Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E PEDOLOGIA
PROF.A DRA. FLÁVIA CARVALHO SILVA
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretor de Ensino a Distância:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof. Me. Fábio Oliveira Vaz
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não Diagramação:
vale a pena ser vivida.” Alan Michel Bariani
Thiago Bruno Peraro
Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, Revisão Textual:
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica
Gabriela de Castro Pereira
e profissional, refletindo diretamente em nossa
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
Mariana Tait Romancini
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente
e busca por tecnologia, informação e conheci-
Produção Audiovisual:
Heber Acuña Berger
mento advindos de profissionais que possuam Leonardo Mateus Gusmão Lopes
novas habilidades para liderança e sobrevivên- Márcio Alexandre Júnior Lara
cia no mercado de trabalho.
Gestão da Produção:
De fato, a tecnologia e a comunicação Kamila Ayumi Costa Yoshimura
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas,
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e Fotos:
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Shutterstock
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes
atuantes.
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
01
DISCIPLINA:
GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA
GEOLOGIA BÁSICA
PROF.A DRA. FLÁVIA CARVALHO SILVA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
1 - HISTÓRICO DA GEOLOGIA ................................................................................................................................... 5
1.1 - ORIGEM E ESTRUTURA DA TERRA .................................................................................................................. 6
1.2 - TEMPO GEOLÓGICO .......................................................................................................................................... 7
2 - ESTRUTURA DA TERRA ..................................................................................................................................... 10
2.1 - FORMAÇÃO DO RELEVO .................................................................................................................................. 12
2.2 - PROCESSOS GEOLÓGICOS OU DINÂMICA DA TERRA ............................................................................... 12
WWW.UNINGA.BR 3
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Geologia vem do grego Geo = Terra; logos = ciência, ou seja, é a ciência da Terra. De
acordo com o Popp (2017) a Geociência, ou Ciência da Terra, inclui todos os estudos científicos
dedicados a entender e explicar os processos geológicos inter-relacionados de nosso planeta. A
Geologia é uma dessas ciências da Terra que se ocupa do estudo da composição, das propriedades
físicas, forças, estrutura geral e história. O estudo não inclui apenas as estruturas rochosas e os
minerais, mas sim todas as esferas de influências que envolvem o planeta Terra, denominadas
atmosfera, biosfera, hidrosfera e própria geosfera. Essas esferas constituem, na verdade, um
sistema único e inseparável, pois resultam da ação combinada da energia do Sol e do calor, da
radiação e das forças que emanam do interior da Terra.
A Geociências, por sua vez, requer o conhecimento de inúmeras disciplinas de caráter
científico que auxiliam na formulação e na explicação dos complexos processos geológicos que
atuaram e continuam atuando na natureza. É também uma ciência histórica que reconstitui,
através de evidências, a origem e a evolução da Terra, desde que se individualizou como um
planeta do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos.
WWW.UNINGA.BR 4
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - HISTÓRICO DA GEOLOGIA
Antigamente, não havia interesse nos estudos geológicos, provavelmente, devido à crença
em testamentos bíblicos de que a terra não ultrapassava de poucos milhares de anos. Segundo
essas ideias, as rochas sedimentares tiveram origem na ação do dilúvio bíblico, e os fósseis eram
interpretados como uma evidência de seres de invenções diabólicas afogados pelo dilúvio.
O interesse era somente pela exploração de minerais, os quais poderiam ser retirados
da terra. Houve muitas controvérsias entre pesquisadores no decorrer do tempo. Até que
William Smith (1769-1839), modesto engenheiro inglês, trabalhando com movimentação de
De acordo com esse autor em 1875, foi organizada a primeira Comissão Geológica do
Império do Brasil, objetivando o estudo da estrutura geológica, da Paleontologia e das minas
do Império, cuja direção coube ao geólogo canadense Charles Frederick Hartt, que já vinha
trabalhando no Brasil desde 1865, sendo que em 1870 foi publicado a obra Geology and Physical
Geography of Brazil.
WWW.UNINGA.BR 5
ENSINO A DISTÂNCIA
Por fim, em 1876, na cidade de Ouro Preto, deu-se iniciada a formação de geólogos
que viriam a trazer grande impulso à pesquisa e ao ensino de Geologia no País e hoje, com
auxílio dessas pesquisas desenvolvidas e informações geradas, é possível relacionar a composição
litológica do Brasil com as eras geológicas na sua formação (Figura 1).
WWW.UNINGA.BR 6
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 7
ENSINO A DISTÂNCIA
O Éon Fanerozoico dura de 545 milhões de anos até os dias de hoje, e é caracterizado pela
diversificação da vida. É justamente essa diversificação da vida que nos permite subdividir esse éon
com base em marcadores bioestratigráficos. Já no caso caso dos éons Arqueano e Proterozoico,
os registros de vida são escassos e pouco significativos, e as subdivisões são definidas por eventos
geológicos representativos, tais como orogenias, eventos magmáticos, etc.
WWW.UNINGA.BR 8
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 9
ENSINO A DISTÂNCIA
2 - ESTRUTURA DA TERRA
A Terra tem forma quase esférica, sendo na verdade um elipsóide de revolução (mais
achatada nos polos). O seu raio médio é de 6370 km. O relevo da superfície terrestre mostra um
desnível máximo da ordem de 20 km (maior altitude: Monte Everest - 8850 m, e maior depressão:
fossa das Filipinas - 11510 m). Considerando-se que os continentes têm uma altitude média de
800 m e os mares uma profundidade média de 3800 m, o desnível médio na crosta terrestre é de
apenas 4,6 km, o que é insignificante em termos do raio terrestre (TEIXEIRA et al., 2000).
A densidade média do nosso planeta é de 5.53, sendo que as rochas que ocorrem com
maior frequência, próximo à sua superfície apresentam densidades em torno de 2.7, o que indica
que a sua densidade varia em profundidade. Isso mostra que a composição química do globo
terrestre não é homogênea, concentrando-se os elementos mais pesados no seu interior. Os
WWW.UNINGA.BR 10
ENSINO A DISTÂNCIA
Atualmente, essas camadas da estrutura geológica têm sido conhecidas pelos termos
litosfera, astenosfera e mesosfera onde a primeira é rígida e consiste da crosta e uma porção do
manto superior variando de 50 a 150 km, a segunda é plástica e compreende a parte superior
abaixo da litosfera, se situando entre 50 e 250 km de profundidade, e a última é rígida (pela
maior pressão a despeito da temperatura) e compreende o manto inferior. A crosta terrestre é
diferenciada em crosta continental e crosta oceânica (Figura 5).
