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UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E


ENGENHARIAS CURSO: ENGENHARIA CIVIL

LAYLA COSTA
LUCIANA CARDOSO

SIG/ GEOPROCESSAMENTO APLICADO EM ENGENHARIA CIVIL -


PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA

Relatório solicitado pela


professora Kilcy Costa como
cumprimento das atividades
da disciplina:
Geoprocessamento Aplicado
à Engenharia.

Salvador
Abril -2022
1. INTRODUÇÃO
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1.1 Principais geotecnologias
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1.2 Aplicações do geoprocessamento na construção civil
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2. DESENVOLVIMENTO 8

3. CONCLUSÃO 13

REFERÊNCIAS 14

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SIG/ GEOPROCESSAMENTO APLICADO EM ENGENHARIA CIVIL -
PLANEJAMENTO E GESTÃO URBANA

1. INTRODUÇÃO

A necessidade do ser humano em adquirir informações sobre a distribuição


geográfica de recursos minerais, alimentos e conhecer lugares específicos sempre foi
uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Com as inovações
tecnológicas, isto deixou de ser feito apenas em mapas de papel e passou a partir da
segunda metade do século passado a ser possível armazenar e representar tais
informações em um ambiente computacional, permitindo o aparecimento do
geoprocessamento. O termo geoprocessamento refere-se a utilizar-se de técnicas
matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica, e que
influencia diretamente em diversas áreas ligadas à engenharia civil e ambiental, como:
cartografia, análise de recursos naturais, agricultura de precisão, transportes,
comunicação, energia e planejamento urbano.
Geoprocessamento é o conjunto de técnicas, chamadas de geotecnologias,
utilizadas para coletar e tratar dados espaciais com objetivos específicos: criar cartas
topográficas, mapas, plantas, além de poder associar suas coordenadas. Com elas,
especialistas podem analisar detalhadamente as áreas, diagnosticar problemas e traçar
soluções estratégicas rapidamente.
Na construção civil, o geoprocessamento é fundamental, por exemplo, permite
localizar o local mais adequado para realizar a obra, se o solo está propício para a
construção, se será necessária a instalação de alguma infraestrutura adicional no local,
como cabeamento ou rede de esgoto e demais questionamentos, recebendo respostas
precisas por meio da análise da área de geoprocessamento.

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1.1 Principais geotecnologias

1.1.1 Topografia: é solicitada antes do início da construção. Isso porque é um estudo


detalhado das características de um terreno, que traz informações sobre seus níveis,
demarcação de seus limites, bem como elementos construtivos ou de infraestrutura
existentes. Também é utilizado como base para o projeto de terraplanagem, definição de
cotas do empreendimento a ser construído e, após o projeto concluído, a locação da
obra.
1.1.2 Fotogrametria: conforme o nome já indica, a técnica utiliza fotografias aéreas para
realizar medições rigorosas do terreno e de suas características.
1.1.3 Mapas interativos on-line: os webgis, como também são conhecidos, reúnem
dados demográficos, geográficos e de infraestrutura, de uma cidade ou região, de
maneira interativa. Um ótimo exemplo é o mapa interativo criado pelo governo de
Brasília, em que qualquer habitante pode conferir facilmente todos os dados
georreferenciados – retirados de localizações baseadas no sistema de coordenadas –
do Distrito Federal.
Imagem 1: Recorte da tela do mapa interativo criado pelo governo de Brasília

Fonte: Autoria própria (recorte de tela do site GeoPortal/ DF).


1.1.4 Drones: o uso de drones chegou como uma revolução no geoprocessamento e,
consequentemente, na construção civil. A principal vantagem do equipamento é a
possibilidade de mapear áreas vastas e, com inovadores sistemas embutidos, gerar
dados cartográficos sem necessidade de uma equipe.

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Imagem 2: Fotografia de um drone com câmera

Fonte:Techreviews, 2021.
1.1.5 Sensoriamento Remoto (SR): é a tecnologia capaz de obter imagens e outros
tipos de dados por meio do monitoramento da superfície terrestre. O geoprocessamento
passou por uma verdadeira transformação com a criação do Google Earth. A
combinação entre imagens de satélite, GPS e associação de coordenadas em uma
única plataforma, de acesso gratuito, possibilitou estudos topográficos de todas as
regiões do planeta com uma praticidade nunca antes imaginada.
Outro programa especializado em Sensoriamento Remoto – com processamento
de dados, imagens e análise espacial – é o Sistema de Processamento de Informações
Georreferenciadas (SPRING), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
1.1.6 Sistema de Informações Geográficas (SIG): de nada adianta o investimento em
todas as geotecnologias citadas acima sem o uso de ferramentas computacionais que
transformem as informações coletadas em dados relevantes para o objetivo final.
O uso de tecnologia no geoprocessamento é fundamental para a precisão dos
dados. O SIG é um tipo de geotecnologia que engloba metodologias, recursos humanos
(captando dados), GPS (coletam informações de geolocalização) e demais softwares
utilizados no processo de captação de informações. Todos esses recursos compõem o
SIG. No SIG ocorre a inserção dos dados e o cruzamento para realizar as análises sobre
determinada região.
Dessa forma, o SIG é sistema que integra todas as informações, das diferentes
geotecnologias, e cria um banco de dados geográficos com funções de armazenamento
e recuperação de informação espacial.

