Recanto Loteamento Nosso Recanto
Poço é outorgado? Sim Não
Informações sobre manutenção preventiva Não há Não há
Problemas com bomba e painel Problemas com bomba e
Há registro de problemas neste poço? Se sim, qual(is)?
elétrico painel elétrico
Os poços são de uso permanente,
Permanente Permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado
5. IPEÚNA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio,
ribeirão, barragem, açude, Córrego São João do Lageado
represa, etc.)
Tipo Captação Tomada direta
Vazão Média captada (L/s) 9,72
Vazão Máxima (L/s) 13,83
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 13,89
Coordenada - Latitude -22,4113
Coordenada - Longitude -47,6955
Obs Portal dos Nobres
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA ETA Portal dos Nobres
Nome da ETA Convencional
Tipo de Tratamento Não
Macromedição Não
Tratamento de Lodo Não
Problemas de tratabilidade 13,89
Capacidade máxima de tratamento (L/s) NI
Obs -22,412009
Coordenada - Latitude -47,695324
Coordenada - Longitude ETA Portal dos Nobres
NI – Não Informado
4.a. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 5
Poço 001 - Poço 002 - Poço 003 - Poço 004 - DAEE
Identificação do Poço
DAEE 218-0001 DAEE 218-0002 DAEE 218-0103 218-0230
Coordenada - Latitude 7 516,18 7 516,13 7 516,22 7 517,20
Coordenada - Longitude 219,73 219,77 219,63 219,36
Cota - altitude (m) - pegar do MDT 629 625 631 574
Parque Ecológico
Av. 07, 579 - Rua Nove, s/nº -
Av. 07, 579 - Henrique Barbeta
Endereço/Localidade (nome) Bairro Centro - Bairro Centro -
Bairro Centro - - Bairro Salto -
ETA I ETA I
ETA I ETA I
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral,
Itararé Itararé Itararé Itararé
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) 41,86 52,39 36 30,63
Vazão Média captada (m³/h) 26,25 35,25 34,65
27,20
12 h/dia - 7 11h/dia - 7 12 h/dia - 7 15 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana)
dias/semana dias/semana dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 18 13,80 96 86
4.a. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 33,01 33,20 218 236
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do
15,01 19,4 122 150
teste/poço
Há monitoramento de nível d´água? Se sim,
Não Não Não Não
qual periodicidde?
Sim: coliformes Sim: coliformes
Sim: coliformes Sim: coliformes
totais, totais,
totais, coliformes totais, coliformes
coliformes coliformes
termotolerantes, termotolerantes,
Há monitoramento de qualidade de água bruta? termotolerantes, termotolerantes,
cor aparente, cor aparente,
Se sim, quais parâmetros e periodicidde? cor aparente, cor aparente,
turbidez, turbidez,
turbidez, turbidez,
temperatura, pH temperatura, pH -
temperatura, pH temperatura, pH
- mensal mensal
- mensal - mensal
Simples Simples Simples Simples
Desinfecção Desinfecção Desinfecção Desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta
(adição de cloro (adição de cloro (adição de cloro (adição de cloro e
e flúor) e flúor) e flúor) flúor)
Sistema(s) de abastecimento (água) que alimenta Mapa Mapa Mapa Mapa
Poço é outorgado? Sim Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não Não
Há registro de problemas neste poço? Se sim,
Não Não Não Não
qual(is)?
Os poços são de uso permanente,
Uso permanente Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou futuro?
NI – Não Informado
4.b. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 5
Poço 005 - DAEE 218- Poço 006 - DAEE 218- Poço 007 - DAEE 218-
Identificação do Poço
0003 0231 0232
Coordenada - Latitude 7 516,09 7 516,99 7 519,08
Coordenada - Longitude 220,91 221,31 222,55
Cota - altitude (m) - pegar do MDT 605 613 581
Rua Luiz Pinheiro, s/nº Av. Antonio Passeto,
Portal dos Nobres - ETA
Endereço/Localidade (nome) - Jardim Primavera - s/nº - Bairro Altos de
III
ETA II Ipeúna - ETA II
Sistema aquífero dos poços (Serra Geral,
Itararé Itararé Itararé
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) 9 12 12
Vazão Média captada (m³/h) 7,80 10,35 8,4
18 h/dia - 7 20 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) 8 h/dia - 7 dias/semana
dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 82,00 128,00 84,3
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 195,00 220,00 98,3
Rebaixamento (NE - NI), em m - pegar do
113 92,00 14
teste/poço
Há monitoramento de nível d´água? Se sim,
Não Não Não
qual periodicidde?
Sim: coliformes totais, Sim: coliformes totais, Sim: coliformes totais,
coliformes coliformes coliformes
Há monitoramento de qualidade de água termotolerantes, cor termotolerantes, cor termotolerantes, cor
bruta? Se sim, quais parâmetros e periodicidde? aparente, turbidez, aparente, turbidez, aparente, turbidez,
temperatura, pH - temperatura, pH - temperatura, pH -
mensal mensal mensal
4.b. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Simples Desinfecção Simples Desinfecção Simples Desinfecção
Informações sobre tratamento da água bruta
(adição de cloro e flúor) (adição de cloro e flúor) (adição de cloro e flúor)
Sistema(s) de abastecimento (água) que
Mapa Mapa Mapa
alimenta
Poço é outorgado? Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção preventiva Não Não Não
Há registro de problemas neste poço? Se sim,
Não Não Não
qual(is)?
Os poços são de uso permanente, Desativado: alto teor Desativado: presença
Uso Permanente
emergencial/contingência ou futuro? de ferro e manganês de gás sulfídrico
6. ITIRAPINA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 0
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 0
4.a Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Poço Local - 002 -
Identificação do Poço Poço 1 Poço 3 Poço 4
DAEE 217-007
Coordenada - Latitude 7 536 550 7 536 440 7 537 150 7 538 337
Coordenada - Longitude 210 200 209 870 210 500 219 781
Cota - altitude (m) - pegar do
NI 770 NI NI
MDT
Sede do Município
Rua 5, esquina com Rua Cataguases
Endereço/Localidade (nome) Rua 5 (V. Garbi) Planalto Serra Verde
Avenida 8, nº 827 - (desativado)
Vila Garbi
Sistema aquífero dos poços Guarani
Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão (Formação
Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.). Pirambóia)
Vazão de teste (m³/h) NI 143 NI NI
Vazão Média captada (m³/h) NI 141,62 NI NI
Operação
Operação (h/dia; dias/semana) 20h/dia;7dias/semana Operação Variável Operação Variável
Variável
Prof. NE (m) - pegar do
NI 5,12 NI NI
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
NI 39,11 NI NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m
NI 33,99 NI NI
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual NI Sim, mensal NI NI
periodicidde?
