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DO MUNICÍPIO DE
PORTO ALEGRE
2013
PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO
Coordenação de Cartografia e Projetos Geométricos
Prefeito Municipal:
José Alberto Reus Fortunati
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Coordenação de Cartografia e Projetos Geométricos
SUMÁRIO
1. Introdução 04
2. Histórico 04
3. Justificativa 05
4. Novo Sistema Cartográfico de Referência de Porto Alegre 05
4.1 Sistema geodésico de referência SIRGAS2000 05
4.2 Parâmetros de conversão entre Carta Geral e SIRGAS2000 06
4.3 Projeção cartográfica TM-POA 06
4.4 Rede de referência 07
5. Utilização do novo sistema cartográfico de referência de Porto Alegre 08
5.1 Topografia Convencional 08
5.2 Levantamento com receptores GNSS 08
6. Conclusão 09
7. Anexos
Anexo I - Decreto nº 18.315/2013 10
Anexo II - Parâmetros Transformação UFRGS CCG-SIRGAS2000 12
Anexo III - Exemplo de Transformação CCG-SIRGAS2000 22
ArcGIS 22
AutoCAD MAP 28
Software TSC_PMPA 44
Anexo IV - Fórmulas para conversão de coordenadas 45
Coordenadas geodésicas para coordenadas de projeção 46
Coordenadas de projeção para coordenadas geodésicas 47
TM-POA para UTM 49
Anexo V - Modelo de chave de acesso aos marcos 50
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1. Introdução
Até junho de 2013 a Prefeitura Municipal de Porto Alegre teve como legislação
cartográfica o Decreto n° 8.353 de 1983. Este Decreto estabelecia que todas as atividades de
topografia e cartografia deveriam apoiar-se na rede de referência planialtimétrica municipal.
2. Histórico
Durante anos a Prefeitura Municipal de Porto Alegre (PMPA), bem como alguns
municípios da sua Região Metropolitana, utilizou o datum* Observatório da Comissão da Carta
Geral do Brasil (estabelecido em 1903 pela Comissão da Carta Geral do Brasil, órgão que
posteriormente viria a chamar-se 1ª Divisão de Levantamentos do Exército) e a projeção
cartográfica** Gauss-Krüger para representar coordenadas em seus mapas e produtos
cartográficos derivados.
*Datum – simplificadamente, o datum (ou sistema de referência geodésico), providencia o ponto de referência a
partir do qual a representação gráfica dos paralelos e meridianos, e consequentemente do todo o resto que for
representado em um mapa, está relacionado.
**Projeção cartográfica – definida como um tipo de traçado sistemático de linhas numa superfície plana, destinado
à representação de paralelos e meridianos da Terra ou de parte dela, sendo a base para a construção dos mapas.
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Importante lembrar que o uso de receptores GNSS utilizando o Carta Geral não é
adequado por este ser de concepção topocêntrica. Mesmo assim até junho de 2013 ele foi
utilizado como oficial em Porto Alegre, baseando-se no Decreto n° 8.353.
3. Justificativa
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O Carta Geral e o SIRGAS2000 são sistemas de referência diferentes até mesmo em sua
concepção. O primeiro é classificado como topocêntrico, tendo seu ponto de origem e
orientação na superfície da Terra. Já o segundo é um datum geocêntrico, que adota um
referencial calculado computacionalmente no centro da Terra (geóide).
Com o intuito de calcular estes parâmetros em 2009 foi firmado com a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) um convênio de cooperação técnica e apoio recíproco.
Como resultado deste convênio em 2013 foi entregue o relatório disponível no Anexo II. No
referido relatório são apresentados dois conjuntos de sete parâmetros, com suas respectivas
qualidades, para conversão de coordenadas cartesianas (X, Y, Z) no datum Carta Geral para o
datum SIRGAS2000.
Dentro da área de Porto Alegre a projeção TM-POA tem uma distorção linear pequena.
Pode-se demonstrar que uma distância de 1.000 metros medida em campo terá 999,995
metros quando representada pela projeção TM-POA. Comparativamente, a mesma distância
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quando projetada em UTM (projeção cartográfica oficial para escalas menores que 1:25.000)
terá 999,600 metros.
É importante salientar que além de ser uma solução ideal para a região de Porto
Alegre, a utilização de coordenadas em TM-POA é facilmente trabalhada pelos softwares de
cartografia, processamento GNSS e topografia disponíveis no mercado, sendo possível realizar
conversões de maneira rápida e precisa.
Atualmente a PMPA possui uma Rede de Referência Cadastral Municipal composta por
94 marcos geodésicos distribuídos homogeneamente na área do município. Estes marcos
foram implantados em 2010 pelo Consórcio Guaíba, executor do Projeto Aerolevantamento.
Destes 94 marcos, 50 são pilares com dispositivo de centragem forçada e 44 são marcos
azimutais.
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Ainda é possível utilizar os receptores GNSS apenas para implantar pontos de partida
para futuros levantamentos que utilizarão técnicas convencionais.
6. Conclusão
Você pode entrar em contato com a CCPG pelos telefones (51) 3286-8646, 3289-8673
ou diretamente na Av Borges de Medeiros, 2.244, 7° andar.
