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Biologia e Geologia – 10º B

ANO LETIVO 2022-2023 Ficha de Trabalho

Nome: _____________________________________________ Data: ____/____/_______

CADERNO DE EXERCÍCIOS – TEMA “ESTRUTURA E DINÂMICA DA GEOSFERA”

GRUPO I
O Vulcão de Fogo é um dos vulcões mais ativos da América Central e um dos três grandes
estratovulcões com vista para Antígua, antiga capital da Guatemala, a região do mundo com maior
densidade de vulcões ativos.
Um estratovulcão é uma montanha vulcânica formada pela acumulação de fluxos de lava e níveis
de cinzas emitidos durante as sucessivas erupções. O vulcão de Fogo evidencia uma atividade explosiva e
o seu cone vulcânico apresenta, na parte superior, uma cúpula (doma) resultante da consolidação de lava.
O contexto tectónico da América do Sul (figura 1) é complexo e a subducção da placa de Cocos,
sob da placa das Caraíbas, gerou toda a cadeia vulcânica existente ao longo do istmo centro-americano,
estando associada à atividade dos vulcões da Costa Rica, Nicarágua, Salvador e Guatemala. Quando a
placa tectónica de Cocos alcança os 100 quilómetros de profundidade, origina um magma que atravessa a
crusta e gera vulcões explosivos.
O Vulcão de Fogo entrou em erupção mais de 60 vezes desde 1524, o que o torna o vulcão
historicamente mais ativo da América Central. Neste século, está em erupção desde 2002 e durante o ano
de 2017 permaneceu continuamente ativo. A 3 de junho de 2018, o vulcão de Fogo entrou em erupção pela
segunda vez nesse ano. Durante esta erupção foram lançadas colunas de cinzas e fluxos piroclásticos que
se espalharam para oeste e sudoeste, alcançando algumas áreas na Cidade da Guatemala. Estes produtos
da atividade vulcânica foram fatais para a população e para as espécies nativas das regiões atingidas.

Placa Sul
Americana

Figura 1 – Enquadramento tectónico da região da América Central.


As setas representam o sentido de movimento das placas tectónicas.

1
1. O vulcanismo inerente ao vulcão de Fogo é do tipo
(A) fissural, associado a uma coluna ascendente de material crustal.
(B) central, associado à ascensão de magma mantélico.
(C) central, associado a uma coluna ascendente de material crustal.
(D) fissural, associado à ascensão de magma mantélico.

2. No vulcão de Fogo, a consolidação da lava na _____ levou à formação de um doma. A elevada


viscosidade da lava está associada à libertação predominante de piroclastos de _____ que se
movimentam a elevada velocidade e possuem um elevado poder destrutivo.
(A) chaminé … queda
(B) chaminé … fluxo
(C) cratera… fluxo
(D) cratera … queda

3. A atividade vulcânica que ocorreu a 3 de junho de 2018 foi sustentada por um magma com _____ teor
em sílica, que tipicamente origina cones vulcânicos _____.
(A) reduzido … altos e de vertentes íngremes
(B) elevado … altos e de vertentes íngremes
(C) elevado … baixos e achatados
(D) reduzido … baixos e achatados

4. A nordeste da placa de Cocos encontra-se um limite transformante,


(A) onde ocorre deslizamento lateral e em sentidos opostos de placas.
(B) onde ocorre o processo de fecho de um oceano.
(C) por onde é, geralmente, expulso magma capaz de originar lavas escoriáceas.
(D) onde ocorre destruição crusta continental.

5. Sob a placa de Cocos existe uma pluma térmica constituída por materiais que apresentam uma
densidade _____ à das rochas envolventes. A sua presença está associada a pontos quentes que
_____.
(A) superior ... estão estacionários
(B) superior ... apresentam mobilidade
(C) inferior ... apresentam mobilidade
(D) inferior ... estão estacionários

6. No vulcão de Fogo é evidente a libertação à superfície de águas aquecidas ricamente mineralizadas.


Identifique a manifestação de vulcanismo residual referenciada na afirmação.

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7. A 3 de junho de 2018, o vulcão de Fogo entrou em erupção pela segunda vez nesse ano. Durante esta
erupção foram lançadas colunas de cinzas e fluxos piroclásticos que se espalharam para oeste e
sudoeste, alcançando algumas áreas na Cidade da Guatemala. Estes produtos da atividade vulcânica
foram fatais para a população e para as espécies nativas das regiões atingidas.

Explique de que forma a monitorização do vulcão de Fogo, recorrendo aos dados registados por um
gravímetro colocado na região, poderá minimizar o risco para as populações e espécies nativas, caso
entre novamente em erupção.

