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Grupo I
Extinção dos dinossáurios
Existem diversas teorias que procuram explicar a extinção dos dinossáurios no final do Cretácico, no limite K-Pl (Cretácico –
Paleogénico). As principais teorias apontam para o vulcanismo intenso e/ou para a queda de um meteorito, há cerca de 65
M.a.
Vulcanismo - No final do Cretácico ocorreu uma intensa atividade tectónica que originou vulcanismo muito forte e
prolongado. Destacam-se os mantos de lava basáltica que se acumularam no Decão, na atual Índia e Paquistão. Em algumas
regiões, os mantos de lava chegam a atingir 2400 m de espessura e o volume de lava deve ter excedido os 2 milhões de km 3.
O vulcanismo ocorreu desde há 69 até 65 M.a.
A datação das erupções mais fortes e intensas revela que estas ocorreram na proximidade do limite K-Pl. Embora não possa
ser eliminada a possibilidade de ocorrência de erupções muito violentas, a maioria das lavas são basálticas, com uma
composição semelhante às lavas emitidas na região do Havai, formando rios de lava
Impacto meteorítico - Em 1980, Alvarez e a sua equipa propuseram que a queda de um asteroide, há
65 M.a., na região de Yucatan (México), originou alterações globais que levaram à extinção dos dinossáurios e de outros
organismos. As principais evidências são a existência de teores anormalmente altos de irídio em diversas camadas de rochas
encontradas em Itália, Dinamarca, Espanha e Nova Zelândia. O irídio é um elemento muito raro nas rochas terrestres, mas
mais abundante em meteoritos ricos em ferro. A cratera descoberta no México encontra-se coberta por uma espessa
camada de sedimentos, mas os estudos de geofísica permitiram verificar que possui cerca de 170 km de diâmetro e é
resultante do choque de um corpo com cerca de 10 km de diâmetro, que se suspeita ter sido um asteroide.
Apesar das divergências e diferentes opiniões, a maioria dos cientistas concorda que as alterações climáticas no limite K-Pl
implicaram importantes variações no nível do mar (figura 1), que resultaram na extinção de muitas espécies .
1. É expectável que a libertação de elevadas quantidades de CO2 pelo vulcanismo tenha originado____, e a libertação de
aerossóis e outras partículas pelos vulcões possa ter provocado ____.
(A) arrefecimento global (…) aumento do efeito de estufa.
(B) aquecimento global (…) bloqueio da radiação solar
(C) aquecimento global (…) aumento do efeito de estufa.
(D) arrefecimento global (…) bloqueio da radiação solar
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2. O irídio encontra-se numa camada de argila, que é uma rocha de origem…
(A) … metamórfica. (B) magmática intrusiva (C).magmática extrusiva (D)sedimentar
3.Para além dos níveis de irídio, um outro argumento a favor da queda de um meteorito é a existência de…
(A) … grandes mantos de lava basáltica. (B) um elevado teor de CO2 atmosférico na atualidade.
(C)cristais de quartzo formados em condições de elevada pressão. (D) estratos formados por sedimentos ricos em quartzo.
4.As afirmações seguintes dizem respeito a caraterísticas das rochas. Selecione a alternativa que as classifica corretamente.
1. Os basaltos que se encontram na região do Decão correspondem a rochas sedimentares que resultaram da solidificação
de um magma basáltico.
5.Relacione as interações existentes entre os subsistemas atmosfera e geosfera com a extinção dos dinossáurios, tendo como
exemplo o vulcanismo intenso ocorrido na Terra há cerca de 65 M.a. (10 pontos)
GRUPO II
Parque Paleozóico de Valongo
A região onde hoje se situa a cidade de Valongo, no norte de Portugal, encontrava-se coberta pelo mar no início do
Paleozóico, há cerca de 542 Ma. Serão aproximadamente desta idade as rochas mais antigas que ali afloram e que se
encontram interestratificadas com escoadas de lava de idade câmbrica (de 541 a 485 Ma) e, talvez, também pré-câmbrica.
No início do Ordovícico (há aproximadamente 485 Ma), formou-se um rifte (abertura na crusta) que conduziu à
instalação de um mar onde viveram inúmeros invertebrados dos quais salientam-se as Trilobites (fig.2) e os Graptólitos (fig
3)
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Fig 2-Trilobite Fig.3- Graptólito
Estes animais dominaram temporariamente os mares da era primária, tendo desaparecido do nosso planeta antes do
aparecimento dos primeiros dinossauros.
