UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS

DISCIPLINA: GEOPROCESSAMENTO

Introdução ao Geoprocessamento

Profª.: Daniela Leite

Mossoró – RN / 2023.2
Introdução
• Importância da coleta de informações sobre às
atividades das sociedades organizadas:
• Recursos minerais, propriedades, distribuição de
animais e plantas, entre outras.

• Necessidade de uma ferramenta de análise que

combinasse diversos mapas e dados.

• Desenvolvimento da tecnologia da informática:

• Surgimento do GEOPROCESSAMENTO /
GEORREFERENCIAMENTO.
Introdução
• Observa-se que os mapas e cartas estão
presentes em praticamente todas as atividades
realizadas pelo ser humano, tendo em vista que é
uma das primeiras ferramentas utilizadas para
localização e planejamento no espaço físico
terrestre.
• Deslocamento de um ponto ao outro na
superfície terrestre e conhecer o mundo onde
habita.
Geoprocessamento
• Conceito:
• Conjunto de técnicas (geotecnologias)
empregadas na coleta, armazenamento,
processamento, análise e representação das
informações espaciais, assim como o
desenvolvimento de novos sistemas e
aplicações, com diferentes níveis de
sofisticação.

• Disponibilidade de ferramentas, recursos e dados para que

analistas possam determinar a evolução e variação
temporal e espacial de um determinado fenômeno
geográfico e sua inter-relação com outros.
Geoprocessamento
• Conceito:
• Disciplinado conhecimento que utiliza
técnicas matemáticas e computacionais para
o tratamento da informação geográfica.

• Influencia de maneira crescente as áreas de

Cartografia, Análise de Recursos Naturais,
Transportes, Comunicações, Energia e
Planejamento Urbano e Regional.
Geoprocessamento
• Composição da tecnologia:
Geoprocessamento
• Aplicações:
• O Geoprocessamento dispõe de valiosas
ferramentas para aplicações em praticamente
todas as áreas que ligam com recursos
geograficamente distribuídos.

• Sempre que a posição tiver importância na

atividade, as ferramentas de
geoprocessamento podem ajudar:
- Interdisciplinaridade.
Geoprocessamento
• Interdisciplinaridade:
• Sendo uma tecnologia interdisciplinar, qualquer
especialista pode se valer dela em benefício
de seu trabalho ou pesquisa.

• É necessário apenas que os conceitos das

disciplinas envolvidas sejam transformados em
representações computacionais adequadas para
a área de estudo em questão.
 Geoprocessamento
• Interdisciplinaridade:
• Utilizando instrumentos como:
• imagens de satélite,
• fotografias aéreas,
• mapas,
• banco de dados espaciais, e,
• aplicativos específicos...

• ...ogeoprocessamento possibilita a geração de

análises e informações necessárias para a tomada de
decisão rápida e eficaz, constituindo-se, portanto em
um instrumento no planejamento de ações em
diversas áreas de atuação.
Geoprocessamento
• Interdisciplinaridade:
• Na análise ambiental, o geoprocessamento é
uma das ferramentas mais utilizadas para
monitoramento:

Exemplos: cobertura vegetal;

uso das terras;
níveis de erosão do solo;
poluição da água, do solo e do ar;
disposição irregular de resíduos;
entre outros.
Geoprocessamento
• Justificativa para o surgimento e uso:
• A coleta de informações sobre a distribuição
geográfica de recursos minerais, propriedades,
animais e plantas sempre foi uma parte
importante das atividades das sociedades
organizadas.
Geoprocessamento
• Justificativa para o surgimento e uso:
• Até recentemente, no entanto, isto era feito
apenas em documentos e mapas em papel.