Há monitoramento de Sim, escherichia coli,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph,
NI NI NI
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual
periodicidde? livre, coliformes totais
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento
NI automatizadas na saída NI NI
da água bruta
do poço
Sistema(s) de abastecimento
NI Sede do Município NI NI
(água) que alimenta
Portaria DAEE nº 2304,
Poço é outorgado? NI NI NI
de 21 de julho de 2017
4.a Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Não é feita-
Informações sobre manutenção Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
Desativado-Uso
permanente, Desativado-Uso Desativado-Uso como
como Uso Permanente
emergencial/contingência ou como piezômetro piezômetro
piezômetro
futuro?
NI – Não Informado
4.b Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Poço Local - 005 - Poço Local - 006 - Poço Local - 008 -
Identificação do Poço Poço 7
DAEE 191-0006 DAEE 217-0005 DAEE 217-0012
Coordenada - Latitude 7 544 176 7 531 550 7 526 400 7 532 520
Coordenada - Longitude 202 704 210 750 199 750 211 020
Cota - altitude (m) - pegar do
750 730 NI 740
MDT
Bairro Balneário
Santo Antonio Bairro Estância Ubá Bairro Estância Ubá
Endereço/Localidade (nome) Rua Treze, nº 323 Rua 5, nº 50 - Lote 14 Itaqueri da Serra Rua 3, s/nº - Lote 8 da
- Balneário Santo da Quadra 4 Quadra 10
Antonio
Sistema aquífero dos poços Guarani
Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão (Formação
Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.). Pirambóia)
Vazão de teste (m³ /h) 100 20 NI 20
Vazão Média captada (m³/h) 71,30 19,98 NI 19,98
20h/dia;7dias/sem
Operação (h/dia; dias/semana) 20h/dia;7dias/semana Operação Variável 17h/dia;7dias/semana
ana
Prof. NE (m) - pegar do
33,54 40,07 NI 48,40
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
48,18 51,76 NI 59,50
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m
14,64 11,69 NI 11,1
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual Sim, mensal Sim, mensal NI Sim, mensal
periodicidde?
Sim, escherichia
Há monitoramento de Sim, escherichia coli, Sim, escherichia coli,
coli, turbidez, cor,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph, turbidez, cor, ph,
ph, fluoreto, cloro NI
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual fluoreto, cloro residual
residual livre,
periodicidde? livre, coliformes totais livre, coliformes totais
coliformes totais
Cloração e Cloração e
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento Fluoretação Fluoretação
automatizadas na saída NI
da água bruta automatizadas na automatizadas na
do poço
saída do poço saída do poço
Sistema(s) de abastecimento Balneário Santo
Estância e Jardim Ubá NI Estância Ubá
(água) que alimenta Antônio
Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº 1792, Portaria DAEE nº
Poço é outorgado? 2304, de 21 de de 10 de junho de NI 1792, de 10 de junho
julho de 2017 2015 de 2015
4.b Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Não é feita-
Informações sobre Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
manutenção preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente, Desativado-Uso
Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente
emergencial/contingência ou como piezômetro
futuro?
NI – Não Informado
4.c Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 8
Nº do requerimento
Poço Local - 009 - Poço Local - 010 - Poço Local - 012 -
Identificação do Poço Uso/Interferência -
DAEE 191-0202 DAEE 217-0033 DAEE 192-0033
20180018872-JNU
Coordenada - Latitude 7 537 650 7 526 280 7 538 370 7 543 800
Coordenada - Longitude 211 050 199 750 219 800 202 330
Cota - altitude (m) - pegar do
800 925 850 700
MDT
Sede do
Distrito de Itaqueri da Bairro Planalto da
Município Avenida Marginal
Serra Serra Verde
Endereço/Localidade (nome) Rua Ceci, nº 386 - esquina com Rua 4,
Rua 2, nº 106 - Itaqueri Rua 4, nº 30 - lote 07
Jardim Nova Lote 5 da quadra 5
da Serra da Quadra 07
Itirapina
Guarani
Sistema aquífero dos poços
(Formação Guarani (Formação Guarani (Formação Guarani (Formação
(Serra Geral, Guarani, Tubarão
Botucatu/Pirambói Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia) Botucatu/Pirambóia)
etc.).
a)
Vazão de teste (m³/h) 120 11,82 30 115,2
Vazão Média captada (m³/h) 119,99 11 20,7 113,00
16h/dia;7dias/sem
Operação (h/dia; dias/semana) 3h/dia;7dias/semana 20h/dia;7dias/semana 20h/dia;7dias/semana
ana
Prof. NE (m) 14,51 199,8 58,6 16,62
Prof. NI (m) 54,92 206,33 68,4 114,89
Rebaixamento (NE - NI), em m
40,41 6,53 9,8 98,27
- pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
Sim, mensal-Irá
d´água? Se sim, qual Sim, mensal Sim, mensal Sim, mensal
começar nesse mês
periodicidde?
Sim, escherichia Sim, escherichia coli, Sim, escherichia coli,
Há monitoramento de Sim, escherichia coli,
coli, turbidez, cor, turbidez, cor, ph, turbidez, cor, ph,
qualidade de água bruta? Se turbidez, cor, ph,
ph, fluoreto, cloro fluoreto, cloro fluoreto, cloro
sim, quais parâmetros e fluoreto, cloro residual
residual livre, residual livre, residual livre,
periodicidde? livre, coliformes totais
coliformes totais coliformes totais coliformes totais
Cloração e Cloração e Cloração e
Cloração e Fluoretação
Informações sobre tratamento Fluoretação Fluoretação Fluoretação
automatizadas na saída
da água bruta automatizadas na automatizadas na automatizadas na
do poço
saída do poço saída do poço saída do poço
Sistema(s) de abastecimento Sede do Balneário Santo
Itaqueri da Serra Planalto Serra Verde
(água) que alimenta Município Antonio
4.c Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº Portaria DAEE nº
Portaria DAEE nº 2304,
Poço é outorgado? 1718, de 03 de 1000, retificada em 573, de 1 de
de 21 de julho de 2017
agosto de 2012 23 de maio de 2017 fevereiro de 2019
Não é feita-
Informações sobre Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas Não é feita-Apenas
manutenção preventiva manutenção manutenção corretiva manutenção corretiva manutenção corretiva
corretiva
Há registro de problemas neste
Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente,
Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente Uso Permanente
emergencial/contingência ou
futuro?
