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NOTAS:

02

01

REV.
DATA DIGITADO ELABORADO VERIFICADO APROVADO

EMPREENDIMENTO:

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CABAÇAL / MT


FASE DO EMPREENDIMENTO:

ESTUDOS DE INVENTÁRIO HIDRELÉTRICO


TÍTULO DO DOCUMENTO:

RELATÓRIO FINAL– TEXTO

CAPÍTULO 3
NÚMERO DO CLIENTE: REVISÃO: NÚMERO DO DOCUMENTO: REVISÃO:

024401-110RT-A001 00
DIGITADO ELABORADO VERIFICADO APROVADO
L&S L&S ACOR PFA
R.TÉCNICO DATA: PÁGINA: DE:

Henrique Silveira dos Santos MAR/2014 1 27


Engenheiro Civil – CREA 4.677/D-DF
SUMÁRIO
3 LEVANTAMENTOS DE CAMPO E ESTUDOS BÁSICOS.................3.1
3.1 ESTUDOS CARTOGRÁFICOS.................................................................................3.1
3.1.1 Cartografia Oficial Utilizada......................................................................................................................3.1
3.1.2 Levantamento Aerofotogramétrico..........................................................................................................3.1
3.1.3 Levantamentos Topobatimétricos............................................................................................................3.2

3.2 ESTUDOS GEOLÓGICOS REGIONAIS....................................................................3.2

3.3 ESTUDOS HIDROMETEOROLÓGICOS...................................................................3.3


3.3.1 Caracterização da Área de Interesse para os Estudos...........................................................................3.3
3.3.2 Dados Existentes.......................................................................................................................................3.6
3.3.3 Determinação das Séries Hidrológicas....................................................................................................3.7
3.3.4 Curva de Permanência de Vazões..........................................................................................................3.19
3.3.5 Estudo de Vazões Máximas....................................................................................................................3.19
3.3.6 Estudos de Vazões Remanescentes.........................................................................................................3.23
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 3.1. Cartas Geográficas Utilizadas (Órgão Emissor: DSG/IBGE)............................................3.1

Tabela 3.2. Estações climatológicas.................................................................................................... 3.6

Tabela 3.3. Estações pluviométricas na bacia hidrográfica do rio Cabaçal.........................................3.7

Tabela 3.4. Estações fluviométricas na bacia do rio Cabaçal e adjacentes........................................3.7

Tabela 3.5: Estação Sedimentométrica............................................................................................... 3.7

Tabela 3.6. Estações Selecionadas para Estudo de Regionalização..................................................3.9

Tabela 3.7. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa A)...........3.11

Tabela 3.8. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa B)...........3.12

Tabela 3.9. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa C)...........3.13

Tabela 3.10. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa D).........3.14

Tabela 3.11. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa E).........3.15

Tabela 3.12. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WA)........3.15

Tabela 3.13. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WB)........3.16

Tabela 3.14. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WC).......3.16

Tabela 3.15. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Bracinho (Alternativa BA)......3.17

Tabela 3.16. Valores normalizados da série hidrológica da estação Estrada MT 125.......................3.18


ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 3.1. Mapa hidrogeológico da bacia do rio Cabaçal...................................................................3.5

Figura 3.2. Configuração dos Elementos de Regionalização..............................................................3.9

Figura 3.3. Regionalização de Valores Máximos...............................................................................3.20

Figura 3.4. Regionalização de Vazão Máxima (Formação Arenítica)................................................3.21

Figura 3.5. Regionalização de Valores Máximos (Embasamento Cristalino)....................................3.21

Figura 3.6. Regionalização de Valores de Desvio.............................................................................3.22


3 LEVANTAMENTOS DE CAMPO E ESTUDOS BÁSICOS

A seguir são apresentados os levantamentos de campo e as análises efetuadas para a


realização do presente Estudos de Inventário Hidrelétrico do rio Cabaçal. Também são
relatadas as principais informações referentes a dados cartográficos, geológicos e
hidrometeorológicos da região estudada. Detalhes desses levantamentos, assim como
as análises e resultados encontram-se nos respectivos Apêndices I, II e III.

3.1 ESTUDOS CARTOGRÁFICOS

Os levantamentos cartográficos visaram subsidiar dados para o estabelecimento das


alternativas de divisão de queda, por meio da análise da restituição aerofotogramétrica,
da elaboração do perfil do rio, da avaliação das áreas e volumes dos reservatórios, e
da verificação das condições topográficas das ombreiras nos locais barráveis
identificados. Serviram ainda, ao desenvolvimento do apoio aos demais levantamentos
de campo, relativos à hidrometria e geologia.

3.1.1 Cartografia Oficial Utilizada

Os levantamentos cartográficos foram planejados sobre a cartografia oficial existente,


selecionados na escala 1:100.000 e 1:250.000, do D.S.G. (Diretoria de Serviço
Geográfico do Exército Brasileiro) e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) que abrange toda a área da bacia hidrográfica do rio Cabaçal. As cartas
disponíveis são datadas de 1977 à 1983. As principais características destas cartas
planialtimétricas são apresentadas na Tabela 3.1, a seguir.

Tabela 3.1. Cartas Geográficas Utilizadas (Órgão Emissor: DSG/IBGE)


EXECUTANTE MI DATUM ANO NOMENCLATURA NOME ESCALA
IBGE 0029 Córrego Alegre 1998 SD-21 Cuiabá 1:1.000.000
DSG 0386 Córrego Alegre 1982 SD-21-Y-C Jauru 1:250.000
DSG 0387 Córrego Alegre 1982 SD-22-Y-D Barra dos Bugre 1:250.000
DSG 2150 Córrego Alegre 1975 SD-21-Y-C-III Jauru 1:100.000
DSG 2246 Córrego Alegre 1975 SD-21-Y-D-I Rio Branco 1:100.000

As imagens radar SRTM serviram de base cartográfica para a elaboração de mapas


temáticos utilizados na caracterização da bacia hidrográfica do rio Cabaçal, bem como
da delimitação e medição das áreas de drenagem dos locais barráveis e das
drenagens secundárias.

