2023-07-17 - 7ºAno - SAS - Ciências - AS - Capítulo 16

01.. Leia a matéria a seguir e responda aos itens.

Existe terremoto em outros planetas? Mercúrio é o mais próximo planeta do Sol. É
menor e mais denso que a Terra, mas os dois têm algo em comum: fazem parte do
grupo dos planetas rochosos. Recentemente descobrimos que talvez tenham mais
em comum. Imagens obtidas pela sonda Messenger, que foi enviada pela NASA
para estudar o planeta Mercúrio, revelaram pequenas "falhas" em sua superficie.
Estas falhas se parecem com algumas estruturas comuns na Terra, como os
penhascos. O interessante é que elas são muito pequenas e, portanto, devem ser
geologicamente jovens. Isso significa que, assim como a Terra, Mercúrio tem
atividade tectónica. A novidade aqui é um planeta tão pequeno como Mercúrio ainda
hoje ter atividade geológica. É provável que Mercúrio tenha tremores de terra assim
como temos em nosso planeta. Esse fenómeno poderá ser confirmado no futuro
com sismógrafos que venham a ser instalados no planeta. Simulação de como deve
ser a superficie do planeta Mercúrio, o mais próximo do Sol.
PEREIRA, Paulo. Existe terremoto em outros planetas? EBC, 7 2016. Disponível
em: http://www.ebc.com. Acesso em: 24 mar. 2021.
a) De acordo com o texto, além de se tratar de um planeta rochoso, qual outra
característica o planeta Mercúrio compartilha com a Terra? Qual é a explicação
apresentada no texto para se afirmar isso? (3 Linhas)
Repostas: Além de serem ambos planetas rochosos, o planeta Mercúrio compartilha
com a Terra a característica de ter atividade tectónica. As imagens obtidas pela
sonda Messenger revelaram "falhas" em sua superfície, semelhantes a penhascos,
indicando que o planeta ainda possui atividade geológica, assim como a Terra.

b) Qual é a relação entre tremores de terra e existência de placas tectónicas? (2

Linhas)
Repostas: Tremores de terra estão relacionados à existência de placas tectónicas na
crosta terrestre. As placas tectónicas são grandes blocos da litosfera que estão em
constante movimento, e quando elas interagem, podem gerar tensões nas rochas ao
longo dos limites de contato. Essas tensões acumuladas são liberadas
repentinamente em forma de energia sísmica, causando os tremores de terra.

1
c) As imagensda sonda Messenger também permitiram aoscientistas formulara
hipótese de que na superfície de Mercúrio já houve atividade vulcânica, em um
passado distante. Existe relação entre atividade vulcânica e placas tectónicas?
Justifique sua resposta. (3 Linhas)
Repostas: A atividade vulcânica está relacionada com as placas tectónicas,
especialmente em locais onde ocorrem limites convergentes ou divergentes. No
caso de limites convergentes, uma placa tectónica pode ser empurrada sob outra em
um processo chamado subducção, levando ao derretimento parcial do manto e ao
vulcanismo. Já em limites divergentes, as placas se afastam, permitindo que o
magma venha à superfície e forme vulcões. No entanto, em Mercúrio, que é um
planeta menor e mais frio do que a Terra, a atividade vulcânica parece ser mais
escassa e mais antiga, de acordo com as imagens obtidas pela sonda Messenger.

02.. Leia a matéria a seguir e responda aos itens.

