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Até onde me lembro o modelo de

quebra de continente via "plumas


mantélicas" é uma hipótese. Ou
seja, não se trata de um fenômeno
físico verificável e consagrado como
a gravidade. Por isso acho que você
poderia amortecer esse texto
dizendo algo do tipo "há um
consenso/concordância/estudos
convergem para a hipótese da
5. Evolução tectônica da Bacia de Santos pluma/hotspot Tristão da Cunha
como evento que desencadeou a
ruptura do Supercontinente"

O contexto evolutivo ao qual a Bacia de Santos está inserida relaciona-se com a formação e
posterior ruptura do Supercontinente Gondwana e a evolução da Plataforma Sul-americana. A formação do
Supercontinente Gondwana ocorreu durante o Neoproterozóico com diversas aglutinações de terrenos
arqueanos-paleoproterozoicos, culminando na formação de faixas móveis nas bordas de terrenos cratônicos Tente conectar
mais as frases e
(Brito Neves & Cordani, 1991; Brito Neves et al., 1995; Miller & Grote, 1998; Campos Neto, 2000; as ideias, não
inicie com artigos.

Carvalho et al., 2000; Trouw et al., 2000; Stanistreet & Charlesworth, 2001; Heilbron et al., 2004, 2008). *O centro de
espalhamento
A quebra de Gondwana e eventual formação da Plataforma Sul-americana teve início no Mesozoico (~ 147
*A ruptura
Ma) e está associada ao hot spot Tristão da Cunha (White & Mckenzie, 1989; Gibson et al., 1999; Meisling
*A quebra
et al., 2001, Thomaz Filho et al., 2005). A ascensão do manto e consequente afinamento litosférico causado *A ascensão
Ascensão do manto
afinamento litosférico
pela pluma contribuíram para o rifteamento, que resultou na abertura do oceano Atlântico Sul e na separação *O contexto
e vulcanismo não?
Não vai nem mencionar
dos atuais continentes sul-americano e africano, há ca. 104 Ma (Feijó, 1996; Bueno, 2004).o que é esse ca mesmo? * A assimetria
que aconteceu vulcanismo?
Afinal vc está falando A ruptura entre a América do Sul e o continente africano, de acordo com Thomaz Filho et al. A ruptura entre a
da quebra do Gondwana america do sul e
Serra Geral, Paraná-Eten (2000), e eventual abertura do oceano Atlântico, teve início na margem equatorial da Guiana Francesa até Àfrica e eventual
deka e tal. abertura do
a Foz do Amazonas/Bacia do Marajó, entre 230 e 170 Ma. Ao mesmo tempo, na porção sul da América do oceano Atlântico
Senti falta de um de acordo com
magmatismo aqui Sul ocorria um rifteamento que atingiu as bacias de San Julian e norte das Malvinas na costa argentina. Até Thomaz Filho...