3.1.2 Levantamento Aerofotogramétrico

Ilustração 3.1

A empresa SAIBRASIL Serviços Aéreos Industriais foi contratada para a execução do


perfilamento a laser e restituição fotogramétrica do Estudo de Inventário do Rio

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Cabaçal, tendo executado também o apoio de campo necessário a partir de receptores
GNSS de dupla frequência amarrados a estação geodésica do IBGE SAT91187. Uma
descrição mais detalhada do levantamento consta do relatório da SAIBRASIL como
Anexo 1 ao Apêndice I – Estudos Cartográficos.

Os estudos visando o levantamento aerofotogramétrico do rio Cabaçal, do rio Branco e


do rio Bracinho, tendo em conta o interesse de avaliar o seu potencial até o limite
mínimo de 1 MW, foram feitos considerando a maior atratividade energética do curso
principal destes 3 rios em relação ao remanescente energético eventualmente
disponível nos seus tributários.

A área objeto do levantamento aerofotogramétrico, considerada como de maior


atratividade energética, compreende uma faixa de 700 m ao longo do curso principal
dos rios Cabaçal, Branco e Bracinho, acompanhando seus meandros, da sua
confluência até a região das cabeceiras, numa extensão total de cerca de 290 km
abrangendo cerca de 574 folhas planialtimétricas com ortofotos em formato A3 na
escala 1:10.000 com curvas de nível equidistantes em 5 m na vertical.

3.1.3 Levantamentos Topobatimétricos

Ilustração 3.2

A empresa Saint Germain Consultores Associados Ltda foi contratada para:


 Reprocessar pontos já implantados, partindo do vértice SAT91229;
 Processar pontos já implantados, partindo de um novo vértice de apoio SAT92583;
 Levantamentos de pontos de NA complementar, para geração do perfil longitudinal;
 Gerar relatórios, planilhas, monografias, desenhos (planta de localização).

Os levantamentos e descrição dos métodos adotados, bem como os dados de campo e


respectivos relatórios de processamento encontram-se detalhados no Anexo 2 ao
Apêndice I - Estudos Cartográficos.

As seções e respectivos níveis d’água foram adotados no ajuste final no perfil do rio e
certificação dos níveis montante e jusante dos aproveitamentos considerados nas
alternativas de divisão de quedas.

3.2 ESTUDOS GEOLÓGICOS REGIONAIS

Ilustrações 3.3 a 3.5

A bacia hidrográfica do rio Cabaçal fica situada na região centro sudoeste do Estado de
Mato Grosso, limitada entre as latitudes 14º52’ e 16º00’ Sul e longitudes 57º42’ e
58º40’Oeste.

O rio Cabaçal e seus principais afluentes correm de norte para sul com alguns trechos
de oeste para leste, totalmente em território mato-grossense, com suas nascentes

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situadas na região da Chapada dos Parecis nos domínios territoriais de Barra dos
Bugres, nas proximidades da cidade de Reserva do Cabaçal.

O rio Cabaçal percorre cerca de 145 km das nascentes até sua confluência com o rio
Branco e mais 145 km até a sua foz no rio Paraguai, num total de 290 km. O rio
Branco, afluente do rio Cabaçal, percorre 85 km até sua foz e tem um afluente, o rio
Bracinho, que se estende por 60 km. No trecho de interesse, estudos finais, foram
definidos 06 (seis) sítios de barramento, todos no rio Cabaçal.

Na região de domínio da Bacia do rio Cabaçal, ocorrem as seguintes unidades


litoestratigráficas: Complexo Alto Guaporé (PP4ag), Grupo Alto Jauru (PP4aj), Suite
Intrusiva Cachoeirinha (MP1ϒc), Grupo Aguapei (NP1a), Grupo Puga (NPγu),
Formação Araras, membro superior (NP3ars), Formação Utiariti (K2ut), Formação
Pantanal fácies terraços (Q1p1), Formação Pantanal fácies depósitos (Q1p2) e
Depósito aluvionares (Q2a).

O rio Cabaçal, no trecho de interesse, percorre da nascente até a confluência com o rio
Branco, os seguintes domínios – Formação Utiariti, Complexo Alto Guaporé, Suite
Intrusiva Rio Branco, Grupo Alto Jauru, Grupo Aguapei e novamente a Suite Intrusiva
Rio Branco, sendo que tem os 4 empreendimentos de montante no Complexo Alto
Guaporé e 2 de jusante no Grupo Aguapei.

O rio Branco percorre da nascente até a foz os seguintes domínios – Grupo Aguapei e
Suite Intrusiva Rio Branco. O rio Bracinho está totalmente no Grupo Aguapei.

As descrições detalhadas da Geologia e Geomorfologia Regional, Aspectos Estruturais


e Tectônicos, Áreas de Risco a Estanqueidade, Áreas de Risco a Erosão, Sismicidade
Regional, bem como da Investigações Diretas, Geologia-Geotecnia dos Eixos dos
aproveitamentos e Materiais Naturais de Construção, são detalhadas no Apêndice II -
Estudos Geológico-Geotécnicos.

3.3 ESTUDOS HIDROMETEOROLÓGICOS

O presente tópico apresenta um resumo dos dados existentes na bacia hidrográfica do


rio Cabaçal e que foram utilizadas no estudo de Inventário Hidrelétrico da Bacia do rio
Cabaçal. Informações mais detalhadas encontram-se disponíveis no Apêndice III –
Estudos Hidrometeorológicos.

A caracterização geral do regime hidrometeorológico da região inventariada é


apresentada considerando a meteorologia, através das características climáticas, e a
hidrologia, por meio da pluviometria, fluviometria e sedimentologia, considerando dados
históricos existentes levantados para a realização deste estudo.

3.3.1 Caracterização da Área de Interesse para os Estudos

O rio Cabaçal tem apenas um posto de observação fluviométrica, situado em trecho


médio/baixo (Embasamento Cristalino) da bacia e que apresenta um regime
diferenciado do que ocorre nas cabeceiras (Formação Arenítica).