WWW.UNINGA.BR 11
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 12
ENSINO A DISTÂNCIA
Alfred Wegener, em seu livro “A origem dos Continentes e dos Oceanos” propôs
pela primeira vez que os continentes se moviam, numa ideia que ficou conhecida como
“Deriva Continental”. Sua teoria propunha a existência de uma única massa continental (um
supercontinente) denominado por ele “Pangea” (do grego “toda terra”). Este autor retratou, em
suas obras, mapas que mostram o rompimento deste supercontinente que começou a se dividir
há 200 milhões de anos, até a configuração dos seis continentes, como vemos hoje.
Nessa trajetória de pesquisas e descobertas, novos métodos de estudo de como as forças
internas e externas moldam a Terra, têm gerado abundantes novas informações e excitantes
questões. Nas três últimas décadas do século XX, geólogos desenvolveram uma nova teoria
unificadora que relaciona os processos dinâmicos da Terra aos movimentos de grandes placas
que constituem a capa externa do planeta, teoria esta chamada de Tectônica de Placas.
Com o aperfeiçoamento dos métodos radiométricos, ao final dos anos 60, pôde-
se constatar que o fundo oceânico é tanto mais velho quanto mais afastado estiver da cadeia
meso-oceânica, confirmando dessa forma a ideia da Expansão do Assoalho Oceânico. Estas
observações e as teorias a elas associadas, da Deriva Continental (baseada em evidências
estruturais e paleontológicas similares em locais distantes) e da Expansão do Assoalho Oceânico,
forneceram a base para a elaboração da Teoria da Tectônica de Placas. Esta teoria oferece um
modelo abrangente para explicar como a Terra funciona.
A Teoria de Placas Tectônicas considera a crosta terrestre fragmentada como um grande
Figura 6 - Distribuição das placas tectônicas à superfície da Terra. Fonte: Ineg (2018).
WWW.UNINGA.BR 13
ENSINO A DISTÂNCIA
Os contatos entre placas tectônicas são áreas extremamente instáveis da litosfera, onde
se concentram episódios vulcânicos e terremotos. As placas tectônicas movem-se devido à ação
das conhecidas correntes de convecção, que são os movimentos circulares exercidos pelo magma
e que funcionam como uma espécie de “esteira” que, ao girar, provoca o deslocamento dessas
placas (Figura 7).
- Zonas de subducção: zonas onde uma placa mergulha sob outra, resultando em esforços
compressivos, formando assim tanto fossas oceânicas, como a fossa das Filipinas, como cadeias
de montanhas, tais como a Cordilheira dos Andes;
WWW.UNINGA.BR 14
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 15
ENSINO A DISTÂNCIA
A água é o elemento mais importante, pois atua tanto na superfície como na subsuperfície,
tendo ação intempérica (é o principal agente de intemperismo químico) e transportadora. Ao
percolar, a água transporta solutos (lixiviação) para o lençol freático; estes solutos ao atingir
o mar ou outro ambiente de sedimentação, podem se precipitar e formar rochas sedimentares
químicas. Ao escoar pela superfície, a água transporta sedimentos (erosão), depositando-os com
a diminuição de sua energia (sedimentação), formando depósitos que originarão solos ou rochas
sedimentares clásticas. Os mecanismos que levam à solidificação são conhecidos em conjunto
como diagênese. O vento e o gelo são agentes intempéricos e transportadores. O intemperismo
se dá pela ação abrasiva de partículas por eles transportadas. Os organismos atuam amplamente
sobre a crosta terrestre desde o microorganismo que se fixa na rocha até o homem que a fragmenta
para comercializá-la.
As duas fontes de energia principais envolvidas nos processos geológicos são
independentes entre si, apresentando, entretanto, efeitos recíprocos. Por exemplo, a formação
de montanhas em uma determinada área é independente dos processos exógenos que estejam
porventura ocorrendo, no entanto, ela vai gerar uma nova condição de atuação da erosão sobre
as montanhas surgidas, o que é um processo exógeno. As forças exógenas tendem a destruir a
superfície dos continentes, transportando os materiais que vão se depositando. Por este processo,
a tendência é o aplainamento total da superfície terrestre. No entanto, embora estes processos
ocorram desde o início da existência da Terra, o aplainamento jamais se completou. Isto se deve às
WWW.UNINGA.BR 16
ENSINO A DISTÂNCIA
- Planaltos: são áreas com uma relativa altitude e uma superfície mais ou menos plana,
com limites bem nítidos, estes geralmente constituídos por escarpas ou serras. Os planaltos, por
serem geralmente mais altos dos que as planícies, apresentam o predomínio de processos erosivos.
Isso quer dizer que o desgaste do solo é maior do que o acúmulo de sedimentos, que costuma
deslocar-se para áreas mais baixas. Quase sempre os planaltos estão cercados por depressões
relativas, tal como costuma ocorrer no território brasileiro.
Existem três tipos de planaltos: aqueles formados por rochas de origem vulcânica, os
basálticos; aqueles constituídos por rochas metamórficas e magmáticas intrusivas, os cristalinos;
e aqueles formados por rochas do tipo sedimentar, os sedimentares.
- Planícies: são áreas com uma paisagem menos acidentada, que, por possuírem altitudes
- Depressões: são regiões que apresentam, no geral, pequenas altitudes e que são mais
baixas do que o nível do mar ou a região em seu entorno. Possuem uma superfície plana ou côncava
geralmente, uma vez que passaram por um longo período de erosão e que agora se caracterizam
pela predominância do acúmulo de sedimentos provenientes das regiões circundantes. Existem
dois tipos de depressões: as absolutas, que são aquelas que se encontram abaixo do nível do mar,
a exemplo da região do Mar Morto, a maior depressão absoluta do mundo; e as relativas, aquelas
que são mais baixas do que o relevo ao seu redor.
Há também outros tipos de relevo, são eles (Figura 9):
a) Chapadas: forma de relevo mais elevadas em relação às áreas adjacentes. Ex: Chapada
diamantina;
WWW.UNINGA.BR 17
ENSINO A DISTÂNCIA
2- Colisão entre 2 placas oceânicas: cadeias de ilhas vulcânicas (Arcos de Ilhas Oceânicas;
WWW.UNINGA.BR 18
ENSINO A DISTÂNCIA
Coleção Abril. Planeta Terra. São Paulo: Time Life/Abril Livros, 1996. esta é uma
coleção que mostra todas as características físicas da Terra, como as rochas, rios,
solos, vegetação, relevos e o clima.
