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Avaliação Escrita de Biologia e Geologia – 10.

º ano Ano letivo 2021-2022

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.


Grupo I
As Galápagos, formam um arquipélago, de natureza vulcânica, que tem estado em
constante mudança devido quer a erupções vulcânicas, quer à erosão. Nos últimos 200 anos,
ocorreram cerca de 50 erupções, que, por um lado, ameaçaram a flora e a fauna das ilhas e, por
outro, contribuíram para a sua expansão, através da formação de escoadas de lava, como as de
lava pahoehoe, observadas na ilha de Santiago.
Na região, existirá um hotspot, alimentado por uma pluma térmica, considerada
estacionária, cuja idade tem sido discutida. Alguns cientistas pensam que esta pluma térmica
originou abundantes rochas vulcânicas mesozoicas. Se esta hipótese for verdadeira, pode ter
havido formação de ilhas nesta zona desde há cerca de 90 milhões de anos (Ma), facto importante
para a compreensão da origem e da evolução dos animais únicos que vivem nas Galápagos.
A região é muito complexa do ponto de vista tectónico. Na margem oeste da placa Sul-
americana, regista-se elevada sismicidade, tendo ocorrido seis sismos com magnitudes superiores
a 7,7 durante o século passado. Destes, o de maior magnitude (8,8) registou-se em 1906 e terá
correspondido a uma zona de rutura com cerca de 500 km de comprimento.

Figura 1 – Contextos tectónico e geográfico das ilhas Galápagos


1. Os vulcões da ilha Espanhola estão extintos há vários milhões de anos, pois
(A) a pluma térmica tem-se deslocado para NO.
(B) a placa de Nazca tem-se deslocado para SE.
1
(C) a placa de Nazca tem-se deslocado para NO.
(D) a pluma térmica tem-se deslocado para SE.

2. Analisando o contexto tectónico representado na Figura 1, pode afirmar-se que


(A) entre Carnegie Ridge e Cocos Ridge existe um limite divergente ativo.
(B) a placa Sul-americana está parcialmente a mergulhar sob a placa de Nazca.
(C) nas falhas transformantes o movimento dos blocos é predominantemente vertical.
(D) a placa de Cocos e a placa de Nazca estão a deslocar-se para norte.

3. Considere as afirmações seguintes, relativas à formação e à evolução das ilhas Galápagos.


De acordo com os dados apresentados,

I – a atividade vulcânica característica do arquipélago é essencialmente explosiva.


II – a pluma térmica das Galápagos pode estar ativa desde a Era em que viveram os dinossauros.
III – nos últimos 200 anos, ocorreu consolidação de lavas com baixa viscosidade na ilha de
Santiago.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa

4. Os vulcões ativos na placa Sul-americana resultam de um processo de ____ de placas, com


______ de crusta oceânica.
(A) convergência ... formação
(B) convergência ... destruição
(C) divergência ... formação
(D) divergência ... destruição

5. O magma que origina atividade vulcânica na placa Sul-americana é mais ____ do que o magma
do ponto quente que originou as ilhas Galápagos, estando associado, por isso, a erupções mais
____.
(A) básico ... efusivas
(B) básico ... explosivas
(C) ácido ... explosivas
(D) ácido ... efusivas

6. No texto, os dados apresentados acerca dos sismos dizem respeito


(A) ao elevado grau de destruição verificado, de acordo com a escala de Richter.
(B) ao elevado grau de destruição verificado, de acordo com a escala de Mercalli.
(C) à elevada quantidade de energia libertada, de acordo com a escala de Richter.
(D) à elevada quantidade de energia libertada, de acordo com a escala de Mercalli.

7. Um sismo com epicentro na margem oeste da placa Sul-americana, é do tipo _____ e resulta
________.
2
(A) intraplaca ... do comportamento elástico das rochas.
(B) interplaca … de tensões distensivas num limite divergente.
(C) intraplaca … do comportamento dúctil das rochas.
(D) interplaca ... de tensões compressivas num limite convergente.

8. De acordo com os dados da Figura 1, é possível inferir que os focos sísmicos são tanto
__________ profundos quanto mais se localizam para o interior da placa __________.
(A)  mais ... de Nazca
(B)  mais ... Sul-americana
(C)  menos … de Nazca
(D)  menos … Sul-americana

9. Considere as afirmações seguintes, relativas à atividade sísmica e vulcânica.


I – Os sismos gerados em limites conservativos caracterizam-se por terem geralmente focos
superficiais, onde o comportamento frágil dos materiais da litosfera tende a predominar.
II – Os sismos gerados ao longo de falhas transformantes são causadores de enormes tsunamis.
III – Os arcos de ilhas vulcânicas (arco insular) resultam da divergência entre limites litosféricos
oceânicos, podendo manifestar sismos de origem tectónica, mas não de origem vulcânica.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.