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1.2 Aplicações do geoprocessamento na construção civil

A utilização das geotecnologias na construção civil ocorre ao longo de todo o


processo de uma obra: estudos iniciais, anteprojeto, projeto, planejamento, execução e
procedimentos de manutenção. O uso desse tipo de tecnologia produz efeitos sensíveis
no aumento da qualidade e da produtividade, e consequente impacto na redução dos
custos.

Atualmente, as geotecnologias permitem realizar análises espaciais de perímetros


urbanos, possibilitando constatar dados físicos, demográficos, geográficos, topográficos
e de infraestrutura. Com essa riqueza de informações, o serviço pode ser aplicado na
construção civil de diversas maneiras.

São quatro tendências de serviços em que o SIG pode ser oferecido no mercado:

1.2.1 Cadastro de infraestrutura: O cadastro de infraestrutura é o registro de dados


referente à infraestrutura de determinada região. São informações como cabeamento,
iluminação, rede de água e esgoto sobre determinado lugar. Os dados sobre
determinada região são complementares e mais abrangentes que o cadastro predial.
Esses dados auxiliam tanto na gestão pública quanto nas construtoras, pois demonstram
quais são as características da infraestrutura de determinada região. Assim, se há
interesse em uma nova obra, já se sabe se haverá necessidade de promover alguma
obra de infraestrutura adicional.

1.2.2 Cadastro predial: para o registro de um imóvel, os órgãos públicos ficam


responsáveis por coletar dados geográficos das zonas urbanas, seja via mapas ou
descritivos memoriais. É importante lembrar que o valor do IPTU é calculado com base
nos dados informados, então o uso de SIGs garante maior precisão e segurança no
cadastro. As incorporadoras e os consumidores da região também ganham, na medida
em que a gestão da demanda passa a ser mais eficiente. Também se verifica que os
registros prediais são fundamentais para a gestão do zoneamento, pois oferecem dados

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sobre o uso territorial e instrumentalizam o planejamento municipal de acordo com a
legislação vigente.

1.2.3 Expansão de unidades habitacionais: Para que se possa projetar uma expansão
de unidades habitacionais, é necessário realizar uma análise de viabilidade com dados e
informações do serviço de geoprocessamento. Essas informações permitem realizar
uma estimativa populacional, por meio da contagem de residências; identificar áreas
clandestinas, visando uma proposta de regularização; identificar zonas de risco pluvial, a
partir da estimativa de áreas impermeabilizadas; e identificar vazios urbanos, para
realizar o incentivo de ampliação por meio de densidades construtivas. Nesse caso, os
benefícios do SIG são ainda mais evidentes, pois as informações auxiliam a realizar uma
expansão e obter a visão completa da localidade.

1.2.4 Planejamento urbano: o geoprocessamento também é extremamente útil na


tomada de decisão de gestores governamentais em relação à construção civil. Ao reunir
todos os dados geográficos relevantes em um só lugar (urbanização, características
ambientais, etc.), o Sistema de Informações Geográficas auxilia a ter uma visão ampla e
sustentável de crescimento da cidade, e pode ser usado como base para a criação do
Plano Diretor Urbano (PDU) do município.

Dessa forma, é possível observar que o geoprocessamento está cada vez mais presente
no cotidiano das pessoas. Em poucas décadas, as geotecnologias evoluíram muito – em
número e eficiência – e tornaram-se essenciais para o crescimento da construção civil
no País.

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2. DESENVOLVIMENTO

O planejamento urbano é responsável pela criação de ações e intervenções com


o intuito de melhorar a qualidade de vida da população de uma determinada cidade ou
região. Por isso, lida com os processos de produção do espaço urbano, metropolitano ou
regional. Nesse sentido, as decisões tomadas no processo de planejamento vão
depender diretamente das decisões políticas definidas nos âmbitos governamentais, que
serão refletidas na produção do espaço geográfico.