WWW.UNINGA.BR 19
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA
PETROLOGIA
PROF.A DRA. FLÁVIA CARVALHO SILVA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................................................21
1 - MINERALOGIA .................................................................................................................................................... 22
1.1 - PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS .................................................................................................... 23
1.2 - CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS MINERAIS ................................................................................................ 24
1.3 - POLIMORFISMO E ISOMORFISMO DOS MINERAIS ................................................................................... 25
2 - ROCHAS ÍGNEAS, SEDIMENTARES E METAMÓRFICAS ................................................................................ 27
2.1 - ROCHAS ÍGNEAS OU MAGMÁTICAS .............................................................................................................. 27
2.1.1 - CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS ÍGNEAS ..................................................................................................... 29
2.2 - ROCHAS SEDIMENTARES .............................................................................................................................. 32
2.2.1 - CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS SEDIMENTARES ..................................................................................... 33
2.3 - ROCHAS METAMÓRFICAS ............................................................................................................................ 34
2.3.1 - PERTURBAÇÕES NAS ROCHAS .................................................................................................................. 35
2.3.2 - CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DAS ROCHAS METAMÓRFICAS .................................................... 35
WWW.UNINGA.BR 20
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
A petrologia é o ramo da geologia que estuda as rochas e os minerais, ou seja, a origem,
ocorrência, estrutura e história dos mesmos. Com base nas descobertas e avaliações feitas nos
materiais (rochas e minerais) encontrados pelos pesquisadores, geólogos, geógrafos, dentre
outros, ao longo de anos de estudos (e até hoje), a petrologia foi dividida em três campos de
estudo: ígnea, sedimentar e metamórfica (CARNEIRO, 2009).
A petrologia ígnea abrange estudos relacionados a composição e textura de minerais e
rochas ígneas (como o granito e o basalto, que cristalizam a partir de rocha fundida ou magma),
a sedimentar envolve a composição e textura de rochas sedimentares (como o calcário e o arenito,
compostas por partículas sedimentares cimentadas por uma matriz de material mais fino) e a
metamórfica é direcionada ao estudo da composição e textura de rochas metamórficas (como
o gnaisse e o xisto, que começaram por ser rochas ígneas ou sedimentares mas que sofreram
alterações químicas, mineralógicas ou texturais devido a temperaturas e/ou pressões extremas).
Para investigar, estudar e entender a formação das rochas é necessário envolver a
mineralogia (principalmente), processos geológicos envolvidos na sua formação, o uso de
WWW.UNINGA.BR 21
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - MINERALOGIA
Por definição, um “mineral é uma substância de massa inorgânica natural, geralmente
sólida e cristalina, de composição química definida, com um ou vários tipos de cristalização”
(TEIXEIRA et al, 2000).
Os minerais são os elementos principais constituintes das rochas e consistem em sólidos
homogêneos, que ocorrem naturalmente, geralmente inorgânicos, que apresentam arranjo
atômico ordenado e composição química única. Cada espécie mineral se caracteriza por apresentar
quantidades definidas e proporcionais de determinados elementos químicos, elementos que, por
sua vez, se arranjam no espaço de uma maneira organizada e regular, formando o que chamamos
de arranjo cristalino. O arranjo atômico ordenado e a composição química definida conferem a
um mineral a sua homogeneidade, ou seja, física e quimicamente ele se constitui em uma única
fase, possuindo um conjunto diagnóstico de propriedades físicas e químicas que permitem sua
classificação. A forma, a clivagem e a absorção seletiva da luz, entre outras, são as propriedades
físicas dos minerais e refletem a sua estrutura interna regular, enquanto a dissolução em ácidos
reflete a composição química dos minerais. A maioria dos minerais podem ser identificadas
macroscopicamente através de seus atributos como: brilho, dureza, clivagem, fratura, entre outros
WWW.UNINGA.BR 22
ENSINO A DISTÂNCIA
- Dureza (D): é a resistência que a superfície lisa do mineral oferece ao risco feito com
uma ponta aguda. A dureza é uma propriedade física muito útil na identificação de minerais e
a sua determinação é feita qualitativamente através de instrumentos simples como um canivete
ou usando-se a Escala de Mohs (Figura 11). A Escala de Mohs é uma coleção de dez minerais de
referência, comuns, que constituem uma escala numérica arbitrária para a comparação da dureza
relativa entre os minerais.
WWW.UNINGA.BR 23
ENSINO A DISTÂNCIA
- Cor: Esta propriedade está relacionada à absorção e/ou reflexão da luz pelos minerais.
A cor resulta da absorção seletiva de comprimentos de onda da luz branca pelos minerais.
Normalmente a cor é variável para uma mesma espécie mineral, sendo, entretanto, uniforme
e diagnóstica para alguns minerais. A cor variável, em alguns casos, dá origem a variedades do
mineral, tais como as variedades azul (safira) e vermelha (rubi) do coríndon.
- Elementos nativos: minerais onde os elementos ocorrem sob forma não combinada.
São elementos nativos, dentre outros, ouro (Au), diamante (C), grafita (C) e enxofre (S).
- Hidróxidos: são aqueles óxidos que contém água ou hidroxila (OH) em sua composição.
Ex.: hematita, pirolusita, magnetita, cassiterita, goethita, gibbsita.
WWW.UNINGA.BR 24
ENSINO A DISTÂNCIA
- Carbonatos: minerais cujas fórmulas incluem o grupo iônico CO3 (carbonato). Ex.:
calcita, dolomita, magnesita.
- Fosfatos: minerais cujas fórmulas contém o grupo iônico PO4 (fosfato). Ex.: apatita
(Ca5(PO4)4(OH,F,Cl)).
WWW.UNINGA.BR 25
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 26
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 27
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 28
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 14 - Formas de ocorrência das rochas magmáticas. Fonte: Sobre Geologia (2018).
WWW.UNINGA.BR 29
ENSINO A DISTÂNCIA
- Médias, cujos minerais são moderadamente visíveis a olho nu. Ex.: microgranito,
diabásio.
- Afaníticas, ou finas nas quais é impossível a distinção dos minerais, a olho nu.
Ex: basalto, riolito.
- Ácidas: SiO2 > 65%. Tais rochas sempre contêm uma proporção expressiva do
mineral quartzo, de forma que ele pode ser facilmente identificado na rocha. Ex: granito.
- Intermediárias: 54% < SiO2 < 65%. São rochas ricas em silicatos, há, porém,
pouco ou nenhum quartzo. Ex: sienito.
- Ultrabásicas: SiO2 < 45%. São rochas que não contém quartzo. Ex: basalto
(básica); peridotito (ultrabásica).
Fonte: a autora.
WWW.UNINGA.BR 30
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 31
ENSINO A DISTÂNCIA
Assim, a formação de uma rocha sedimentar decorre de uma sucessão de eventos, que
constituem o chamado ciclo sedimentar. As etapas básicas do ciclo sedimentar são:
WWW.UNINGA.BR 32
ENSINO A DISTÂNCIA
Em função das características do ciclo sedimentar são reconhecidos dois grandes grupos
de sedimentos: os detríticos (fragmentos) e os químicos (solutos), que dão origem a dois grupos
principais de rochas sedimentares:
WWW.UNINGA.BR 33
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 34
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 35
ENSINO A DISTÂNCIA
- Xistos: rochas xistosas, cujos minerais são visíveis na amostra de mão. Constituídas
essencialmente por minerais micáceos, e menor proporção de quartzo e feldspatos. São rochas
de grau metamórfico médio, originadas de argilito/siltito, basaltos, gabros e rochas ultrabásicas.
