Você está na página 1de 12

AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
FICHA GLOBAL 1 GEOLOGIA

Grupo I

Em 1969, ocorreu um sismo com magnitude 7,9 que, em Portugal continental, afetou em particular a
zona do Algarve. Foi ainda sentido em Marrocos, França e Canárias. O sismo provocou treze vítimas e um
pequeno tsunami.

Na altura, estava em desenvolvimento a Teoria da Tectónica de Placas, pelo que a região foi alvo de
vários estudos. Alguns cientistas propõem, desde então, que na margem atlântica possa estar em curso a
génese de uma zona de subducção. Estudos prévios revelaram a existência de um aglomerado sísmico
naquela zona, em profundidades correspondentes ao manto, a cerca de 50 km de profundidade numa
secção de litosfera do Jurássico, período geológico entre 201 e 145 Ma em que se terá começado a formar
o Atlântico e dominada pelos répteis, entre os quais os dinossauros, répteis terrestres.

Estudos recentes indicam que a parte inferior da litosfera no litoral da Península Ibérica estará a afastar -
se da parte superior, o que pode levar a que uma das placas inicie um movimento de subducção. Se se
confirmar, será a primeira vez que se observa a rutura da porção oceânica de uma placa litosférica, o que
poderá corresponder a uma fase inicial de fecho do oceano Atlântico. O modelo desenvolvido por
investigadores portugueses necessita de mais dados, o que é particularmente difícil no caso de processos
como os relacionados com a tectónica, que ocorrem, geralmente, à escala geológica.

Os investigadores que defendem a génese atual de uma nova zona de subducção propõem que a
infiltração de água em fraturas desta zona oceânica da placa poderá originar rochas conhecidas como
serpentinitos, que resultam da hidratação de rochas ultrabásicas 1, e que a sua formação poderá originar
zonas de fraqueza que levariam à separação da parte mais densa da placa. Outros investigadores
defendem a necessidade da existência prévia de zonas onde este processo se verifica.

1 Rocha ultrabásica – Rocha ígnea com menos de 43% de sílica.

Figura 1 – picentros de sismos na Europa desde 1900. Figura 2 – Carta de isossistas do sismo de 1969.
A seta indica o epicentro do sismo de 1969.

Baseado em www.natgeo.pt, http://sismo1969.ipma.pt/, https://www.rtp.pt/, Duarte, J. et al. (2019). Delamination of oceanic


lithosphere in SW Iberia: a key for subduction initiation? Geophysical Research Abstracts

© Areal Editores 1
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
4
1. Tipicamente, as rochas dos fundos oceânicos
(A) são granitos, que resultam da solidificação lenta de magmas ácidos.
(B) resultam de erupções explosivas, nos riftes.
(C) são rochas magmáticas extrusivas, com minerais de olivina bem desenvolvidos.
(D) são rochas básicas, como os basaltos, que solidificam à superfície ou próximo desta.

4 2. O sismo de 1969
(A) é considerado um microssismo pois foi sentido em todo o território continental.
(B) atingiu 7,9 na Escala de Richter, o grau máximo de intensidade sísmica.
(C) teve origem a sudoeste de Portugal continental.
(D) deu origem a um tsunami devastador, que provocou danos e mortes.

4 3. Alguns cientistas propõem a formação de uma nova zona de subducção no Atlântico.

A subducção
(A) resulta do afundamento de uma placa de maior densidade sob uma placa de menor densidade.
(B) ocorre nos limites de placas em divergência, resultando na formação de uma fossa.
(C) pode ser consequência da libertação de energia acumulada entre placas litosféricas
convergentes.
(D) ocorre sempre entre uma placa oceânica, mais densa, que subducta uma placa continental,
menos densa.

4
4. Os sismos registados na Europa desde 1900
(A) afetam em particular as zonas intraplaca.
(B) serão sismos históricos e não sismos instrumentais.
(C) serão maioritariamente de origem vulcânica.
(D) estão localizados, a oeste, na Dorsal Médio-Atlântica e, a sul, no limite entre a placa Africana e
Euroasiática.