O processo de industrialização, direta ou indiretamente, foi o grande responsável


pela formação e desenvolvimento dos grandes centros urbanos, que atualmente
apresentam um crescimento rápido e muitas vezes desordenado. As metrópoles
mundiais são palco de problemas sociais e ambientais, e o espaço que as compõem é
fruto de relações complexas e profundas, baseadas em fatores variados, que não podem
ser entendidas por análises simplistas e superficiais. Assim, para intervir nas cidades e
regiões é necessário fazer uma leitura dos fatores que interferem nessa realidade. O
planejamento urbano e regional, enquanto processo de intervenção da realidade,
necessita de instrumentos eficazes na produção de informação, gerada através de
análises espaciais geográficas.

Para KOHLSDORF (1985), o Planejamento Urbano possui dois fatores cruciais no


modo de pensar e agir sobre a cidade. O primeiro é assumir a cidade como um processo
contínuo. O planejamento, dentro dessa concepção, é entendido como um
processo-subsídio a tomadas de decisões que têm a função de transformar a cidade de
acordo com objetivos pré-estabelecidos. O segundo é a entrada em cena de
contribuições vindas de outras disciplinas, tais como a sociologia, a geografia e a
economia. Assim o Planejamento Urbano assumiu característica multidisciplinar ao
longo do tempo.
É possível citar como problemas típicos de uma administração municipal e cuja
solução pode estar vinculada ao uso do geoprocessamento:

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1. Qual é o melhor lugar para construir um novo posto de saúde, dentre os
terrenos da Prefeitura, considerando a densidade demográfica, a renda
média e as áreas de abrangência dos postos existentes?
2. Quais são as áreas da cidade não atendidas eficientemente pelo sistema
de transporte coletivo considerando, por exemplo, a densidade
demográfica e a distância máxima até o ponto ou terminal mais próximo?
3. Qual a porcentagem de crianças, entre cinco e dez anos, que não estão
matriculados regularmente nas escolas dos municípios?
4. Quais são as áreas de risco ambiental da cidade e quais as ocupações
irregulares nestas áreas? Elas aumentaram, diminuíram, onde se
concentraram?

Foram citados exemplos da aplicação do geoprocessamento para obter


resultados em problemas de um município, pois os limites deste na administração de
uma cidade estão na imaginação do gestor e não na própria tecnologia.
Na área de planejamento urbano e meio ambiente poderiam ser melhoradas as
seguintes atividades: licenciamento e fiscalização de obras, controle urbano e ambiental,
mapeamento do uso atual do solo, cadastro de equipamentos públicos e do mobiliário
urbano, cadastro de bens próprios, estudos demográficos com dados censitários no
nível de bairro ou setoriais, elaboração do mapa ambiental da cidade.
Na área financeira podem ser aproveitadas atividades como: manutenção do
cadastro imobiliário, manutenção do cadastro mobiliário ou comercial, manutenção do
cadastro de logradouros, geração e atualização da planta genérica de valores.
Na área de saúde e saneamento algumas atividades também podem incorporar o
uso do geoprocessamento para um desenvolvimento melhor: vigilância sanitária,
controle epidemiológico, manutenção do cadastro de óbitos e nascimentos,
espacialização da inadimplência e da dívida ativa. O geoprocessamento pode ser
utilizado em diversas áreas como de infraestrutura e obras no município, habitação,
serviços urbanos, esporte e lazer, assistência social, entre outras.
A cidade é como um órgão vivo, que cresce e se modifica o tempo todo. Para
acompanhar esse movimento existe o Plano Diretor Urbano (PDU), que é um
instrumento básico da política de desenvolvimento urbano. O plano diretor é obrigatório