As rochas metamórficas podem ser agrupadas de acordo com seu grau metamórfico. Uma
sequência metamórfica é o conjunto de rochas metamórficas de grau de metamorfismo variável,
com origem numa mesma rocha caracterizada por uma determinada composição química média.
Uma sequência típica de grau metamórfico crescente é: ardósia → filito → xisto → gnaisse na qual
são facilmente perceptíveis as modificações mineralógicas e texturais relacionadas ao aumento
do grau metamórfico.
Diante dessas premissas, apresentamos, na Tabela 4, uma síntese das características
presentes nas rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas.
WWW.UNINGA.BR 36
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 37
ENSINO A DISTÂNCIA
Outro ciclo possível pode ser iniciado nos processos de transformação de uma rocha
submetida a aumentos de temperatura e pressão no local (metamorfismo), levando a formação
de rochas metamórficas. Este material pode sofrer ascensão e ser novamente exposto ao
intemperismo, ou pode sofrer refusão (magmatismo) podendo ascender e se derramar como
produto vulcânico (vulcanismo) ou permanecer no interior e se consolidar como um produto
plutônico (plutonismo). As rochas assim formadas podem ser novamente expostas à erosão, e
assim sucessivamente.
História registrada nas rochas. Nele você vai ver que “desde a água até as rochas,
desde os vales às montanhas e dos profundos oceanos até o espaço, por onde
quer que olhamos, encontramos geologia. Esta é ciência da Terra, que acima de
tudo nos proporciona um ponto de referência para compreender o passado, pre-
sente e futuro deste maravilhoso planeta.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GaJNMvY1mLU
WWW.UNINGA.BR 38
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA
PEDOLOGIA
PROF.A DRA. FLÁVIA CARVALHO SILVA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 40
1 - INTEMPERISMO ................................................................................................................................................. 41
1.1 - INTEMPERISMO FÍSICO ................................................................................................................................. 43
1.1.1 - INTEMPERISMO FÍSICO TERMAL ............................................................................................................... 43
1.1.2 - INTEMPERISMO FÍSICO MECÂNICO ......................................................................................................... 44
1.2 - INTEMPERISMO QUÍMICO ............................................................................................................................ 45
1.3 - INTEMPERISMO BIOLÓGICO ......................................................................................................................... 48
1.4 - INTEMPERISMO E PROPRIEDADES DAS ROCHAS ..................................................................................... 48
2 - MINERAIS SECUNDÁRIOS ................................................................................................................................ 51
3 - MINERAIS ARGILOSOS SILICATADOS .............................................................................................................. 51
3.1 - GRUPO DE MINERAIS 1:1 ................................................................................................................................ 52
3.2 - GRUPO DE MINERAIS 2:1 ............................................................................................................................... 52
4 - ÓXIDOS DE FERRO E ALUMÍNIO ...................................................................................................................... 52
WWW.UNINGA.BR 39
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
O termo pedologia, do grego pedon (solo, terra), é o nome dado ao estudo dos solos
no seu ambiente natural. É um ramo da geografia física, e é um dos dois ramos das ciências do
solo, sendo o outro a edafologia. Porém, enquanto a pedologia considera o solo como um corpo
natural, um produto sintetizado pela natureza e submetido à ação de intemperismos, a edafologia
imagina o solo como um viveiro natural para os vegetais (BRADY; WEIL, 2013).
Dentre as diversas definições de solo, a que melhor se adapta ao levantamento pedológico
é a do Soil taxonomy (1975) e do Soil survey manual (1984):
WWW.UNINGA.BR 40
ENSINO A DISTÂNCIA
1 - INTEMPERISMO
O intemperismo consiste da transformação das rochas em materiais mais estáveis em
condições físico-químicas diferentes daquelas em que elas se originaram. O intemperismo
pode ser causado por processos de natureza físico (desgaste e/ou desintegração) e/ou química
(decomposição), que as rochas sofrem ao aflorar na superfície da Terra, sendo que esses processos
estão estritamente relacionados com dois fatores: a natureza da rocha e a condição do ambiente. Os
processos intempéricos são, então, classificados em intemperismo físico e intemperismo químico
e quando a ação de organismos vivos ou da matéria orgânica proveniente da sua decomposição
participa do processo, o intemperismo é chamado de físico-biológico ou químico-biológico. Os
fatores que influenciam o intemperismo são clima, relevo, rocha-mãe, tempo, fauna e flora.
Clima: É o mais importante. É ele que determina a distribuição sazonal das chuvas
fundamentais porque é a água o principal agente transportador dos produtos do intemperismo
- e as variações de temperatura, que contribuem para a fragmentação das rochas, através da
alternância de períodos de dilatação com períodos de contração. Quanto maior a disponibilidade
de água e quanto mais frequente for sua renovação, mais completas serão as reações químicas do
Relevo: Determina a maior ou menor velocidade do fluxo da água das chuvas, com
consequente menor ou maior infiltração no solo. Em encostas de alta declividade, a água fica
pouco tempo em contato com as rochas e assim não consegue promover adequadamente as
reações químicas. Nas baixadas, a água fica, ao contrário, bastante tempo em contato, mas não se
renova facilmente, de modo que fica saturada nos componentes solúveis e perde sua capacidade
de continuar atacando os minerais. Portanto, é nas encostas suaves que o intemperismo é mais
intenso.
Tempo: Quanto maior o tempo de exposição de uma rocha, mais intensa será a ação
intempérica sobre ela. Calcula-se que em um milhão de anos o intemperismo rebaixe o relevo
de 20 a 50 metros. Na Escandinávia, onde o clima é muito frio, sobre superfícies graníticas
expostas há 10 mil anos desenvolveu-se um manto de alteração de apenas poucos milímetros.
Em compensação, no Havaí, região muito úmida, no período de apenas um ano desenvolveu-se,
sobre lavas basálticas recentes, uma camada de solo suficiente para uso agrícola.
WWW.UNINGA.BR 41
ENSINO A DISTÂNCIA
Fauna e Flora: São fatores de importância menor, mas que atuam fornecendo matéria
orgânica para reações químicas e remobilizando materiais. A concentração de CO2 no solo,
proveniente da decomposição da matéria orgânica morta, pode ser até 100 vezes maior que na
atmosfera. Isso facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por exemplo, a dissolução
do alumínio. Superfícies rochosas cobertas de liquens são muito mais rapidamente atacadas
pelo intemperismo químico que aquelas sem liquens, e raízes de árvores têm grande poder
de penetração em fendas de rochas, provocando sua dilatação. Os materiais produzidos pelo
intemperismo podem ser transportados para outro local ou permanecerem na posição original.
Em qualquer um dos casos, vão gerar o chamado de solo transportado no primeiro caso e de solo
residual no segundo.