4
5. As placas litosféricas
(A) incluem apenas superfícies continentais ou oceanos.
(B) são formadas pela crusta e uma parte do manto superior.
(C) atingem profundidades máximas ao nível dos oceanos.
(D) são rígidas e movem-se sobre o material no estado líquido que constitui a astenosfera.

4
6. O estudo de processos associados aos movimentos tectónicos
(A) é dificultado pela dificuldade em recolher dados sísmicos em zonas oceânicas.
(B) é um desafio para os cientistas pois ocorrem numa escala compatível com a vida humana.
(C) depende exclusivamente de dados relacionados com o epicentro, a magnitude e a intensidade
máxima de sismos.
(D) torna-se difícil pois a escala de tempo em que ocorrem é geralmente da ordem de milhares ou
milhões de anos.

© Areal Editores 2
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
7. Nas margens continentais é comum a acumulação de materiais resultantes da meteorização e erosão
5
de litologias com origem continental.

Refira qual o tipo de rocha mais comum nas regiões referidas.

5 8. Faça a correspondência correta entre as afirmações da coluna A e os principais tipos de rocha da


coluna B.

Coluna A Coluna B
(a) Resultam de transformações de rochas preexistentes que
poderão ser ao nível do tipo de minerais e/ou da sua disposição.
(1) Rochas magmáticas
(b) Resultam geralmente de processos de meteorização, erosão,
transporte, deposição e diagénese.
(c) Resultam do arrefecimento e solidificação de uma mistura de (2) Rochas sedimentares
rochas em fusão, com minerais em suspensão e gases dissolvidos.
(d) São comuns nas zonas de colisão de massas continentais onde (3) Rochas metamórficas
ocorre a formação de cadeias montanhosas, como os Himalaias.
(e) Constituem quase ¾ da superfície da Terra.

10 9. A escala de tempo geológico, ou cronoestratigráfica, é um instrumento essencial no estudo da história


da Terra e sofre ajustes à medida que se obtêm mais informações.

Explique em que medida a escala cronosestratigráfica reflete, entre outras, alterações a nível
biológico e geológico na história da Terra.

Utilize os termos: Era, período e extinção.

10
10. Cerca de 90% dos sismos ocorrem no bordo do oceano Pacífico, numa zona conhecida como Anel
de Fogo do Pacífico.

Relacione o estudo dos sismos, nomeadamente a localização de epicentros, com a identificação de


zonas de formação de novas zonas de subducção.

Grupo II

Os Açores são um conjunto de ilhas de origem vulcânica, cuja atividade presente se caracteriza por
manifestações hidrotermais (campos fumarólicos, nascentes frias e hidrotermais gasocarbónicas e áreas
de desgaseificação difusa dos solos). A ilha de S. Miguel tem uma geologia dominada por três núcleos
vulcânicos que correspondem aos vulcões ativos das Sete Cidades, Fogo e Furnas, sendo o último o vulcão
mais oriental da ilha e com atividade eruptiva mais recente.

Nesta estrutura vulcânica mais recente, vivem 1500 habitantes, que ocupam a caldeira , e outros
milhares que vivem nas proximidades. Nos últimos 5000 anos terão ocorrido várias erupções com
deposição de piroclastos (90% dos produtos vulcânicos expostos), pelo que o estudo e monitorização desta
área são de extrema importância.

As erupções vulcânicas podem gerar quantidades letais de gases tóxicos, mas a exposição prolongada
a quantidades reduzidas poderá ter efeitos na saúde humana. Gases como o dióxido de enxofre (SO 2),
ácido sulfúrico (H2SO4), sulfureto de hidrogénio (H 2S), o gás radioativo radão (Rn), assim como arsénio
(As) e mercúrio (Hg), entre outros, são libertados durante e após as erupções.