7. PIRACICABA
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 4
Nome dos mananciais (rio, Rio Corumbataí Ribeirão Anhumas Nascente Ibitiruna Rio Piracicaba
ribeirão, barragem, açude, (Sistema Rio (Sistema Rbeirão (Sistema - Nascente (Sistema - Rio
represa, etc.) Corumbataí) Anhumas) Ibitiruna) Piracicaba)
Fio d´água/Tomada Fio d´água/Tomada
Tipo Captação Fio d´água Fio d´água
Direta Direta
Vazão Média captada (L/s) 1791 5,8 0,17 323
Vazão Máxima (L/s) 2000 14 0,27 800
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI NI NI
Coordenada - Latitude 7 494 639,76 7 472 520,00 7 478 670,00 7 485 843,23
Coordenada - Longitude 224 768,53 199 180,00 197 120,00 227 784,17
NI – Não Informado
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 4
ETA ETA nº 1 ETA nº 2 ETA nº 3 ETA nº 4
ETA Piracicaba - 01 - ETA Piracicaba - 02 - ETA Piracicaba -
Nome da ETA ETA Capim Fino
Luiz de Queiroz Luiz de Queiroz Anhumas
Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo Convencional - Ciclo
Tipo de Tratamento
Completo Completo Completo Completo
Macromedição Sim, telemetria Sim, telemetria Sim, telemetria Sim, telemetria
Existe uma ETL
(Decantação+adensad
Tratamento de Lodo Não Não Não possui
or+centrífuga+leito de
secagem) em operação
Problemas de
Não Não Não Não
tratabilidade
Capacidade máxima
400 350 2000 14
de tratamento (L/s)
Os rios Piracicaba e Os rios Piracicaba e Os rios Piracicaba e
Corumbataí Corumbataí Corumbataí O ribeirão Anhumas
apresentam em apresentam em apresentam em apresenta em algumas
Obs
algumas épocas algumas épocas algumas épocas épocas problemas de
problemas de problemas de problemas de qualidade
qualidade qualidade qualidade
Coordenada - Latitude -22,71763889 -22,71763889 -22,66372778 -22,66372778
Coordenada -
-47,65091389 -47,65091389 -47,64126667 -47,64126667
Longitude
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
Número de Poços 4
Identificação do Poço Poço 02 Poço 03 Poço 04 Poço Tanquinho
Cota - altitude (m) - pegar do MDT
Rua Treze de Maio,
Estrada
s/nº - Rodovia Estrada do Rua Dr. Dimas Cera
Endereço/Localidade (nome) Piracicaba Tupi,
Margarida da Graça Horto, 720 Ometto, 96
s/nº
Martins
Sistema aquífero dos poços (Serra Tupi 2 - Aquífero Tupi 3 - Aquífero Tupi 4 - Aquífero Tanquinho - Aquífero
Geral, Guarani, etc.). Itararé Itararé Itararé Itararé
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI
Vazão Média captada (L/s) 1,41 2,31 6,02 1,55
20 h/dia; 7 20 h/dia; 7 20 h/dia; 7
Operação (h/dia; dias/semana) 20 h/dia; 7 dias/semana
dias/semana dias/semana dias/semana
Prof. NE (m) - pegar do teste/poço 38,15 NI NI NI
Prof. NI (m) - pegar do teste/poço 91,3 NI NI NI
Rebaixamento (NE - NI), em m -
53,15 NI NI NI
pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível d´água?
Não Não Não Não
Se sim, qual periodicidde?
Há monitoramento de qualidade de
água bruta? Se sim, quais parâmetros Não Não Não Não
e periodicidde?
Informações sobre tratamento da
Cloro e flúor Cloro e flúor Cloro e flúor Cloro e flúor
água bruta
Sistema(s) de abastecimento (água) Tupi - Loteamento Tupi - Horto
Tupi - Jd. Bartira Tanquinho
que alimenta Paiaguás Florestal
Poço é outorgado? Sim Sim Sim Sim
Informações sobre manutenção
Não há Não há Não há Não há
preventiva
Há registro de problemas neste poço?
Não Não Não Não
Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso permanente,
Uso permanente Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou futuro?
Coordenada - UTM N (km) 7483,01 7483,24 7483,11 7501,83
Coordenada - UTM E (km) 239,91 240,83 239,62 232,18
NI – Não Informado
8. RIO CLARO
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 2
Nome dos mananciais (rio, ribeirão,
Ribeirão Claro Rio Corumbataí
barragem, açude, represa, etc.)
Tipo Captação Barragem de nível Barragem (soleira hidráulica)
Vazão Média captada (L/s) 262 382
Vazão Máxima (L/s) 389,19 519,57
Vazão Máxima Sazonal (L/s) NI NI
Coordenada - Latitude 7 519 668 7 528 980
Coordenada - Longitude 238 486 236 430
NI – Não Informado
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 2
Nome da ETA ETA I Rio Claro ETA II Rio Claro
Tipo de Tratamento Convencional Convencional
Macromedição Sim, automática Não
Tratamento de Lodo Não possui Lagoas de decantação
Problemas de tratabilidade Não Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 450 550
Coordenada - Latitude 7520084.79 7528627.13
Coordenada - Longitude 236886.69 237832.84
Obs - -
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 4 BATERIA DE POÇOS (4 POÇOS)
Identificação do Poço Poço Profundo Poço 1 Poço 2 Poço 3 Poço 4
Coordenada: UTM N (m) 7509,70 7536435.44 7536435.44 7536435.44 7536435.44
Coordenada: UTM E (m) 234,10 233089.24 233089.24 233089.24 233089.24
Fuso NI 23K 23K 23K 23K
Datum NI SIRGAS SIRGAS SIRGAS SIRGAS
Cota - altitude (m) - pegar do
NI 686 686 686 686
MDT
Rua 1A,
Endereço/Localidade (nome) Distrito de Rua 1A, Distrito Rua 1A, Distrito Rua 1A, Distrito Distrito de
Assistência de Ferraz de Ferraz de Ferraz Ferraz
Formação Formação Formação Formação
Sistema aquífero dos poços (Serra Piramboia/ Piramboia/ Piramboia/ Piramboia/
Tatuí/Itararé
Geral, Guarani, Tubarão etc.). formação Rio formação Rio formação Rio formação
Claro Claro Claro Rio Claro
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI NI
Vazão Média captada (m³/h) NI 4,68 3,02
5,04 7,63
20 h/dia - 7
Operação (h/dia; dias/semana) NI 1 h/dia - 7 dias 20 h/dia - 7 dias NI
dias
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações:
(Fonte: Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NE (m) - pegar do
NI NI NI NI NI
teste/poço
Prof. NI (m) - pegar do
NI NI NI NI NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI), em m -
NI NI NI NI NI
pegar do teste/poço
Há monitoramento de nível
d´água? Se sim, qual NI Não Não Não Não
periodicidde?
