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Agrupamento de Escolas de...

CIÊNCIAS NATURAIS 7.O ANO

ATIVIDADE SÍSMICA 1.a Semana

DOCUMENTO 01 | História da Ciência

Passados muitos anos sobre o terramoto de 1755, em Lisboa, ainda subsistem dúvidas sobre a sua origem.
Na década de 80, o assunto era dado por encerrado: acreditava-se que o banco de Gorringe, uma enorme
montanha submarina, era a estrutura responsável por esse grande sismo e subsequente tsunami. Durante
a década de 90 surgiram outras ideias quanto à geodinâmica da Península Ibérica (...). Foram publicados
novos estudos sobre os tempos de propagação do tsunami de 1755, baseados na interpretação dos relatos
da época, que numa fase inicial pareciam apoiar esse modelo. A descoberta por investigadores da
Universidade de Bolonha, em 1999, de uma importante estrutura geológica ativa ao largo da costa do
Alentejo, batizada de falha do Marquês de Pombal, veio desviar a ênfase para essa região. Mas as
dimensões da estrutura recém-descoberta eram insuficientes para explicar a dimensão do sismo (...). Mais
recentemente, foi proposto por um investigador da Universidades da Bretanha Ocidental que o terramoto
de Lisboa tenha sido devido à subducção no arco de Gibraltar (...).
Em 2003, surgiu um artigo científico afirmando que a rotura geológica inicial, ao largo da costa portuguesa,
teria desencadeado uma rotura secundária em terra, ao longo do vale inferior do Tejo, a qual teria sido
responsável pela extensão dos danos em Lisboa (...). É habitual referir-se que o inquérito do Marquês de
Pombal, enviado a todos os párocos do país, pedindo descrição detalhada dos efeitos do sismo, foi o
primeiro documento da sismologia moderna. Mas, durante muitas décadas, a sismologia nacional perdeu o
comboio em relação aos grandes esforços a nível internacional (...). Continuar a apostar na investigação, no
conhecimento do território português, das suas falhas geológicas ativas e das respetivas características (...).
Portugal é um país de perigosidade sísmica baixa a moderada. (...) As zonas mais críticas são os Açores,
Lisboa e Vale do Tejo e Algarve.
Entrevista de Paula Almeida ao geofísico João Fonseca Duarte – “Sabe-se pouco sobre o terramoto de 1755”,
Gazeta de Física. Disponível em https://www.spf.pt/magazines/GFIS/78/article/505/pdf [consult. set 2020]

Figura 1. Terramoto de Lisboa.


Tópicos para exploração do Documento 01

1. Evolução do conhecimento científico (formulação e discussão de novas explicações).


2. Cartografia geológica versus prevenção e minimização de riscos geológicos naturais.
3. Destaque da Geologia no conhecimento do meio ambiente que nos rodeia. Registo e avaliação dos
sismos.
Relação Ciência/Tecnologia/Sociedade/Ambiente. Sismicidade em Portugal.

4. Identificação, nas cartas geológicas da região, de zonas de falhas, leitos de cheias...


5. Efeitos provocados por um sismo utilizando a Escala Macrossísmica Europeia. Utilidade da Escala
de Richter.

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