Brasil tem, sim, terremotos - e há registro até de tremor com "pequenos tsunamis"
[...] Segundo o sismólogo Bruno Collaço, do Centro de Sismologia da Universidade
de São Paulo (USP), a grande maioria deles não é percebida pela população. "São
tremores de magnitudes baixas, menores que 3,0, registrados pelos sensores
espalhados pelo país e que somente são sentidos pelas pessoas quando ocorrem
próximos aos centros urbanos", explica. Seu colega no Centro, Marcelo Assumpção,
coordenador da Rede Sismográfica Brasileira, acrescenta que não existem de fato
terremotos no Brasil com a mesma frequência e força dos registrados em outros
países mais ativos. [...] Um dos primeiros brasileiros a sentir e registrar um terremoto
foi ninguém menos que o imperador D. pedro II, que, às 15h do dia 9 de maio de
1886, percebeu a terra tremer sob seus pés, quando se encontrava em seu palácio,
em Petrópolis (RJ). segundo o sismólogo José Alberto Vivas Veloso, pesquisador
aposentado e ex-chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília
(UnB), a magnitude estimada do abalo foi de 4,3 pontos. O mais intenso terremoto
registrado de fato no Brasil ocorreu no dia 31 de janeiro de 1955, na Serra do
Tombador, no Mato Grosso. Com magnitude de 6,2 pontos, ele também não causou
danos, porque a região igualmente era desabitada. Cerca de um mês depois, no dia
28 de fevereiro, foi registrado o segundo maior da história do país, ocorrido no mar,
ao largo de Vitória, no Espírito Santo, que atingiu 6,1 pontos. O sismo mais famoso e

2
que causou maior impacto econômico e social, no entanto, foi sem dúvida o da
pequena cidade de João Câmara, no Rio Grande do Norte, com então 23 mil
habitantes, registrado às 3h22 da madrugada de 30 de novembro de 1986, com
magnitude 5,1 pontos. "Na verdade, naquele dia aconteceu o maior de uma série de
50 mil abalos, aproximadamente", explica Veloso, autor do livro O terremoto que
mexeu com o Brasil, no qual relata o evento. Menor frequência e intensidade
Segundo o pesquisador Allaoua Saadi, do Instituto de Geociências da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), o primeiro erro é acreditar que "nossa placa" é
inteiriça. "Na verdade, ela é constituída de muitos fragmentos (microplacas) cujos
limites podem ser 'mobilizados', quando existem 'tensões' agindo sobre o conjunto",
explica. Segundo Collaço, de fato, o Brasil está inserido no centro da placa da
América do Sul, em uma região classificada como sendo estável tectonicamente.
"Contudo, nosso país sofre uma compressão causada a leste pela Placa Africana e
a oeste pela Placa de Nazca, e são principalmente esses esforços que acabam
funcionando como gatilho para os tremores que acontecem no país."
SILVEIRA, Evanildo da. Brasil tem, sim, terremotos - e há registro até de tremor com
'pequenos tsunamis'. BBC Brasil, 9 abr. 2018. Disponivel em:
https://www.bbc.com/portuguese.Acesso em: 24 mar. 2021.
a) De acordo com o texto, qual foi o mais intenso terremoto já registrado no país por
um sismógrafo? (4 Linhas)
Repostas: O terremoto mais intenso já registrado no Brasil por um sismógrafo
ocorreu no dia 31 de janeiro de 1955, na Serra do Tombador, no Mato Grosso, com
magnitude de 6,2 pontos.

b) A sismologia é a área científica que estuda os tremores de terra, com base nos
dados de sismógrafos e outros equipamentos. Explique por que é importante a
existência de centros de sismologia em nosso país. (5 Linhas)
Repostas: A existência de centros de sismologia no Brasil é importante para
monitorar e estudar os tremores de terra que ocorrem no país. Esses centros
utilizam sismógrafos e outros equipamentos para registrar os abalos sísmicos e
coletar dados precisos sobre sua magnitude, localização e frequência. Com essas
informações, os cientistas podem entender melhor a atividade sísmica do Brasil,

3
avaliar os riscos de terremotos em diferentes regiões e tomar medidas de prevenção
e preparação para reduzir os danos causados por eventos sísmicos.

c) Que fator é apontado, no texto, para a ocorrência de tremores em nosso país? (5

Linhas)
Repostas: O fator apontado no texto para a ocorrência de tremores no Brasil é a
compressão causada pela interação das placas tectónicas da América do Sul (Placa
Sul-Americana) com as placas Africanas e de Nazca. Essas placas exercem
esforços sobre a placa sul-americana, funcionando como um gatilho para os
tremores de terra que acontecem no país, mesmo que com menor frequência e
intensidade em comparação com outras regiões do mundo mais tectonicamente
ativas.