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Tal particularidade conduziu à aplicação da metodologia de regionalização de vazões
para a determinação das séries de vazões médias mensais afluentes aos locais de
aproveitamento vislumbrados no rio Cabaçal, como também para a determinação das
vazões de cheias e de desvio. Para isso há a necessidade de se definir regiões com
características hidrológicas relativamente homogêneas.

A bacia do rio Cabaçal, afluente pela margem direita do rio Paraguai, está inserida na
porção central do Estado de Mato Grosso. Sua cabeceira está localizada no Planalto
dos Parecis, região que divide as bacias do rio Amazonas e do rio Paraguai.

Na Bacia Hidrográfica do rio Cabaçal foram verificadas diferenças significativas de


vazões específicas ao longo dela, desde a sua nascente até a sua foz. Essa alteração
pronunciada no regime de vazões pode ser atribuída à mudança do substrato
geológico existente na região.

Na sub-bacia do rio Cabaçal observa-se 9 unidades litoestratigráficas distribuídas


conforme a Figura 3.1. . Nas regiões de cabeceira da bacia do rio Cabaçal afloram os
arenitos da Formação Utiariti, com altas vazões específicas (da ordem de 35 a 39
l/s.km²) e alto potencial de regularização destas vazões, sendo que nos trechos médio
e inferior, para as 8 unidades litoestratigráficas restantes, ocorrem rochas do tipo
cristalino, com vazões específicas marcadamente menores (da ordem de 21 l/s.km²) e
baixo potencial de regularização de vazões.

A Formação Utiariti constitui os patamares mais elevados do Planalto dos Parecis,


quase sempre limitados por escarpas erosivas. Seus principais componentes são
sedimentos arenosos de granulometria fina a média, predominantemente quartzosos.

O trecho médio da bacia do rio Cabaçal corresponde ao domínio litológico das rochas
do Complexo Alto Guaporé e a Suíte Intrusiva Cachoerinha. O Grupo Alto Guaporé
corresponde a uma litologia composta por gnaisses, subordinadamente anfibolito, xisto
e quartzito. A Suíte Intrusiva Cachoerinha é composta por rochas intrusivas félsicas a
intermediárias do Tipo I: granodiorito, tonalito de granulação média e monzogranito.
Neste trecho, o rio Cabaçal evolui, depois de descer a escarpa erosiva da Serra do
Roncador, para as rochas do Grupo Alto Jauru, Grupo Aguapei e a Suíte Intrusiva Rio
Branco no setor central.

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Figura 3.1. Mapa hidrogeológico da bacia do rio Cabaçal.

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3.3.2 Dados Existentes

Ilustração 3.6

Os dados existentes que melhor caracterizam a região analisada estão descritos a


seguir conforme a meteorologia, hidrologia e sedimentologia.

3.3.2.1 Meteorologia

Em virtude de não terem sido encontradas estações climatológicas na bacia do rio


Cabaçal, recorreu-se a estações localizadas nas regiões circunvizinhas, situadas no
Estado de Mato Grosso. Dentre as estações selecionadas – Diamantino (01456005),
Cuiabá (01556002) e Cáceres (01657000), são apresentadas a seguir os valores de
precipitação, temperatura, umidade relativa, evaporação, insolação e nebulosidade.
Ressalta-se que a estação climatológica Cáceres (01657000) é a mais próxima dos
aproveitamentos da bacia do rio Cabaçal.

Tabela 3.2. Estações climatológicas


Coordenadas
Código Nome UF Município Entidade
Latitude Longitude

01456005 DIAMANTINO MT DIAMANTINO INMET 14° 24’ 21” 56°26’ 47”

01556002 CUIABÁ MT CUIABÁ INMET 15° 37’ 18” 56°06’ 30”

01657000 CÁCERES MT CÁCERES INMET 16° 07’ 51” 57° 47’ 37”

Para a caracterização meteorológica da bacia do rio Cabaçal foram utilizados os dados


existentes na região referentes aos registros históricos das estações climatológicas de
Diamantino (01456005), Cuiabá (01556002) e Cáceres (01657000), situadas no estado
do Mato Grosso e operadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia – INMET. Os
mesmos constam do Apêndice III – Estudos Hidrometeorológicos.

3.3.2.2 Hidrologia

Para os estudos hidrológicos foram levantadas as principais estações pluviométricas e


fluviométricas existentes nas proximidades da região estudada, conforme apresentado
na Tabela 3.3 e na Tabela 3.4, respectivamente.

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Tabela 3.3. Estações pluviométricas na bacia hidrográfica do rio Cabaçal
Altitude Período de Média total
Código Nome UF Município Entidade
(m) dados (mm)

SÃO JOSÉ DO
01557005 MT BARRA DO BUGRES ANA 106 1976* 2005* 1.574
SEPOTUBA
01558000 COLÔNIA RIO BRANCO MT RIO BRANCO ANA 124 1971* 2005* 1.572
PONTE CABACAL MT-
01558001 MT CÁCERES ANA 188 1972* 2005* 1.397
125
01558002 SALTO DAS NUVENS MT CÁCERES DNOS - 1968 1970 1.565
01558006 SALTO DO CÉU MT SALTO DO CÉU ANA - 1979 1983 2.043

Tabela 3.4. Estações fluviométricas na bacia do rio Cabaçal e adjacentes


Área Período de
Código Nome Rio Estado Município Entidade
(km²) Dados

MATO
66050000 TAPIRAPUÃ SEPOTUBA NOVA OLÍMPIA ANA 5.290 ago/71 dez/07
GROSSO
MATO BARRA DO
66055000 SÃO JOSÉ DO SEPOTUBA SEPOTUBA ANA 8.090 out/69 dez/07
GROSSO BUGRES
MATO BARRA DO
66010000 BARRA DO BUGRES PARAGUAI ANA 8.250 jan/66 abr/13
GROSSO BUGRES
MATO BARRA DO
66015000 PORTO ESTRELA PARAGUAI ANA 12.100 jun/71 dez/07
GROSSO BUGRES
MATO
66065000 ESTRADA MT 125 CABAÇAL CÁCERES ANA 3.596 set/69 dez/07
GROSSO
MATO PORTO
66072000 PORTO ESPERIDIÃO JAURU ANA 5.660 dez/65 dez/07
GROSSO ESPERIDIÃO

Dentre as estações levantadas no estudo, a estação Estrada MT-125 foi selecionada


como estação base para obtenção da série de vazões mensais no local dos
aproveitamentos. Esta estação foi escolhida por sua localização, pelo longo período de
dados observados e por ter poucas falhas no período.

