Você está na página 1de 7

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

CENTRO DE ENGENHARIAS
DEPTO. DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PLANO DE ATIVIDADE DE ESTÁGIO/TCC

Nome do(a) aluno(a):


Hanlleth Agamenon Pessoa da Silva

Nome do(a) Orientador(a):


Rogerio Taygra Vasconcelos Fernandes

Nome do(a) Coorientador(a):


Vinícius Navarro Varela

Avaliação dos Modelos Digitais de Elevação Para o Mapeamento de Micro Bacias


Hidrográficas

_________________________________
Assinatura do(a) Aluno(a)

_________________________________
Assinatura do Docente (Orientador)

_________________________________
Assinatura do Docente (Coorientador)

APROVADO PELO COLEGIADO DO CURSO EM: / /_____

_________________________________
Assinatura do Coordenador de Curso

MOSSORÓ – RN
2023
RESUMO

A utilização de Modelos Digitais de Elevação (MDE) aliados a técnicas de


geoprocessamento são ferramentas de grande importância na modelagem hidrológica, no
entanto estes produtos possuem erros e imprecisões. O objetivo da pesquisa será a
avaliação da caracterização de microbacia hidrográfica gerada a partir de um MDE
disponibilizado de forma gratuita, comparando com um MDE gerado a partir de uma
Aeronave Remotamente Pilotada (ARP). A metodologia abordada no trabalho será uma
revisão bibliográfica para fornecer o embasamento necessário sobre o assunto, além de
realizar levantamentos de campo com utilização de ARP e, posteriormente, empregar
software com Sistema de Informação Geográfica (SIG) para coletar e analisar os dados
espaciais obtidos. Com isso, se obterá os MDE de forma gratuita para classificar a
acurácia da delimitação da microbacia em comparação com o um outro modelo gerado
por ARP.

1. JUSTIFICATIVA
A Política Nacional de Recursos Hídricos, instituída pela Lei nº 9.433, de 8 de janeiro
de 1997, incorpora princípios e normas para a gestão de recursos hídricos adotando a
definição de bacias hidrográficas como unidade de estudo, planejamento e gestão
territorial. (NASCIMENTO; VILLAÇA, 2008).
As informações hidrológicas são de grande importância para o planejamento e gestão
de recursos hídricos, bem como são necessários para a execução de diversas obras da
engenharia civil, por esse motivo se faz necessário obter-se dados confiáveis para se fazer
os estudos, avaliações, execuções e gerencia de tanto dos recursos hídricos como das
obras que os envolve. (ZANETTI, 2022).
Devido aos grandes avanços tecnológicos e a atual realidade cientifica, em que cada
vez mais se busca uma análise interdisciplinar juntamente com a utilização de ferramentas
tecnológicas (ARAUJÓ; BANDEIRA, 2019). Atualmente é possível se conseguir dados
hidrológicos de maneira bem mais rápida, mais precisas e com menor custo, isso graças
ao desenvolvimento e avanços das geotecnologias como por exemplo os Sistemas de
Informações Geográficas (SIG). (RIBEIRO; FERREIRA, 2014).
Uma maneira conseguir esse tipo informações que são cruciais para a delimitação de
uma bacia hidrográfica é a partir dos Modelo Digital de Elevação (MDE) obtidos pelo
sensoriamento remoto, que segundo Guth et al. (2021) trata-se de um modelo matemático
que representa os elementos da superfície terrestre, levando em consideração as três
dimensões (X, Y e Z).
Já são disponíveis de forma gratuita vários MDE’s que podem ser atualizados como
uma ferramenta de estudo prévio para os projetos ligados a hidrologia. Esses MDE’s
foram obtidos através de sensoriamento remoto por satélites em diferentes missões e
vários tratamentos de dados. (GUTH, et al. 2021).
Como exemplos desses modelos temos o SRTM, ALOS World 3D, Copernicus
Global DSM, NASADEM Global DEM, EU DTM, GEDI L3, ASTER GDEM, TanDEM-
X DEM, MERIT. Entretanto, é percebido a falta de consenso entre os pesquisadores com
relação a qual o melhor MDE para aplicações hidrológicas.
2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL


Avaliar a caracterização de microbacia hidrográfica gerada a partir dos MDE
disponíveis de forma gratuita, utilizando como parâmetro de comparação a
caracterização da mesma bacia a partir de um MDE gerado por ARP.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Elencar qual MDE possui melhor acurácia na delimitação e caracterização de uma
bacia hidrográfica.
• Comparar os MDE disponibilizados de forma gratuita com o MDE gerado por
ARP.
• Propor diretrizes e recomendações a serem implementadas no momento de
escolha do MDE a ser escolhido, bem como aos parâmetros a serem utilizado para
a análise do mesmo.
3. METODOLOGIA

Para atingir o objetivo desse trabalho, serão adotadas diversas etapas


metodológicas. Inicialmente, será realizado uma revisão bibliográfica para obter o
embasamento teórico necessário para um bom desenvolvimento do presente trabalho.
Com base na teoria absorvida anteriormente, será escolhida a região de estudo e
efetuado um levantamento aerofotogramétrico utilizando uma Aeronave Remotamente
Pilotada (ARP), a fim de gerar um Modelo Digital de Elevação com uma precisão
centimétrica.

Após o levantamento de campo serão empregados softwares de Sistemas de


Informação Geográfica (SIG) para compilar e analisar os dados espaciais obtidos. Além
disso, será realizado a coleta dos dados dos MDE gratuitos, para a análise da delimitação
e comparação das bacias hidrográficas. Essa abordagem permitirá estudar e interpretar os
resultados gerados, possibilitando a classificação dos MDE quanto à sua acurácia na
delimitação de bacia hidrográficas.
4. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

MESES/ANO
ATIVIDADES
Dez/2023 Jan/2024 Fev/2024 Mar/2024 Abr/2024
Revisão da literatura X X
Escrita do projeto de TCC X
Reuniões de orientações X X X X X
Levantamento X
Processamento de Dados X X
Escrita do TCC X X X X
Defesa X
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos


Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos,
regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei
nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de
1989. Brasília, DF: Presidência da República, 1997.

DA ROCHA ARAÚJO, Ícaro; BANDEIRA, Túlio Viana. USO DOS SIGS COMO
FERRAMENTA PARA A DELIMITAÇÃO DOS SISTEMAS E SUBSISTEMAS
AMBIENTAIS DA FOZ DO RIO CEARÁ. Cadernos de Ensino, Ciências & Tecnologia,
v. 1, n. 2, p. 204-220, 2019.

GUTH, Peter L. et al. Digital elevation models: terminology and definitions. Remote
Sensing, v. 13, n. 18, p. 3581, 2021.

NASCIMENTO, WM do; VILLAÇA, Maria Garcia. Bacias hidrográficas: planejamento e


gerenciamento. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros-Seção Três
Lagoas, v. 1, n. 07, p. 102-120, 2008.

RIBEIRO, Hugo José; FERREIRA, Nilson Clementino. Análise comparativa de redes


hidrológicas geradas a partir de superfícies hidrologicamente consistentes. Boletim de
Ciências Geodésicas, v. 20, p. 784-805, 2014.

ZANETTI, Sidney Sara. UMA AVALIAÇÃO DE MODELOS DIGITAIS DE ELEVAÇÃO


PARA ANÁLISE ESPACIAL DE BACIAS HIDROGRÁFICAS: Avaliação Modelo
Digital de Terreno. Cadernos de Geociências, v. 15, 2022

Você também pode gostar