GRUPO II
O Vesúvio é um vulcão ativo, que se localiza nas proximidades de um limite convergente de placas
litosféricas, localizado próximo de Nápoles (Itália). O cone vulcânico atinge cerca de 1250 metros de
altitude e a sua erupção mais famosa ocorreu no ano de 79 d.C., após cerca de 1500 anos de
inatividade. Os piroclastos emitidos cobriram por completo a cidade de Pompeia. Nessa erupção, a
atividade foi tão violenta que as cinzas do vulcão caíram em Constantinopla (atual Istambul) e todo o sul
da Europa esteve coberto por cinzas durante vários dias.
Uma equipa de geólogos da Universidade de Nápoles procura o conhecimento apurado da
anatomia do vulcão, originando microssismos em redor da cratera principal. Durante as suas
investigações, descobriram que, a 4 km de profundidade, há um pequeno depósito de magma
solidificado com meio quilómetro de diâmetro. Existe um outro depósito de magma viscoso, 10 km abaixo
da caldeira do vulcão, que contacta com a superfície por canais que têm 100 metros de diâmetro. A
vigilância atenta da pressão nesses canais permite a previsão de uma eventual erupção.

Figura 2

1. Face às características da erupção do Vesúvio de 79 a.C., indique a natureza da lava quanto à


viscosidade.

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2. Analise as afirmações que se seguem, relativas à possibilidade de ocorrer uma nova erupção do Vesúvio
com características semelhantes à que ocorreu em 79 d. C. Ordene as letras de A a F, de modo a
reconstituir, segundo uma relação causa-efeito, a sequência temporal desses acontecimentos.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras. Inicie pela letra A.
A. Fusão de material rochoso em zonas profundas da litosfera
B. Ascensão de magma, à superfície, pelos diversos canais.
C. Extensa pulverização piroclástica projetada a grandes alturas.
D. Acumulação dos materiais expelidos, contribuindo para a formação de uma estrutura cónica.
E. Aumento sucessivo da pressão nos reservatórios a 10 km de profundidade.
F. Acumulação de magma em reservatórios localizados a 10 km de profundidade.

3. A atividade eruptiva de 79 d.C. foi do tipo


(A) fissural e os piroclastos emitidos eram, maioritariamente, de grandes dimensões.
(B) central e os piroclastos emitidos eram, maioritariamente, de grandes dimensões.
(C) fissural e os piroclastos emitidos afetaram o subsistema atmosfera.
(D) central e os piroclastos emitidos afetaram o subsistema atmosfera.

4. A atividade vulcânica do Vesúvio está associada a vulcanismo


(A) interplaca e associado a um limite tectónico construtivo.
(B) intraplaca e a erupção de 79 d.C. teve um carácter predominantemente explosivo.
(C) intraplaca e associado a um limite tectónico construtivo.
(D) interplaca e a erupção de 79 d.C. teve um carácter predominantemente explosivo.

5. O conhecimento da anatomia do vulcão, recorrendo à génese de microssismos em redor da cratera


principal é um método _____ do estudo do interior da geosfera. Na situação considerada, é fundamental
o registo da variação da velocidade de propagação de ondas _____.
(A) direto … superficiais
(B) indireto … profundas
(C) indireto … superficiais
(D) direto … profundas

6. 10 Km abaixo da caldeira do Vesúvio registam-se temperaturas _____ às do ponto de fusão de alguns


materiais rochosos o que explica a existência de um depósito de magma com _____ teor em sílica.
(A) superiores … reduzido
(B) inferiores … elevado
(C) superiores … elevado
(D) inferiores … reduzido

7. As plumas térmicas, associadas ao vulcanismo _____ resultam da instabilidade existente na fronteira


entre ____
(A) intraplaca […] o núcleo interno e o núcleo externo.
(B) interplaca […] a astenosfera e a mesosfera.
(C) intraplaca […] o manto inferior e o núcleo externo.
(D) interplaca […] o manto inferior e o núcleo externo.

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8. A solidificação das lavas assume aspetos distintos consoante a viscosidade das mesmas.
Selecione a alternativa que avalia corretamente as afirmações que se seguem.

1. Na erupção do Vesúvio é improvável a formação de lavas escoriáceas.


2. As nuvens ardentes são formadas por piroclastos, principalmente bombas, envolvidos por gases.
3. As domas e as agulhas vulcânicas são estruturas formadas, respetivamente, dentro da cratera e na
chaminé vulcânica.

(A) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.


(B) 1 é falsa; 2 e 3 são verdadeiras.
(C) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.

9. Foi feita uma análise em laboratório de uma rocha vulcânica recolhida em sondagens no local próximo
da do descrito no texto cuja composição está descrita no quadro que se segue.
Quadro
Composição química (% óxidos)
+
SiO2 Al2O3 Fe2O3 FeO MgO CaO Na2O3 K2O P2O5 H2O Outros
74,2 14,7 0,3 0,8 0,1 0,8 3,9 4,0 0,3 0,7 0,4

Explique a possibilidade desta amostra ter sido recolhida no local referido.

10. Faça corresponder a cada uma das afirmações relativas ao vulcanismo eruptivo e residual, que
constam da coluna A, o respetivo termo, expresso na coluna B.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(A) Formação de depressões resultantes do colapso da câmara


magmática, em consequência da ascensão e descompressão do (1) Vulcanismo intraplaca
magma.
(2) Caldeira de
(B) Piroclastos de fluxo, formados por fragmentos muito heterogéneos subsidência
em relação às dimensões, envolvidos por gases a elevadas
(3) Bombas vulcânicas
temperaturas.
(4) Xenólitos
(C) Formação de grandes fragmentos, expelidos violentamente, total ou
(5) Mofetas
parcialmente fundidos e solidificados no seu percurso aéreo.
(6) Sulfataras
(D) Emanações gasosas de carácter contínuo em que predomina o
(7) Nuvens ardentes
dióxido de carbono.
(8) Nascentes termais
(E) Cadeias de vulcões alimentadas por uma fonte de magma
estacionária correspondente a uma pluma térmica com origem
mantélica.