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para cidades com mais de 20 mil habitantes. Ele direciona para um crescimento
sustentável e saudável das cidades, respeitando suas restrições ambientais e demais
características. A aplicabilidade do SIG ocorre na captação e na análise de informações
urbanas para o planejamento. Por exemplo, com dados dos eixos de logradouros, é
possível determinar onde há pavimentação ou não.
O SIG reúne, em um só lugar, dados de zoneamento, mapas, urbanização e
características ambientais. Com esse conjunto de dados e informações, o gestor tem
conhecimento a respeito de determinada localidade e consegue planejar e decidir com
maior precisão.
Cada setor de uma prefeitura, auxiliado por técnicas de geoprocessamento,
consegue melhor planejar suas tarefas e também melhor atender aos usuários internos
e externos. Setores de cadastro têm facilidade em gerir os registros imobiliários e
também em passar as informações aos cidadãos através de mapas e memoriais
descritivos que podem ser rapidamente visualizados via SIG. O Imposto Territorial
Urbano (IPTU) pode ser corrigido de forma mais equilibrada. Serviços de distribuição de
água, luz e gás podem ter um melhor planejamento de manutenção e mais facilidade de
acesso em reparos. Cidadãos podem via mapas interativos na Internet verificar rotas
das linhas de ônibus, horários de coleta seletiva de lixo em determinados pontos da
cidade ou mesmo procurar uma escola ou posto de saúde mais próximo de sua casa.
Cavenaghi e Lima (2006) afirmam que para a construção do Plano Diretor é
fundamental conhecer a realidade de todo município, o que inclui a infra-estrutura da
cidade, o cadastro das áreas construídas, as redes de transporte, água e esgoto, os
serviços públicos, os pontos turísticos, as áreas de preservação, dentre outras variáveis
consideradas na gestão de uma Prefeitura. Em artigo publicado na versão online da
revista InfoGeo, trazem exemplos de como uso de SIG e de imagens de satélite vai além
de gerar os subsídios para a formação do Plano Diretor, auxiliar vários departamentos
da Prefeitura a planejar suas ações e ainda disponibilizar estas informações via Internet,
o que melhora e agiliza o atendimento ao cidadão.

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Figura 03: Uso de SIG na administração municipal (Cavenaghi e Lima, 2006)

No mesmo artigo citam ainda como as tecnologias de Geoprocessamento são


utilizadas desde 1994 pelo Condepe/Fidem (Agência Estadual de Planejamento e
Pesquisas de Pernambuco), devido ao cumprimento do projeto Segurança das Cidades
promovido pelo Ministério das Cidades. Imagens de satélite foram usadas para atualizar
a base cartográfica da região, controlar os loteamentos e cadastrar as áreas
comprometidas.
Sobre a obtenção de informações pertinentes ao PDU, a Arquiteta Maria de
Lourdes N. O. Kurkdjian e a Geógrafa Madalena N. Pereira, em artigo publicado na
revista InfoGeo Edição Especial Cidades, afirmam:
As possibilidades de aplicações referem-se ao mapeamento do uso do solo
urbano em classes detalhadas; à estimativa populacional por bairro, através da
contagem de unidades residenciais; identificação, mapeamento, análise de loteamentos
clandestinos e a elaboração de propostas preliminares de regularização urbanística
desses loteamentos; mapeamento da segregação residencial; estimativa de áreas
impermeabilizadas; mapeamento dos vazios urbanos; discriminação de densidades
construtivas, entre outras. Deste modo, o grande conjunto de informações exigidas para
o plano diretor, que permite identificar as zonas onde se pretenda incentivar, coibir ou
qualificar a ocupação, zonas onde se pretenda induzir ou restringir determinados usos
do solo, regiões que se queira povoar ou repovoar, regiões com vazios urbanos que se
queiram ocupar, áreas de interesse ambiental ou paisagístico, áreas que deverão ser
submetidas à regularização fundiária e urbanística, áreas em que excepcionalmente a

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população residente será removida, tem nas imagens orbitais atualmente disponíveis
uma fonte de dados imprescindível.
A possibilidade de acesso aos dados geográficos pela população consolida o
Geoprocessamento enquanto instrumento útil ao processo de argumentação coletiva
que caracteriza o planejamento participativo. A visualização mais incisiva da realidade
sócio-espacial de cada região permite a identificação dos anseios imediatos da
população, o que facilita o diálogo entre os diferentes atores urbanos (KURKDJIAN e
PEREIRA, 2006).
Os problemas atuais e os acontecimentos futuros da cidade não podem ser
resolvidos apenas pelas tradicionais propostas urbanísticas. Para viabilizar operações
reestruturadoras do tecido físico, econômico e social de uma aglomeração urbana é
necessária uma política mais ampla com objetivos estratégicos intersetoriais. É
essencial um planejamento que vise orientar e articular as ações setoriais, com um
programa global definido.
Para Guell (1997), isso é possível através da aplicação do planejamento
estratégico nas cidades. Outra característica marcante do planejamento estratégico é a
flexibilidade de decisão. Os planos urbanísticos convencionais, geralmente, são
formulados para atender às exigências legais relacionadas com o uso do solo e com a
gestão do crescimento. Como consequência, os planos urbanísticos apresentam uma
rigidez que se choca com o processo político e que requer flexibilidade para abordar
problemas muito complexos com alto grau de incerteza. Pelo contrário, os planos
estratégicos podem prover uma ponte entre exigências legais relativamente rígidas e as
decisões políticas que demandam maior flexibilidade.