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ANEXO I
D E C R E T A:
Art. 1º Fica instituído o Sistema Cartográfico de Referência de Porto Alegre (SCR-POA), definido pelos seguintes
parâmetros:
III – Projeção Cartográfica: Transversa de Mercator para Porto Alegre (TM-POA) com os seguintes parâmetros:
§ 1º A materialização do SCR-POA é dada pelos marcos, pilares e pinos da Rede de Referência Cadastral
do Município de Porto Alegre (RRCM), os quais são objetos de servidão administrativa, não podendo ser modificados,
deslocados, encobertos ou destruídos.
Parágrafo único. A entrega de qualquer trabalho proveniente das atividades descritas no “caput” deste artigo deverá
conter uma cópia em versão digital no formato definido pelo Município.
Art. 3º O SCR-POA substitui o Sistema Cartográfico de Referência baseado na Comissão da Carta Geral do Brasil
(SCR-CCG), e definido pelos seguintes parâmetros:
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Art. 4º Fica estabelecido o período de 1 (um) ano para que seja realizada a transição do SCR-CCG para o SCR-POA,
a contar da data de publicação deste Decreto.
§ 1º Durante o período de transição todas as atividades descritas no art. 2º deste Decreto deverão conter no mínimo 3
(três) pontos referenciados a ambos os Sistemas Cartográficos de Referência descritos neste Decreto.
§ 2º Durante o período de transição fica a critério de cada Órgão do Executivo Municipal definir, respeitando o
estabelecido no § 1º deste artigo, em qual Sistema Cartográfico de Referência os trabalhos deverão ser apresentados.
José Fortunati,
Prefeito.
Cristiano Tatsch,
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ANEXO II
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ANEXO III
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5. Caso tenha selecionado a opção de adicionar sistema de projeção, a janela abaixo será
aberta. Preencha os campos solicitados.
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10. Para utilizar a transformação criada deve-se utilizar a ferramenta “Project”. Esta
ferramenta está localizada em “System Toolboxes \ Data Management Tools \
Projections and Transformations \ Feature”.
11. A seguinte janela será aberta. Deve-se selecionar o arquivo a ser convertido, o arquivo
de saída e o sistema de coordenada de saída.
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12. Para criar o Sistema Cartográfico de Referência baseado na Comissão da Carta Geral do
Brasil (SCR-CCG) os primeiros quatro passos são idênticos aos que fizemos
anteriormente (1-4). Na configuração do sistema de coordenadas especifique um
código (sugestão: “SCR-CCG), uma descrição (sugestão: “SCR Carta Geral”) e uma fonte
(sugestão: “PMPA”). Selecione a unidade metros. Referencie o seu sistema ao datum
criado anteriormente (CCG). Clique em “Next”.
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13. Selecione a projeção “Gauss Kruger Projection aka Gauss” e insira os parâmetros
conforme Decreto n° 18.315. Clique em “Next”.
14. Siga os passos restantes conforme realizado para o SCR-POA. Confirme as informações
inseridas e clique em “Finish”.
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15. Para configurar a conversão entre os dois sistemas criados primeiramente deve-se
criar um datum específico para o Observatório da Comissão da Carta Geral. Acesse o
menu “Map Drafting”, selecione a opção “Coodinate Systems” e após “Create Geodetic
Transformation Definition”.
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17. Como datum de origem (“source”) selecione o referente à Comissão da Carta Geral.
Como datum de destino (“target”) selecione o SIRGAS2000.
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20. Informe um código (sugestão: “CCG para SIRGAS2000”), uma descrição e clique em
“Next”.
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22. Agora você já pode efetuar conversões entre os dois Sistemas Cartográficos de
Referência configurados. Para atribuir um SCR a um trabalho basta abrir o arquivo de
origem e indicar o SCR utilizado. Para isso acesse o menu “Map Drafting”, a opção
“Coodinate Systems” e “Assign Global Coordinate System”.
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24. Para converter o seu arquivo é necessário criar um novo desenho e atribuir o SCR
destino para ele (passos 22 e 23, selecionado o SCR de destino). Então, no “Map
Explorer” selecione a opção “Attach” (clicando com o botão direito do mouse sobre
“Drawings”) para trazer o seu arquivo para o novo SCR.
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26. O seu arquivo será convertido e mostrado na tela. Caso ele não seja mostrado,
selecione a opção “Quick View” no “Map Explorer”. É importante notar que usando o
comando “Attach” o desenho não é inserido no seu mapa.
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27. Para inserir o desenho no seu mapa, deve-se definir uma “Query” clicando-se com o
botão direito do mouse em “Current Query” e depois em “Define”.
28. Na janela seguinte devemos selecionar o que será inserido no novo mapa. Para trazer
todo o desenho a forma mais fácil é selecionar por localização (Location), clicando-se
no botão com este nome.
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ANEXO IV
f Achatamento do elipsoide
ϕ0 Latitude de origem
λ0 Longitude de origem
N0 Falso norte
E0 Falso este
ϕ Latitude do ponto
λ Longitude do ponto
N Norte do ponto
E Este do ponto
O datum SIRGAS2000 utiliza o elipsoide GRS80, sendo assim, para nosso o caso
específico os valores de a e f são:
a = 6.378.137
f = 0,00335281068118232
ϕ0 = 0°
λ0 = -51°
N0 =5.000.000
E0 =300.000
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k0 =0,999995
Alguns parâmetros adicionais (b, e2, m0) devem ser calculados para que possamos
prosseguir. Estes parâmetros são constantes para a projeção.
Onde
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Onde:
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Onde:
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Onde:
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ANEXO V
Para esta abertura é necessário possuir uma chave Allen de 3/16” e de uma chave de
unha conforme modelo abaixo (medidas em metros).
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