Há monitoramento de qualidade
de água bruta? Se sim, quais NI Sim Sim Sim Sim
parâmetros e periodicidade?
Diária: pH,
cor,
turbidez,
Diária: pH, cor,
coliformes
Diária: pH, cor, Diária: pH, cor, turbidez,
fecais,
turbidez, turbidez, coliformes
coliformes
coliformes fecais, coliformes fecais, fecais,
totais,
coliformes totais, coliformes totais, coliformes totais,
controle de
controle de controle de controle de
Se sim, quais parâmetros e dosegem de
NI dosegem de flúor dosegem de flúor dosegem de
periodicidde? flúor
Semestral: todos Semestral: todos flúor
Semestral:
os parâmetros os parâmetros Semestral: todos
todos os
que atendem a que atendem a os parâmetros
parâmetros
portaria do portaria do que atendem a
que
CONAMA 396 CONAMA 396 portaria do
atendem a
CONAMA 396
portaria do
CONAMA
396
Simples
Simples Simples Simples
Informações sobre tratamento da Adição de Desinfecção
Desinfecção Desinfecção Desinfecção
água bruta Cloro no local (cloro e
(cloro e flúor) (cloro e flúor) (cloro e flúor)
flúor)
Sistema(s) de abastecimento Distrito de Distrito de
NI Distrito de Ferraz Distrito de Ferraz
(água) que alimenta Ferraz Ferraz
Poço é outorgado? NI Não Não Não Não
Informações sobre manutenção
NI Não há Não há Não há Não há
preventiva
Há registro de problemas neste
NI Não Não Não Não
poço? Se sim, qual(is)?
Os poços são de uso
permanente, Uso
DESATIVADO Uso permanente Uso permanente Uso permanente
emergencial/contingência ou permanente
futuro?
NI – Não Informado
9. SANTA GERTRUDES
1. Qual a prestadora de serviço de abastecimento de água? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
2. Existem captações em mananciais superficiais? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte: Plano
Bacias PCJ )
Nº de captações 1
Nome dos mananciais (rio, ribeirão, barragem,
Córrego Santa Gertrudes
açude, represa, etc.)
Tipo Captação Barragem de Nível
Vazão Média captada (L/s) 50,6
Vazão Máxima (L/s) 70
Vazão Máxima Sazonal (L/s) 53,4
Coordenada - Latitude -22,45286
Coordenada - Longitude -47,52011
3. No caso da existência de Estações de Tratamento de Água (ETAs) (Fonte: Plano Bacias PCJ )
nº de ETAS 1
ETA NI
Nome da ETA ETA Santa Gertrudes
Tipo de Tratamento Convencional
Macromedição Sim, telemetria
Tratamento de Lodo Sem tratamento/projeto de ampliação
Problemas de tratabilidade Não
Capacidade máxima de tratamento (L/s) 70,00
Obs -
Coordenada - Latitude -22,45345278
Coordenada - Longitude -47,52076944
NI – Não Informado
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte:
Plano Bacias PCJ )
(Continua)
Número de Poços 2
P6- Bom
Identificação do Poço
P5 - Vigorelli sucesso P7 -Jequitibás II P8 - Iporanga P9 - Jequitibás III
Coordenada - Latitude 7515090 7514090 7516420 7514950 7515950
Coordenada - Longitude 239030 239010 238960 238300 239020
Cota - altitude (m) -
NI NI NI NI NI
pegar do MDT
Endereço/Localidade Avenida Benedita Rua Domingos
NI NI NI
(nome) Arthur Dezotti
Sistema aquífero dos
Aquífero Aquífero Aquífero
poços (Serra Geral, Aquífero Tubarão Aquífero Tubarão
Tubarão Tubarão Tubarão
Guarani, Tubarão etc.).
Vazão de teste (m³/h) NI NI NI NI NI
Vazão Média captada
44 20 24,78 56 5,11
(m³/h)
Operação (h/dia;
NI NI 20 NI 20
dias/semana)
Prof. NE (m) - pegar do
NI NI NI 124,25 NI
teste/poço
4. Existem captações em mananciais subterrâneos (poços)? Caso existam, necessitamos as seguintes informações: (Fonte:
Plano Bacias PCJ )
(Conclusão)
Prof. NI (m) - pegar do
145,8 NI NI 165,6 NI
teste/poço
Rebaixamento (NE - NI),
em m - pegar do NI NI NI NI NI
teste/poço
Há monitoramento de
nível d´água? Se sim, NI NI Não NI Não
qual periodicidde?
Há monitoramento de Sim. Parâmetros do Sim. Parâmetros do
qualidade de água CONAMA 396 CONAMA 396
bruta? Se sim, quais NI NI (semestral); turbidez NI (semestral); turbidez
parâmetros e (diária); ecoli (diária); ecoli
periodicidde? (mensal) (mensal)
Informações sobre
Desinfecção (cloro e Desinfecção (cloro e
tratamento da água NI NI NI
flúor) flúor)
bruta
Sistema(s) de
Identificado no mapa Identificado no mapa
abastecimento (água) NI NI NI
levado na visita levado na visita
que alimenta
Poço é outorgado? NI NI Sim NI Sim
Informações sobre Não há. Utilizam Não há. Utilizam
NI NI NI
manutenção preventiva bomba reserva. bomba reserva.
Há registro de
problemas neste poço? NI NI Não NI Não
Se sim, qual(is)?