Reportando-se ao documento resultante da Rio-92, a Agenda 21, o planejamento


estratégico exige que cada município estabeleça o meio ambiente como a variável
principal à adoção de princípios sustentáveis nas políticas setoriais e no processo de
tomada de decisões.

No Brasil, essa nova forma de pensar encontra resistência à aplicação prática nas
administrações municipais. Isso ocorre, em grande medida, pela resistência das
estruturas tradicionais e pela reprodução de planos superados, geralmente, concebidos
para outras realidades. A modernização da administração pública é um elemento-chave

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para a organização racional do território urbano e das suas funcionalidades, já que a
organização e a sistemática das funções urbanas dependem, em grande proporção, do
aparato administrativo que a sustenta. Isso implica não mais reproduzir os modelos
vigentes de administração municipal, mas considerar a participação da comunidade nos
processos decisórios e renovar a estrutura das organizações públicas com as técnicas
atuais.

3. CONCLUSÃO

Praticamente todas as áreas de administração municipal podem encontrar no


geoprocessamento um importante aliado nas etapas de levantamento de dados,
diagnóstico do problema, tomada de decisão, planejamento, projeto, execução de ações
e medição dos resultados. De um modo geral, o fato de conhecermos onde os
problemas ocorrem e poder visualizá-los espacialmente facilita sobremaneira seu
entendimento e nos mostra as possíveis soluções, senão a única.
O estágio atual das geotecnologias permite fazer uma análise espacial que
combine o mapeamento dos problemas urbanos com informações físicas, demográficas,
geográficas, topográficas ou de infraestrutura. Esta análise levará, sem dúvidas, a adotar
uma solução mais racional que a sugerida pela análise, e em menor tempo.
Os resultados práticos da aplicação do geoprocessamento com dados do próprio
município, associados a uma base digital pré-existente, mesmo que imprecisa ou
desatualizada, são fortes argumentos para convencer o bom administrador a priorizar a
implantação do geoprocessamento em sua gestão, pois este, em conjunto com a
internet, permite disponibilizar para o cidadão comum informações atuais e facilmente
interpretadas pelo fato de serem geograficamente localizadas.
As pessoas começam então a perceber que se faz necessário o uso de um novo
enfoque, ou seja, uma visão que seja geral, que englobe e que se relacione com o
mundo como um todo. Atualmente no Brasil, qualquer organização pública ou privada
pode utilizar geoprocessamento, sem a necessidade de grandes investimentos
financeiros, sendo assim cabe ao engenheiro – seja ele ambiental, agrônomo ou civil –

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incentivar o uso da ciência do geoprocessamento para fins benéficos a todos em nossa
sociedade.

REFERÊNCIAS
● Blog, Ciser. DIsponivel em:
<https://blog.ciser.com.br/construcao-civil/geoprocessamento-e-sua-importancia-n
a-construcao-civil/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20geoprocessamento%3F,de
%20poder%20associar%20suas%20coordenadas.> Acesso em: 16 de abril de
2022.
● Constru360. Disponivel em:
<https://constru360.com.br/tendencias-do-geoprocessamento-na-construcao-civil/
> Acesso em: 16 de abril de 2022
● Teodoro, Paulo Eduardo. Geoprocessamento e sua importância na engenharia.
Disponivel em:
<http://www.brasilengenharia.com/portal/palavra-do-leitor/1291-geoprocessament
o-e-sua-importancia-na-engenharia> Acesso em: 17 de abril de 2022
● branco, A.; SPERANDIO, F. I. Mapeamento Digital da Cidade de São Paulo: O
Início de uma Nova Era. Revista INFOGEO, Curitiba-PR, Edição Especial:
Cidades, novembro 2006.
● BRASIL. Estatuto da Cidade. Lei Nº 10.257, de 10 de julho de 2001. Disponível
em:
<http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/programas-urbanos/legislacao/L
ei10.257-01.pdf> Acesso em: 17 de abril de 2022
● Mundo Geo. Geoprocessamento no Planejamento Urbano. Disponível em:
<https://mundogeo.com/2010/12/15/geoprocessamento-no-planejamento-urbano/
> Acesso em: 17 de abril de 2022.
● Scielo. Abordagem sobre as técnicas de geoprocessamento aplicadas ao
planejamento e gestão urbana. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/cebape/a/H8ZTznyTJtmQk4KxdC9TV3g/?lang=pt>
Acesso em: 18 de abril de 2022

14
● Artigo disponível da XII SEMOC da UCSal - O GEOPROCESSAMENTO E O
PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL Silvana Sá de Carvalho 1
Barbara-Christine Nentwig Silva 2

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