© Areal Editores 3
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
Alguns grupos de investigadores procuram avaliar o impacto da emissão de gases e partículas nas
proximidades de vulcões, nomeadamente nas Furnas, considerada a maior área de desgaseificação difusa
dos solos nos Açores: foram registadas quantidades elevadas de CO2 e de Rn, em particular no interior de
edifícios.

De acordo com a Direção-Geral de Saúde, o cancro foi a segunda causa de morte mais importante em
Portugal entre 1999 e 2001 (cerca de 20% do total registado nesse período). O risco de morte por cancro,
no mesmo período, era superior nos Açores, comparando com a Madeira e o continente.

A figura 4 mostra os resultados de um estudo realizado em S. Miguel e em S. Maria.

Figura 3 – Cronologia dos últimos 5000 anos do vulcão das Furnas. As setas indicam depósitos datados por 14
C.

Figura 4 – Taxas de incidência de cancro no período 1991-2001. À esquerda, valores para mulheres e à direita valores para
homens. C00–C14, lábios, cavidade oral e faringe; C15–C26, órgãos digestivos; C30–C39, órgãos respiratórios e
intratorácicos; C43–C44, pele; C45–C49, epitélios de revestimento e tecidos moles; C50, mama; C51 –C58, órgãos genitais
femininos; C60–C63, órgãos genitais masculinos; C76–C80, não-definidos, locais secundários e não-específicos; C81–C96,
linfoide, do sangue e tecidos relacionados.

Baseado em Cole, P.D. et al. (1999) Styles of volcanism and volcanic hazards on Furnas volcano, São Miguel, Azores.
Journal of Volcanology and Geothermal Research, Rodrigues, A.S. e Garcia, P.V. (2014) Poluição do ar e saúde
– o vulcanismo como fonte natural de poluição. Boletim do Núcleo Cultural da Horta

4
1. Os campos fumarólicos, as nascentes gasocarbónicas e as áreas de desgaseificação difusa dos
solos
(A) são manifestações primárias de vulcanismo.
(B) resultam da proximidade de magma da superfície.
(C) têm reduzido interesse científico e valor turístico.
(D) refletem proximidade de limites conservativos entre placas litosféricas.

© Areal Editores 4
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
2. Relativamente aos vulcões na ilha de S. Miguel, é incorreto afirmar que
4
(A) tiveram erupções recentes e, por isso, são considerados ativos.
(B) o vulcão das Furnas entrou em atividade pela última vez cerca de 1630 d.C.
(C) são zonas habitadas, possivelmente devido à elevada fertilidade dos solos.
(D) apresentam reduzida probabilidade de erupção.

4 3. As erupções no vulcão das Furnas nos últimos 5000 anos


(A) terão sido do tipo explosivo, resultando de magma pouco fluido.
(B) deverão ter criado torrentes de lava e grandes nuvens de gases e cinzas.
(C) terão sido do tipo efusivo, originando as caldeiras que se observam atualmente.
(D) ocorreram em intervalos regulares, o que torna previsível uma próxima erupção.

4
4. Os materiais libertados em erupções vulcânicas
(A) apenas têm potencial de causar danos se estiverem no estado sólido, como lapilli e bombas.
(B) podem causar danos à saúde humana apenas em quantidades elevadas.
(C) contribuem para a forma e altura do cone vulcânico.
(D) apenas poderão afetar o sistema respiratório de seres humanos.
4
5. O arquipélago dos Açores é considerado um laboratório das Ciências da Terra pois
(A) a sua localização intraplaca é favorável à ocorrência de manifestações da dinâmica interna da
Terra, como sismos e vulcões.
(B) são comuns os fenómenos sísmicos e de vulcanismo secundário, que informam sobre a estrutura
e dinâmica internas da Terra.
(C) localiza-se nas proximidades de uma zona geologicamente inativa, uma junção entre três placas
litosféricas.
(D) as suas ilhas, tal como as ilhas do Hawai, são geologicamente ativas e resultantes de vulcanismo
intraplaca.