Não está em
funcionamento
- previsto para
Os poços são de uso
retornar
permanente,
operação Desativado Permanente Desativado Permanente
emergencial/contingênci
futuramente -
a ou futuro?
plano para
recuperação
estrutural
NI – Não Informado
1. ANALÂNDIA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Analândia
Sigla Operador PM Analândia
2. CHARQUEADA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São
Operador Esgoto
Paulo
Sigla Operador SABESP
3. CORDEIRÓPOLIS
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Serviço Municipal
Sigla Operador SAAE
4. CORUMBATAÍ
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Corumbataí
Sigla Operador PM
5. IPEÚNA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Ipeúna
Sigla Operador PM
6. ITIRAPINA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Prefeitura Municipal de Itirapina
Sigla Operador PMI
7. PIRACICABA
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Águas do Mirante (Aegea Saneamento e Participações S.A)
Sigla Operador AM (AEGEA)
Nº ETEs ativas 25
Nº ETEs ativas 25
Nº ETEs ativas 25
Nº ETEs ativas 25
Nome da ETE ETE SANTANA I ETE SANTANA II ETE SANTANA III ETE SANTANA IV ETE SANTANA V
Status Ativa Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 800 800 800 800 800
Vazão de projeto (L/s) 2 2 2 2 2
Vazão afluente (L/s) 0,67 0,18 0,12 0,3 0,52
FOSSA
TANQUE TANQUE SÉPTICO FILTRO/(FOSSA
TANQUE SÉPTICO
TANQUE SÉPTICO + + FILTRO SÉPTICA +
Processo + FILTOR
SÉPTICO FILTRO ANAERÓBIO + FILTRO
ANAERÓBIO
ANAERÓBIO SUMIDOURO BIOLÓGICO) +
SUMIDOURO
Eficiência adotada 71% 73% 65% 67% 62%
Nº ETEs ativas 25
Nº ETEs ativas 25
Nome da ETE ETE VALE DO SOL I ETE VALE DO SOL II ETE VILA BELÉM ETE ZOONOSES
Status Ativa Ativa Ativa Ativa
População atendida 800 800 800
Vazão de projeto (L/s) 2 2 2 1
Vazão afluente (L/s) 1,83 0,4 0,3 0,3
TANQUE SÉPTICO TANQUE SÉPTICO +
TANQUE SÉPTICO + TANQUE SÉPTICO +
Processo + FILTRO FILTRO ANAERÓBIO
FILTRO ANAERÓBIO FILTRO ANAERÓBIO
ANAERÓBIO + SUMIDOURO
Eficiência adotada 81% 66% 65% 81%
Nome corpo receptor Rio Piracicaba Rio Piracicaba Rio Corumbataí Rio Piracicaba
Classe de enquadramento
2 2 2 2
adotada
Carga afluente ETE (Kg
59 12 7 4
DBO/dia)
Carga de lançamento da
9,3 4,1 2,3 0,6
ETE (Kg DBO/dia)
Vazão de referência
40.031,1 40.031,1 6.852 40.031,1
corpo receptor (L/s)
Coordenada ETE: UTM N 7 488 899,94 7 488 491,14 7 494 239,91 7 487 072,09
Coordenada ETE: UTM E 222 069,05 222 051,92 222 951,06 223 746,05
Coordenada lançamento:
7 475 150,02 7 475 150,02 7 494 528,88 7 487 192,18
UTM N
Coordenada lançamento:
291 070,00 291 070,00 222 982,14 223 749,86
UTM E
8. RIO CLARO
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto Odebrecht Ambiental Unidade Rio Claro (BRK)
Sigla Operador BRK Ambiental
9. SANTA GERTRUDES
1. Qual a prestadora de serviço de esgotamento sanitário? (Fonte: Plano Bacias PCJ )
Operador Esgoto BRK Ambiental Santa Gertrudes S/A
Sigla Operador BRK Ambiental
Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continua)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P1 Rio Passa Cinco -22,408353° -47,861823° 7,1 19 7,6 7,03 0,011 <0,02 22
P2 Rio Passa Cinco -22,404027° -47,873630° 7,2 19 7,7 7,18 0,013 <0,02 22
P3 Rio Passa Cinco -22,397613° -47,885922° 7,7 19 9,2 7,33 0,012 <0,02 23
P4 Rio Passa Cinco -22,391013° -47,889623° 7,6 19 9,1 7,45 0,013 0,02 25
P5 Rio Passa Cinco -22,364621° -47,888373° 7,5 19 13,2 7,44 0,013 0,02 22
P6 Rio Passa Cinco -22,357540° -47,877048° 7,4 19 13,7 7,55 0,019 0,03 24
P7 Rio Passa Cinco -22,351925° -47,870634° 7,2 19 16,35 7,44 0,023 0,02 20
P8 Rio Passa Cinco -22,356047° -47,863017° 6,9 19 22,14 7,32 0,031 0,03 29
P9 Rio Passa Cinco -22,366763° -47,857793° 7,1 19 23,53 7,01 0,027 0,03 22
P10 Rio Passa Cinco -22,360536° -47,849018° 7,2 19 22,87 7,11 0,039 0,02 25
P11 Rio Passa Cinco -22,357327° -47,818824° 7,1 19 27,13 7,28 0,033 0,04 21
P12 Rio Passa Cinco -22,364335° -47,794627° 6,9 19 26,18 7,23 0,029 0,03 23
P13 Rio Passa Cinco -22,369709° -47,785373° 6,8 19 19,99 7,74 0,030 0,02 28
P14 Rio Passa Cinco -22,371783° -47,782875° 6,8 19 20,71 7,71 0,031 0,02 29
P15 Rio Passa Cinco -22,379204° -47,773441° 6,9 20 20,81 7,65 0,020 0,02 30
P16 Rio Passa Cinco -22,389992° -47,762042° 7,1 20 23,2 7,51 0,035 <0,02 28
P17 Rio Passa Cinco -22,388212° -47,746084° 6,1 20 24,44 7,52 0,038 <0,02 34
P18 Rio Passa Cinco -22,388889° -47,739893° 6,3 20 24,11 7,49 0,036 <0,02 31
P19 Rio Passa Cinco -22,395701° -47,733279° 6,5 20 24,72 7,51 0,035 <0,02 30
P20 Rio Passa Cinco -22,406105° -47,726827° 6,9 20 25,1 7,55 0,037 <0,02 29
P21 Rio Passa Cinco -22,417719° -47,713723° 4,6 21 26,87 7,66 0,032 0,02 36
P22 Rio Passa Cinco -22,430807° -47,698216° 5,8 20 88,42 7,65 0,129 0,02 30
P23 Rio Passa Cinco -22,440935° -47,677880° 6,4 20 89,11 7,77 0,133 <0,02 32
P24 Rio Passa Cinco -22,449468° -47,658494° 6,7 20 89,74 7,69 0,137 <0,02 34
P25 Rio Cabeça -22,279920° -47,801247° 7,2 19 12,87 7,01 0,020 <0,02 10
