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3 de Janeiro de 2023
UC: Riscos Naturais
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
O SISMO ............................................................................................................................ 4
PONTOS A MELHORAR...................................................................................................... 8
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 11
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................. 12
ÍNDICE DE FIGURAS
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INTRODUÇÃO
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O SISMO
Em 28 de Fevereiro de 1969 pelas 3h41 a terra tremeu, um sismo atingiu o sul
do país e a região de Lisboa, sendo o último grande sismo a ocorrer em Portugal
Continental, e o mais importante do século XX, denominado por ‘’Sismo do Algarve de
1969’’.
O sismo teve várias réplicas, tendo a estação WWSSN da Serra do Pilar registado
47 réplicas entre 28 de fevereiro e 24 de março. O sismo de 1969 foi observado em
diversos marégrafos e gerou um pequeno tsunami, tendo passado despercebido pela
população derivado à hora da sua ocorrência.
Os relatos em terra referem foi ‘’um minuto que durou horas’’ em que as
pessoas fugiram para a rua completamente desprevenidas e assustadas pela vibração
do sismo, deixando para trás tudo, fugindo das suas habitações com receio que estas
colapsassem ou que voltasse a ocorrer alguma réplica.
EFEITOS DO SISMO
O sismo em Portugal provocou cerca de 16 vítimas mortais, das quais 3
resultaram de consequência direta do sismo e as restantes de forma indireta, algumas
delas por doença súbita durante e pós-evento sísmico. Este fenómeno provocou ainda
cerca de 70 feridos em Lisboa e 150 na região do Algarve, a grande maioria dos
ferimentos ocorridos dizia respeito a lesões provocadas por quedas ou crises nervosas.
Em Marrocos provocou 8 vítimas mortais e 11 feridos, em Espanha provocou 5 vítimas
mortais e 6 feridos. Embora as zonas mais afetadas em Portugal correspondam ao
distrito de Lisboa e Faro, o sismo foi sentido e afetou diversas regiões ao longo do país.
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Na região do Algarve, em particular nos concelhos de Portimão, Vila do Bispo,
Lagos e Castro Marim os danos em habitações foram devastadores provocando falhas
de energia elétrica e comunicações, fendas em habitações, quebra de vidros, colapso
de chaminés, deslocamento de telhas, colapsos parciais e totais de habitações. Tendo
sido agravado nestes locais os danos devido à precipitação que se fez sentir após o
sismo, provocando diversos danos também
causados pela água infiltrada nas estruturas
danificadas. Acrescentando nesta região os danos
colaterais causados pelo sismo, nomeadamente
tsunami, inundações, incêndios, deslizamento de
terras em que diversas zonas a sul do país foram
afetadas.
Figura 2 - Danos provocados em Lisboa
Na Madeira foi sentido em diversas zonas da ilha, que apenas provocou danos
materiais como pequenas fendas em algumas habitações e o colapso de uma casa
desabitada.
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IMPACTOS DIRETOS E INDIRETOS NA SOCIEDADE
Os sismos são fenómenos naturais que fazem parte do quotidiano do nosso
planeta, tendo a capacidade para devastarem repentinamente qualquer zona do
planeta, deixando clara a nossa vulnerabilidade e fragilidade perante estes eventos
extremos. É uma vulnerabilidade que em cada ano responde por milhares de mortos,
feridos, desaparecidos e desalojados, afetando a humanidade e destroem as
economias e meios de subsistência. Há que sublinhar que, nas últimas décadas,
milhões de pessoas perderam a vida em consequência destes desastres e o quadro
tende a agravar-se como indicam as estimativas das Nações Unidas que apontam para
que, nos próximos anos, estas catástrofes provoquem, perdas médias anuais, de
100.000 vidas e custos de 250.000 milhões de euros.
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ANÁLISE DOS ACONTECIMENTOS
O sismo de 28 de fevereiro de 1969 foi o último sismo a provocar destruição no
património edificado na região do Algarve. Há especialistas que dizem que se o sismo
ocorresse hoje seria muito pior, por razões relacionadas com a construção dos
edifícios. Além disso temos de ter em conta o tipo de construção. Se hoje não se tem
muito em conta a construção antissísmica em 1969 muito menos se faziam construções
assentes numa estrutura dessas algo complexas, ideia que colhe a opinião do grupo.
PONTOS A MELHORAR
O princípio mais significativo neste sentido é o da aquisição de conhecimentos
na área do risco sísmico e das suas consequências, e posteriormente divulgá-los à
sociedade, desenvolver programas, simulacros e treinos que envolvam a comunidade.
Por exemplo, se perguntarmos numa sala quem tem kits de sobrevivência em casa,
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poucas pessoas respondem afirmativamente. Mas trata-se de uma medida muito
importante e necessário sensibilizar. É fundamental comunicarmos de forma séria com
as pessoas e sensibilizá-las para serem resilientes e estarem preparadas para uma
emergência.
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Porém, com o aprofundar dos conhecimentos observou-se que não é suficiente
estudar um equipamento ou uma estrutura isoladamente, pois as funções a que se
predispõe são produto de um sistema, de um conjunto de estruturas, atores e funções.
Assim, surgiu a necessidade de estudar o impacto dos sismos não apenas ao nível dos
danos no edificado ou do número de vítimas, como é vulgarmente apresentado em
vários estudos, mas a de conhecer também o seu impacto no suporte físico do
território e no seu funcionamento, tal como seja no emprego, na habitação ou mesmo
na continuidade do ensino. Esta abordagem tenta descrever, por exemplo qual o
impacto da rutura da rede de águas numa parte da cidade. Será possível habitar essa
zona? Quanto tempo é possível habitá-la ou a partir de quando? É possível utilizar as
escolas dessa área? Qual o transtorno dos escombros na circulação das pessoas e dos
veículos? A partir de que valor se pode circular e viver com as condições mínimas?
Tentou-se assim dar uma visão holística, ou seja, conceber a realidade como um todo
do problema e não apenas das suas partes, podendo a partir daí tirar ensinamentos
para prevenir e mitigar o risco, mas sobretudo a forma como a sociedade é afetada aos
diferentes níveis.
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CONCLUSÃO
Estes acontecimentos possibilitam a compreensão dos impactos estruturais,
bem como as consequências a nível social e económico das regiões afetadas.
Para concluir e como forma de sensibilização deve ser reforçado que o potencial
de destruição de futuros sismos em Portugal tem sido objeto de análises e estudos pela
comunidade científica.
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BIBLIOGRAFIA
Henriques, G. (2019). Sismo 1969. O mar borbulhou e o país saiu à rua em pijama. Jornal de
Noticias.
Miranda, J., & Carrilho, F. (2014). 45 ANOS DO SISMO DE 28 DE FEVEREIRO DE 1969. Lisboa:
IPMA.
Vakalis, N. (2007). RELATÓRIO sobre o impacto dos sismos a nível regional. Comissão do
Desenvolvimento Regional.
Vieira, A. L., & Oliveira, C. S. (2021). A Ciência e a Redução do Risco. IMPACTE DO SISMO DE 28
DE FEVEREIRO DE 1969 EM ALGUMAS CIDADES. COMPARAÇÕES.
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