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Resumos de Ciências

1. Fundamentos da Teoria da Deriva Continental - páginas 42 e 43.


Em 1915, Alfred Wegener publicou a Teoria da Deriva Continental que defendia que os
continentes não tinham uma posição fixa, deslocando-se continuamente.
Segundo esta teoria:
 Os continentes já tinham estado unidos, formando um supercontinente –
Pangeia – rodeado por um grande oceano – Pantalassa
 Há 200 Ma, este supercontinente ter-se-á fragmentado e originado dois
continentes: Laurásia e Gondwana.
 Por seu lado, também estes se foram separando e fragmentando, originando
os continentes atuais.
 Ao longo dos anos, os continentes foram-se deslocando até às posições atuais.
 Os continentes movimentavam-se, flutuando como icebergs,
 A deslocação dos continentes é devida à força de rotação da Terra, ao
movimento das marés e à força de atração do Sol e da Lua.

2. Argumentos a favor e contra - páginas 44 e 45.


 Argumentos a favor:
o Argumentos morfológicos: as margens das costas atlânticas de África e
América encaixam-se e ajustam-se como se já tivessem estado unidas
o Argumentos geológicos: há uma continuidade em termos de idade e
composição das rochas formadas em épocas coincidentes nos
diferentes continentes. Ex: formações rochosas em África e América
o Argumentos paleoclimáticos: existem vestígios de paleoclimas
semelhantes em continentes que atualmente têm climas muito
distintos. A alteração da posição dos continentes permite explicar a
existêmcia de vestígios de glaciares em zonas que são agora tropicais e
a presença de depósitos de carvão em zonas que têm climas frios, já
que a formação de carvão só poderia acontecer num paleoclima
quente.
o Argumentos paleontológicos: existência de fosseis dos mesmos seres
vivos distribuídos por locais que estão atualmente separados por mar
e com condições ambientais diferentes.
 Argumentos contra:
o A rotação da Terra ou a atração dos outros astros não geram forças
capazes de mover continentes
o Os materiais que constituem os continentes não permitem que eles
flutuem sobre os fundos oceânicos
o Os argumentos paleontológicos foram criticados pela Teoria das
Pontes Continentais que dizia haver faixas de terra firme entre os
continentes que permitiam a deslocação dos seres vivos de uns locais
para outros.
3. Morfologia dos fundos oceânicos - páginas 48 e 49.
Com as tecnologias desenvolvidas durante a 2ª Guerra Mundial, tornou-se possivel
estudar o fundo dos oceanos, utilizando várias tecnologias:

A: Veículo submarino autónomo – mede e regista a profundidade, temperatura e


salinidade da água.

B: Veículo operado remotamente – filma, fotografa e recolhe amostras através de um


braço articulado, operado por controlo remoto

C: Coletor de amostras de fundo – recolhe amostras de rochas e sedimentos e está


preparado para pequenas perfurações dos fundos marinhos, sendo comandado a
partir de um navio.

D: Tecnologia sonar – emite feixes de ultrassons que são refletidos pelos fundos
oceânicos e o seu “eco” é captado pelo navio, determinando o relevo.

Morfologia dos Fundos Oceânicos:


 Plataforma continental: prolongamento submerso do continente até 200 m de
profundidade
 Talude continental: declive de transição entre a plataforma continental e a
planície abissal
 Planície abissal: extensa região plana com profundidade entre os 3000 e os
6000 metros
 Dorsal médio-oceânica: cordilheira montanhosa submarina, que pode atingir
uma altura superior a 3000 m.
 Rifte: abertura profunda ao longo da dorsal médio-oceânica por onde ascende
material rochoso total ou parcialmente fundido proveniente do interior da
Terra (magma)
 Fossa oceânica: depressão profunda e alongada do fundo oceânico (a mais
profunda é a Fossa das Marianas com cerca de 11 km de profundidade)

4. Idade das rochas dos fundos oceânicos - página 50.


A idade das rochas aumenta à medida que aumenta a distância ao rifte, ou seja,
quanto mais longe do rifte, mais antiga é a rocha. As rochas mais recentes estão junto
ao rifte e as mais antigas junto aos continentes.