P26 Rio Cabeça -22,293242° -47,801958° 7,1 19 13,61 7,04 0,020 <0,02 12
Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P27 Rio Cabeça -22,300361° -47,789802° 6,9 19 15,32 6,09 0,018 0,02 27
P28 Rio Cabeça -22,301069° -47,760425° 6,8 19 16,11 6,81 0,016 0,03 30
P29 Rio Cabeça -22,300654° -47,746465° 6,7 19 17,23 6,71 0,016 0,03 43
P30 Rio Cabeça -22,296006° -47,738039° 6,8 19 18,38 6,69 0,014 0,02 40
P31 Rio Cabeça -22,302759° -47,710667° 6,5 19 19,15 6,55 0,012 0,02 38
P32 Rio Cabeça -22,312953° -47,698699° 6,7 19 17,98 6,44 0,13 <0,02 44
P33 Rio Cabeça -22,328312° -47,676986° 6,8 19 16,77 6,39 0,012 <0,02 41
P34 Rio Cabeça -22,338766° -47,670010° 6,6 19 15,72 6,45 0,014 <0,02 48
P35 Rio Cabeça -22,347194° -47,671940° 4,5 19 12,22 6,22 0,018 <0,02 243
P36 Rio Cabeça -22,380405° -47,665678° 5,9 19 16,92 6,49 0,025 <0,02 104
P37 Rio Cabeça -22,393330° -47,662646° 6,2 19 17,11 6,41 0,025 <0,02 111
P38 Rio Cabeça -22,409580° -47,657622° 6,9 19 16,19 6,32 0,024 <0,02 115
P39 Rio Cabeça -22,431812° -47,649560° 7,2 19 26,76 7,11 0,026 <0,02 129
P40 Rio Cabeça -22,439842° -47,653396° 7,1 19 26,49 7,27 0,036 <0,02 127
P41 Rio Cabeça -22,448056° -47,656168° 7,2 19 30,51 7,31 0,050 <0,02 124
P42 Rio Cabeça -22,463530° -47,648148° 7,2 19 33,78 7,34 0,053 <0,02 125
P43 Rio Cabeça -22,473054° -47,640869° 7,4 19 35,86 7,38 0,056 <0,02 123
P44 Rio Cabeça -22,491928° -47,642356° 7,3 19 35,18 7,33 0,059 <0,02 120
P45 Rio Cabeça -22,518398° -47,657776° 7,4 19 35,38 7,29 0,052 <0,02 118
P46 Córr. Santa Gertrudes -22,418417° -47,474384° 6,8 19 28,33 6,31 0,029 <0,02 11
P47 Córr. Santa Gertrudes -22,439670° -47,494187° 6,4 19 29,76 6,34 0,049 <0,02 15
P48 Córr. Santa Gertrudes -22,450270° -47,513343° 4,8 20 30,13 6,65 0,046 <0,02 17
P49 Córr. Santa Gertrudes -22,450079° -47,534509° 5,4 20 36,79 7,02 0,053 0,10 26
P50 Córr. Santa Gertrudes -22,454438° -47,546709° 5,9 20 37,02 7,11 0,056 0,10 30
Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P51 Córr. Santa Gertrudes -22,456175° -47,552898° 6,2 20 37,27 7,16 0,055 0,11 32
P52 Ribeirão Claro -22,215369° -47,539799° 6,0 20 25,91 6,92 0,045 <0,02 39
P53 Ribeirão Claro -22,242609° -47,530133° 5,8 20 26,85 6,91 0,047 0,02 80
P54 Ribeirão Claro -22,268220° -47,529632° 5,6 20 30,77 6,84 0,050 0,04 111
P55 Ribeirão Claro -22,291510° -47,506185° 5,5 20 36,22 6,81 0,054 0,08 155
P56 Ribeirão Claro -22,334543° -47,493456° 5,4 20 35,63 7,08 0,054 0,08 166
P57 Ribeirão Claro -22,364205° -47,514450° 5,2 20 27,57 7,13 0,041 0,10 178
P58 Ribeirão Claro -22,378520° -47,534277° 5,3 21 31,82 7,01 0,048 0,09 101
P59 Ribeirão Claro -22,410560° -47,538978° 5,6 21 32,11 6,99 0,046 0,10 97
P60 Ribeirão Claro -22,436540° -47,553625° 5,3 21 53,90 7,14 0,081 0,12 93
P61 Ribeirão Claro -22,461751° -47,565630° 6,1 21 47,84 7,22 0,078 0,11 94
P62 Ribeirão Claro -22,477856° -47,580161° 6,9 21 44,67 7,38 0,071 0,11 97
P63 Rio Pirapetinga -22,256983° -47,824511° 6,6 21 44,6 6,63 0,035 <0,02 70
P64 Rio Pirapetinga -22,260566° -47,825273° 6,8 21 40,87 6,86 0,033 <0,02 75
P65 Rio Pirapetinga -22,283523° -47,830058° 7,1 21 38,94 6,97 0,031 <0,02 100
P66 Rio Pirapetinga -22,334408° -47,816768° 7,0 21 35,12 7,01 0,030 <0,02 101
P67 Rio Pirapetinga -22,342710° -47,799199° 7,3 21 20,18 7,02 0,028 <0,02 98
P68 Rio Pirapetinga -22,360874° -47,794405° 7,2 21 17,41 7,19 0,026 <0,02 103
P65 Rio Pirapetinga -22,283523° -47,830058° 7,1 21 38,94 6,97 0,031 <0,02 100
P66 Rio Pirapetinga -22,334408° -47,816768° 7 21 35,12 7,01 0,03 <0,02 101
P67 Rio Pirapetinga -22,342710° -47,799199° 7,3 21 20,18 7,02 0,028 <0,02 98
P68 Rio Pirapetinga -22,360874° -47,794405° 7,2 21 17,41 7,19 0,026 <0,02 103
P69 Rio Corumbataí -22,131868° -47,709575° 8,5 21 15,83 7,38 0,01 <0,02 9
P70 Rio Corumbataí -22,132330° -47,696629° 8,2 21 16,01 7,33 0,011 <0,02 11
Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Continuação)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P71 Rio Corumbataí -22,129662° -47,668427° 7,1 21 14,95 6,82 0,021 0,03 17
P72 Rio Corumbataí -22,136046° -47,660732° 8,2 21 15,03 7,18 0,022 0,03 19
P73 Rio Corumbataí -22,170290° -47,655062° 7,9 21 16,39 7,01 0,024 0,03 21
P74 Rio Corumbataí -22,192996° -47,648412° 7,2 21 12,91 6,81 0,015 0,05 23
P75 Rio Corumbataí -22,209523° -47,632251° 7,4 21 20,52 6,88 0,025 0,02 28
P76 Rio Corumbataí -22,218367° -47,621725° 7,5 21 22,18 6,78 0,03 <0,02 30
P77 Rio Corumbataí -22,241767° -47,608594° 6,9 22 28,89 7,05 0,042 <0,02 81
P78 Rio Corumbataí -22,259224° -47,589788° 6,9 22 29,21 7,12 0,046 <0,02 103
P79 Rio Corumbataí -22,270934° -47,578293° 6,1 22 33,77 7,04 0,049 <0,02 114
P80 Rio Corumbataí -22,303957° -47,571898° 5,9 22 31,86 6,97 0,045 <0,02 118
P81 Rio Corumbataí -22,324679° -47,558745° 5,7 22 30,66 6,88 0,044 <0,02 260
P82 Rio Corumbataí -22,347213° -47,570594° 5,6 22 38,22 6,97 0,038 <0,02 268
P83 Rio Corumbataí -22,365894° -47,587151° 5,6 22 28,41 6,96 0,028 <0,02 279