03.. Analise a representação ao lado. Qual das seguintes placas tectônicas não
influencia a ocorrência de abalos sísmicos no Brasil?

a) Placa Caribenha
b) Placa Africana
c) Placa de Nazca
d) Placa Antártica
e) Placa Eurasiática
Repostas: Letra D

04.. A capacidade de destruição de um terremoto se relaciona não apenas à sua

magnitude, mas também ao local afetado. A história registra algumas catástrofes em
que terremotos atingiram locais especialmente vulneráveis a esse tipo de fenómeno,

4
resultando em grande prejuízo material e numerosas vítimas humanas. Cite
exemplos de locais como esses, em que mesmo terremotos de pequena magnitude
podem se tornar catástrofes. (4 Linhas)
Repostas: Exemplos de locais onde terremotos de pequena magnitude podem se
tornar catástrofes são regiões densamente povoadas, com construções precárias e
sem medidas adequadas de prevenção e preparação para abalos sísmicos. Cidades
com grande aglomeração de pessoas, infraestruturas frágeis e localizadas em áreas
de alto risco sísmico estão mais vulneráveis a sofrerem danos severos e causar
numerosas vítimas durante um terremoto.

05.. Cite duas medidas importantes para reduzir os danos às populações humanas
que vivem em regiões onde terremotos são frequentes e intensos. (4 Linhas)
Repostas: Duas medidas importantes para reduzir os danos causados por
terremotos em regiões de alta atividade sísmica são: Implementar normas e
regulamentos de construção sísmica para garantir que os edifícios e infraestruturas
sejam projetados e construídos de forma resistente a tremores. Desenvolver e
promover planos de preparação e resposta a terremotos, incluindo a realização de
simulacros e treinamentos para a população, para que as pessoas saibam como agir
em caso de um terremoto e possam se proteger adequadamente.

06.. A expressão "vulcão adormecido" se refere a

a) vulcões que não possuem mais lava em seu interior, estando com sua câmara
vazia.
b) vulcões que não apresentam atividade há muitos anos, mas que podem voltar à
atividade.
c) vulcões que expelem pouca lava em seu período de atividade, sem oferecer
riscos à biodiversidade.
d) vulcões que não apresentam atividade há muitos anos, e por isso jamais voltarão
a ficar ativos.
Repostas: Letra B

07.. A imagem ao lado representa a xilogravura intitulada A grande onda de

Kanagawa, de 1830, feita por Katsushika Hokusai ( 1760-1849). Ela representa,

5
como o títuIo sugere, uma grande onda, que lembra muito um tsunami. Entretanto,
não há consenso se é de fato um tsunami ou apenas uma onda muito grande.

Pensando nisso, o que diferenciaria uma "grande onda" de um tsunami,

considerando suas causas? (4 Linhas)
Repostas: Uma "grande onda" é uma onda grande formada em alto-mar, muitas
vezes resultado de condições climáticas adversas. Já um tsunami é uma onda de
grande amplitude causada por uma perturbação sísmica submarina, como um
terremoto, que desloca verticalmente uma grande quantidade de água. A causa do
tsunami está relacionada à atividade tectónica e a movimentos no fundo do oceano,
enquanto as "grandes ondas" são resultantes de ventos intensos ou tempestades,
não tendo relação direta com placas tectónicas.