120 Ma, o rifte seguiu seu processo de abertura da costa argentina até a Bacia do Espírito Santo. O centro
de espalhamento meso-atlântico localizou-se mais próximo da margem africana, o que aumentou a extensão
do rifte no lado brasileiro e implicou em caráter assimétrico na formação das bacias. A assimetria do rifte
Acho essa informação
do Atlântico Sul colaborou com a formação das bacias evaporíticas, como a Bacia de Santos, que acomoda
muito importante no
contexto da sua tese. a maior parte do sal aptiano (Leyden, 1976; Szatmari et al., 1985; Macedo, 1989; Chang et al., 1992; Acho que aqui
Ela poderia ficar mais nesse caso,
em eviência. Acho que Szatmari, 2000). Concomitantemente à essa abertura, a América do Sul rotacionou no sentido horário, você poderia "
você tentou fazer um Excelente jogada com as ideias e as palavras começar pelo
afunilamento das promovendo deslocamentos transcorrentes dextrais na margem equatorial brasileira. O deslocamento final fim".
informações, partindo
dos eventos gerais e
diminuindo a escala até
dos continentes ocorreu por volta de 90 Ma e a separação continua até os tempos atuais, com picos de Dizer que a
ruptura ocorreu
chegar na Bacia do
Espirito santos e por
atividade magmática no Eoceno e Oligoceno (Thomaz Filho et al., 2000; Misuzaki & Thomaz Filho, 2004). entre 230-170Ma
Simultâneament
e na margem da
fim chegar na bacia de
Santos mas essa
Eventos magmáticos estão relacionados com a ruptura de Gondwana, como o magmatismo de Guiana e na
Ah tá agora vi que você falou no magmatismo. Não dava para ter falado só um pouquinho lá em cima? porção sul.
informação ficou meio "
largada" aqui. Acho Karoo (190-178 Ma, Jurássico Inferior: Riley et al., 2005) e Paraná-Etendeka (135-131 Ma, Cretáceo
que ficaria bem legal se
você deixasse mais em Superior: Thompson et al, 2001; Thiede & Vasconcelos, 2010). Além disso, houve uma expressiva
evidência que a
abertura da bacia está formação de enxames de diques no final do Jurássico-Cretáceo Inferior que controlaram a disseminação do
associada ao
rifteamento da parte
sul. No texto está
magma e evolução das bacias de rifte da margem sudeste do Brasil (Valente et al., 2009).
escrito isso, mas vc
podia escrever de uma
Almeida et al. (2013) compilaram dados geocronológicos das atividades magmáticas associadas
forma mais "
interessante". Tenta
a margem sudoeste do Gondwana e apontaram dois picos de idades 179 Ma e 132 Ma, relacionados a Karoo
trocar a ordem dos
eventos nas frases, e Paraná-Etendeka, além de grupos de atividades magmáticas entre 119-139 Ma e 173-187 Ma. Segundo
começando pelo mais
geral e indo para o os autores, a distribuição das idades sugere que o magmatismo ocorreu em pulsos nos períodos definidos.
mais específico nesse
contexto do rifte sul na Além disso, os autores apontaram a importância do embasamento no processo de ruptura do
abertura das bacias.
Ou então tenta
escrever dentro de uma
supercontinente, uma vez que o mesmo episódio magmático ocorreu nos três continentes (África, Antártida
lógica que fique óbvio
as "causas e
e América do Sul), indicando que está relacionado ao enfraquecimento da litosfera, e que enxames de diques
consequências"
de diferentes idades nos continentes sul-americano e africano seguem zonas de fraqueza de mesma direção
do embasamento cratônico. De acordo com os autores, o Atlântico Sul Meridional é uma margem altamente
vulcânica, com vulcanismo Serra Geral-Etendeka apresentando distribuição assimétrica (maior ocorrência
