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ASPECTOS CIENTÍFICOS DO CAPÍTULO 7, DO LIVRO

“A GÊNESE”, DE ALLAN KARDEC.

ERAS GEOLÓGICAS

O planeta Terra possui aproximadamente 4,6 bilhões de anos, o que pode ser
considerado muito tempo, a depender do referencial. Para nós, seres humanos, esse
tempo é quase que inimaginável, uma vez que nossa existência no mundo data de
algumas centenas de milhares de anos. A invenção da escrita e a constituição das
primeiras civilizações, por sua vez, são ainda mais recentes, iniciando-se há cerca
de sete mil anos ou até menos.

Para se ter uma noção aproximada do quanto a existência do ser humano é um mero
episódio recente no tempo geológico da Terra, utilizamos algumas analogias. Por
exemplo, se toda a história do planeta fosse resumida nas vinte e quatro horas de
um dia, a existência da humanidade teria ocorrido nos últimos três segundos desse
mesmo dia.

Por falar em eras geológicas, vamos compreender melhor essa forma de


classificação e periodização da evolução da escala de tempo geológico. Confira a
tabela a seguir:
Arqueozoica
A era geológica Arqueozoica é caracterizada pela formação da crosta
terrestre, em que surgiram os escudos cristalinos e as rochas
magmáticas. Os primeiros fósseis (seres unicelulares) são conhecidos de 3,5
bilhões de anos atrás. Origem da vida.

Proterozoica
Estima-se que essa era geológica teve início a cerca de 2,5 bilhões de
anos atrás e findou-se há 550 milhões de anos. Durante esse período
ocorreu intensa atividade vulcânica, fato que promoveu o
deslocamento do magma do interior da Terra para a superfície,
originando os grandes depósitos de minerais metálicos, como, por
exemplo, ferro, manganês, ouro, etc. Grande acúmulo de oxigênio na
atmosfera. Os primeiros organismos eucariontes aparecem há cerca
de dois bilhões de anos. Grande diversificação da vida há um bilhão de
anos, surgindo os organismos pluricelulares, inclusive as algas

Paleozoica
A era Paleozoica prevaleceu de 550 a 250 milhões de anos atrás.
Nesse período a superfície terrestre passou por grandes
transformações, entre eles estão o surgimento de conjuntos
montanhosos como os Alpes Escandinavos (Europa). Essa era
geológica também se caracteriza pela ocorrência de rochas
sedimentares e metamórficas, formação de grandes florestas,
glaciações, surgimento dos primeiros insetos e répteis. O período
termina com extinção em massa

Mesozoica
A era Mesozoica iniciou-se a cerca de 250 milhões de anos atrás, ela
ficou marcada pelo intenso vulcanismo e consequente derrame de
lavas em várias partes do globo. Também ficou caracterizada pelo
processo de sedimentação dos fundos marinhos, que originou grande
parte das jazidas petrolíferas hoje conhecidas. Outras características
dessa era geológica são: divisão do grande continente da Pangeia,
surgimento de grandes répteis, como, por exemplo, os dinossauros,
surgimento de animais mamíferos, desenvolvimento de flores nas
plantas. Os dinossauros alcançam seu ápice na escala evolutiva, mas
ao fim do desta Era (65 milhões de anos) ocorreu a extinção em massa
desses grandes répteis e de diversas espécies de animais da Terra.
*A teoria da deriva continental

Cenozoica
Essa era geológica está dividida em dois períodos: Terciário
(aproximadamente 60 milhões de anos atrás) e quaternário (1 milhão
de anos atrás).

-Terciário: Caracterizado pelo intenso movimento da crosta terrestre,


fato que originou os dobramentos modernos, com as mais altas
cadeias montanhosas da Terra, como os Andes (América do Sul), os
Alpes (Europa) e o Himalaia (Ásia). Nessa era geológica surgiram aves,
várias espécies de mamíferos, além de primatas.

- Quaternário: Era geológica que teve início há cerca de 1 milhão de


anos e perdura até os dias atuais. As principais ocorrências nesse
período foram: grandes glaciações; atual formação dos continentes e
oceanos; surgimento do homem.