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GRUPO III

2014 época especial

Na pequena península rochosa da Papoa, região de Peniche, surge um afloramento que evidencia a
ocorrência de atividade vulcânica.
Este afloramento é constituído por brechas vulcânicas, de matriz fina e muito meteorizada, contendo
numerosos fragmentos de rochas das paredes de uma chaminé vulcânica – calcários, arenitos, granitos e
gnaisses – que terá sido invadida pela água do mar durante, pelo menos, alguns dos períodos em que
ocorreu a atividade vulcânica. Associado às brechas descritas, surge um outro tipo de material, de
granularidade mais fina e também muito meteorizado, correspondendo a um tufo vulcânico, constituído por
uma mistura de cinzas, bagacina e bombas vulcânicas. Algumas das bombas vulcânicas apresentam
núcleos de outras rochas, como, por exemplo, granitos e calcários.
Supõe-se que o reservatório do magma, provavelmente basáltico, que alimentou a erupção se situava
bastante abaixo da cobertura sedimentar da península de Peniche, dado que não se registam
manifestações de metamorfismo térmico nas camadas de calcários que ali ocorrem.
De acordo com alguns autores, o afloramento do tufo-brecha da Papoa será o testemunho do colapso de
parte de um cone vulcânico, ao longo de duas falhas paralelas. A Figura 1 (de A a C) traduz um esquema
interpretativo da evolução da região onde aflora o tufo-brecha da Papoa.

Figura 1
Baseado em J. M. Romão, «Património geológico no litoral de Peniche: geomonumentos a valorizar e divulgar», Geonovas, n.o 2

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1. O tipo de magma que, de acordo com os dados, provavelmente alimentou a atividade vulcânica da
Papoa apresenta, relativamente a uma lava ácida,
(A) um maior teor de sílica.
(B) uma maior dificuldade em libertar a fração volátil.
(C) um maior teor de minerais ferromagnesianos.
(D) uma maior viscosidade.

2. De acordo com os dados fornecidos, as camadas de calcários presentes na Papoa não evidenciam
sinais claros de metamorfismo, pois
(A) a profundidade do reservatório magmático impediu a meteorização dos calcários.
(B) as temperaturas atingidas não foram suficientes para recristalizar os calcários.
(C) a profundidade do reservatório magmático limitou as tensões que atuaram nos calcários.
(D) as temperaturas atingidas não foram suficientes para fundir os calcários.

3. Cinzas, bagacina e bombas vulcânicas têm necessariamente em comum o facto de


(A) se tornarem mais fluidas durante a sua libertação.
(B) terem sido originadas a partir de lavas alcalinas.
(C) apresentarem formas geralmente angulosas.
(D) serem fragmentos de material ígneo ejetados para o ar.

4. De entre as rochas sedimentares, os conglomerados apresentam partículas detríticas com a


dimensão de
(A) balastros.
(B) areias.
(C) siltes.
(D) argilas.

5. Numa planície abissal, as rochas sedimentares mais antigas aí existentes depositaram-se sobre
uma rocha magmática
(A) extrusiva, de textura granular.
(B) intrusiva, de textura granular.
(C) extrusiva, formada a partir do rifte.
(D) intrusiva, formada a partir do rifte.

7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência correta dos processos geológicos


relacionados com a formação e a preservação do tufo-brecha da Papoa, de acordo com os dados
fornecidos.
A. Erosão de sedimentos do Cretácico e de grande parte do cone vulcânico.
B. Abatimento de um bloco ao longo de falhas paralelas.
C. Formação do tufo-brecha da Papoa.
D. Formação do Maciço Antigo.
E. Formação de sedimentos do Jurássico.

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8. Explique em que medida os dados apresentados permitem inferir o carácter explosivo da atividade
vulcânica da Papoa.
Na resposta, deverá considerar os materiais expelidos e o papel da água durante a atividade
vulcânica.

GRUPO IV
O abalo sísmico de magnitude 7,8 ocorrido no Nepal, país situado na cordilheira dos Himalaias, em
abril de 2015 moveu a maior montanha do mundo cerca de 3 cm para sudoeste. O monte Evereste, situado
na referida cordilheira, move-se em direção a Norte, cerca de 4 cm por ano, elevando-se nos céus
aproximadamente 0,3 cm por ano.
A força do terramoto foi sentida também no Bangladesh, na Índia, na China, no Paquistão e no Monte
Evereste, onde uma avalanche provocada pelo abalo provocou pelo menos 17 mortos.
O sismo ocorreu às 3 horas e 11 minutos (de Brasília), com epicentro localizado a 77 km a noroeste de
Katmandu e a rutura ocorreu a 15 km de profundidade. Outras quatro vibrações menores atingiram o país logo
após o terramoto mais potente. No vale de Katmandu os efeitos do sismo foram desastrosos, existindo locais
onde o solo foi atravessado por fendas e, repentinamente, colapsou. De acordo com os dados da USGS
(United States Geologycal Survey), os sismos nesta região são habituais, devido à subdução da placa
indiana sob a placa euroasiática, ao longo de uma falha ativa de grande extensão. Na figura 6 encontram-se
alguns dados relativos ao contexto geográfico e tectónico da zona afetada pelo sismo.