4
6. A datação com 14C
(A) é um exemplo de datação baseada no decaimento radioativo de certos isótopos.
(B) é uma técnica de datação relativa de rochas e eventos.
(C) utiliza-se geralmente para eventos na ordem dos milhares de milhões de anos.
(D) permite datar rochas contemporâneas da formação da Terra, assim como eventos com alguns
milhares de anos.
5
7. Refira a hipótese que terá estado na origem do estudo cujos resultados são apresentados na figura
2.
4
8. As afirmações seguintes dizem respeito aos dados relativos ao vulcanismo e saúde nos Açores.
I – A Direção-Geral de Saúde registou que 1 em cada 5 mortes em Portugal entre 1999 e 2001 teve
como causa o cancro.
II – Entre as mulheres, o cancro mais comum foi o cancro da mama, independentemente da ilha em
que foram recolhidos os dados.
III – Menos de 1/10 dos homens de S. Miguel e de S. Maria foram afetados por cancro, entre 1991 e
2001.

© Areal Editores 5
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
Selecione a opção que avalia corretamente as afirmações I a III.
(A) A afirmação II é falsa, as afirmações I e III são verdadeiras.
(B) As afirmações I e III são verdadeiras, a afirmação II é falsa.
(C) A afirmação I é verdadeira, as afirmações II e III são falsas.
(D) A afirmação III é falsa, as afirmações I e II são verdadeiras.

19 9. Os dados que permitiram obter os dados na figura 4 foram recolhidos em centros de saúde em duas
áreas com populações semelhantes ao nível da dieta, estatuto socioeconómico, economia,
construção de habitações e acesso a cuidados médicos. A ilha de Santa Mar ia não apresenta
atividade vulcânica há cerca de 3 milhões de anos.

Explique a importância da recolha dos dados nas condições referidas acima para a fiabilidade dos
resultados deste estudo.

Utilize os conceitos: controlo, experimental e conclusões.

10
10. Explique por que razão não é seguro concluir, com os resultados obtidos no estudo apresentado, que
a exposição a gases vulcânicos faz aumentar a incidência de cancros de todos os tipos, em ambos
os sexos.

Grupo III

Segundo uma equipa de investigadores que procurou avaliar os efeitos dos sismos em mamíferos
marinhos, estes eventos podem afetar as capacidades de caça dos cachalotes.

Em 2016, o sismo de Kaikoura, na Ilha do Sul, Nova Zelândia, atingiu 7,8 de magnitude, dando origem
a um tsunami devastador, para além de ter provocado duas mortes e dezenas de feridos. O epicentro
localizou-se a cerca de 50 km da costa (para o interior) e o hipocentro a cerca de 15 km de profundidade
(figura 5). No fundo marinho, o abalo sísmico gerou fortes corren tes que dizimaram diversos ecossistemas
de invertebrados que vivem ao longo do desfiladeiro (ou canhão) subaquático de Kaikoura e que servem
de alimento às presas dos cachalotes.

Ao que indicam os resultados do estudo, os cachalotes passaram a mergulhar mais fundo e durante
mais tempo, possivelmente em busca de alimento. A equipa de investigação liderada por Marta Guerra
aproveitou o evento para investigar a forma como um desastre natural em grande escala pode afetar os
cachalotes, considerados vulneráveis à extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza.

Ao contrário do conhecimento sobre o impacto dos sismos em animais terrestres, é escasso o


conhecimento sobre as consequências em ambiente marinho. Este tipo de investigação fornece dados
importantes para as agências governamentais, que podem assim ter em conta os sismos quando fixam as
quotas de pesca.

O canhão subaquático de Kaikoura (figura 6), integrado numa região costeira montanhosa, tem cerca
de 60 km de extensão e 1200 m de profundidade máxima, e desce até aos 800 metros de profundidade
próximo da costa, o que permite observar cachalotes em locais privilegiados.

