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Ficha de ampliação G14 – Frequência sísmica

Nome: N.º: Turma:

Data: Professor/a:

Domínio: Estrutura e dinâmica da geosfera


Capítulo: Sismologia
Aprendizagem Essencial por domínio: Usar a teoria da tectónica de placas para analisar dados de
vulcanismo e sismicidade em Portugal e no planeta Terra, relacionando-a com a prevenção de riscos
sísmicos.

Os processos geológicos que estão na origem da acumulação de tensão no interior da crusta


podem ter durações na ordem das dezenas de milhões de anos. Segundo a teoria do “ressalto
elástico”, as tensões acumulam-se lentamente numa falha, durante décadas, séculos ou milénios,
até que ocorre a rotura e a energia é libertada em segundos ou minutos, propagando-se uma
fração dessa energia sob a forma de ondas sísmicas.
Os sismos são gerados em falhas, classificadas de ativas quando apresentam movimentos
durante os últimos 100 mil anos. Só na ausência de atividade durante um período dessa ordem é
que uma falha é considerada inativa.
Uma falha com atividade sísmica no período histórico é considerada como potencialmente
sismogénica, isto é, capaz de gerar sismos.
Todos os anos ocorrem milhões de sismos (fig. 1), que são detetados pelos sismógrafos, mas só
uma pequena fração é sentida pelas populações. Os sismos com elevadas magnitudes, acima de
8, são raros (em média 1 por ano, a nível global) e podem ser altamente destrutivos se ocorrerem
em regiões densamente habitadas. A maioria dos sismos ocorrem no Anel de Fogo do Pacífico.
O aumento do número de estações sísmicas, de 350, em 1931, para milhares, na atualidade,
permitiu aumentar a deteção de sismos de reduzida magnitude.

Figura 1. Relação entre a frequência sísmica e a magnitude.


Qualquer região, como, por exemplo, Lisboa e Vale do Tejo, pode estar sujeita ao efeito de várias
fontes sísmicas. Muito provavelmente, o próximo sismo em Lisboa não será uma repetição do
terramoto de 1755 (fig. 2A), forçosamente raro, dada a sua excecional magnitude (estimada em
8,7), talvez reflexo do contexto tectónico do seu hipocentro (junto ao limite entre as placas
Eurasiática e Africana), mas sim um sismo com epicentro mais próximo, mas de menor magnitude
e mais frequente. O sismo de 1531 no vale inferior do Tejo (fig. 2B), que causou grandes danos
em Lisboa, é um exemplo do que pode vir a acontecer.

A B

Figura 2. Sismos em Lisboa. A – Destruição do sismo de 1755. B – Carta de isossistas relativas ao sismo de 1531.
Baseado em Duarte, J.F. (2005). “Sabe-se pouco sobre o terramoto de 1755”. Entrevista concedida a Paula Almeida. Gazeta de
Física,28(4), 22-27. https://www.spf.pt/magazines/GFIS/78/article/505/pdf [consult. fev 2021]

1. Relacione a ocorrência do número de sismos por ano com a sua magnitude.

2. Apresente uma explicação para a elevada sismicidade a que está sujeita a região de Lisboa e
Vale do Tejo.

3. O sismo do Alasca de 1964, apesar de ter uma elevada magnitude, só causou 139 mortos,
enquanto o sismo de S. Francisco de 1906, com uma menor magnitude, causou mais de 3000
vítimas mortais. Elabore uma hipótese que explique este facto.

4. Indique os sismos que libertaram mais energia do que o sismo de Lisboa de 1755.

5. Refira, justificando, a localização provável do hipocentro do sismo de 1531.

6. Mencione a diferença do contexto tectónico dos sismos de Lisboa referidos no texto.

7. Indique duas medidas preventivas que possam ajudar a salvaguardar vidas e bens na região
de Lisboa.

8. Justifique a relação que pode ser estabelecida entre a Ciência, a Sociedade e a Tecnologia.

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