3.3.2.3 Sedimentologia

Na bacia hídrica do rio Cabaçal foi identificada estação Estrada MT-125 , com medição
de sedimentos, de forma a se poder avaliar a descarga sólida.
As principais características desta estação estão listadas na Tabela 3.5

Tabela 3.5: Estação Sedimentométrica

CÓDIGO NOME
66070004 Cáceres

s dados sedimentométricos foram obtidos junto à ANA e fazem referência à


concentração de sedimentos em suspensão.

3.3.3 Determinação das Séries Hidrológicas

A regionalização de vazões consiste num conjunto de ferramentas que exploram as


informações existentes, visando à estimativa das variáveis hidrológicas, principalmente

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em regiões com baixa densidade de postos de observações constituintes da rede
hidrométrica. No caso da Bacia Hidrográfica do rio Cabaçal, o procedimento de
regionalização abarcou os dados de bacias vizinhas, como as bacias dos rios
Sepotuba, Paraguai e Jauru.

As diversas estações fluviométricas em operação localizam-se em formações


geológicas distintas. As estações localizadas ao longo do rio Paraguai e nos trechos
médio e inferior do rio Cabaçal e do rio Jauru encontram-se sobre formação cristalina,
enquanto as estações do rio Sepotuba e das cabeceiras do rio Cabaçal encontram-se
sobre formação arenítica, o que significa que essas últimas têm maior potencial de
armazenamento de água em seus aquíferos, e consequentemente liberam maior
volume de água por unidade de área.

A metodologia de regionalização de vazões requer a seleção de grupos de estações


com características hidrogeológicas semelhantes. Segundo Tucci (2002), um indicador
regional é um valor médio de uma variável ou proporção entre variáveis hidrológicas
que dependem da magnitude da bacia e variam dentro da mesma. Assim, a relação
entre as mesmas caracteriza um indicador que possui menor variabilidade e permite o
seu uso com maior abrangência.

Como se tem a disponibilidade de apenas um posto fluviométrico na bacia do rio


Cabaçal (posto Estrada MT-125 cód.: 66065000), recorreu-se a outros postos em
bacias vizinhas com características hidrogeológicas semelhantes como nos rios Jauru,
Sepotuba, cabeceira do rio Paraguai, todos pertencentes à sub-bacia 66.

Observou-se na seleção destes postos a semelhança hidrogeológica, devido à


localização do aquífero Utiariti (arenítica), em verde no mapa geológico da Figura 3.1.
e também formação cristalina representada pelas demais cores. Verifica-se que sob a
formação Utiariti as vazões específicas são bem maiores, como era esperado, pois a
permeabilidade é maior, já sob a formação cristalina a vazão específica diminui
consideravelmente.

3.3.3.1 Avaliação das Estações para Estudos de Regionalização

Recorrendo-se a estudos já realizados na região, pode-se concluir que a produção


específica na região drenada sob a formação Utiariti (arenítica), com enfoque no rio
Sepotuba, é da ordem de 32 l/s.km2. Já na região sob a formação cristalina, a vazão
específica não ultrapassa 21 l/s.km2 como pode ser observado na estação Estrada MT-
125 localizada no rio Cabaçal.

Comportamento semelhante foi observado na cabeceira do rio Paraguai, que também


drena área sob cristalino. Assim, foram construídas duas curvas de regionalização,
uma de forma a descrever o comportamento sob formação cristalina e outra sob
formação arenítica. As estações selecionadas para o estudo de regionalização com
suas respectivas características são mostradas na Tabela 3.6, a seguir. Os estudos
compreenderam o período de dados disponibilizados pela ANA.

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Tabela 3.6. Estações Selecionadas para Estudo de Regionalização

Figura 3.2. Configuração dos Elementos de Regionalização

As curvas de regionalização acima modeladas serão utilizadas para estabelecer as


vazões médias associadas a cada eixo de barramento, considerando as frações de
áreas de drenagem associadas a cada formação geológica mencionada anteriormente.

Essa metodologia intenta representar de forma mais aproximada possível às diferenças


de vazões especificas que incidem especificamente tanto na Formação Arenítica
quanto no Embasamento Cristalino.

Para que se estabelecesse Curva Regionalização de Vazões Médias Específicas


(Figura 3.2) foi necessária à realização da consistência dos dados das estações
relacionadas na Tabela 3.6, contexto em que houve o preenchimento de falhas
juntamente com a substituição de dados pontuais de natureza duvidosa, valendo-se de
equações de correlação definidas entre as estações de referência, por meio dos dados
disponibilizados pela ANA (Hidroweb), em dezembro/2013, cuja apresentação
detalhada pode ser analisada no Apêndice III – Levantamentos Hidrometeorológicos.

Tais procedimentos permitiram estabelecer um conjunto de séries temporais no período


de 12/1965 a 04/2013.

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3.3.3.2 Séries de vazões médias mensais nos eixos inventariados

A partir da constatação da diferença nos substratos rochosos na região em termos de


vazões específicas, e ainda, em virtude da bacia do rio Cabaçal estar sob as duas
formações, procedeu-se uma metodologia de regionalização que fosse capaz de
considerar essas diferenças.

Sendo assim, para a formação cristalina adotou-se uma curva de regionalização e para
a formação arenítica adotou-se outra, conforme descrevem os gráficos da Figura 3.2
mostrados anteriormente.

De acordo com a hidrogeologia da Figura 3.1. , é possível definir a área da bacia que
se encontra sobre qualquer uma da das formações identificadas (arenito / cristalino). A
partir da composição das equações definidas na regionalização foi possível definir
vazões médias para os eixos inventariados do rio Cabaçal, considerando a
porcentagem das áreas drenadas em cada substrato, de forma a se obter uma vazão
específica resultante para o local.