É provável que você já tenha observado algumas tabelas diferentes com


classificações distintas sobre o tempo geológico. Isso ocorre porque há diferentes
modelos de discussão e diferentes autores elaboraram formas distintas de organizar
essa classificação, que pode mudar à medida que novas descobertas arqueológicas
aconteçam.
A teoria da deriva continental
Foi apresentada pelo geólogo e meteorologista alemão Alfred Wegener em 1913, com a publicação de
sua obra clássica "A Origem dos Continentes e Oceanos" (Die
Entstehung der Kontinente und Ozeane).[1]

Wegener afirmava que os continentes, hoje separados por oceanos,


estiveram unidos numa única massa de terra no passado, por ele
denominado de Pangeia (do grego "Terra única"),
do Carbonífero superior, há cerca de 300 milhões de anos,
ao Jurássico superior, há cerca de 190 milhões de anos, quando
a Laurásia (atuais América do Norte e Eurásia) separou-se
do Gondwana, que depois também dividiu-se, já
no Cretáceo inferior.[2]

Os continentes em suas formas atuais, com o


fenômeno da Deriva Continental, por exemplo,
originaram-se há cerca de vinte e três milhões de anos
somente. O Pangeia, a massa única continental anteriormente existente, começou
a dividir-se há mais ou menos quatrocentos milhões de anos.
Compreender a dimensão do tempo
geológico e suas escalas de medida
torna-se um exercício mental fascinante
para melhor compreender a atuação do
homem em relação a essa temporalidade
e o seu papel de herdeiro de todas as
transformações ocorridas no espaço
terrestre ao longo das eras
geológicas.
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/escala-tempo-geologico.htm

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/eras-geologicas.htm

https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/66267/1/1_escala_geologica_eventos.pdf

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cret%C3%A1ceo

Planeta Terra - Dorsal oceânica

São grandes elevações submarinas situadas na parte central dos oceanos da Terra, com uma altura
média de 2 000 a 3 000 metros acima dos fundos oceânicos circundantes e um sulco central, um rifte,
por onde são continuamente emitidas lavas provenientes do manto sublitosférico.

Estas lavas ascendem à superfície da crosta


oceânica através de fissuras formadas no fundo do oceano,
dando origem a novos vulcões submarinos e ao
crescimento da crosta oceânica.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorsal_oce%C3%A2nica

Idade da crosta oceânica: Em vermelho as regiões


mais jovens, junto das dorsais; a azul as mais
antigas, por exemplo, junto das costas norte-africana
e norte-americana.

Distribuição mundial das dorsais


oceânicas.
TECTÔNICA DE PLACAS

Vídeo: Terra O Poder do Planeta - Episódio 01 - Vulcões –assistir entre 4 e 9 minutos.

https://www.dailymotion.com/video/xt3pd0

[118] Complementando as informações de Allan Kardec, de acordo com os


conhecimentos atuais da Geologia Física, podemos definir a crosta terrestre como
sendo a camada sólida externa da Terra.
Inclui a crosta continental, com mais ou
menos 40 km de espessura, e a crosta
oceânica, com aproximadamente 6 km.
A crosta e a camada superior do manto
formam a litosfera. O manto é a camada
intermediária entre a crosta da superfície
e o núcleo, parte sólida, parte fundida,
com cerca de 2.900 km de espessura.

A litosfera é constituída por placas


semirrígidas, as placas crustais, que
derivam umas em relação às outras sobre a astenosfera subjacente (uma camada
parcialmente fundida do manto). Este processo é conhecido como tectônica de placas.
Quando duas placas se separam, formam-se fendas na crosta. No meio dos oceanos,
esse movimento resulta na
expansão dos fundos
oceânicos e na formação
das cadeias oceânicas; nos
continentes, a expansão da
crosta pode formar rift
valleys (vales de
afundamento).

As montanhas podem
formar-se onde há
subducção da crosta
oceânica sob a crosta continental, ou onde os continentes colidem. As placas podem
também deslizar uma ao longo da outra.

Quando as placas se movem uma em relação à outra, pode ocorrer subducção: uma das
placas é forçada a mergulhar sob a
outra. No meio dos oceanos, esse
processo dá origem às fossas
oceânicas, atividade sísmica e arcos
de ilhas vulcânicas.

Onde a crosta oceânica se encontra com a crosta continental menos densa, a crosta
oceânica é empurrada sob a crosta
continental. A crosta continental é
então dobrada pelo impacto e se
formam montanhas de dobramento,
como os Andes na América do Sul.
"O tamanho dos megaplumes (acima de
vulcões submarinos) é imenso, com os
volumes de água equivalentes a quarenta
milhões de piscinas olímpicas."

– Energy unleashed by submarine volcanoes could power a continent - Ice Age Now
As cadeias dobradas também se formam quando duas áreas de crosta continental
se encontram. O Himalaia, por exemplo, começou a formar-se quando a Índia
colidiu com a Ásia, dobrando os
sedimentos, e parte da crosta
oceânica, entre as duas placas.

Nos dias de hoje, entende-se que os


processos envolvidos na formação das
montanhas — a orogênese —
ocorrem como resultado do movimento
das placas crustais descrito acima.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tect%C3%B3nica_de_placas

vídeos sobre o movimento dos continentes


https://www.youtube.com/playlist?list=PLxL3jriO17PL4Oj7Yc9v7U4huWGYGKxR7

Kardec, Allan. A gênese: Os milagres e as predições segundo o espiritismo. CELD. Edição do Kindle.

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