08.. Seria de se esperar que a chegada de uma onda de dezenas de metros de

altura fosse facilmente percebida quando a onda ainda estivesse distante da costa,
mas não é isso o que ocorre nos tsunamis. Explique como esse fenómeno se
desenvolve. (5 Linhas)
Repostas: Quando um tsunami é gerado por uma perturbação sísmica no fundo do
oceano, como um terremoto, ele pode se propagar em forma de onda de grande
comprimento de onda em águas profundas. Em águas profundas, a altura do
tsunami é baixa, e a velocidade de propagação é extremamente alta, podendo
atingir centenas de quilómetros por hora. Quando o tsunami se aproxima da costa e
a profundidade do oceano diminui, a onda "sentir" o fundo do oceano, fazendo com
que sua velocidade diminua e sua amplitude aumente significativamente. Isso é o
que causa a "elevação" da onda, resultando em uma onda de grande altura que
pode causar danos catastróficos quando atinge a costa.

09.. Analise a figura ao lado e responda ao que se pede.

6
a) Qual é a relação entre o magma e os vulcões? (07 Linhas)
Repostas: O magma está relacionado aos vulcões porque é uma mistura de rochas
fundidas, gases e cristais que se forma no manto terrestre, sob a litosfera. Quando
há pressão suficiente, o magma pode subir em direção à superfície e entrar em
erupção através de um vulcão, liberando gases, cinzas e lava. Os vulcões são
estruturas geológicas por onde o magma é expelido para a superfície.

b) Qual é a relação entre o magma e a lava? (03 Linhas)

Repostas: A relação entre o magma e a lava é que o magma é o material rochoso
fundido que está abaixo da superfície da Terra, enquanto a lava é o magma que
chegou à superfície após uma erupção vulcânica. Ou seja, o magma é a designação
do material fundido em seu estado abaixo da superfície, e a lava é a designação do
material fundido em seu estado de exposição na superfície da Terra após a erupção
vulcânica.

10.. Leia as alternativas a seguir e classifique-as em verdadeiras (V) ou falsas (F).

Em seguida,
reescreva as falsas de modo que se tornem corretas.
a) (F) Qualquer desastre natural do planeta tem como causa o movimento das
placas tectónicas. (5 Linhas)
b) (V) A escala Richter é utilizada para classificar tremores.
c) (V) Tsunamis podem ocorrer em zonas sujeitas a terremotos.
d) (F) Abalos sísmicos são eventos exclusivos do nosso planeta.

7
e) (V) A escala Richter ajuda a medir o potencial perigo de um terremoto. (5 Linhas)
Repostas: a) Falso. Nem todo desastre natural do planeta tem como causa o
movimento das placas tectónicas. Alguns desastres naturais, como furacões,
tornados e tempestades, são resultado de fenómenos atmosféricos, enquanto
outros, como tsunamis, podem ser desencadeados por terremotos submarinos. d)
Falso. Abalos sísmicos não são eventos exclusivos do nosso planeta. Outros corpos
celestes, como luas e planetas, também podem ter abalos sísmicos, dependendo de
sua composição geológica e atividade tectónica.

11.. Explique como ocorreu a formação do Arquipélago de Fernando de Noronha,

um conjunto de ilhas pertencente ao Brasil que se situa no oceano Atlântico. (5
Linhas)
Repostas: O Arquipélago de Fernando de Noronha foi formado por atividade
vulcânica há milhões de anos. O arquipélago é composto por 21 ilhas e ilhotas que
se situam no oceano Atlântico, a cerca de 350 km da costa nordeste do Brasil.
Essas ilhas se originaram a partir da atividade vulcânica submarina, onde erupções
vulcânicas ocorreram no fundo do oceano, levando à formação de montanhas
submarinas. Com o tempo, o acúmulo de material vulcânico e sedimentos marinhos
fez com que essas montanhas emergissem, formando as ilhas do arquipélago.
Atualmente, as atividades vulcânicas em Fernando de Noronha estão adormecidas,
e o arquipélago é reconhecido como uma área de grande valor ecológico e
património natural do Brasil.