Áreas de máxima Áreas de Epicentros dos sismos que


intensidade intensidade atingiram o Nepal após o sismo
média principal

PLACA EUROASIÁTICA

Nova
Deli
EVERESTE

Epicentro
Magnitude:
7,8

PLACA
INDIANA

Figura 6 – Contexto geográfico e tectónico da região afetada pelo sismo.

Baseado em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/forte-terremoto-atinge-o-nepal.html

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1. A destruição provocada pelo sismo de abril de 2015 no Nepal pode ser avaliada através do parâmetro
_____ sísmica, sendo a escala utilizada _____.
(A) intensidade … aberta
(B) intensidade … fechada
(C) magnitude … qualitativa
(D) magnitude … quantitativa

2. Após o evento seguiram-se quatro vibrações menores que podem ser consideradas _____ do sismo
principal e a ocorrência desses eventos foi, provavelmente, _____ de frequência com o passar do
tempo.
(A) réplicas … diminuindo
(B) abalos premonitórios … diminuindo
(C) réplicas … aumentando
(D) abalos premonitórios … aumentando

3. O sismo no Nepal originou ondas L, que apresentam _____ e se propagam _____.


(A) elevada velocidade … em qualquer meio
(B) reduzida amplitude … a partir do foco sísmico
(C) velocidade constante … no interior da geosfera
(D) grande amplitude … na superfície terrestre

4. No contexto tectónico em que foi gerado este sismo, os hipocentros _____ e o valor de magnitude
calculado a partir de sismogramas de diferentes estações sismográficas foi _____.
(A) são sempre superficiais … variável
(B) podem localizar-se a diferentes profundidades … sempre 7,8
(C) são sempre superficiais … sempre 7,8
(D) podem localizar-se a diferentes profundidades … variável

5. Considere os dados relativos à análise da figura 6.


I. Nas áreas de máxima intensidade sísmica a reconstrução deve ser feita com construções sísmico-
resistentes.
II. Os estragos causados pelo sismo foram superiores nas áreas mais próximas do epicentro.
III. A destruição causada pelo sismo ficou circunscrita à área do epicentro.
(A) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

6. O sismo do Nepal está associado a um limite onde ocorrem tensões _____, sendo que o hipocentro
encontra-se na crusta, em cuja composição será improvável encontrar _____.
(A) compressivas … peridotito
(B) compressivas … granito
(C) distensivas … peridotito
(D) distensivas … granito

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7. Faça corresponder a cada uma das afirmações, que constam da coluna A, o respetivo termo, expresso
na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

COLUNA A COLUNA B

(a) Local no interior da terra onde o sismo tem origem.


(1) Hipocentro
(b) Aparelho que deteta e regista as vibrações das partículas do solo.
(2) Sismógrafo
(c) Ondas sísmicas que se propagam em meios sólidos, líquidos e (3) Epicentro
(4) Ondas P
gasosos.
(5) Ondas S

8. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir os acontecimentos relativos ao sismo do Nepal.


Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
A. Chegada das ondas S ao epicentro.
B. Chegada das ondas S a uma estação sismográfica em Bangladesh.
C. Acumulação de tensões em materiais rochosos a 15 Km de profundidade.
D. Propagação das ondas sísmicas profundas a partir do foco.
E. Ultrapassagem do limite de resistência elástica do material rochoso.

GRUPO V

No dia 6 de agosto de 2012, pelas 23h 50min (hora local), ocorreu uma erupção de reduzida intensidade no
vulcão Tongariro, localizado na Nova Zelândia. O complexo vulcânico de Tongariro é formado,
predominantemente, por materiais de constituição andesítica (SIO2 entre 52% e 65%).
A região da Nova Zelândia encontra-se no Anel de Fogo do Pacífico, entre a placa do Pacífico e a placa
Indo-Australiana. Os vulcões desta região são monitorizados através de diversas técnicas, tais como o
registo de sismos, a observação de alterações do terreno através de estações GPS e a deteção de
alterações na emissão de gases.
A energia geotérmica resulta do calor interno da Terra que, devido a fenómenos vulcânicos recentes, à
desintegração radioativa natural das rochas, ao impactismo e à contração gravitacional das
rochas), pode ser aproveitado para a produção de energia.
Esta energia pode ser recuperada diretamente de um fluido gasoso oulíquido ou, caso não exista fluido, atra
vés da injeção de água em maciçosrochosos profundos.
Existem dois tipos de geotermia: de baixa entalpia -
se a temperatura do fluido é inferior a 150ºC; e de alta entalpia -
se a temperatura do fluido é superior a 150ºC.
Baseado em http://www.geonet.org.nz (consultado em outubro de 2012)

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1. A região da Nova Zelândia está associada a limites
(A) divergentes de placas litosféricas, nos quais o vulcanismo é, geralmente, de tipo explosivo.
(B) convergentes de placas litosféricas, nos quais o vulcanismo é, geralmente, de tipo efusivo.
(C) convergentes de placas litosféricas, nos quais o vulcanismo é, geralmente, de tipo explosivo.
(D) divergentes de placas litosféricas, nos quais o vulcanismo é, geralmente, de tipo efusivo.