A estação base para os estudos foi a Estrada MT-125 (Código 66065000) por esta ser
a única situada no rio Cabaçal e com período longo de observação (1969 a 2007), cujo
trabalho de consistência e a padronização adotada permitiu a obtenção de uma série
de maior amplitude (dez/1965 – abr/2013).

Os resultados obtidos para cada eixo de todas as alternativas estudadas estão nas
tabelas a segui, obtidos pela técnica de regionalização.

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Tabela 3.7. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa A)

EIX LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
O [km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
A1 160,0 1.174,97 0,56040 0,43960 658,45 32,93 516,52 21,84 28,06 33,0
A2 163,5 1.160,19 0,56754 0,43246 658,45 32,93 501,74 21,84 28,14 32,6
A3 178,0 1.102,87 0,59703 0,40297 658,45 32,93 444,42 21,88 28,48 31,4
A4 194,5 1.050,87 0,62658 0,37342 658,45 32,93 392,42 21,91 28,82 30,3
A5 206,0 1.009,57 0,65221 0,34779 658,45 32,93 351,12 21,93 29,11 29,4
A6 219,5 954,54 0,68981 0,31019 658,45 32,93 296,09 21,97 29,53 28,2
A7 246,9 785,91 0,82676 0,17324 649,76 32,94 136,15 22,06 31,05 24,4
A8 259,0 660,65 0,88113 0,11887 582,12 32,98 78,53 22,09 31,68 20,9
A9 264,5 604,97 0,91981 0,08019 556,46 32,99 48,51 22,11 32,12 19,4
A10 266,7 602,89 0,92213 0,07787 555,94 32,99 46,95 22,11 32,14 19,4
A11 269,7 585,13 0,93630 0,06370 547,86 32,99 37,27 22,12 32,30 18,9
A12 271,5 580,38 0,94097 0,05903 546,12 33,00 34,26 22,12 32,35 18,8
A13 277,6 531,79 0,99771 0,00229 530,57 33,00 1,22 22,14 32,98 17,5
A14 281,0 516,96 1,00000 0,00000 516,96 33,01 0,00 22,14 33,01 17,1

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Tabela 3.8. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa B)

EIX LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
O [km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
B1 160 1.170,85 0,56237 0,43763 658,45 32,93 512,40 21,84 28,08 32,9
B2 163,5 1.160,19 0,56754 0,43246 658,45 32,93 501,74 21,84 28,14 32,6
B3 178 1.102,87 0,59703 0,40297 658,45 32,93 444,42 21,88 28,48 31,4
B4 194,5 1.050,87 0,62658 0,37342 658,45 32,93 392,42 21,91 28,82 30,3
B5 203 1.030,07 0,63923 0,36077 658,45 32,93 371,62 21,92 28,96 29,8
B6 217,5 957,20 0,68789 0,31211 658,45 32,93 298,75 21,96 29,51 28,2
B7 232 853,67 0,77132 0,22868 658,45 32,93 195,22 22,02 30,44 26,0
B8 246,9 785,91 0,82676 0,17324 649,76 32,94 136,15 22,06 31,05 24,4
B9 258,5 661,39 0,88016 0,11984 582,13 32,98 79,26 22,09 31,67 20,9
B10 264,5 604,97 0,91981 0,08019 556,46 32,99 48,51 22,11 32,12 19,4
B11 266,7 602,89 0,92213 0,07787 555,94 32,99 46,95 22,11 32,14 19,4
B12 269,7 585,13 0,93630 0,06370 547,86 32,99 37,27 22,12 32,30 18,9
B13 271,5 580,38 0,94097 0,05903 546,12 33,00 34,26 22,12 32,35 18,8
B14 281,5 514,82 1,00000 0,00000 514,82 33,01 0,00 22,14 33,01 17,0

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Tabela 3.9. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa C)

EIX LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
O [km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
C1 154,0 1.216,11 0,54144 0,45856 658,45 32,93 557,66 21,81 27,83 33,8
C2 163,5 1.160,19 0,56754 0,43246 658,45 32,93 501,74 21,84 28,14 32,6
C3 185,6 1.088,71 0,60480 0,39520 658,45 32,93 430,26 21,89 28,57 31,1
C4 194,5 1.050,87 0,62658 0,37342 658,45 32,93 392,42 21,91 28,82 30,3
C5 208,5 1.006,48 0,65421 0,34579 658,45 32,93 348,03 21,93 29,13 29,3
C6 224,0 894,57 0,73605 0,26395 658,45 32,93 236,12 22,00 30,05 26,9
C7 246,9 785,91 0,82676 0,17324 649,76 32,94 136,15 22,06 31,05 24,4
C8 259,0 660,65 0,88113 0,11887 582,12 32,98 78,53 22,09 31,68 20,9
C9 264,5 604,97 0,91981 0,08019 556,46 32,99 48,51 22,11 32,12 19,4
C10 266,7 602,89 0,92213 0,07787 555,94 32,99 46,95 22,11 32,14 19,4
C11 269,7 580,00 0,94138 0,05862 546,00 33,00 34,00 22,12 32,36 18,8
C12 271,8 580,00 0,94138 0,05862 546,00 33,00 34,00 22,12 32,36 18,8
C13 277,6 531,79 0,99771 0,00229 530,57 33,00 1,22 22,14 32,98 17,5

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Tabela 3.10. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa D)