A maioria das rochas forma-se em ambientes muito distintos das condições na superfície
da Terra. Enquanto as rochas se formam em ambientes com temperaturas e pressão muito
elevadas e constantes, em ausência de luz, organismos e vento, ao serem expostas na superfície
do planeta, encontram condições bem diferentes: temperaturas e pressões menores, porém, com
grande variação ao longo do dia e noite e das estações do ano, presença de organismos, variação
de umidade e presença de luz. O conjunto destes fatores é conhecido por intempéries, e quando
agem sobre as rochas expostas, ocorre desagregação e desestruturação das mesmas.
Pelo gráfico, ilustrado na Figura 17, vemos uma comparação entre precipitação,
WWW.UNINGA.BR 42
ENSINO A DISTÂNCIA
De acordo com os fatores atuantes, o intemperismo físico pode ainda ser subdividido em
termal e mecânico.
WWW.UNINGA.BR 43
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 44
ENSINO A DISTÂNCIA
Na decomposição química das rochas, observa-se que a taxa de mobilidade relativa dos
principais elementos químicos decresce a partir do cálcio e sódio para magnésio, potássio, silício,
ferro e alumínio. Por isso as rochas que estão se decompondo tendem a perder principalmente os
primeiros, e mostram um relativo enriquecimento nas proporções de óxidos de ferro, alumínio e
silício. Em termos mineralógicos isso significa que esses aspectos químicos controlam a sequência
de intemperismo dos minerais petrográficos. Essa sequência é essencialmente inversa à ordem de
cristalização de Bowen (unidade 2, mineralogia).
Assim, de modo geral, os minerais mais susceptíveis ao intemperismo são aqueles que se
situam no topo da série, enquanto os mais resistentes situam-se gradativamente mais abaixo na
série. O quartzo é extremamente resistente ao intemperismo (é o mineral comum mais resistente
que há). O intemperismo químico compreende a decomposição química dos minerais primários
das rochas, e a síntese (neoformação) de minerais secundários.
A decomposição dos minerais primários das rochas resulta da ação separada ou
simultânea de várias reações químicas: hidratação, dissolução, acidólise, hidrólise e oxi-redução.
As duas primeiras ocorrem geralmente em solos mais jovens ou ambientes que propiciam menor
transformação, a terceira ocorre na formação de horizonte Bhs e as últimas duas são reações
fundamentais em locais de alta precipitação.
WWW.UNINGA.BR 45
ENSINO A DISTÂNCIA
Hidrólise (quebra pela água): é uma reação química entre íons H+, provenientes da
ionização da água, e cátions do mineral. O íon H+ entra nas estruturas minerais, deslocando
principalmente os cátions alcalinos (K+ e Na+) e alcalino-terrosos, que são liberados para a
solução. A estrutura do mineral na interface sólido/solução de alteração acaba sendo rompida,
WWW.UNINGA.BR 46
ENSINO A DISTÂNCIA
Curiosidade: O Pão de Açúcar (Figura 20) é uma grande elevação constituída por
rochas gnáissicas (rocha metamórfica). Possui aproximadamente 300 m de altitude e está
localizado na entrada da Baía de Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro. Esse nome é uma
denominação brasileira para designar os cumes arredondados e abruptos do relevo, por isso,
popularmente também se fala em relevo ‘pães de açúcar’. O agente de formação desse tipo de
relevo é principalmente o intemperismo químico, que atua de forma considerável em regiões
WWW.UNINGA.BR 47
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 48
ENSINO A DISTÂNCIA
Esse sólido arredondado por sua vez, tende a se descamar em cascas concêntricas, sendo
essa feição denominada de esfoliação esferoidal. A esfoliação esferoidal é comumente observada
em rochas de estrutura maciça e granulação uniforme. As rochas constituem o material de
origem, um dos fatores de formação do solo. A influência do material de origem nos solos é muito
importante. Assim, solos jovens mostram, entre outros atributos, minerais primários provenientes
da rocha de origem, guardando de forma inequívoca as características desta. Mesmo em solos
muito intemperizados (“velhos”), persistem heranças da rocha de origem, como demonstrado
pelos Latossolos Roxos desenvolvidos sobre rochas ígneas básicas.
O intemperismo atuando continuamente sobre os solos tende a homogeneizá-los com
o tempo. Desse modo rochas diferentes podem originar solos semelhantes, assim como podem
originar solos diferentes, mesmo em seu estágio mais avançado de intemperismo. A trajetória
dessa tendência à homogeneização depende dos fatores de formação do solo, podendo a
homogeneização nunca ser atingida.
WWW.UNINGA.BR 49
ENSINO A DISTÂNCIA
O Parque Estadual de Vila Velha (figura 21) é um sítio geológico situado no muni-
cípio brasileiro de Ponta Grossa, no estado do Paraná. O conjunto de formações
lembra uma cidade medieval com seus castelos e torres em ruínas, por isso foi
dado esse nome. A altura média das colunas de pedra e muralhas é de vinte m e
pode chegar a trinta m ou mais em alguns pontos, em função do terreno aciden-
tado.
A formação arenítica de Vila Velha remonta ao período Carbonífero (há aproxima-
damente 340 milhões de anos), quando o mar interior que existia no local come-
çou a ser drenado, expondo o material arenoso que acabou cimentado com óxido
de ferro (intemperismo químico). Nos milênios seguintes o terreno gradativamen-
te se elevou e foi vagarosamente erodido pela ação dos ventos e da chuva que
atuaram nas zonas mais frágeis das rochas, desgastando-as de forma diferencial
e até mesmo isolando-as em diversos blocos (intemperismo físico).
Algumas das formações parecem animais como a “Tartaruga” ou o “Camelo”, ou-
tras lembram cogumelos dos mais diversos tipos e tamanhos, ou formas como a
“Taça”, símbolo de Vila Velha; a “Bota”; a “Esfinge”; a “Cabeça de índio”; paredes de
pedra que lembram muralhas de castelos, torres de diversos formatos e alturas de
Figura 21 - Sítio geológico de arenitos no Parque Estadual Vila Velha, localizado em Ponta Grossa-
-PR. Fonte: Mineropar (2018).
WWW.UNINGA.BR 50
ENSINO A DISTÂNCIA
2 - MINERAIS SECUNDÁRIOS
Os minerais secundários são aqueles formados pela desintegração e alteração dos
minerais primários através do intemperismo. Nesse processo existe a formação de novos
minerais, normalmente de tamanho menor e mais ajustados às novas condições de equilíbrio
que são bem diferentes daquelas da formação das rochas. Os minerais secundários constituem
praticamente a totalidade da fração mais fina do solo, ou seja, a fração de tamanho denominada
de argila. A denominação “minerais argilosos” é a forma genérica de denominação dos minerais
secundários silicatados e dos minerais secundários oxídicos de Fe e Al que designam os óxidos
(O), hidróxidos (OH) e oxihidróxidos (O, OH) de Fe e Al.