na América do Sul). Ademais, os fluxos de lavas nas bacias offshore da margem sudeste do Brasil
provavelmente foram alimentados por diques de direção NW na Bacia do Paraná.
As bacias da margem sudeste brasileira, Bacia de Santos, Campos e Espírito Santo, são
Agora eu entendi! Agora eu saquei! Agora todas as peças se encaixaram!
consideradas de margem passiva pobre em magma (magma-poor), isso implica em uma formação
relacionada apenas à deriva de placas e estiramento litosférico, com produção de material magmático no
estágio final de abertura, quebra do continente e implantação de crosta oceânica. Diferentemente, a Bacia
de Pelotas, ao sul da Bacia de Santos, é considerada de margem passiva rica em magma (magma-rich, ou
margem passiva vulcânica), com grande volume de magma produzido. A formação desse tipo de bacia está
relacionada a atuação de processos mantélicos formadores de magma, como plumas ou convecção,
adicionalmente ao estiramento litosférico por deriva de placas (Lavier e Manatschak, 2006; Pérez-Gussinyé
et al., 2006; Reston, 2009; Zalán et al., 2011; Stica et al., 2014). As bacias de margem passiva vulcânicas
estão associadas à LIPs (Large Igneous Province) em estágio pré-rifte e SDRs (Seaward Deeping
Ok! Entendi! Se eu consegui
Reflectors), formados em estágio sin-rifte (Bullock e Minshull, 2005; Stica et al., 2014). entender, qualquer um
consegue
Os primeiros modelos de formação de bacias do tipo rifte admitiam uma distensão crustal
gerando riftes simétricos por cisalhamento puro (Mckenzie, 1978) ou com falhas profundas cortando toda
crosta e gerando riftes assimétricos por cisalhamento simples (Wernick, 1985; Lister et al., 1986). Sabe-se
atualmente que esses modelos não são suficientes para explicar toda complexidade estrutural encontrada
nas bacias de margem do tipo rifte. Para a Bacia de Santos, sua grande extensão (>600km), quando
comparada com as bacias adjacentes, implica em modelos de estiramentos complexos e que ainda estão em
debate. A estruturação aqui adotada para a Bacia de Santos considera o modelo proposto por Rigoti (2015),
Passou batido pela discussão Estrutural
desenvolvido com base nos modelos presentes no trabalho de Peron-Pinvidic et al. (2013). mandou bem. Já botou a culpa na
dificuldade. "ninguém sabe explicar"
De acordo com Rigoti (2015), os eventos tectônicos relacionados ao rifteamento na Bacia de
Santos podem ser divididos em Domínio Proximal, Necking, Domínio Distal, Domínio Alóctone e Domínio
Oceânico (Tabela 1 e Figura 3). O Domínio Distal é subdividido em Rifte Interno, Bloco Resistente e Rifte
Externo. Adicionalmente, cada domínio/subdomínio é inserido em fases tectônicas. A fase de estiramento
acomoda as primeiras estruturas distensivas e tem tempo de evolução limitado pelo avanço da abertura do
sistema e migração da deformação para o centro do rifte. A fase de afinamento representa a focalização da
deformação para o centro da bacia, se sobrepondo à fase de estiramento. A fase de exumação corresponde
ao ápice da distensão, hiperestirando a crosta e expondo materiais de níveis profundos, como crosta inferior
ou manto litosférico subcontinental. A fase de oceanização representa o processo de criação de crosta
oceânica, com atividade magmática causada pelo rompimento da litosfera continental (Peron-Pinvidic et
al., 2013). As fases de estiramento, afinamento e exumação são inseridas na fase rifte, e a fase de
oceanização está inserida da fase drifte. Ok