2. Ao consolidarem em profundidade, materiais de composição superior em SIO2 à das principais


acumulações lávicas que constituem o complexo vulcânico de Tongariro originariam uma rocha
(A) de cor escura, do tipo dos peridotitos.
(B) com cristais não visíveis à vista desarmada.
(C) com textura fanerítica, do tipo dos granitos.
(D) rica em olivina, do tipo dos basaltos.

3. A formação de domos ou cúpulas está geralmente associada a lavas


(A) viscosas e ácidas.
(B) viscosas e pouco silicatadas.
(C) fluidas e ricas em gases.
(D) fluidas e de composição basáltica.

4. O grau geotérmico
(A) aumenta com a aproximação a dorsais oceânicas.
(B) diminui quando diminui o gradiente geotérmico da zona.
(C) aumenta quando aumenta o fluxo térmico da região.
(D) diminui com a aproximação a regiões de elevada entalpia.

5. A existência da descontinuidade de Lehmann é apoiada pela variação de velocidade das ondas P. Esta
variação de velocidade das ondas P é provocada
(A) pela diferente composição química dos materiais.
(B) pelo decréscimo da pressão a que estão sujeitos os materiais.
(C) pela alteração do estado físico dos materiais.
(D) pelo aumento da temperatura dos materiais.

6. Relacione a ocorrência de sismos de origem vulcânica com a possibilidade de previsão de erupções.

7. Explique de que modo o decaimento radioativo dos materiais do interior da Terra influencia a existência
de correntes de convecção no manto.

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GRUPO VI
A falha de Santo André corresponde ao limite entre as placas tectónicas Norte-Americana e do
Pacífico (figura 2), que se prolonga por 1200 quilómetros de comprimento, como uma grande cicatriz que
atravessa grande parte da Califórnia.
Apesar de ninguém poder dizer o dia e a hora em que ocorrerá um sismo, um artigo científico
publicado na revista Nature, conclui que a secção sul da falha de Santo André acumula uma tensão na
crosta terrestre tão grande que poderá originar um sismo catastrófico. Nesse estudo Yuri Fialko, tem em
conta os movimentos anuais registados noutras áreas da falha. E é por essa razão que diz que pode
estar a acumular-se muita tensão no extremo sul da falha, capaz de desencadear uma deslocação da
falha em cerca de dez metros. Segundo os Serviços Geológicos dos Estados Unidos, o sismo que
destruiu São Francisco em 1906 foi causado por um movimento súbito de 6,4 metros da secção norte da
falha.
Fialko diz que não há registo de movimentos na extremidade sul da falha, que tivessem produzido
um grande sismo. Nas outras partes da falha, a deslocação anda à volta de dois centímetros por ano, o
que impede a acumulação de tensão no interior da crosta, à medida que esta vai sendo comprimida.
Quando há um bloqueio da falha, impedindo as suas deslocações e uma libertação súbita podem
originar-se sismos, cuja magnitude depende dos movimentos ocorridos antes e durante esse bloqueio.
Segundo os Serviços Geológicos dos Estados Unidos, os dois maiores e mais recentes sismos na falha
de Santo André tiveram origem nas secções norte e centro, em 1906 e 1857, respetivamente, e ambos
com magnitude 8.
Adaptado de: http://www.publico.pt/ciencias/jornal/falha-de-santo-andre-pode-originar-grande-sismo-em-los-
angeles-85201

Figura 2 - Enquadramento tectónico da falha de Santo André

1. Relativamente a um sismo, denomine o local onde ocorre a libertação de energia devido à rotura dos
materiais rochosos.

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2. O sismo que destruiu São Francisco em 1906 é de origem ______ e, à medida que a distância epicentral
aumenta, verifica-se um aumento ______ .

(A) intermédio ... da magnitude registada


(B) superficial ... do desfasamento entre a chegada as ondas P e S.
(C) superficial ... da intensidade registada.
(D) profundo ... do valor das isossistas.

3. O estudo das ondas sísmicas constitui um método ______ de estudo do interior da Terra, ao contrário
dos dados fornecidos _______.

(A) indireto … pela gravimetria


(B) indireto … pelos xenólitos
(C) direto … pelo geotermismo
(D) direto … pelas sondagens

4. Considere as seguintes a afirmações, referentes à propagação de ondas sísmicas.

I. As ondas S provocam a vibração das partículas rochosas perpendicularmente à sua direção de


propagação.
II. A velocidade de propagação das ondas S tende a aumentar quando os materiais atravessados
apresentam menor rigidez.
III. A velocidade de propagação das ondas superficiais aumenta com o aumento da densidade dos
materiais.