Além da concisão e brevidade que esses termos permitem, procura-se também evitar o uso
de termos obsoletos como, por exemplo, sesquióxidos de Fe e Al. Os minerais argilosos silicatados
são essencialmente silicatos de alumínio hidratados com magnésio ou ferro substituindo total ou
parcialmente o alumínio e podem apresentar elementos alcalinos ou alcalinos-terrosos como
constituintes. Os principais exemplos são: caulinita, montmorilonita, vermiculita.
Os minerais argilosos oxídicos de Fe e Al ocorrem em formas cristalinas ou amorfas,
sendo as formas cristalinas representadas principalmente pela goethita (FeOOH) hematita
WWW.UNINGA.BR 51
ENSINO A DISTÂNCIA
Grupo das vermiculitas: são também minerais do tipo 2:1 e são produtos de alteração
direta das micas. Tem sido demonstrado que a estrutura da vermiculita consiste de lâminas de mica
separadas por camadas de moléculas de água ocupando um espaço definindo de aproximadamente
0,498 nm. Na sua forma mais expandida, a vermiculita tem, então, aproximadamente 1,4 nm. A
vermiculita é também argila de alta atividade, apresentando uma CTC de 100-160 cmolc/Kg
que é maior que da montmorilonita pela densidade de cargas maior. A superfície específica é
semelhante à da montmorilonita na faixa de 600 - 800 m2/g.
WWW.UNINGA.BR 52
ENSINO A DISTÂNCIA
Assim, mesmo em concentração baixa no solo, os óxidos de ferro têm alto poder de
pigmentação e influem na coloração dos solos de maneira bem nítida. As cores vermelhas,
impressas pela hematita, as amarelas, características da goethita e as intermediárias entre as duas,
derivadas da atuação conjunta da hematita e da goethita, que são típicas da maioria dos solos
brasileiros, expressam bem essas afirmativas.
Particularmente a hematita tem o mais alto poder de pigmentação como se pode deduzir
pelas informações de campo que demonstram que solos amarelos normalmente não contêm
nenhuma hematita ao passo que solos vermelhos, ainda que de coloração intensa, geralmente
possuem alguma goethita. O Fe é um elemento muito afetado pelas condições de oxi-redução do
meio e está presente nos principais óxidos, como hematita e goethita, na forma de Fe3+.
Assim, se houver condições redutoras no meio no qual ele se encontra, ele pode ser
reduzido a Fe2+ que é uma forma bem mais solúvel de Fe. O alagamento, por exemplo, é a condição
mais comum de redução do solo causando a destruição da hematita ou goethita, retirando com
isso as colorações amareladas, alaranjadas ou avermelhadas típicas desses óxidos. Nesses locais
os solos ficarão com colorações esbranquiçadas ou acinzentadas dependendo do tipo de argila
silicatada e/ou do teor de matéria orgânica.
Os óxidos de ferro afetam a estrutura dos solos ajudando na formação de agregados
pequenos e extremamente estáveis como na estrutura latossólica, típica dos Latossolos brasileiros.
Estrutura latossólica é aquela na qual as partículas de argila, normalmente caulinita e óxidos
Goethita (α–FeOOH): é a mais frequente forma de óxido de ferro nos solos brasileiros.
Ela ocorre em quase todos os tipos de solos e condições climáticas e é responsável pelas cores
amarelas e bruno-amareladas tão espalhadas em solos brasileiros. Juntamente com a hematita
ela se faz presente em quase todos os solos das regiões tropicais e subtropicais, mostrando que as
duas têm uma estabilidade termodinâmica semelhante.
WWW.UNINGA.BR 53
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 54
ENSINO A DISTÂNCIA
Disponível em:
https://midia.atp.usp.br/impressos/lic/modulo02/geologia_PLC0011/geologia_
top07.pdf
WWW.UNINGA.BR 55
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 56
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
04
DISCIPLINA:
GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA
FORMAÇÃO DO SOLO
PROF.A DRA. FLÁVIA CARVALHO SILVA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 58
1 - FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS ............................................................................................................. 59
1.1 - MATERIAL DE ORIGEM ................................................................................................................................... 60
1.2 - TEMPO ............................................................................................................................................................. 60
1.3 - CLIMA ............................................................................................................................................................... 61
1.4 - ORGANISMOS ................................................................................................................................................. 62
1.5 - RELEVO ............................................................................................................................................................ 64
2 - PROCESSOS DE FORMAÇÃO DOS SOLOS ....................................................................................................... 65
2.1 - PROCESSOS ESPECÍFICOS DE FORMAÇÃO DO SOLO ................................................................................ 66
2.1.1 - LATOSSOLIZAÇÃO ......................................................................................................................................... 66
2.1.2 - PODZOLIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 67
2.1.3 - HIDROMORFISMO ....................................................................................................................................... 69
2.1.4 - SALINIZAÇÃO ................................................................................................................................................. 71
WWW.UNINGA.BR 57
ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Para dar a necessária importância ao solo e protegê-lo, é fundamental conhecer a maneira
como se forma e quais os elementos da natureza que participam na sua formação. O solo resulta
da ação simultânea e integrada do clima e organismos que atuam sobre um material de origem
(geralmente rocha), que ocupa determinada paisagem ou relevo, durante certo período de tempo.
Esses elementos (material de origem, clima, organismo, relevo e tempo) são chamados de fatores
de formação do solo.
Esses fatores são parte do meio ambiente e atuam de forma conjunta. A formação do
solo ou pedogênese é estudada pela Pedologia, cujas noções básicas e conceitos fundamentais
foram definidos em 1877, pelo cientista russo Dokuchaev. Até esta época, prevaleceu a visão
geológica que considerava o solo apenas como sendo um manto de fragmentos de rocha e
produtos de alteração, que reflete unicamente a composição da rocha que lhe deu origem. Com
a constatação da existência de solos diferentes desenvolvidos a partir de uma mesma rocha de
origem, a concepção sobre o que é o solo passou a ter uma conotação mais genética, onde o solo
é identificado como um material que evolui no tempo, sob a ação dos fatores naturais ativos na
Figura 21 - Esquema explicativo da sequência de formação dos solos. Fonte: Mundo E2ducação (2018).
WWW.UNINGA.BR 58
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 22 - Topossequências dos tipos de solos que ocorrem na região sul do Brasil. Fonte: Pedologia fácil
(2018).
WWW.UNINGA.BR 59
ENSINO A DISTÂNCIA
Material de origem mineral: os materiais de origem mineral podem ser rochas, materiais
retrabalhados pela natureza ou mesmo outro solo. A rocha é fonte de minerais herdados no solo
e de solutos para fase líquida do solo e, se a concentração fpor alta sufienente, para a a formação
de minerais secundários.