Os resultados revelaram que os cachalotes passavam cerca de 25% mais tempo na superfície entre os
mergulhos do que faziam antes do sismo. Um ano depois do sismo, os investigadores observaram as
baleias a regressar aos seus intervalos anteriores de ventilação à superfície.

© Areal Editores 6
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO

Figura 5 – Contexto tectónico da Nova Zelândia (esquerda) e localização do epicentro do sismo de Kaikoura em 2016
(direita).

Figura 6 – Imagens pré-sismo de 2016 e pós-sismo de 2016, na zona mais próxima da costa do canhão submarino de
Kaikoura. Note-se a extensa camada de sedimentos que foram arrastados até ao fundo, desde o topo e encostas.

Baseado em www.natgeo.pt, www.geological-digressions.com

1. O sismo de Kaikoura em 2016


(A) registou o seu epicentro no fundo marinho.
(B) pode ser considerado um sismo intermédio.
(C) teve impactos apenas em zonas marinhas.
(D) estará associado a uma zona de convergência entre placas oceânicas.

4
2. Os dados recolhidos pela equipa de investigação
(A) poderão ser usados para a conservação de um animal suscetível a alterações provocadas por
eventos geológicos.
(B) apenas permitem tirar conclusões relativamente às populações de cachalotes da Nova Zelândia.
(C) resultaram de um evento programado para realizar o estudo.
(D) representam uma interação apenas entre a geosfera (sismo) e a biosfera (cachalotes).

© Areal Editores 7
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
3. O estudo realizado foi particularmente importante pois
4
(A) resultou de um esforço individual para evitar a extinção dos cachalotes.
(B) permitiu recolher informações sobre ambientes pouco estudados relativamente ao impacto de
eventos sísmicos.
(C) estabeleceu uma relação entre os abalos sísmicos e o deslizamento de sedimentos em canhões
submarinos.
(D) mostra que a pesca poderá ser feita sem considerar a ocorrência de sismos numa determinada
região.

4 4. Os mergulhos dos cachalotes após o sismo passaram a ser mais prolongados, assim como os
intervalos entre eles.

Estes dados poderão indicar que os cachalotes


(A) passaram a encontrar alimento mais próximo da costa, em zonas menos profundas.
(B) alteraram as fontes de alimento, passando a alimentar-se dos invertebrados do fundo marinho.
(C) encontraram mais alimento, pois o deslizamento de sedimentos trouxe à superfície invertebrados
marinhos.
(D) necessitavam de recolher mais oxigénio e recuperar os músculos para mergulhos mais longos ou
mais profundos.

4
5. O canhão subaquático de Kaikoura
(A) poderá ser uma zona associada à formação de rochas magmáticas.
(B) é comparável às dorsais oceânicas, pois representa uma elevação no fundo marinho.
(C) é uma zona favorável à ocorrência de fenómenos de diagénese.
(D) resulta da subducção de uma placa oceânica sob uma placa continental.
4
6. A figura 7 representa diversos tipos de ondas sísmicas.

Relativamente às ondas representadas, é


correto afirmar que
(A) as ondas 1 são ondas superficiais.
(B) as ondas 3 e 4 resultam da chegada das
ondas profundas à superfície.
(C) as ondas 2 são as primeiras a serem
registadas.
(D) as ondas 3 e 4 são, respetivamente, ondas
de Rayleig e ondas de Love.

Figura 7

© Areal Editores 8
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
7. A geodinâmica da Terra manifesta-se em diferentes escalas de tempo, de energia envolvida e de
4
grau de alteração.
Um sismo poderá ser considerado ________ e a deposição de sedimentos enquadra-se ________.
(A) um evento cíclico ... no princípio do atualismo
(B) uma catástrofe ... no princípio do gradualismo
(C) um evento cíclico ... numa linha de pensamento uniformitarista
(D) uma catástrofe ... numa linha de pensamento catastrofista

5 8. A figura representa o registo de ondas sísmicas de um determinado evento sísmico.