Durante o Devónico (de 419 a 359 Ma), a região onde se insere Valongo deslocou-se para norte, desde a região do polo sul,
onde então se encontrava, até próximo do equador, colidindo com um outro continente e provocando um recuo do mar e o
dobramento das rochas. Este último contexto paleogeográfico, que levou à formação de bacias sedimentares continentais
lacustres, ocorreu no Carbonífero (de 359 a 299 Ma).
Os fósseis de Valongo, em particular as trilobites e os graptólitos , desde há muito tempo que despertam o interesse científico
dos paleontólogos da comunidade cientifica nacional e internacional. O Parque Paleozóico foi criado com o propósito de
permitir a preservação e mesmo de impedir a destruição do património geológico existente na região de Valongo.
Atualmente, destacam-se na paisagem as cristas quartzíticas do Ordovícico, que constituem as serras de Santa Justa e de Pias,
entre as quais corre o rio Ferreira.
1.Justifique a designação de “Parque Paleozóico” atribuída a esta área de reconhecido interesse científico.
2. Os dados permitem inferir que, durante o Câmbrico, a atividade vulcânica _______ originou rochas
vulcânicas que se interestratificaram(intercalaram) com rochas _______.
(A) subaérea … sedimentares (B) submarina … metamórficas (C) submarina … sedimentares (D) subaérea … metamórficas
5. As trilobites são bons fósseis de idade, pois viveram num período de tempo relativamente…
(A) curto e apresenta grande distribuição estratigráfica. (B) longo e apresenta reduzida distribuição estratigráfica.
(C) curto e apresenta grande dispersão geográfica. (D) longo e apresenta reduzida dispersão geográfica.
6. Os fósseis de trilobites e de amonites são bons fósseis de idade, indicando, para as rochas que os contêm, uma idade,
respetivamente,…
8. Durante o Ordovícico ocorreu uma glaciação responsável pelo declínio das trilobites, não diretamente relacionado com a
variação da temperatura da água.
Explique de que forma a glaciação contribuiu para o declínio das trilobites.(10 pontos)
GRUPO III
A serra de Sintra
A serra de Sintra, classificada pela UNESCO como Património da Humanidade, na categoria de Paisagem Cultural, é também
um local de grande relevância do ponto de vista geológico. Deve a sua origem a um fenómeno de intrusão magmática.
A actividade magmática da região está relacionada com a abertura do oceano Atlântico, de sul para norte, e com a abertura do
golfo da Biscaia. Uma vez que as Placas Euro-Asiática e Norte-Americana se encontravam unidas e que o Atlântico não se
encontrava totalmente aberto, um braço de mar insinuava-se, de sul para norte, constituindo a Bacia Lusitânica, onde as
formações sedimentares se foram depositando.
A história geológica desta região começa com a deposição de sedimentos em meio marinho profundo.
Devido ao preenchimento da bacia por sedimentos e a variações do nível do mar, o ambiente de deposição evoluiu
sucessivamente, no decurso do Mesozóico, para marinho menos profundo, recifal, laguno-marinho, fluvial e lacustre. As rochas
magmáticas geradas a grandes profundidades, há cerca de 80 milhões de anos, metamorfizaram as formações sedimentares do
Mesozóico. Posteriormente, estas foram erodidas, ficando a descoberto o núcleo ígneo, que se encontra actualmente acima das
plataformas sedimentares que o rodeiam. Este núcleo apresenta uma estrutura em domo, de forma aproximadamente elíptica,
alongada na direcção E-W, com 10 km de comprimento e 5 km de largura. Algumas das rochas que o constituem são granitos,
dioritos e gabros, que resultaram de um mesmo magma parental.
A Figura seguinte representa, sem relações de escala, um corte geológico da região.
Fig. 4
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1. O fenómeno de intrusão magmática que deu origem à serra de Sintra foi responsável pelo aparecimento
de rochas _______ com textura _______.
(A) metamórficas … não foliada (B) sedimentares … não foliada (C) metamórficas … foliada (D) sedimentares … foliada
7. Ordene as letras de A a F, que se referem a acontecimentos ocorridos na região da actual serra de Sintra, de modo a
reconstituir a sequência cronológica desses acontecimentos. Inicie a ordenação pela afirmação A.
A. Formação da Bacia Lusitânica.
B. Formação da auréola de metamorfismo.
C. Fossilização das pegadas dos dinossauros.
D. Ocorrência de uma falha.
E. Deposição de sedimentos em meio marinho.
F. Instalação da intrusão magmática.
8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à formação de rochas sedimentares expressas na coluna A ao respetivo
processo, que consta na coluna B.