1.2 - Tempo
WWW.UNINGA.BR 60
ENSINO A DISTÂNCIA
1.3 - Clima
O clima é um fator muito importante para o desenvolvimento do solo, é o que,
isoladamente, mais contribui para o intemperismo. Mais do que qualquer outro fator, determina
o tipo e a velocidade do intemperismo em cada região. As variáveis climáticas mais importantes
são: a precipitação, a temperatura e a evapotranspiração, regulando a natureza e a velocidade das
reações químicas.
WWW.UNINGA.BR 61
ENSINO A DISTÂNCIA
Para que as reações químicas de intemperismo ocorram, é necessário que exista água
no sistema. Dessa forma, a água está envolvida diretamente no processo, seja como solvente,
seja indiretamente, favorecendo a instalação de seres vivos que irão acelerar o intemperismo.
Uma vez processadas as reações, a circulação de água exerce importante papel na remoção de
partículas sólidas (erosão) e produtos solúveis (lixiviação) do intemperismo. Quanto maior a
disponibilidade de água (pluviosidade total e distribuição ao longo do ano) e mais frequente for a
sua renovação (drenagem), mais completas serão as reações químicas do intemperismo.
A temperatura desempenha um papel duplo, condicionando a ação da água: ao mesmo
tempo em que acelera as reações químicas, aumenta a evaporação, diminuindo a quantidade
de água disponível para a lixiviação dos produtos solúveis. A elevação da temperatura em
10°C aumenta de duas a três vezes a velocidade das reações químicas. As condições climáticas
condicionam a ocorrência do tipo de vegetação adaptada.
Entretanto, o solo pode alterar o clima atmosférico localmente. Um exemplo disto é a
ocorrência de floresta caducifólia (folhas caducas) em algumas partes da Serra de São Geraldo,
próximo a Viçosa (MG), mostrando que mesmo em um local com pluviosidade média de 1300
mm/ano, o solo raso não é capaz de armazenar água durante o período seco.
A combinação de alta pluviosidade e altas temperaturas caracteriza os climas tropicais.
Os solos desenvolvidos sob estes climas apresentam características de evolução muito avançadas
em relação a solos encontrados nas regiões mais frias.
1.4 - Organismos
Os organismos consistem nos vegetais, animais, bactérias, fungos, liquens, os quais têm
influências dinâmicas nos processos de formação do solo. Estes organismos exercem ações físicas
e químicas sobre o material de origem e continuam a atuar no perfil do solo.
As ações podem ser classificadas como conservadoras e transformadoras. Ações
conservadoras são por exemplo, a interceptação da chuva pela parte aérea dos vegetais, o
sombreamento da superfície (diminuindo a amplitude térmica), assim como a retenção de solo
pelas raízes das plantas. Entre as ações transformadoras se destacam a ação dos organismos no
intemperismo físico e químico das rochas, a mobilização de sólidos (minerais e orgânicos) por
animais e a reciclagem de nutrientes e incorporação de matéria orgânica pelos vegetais.
WWW.UNINGA.BR 62
ENSINO A DISTÂNCIA
Os organismos são fundamentais para o processo de formação de solos. O solo não deve
ser considerado apenas o produto de destruição das rochas, porque a ação dos organismos cria
e destrói feições, propriedades e características destes materiais, dependendo de sua ação no
espaço e no tempo.
Os ciclos dos elementos químicos mais importantes para a continuidade da vida
na superfície terrestre (como o fósforo, o nitrogênio, o carbono, etc.) têm sempre uma parte
associada ao metabolismo de organismos em suas mais diferentes formas e são conhecidos por
ciclos biogeoquímicos.
A ação dos organismos começa tão logo a rocha é exposta à superfície. Assim,
inicialmente, colônias de microrganismos se estabelecem, à procura de substrato que lhes forneça
suporte e elementos químicos para seu desenvolvimento. Esses organismos são principalmente
bactérias litotróficas, capazes de oxidar elementos químicos (Fe, Mn) da estrutura dos minerais,
desestabilizando-os e contribuindo para sua alteração. O produto dos eu metabolismo contribui
na pedogênese, na forma de ácidos orgânicos ou de substâncias que formam complexos ou
quelatos com os elementos químicos liberados através do intemperismo.
À medida que a rocha vai se alterando e as colônias iniciais vão se expandindo, organismos
maiores e mais complexos têm condições de se instalar e se desenvolver. Isso permite que fungos,
algas, liquens, musgos, gramíneas, arbustos e árvores podem viver ali, dependendo das condições
do meio (clima e disponibilidade de nutrientes, principalmente).
Disponível em:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agropecuario/artigo_agropecuario/bio-
logia_do_solo.html
WWW.UNINGA.BR 63
ENSINO A DISTÂNCIA
1.5 - Relevo
O relevo afeta a formação de solos por redistribuir a energia, advinda da radiação solar, e
os materiais água (movimento na superfície e na subsuperfície) e colúvio (material transportado
por gravidade).
O relevo regula a velocidade do escoamento superficial das águas pluviais (o que também
depende da cobertura vegetal) e, portanto, controla a quantidade de água que se infiltra nos
perfis, de cuja eficiência depende o fluxo vertical de solutos e colóides, assim como o fluxo lateral
de partículas sólidas pela erosão. Dessa forma o intemperismo se acentua quanto mais a água se
infiltrar pelo perfil do solo, levando os produtos mais solúveis do intemperismo. Por outro lado,
se as partículas sólidas da superfície do solo forem arrastadas pelo escorrimento lateral (erosão),
o equilíbrio pedogênese/erosão se deslocará no sentido de manter o solo com menor espessura,
ou seja, mais próximo do material de origem.
Além do controle do fluxo de água, o relevo também exerce um importante papel no
controle da intensidade de insolação das encostas. Dessa forma, no hemisfério sul, a face de uma
encosta que estiver voltada para o norte recebe maior quantidade de energia incidente também
durante o inverno, produzindo maior aquecimento, e resultando em um intemperismo maior do
que na face voltada para o sul.
WWW.UNINGA.BR 64
ENSINO A DISTÂNCIA
Os processos de formação dos solos são os que produzem as modificações que ocorrem
no solo devido à atuação dos fatores de formação do solo. Consistem de adição, remoção ou
perda, transformação e translocação. A ação mais ou menos pronunciada de um ou mais desses
processos gerais conduz aos chamados processos específicos de formação do solo.
WWW.UNINGA.BR 65
ENSINO A DISTÂNCIA
2.1.1 - Latossolização
É o processo específico de formação dos latossolos, no qual sobressaem os processos
gerais de remoção e transformação. Nesse processo, os fatores ativos de formação do solo (clima e
organismos) apresentam uma ação intensa por um longo tempo, em uma condição de relevo que
propicia a remoção de sais solúveis e a transformação acentuada de minerais, em busca de uma
condição de equilíbrio, resultando no acúmulo de minerais mais estáveis como argilominerais
1:1 (caulinita) e óxidos de Fe e Al.
