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o As placas tectônicas
o Zonas de divergência
o Zonas de convergência
o Histórico
o A deriva continental de A. Wegener
o Pangea e Gondwana
Portanto, as placas tectônicas são gigantescos blocos que integram a camada sólida externa da
Terra, ou seja, a litosfera (crosta terrestre mais a parte superior do manto). Elas estão em
constante movimentação (se movimentam sobre o magma do manto), podendo se afastar ou
se aproximar umas das outras. Esses processos são classificados em:
Tipos de Zonas de Tensão Tectônicas
Zonas de divergência
As placas tectônicas afastam-se umas das outras.
Zonas de convergência
Subducção
As placas movem-se uma em direção a outra e a placa
oceânica (mais densa) “mergulha” sob a continental
(menos densa).
Obducção ou colisão
Choque entre duas placas na porção continental.
Acontece em virtude da grande espessura dos trechos
nos quais estão colidindo.
Esse movimento das placas tectônicas altera lentamente o contorno do
relevo terrestre, elevando cordilheiras e abrindo abismos marinhos.
Outra consequência desse fenômeno (causado pelo encontro das placas) são os
terremotos e tsunamis (ondas gigantescas). Em 2004, no oceano Índico, um
terremoto de 9,3 pontos na escala Richter provocou um tsunami que ocasionou a
morte de mais de 230 mil pessoas.
Os movimentos das placas
tectônicas foram comprovados
através de pesquisas realizadas com
satélites artificiais. Foi detectado,
por exemplo, que a América do Sul
afasta-se 3 cm por ano do
continente africano.
As Principais Placas Tectônicas
Placa do Pacífico
Placa de Nazca
Placa Sul-Americana
Placa Norte-Americana
Paca da África
Placa Antártica
Placa Indo-Australiana
Placa Euroasiática Ocidental
Placa Euroasiática Oriental
Placa das Filipinas
Histórico
Alfred Wegener, alemão, se tornou interessado na ideia de um único
continente em 1910, observando um atlas e observando as costas africana
e sul-americana. Algum tempo depois Wegener leu um artigo para discutir
as semelhanças entre as formas de vida terrestres fósseis entre
continentes distantes, muito separados.
Wegener coletara evidências publicadas diversas para apoiar sua teoria de
um único continente:
“Estes obrigam-nos a inferir, por exemplo, uma ligação por terra entre a
América do Sul e África. Isto pode ser explicado de duas maneiras: o
afundamento de um continente de ligação ou separação ignorado a
possibilidade deste último. Mas o ensino moderno de isostasia e mais
geralmente atuais nossas ideias geofísicos opor ao afundamento de um
continente, porque é mais leve que o material sobre o qual repousa. Assim,
somos forçados a considerar a interpretação alternativa. E se agora encontrar
muitas simplificações surpreendentes e pode começar finalmente a fazer
sentido real de uma massa de dados geológicos, por que deveríamos adiar em
jogar o velho conceito ao mar? “
A maioria dos autores acredita que a tectônica de placas venha atuando desde o início
do Proterozóico (2.500 milhões de anos). Algumas evidências sugerem que esse
processo deve ter ocorrido já no Arqueano ( a partir de 3.800 milhões de anos) só que
de uma maneira diferente da atual, já que o fluxo térmico global era muito mais alto.
Geometricamente, essas massas continentais à deriva, tendem a se aglutinar de tempos
em tempos (segundo Brito Neves et al, 1995, seriam ciclos de 500 a 600
milhões de anos) formando supercontinentes, que, com a continuidade
dos processos tectônicos, se quebram em vários pedaços, recomeçando o
ciclo.
Segundo Park, 1997, durante o Arqueano, havia em torno
de 20 áreas cratônicas já se estabelecendo, como por
exemplo o Escudo Báltico (atual Europa), partes da
América do Norte e da China e, no Brasil, o Craton
Amazônico e o Craton do São Francisco, que apresentam
idades que vão até 3.400 milhões de anos.
Rogers, 1996 sugere que o primeiro grande
continente tenha sido formado a
aproximadamente 3.000 milhões de anos.
Esse continente se chamava Ur (o nome vem
do alemão Ur, original, e também da cidade
de Ur, uma das mais antigas do mundo), e
era constituído de cinco crátons e seus
extensos depósitos de sedimentos, todos
muito próximos: Kaapvaal, na África,
Dharwar, Bhandara e Singhbhum, na Índia e
Pilbara, na Austrália, e mais três pequenas
áreas estáveis na Antártica.