Tabela 1: Fases e domínios presentes no modelo geotectônico proposto por Rigoti (2015) para a Bacia de Santos.
Fase Fase tectônica Domínio Crosta
Estiramento Proximal
Necking
Afinamento Rifte Interno Continental
Rifte
Distal Bloco Resistente
Rifte Externo
Exumação
Alóctone Natureza transicional
Drifte Oceanização Oceânico Oceânica

O Domínio Proximal é formado pela plataforma continental, com grabéns e half-grabens.


Começo de frase com Acomoda deformação rúptil, envolve estruturas de estiramento iniciais e é composto por seção sedimentar

Melhor tirar esse ponto siliciclástica e/ou magmática correlacionada a Bacia do Paraná. O Domínio Necking é a fase de
verbo não pega bem.

final depois do half-grabens


‘estrangulamento’ crustal, onde a crosta passa de 40km para 15km de espessura. É o principal produto da
again começou a frase com verbo.
fase de afinamento, separando o Domínio Proximal do Domínio Distal. O limite entre o Domínio Proximal
e o Necking é representado pela charneira da bacia.
O Domínio Distal é o de maior extensão, onde a crosta continental é hiperestirada. Os possíveis
mecanismos para o hiperestiramento a crosta são: falhamentos polifásicos (Reston, 2009), falhamento
sequencial (Ranero & Pérez-Gussinyé, 2010) ou falhas de descolamento com grande movimentação
horizontal (Manatschal, 2004; Lavier e Manatschal, 2006; Antobreh et al., 2009; Péron-Pinvidic, 2010;
Zalán et al., 2011; Huismans e Beaumont, 2011; Sutra & Manatschal, 2012; Peron-Pinvidic et al., 2013).
No subdomínio Rifte Interno é desenvolvida a primeira estrutura de descolamento do tipo Core-
tive que parar para pensar se a concordância nominal estava certa. Parece que sim.
Complex, envolvendo a crosta inferior. Essa estrutura é formada por movimentos horizontais de grandes
extensões, responsáveis pela formação de bacias do tipo rifte. O Rifte Interno é marcado por falhas normais
com mergulho em direção ao centro do rifte e limitado pelo Alto Externo, que marca o fim da fase tectônica
de afinamento (Rigoti, 2015).
O subdomínio Rifte Externo é a primeira manifestação da fase de exumação. É formado por entendi que os dois
uma segunda estrutura de descolamento do tipo Core-Complex, desta vez envolvendo o manto superior. foram formados
segundo a mesma
estrutura de
Segundo Rigoti (2015), nesta fase há exumação do manto superior serpentinizado por infiltração de água descolamento,
porém um envolve o
no sistema, uma vez que a crosta inferior e o manto superior estão acoplados em regime rúptil. Evain et al. manto superior e
outro não. Mas não
(2015) consideram, através de dados geofísicos, que o Rifte Externo pode ter composição de crosta oceânica entendi porquê elas
são diferentes. Tem
ou continental. Para o caso de crosta oceânica, deve ser atípica sem a camada basáltica. Considerando crosta alguma explicação
de responda o
continental, a camada superior pode ser formada crosta superior com intrusões máficas ou manto alterado diferença entre as motivo dessa

exumado. duas?

O Rifte Externo é considerado um centro de espalhamento abortado, pois representa uma


tentativa mal sucedida de breakup. A formação do Rifte Externo individualizou uma parte do Rifte Interno,
gerando o Bloco Resistente, o qual apresenta as mesmas características estruturais do Rifte Interno. Uma
transcorrência tardia no sentido horário no Bloco Resistente foi responsável pela forma em ‘V’ do Rifte
Externo (Rigoti, 2015). O texto tá ok, mas não consegui imaginar nada.
O Domínio Alóctone representa a transição entre crosta continental e crosta oceânica, chamada
de COT (Continental-Oceanic Transition), formado por crosta proto-oceânica de composição gabróica,
associada à fase de exumação. Interpreta-se que não houve implementação de um sistema magmático capaz
de gerar crosta oceânica típica, uma vez que não houve afinamento crustal na fase final de rifteamento,
devido à rotação do Bloco Resistente e ao componente transcorrente sinistral para o breakup. A exumação
ocorre com a segunda estrutura de descolamento do tipo Core-Complex (envolvendo o manto superior,
associada ao Rifte Externo), que produziu um movimento horizontal na ordem de 100km (Rigoti, 2015).
Zalán et al. (2011) definem o Domínio Alóctone como manto superior subcontinental exumado e o limita
(COB – Continental-Oceanic Boundry) a leste da zona de transição. Klingelhoefer et al. (2014) definem
como de natureza oceânica, com COB a oeste da zona de transição. ué não era transcorrência do Bloco Resistente para sentido horário?
Dextral? De onde saiu esse sinistral? Não entendi nada. Desculpe. Sou
Por fim, o Domínio Oceânico ocorre ao sul da Zona de Fratura de Florianópolis e é formado
incapaz.

por. crosta oceânica (Rigoti, 2015).


Erro de digitação
Figura 3: Modelo geotectônico (superior) e geofísico-geológico (inferior) para Bacia de Santos, com os principais
domínios tectônicos e feições estruturais em planta e em seção. Retirado de Rigoti (2015).

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