No processo de latossolização, com a perda de sais básicos (mais solúveis), o solo vai se
tornando mais ácido, aproximando o seu pH ao pH onde ocorre a neutralidade de carga das
argilas. Esta aproximação da neutralidade de cargas no solo diminui o movimento das argilas,
provocado pela repulsão entre cargas de igual sinal, leva à floculação, e em seguida à formação
de agregados pequenos e de forma granular, que passam a ser fortemente cimentados por óxidos
de Fe e Al. Esta estrutura permite que os latossolos apresentem uma alta permeabilidade e
arejamento, semelhante a solos arenosos, mesmo que contenham elevados teores de argila.
WWW.UNINGA.BR 66
ENSINO A DISTÂNCIA
Figura 26 - Perfil de um Latossolo Amarelo. Fonte: Moises-de-oliveira (2018). GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA | UNIDADE 4
2.1.2 - Podzolização
Este processo específico é caracterizado pela translocação de argila e de compostos organo-
minerais dentro do perfil. Mesmo que a translocação seja um processo de destaque, os processos
de adição, perda e transformação também ocorrem. Dois grandes grupos de solos apresentam
a podzolização: os Argissolos (antigos podzólicos) e os Espodossolos (antigos Podzóis). Além
destes temos os Luvissolos (antigos Bruno não cálcicos) e Planossolos
WWW.UNINGA.BR 67
ENSINO A DISTÂNCIA
Os solos Argissolos (Figura 28) apresentam translocação de argila dos horizontes mais
superficiais para um horizonte mais profundo (horizonte de acumulação de argila translocada,
Horizonte B Textural – Bt). São bem mais argilosos do que os podzóis e são formados em
condições de alternância de ciclos de umedecimento e de secagem (clima com estações seca e
úmida definidas, ou posição na paisagem que permita tal alternância, tal como sopé de encostas).
O movimento descendente da argila no perfil leva ao entupimento de macroporos no horizonte
Bt, facilitando a erosão no horizonte superficial. Ocorrem com maior destaque nos estados do
Ceará, Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba. As áreas onde predominam estes solos perfazem
um total de 110.000 km2 e constituem 14,7% da região.
WWW.UNINGA.BR 68
ENSINO A DISTÂNCIA
2.1.3 - Hidromorfismo
Neste processo específico de formação de solos, alguns horizontes do solo estão sujeitos à
submersão contínua ou durante a maior parte do tempo. Os processos gerais de formação do solo
que mais se destacam são a transformação de minerais passíveis de redução, e a adição de matéria
orgânica, que se acumula devido à menor taxa de decomposição.
A menor quantidade de oxigênio do solo, causada pelo excesso de água, permite a
proliferação de organismos anaeróbicos que, neste ambiente de baixo potencial de oxi-redução,
reduzem o Fe3+ dissolvido na solução do solo, usando-o como receptor de elétrons no processo
de oxidação dos compostos de carbono. Essa forma solúvel do Fe está em equilíbrio químico com
os óxidos de ferro (Fe(OH)3 ↔ Fe3+ + 3OH-) e, uma vez consumida na solução, desloca a reação
para dissolução das formas minerais cristalizadas (hematita e goethita). Assim, as argilas oxídicas
ferruginosas vão sendo consumidas e o solo vai perdendo as cores vivas (vermelha e amarela)
dessas argilas. A cor esbranquiçada e acinzentada dos solos hidromórficos reflete a redução do
ferro férrico presente nos óxidos.
WWW.UNINGA.BR 69
ENSINO A DISTÂNCIA
WWW.UNINGA.BR 70
ENSINO A DISTÂNCIA
2.1.4 - Salinização
É o processo específico de formação de solos que apresentam acumulação de sais no
perfil. É comum nesses solos o processo de adição de sais pelo lençol freático ou pela erosão das
elevações circundantes. Esses solos estão associados a planícies ou depressões onde a drenagem é
deficiente e a precipitação pluviométrica é menor do que a evapotranspiração. Os solos formados
por esse processo têm suas características diferenciadas conforme a assembleia de cátions
(principalmente Ca+2, Mg+2, Na+, H+) que satura as cargas de suas argilas e são reconhecidos
pelos atributos:
WWW.UNINGA.BR 71
ENSINO A DISTÂNCIA
Disponível em:
https://www.embrapa.br/solos/busca-de-publicacoes/-/publicacao/338410/
guia-para-identificacao-dos-principais-solos-do-estado-do-parana
Solos do Brasil
Essa reportagem fala sobre a conscientização em torno da proteção de solos pro-
dutivos. Degradação, perda de nutrientes, erosão e desertificação são problemas
que afetam os solos e podem interferir na sua capacidade de produção. Sobre as
WWW.UNINGA.BR 72
ENSINO A DISTÂNCIA
Para concluir essa unidade 4 e também a disciplina Geologia e Pedologia básica, na Figura
31, temos a caracterização do território brasileiro com base nos tipos (classes) de solo que foram
encontrados até hoje (pois o solo está em formação constante), nas diferentes regiões do Brasil.
Figura 31 - Tipos de solos no Brasil. Fonte: IBGE (2018). GEOLOGIA BÁSICA E PEDOLOGIA | UNIDADE 4
WWW.UNINGA.BR 73
ENSINO A DISTÂNCIA
REFERÊNCIAS
BRADY, N.C.; WEIL R.R. Elementos da Natureza e propriedades dos solos. 3.ed. Rio de Janeiro:
Grupo A- Bookman, 2013. 716 p.
EMBRAPA Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Brasília: Embrapa Solos, 2006.
306 p.
IGBE. Manual Técnico de Pedologia. 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. 316 p.
LEINZ, Victor; AMARAL, Sergio Estanislau do. Geologia Geral. São Paulo: Companhia editora
Nacional, 2003.
LEPSCH, I.F. Formação e Conservação dos Solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 178p.
LUCCI, Elian Alabi (Org.). Geografia: homem e espaço. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2012
MELO, Vander de Freitas; ALLEONI, Luís Reynaldo Ferracciú. Química e mineralogia do solo.
1. ed. Viçosa, MG: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2009.
NUNES, E.; NÓBREGA JUNIOR, O. B. DA. Geografia Física I. EDUFRN. 2 ed, 2012.
POPP, J. H. Geologia Geral. Campinas: LTC. 7 ed., 2017.
PRESS, F. et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M.C.M.; FAIRCHILD, T.R.; TAIOLI, F. Decifrando a Terra. Editora
Oficina de Textos. São Paulo, 2000, 568p.
TOLEDO, M.C.M.; OLIVEIRA, S.M.B. de; MELFI, A.J. Da rocha ao Solo – Intemperismo e
pedogênese. In: TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.M.; TAIOLI, F. Decifrando a
Terra. 2. ed. São Paulo: IBEP Editora Nacional-Conrad, 2009. 620p.
WWW.UNINGA.BR 74