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SIG E GEOPROCESSAMENTO

Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota o conjunto de


tecnologias
de coleta, tratamento e desenvolvimento de informações
espaciais.
Dentre estas tecnologias, o SIG (Sistema de Informações
Geográficas) é o
conjunto de instrumentos computacionais que processam dados
de natureza
espacial (exemplos: os CEPs, os números de telefone, os bairros,
os municípios,
banco de dados, mapas, etc.), permitindo a realização de análises
complexas ao
integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados
georreferenciados.
Torna possível, ainda, automatizar a produção de documentos
cartográficos. Em
resumo, os SIGs são sistemas voltados à aquisição, análise,
armazenamento,
manipulação e apresentação de informações espaciais.

SAGA

SAGA/UFRJ é um sistema geográfico de informação (SGI), desenvolvido pelo


LAGEOP,visando aplicações ambientais em equipamentos de baixo custo. SAGA/UFRJ é
um sistema geográfico de informação (SGI), desenvolvido pelo LAGEOP,visando
aplicações ambientais em equipamentos de baixo custo. O módulo de ANÁLISE
AMBIENTAL visa satisfazer uma necessidade atual, principalmente daqueles que lidam
rotineiramente com a área ambiental, qual seja: a possibilidade de analisar dados
georreferenciados e convencionais, fornecendo como resultados mapas e relatórios que irão
apoiar o processo de tomada de decisão.

3.2.1. O Projeto SAGA/UFRJ


O Sistema de Análise Geo-Ambiental - SAGA/UFRJ foi implantado
em 1983
no Departamento de Geografia da UFRJ, pelo Prof. Dr. Jorge Xavier
da Silva,
coordenador do então Grupo de Pesquisas em Geoprocessamento
(GPG). Foi
desenvolvido como um sistema para aplicações ambientais de
fácil implantação e
utilização em equipamentos de baixo custo, o que se tornou
possível,
principalmente, graças ao crescimento da popularidade e uso de
microcomputadores
do tipo IBM-PC.
Estimativas de riscos de desmoronamentos e de enchentes,
potenciais
turístico e de urbanização, levantamento e diagnóstico de
remanescentes da Mata
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Atlântica no Espírito Santo, para fins de preservação, e a análise
da qualidade de
vida em favelas, constituem uma pequena amostra das pesquisas
realizadas pela
comunidade de usuários, através da utilização do Sistema de
Análise Geo-Ambiental
– SAGA/UFRJ.
Sua primeira versão foi criada na década de 80, apresentando
mapas com, no
máximo, 16 cores. Nesta época o geoprocessamento era bastante
limitado pela
barreira tecnológica.
Seguindo a evolução da informática, o Vista Saga também foi
evoluindo com
novas versões mais sofisticadas, trabalhando com mais cores e
maior rapidez no
processamento das análises. Hoje, o Vista Saga trabalha com
cores de 32 bits,
viabilizando até a visualização em três dimensões de áreas de
estudos.
Além disso, é importante ressaltar que o VISTA/SAGA já apoiou
mais de uma
centena de teses de mestrado e doutorado. É um projeto 100%
nacional,
desenvolvido em meio acadêmico e, sem fins lucrativos. Pode ser
obtido
gratuitamente através do site www.lageop.ufrj.br (MARINO, 2005).
Constituem seus principais módulos de processamento:
MONITORIA - Proporciona o acompanhamento de alterações
ambientais
significativas de diversas naturezas, permitindo a identificação de
agentes
modificadores do ambiente, apoiando a previsão de modificações
futuras e
possibilitando a proposição de eventuais soluções para os
problemas
ambientais – ESTUDO TEMPORAL DA ÁREA. Ex.: “O que era Mata Nativa
em Cabo Frio em 1978 e, hoje são áreas urbanas, e/ou favelas? O que
continuou a ser...?”
ASSINATURA - Permite identificar a ocorrência conjunta de
variáveis, através
de planimetrias dirigidas – ESTUDO TERRITORIAL DA ÁREA.
AVALIAÇÃO – Utilizado para realizar estimativas sobre
possíveis ocorrências
de fenômenos, de diversas naturezas, segundo diversas
intensidades,
definindo-se a extensão territorial destas estimativas e suas
relações de
proximidade e conexão. Este módulo gera um mapa do território
analisado,
classificando cada local com notas de 0 a 10. Ex.: Risco de
propagação de
doenças, Potencial turístico, Risco de Enchente, Transitabilidade,
etc..
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3.2.2. A Escolha do SAGA/UFRJ
Como o próprio nome já diz, SAGA – Sistema de Análise Geo-
Ambiental,
trata-se de uma ferramenta específica para o processamento das
avaliações
ambientais. Outro fator essencial é a possibilidade de acesso ao
código fonte do
programa, viabilizando a criação das rotinas complementares,
necessárias ao
prosseguimento do trabalho e, conseqüentemente, enriquecimento
do poder
operacional do aplicativo. As rotinas criadas ao longo do projeto
estão delineadas
no item 3.5 – “Desenvolvimento de Rotinas para o VISTA/SAGA”.
Contudo, nada impede que os mesmos procedimentos sejam
aplicados em
qualquer outro software que disponha de recursos que viabilizem a
aplicação
metodológica proposta. O cerne deste trabalho constitui-se na
apresentação da
metodologia para tomadas de decisão no âmbito de riscos sócio-
ambientais de
áreas urbanas. O VISTA/SAGA foi apenas escolhido como
ferramenta de aplicação
em função de sua praticidade e profundo conhecimento na
utilização do aplicativo se
alcançar a finalidade proposta.