(A) I e II são verdadeiras; III é falsa.


(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) I é verdadeira; II e III são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

5. Segundo a Teoria da Tectónica de Placas, os fragmentos da litosfera deslocam-se devido


(A) à convecção dos materiais da litosfera.
(B) ao elevado fluxo térmico verificado nas zonas de rífte e consequente formação de crusta oceânica.
(C) à ascensão de material quente e muito denso na zona de rifte.
(D) à rigidez dos materiais que a constituem.

6. A falha de Santo André constitui um limite


(A) convergente, verificando-se a subducção da placa do Pacífico por ser mais densa.
(B) transformante, no qual se acumulam tensões devido aos movimentos horizontais.
(C) convergente, no qual há aumento da espessura da crusta continental.
(D) divergente, entre uma placa continental e uma placa oceânica.

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7. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A à respetiva designação, que consta
na coluna B. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B

(A) Permite determinar a magnitude de um sismo. 1. Ondas P


2. Ondas S
(B) Abalo sísmico de menor intensidade que pode ocorrer depois do abalo
3. Ondas superficiais
sísmico principal.
4. Isossista
(C) Primeiras ondas a serem detetadas nas estações sismográficas.
5. Réplica
(D) Ondas com origem no foco sísmico e que provocam a vibração do 6. Sismograma
material numa direção perpendicular ao raio sísmico.
7. Sismógrafo
(E) Linha que une pontos com igual intensidade sísmica. 8. Abalo premonitório

8. Explique, de acordo com os dados, a possibilidade de ocorrência de sismos de elevada magnitude na


zona

GRUPO VII

Sismo de Áquila – Itália


No dia 6 de abril de 2009, ocorreu um sismo de magnitude 6,3 na região italiana de Abruzzo. O epicentro
do sismo situou-se próximo de Áquila, localizada a cerca de 85 km a nordeste de Roma. Este sismo
provocou 305 vítimas mortais, desalojou 25 000 pessoas e causou danos significativos em mais de 10 000
edifícios na região de Áquila. O sismo teve origem numa falha normal, situada na cordilheira dos Apeninos.
Esta falha insere-se num contexto tectónico muito complexo. A tectónica da zona envolve a colisão das
placas Euro-Asiática e Africana, com a subdução na zona do mar Adriático, e a abertura da bacia do Mar
Tirreno. Tratou-se de um sismo cujo hipocentro teve uma profundidade de aproximadamente 8 km, o que
poderá justificar os elevados danos registados. A Figura 2 representa a localização do epicentro do sismo e
o respetivo mapa de intensidades, de acordo com a escala de Mercalli Modificada. A Figura 2 representa
uma adaptação da escala de Mercalli Modificada.

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1. Tendo em conta o sismo de 6 de abril de 2009, à medida que aumenta o afastamento em relação a
Áquila, verifica-se uma diminuição da
(A) magnitude registada no sismo.
(B) diferença no tempo de chegada das ondas S e P.
(C) amplitude das ondas sísmicas.
(D) distância epicentral das estações sismográficas.

2. De acordo com os dados fornecidos, o sismo de Áquila provocou, provavelmente, danos


(A) moderados nas estruturas resistentes da cidade de Viterbo.
(B) fracos nas estruturas vulneráveis da cidade de Penne.
(C) moderados nas estruturas resistentes da cidade de Rieti.
(D) fracos nas estruturas vulneráveis da cidade de Roma.

3. Admita que numa determinada estação sismográfica, localizada a cerca de 150 km do foco do sismo
de Áquila, se registaram, primeiro, ondas P refratadas e, posteriormente, ondas P diretas. O atraso das
ondas P diretas relativamente às ondas P refratadas deveu-se, provavelmente, ao facto de as ondas P
(A) refratadas terem percorrido meios de maior rigidez.
(B) diretas terem percorrido um trajeto mais longo.
(C) diretas terem percorrido um trajeto mais curto.
(D) refratadas terem percorrido meios de menor rigidez.

4. Seguiram-se ao abalo principal pelo menos oito aftershocks, que podem ser consideradas
(A) réplicas que correspondem a abalos de intensidade mais fraca.
(B) abalos premonitórios que correspondem a abalos de intensidade mais fraca.
(C) réplicas que correspondem a abalos de intensidade mais forte.
(D) abalos premonitórios que correspondem a abalos de intensidade mais forte.

5. Analise as afirmações que se seguem, relativas ao sismo que atingiu Áquila.


Reconstitua a sequência temporal dos acontecimentos mencionados, segundo uma relação de causa-
efeito, colocando por ordem as letras que os identificam.
I. Chegada das ondas S ao epicentro.
II. Chegada das ondas S a uma estação sismográfica em Penne, dez minutos após as ondas P.
III. Acumulação de tensões em materiais rochosos, a 28,5 Km profundidade.
IV. Propagação de ondas sísmicas profundas a partir do foco sísmico.
V. Propagação de ondas L a partir do epicentro.