A Terra possui um campo magnético que faz com que ela se comporte como um íman
gigante com polo positivo e negativo. Alguns minerais, como o basalto, orientam-se de
acordo com o campo magnético terrestre existente na altura em que as rochas se
formaram e mantêm durante centenas de milhões de anos a mesma orientação.
Assim, é possível perceber a evolução do campo magnético da Terra através do estudo
da orientação dos minerais metálicos na rocha. A este estudo chamamos
paleomagnetismo. Assim, no fundo do oceano existem faixas alternadas de rochas
com polaridade normal e polaridade inversa, simétricas a partir do rifte. Na polaridade
normal, os minerais têm a magnetização coincidente com o campo magnético
terrestre e na inversa têm sentido inverso. Rochas com a mesma idade têm a mesma
polaridade.
5. Teoria da expansão dos fundos oceânicos - páginas 52 e 53. 
Em 1962, Harry Hess formulou a Teoria da Expansão dos Fundos Oceânicos que veio
explicar:
 Porque as rochas mais recentes estavam junto ao rifte e as mais antigas
junto aos continentes
 Porque é que a dorsal médio-oceânica acompanha o desenho dos
continentes como se fosse uma cicatriz.

Esta Teoria diz que:

 No rifte, há ascensão do magma que arrefece e consolida sob a forma d


basalto, quando atinge a superfície oceânica
 Á medida que ocorre a ascensão do magma, os basaltos são empurrados para
o lado e para o outro do rifte, como se os fundos oceânicos fossem tapetes
rolantes a deslocarem-se em sentidos opostos a partir do eixo da dorsal
médio-oceânica.
 Ocorre assim uma expansão progressiva do fundo do oceano e formam-se as
planícies abissais

Esta teoria veio contrariar a de Wegener que dizia que apenas os continentes se
moviam.

Esta teoria explica também a formação do Oceano Atlântico:

 A Pangeia começa a fragmentar-se por ação de forças com origem no interior


da Terra e inicia-se a ascensão do magma através das fendas.
 A zona de fragmentação fica mais delgada, formando-se o rifte. Por aí, ascende
o magma que origina basalto.
 Este diverge para os dois lados do rifte e empurra os blocos continentais
levando ao seu afastamento.
 Entre os blocos, surge uma depressão onde se vai acumulando água, dando
origem a um mar.
 Com o continuo afastamento dos blocos, a depressão aumenta e forma-se um
grande mar. O processo de formação do Atlântico começou há cerca de 180
Ma.
6. Teoria da Tectónica de Placas - páginas 54 e 55. 
A Teoria da Tectónica de Placas podem ser explicada recorrendo às correntes de
convecção. Os cientistas descobriram que por baixo da litosfera, camada mais externa
da Terra formada por rochas sólidas e rígidas, existia uma camada com material mais
quente e moldável – a astenosfera. Estas características permitiram concluir que o
material da astenosfera, por ser viscoso, ao ser aquecido, apresentaria correntes de
convecção. Estas correntes resultam do movimento ascendente, lento e contínuo dos
materiais da astenosfera em consequência do seu aquecimento pelo calor que se
propaga das camadas mais interiores do planeta.
Assim, as correntes funcionam da seguinte forma:
 Os materiais da astenosfera, aquecidos pelo calor interno da Terra, ascendem
até às zonas mais próximas da litosfera
 Aí, os materiais arrefecem e a sua densidade aumenta, fazendo com que
“mergulhem” para zonas mais profundas e mais quentes
 Nessas zonas, os materiais aquecem novamente e tornam-se menos densos,
voltando a subir para as zonas próximas da litosfera. Estes movimentos
acontecem continuamente.