(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa

10. Faça corresponder cada uma das manifestações de vulcanismo expressas na coluna A à
respectiva designação, que consta da coluna B.

Coluna A Coluna B

a) Estrutura típica de lava que arrefece em contacto com a 1. Géiser


àgua. 4 2. Lapilli
b) Escoada caracterizada por superfícies rugosas. 3 3. Lava aa
c) Emissão de gases vulcânicos ricos em enxofre. 8 4. Lava em almofada
d) Emissão intermitente de jactos de água em ebulição e de 5. lava pahoehoe
vapor de água. 1 6. Mofeta
e) Mistura de gases e de material piroclástico relativamente 7. Nuvem ardente
densa, que se desloca junto ao solo a velocidades 8. Sulfatara
acentuadas. 7

11. Explique a ocorrência de sismos na margem oeste da placa Sul-americana, considerando o


contexto tectónico da região e a teoria do ressalto elástico.

Grupo II
O vulcão Etna é o mais ativo da Europa, havendo registo de atividade desde 1500 a.C.

3
Este complexo vulcânico apresenta dois estilos de atividade eruptiva que, por vezes,
ocorrem em simultâneo. Fluxos históricos de lava de composição basáltica cobrem grande parte
da superfície deste imenso vulcão e, atualmente, erupções explosivas persistentes, às vezes com
pequenas emissões de lava, ocorrem em uma ou mais crateras. Nos seus flancos, através do
sistema de fissuras, ocorrem taxas de efusão altas, embora menos frequentes. Os fluxos de lava do
flanco sudeste estendem-se até ao sopé do vulcão, atingindo o mar.
No dia 24 de dezembro de 2018, o Etna “despertou” eram 7h50 da manhã em Lisboa (mais
uma hora em Itália) e, nas primeiras cinco horas de intensa atividade vulcânica, foram registados
mais de 200 abalos sísmicos, sendo que o abalo mais forte atingiu a magnitude de 4,0. De uma
nova abertura lateral foi libertada lava e do seu cume uma nuvem de cinzas levou ao
encerramento temporário, na véspera de Natal, do espaço aéreo da Sicília.
Na madrugada do dia 26 de dezembro de 2018, um sismo de magnitude 4,8, com foco a 1 km de
profundidade, feriu 28 pessoas e provocou a derrocada de inúmeros edifícios na Catânia.

Figura 2 – Contexto geotectónico simplificado do Etna e perfil simplificado da posição geotectónica do Etna
segundo a direção AB.

1. O vulcão Etna é um estratovulcão


(A) porque se encontra ainda em formação.
(B) formado por níveis piroclásticos intercalados com níveis lávicos.
(C) devido à formação de pillow lavas no Mar Mediterrâneo.
(D) devido às extensas escoadas lávicas com alguns quilómetros de espessura, resultantes de
vulcanismo fissural.

2. O Etna manifesta atividade eruptiva


(A) mista, associada a um limite convergente com destruição de placa litosférica mais densa.
(B) mista, associada a um limite construtivo com subdução da placa litosférica menos densa.
(C) explosiva, devido à libertação de cinzas, num limite conservativo.
(D) explosiva, devido à libertação de lavas pobres em sílica, num contexto de subdução.

3. O hipocentro do sismo de 26 de dezembro de 2018 corresponde ao local

4
(A) no interior da Terra, a 1 km de profundidade, onde ocorreu uma libertação gradual de
energia.
(B) no interior da Terra, a 4,8 km de profundidade, onde ocorreu uma libertação súbita de
energia.
(C) no interior da Terra, a 1 km de profundidade, onde ocorreu uma libertação súbita de
energia.
(D) da superfície terrestre onde ocorreu a libertação súbita de energia.

4. Considere as seguintes afirmações, relativas à atividade sísmica e vulcânica que se verificou no


Monte Etna, no Natal de 2018.
I- O sismo de 26 de dezembro de 2018 originou ondas P e S que se propagaram em todas as
direções a partir do epicentro.
II - Os sismos registados a 24 de dezembro correspondem a réplicas e apresentam uma menor
libertação de energia relativamente ao sismo de 26 de dezembro.
III - No dia 26 de dezembro, o Etna expeliu piroclastos com menos de 2mm de diâmetro.

(A)  III é verdadeira; I e II são falsas.


(B)  I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C)  I é verdadeira; II e III são falsas.
(D)  II e III são verdadeiras; I é falsa.

5. O gráfico da figura 3 traduz a variação da intensidade e da magnitude com a distância


epicentral. A variação da intensidade e da magnitude com a distância epicentral estão
representadas, respetivamente, pelas letras

(A) Y e X.
(B) Y e Z.
(C) X e Y.
(D) Z e Y.

Figura 3

6. Os sismos originam ondas Love e Rayleigh, que


(A) se deslocam paralelamente ao raio sísmico e se propagam em qualquer meio físico.
(B) provocam movimentos de torção nas partículas e têm origem no foco.
(C) se propagam no interior da geosfera e apresentam uma velocidade constante.
(D) apresentam grande amplitude e se propagam à superfície terrestre.