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GRUPO VIII

Deteção Sísmica do Núcleo Lunar


Técnicas sismológicas indicam que a Lua pode ter um núcleo semelhante ao da Terra. Num estudo da
NASA, designado “Apolo Sísmico Passivo”, utilizaram-se dados recolhidos durante a época das missões
Apolo, fornecidos por quatro sismógrafos colocados entre 1969 e 1972, que permaneceram em
funcionamento e que registaram atividade contínua da Lua até finais de 1977. Renee Weber, investigadora
principal e cientista da NASA, refere que foram aplicadas metodologias utilizadas na sismologia terrestre,
relativas à velocidade das ondas sísmicas P e S, cujo registo, para a Terra, está representado na Figura 1.
Tendo por base as variações da densidade da Lua e as variações da velocidade de propagação das ondas
P e S no interior da Lua, representadas na Figura 2, os investigadores concluíram que na Lua existem
camadas internas com composição e estado físico diferentes entre si. Os cientistas admitem agora que a
Lua tem um núcleo interno sólido rico em ferro e um núcleo externo fluido, também de ferro. Em torno deste
núcleo externo pode existir uma camada parcialmente fundida, na qual parecem existir elementos leves,

como enxofre e oxigénio.

1. Tendo em conta a velocidade das ondas P e S, a zona da Terra situada aproximadamente a 100 km de
profundidade corresponde à transição entre a
(A) litosfera e a astenosfera.
(B) crosta e o manto superior.
(C) crosta e a astenosfera.
(D) litosfera e o manto superior.

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2. Tendo em conta a variação do comportamento das ondas P e S, a zona da Lua situada a 1400 km de
profundidade corresponderia, na Terra, à descontinuidade de
(A) Mohorovicic, que separa a crosta do manto superior.
(B) Gutenberg, que separa o manto inferior do núcleo externo.
(C) Mohorovicic, que separa o manto inferior do núcleo externo.
(D) Gutenberg, que separa a crosta do manto superior.

3. A Lua é um satélite que apresenta


(A) uma atmosfera densa na qual predomina o vapor de água.
(B) mares lunares em que predominam basaltos.
(C) feldspatos que conferem tonalidade escura aos continentes.
(D) uma camada espessa de rochas sedimentares.

4. Faça corresponder cada um dos elementos utilizados em sismologia, expressos na coluna A, à


respetiva designação, que consta da coluna B.

5. Explique de que modo a variação de densidade e a variação de velocidade de propagação das


ondas S, verificadas aos 1400 km de profundidade na Lua, permitem concluir da existência de um
núcleo externo com uma composição química e com um estado físico diferentes dos da camada
parcialmente fundida.

6. Explique, de acordo com os dados fornecidos, a existência na Terra de uma zona de sombra para as
ondas P.

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GRUPO IX

2019 1ª fase
O Haiti localiza-se na ilha La Española, na zona nordeste (NE) do mar das Caraíbas. Esta ilha, próxima do
limite em que a placa Norte-Americana é sujeita a subdução relativamente à placa das Caraíbas, é
atravessada por numerosas falhas ativas, algumas com grande extensão, como a falha de Enriquillo-
Plantain Garden (EPG). O enquadramento tectónico desta zona está representado, esquematicamente, na
Figura 1.
Em 1751, na zona de falha de Enriquillo-Plantain Garden, foi registado um sismo com magnitude estimada
de 7,5, que foi seguido, em 1770, por outro grande sismo. Ao longo de mais de dois séculos, na zona sul do
Haiti, apenas ocorreram sismos de menor magnitude, destacando-se os de 1784, 1860, 1864 e 1953.
Todavia, a 12 de janeiro de 2010, o Haiti foi atingido por um sismo de magnitude 7, que causou cerca de
230 000 mortes. O sismo teve origem a uma profundidade de 10 km a 13 km, e o seu epicentro localizou-se
15 km a sudoeste (SO) de Porto Príncipe, a capital do Haiti. Nos meses seguintes, ocorreram mais de 50
réplicas de magnitude superior a 4,5.
De início, os Serviços Geológicos dos Estados Unidos referiram que a falha de EPG poderia ter sido
responsável pelo sismo ocorrido no Haiti, em 2010. No entanto, estudos mais recentes indicam que, na
origem do sismo, estiveram falhas inversas associadas a essa falha.
Baseado em: J. Bruña et al., «El Terramoto de Haiti», Enseñanza de las Ciencias de la Terra, 2011 e em:
https://web.ics.purdue.edu (consultado em setembro de 2018).

Figura 1 – Enquadramento tectónico da ilha La Española

Baseado em: https://www.agenciasinc.es (consultado em setembro de 2018).

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1. A placa das Caraíbas move-se, aproximadamente, para
(A) noroeste, num contexto tectónico divergente. (B) nordeste, num contexto tectónico
divergente.
(C) nordeste, num contexto tectónico convergente. (D) noroeste, num contexto tectónico
convergente.

2. De acordo com os estudos mais recentes, o sismo ocorrido no Haiti, em 2010, resultou de um
campo de tensões
(A) distensivo, associado a uma deformação descontínua.
(B) compressivo, associado a uma deformação dúctil.
(C) distensivo, associado a uma deformação contínua.
(D) compressivo, associado a uma deformação frágil.