Fundamentos da Teoria da Tectónica de Placas:

 A litosfera está dividida em placas tectónicas ou placas litosféricas


 As placas movimentam-se muito lentamente sobre a astenosfera como se
fossem tapetes rolantes
 Na astenosfera, existem correntes de convecção térmica que se formam
graças ao calor interno da Terra e que são o motor dos movimentos das placas.
 Em alguns limites, existem riftes que são locais onde há subida de magma e
formação de nova litosfera, levando à expansão dos oceanos
 Noutros, existem zonas de subdução onde uma placa mergulha sobre outra e
há destruição de litosfera, formando-se fossas oceânicas.
 Por causa de haverem zonas onde há formação de litosfera e zonas onde há
destruição, o volume e a massa da Terra ficam constantes

7. Tipos de limites entre placas tectónicas - páginas 56 e 57.


A litosfera está dividida em placas litosféricas e os limites entre elas podem ser:
 Divergentes ou construtivos: as placas afastam-se e ocorre formação de
litosfera entre elas. Correspondem aos riftes. Nestas zonas, podem formar-se
ilhas como os Açores. Ex: dorsal médio-atlântica. Podem existir limites
divergentes entre placas continentais como o Rifte do Leste Africano. Aí poem
formar-se vulcões e sismos.
 Convergentes ou destrutivos: as placas chocam entre si e pode haver aumento
de espessura da litosfera (formação de montanhas) ou, nas zonas de
subducção, pode haver destruição de litosfera.
o Placa continental-Placa oceânica: a placa oceânica é mais densa e
sobre subducção, havendo destruição de litosfera formando-se uma
fossa oceânica. Pode haver formação de montanhas devido ao
espessamento o bordo com a litosfera continental. Ocorre atividade
vulcânica e sísmica. Ex: Andes (placa Nazca e placa Sul-Americana)
o Placas continentais: como a densidade é igual, não há subducção, mas
um aumento da espessura da litosfera, ou seja, as rochas sofrem
deformação e formam-se montanhas. Tem atividade sísmica. Ex:
Himalaias (placa Indo-Australiana e placa Euro-Asiática)
o Placas oceânicas: ocorre subducção de uma das placas com destruição
de litosfera, aquecimento e fusão de materiais. Podem aparecer
vulcões submarinos, que podem emergir e formar ilhas. Ocorre
também sismos. Ex: Ilhas do Japão (placa euro-asiática e paca do
Pacifico).

 Limites transformantes ou conservativos: as placas deslizam uma em relação à


outras, sem formação nem destruição de litosfera. Ocorrem sismos. Ex: Falha
de Santo André, nos EUA.
8. Ocorrência de falhas e dobras - páginas 62, 64 e 65. 
O movimento das placas litosféricas leva ao aparecimento de foras tectónicas que são
forças capazes de deformar as rochas da litosfera, alterando o seu relevo.
Estas forças podem ser:

Estas forças levam as rochas a ter certos tipos de comportamentos:

 Comportamento frágil: quando as rochas fraturam


 Comportamento dúctil: quando as rochas dobram, mas não partem.

Estas forças provocam dois tipos de deformação:

 Falhas: comportamento frágil


 Dobras: comportamento dúctil

O comportamento da rocha e o tipo de deformação depende:

 Tipo de força
 Intensidade da força
 Tipo de rocha
 Temperatura e pressão

Falhas

Quando uma rocha é submetida a forças tectónicas superiores ao seu limite de


resistência à rutura ocorrem falhas. Este comportamento ocorre perto da superfície
terrestre onde as rochas têm maior rigidez por não estarem aquecidas. Uma falha é
originada pela fratura da rocha em dois blocos em que um se desloca em relação a
outro. O tipo de forças tectónicas que atuam sobre a rocha determina o tipo de falha
que se forma:

 Falha normal (forças distensivas): o teto desce em relação ao muro


 Falha inversa (forças compressivas): o teto sobe em relação ao muro
 Falha de desligamento (forças de cisalhamento): os blocos deslocam-se
horizontalmente em sentido oposto

Nota: o teto é sempre do lado direito

Dobras

As dobras devem-se à atuação de forças compressivas, em profundidade, onde as


temperaturas e pressões elevadas promovem o comportamento dúctil do material. As
dobras podem ter dimensões variáveis, formam-se em profundidade e, quando estão à
superfície, apresentam-se desgastadas pela erosão.

Resolver os seguintes exercícios do caderno de atividades: páginas 23, 24, 29, 30, 31,
32, 33, 34.

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