Determine a magnitude do sismo assim como a distância ao epicentro da estação sismográfica onde
foi obtido o sismograma, utilizando os dados fornecidos.

7
9. Relacione a importância dos estudos relacionados com a tectónica de placas em contextos como o
da Nova Zelândia, com a diminuição dos danos materiais e em seres vivos associados a eventos
geológicos, como erupções e sismos.
10

10. Explique por que razão se terá verificado uma alteração no comportamento dos cachalotes um ano
após o sismo, como referido no texto.

Grupo IV

A compreensão moderna dos movimentos tectónicos das placas e das correntes de convecção no manto
assentam num modelo com uma litosfera rígida que se movimento por cima de uma astenosfera dúctil
(figura 9). No entanto, ainda restam muitas dúvidas sobre as propriedades físicas e químicas responsáveis
pelas diferenças reológicas 1 entre estas duas camadas. As incertezas relacionam-se, entre outras, com a
profundidade da fronteira litosfera-astenosfera (FLA) e com a magnitude do contraste entre as duas
camadas ao nível do comportamento dos materiais.

As temperaturas na parte mais superficial da Terra são determinantes para o facto da litosfera ser uma
camada rígida. Os gradientes geotérmicos entre as zonas de cratões 2, mais espessas, e a litosfera nas
margens dos continentes, mais fina, varia entre 5 ºC.km–1 e 15 ºC.km-1. Quanto à propagação das ondas
sísmicas, há evidências cada vez mais sólidas que apontam para uma redução da velocidade, talvez global,
a profundidades entre 50 a 130 km.

A paisagem da Terra e os afloramentos rochosos resultam de interações entre processos tectónicos de


subsidência e levantamento, juntamente com processos erosivos e de sedimentação (figura 11).

A definição e quantificação de movimentos horizontais na crusta terrestre tem sido alvo de estudo pelos
geocientistas nas últimas décadas, em parte devido à aceitação geral da Teoria da Tectónica de Placas.
Os movimentos verticais das rochas ou da superfície, conhecidos há mais de dois séculos, têm recebido
menos atenção, talvez pela dificuldade em encontrar marcadores bem definidos para esses movimentos e
pela necessidade de uma abordagem conjunta, que implica técnicas recentemente desenvolvidas.

© Areal Editores 9
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
Os movimentos verticais ocorrem nas zonas de limite entre placas, mas, também, de forma
independente destes, em zonas intraplaca. Originam bacias sedimentares, associadas a importantes
recursos, como água e hidrocarbonetos3, e cadeias montanhosas e os planaltos, que influenciam de forma
significativa os ambientes e climas terrestres.

1 reologia – estudo do comportamento dos materiais, como as rochas, face aos seus limites de resistência à deformação.
2 cratão – bloco de crusta, geralmente, continental, essencialmente formado por rochas magmáticas e metamórficas.
3 hidrocarbonetos – compostos orgânicos combustíveis, essencialmente constituídos por carbono e hidrogénio.

Figura 9 – Modelo representando a litosfera e a astenosfera. Figura 10 – Variação da temperatura com


a profundidade.

Figura 11 – Movimentos verticais na superfície terrestre relacionados com a dinâmica litosfera -astenosfera.

Baseado em Fischer, K.M. et al. (2010) The Lithosphere- Asthenosphere Boundary. Annu. Rev. Earth Planet. Sci.,
Teixell, A. et al. (2009) The geology of vertical movements of the lithosphere: An overview. Tectonophysics

4 1. As correntes de convecção no manto


(A) poderão ser o mecanismo que explica os movimentos da litosfera sob a astenosfera.
(B) resultam da ascensão de materiais aquecidos e do afundamento de materiais a temperaturas
mais baixas.
(C) resultam da libertação de calor por desintegração de isótopos radioativos abundantes na crusta.
(D) explicam a rigidez da litosfera e a plasticidade da astenosfera.