P84 Rio Corumbataí -22,372296° -47,594201° 5,7 22 29,73 6,88 0,043 <0,02 298
P85 Rio Corumbataí -22,391237° -47,602202° 6,8 22 17,71 7,21 0,024 0,04 75
P86 Rio Corumbataí -22,405056° -47,597998° 6,7 22 18,04 7,26 0,027 0,27 87
P87 Rio Corumbataí -22,422855° -47,594007° 6,5 22 53,44 7,11 0,084 0,25 100
P88 Rio Corumbataí -22,446779° -47,596622° 6,3 22 80,34 6,52 0,111 0,26 110
P89 Rio Corumbataí -22,470126° -47,591639° 6,4 22 81,17 6,77 0,126 0,28 128
P90 Rio Corumbataí -22,505176° -47,615567° 6,7 22 76,32 6,97 0,117 0,29 133
P91 Rio Corumbataí -22,515336° -47,624383° 6,5 22 98,47 7,21 0,131 0,31 145
P92 Rio Corumbataí -22,522822° -47,651709° 6,4 22 92,82 7,36 0,138 0,33 167
P93 Rio Corumbataí -22,549804° -47,672877° 6,5 22 96,78 7,41 0,125 0,3 169
P94 Rio Corumbataí -22,581677° -47,684038° 6,6 22 98,88 7,39 0,121 0,25 178
Análise de Qualidade da Água – coleta realizada a cada 3 km durante o percurso dos principais mananciais da bacia - março de 2019
(Conclusão)
OD TDS Condutividade Amônia
Ponto Corpo Hídrico Latitude Longitude Temperatura pH Turbidez (NTU)
(mg/l) (ppm) (ms/cm) (mg/l)
P95 Rio Corumbataí -22,605460° -47,713508° 6,5 22 100,46 7,39 0,129 0,21 200
P96 Rio Corumbataí -22,620318° -47,686846° 6,7 22 102,94 7,45 0,154 0,24 230
P97 Rio Corumbataí -22,636773° -47,682428° 6,1 22 98,12 7,48 0,152 0,27 236
P98 Rio Corumbataí -22,661783° -47,677367° 6,2 22 94,72 7,41 0,144 0,27 246
P99 Rio Corumbataí -22,679168° -47,675403° 6,4 22 98,61 7,54 0,121 0,28 267
P100 Rio Corumbataí -22,685681° -47,677067° 6,3 22 97,54 7,73 0,126 0,27 281
Foto 3: Primeiro ponto de coleta do Rio Passa Cinco. Foto 4: Caminhão enchendo toneis com água do Rio
Passa Cinco para levar à casa de moradores que não
tem acesso a rede de abastecimento. (P2 do Anexo III)
Foto 5: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar Foto 6: Trecho do Rio Passa Cinco em Itirapina
(P3 do Anexo III) próximo à uma fazenda turística. (P4 do Anexo III)
Fotos 7 e 8: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Locais de águas limpas rasas sem existência
de lançamento de esgoto. (P5 e P6 do Anexo III)
Fotos 9 e 10: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Locais de águas limpas rasas sem existência
de lançamento de esgoto. (P7e P8 do Anexo III)
Fotos 11 e 12: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Sem existência de lançamento de esgoto.
(P9 e P10 do Anexo III)
Fotos 13 e 14: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Itirapina. Sem existência de lançamento de esgoto.
(P11 e P12 do Anexo III)
Fotos 15 e 16: Trecho do Rio Passa Cinco no município de Itirapina com coleta de água por mangueiras
confirmada por moradores. (P13 e P14 do Anexo III)
Foto 17: Margem do Rio Passa Cinco no município de Foto 18: Trecho do Rio Passa Cinco próximo ao porto
Itirapina. (P15 do Anexo III) de Areia com extração e uso água. (P16 do Anexo III)
Foto 19: Porto de Areia no Rio Passa Cinco, resultando Foto 20: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar.
na alteração da qualidade do rio, aumento da Município de Ipeúna. (P17 do Anexo III)
turbidez. (P16 do Anexo III)
Fotos 21 e 22: Rio Passa Cinco com presença de mata ciliar no município de Ipeúna. (P18 e P19 do Anexo III)
Foto 23: Trecho do Rio Passa Cinco no município de Foto 24: Porto de Areia onde foi possível avistar
Ipeúna. (P20 do Anexo III) extração e uso água do Rio Passa Cinco. (P21 do
Anexo III)
Fotos 25 e 26: Trechos do Rio Passa Cinco no município de Ipeúna. Presença de bancos de areia e propriedades
rurais. (P22 e P23 do Anexo III)
Foto 27: Trecho final do Rio Cabeça próximo a Foto 28: Local com vários veios d’água próximo à
confluência com o Rio Passa Cinco em Ipeúna. (P24 nascente do Rio Cabeça, município de Itirapina. (P25
do Anexo III) do Anexo III)
Foto 29: Trecho do Rio Cabeça, no município de Foto 30: Trecho do Rio Cabeça com presença de mata
Itirapina, percorrendo dentro de propriedades fechada, no município de Itirapina. (P27 do Anexo III)
particulares. (P26 do Anexo III)
Fotos 31 e 32: Áreas de pasto nas margens do Rio Cabeça no município de Itirapina. (P28 e 29 do Anexo III)
Fotos 33 e 34: Trechos do Rio Cabeça, no município de Itirapina, com presença de mata ciliar. (P30 e P31 do
Anexo III)
Foto 35 e 36: Trechos do Rio Cabeça em área rural próximo ao limite municipal entre Corumbataí e Rio Claro.
(P32 e P33 do Anexo III)
Fotos 37 38: Trechos do Rio Cabeça próximo a portos de areia no município de Rio Claro. Água apresenta
aumento de turbidez. (P34 P35 do Anexo III)
Fotos 39 e 40: Trechos do Rio Cabeça com margens preservadas no município de Rio Claro. (P36 e P37do
Anexo III)
Foto 41: Trecho do Rio Cabeça com mata ciliar (P38 Foto 42: Trecho do Rio Cabeça onde foi avistado gado
do Anexo III) em grande quantidade. (P39do Anexo III)
Foto 45: Trecho do Rio Passa Cinco após desague do Foto 46: Área de corredeiras no Rio Passa Cinco.