• Isto impedia um análise que combinasse

diversos mapas e dados, agregando ferramentas
dinâmicas que refletem as alterações do
ambiente ao longo do tempo.
Geoprocessamento
• Justificativa para o surgimento e uso:
• As geotecnologias são usadas para reduzir
custos advindos da aquisição de informações em
meio urbano e rural, atendendo vários temas,
tais como:
• Organização de cadastro de propriedades;
• Organização de serviços públicos;
• Mapeamento de áreas de usos público e privado;
• Otimização de recursos e atividades
governamentais.
Geoprocessamento
• Justificativa para o surgimento e uso:

“Num país de dimensão continental

como o Brasil, com uma grande
carência de informações adequadas
para a tomada de decisões sobre os
problemas urbanos, rurais e
ambientais, o Geoprocessamento
apresenta um enorme potencial,
principalmente se baseado em
tecnologias de custo relativamente
baixo, em que o conhecimento seja
adquirido localmente.”
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• As primeiras tentativas de automatizar parte do
processamento de dados com características
espaciais aconteceram na Inglaterra e nos
Estados Unidos, nos anos 50:

• Objetivoprincipal de reduzir os custos de

produção e manutenção de mapas.

• Problema em relação a precariedade da

informática.
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• Ao longo dos anos 70 foram desenvolvidos
novos e mais acessíveis recursos de hardware,
tornando viável o desenvolvimento de sistemas
comerciais.

• A década de 80 representa o momento quando a

tecnologia de sistemas de informação geográfica
inicia um período de acelerado crescimento que
dura até os dias de hoje.
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• Nos EUA, a criação dos centros de pesquisa que
formam o NCGIA – National Centre for
Geographical Information and Analysis (NCGIA,
1989) marca o estabelecimento do
Geoprocessamento como disciplina científica
independente.
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• No Brasil a evolução desta tecnologia ocorreu
na década de 80, com:
• Criação do Laboratório de Geoprocessamento da
UFRJ, no início dos anos 80.

• Criação do Sistema da Maxi DATA na metade dos

anos 80, que gerou a aplicação do Maxi CAD em
geotecnologias.
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• Em 1984, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais) estabeleceu um grupo específico para o
desenvolvimento de tecnologia de
geoprocessamento e sensoriamento remoto.

• De 1984 a 1990, a Divisão de Processamento de

Imagens (DPI) desenvolveu o SITIM (Sistema de
Tratamento de Imagens) e o SIG (Sistema de
Informações Geográficas), para ambiente PC/DOS,
e, a partir de 1991, o SPRING (Sistema para
Processamento de Informações Geográficas), para
ambientes UNIX e MS/Windows.
Geoprocessamento
• Evolução (histórico):
• O Geoprocessamento evoluiu juntamente com
outras ferramentas para análise de dados
espaciais, tais como Sensoriamento Remoto,
desenvolvimento de ferramentas Sistemas de
Informações Geográficas (SIG’s) e Sistemas de
Navegação Global por Satélite (GPS’s).
Geoprocessamento
• Introdução à Geointeligência:
• A Geointeligência é uma disciplina do sistema de
inteligência que tem como principal área de
atuação a responsabilidade da função de
inteligência, envolvendo ferramentas como
Geoinformação, Sistemas de Aeronaves
Remotamente Pilotadas (SARP), tecnologia
digital e Sistemas de Informações Geográficas
(SIG), dentre outros.
Geoprocessamento
• Introdução à Geoinformação:
• A Geoinformação significa, antes de mais nada,
utilizar computadores (meio digital) como
instrumentos de representação de dados
espacialmente referenciados.
• Deste modo, o problema fundamental da
Ciência da Geoinformação é o estudo e a
implementação de diferentes formas de
representação computacional do espaço
geográfico.
Geoprocessamento
• Técnicas de Geoprocessamento (Geotecnologias):
• Topografia convencional:
• Teodolitos convencionais e eletrônicos, distanciômetros
eletrônicos e estações totais.
• Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s):
• Manuseio de dados georreferenciados: entrada –
gerenciamento – manipulação e análise – saída.
• Sensoriamento Remoto:
• Obtenção de informações dos objetos que compõem a
superfície terrestre, por meio de sensores, sem a
necessidade de contato direto com os alvos em estudo.
• Sistema de Posicionamento Global (GPS).
• Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA’s / Drones).
Sistemas de Informações Geográficas
• Conceito:
• Segundo Rocha (2000), o SIG é um sistema com
capacidade de aquisição, armazenamento,
tratamento, integração, processamento,
transformação, recuperação, modelagem,
atualização, análise e exibição de informação
digitais georeferenciadas, associadas ou não a
um banco de dados alfanuméricos.
Sistemas de Informações Geográficas
• Conceito:
• As aplicações e usos do SIG dependem da
existência de um sistema eficiente e lógico que
possa transformar e associar elementos
cartográficos a banco de dados.