No final do Arqueano (2.500 milhões de Segundo Brito Neves et al. 1995 a dinâmica
anos) várias áreas cratônicas já tinham se interna da Terra desfavorece o
estabilizado, e alguns autores sugerem que a estabelecimento de continentes gigantes, e
maior parte dessas áreas cratônicas estaria os mesmos têm vida muito curta (em torno
aglutinada em um supercontinente chamado de 100 milhões de anos), uma vez que
Kenorano (Mason, 1995 e outros) sendo que enquanto algumas áreas ainda estão sendo
os dados ainda não são totalmente coladas, outras já estão começando a se
conclusivos. romper. Assim sendo, o supercontinente
Kenorano rapidamente se fragmentou em
diversos blocos continentais menores.
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O Paleoproterozóico (2.500 à 1.600 milhões de
anos) é marcado pela construção de plataformas
continentais em torno dos núcleos arqueanos
estáveis associadas à magmatismo.
De 2.300 a 1.800 milhões de anos (Períodos
Riaciano e Orosiriano) evidências geológicas,
geofísicas e geocronológicas sugerem processos
de aglutinação de massas continentais,
granitização e colagens orogênicas (Brito
Neves et al, 1996 e outros). Esses processos de
colagem de terrenos deixaram registros em
diversos locais do mundo e recebem várias
denominações:
Eburneano, Barramundi, Aravalli, Penoqueano,
Hudsoniano, Rinkiano, Svecofeniano, etc. No
Brasil essa sucessão de colagens é chamada de
Evento Transamazônico. Como resultado dessas
colagens temos a formação dos continentes
Ártica (partes da América do Norte +
Groenlândia + Sibéria) e Atlântica (partes da
América do Sul e África).
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A Quebra dos Após esse período em que os continentes só
Nos espaços entre esses blocos se desenvolveram riftes, aulacógenos e braços e/ou
pequenos oceanos (Brito Neves, 1999). Nesse contexto, uma feição que merece destaque no
nosso continente é o desenvolvimento do Oceano Adamastor (Hartdany et al., 1985) entre o
sudeste da América do Sul e o Sudoeste da África, representado pelos sedimentos da Faixa
Dom Feliciano e parte da Faixa Ribeira. Já a separação entre Laurentia e Gondwana Leste a
720 milhões de anos (Powell et al., 1993) deu orígem ao Oceano Pacífico atual.
O Mega Continente Gondwana
Durante o Neoproterozóico (1.000 a 545
milhões de anos), os blocos
constituintes de Gondwana Leste e
Oeste se movimentaram ao redor do
globo e vieram estabelecer o
megacontinente Gondwana ( = terra dos
Gonds, antigo povo da Índia), durante
um estágio de colagens chamado Evento
Pan-Africano/ Brasiliano. Esse evento se
iniciou a 750-730 milhões de anos e
teve suas últimas manifestações a 490 -
480 milhões de anos, durante o Período
Ordoviciano.
Como representantes dessas colagens no Brasil temos as faixas móveis Brasília (colisão entre o
Craton Amazônico e o Craton do São Francisco - Pimentel & Fuck, 1992) e Ribeira (na sua porção
central representando uma colisão entre a Microplaca Serra do Mar e o terreno Juiz de Fora com
o Craton do São Francisco - Heilbron et al., 1998), dentre outras.
No início da Era Paleozóica nos deparamos
com mais um processo de reorganização
das massas continentais, com um padrão
complexo de movimento que inclui até
rotação de continentes. Tem inicio, então,
uma nova fase extensional, fragmentando
Laurentia, Báltica, Sibéria e Gondwana e
gerando o Oceano Iapetus (entre Laurentia
e Gondwana).
Esse continente tinha uma disposição alongada, se extendendo do polo norte ao polo sul. O
restante da superfície da Terra era coberto por um grande oceano chamado Panthalassa (do
grego pan = todo +thalassa = oceano), com exceção de um pequeno mar à leste de Pangea,
chamado Tethys (que hoje é representado pelo Mar Mediterrâneo).
O mesmo processo fusão/fissão, que possibilitou a união do Pangea, trata agora de rompe-
lo e separa-lo em blocos novamente. A separação desses blocos durou aproximadamente
100 milhões de anos, se estendendo pelos períodos Jurássico e Cretáceo.
Os dois Grandes Blocos