Rio Cabeça. Limite municipal Rio Claro e Ipeúna. (P42 Limite Municipal Rio Claro e Ipeúna. (P43 do Anexo
do Anexo III) III)
Foto 47: Área de corredeiras no Rio Passa Cinco. Foto 48: Trecho do Rio Passa Cinco próximos a sua foz
Limite Municipal Rio Claro e Ipeúna. (P44 do Anexo no Rio Corumbataí. (P45 do Anexo III)
III)
Foto 49: Área com pouca mata ciliar e plantação e Foto 50: Lago com água proveniente do Córrego Santa
cana de açúcar ao entorno do Córrego Santa Gertrudes, possivelmente utilizado para lavoura. (P47
Gertrudes. (P46 do Anexo III) do Anexo III)
Foto 51: Trecho do Córrego Santa Gertrudes com Foto 52: Evidência da existência de despejo não visível
aproximadamente 1m de largura. (P48 do Anexo III) no Córrego Santa Gertrudes. Odor característico de
despejo doméstico. (P49 do Anexo III)
Foto 53: Trecho do Córrego Santa Gertrudes com alta Foto 54: Área preservada com presença de mata ciliar
turbidez e presença de odor de esgoto. (P50 do Anexo no Córrego Santa Gertrudes, com leve odor de esgoto.
III) (P51 do Anexo III)
Fotos 57 e 58: Trechos do Ribeirão Claro próximo a áreas de plantação de cana-de-açúcar. (P54 e P55 do Anexo
III)
Foto 59: Trecho do Ribeirão Claro onde há um Foto 60: Trecho do Ribeirão Claro próximo à rodovia
reservatório nas proximidades. Município de Rio (P57 do Anexo III)
claro.(P56 do Anexo III)
Foto 61: Trecho do Ribeirão Claro com mata ciliar Foto 62: Trecho do Ribeirão Claro com altos índices
pouco preservada e muitos bancos de areia. (P58 do de turbidez. (P59 do Anexo III)
Anexo III)
Foto 65: Trecho do Ribeirão Claro entre os municípios Foto 66: Trecho do Ribeirão Claro no município de
de Rio Claro e Santa Gertrudes com área de mata Rio Claro com presença de lixo acumulado nas
ciliar preservada. (P61 do Anexo III) proximidades. (P62 do Anexo III)
Foto 67: Lixo encontrado nas proximidades do Foto 68: Área com mata ciliar preservada no Rio
Ribeirão Claro (P62 do Anexo III) Pirapitinga. (P63 do Anexo III)
Fotos 69 e 70: Trechos do Rio Pirapitinga no município de Itirapina com presença de Mata Ciliar bem
preservada. (P64 e P65 do Anexo III)
Foto 71: Trecho do Rio Pirapitinga no município de Foto 72: Rio Pirapitinga com altos índices de turbidez.
Itirapina.. (P66 do Anexo III) (P67 do Anexo III)
Foto 73: Trecho do Rio Pirapitinga em Itirapina com Foto 74: Corredeiras de água próximo ao Rio
alta turbidez. (P68 do Anexo III) Corumbataí em Analândia. (P69 do Anexo III)
Foto 75: Trecho do Rio Corumbataí com águas claras e Foto 76: Trecho do Rio Corumbataí em Analândia com
vegetação bem preservada. (P70 do Anexo III) presença de tubulações de água pluvial. (P71 do
Anexo III)
Foto 77: Tubulação para drenagem de águas pluviais Foto 78: Trecho de corredeiras no Rio Corumbataí em
no Rio Corumbataí. (P71 do Anexo III) Analândia. (P72 do Anexo III)
Fotos 79 e 80: Trechos do Rio Corumbataí com vegetação bem preservada. (P73 e P74 do Anexo III)
Foto 81: Trecho do Rio Corumbataí no município de Foto 82: Casa de bomba com 2 grandes bombas
Corumbataí com presença de mangueiras do porto de instaladas e operando, utilizada para captação de
areia próximo. (P75 do Anexo III) água do Rio Corumbataí. (P76 do Anexo III)
Foto 83: Área rural no entorno do Rio Corumbataí. Foto 84: Trecho do Rio Corumbataí, no município de
(P77 do Anexo III) Corumbataí, com erosão e presença de bancos de
areia nas margens. (P78 do Anexo III)
Foto 85: Trecho do Rio Corumbataí próximo a um Foto 86: Trecho de mata ciliar fechada e bancos de
porto de areia com balsa. Município de Rio Claro. areia no Rio Corumbataí – município de Rio Claro.
(P79 do Anexo III) (P80 do Anexo III)
Foto 87: Canal de desvio de água do Rio Corumbataí Foto 88: Ponte sobre o Rio Corumbataí. (P82 do
para uma grande propriedade. (P81 do Anexo III) Anexo III)
Fotos 89 e 90: Trecho do Rio Corumbataí com alguma presença de lixo nas margens. Município de rio Claro.
(P83 e 84 do Anexo III)
Foto 91: Rio Corumbataí no município de Rio Claro. Foto 92: Trecho do Rio Corumbataí onde foi
(P85 do Anexo III) observado uma canaleta de drenagem de águas
pluviais entre a mata e uma ponte, com leve odor.
(P86 do Anexo III)
Fotos 93 e 94: Presença de lixo na estrada que se estende até o Rio Corumbataí em Rio Claro. (P87 e P88 do
Anexo III)
Fotos 95 e 96: Trecho do Rio Corumbataí no município de Rio Claro com altos níveis de turbidez e
Condutividades. (P89 e P90 do Anexo III)
Fotos 97 e 98: Trechos do Rio Corumbataí no município de Rio Claro. (P91 e P92 do Anexo III)
Foto 101: Presença de água turva próximo à presença Foto 102: Trecho do Rio Corumbataí em Piracicaba
de diversos portos de areia no Rio Corumbataí. Limite com aumento de amônia. (P96 do Anexo III)
municipal de Charqueada e Piracicaba. (P95 do Anexo
III)
Foto 105: Presença de lixo como sacolas plástica e Foto 106: Ponto final do trajeto no Rio Corumbataí.
garrafas pets próximo ao Rio Corumbataí (P99 do (P100 do Anexo III)
Anexo III).
Analândia Charqueada
Cordeirópolis Corumbataí
Ipeúna Itirapina
Santa Gertrudes