• Um sistema de suporte à decisão que integra

dados referenciados espacialmente em um
ambiente de problemas e respostas.
Sistemas de Informações Geográficas
• Conceito:
• O SIG é uma base de dados digitais de propósito
especial no qual um sistema de coordenadas
espaciais comum é o meio primário de referência.
Um SIG requer recursos de:
• Entrada dos dados a partir de mapas, fotografias
aéreas, imagens de satélites, levantamentos de
campo, e outras fontes;
• Armazenamento, recuperação e busca de dados;
• Transformação de dados, análise e modelagem,
incluindo estatística espacial;
• Comunicação dos dados, através de mapas, relatórios
e planos.
Sistemas de Informações Geográficas
• Conceito:
• As representações geométricas podem ser
construídas em função de três unidades básicas:
• Pontos, que podem se conectar formando linhas;
• Linhas, que podem se conectar formando polígonos.

• De modo geral, pode-se definir formalmente um

sistema de informação como sendo uma combinação
de recursos humanos (Peopleware) e técnicos
(Hardware/Software), em concordância com uma série
de procedimentos organizacionais que proporcionam
informações com finalidade de apoiar as gestões
diretivas.
Sistemas de Informações Geográficas
• Conceito:
• Neste contexto, o ente central de um sistema de
informações georeferenciados é um banco de
dados, que abrange os dados espaciais
(coordenadas, feições do terreno e etc.) com
atributos, ou seja, informações ligadas a
categorias (renda, grau de escolaridade,
população, etc.).
Sistemas de Informações Geográficas
Sistemas de Informações Geográficas
• Arquivos mais utilizados em SIG:
• Existem duas abordagens clássicas para lidar
com as representações geométricas digitais:
• VETOR – baseado em pontos, linhas e áreas
(polígonos);

• RASTER OU MATRICIAL – baseada em célula ou

formato regular, tipo imagem e grades.
Sistemas de Informações Geográficas
• Tipos de representações gráficas em SIG:
Sistemas de Informações Geográficas
• Tipos de representações gráficas em SIG:
Sistemas de Informações Geográficas
• Usos dos SIG’s:
• A aplicabilidade do SIG consiste em cruzar
informações de diferentes temas, assim como
promover a análise espacial, levando-se em
conta a proximidade e a conexão de um dado
com o outro.

• Suas aplicações podem variar de acordo com

a escala e com o nível de trabalho.
Sistemas de Informações Geográficas
• Usos dos SIG’s:
• Atualizações Florestais;
• Monitoramento ambiental;
• Monitoramento e Controle de Pragas e Doenças;
• Simulação de Plantio e Colheita;
• Gestão de redes de distribuição de energia
elétrica;
• Administração Municipal e Planejamento
Urbano;
• Localização e Administração de Recursos
naturais;
Sistemas de Informações Geográficas
• Usos dos SIG’s:
• Monitoramento de Bacias Hidrográficas;
• Gestão de Redes de Distribuição de água e
Coleta de Esgotos;
• Avaliação de Impacto Ambiental em diferentes
áreas;
• Planejamento Turístico;
• Entre outros.
Sistemas de Informações Geográficas
• Usos dos SIG’s:
• Portanto, o SIG representa uma importante
ferramenta para o planejamento, pois ele
trabalha com uma complexa gama de
informações, além de construir cenários futuros,
prevendo os impactos das intervenções nos
cenários estudados, servindo também como
importante instrumento para a tomada de
decisão.
Sensoriamento Remoto
• Introdução:
• O Sensoriamento Remoto é um dos ramos mais
antigos que compõe as geotecnologias, ou
geoprocessamento.