Vista Saga 2006


O módulo de ANÁLISE AMBIENTAL possui três funções básicas: assinatura, monitoria, e
avaliação ambiental. A assinatura é usada para definir as características e a planimetria de
área(s) delimitada(s) pelo usuário.
A monitoria é o acompanhamento da evolução de características e fenômenos ambientais
através da comparação de mapeamentos sucessivos no tempo. Este processo permite definir
e calcular as áreas alteradas e o destino dadas a elas. A avaliação é o processo de
superposição de mapas, através de um esquema de pesos e notas, para a geração de
estimativas de riscos e potenciais, sob forma de um novo mapa. Inumeráveis combinações
de dados podem ser realizadas por este esquema. O módulo de ANÁLISE AMBIENTAL
pode ser considerado o cerne do sistema SAGA/UFRJ, responsável pela sua extraordinária
e versátil capacidade de atuar nos mais diversos ramos da pesquisa ambiental, tendo sido
testado com sucesso em mais de 50 bases de dados de usuários de todo o Brasil.

Vista Saga 2007


Esta é uma versão do SAGA/UFRJ, denominada VistaSAGA.
Trabalha sobre dados já armazenados sob a forma raster (arquivos .RST) e sobre estes
dados executa inspeções, monitorias e avaliações ambientais.

SAGA/UFRJ, composto pelos módulo MONTAGEM


(responsável pela entrada de dados: arquivos no formato
padrão TIFF); TRAÇADOR VETORIAL (TRAÇAVET)
utilizado para realizar, de forma interativa (usuário mais
computador) o reconhecimento de módulos
georreferenciados criados pelo MONTAGEM e o
ANÁLISE AMBIENTAL com três funções básicas:
Assinatura (“usada para definir as características e a
planimetria de área(s) delimitada(s) pelo usuário”),
Monitoria (“permite definir e calcular as áreas alteradas e o
destino dado a elas”, pois esta função permite que se
trabalhe com registros sucessivos de fenômenos
ambientais através de mapeamentos em épocas distintas) e
Avaliação Ambiental (que faz uso da superposição de
mapas, aos quais são dados pesos e também notas, para
cada tipo de legenda, de acordo com sua menor ou maior
importância na avaliação de riscos e potenciais
ambientais). O SAGA possui o módulo SAGA-BD, o qual
“permite pesquisa em um Banco de Dados Convencional
cujo resultado será localizado no mapa pertencente ao
Banco de Dados Geográficos e vice-versa” (Xavier-da-
Silva et al., 1996, págs. 283-287). A elaboração de mapas
de isoteores foi feita através do uso integrado dos
programas SAGA e SURFER, utilizando-se a krigagem,
com um variograma linear (Dornelles, 2000b). Durante o
processo de importação dos arquivos, no formato TIFF
para RST inicial, foram criados elos de ligação entre as
categorias, visando a futura criação de um Banco de
Dados. Avaliações Ambientais Complexas, que consistem
em processos oriundos de cotejos entre avaliações simples
ou de uma avaliação simples versus um dado básico foram
utilizadas na geração de mapas espaço-temporais. Mapas
de distribuição dos sedimentos superficiais de fundo e de
risco de poluição por metais pesados foram obtidos
através de Avaliações Ambientais Diretas, sendo as
Assinaturas Ambientais utilizadas na diagnose das
possíveis associações existentes entre os teores de metais
pesados, concentrações totais de material em suspensão,
granulometria dos sedimentos, percentual de carbonato de
cálcio, minerais de argila, minerais leves e pesados, matéria
orgânica e também como instrumento de cotejo entre
demais informações.

A partir da correlação dos dados georreferenciados


obtidos, realizada com auxílio do módulo de ANÁLISE
AMBIENTAL do SAGA/UFRJ, foram gerados relatórios
(assinaturas ambientais) e mapas (avaliações ambientais),
os quais subsidiaram o diagnóstico ambiental das áreas em
estudo. Em relação ao SISPLAMTE, pretende-se avaliar a
performance das funções de acesso selecionadas, frente à
caracterização oceanográfica da baía de Sepetiba.

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