7. Considere as seguintes afirmações, referentes à propagação das ondas sísmicas.

5
I – As ondas sísmicas que causam maior destruição são as ondas superficiais (L), pois são ondas
com grande amplitude.
II – A velocidade de propagação das ondas P tende a aumentar quando os materiais atravessados
apresentam maior rigidez, considerando que não há variação da densidade.
III – A densidade condiciona a velocidade de propagação das ondas S na razão direta.

(A)  II é verdadeira; I e III são falsas.


(B)  I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C)  I é verdadeira; II e III são falsas.
(D)  II e III são verdadeiras; I é falsa.

8. Considere o sismograma da figura 4 e estabeleça a correspondência entre cada uma das


afirmações identificadas pelas letras de A a E e um dos números do sismograma referente às
ondas sísmicas.

Figura 4 - sismograma
A. As partículas do meio vibram longitudinalmente à direção de propagação da onda. 1
B. Possuem maior amplitude. 3
C. Só se propagam em meio sólido. 2
D. Provocam alterações de volume e de forma. 1
E. Propagam-se à superfície, a partir do epicentro. 3

9. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de


algumas das etapas necessárias para determinar a localização do epicentro de um sismo.
A – Identificação de ondas P e de ondas S no sismograma.
B – Registo da chegada de ondas P à estação sismográfica.
C – Cruzamento de distâncias epicentrais calculadas em outras estações sismográficas.
D – Determinação da diferença entre o tempo de chegada de ondas S e de ondas P.
E – Cálculo da distância entre a estação sismográfica e o epicentro.

B-A-D-E-C

Grupo III

6
O terramoto de Lisboa de 1755 ainda é mal compreendido devido à localização marinha do seu
epicentro e ao complexo padrão de intensidade macrossísmica. Gutenberg e Richter (1949)
atribuíram provisoriamente uma magnitude entre 8,75 e 9; tentativas mais recentes de estimar a
magnitude das áreas isossísmicas levaram a resultados na faixa dos 8,5 a 8,7. Estes valores foram
adotados em vários estudos sobre o risco sísmico do sudoeste da Península Ibérica.

Figura 5 – Mapa de isossistas do terramoto de 1755 na Península Ibérica e em Marrocos, com base em dados de
estudos recentes.
1. Portugal continental, no contexto da tectónica de placas, situa-se na __________, contactando
a Sul com a __________.
(A)  placa Euroasiática … placa Africana
(B)  placa Euroasiática … placa Sul-americana
(C)  placa Norte-americana … Placa Africana
(D)  placa Norte-americana … Placa Sul-americana

2. Estima-se que o epicentro do terramoto de Lisboa de 1755 se tenha localizado


(A)  em terra, a SW do Cabo de São Vicente.
(B)  em terra, a NE de Pamplona.
(C)  no oceano, a SW do Cabo de São Vicente.
(D)  no oceano, a NE de Pamplona.

3. No terramoto de Lisboa de 1755, em Pamplona, comparativamente a Córdoba, verificou-se


(A)  um aumento da amplitude das ondas sísmicas.
(B)  um aumento da profundidade focal.
(C)  uma diminuição da magnitude.
(D)  um aumento do intervalo de desfasamento entre a chegada das ondas S e P.

4. Na figura 5, o traçado das isossistas


(A)  encontra-se representado em terra e no oceano.
(B)  é irregular devido à heterogeneidade do subsolo.
(C)  é regular devido à homogeneidade do subsolo.
(D)  une pontos de igual magnitude sísmica.

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5. De entre as seguintes afirmações relacionadas com a figura 5, selecione as que estão corretas.
I – Na região Norte de Portugal, os estragos verificados foram inferiores aos que ocorreram na
região do Algarve.
II – O sismo foi intraplaca e causou danos apenas na Península Ibérica.
III – As cidades de Toledo e Múrcia apresentaram a mesma intensidade sísmica.
IV – Lisboa registou uma intensidade sísmica inferior à verificada em Lagos.
V – À medida que se avança para NE na Península Ibérica, verificou-se um aumento da intensidade
sísmica.

6. A prevenção do risco sísmico


(A) tem em conta apenas a sismicidade instrumental para um determinado local.
(B) é menos eficaz atualmente do que a previsão da ocorrência de sismos.
(C) inclui a sensibilização e a educação das populações e a construção sismorresistente.
(D) consiste num conjunto de técnicas que permitem antecipar a ocorrência de um sismo.

FIM

ITEM
GRUPO
COTAÇÃO (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
I.
8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 10 90
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
II.
8 8 8 8 8 8 8 8 7 71
1. 2. 3. 4. 5. 6.
III.
4 6 8 8 7 6 39
Total 200

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