EIX LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
O [km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
D1 154,0 1.216,11 0,54144 0,45856 658,45 32,93 557,66 21,81 27,83 33,8
D2 163,5 1.160,19 0,56754 0,43246 658,45 32,93 501,74 21,84 28,14 32,6
D3 185,6 1.088,71 0,60480 0,39520 658,45 32,93 430,26 21,89 28,57 31,1
D4 194,5 1.050,87 0,62658 0,37342 658,45 32,93 392,42 21,91 28,82 30,3
D5 208,5 1.006,48 0,65421 0,34579 658,45 32,93 348,03 21,93 29,13 29,3
D6 224,0 894,57 0,73605 0,26395 658,45 32,93 236,12 22,00 30,05 26,9
D7 246,9 785,91 0,82676 0,17324 649,76 32,94 136,15 22,06 31,05 24,4
D8 259,0 660,65 0,88113 0,11887 582,12 32,98 78,53 22,09 31,68 20,9
D9 264,5 604,88 0,91995 0,08005 556,46 32,99 48,42 22,11 32,12 19,4
D10 269,7 585,13 0,93630 0,06370 547,86 32,99 37,27 22,12 32,30 18,9
D11 271,8 580,00 0,94138 0,05862 546,00 33,00 34,00 22,12 32,36 18,8
D12 277,6 531,79 0,99771 0,00229 530,57 33,00 1,22 22,14 32,98 17,5

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Tabela 3.11. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Cabaçal (Alternativa E)
LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
EIXO
[km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
E1 163,5 1.160,19 0,56754 0,43246 658,45 32,93 501,74 21,84 28,14 32,6
E2 206,0 1.009,57 0,65221 0,34779 658,45 32,93 351,12 21,93 29,11 29,4
E3 259,0 660,65 0,88113 0,11887 582,12 32,98 78,53 22,09 31,68 20,9
E4 264,5 604,97 0,91981 0,08019 556,46 32,99 48,51 22,11 32,12 19,4
E5 266,7 602,89 0,92213 0,07787 555,94 32,99 46,95 22,11 32,14 19,4
E6 269,7 585,13 0,94138 0,05862 550,83 32,99 34,30 22,12 32,36 18,9

Tabela 3.12. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WA)
LOC
AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
EIXO .
[km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
WA1 10,3 878,47 0,09649 0,90351 84,76 33,24 793,71 21,67 22,79 20,0
WA2 27,3 492,70 0,14707 0,85293 72,46 33,25 420,24 21,89 23,56 11,6
WA3 32,5 464,91 0,15586 0,84414 72,46 33,25 392,45 21,91 23,68 11,0
WA4 38,2 398,16 0,18199 0,81801 72,46 33,25 325,70 21,95 24,00 9,56
WA5 44,2 387,89 0,18681 0,81319 72,46 33,25 315,43 21,95 24,06 9,33
WA6 50,3 369,73 0,19598 0,80402 72,46 33,25 297,27 21,96 24,18 8,94
WA7 51,9 359,97 0,20129 0,79871 72,46 33,25 287,51 21,97 24,24 8,73
WA8 60,0 264,69 0,27375 0,72625 72,46 33,25 192,23 22,03 25,10 6,64
WA9 69,9 198,58 0,36489 0,63511 72,46 33,25 126,12 22,07 26,15 5,19
WA1
162,98 0,44459 0,55541 72,46 33,25 90,52 22,09 27,05 4,41
0 76,9

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Tabela 3.13. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WB)
LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
EIXO
[km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
WB1 10,7 796,58 0,10167 0,89833 80,99 33,25 715,59 21,72 22,89 18,2
WB2 29,0 488,83 0,14823 0,85177 72,46 33,25 416,37 21,89 23,58 11,5
WB3 38,2 398,16 0,18199 0,81801 72,46 33,25 325,70 21,95 24,00 9,56
WB4 44,2 387,89 0,18681 0,81319 72,46 33,25 315,43 21,95 24,06 9,33
WB5 50,3 369,73 0,19598 0,80402 72,46 33,25 297,27 21,96 24,18 8,94
WB6 54,0 353,16 0,20518 0,79482 72,46 33,25 280,70 21,97 24,29 8,58
WB7 69,0 204,14 0,35495 0,64505 72,46 33,25 131,68 22,06 26,03 5,31
WB8 76,9 162,98 0,44459 0,55541 72,46 33,25 90,52 22,09 27,05 4,41

Tabela 3.14. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Branco (Alternativa WC)

LOC. AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
EIXO
[km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
WC1 10,7 796,58 0,10167 0,89833 80,99 33,25 715,59 21,72 22,89 18,2
WC2 27,3 492,70 0,14707 0,85293 72,46 33,25 420,24 21,89 23,56 11,6
WC3 30,5 471,68 0,15362 0,84638 72,46 33,25 399,22 21,90 23,65 11,2
WC4 38,2 398,16 0,18199 0,81801 72,46 33,25 325,70 21,95 24,00 9,56
CW5 44,3 387,89 0,18681 0,81319 72,46 33,25 315,43 21,95 24,06 9,33
WC6 50,3 369,73 0,19598 0,80402 72,46 33,25 297,27 21,96 24,18 8,94
WC7 59,5 266,48 0,27192 0,72808 72,46 33,25 194,02 22,03 25,08 6,68
WC8 69,0 204,14 0,35495 0,64505 72,46 33,25 131,68 22,06 26,03 5,31
WC9 76,9 162,98 0,44459 0,55541 72,46 33,25 90,52 22,09 27,05 4,41

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Tabela 3.15. Vazões médias mensais nos eixos inventariados do rio Bracinho (Alternativa BA)

LOC
EIX AD AD AD AD Aren Q esp. Aren AD Crist Q esp Crist Q esp. Resultante Q mlt
.
O
[km] [km²] % Areníto % Cristalino [km²] [l/s/km²] [km²] [l/s/km²] [l/s/km²] [m³/s]
BA1 11,2 228,95 0,03935 0,96065 9,01 33,29 219,94 22,01 22,45 5,14
BA2 17,1 156,12 0,05771 0,94229 9,01 33,29 147,11 22,05 22,70 3,54
BA3 23,0 142,59 0,06319 0,93681 9,01 33,29 133,58 22,06 22,77 3,25
BA4 28,2 125,98 0,07152 0,92848 9,01 33,29 116,97 22,07 22,87 2,88
BA5 36,2 89,67 0,10048 0,89952 9,01 33,29 80,66 22,09 23,22 2,08
BA6 46,1 38,63 0,21745 0,78255 8,40 33,29 30,23 22,12 24,55 0,95
BA7 51,3 20,36 0,41257 0,58743 8,40 33,29 11,96 22,13 26,73 0,54

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Consolidado os procedimentos de regionalização que permitiu a obtenção da vazão
média de longo termo para cada eixo de barramento, o próximo passo dado foi à
desagregação desse parâmetro utilizando os seguintes procedimentos:

 normalização da série hidrológica da estação Estrada MT 125;

 multiplicação da vazão média de longo termo do eixo de barramento pelos diversos


elementos normalizados constituintes da matriz adimensional da série da estação
Estrada MT 125, conforme dados constantes da Tabela 3 - 15.