© Areal Editores 10
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
2. A FLA é um limite
4
(A) que marca a transição entre a crusta e o manto superior.
(B) que apresenta sempre a mesma profundidade, independentemente de ser medido nos
continentes ou nos oceanos.
(C) em que se verifica um aumento da velocidade de propagação das ondas P, mas não das ondas
S.
(D) cuja profundidade varia entre um mínimo de 50 e um máximo de 130 quilómetros.

4 3. Os métodos indiretos para estudar o interior da Terra


(A) apontam para um aumento de cerca de 1 ºC por cada 200 metros de profundidade, nas zonas
mais finas da litosfera.
(B) são pouco informativos, em particular no que diz respeito às zonas mais superficiais.
(C) são atualmente pouco utilizados, pois o ser humano dispõe de tecnologia suficiente para apenas
utilizar métodos diretos.
(D) permitiram concluir que os materiais que constituem a astenosfera se encontram estado físico
dos materiais no núcleo externo.

4
4. A litosfera e a astenosfera são camadas do interior da Terra que têm em comum o facto de ________,
distinguindo-se ________.
(A) fazerem parte do modelo geoquímico ... pela composição dos materiais constituintes
(B) serem compostas por materiais essencialmente silicatados ... pelo estado físico em que estes se
encontram
(C) ambas fazerem parte do modelo geofísico ... pelo estado físico em que se encontram os materiais
constituintes
(D) serem compostas por materiais essencialmente ferromagnesianos ... pelo facto de a última incluir
crusta e manto terrestres
4
5. Relativamente à temperatura no interior da Terra, sabemos atualmente que
(A) a variação não é uniforme com a profundidade, sendo mais acentuada nas zonas mais próximas
da superfície.
(B) varia de forma diretamente proporcional à profundidade.
(C) a variação não é uniforme com a profundidade, sendo mais acentuada nas zonas mais profundas.
(D) varia de forma inversamente proporcional à profundidade.
4
6. A hipótese da deriva dos continentes foi amplamente aceite apenas meio século após ser proposta
por Alfred Wegener.

As ideias de Wegener relativamente à mobilidade dos continentes.


(A) foram ignoradas, pois foram apresentadas sem qualquer tipo de argumento que as apoiasse.
(B) foram fortemente suportadas pela tectónica de placas, pois este apresentava um mecanismo que
explicava o movimento dos continentes.
(C) incluíram apenas dados relativos aos paleoclimas, pois este era meteorologista.
(D) não poderão ser enquadradas no princípio do atualismo.
5
7. Indique em que camada do interior da Terra, litosfera ou astenosfera, o gradiente geotérmico será
mais elevado.

© Areal Editores 11
AVALIAÇÃO Bio Geo FOCO 10

DOSSIÊ DO PROFESS O R

COTAÇÃO
8. As afirmações seguintes dizem respeito aos dados fornecidos no texto e na figura 10.
4
I – Os movimentos horizontais e verticais têm sido pouco estudados, pois as técnicas necessárias
apenas foram desenvolvidas recentemente.
II – Os processos de erosão e sedimentação são os principais agentes de modelação das paisagens
na Terra.
III – Nas zonas oceânicas ocorrem essencialmente movimentos de subsidência e nos continentes
são mais frequentes os movimentos de levantamento.

Selecione a opção que avalia corretamente as afirmações I a III.

(A) A afirmação II é falsa; as afirmações I e III são verdadeiras.


(B) As afirmações I e III são falsas; a afirmação II é verdadeira.
(C) A afirmação I é verdadeira; as afirmações II e III são falsas.
(D) A afirmação III é verdadeira; as afirmações I e II são falsas.

10
9. Explique a importância do estudo dos movimentos verticais na superfície terrestre, tendo em conta
o bem-estar humano.

© Areal Editores 12

Você também pode gostar