3. Considere as afirmações seguintes, referentes ao enquadramento tectónico da ilha La Española,


representado na Figura 1.
I. Ao longo da falha Setentrional, ocorre, predominantemente, deslizamento lateral e manutenção da
espessura crustal.
II. No movimento entre a placa das Caraíbas e a placa Norte-Americana, há afundamento de
litosfera oceânica da placa Norte-Americana.
1. Os sismos que ocorrem na zona de subdução apresentam, tendencialmente, hipocentros mais
profundos de sul para norte.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.


(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

4. Para um determinado sismo, à medida que a distância ao epicentro aumenta, verifica-se um


aumento
(A) da diferença de tempo de chegada das ondas S e das ondas P.
(B) da magnitude calculada para esse sismo.
(C) da amplitude das ondas sísmicas registadas nos sismogramas.
(D) da energia recebida nos diferentes locais.

6. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de


algumas das etapas necessárias para determinar a localização do epicentro de um sismo.
A. Identificação de ondas P e de ondas S no sismograma.
B. Registo da chegada de ondas P à estação sismográfica.
C. Cruzamento de distâncias epicentrais calculadas em outras estações sismográficas.
D. Determinação da diferença entre o tempo de chegada de ondas S e de ondas P.
E. Cálculo da distância entre a estação sismográfica e o epicentro.

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7. Faça corresponder cada uma das características relativas a zonas da estrutura interna da geosfera,
expressas na coluna A, à designação que as identifica, expressa na coluna B.

8. Com base em outros estudos realizados, nomeadamente entre 2003 e 2008, os cientistas concluíram
que a zona de falha de Enriquillo-Plantain Garden, no Haiti, poderia dar origem a um sismo de
magnitude de cerca de 7,2. Os resultados desses estudos foram apresentados em conferências
geológicas e publicados em 2008.

Explique por que razão seria expectável, para os cientistas, a ocorrência de um sismo de elevada
magnitude na zona de falha de Enriquillo-Plantain Garden, considerando o contexto tectónico da região
e os dados da sismicidade histórica.

GRUPO X

2017 época especial


Em Portugal continental, no século XX, registaram-se dois sismos de grande relevância.
O primeiro ocorreu a 23 de abril de 1909, com epicentro junto a Benavente, numa zona de leito de cheia do
rio Tejo. Neste sismo, verificou-se a abertura de fendas no solo, pelas quais foi ejetada água com areia,
evidenciando-se a liquefação dos terrenos.
Cerca de sessenta anos mais tarde, no dia 28 de fevereiro de 1969, foi registado outro sismo, com epicentro
a SO de Sagres, gerado por uma falha inversa com uma pequena componente de desligamento. O piloto de
uma embarcação de pesca, que navegava na região do epicentro, relatou a formação de ondas
descomunais, que submergiram a proa do barco, e a alteração da água do mar, que ficou castanha e
espessa.
As Figuras 1A e 1B representam as cartas de isossistas dos sismos de 1909 e de 1969.

Figura 1A – Carta de isossistas do sismo de 1909 Figura 1B – Carta de isossistas do sismo de


1969

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Figura 1A – Carta de isossistas do sismo de 1909 Figura 1B – Carta de isossistas do sismo de 1969

1. A diferença da intensidade do sismo de 1969 em Peniche e em Cascais poderá estar relacionada


com
(A) a distância daquelas localidades ao epicentro.
(B) a grande magnitude do sismo.
(C) a profundidade do hipocentro.
(D) a diferença das litologias nas duas regiões.

2. Considere as afirmações seguintes, referentes aos sismos de 1909 e de 1969.


I. O sismo de 1909 foi praticamente impercetível em Bragança.
II. O sismo de 1909 teve a mesma intensidade no Porto e em Badajoz.
III. Os mapas de isossistas permitem inferir que a magnitude dos sismos de 1909 e de 1969 foi
semelhante.
(A) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

3. Para a intensidade registada na zona do epicentro do sismo de Benavente, contribuiu


(A) a existência de rochas consolidadas na região.
(B) a reduzida amplitude das ondas L no leito de cheia do rio Tejo.
(C) a mistura dos sedimentos com a água contida nos seus poros.
(D) a propagação das ondas S nas águas do rio Tejo.

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4. O sismo de Benavente, de 1909, pode ser considerado _______ e resultou do comportamento
_______ das rochas.
(A) intraplaca ... frágil
(B) interplaca ... dúctil
(C) intraplaca ... dúctil
(D) interplaca ... frágil

6. Em Jacarta, na Indonésia, a cerca de 12 700 km de Sagres, os sismógrafos não registaram as


ondas S diretas do sismo de 1969, porque aquelas ondas não atravessaram o limite
(A) crosta continental – manto.
(B) manto – núcleo externo.
(C) núcleo externo – núcleo interno.
(D) crosta oceânica – manto.

7. Explique, com base no mecanismo que gerou o sismo de 1969, os acontecimentos testemunhados
pelo piloto da embarcação de pesca, no momento em que aquele sismo ocorreu.

FIM

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