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9. No final do Mesozóico, extinguiram-se os dinossauros e formou-se a serra de Sintra. O registo fóssil que comprova a presença
desses animais na região encontra-se em estratos com posição vertical.
Explique a posição actual dos estratos em que se observa o registo fóssil de dinossauros, tendo em conta a posição original dos
estratos onde esse registo terá ocorrido. (12 pontos)
Nota: a resposta deve apresentar os princípios estratigráficos que permitem estabelecer a geocronologia do corte apresentado.
Grupo IV
O perfil esquemático da figura 5 representa uma sequência de rochas
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas à interpretação
da sequência geológica da figura 1 e às características das rochas presentes.
(A) Durante a formação de alguns estratos, houve sedimentação de detritos muito finos.
(B) A exposição da intrusão granítica conduziu à sua erosão.
(C) Nos tempos mais recentes ocorreram fenómenos de metamorfismo.
(D) As rochas vulcânicas são anteriores às rochas plutónicas.
(E) O material litológico que originou a rocha do estrato mais antigo esteve sujeito a pressões elevadas.
(F) Na sequência geológica representada existem predominantemente rochas magmáticas.
(G) O filão de basalto é a formação rochosa mais recente na sequência geológica.
(H) Ocorreram fenómenos de diagénese posteriormente à formação do gnaisse.
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2. Na formação do gnaisse, houve fenómenos de …
(A) …consolidação de material magmático. (B) …recristalização de minerais preexistentes.
(C) …meteorização química da rocha que o originou. (D) …fusão da rocha que lhe deu origem.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas. (B) I e II são verdadeiras; III é falsa. (C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.
6. Os conglomerados presentes na figura são rochas sedimentares. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E,
de modo a sequenciar os acontecimentos que contribuíram para a formação dessas rochas.
A. Compactação e cimentação dos sedimentos.
B. Erosão das rochas pré-existentes.
C. Transporte de sedimentos ao longo de estruturas fluviais (rios).
D. Sedimentação dos materiais em camadas.
E. Meteorização das rochas por agentes externos.
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GRUPO V
Branqueamento dos corais
Os recifes de coral abrigam ¼ de todas as espécies marinhas, sendo o mais produtivo dos ecossistemas marinhos costeiros,
apesar de ocuparem uma área de 0,02% da área global dos oceanos. No entanto, estes ecossistemas são extremamente
sensíveis a pequenas variações da temperatura das águas oceânicas, constituindo, portanto, excelentes indicadores das
mudanças climáticas globais. O fenómeno conhecido como branqueamento dos corais parece estar condicionado às
variações ambientais .O branqueamento é um processo no qual o coral perde as algas fotossintéticas, responsáveis por dar
a cor ao coral e lhe fornecer alimentos. O coral torna-se translúcido, sendo possível observar o esqueleto de carbonato de
cálcio do animal.
Muitas pesquisas sobre a causa do branqueamento concentraram-se na temperatura da água. No entanto, uma equipa de
pesquisadores australianos formulou a hipótese de que outros fatores também poderiam ser importantes. Especificamente,
testaram a hipótese de que níveis elevados de CO2, que tornam as águas oceânicas mais ácidas, também poderiam
promover o branqueamento.
Analise o procedimento representado a seguir assim como os resultados obtidos na experiência
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Uma equipa australiana colheu vários fragmentos de uma certa espécie de coral (Acropora intermedia) na Grande Barreira
de Coral. Separaram os fragmentos em três grupos, colocando cada grupo em água com pH diferentes (nível de acidez).
Alguns corais foram cultivados em tanques de água do mar normal, que não é muito ácido (pH em torno de 8.2).
Outros corais foram cultivados em tanques com água do mar mais ácida do que o habitual devido à adição de CO2. Um
conjunto de tanques tinha acidez média (pH sobre 7.9), enquanto um outro conjunto tinha acidez alta (pH sobre 7.65).
Após oito semanas, os pesquisadores observaram cada fragmento para verificarem o grau de descoloração.
Resultados
1. O branqueamento dos corais, constitui a variável........ deste estudo, uma vez que constitui a …. das alterações
produzidas
(A) – independente... consequência (B) – independente... causa (C) – dependente... consequência (D) – dependente... causa
3. - Explique a importância do grupo de corais colocados em água normal (pH=8,2) no estudo experimental.
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