• Em alguns casos, autores confundiam no

passado o sensoriamento remoto com o próprio
geoprocessamento.
Sensoriamento Remoto
• Introdução:
• Sensoriamento remoto pode ser aplicado sobre
o uso de imagens, sejam elas digitais ou
digitalizadas.

• Essas imagens podem ser de origem sub-orbital

ou orbital, ou seja, equipamentos que ficam
orbitando o planeta.
Sensoriamento Remoto
• Introdução:
•O sensoriamento remoto faz uso de
conhecimentos baseados nas relações
físicas, para explicar as variações no ambiente,
bem como no uso e aplicação dos equipamentos
para a coleta de dados naturais.
• Atualmente existe uma relação muito próxima do
Sensoriamento Remoto (SR) com o Processamento
Digital de Imagens (PDI), essa ligação é fundamental
para o uso correto dos computadores no processo de
interpretação e extração dos dados das imagens
orbitais ou sub-orbitais.
Sensoriamento Remoto
• Introdução:
• Neste contexto, existe uma gama de programas
computacionais que são usados para o
manuseio e aplicação em sensoriamento
remoto.

• Porém, existe uma tendência de unificar

ferramentas de SIG com ferramentas ligadas a
atividades de sensoriamento remoto, criando
assim programas e plataformas mais completas
no que se refere a geotecnologias.
Sistema de Posicionamento Global - GPS
• Os principais objetivos do GPS são:
a) auxílio à radio navegação em três dimensões com
elevada precisão nos cálculos de posição, mesmo com
usuários sujeitos a altas dinâmicas;

b) navegação em tempo real;

c) alta imunidade a interferências – atenuação mínima;

d) cobertura global, 24 horas por dia – transmissões

contínuas;
e) rápida obtenção das informações transmitidas pelos
satélites.
Integração dos Dados
•A integração de dados para o
Geoprocessamento consiste na capacidade do
sistema em adquirir informações de várias
fontes, tais como GPS, imagens de satélite ou
aéreas, modelos de elevação do terreno, mapas
convencionais, relatórios e dados tabelados e
mais uma infinidade de procedimentos de
entrada de informações de muitas fontes
distintas.
Integração dos Dados

• A integração de dados de diferentes fontes,

gerados pelos mais diversos procedimentos,
com o objetivo de compor a base de dados de
um certo projeto, traz consigo algumas
preocupações constantes dos usuários de SIG.

• A integração de dados num SIG também revela

procedimentos que dependem da existência de
uma série de funcionalidades que devem estar
presentes num SIG.
Integração dos Dados

• O melhor procedimento por parte do usuário

é analisar seus dados antes de colocá-los no
universo digital.

• Num exemplo que integra um mapa de solos com

um de vegetação numa área de estudo no litoral, a
linha de costa está representada nos dois mapas.
• O usuário deve escolher a melhor representação (mais
recente, mais exata) e digitalizar a linha de costa que
está presente somente em um dos mapas, copiando-a
para o plano de informação do outro mapa.
Ferramentas ou Programas
• Principais ferramentas/programas no mercado:
• Existe uma quantidade de ferramentas
considerável no mercado.
• Vão desde ferramentas caras e de uso restrito, a
ferramentas gratuitas e “adaptáveis” às
necessidades do usuário.

• Algumas dessas ferramentas são

especializadas em manejar imagens, e outras
em criar e gerenciar bancos de dados
espaciais.
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas
Ferramentas ou Programas

Ortomosaico do Expocenter –
UFERSA.

Prédios do Centro de Engenharias – UFERSA.

MDS do
Centro de Engenharias –
UFERSA.
Ferramentas ou Programas

Prédios do Centro de Engenharias – UFERSA.

Dúvidas?!
 “NINGUÉM É TÃO SÁBIO QUE NADA TENHA PARA
APRENDER, NEM TÃO TOLO QUE NADA TENHA PARA
ENSINAR.” (BLAISE PASCAL)

Daniela da Costa Leite Coelho

danielacleite@yahoo.com.br / daniela.coelho@ufersa.edu.br