Tais procedimentos permitiram estabelecer uma base de informações hidrológicas no


período de 12/1965 a 04/2013. Menciona-se que, para fins de padronização da base de
dados dentro de um ano civil, o projeto adotará uma pequena simplificação – que não
afetará a caracterização básica dos parâmetros hidrológicos estabelecidos no âmbito
deste estudo – com a adoção das séries no período de 01/1966 a 12/2012.

Ou seja, para consolidar a base de informações dentro do ano civil, o projeto reduzirá
em 5 meses a série total de dados que diminuiu seu universo de 569 para 564 meses
de observações continuas de dados de vazões médias mensais.

Em face da grande base de dados calculada pelas metodologias acima descritas,


assinala-se que todas as séries geradas para as diversas alternativas estudadas estão
relacionadas no Apêndice III – Estudos Hidrometeorológicos.

Tabela 3.16. Valores normalizados da série hidrológica da estação Estrada MT 125


Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1966 0,66 1,44 1,28 0,74 0,53 0,41 0,36 0,22 0,22 0,37 0,27 0,37
1967 0,63 0,98 1,14 0,98 0,50 0,39 0,30 0,22 0,11 0,32 0,42 0,47
1968 0,61 1,61 1,31 0,62 0,51 0,34 0,27 0,26 0,31 0,45 0,34 0,91
1969 1,51 0,98 1,09 0,79 0,53 0,42 0,30 0,24 0,19 0,26 0,51 0,81
1970 0,75 1,16 1,76 0,92 0,70 0,35 0,28 0,23 0,22 0,23 0,21 0,29
1971 0,60 0,73 1,08 0,63 0,73 0,36 0,30 0,24 0,24 0,27 0,37 0,44
1972 0,58 1,72 1,17 0,83 0,64 0,48 0,35 0,29 0,28 0,24 0,45 0,90
1973 1,41 1,39 1,28 0,69 0,49 0,37 0,31 0,26 0,24 0,30 0,74 1,27
1974 2,45 2,73 2,36 1,71 1,15 0,71 0,47 0,39 0,35 0,38 0,36 1,05
1975 2,18 1,64 1,63 1,64 1,10 0,60 0,55 0,41 0,36 0,41 0,80 1,52
1976 1,67 1,90 2,44 1,78 1,06 0,82 0,54 0,41 0,41 0,50 0,68 1,22
1977 1,90 1,53 1,46 1,35 0,77 0,70 0,42 0,37 0,40 0,36 0,52 0,91
1978 1,11 1,29 1,07 0,89 0,59 0,46 0,32 0,28 0,33 0,75 0,72 1,92
1979 2,59 2,05 1,97 1,78 1,33 0,72 0,53 0,44 0,52 0,49 0,69 1,33
1980 2,01 1,96 2,47 2,10 1,78 0,89 0,64 0,49 0,48 0,48 0,74 0,87
1981 1,94 1,99 1,90 0,98 0,60 0,51 0,38 0,34 0,33 0,46 0,70 1,45
1982 1,78 2,54 2,63 1,41 0,99 0,73 0,50 0,54 0,68 1,02 1,46 2,16
1983 2,18 1,86 2,03 2,12 1,39 1,07 0,65 0,52 0,44 0,49 0,92 1,64
1984 1,67 1,78 1,94 1,83 0,99 0,64 0,48 0,43 0,46 0,59 1,53 1,81
1985 1,86 1,22 2,41 1,83 1,20 0,83 0,62 0,57 0,41 0,49 0,67 0,45
1986 1,28 1,72 1,97 1,63 1,48 0,81 0,59 0,55 0,59 0,59 0,64 0,95
1987 1,01 1,31 1,56 1,01 0,66 0,70 0,39 0,26 0,21 0,36 0,72 1,08
1988 2,12 2,62 2,41 2,04 1,26 0,76 0,67 0,55 0,49 0,51 0,56 1,30

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Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1989 1,80 2,40 2,38 1,76 1,28 0,80 0,68 0,63 0,52 0,49 0,54 0,59
1990 1,25 1,52 1,37 1,27 0,91 0,64 0,51 0,42 0,51 0,70 0,61 0,73
1991 1,26 2,10 2,35 1,47 1,05 0,82 0,61 0,55 0,57 0,43 0,69 0,82
1992 1,56 1,39 0,97 0,72 1,12 0,83 0,74 0,47 0,90 0,96 1,25 2,08
1993 1,96 2,65 2,18 2,04 1,12 0,83 0,69 0,50 0,56 0,67 0,68 0,90
1994 1,34 2,40 1,79 1,34 0,90 0,78 0,60 0,49 0,47 0,57 0,89 1,49
1995 2,11 2,88 2,40 1,70 1,13 0,74 0,60 0,50 0,46 0,50 0,63 1,26
1996 1,92 1,89 2,39 2,40 1,12 0,72 0,58 0,53 0,53 0,50 1,21 1,23
1997 2,01 2,70 2,03 1,68 1,01 0,73 0,55 0,52 0,49 0,53 0,68 1,24
1998 1,61 3,20 3,07 1,68 0,91 0,66 0,52 0,56 0,49 0,69 1,53 2,33
1999 1,18 1,29 2,77 1,54 0,95 0,64 0,53 0,44 0,48 0,42 0,75 0,95
2000 0,90 1,54 2,69 1,56 0,95 0,60 0,51 0,46 0,42 0,43 0,79 1,35
2001 1,65 2,08 2,67 1,29 0,77 0,59 0,49 0,41 0,39 0,45 0,96 2,05
2002 2,05 2,98 2,15 1,53 0,91 0,61 0,51 0,44 0,43 0,38 0,41 1,08
2003 1,88 2,40 2,04 1,85 0,76 0,59 0,46 0,44 0,41 0,52 0,79 1,37
2004 1,63 1,93 1,43 1,26 0,95 0,63 0,56 0,41 0,37 0,41 0,78 1,09
2005 2,19 1,92 1,67 1,01 0,75 0,50 0,42 0,37 0,42 0,49 0,48 1,23
2006 2,26 3,60 3,53 2,94 1,05 0,67 0,57 0,43 0,48 0,81 0,61 1,25
2007 1,97 2,58 1,83 1,11 0,70 0,51 0,46 0,39 0,35 0,45 0,58 0,82
2008 1,37 1,69 1,55 1,27 0,77 0,61 0,50 0,41 0,35 0,37 0,48 0,58
2009 0,65 1,15 1,49 1,56 0,78 0,61 0,48 0,42 0,43 0,45 0,62 1,26
2010 1,81 2,22 1,65 1,19 0,71 0,51 0,44 0,40 0,35 0,53 0,76 0,62
2011 1,30 1,61 2,04 1,54 0,75 0,62 0,52 0,45 0,37 0,36 0,49 0,57
2012 1,04 1,09 1,16 0,81 0,90 0,69 0,49 0,37 0,31 0,30 0,46 0,65

3.3.4 Curva de Permanência de Vazões

Com base nas séries de vazões médias mensais obtidas para os aproveitamentos
hidrelétricos foi calculada a percentagem de tempo em que um determinado valor de
vazão foi igualado ou ultrapassado durante o período estudado, ou seja, foram
estabelecidas as permanências das vazões médias.
As curvas de permanência de vazões para cada eixo estudado estão apresentadas no
Apêndice III – Estudos Hidrometeorológicos.

3.3.5 Estudo de Vazões Máximas

Para realização dos estudos de vazões máximas utilizou-se também da metodologia de


regionalização, contexto em que no segmento cristalino houve a configuração de nova
tendência que estabeleceu 2 (duas) zonas distintas válidas para o embasamento
cristalino.

Constatou-se que as estações fluviométricas do rio Paraguai mostraram tendência


diferenciada das estações situadas no rio Cabaçal e baixo Jauru. Diante disso, os
estudos regionais (equações de regressão entre vazões para diversos tempos de
recorrência x áreas de drenagens) serão balizados pela Formação Arenítica, composta
pelas estações de Tapirapuã e São José do Sepotuba, e pelo Embasamento Cristalino,
com tendência delineada pelas estações de Estrada MT 125 e Porto Esperidião.

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Figura 3.3. Regionalização de Valores Máximos

Selecionaram-se os dados das estações no intervalo de um ano hidrológico, sendo


este o período compreendido entre um ciclo completo de uma onda de cheia,
comandada pela estação da chuva, iniciando em outubro e finalizando em setembro do
ano seguinte.
O documento intitulado “Diretrizes para elaboração de Projetos de Pequenas Centrais
Hidrelétricas”, menciona que a escolha da distribuição dependerá da assimetria da
amostra que neste caso apresentou um valor inferior a 1,5. Assim sendo a escolha
recaiu sobre a Distribuição de Gumbel, configurando os resultados apresentados nas
Figuras abaixo.

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Figura 3.4. Regionalização de Vazão Máxima (Formação Arenítica)

Figura 3.5. Regionalização de Valores Máximos (Embasamento Cristalino)

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As vazões de desvio também foram definidas por estudos de regionalização, valendo-
se das mesmas estações selecionadas nos estudos de determinação dos valores
máximos, cuja modelagem ocorreu também pela utilização da Distribuição de Gumbel.

Figura 3.6. Regionalização de Valores de Desvio

Por fim, foram definidas as vazões máximas para cada seção de barramento proposta,
tanto para os períodos de cheia (Q tr10.000 anos), relativos aos meses de novembro até
maio, como para o período de seca (Qtr10 anos), meses de junho a outubro.

Enquanto as vazões nos períodos de cheia são destinadas ao dimensionamento de


vertedouros, as vazões nos períodos secos estão destinadas ao dimensionamento das
obras de desvio dos rios, para as quais é necessária apenas a vazão máxima para
período de recorrência de dez anos.

Aos valores obtidos para cada eixo – em função da composição de cada equação de
regressão - foi atribuído fator de maximização das vazões instantâneas, em se tratando
do dimensionamento da capacidade máxima de escoamento dos vertedouros.

A vazão máxima instantânea é obtida pela aplicação de um fator de segurança, pois as


as observações diárias representam um valor médio entre duas leituras usualmente
feitas às 7:00 e às 17:00 horas.

Nesse intervalo de tempo, um pico de cheia pode ocorrer sem que se tenha a
oportunidade de registrá-lo e diante dessa possibilidade, a Fórmula de Füller atua como
fator de ajuste e deve ser aplicada aos valores máximos, obtidos de leituras médias
diárias, visando à obtenção dos registros instantâneos.

Q INST =  Q MED 

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Nos Apêndice III – Estudos Hidrometeorológicos são apresentados os resultados das
vazões máximas e de desvio para cada seção de barramento proposta, obtidos para as
alternativas de partição de quedas estudadas, valendo assinalar que as vazões de
desvio, que foram dimensionadas a partir dos valores máximos do período seco, não
serão majoradas por coeficiente de maximização instantâneo.

3.3.6 Estudos de Vazões Remanescentes

A definição da vazão remanescente exigida pelos órgãos ambientais, em trechos


ensecados de rio ocasionados pela derivação por canais de adução, varia em função
da legislação onde o aproveitamento se localiza. No Estado de Mato Grosso, esse
tema é regulado pela Resolução nº 27, de 09/07/2009.

O estabelecimento do montante requerido na presente fase de inventário obedecerá ao


critério que arbitrou um percentual de 20% sobre a vazão com permanência de 95% do
tempo (Q 95%)

Os resultados das estimativas das vazões remanescentes determinadas para cada eixo
são ilustrados Apêndice III – Estudos Hidrometeorológicos.

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