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Esta comunicação pode estar ligada ao desejo de informar a população em geral sobre
riscos, sobre a saúde e o ambiente, associados a algumas atividades humanas, bem
como de envolvê-la em atividades que proporcionem melhoria do ambiente e da
segurança.
Podem estar associados a uma ou mais comunidades, como podem ser instrumentos
internos de uma organização produtiva.
É importante ter uma visão geral dos diversos tipos de estudos ambientais que podem e
devem ser realizados em organizações produtivas, de modo a que não sofram efeitos
adversos do ambiente e da lei.
A evidência do declínio ambiental não deixa dúvidas de que temos de mudar nossos
modos de ser e viver para garantir que o progresso seja sustentável, e que ele atenda ao
principio do desenvolvimento sustentável.
Qualquer projeto pode ser tratado para ser desenvolvido e ser operado em padrões
sustentáveis ou auto-sustentáveis.
Desde um projeto de cunho puramente ecológico, até um projeto industrial ou de extração
mineral, por exemplo, onde a apropriação e a transformação de recursos ambientais está
presente.
Significa dizer que os processos de gestão ambiental precisam estar presentes e ativos
durante toda a sua vida, desde a fase de concepção do empreendimento até o seu
encerramento, se for o caso.
Os processos da gestão ambiental precisam estar presentes e ativos durante toda a vida
da organização. E o que isso significa?
Para responder a essa questão de uma forma mais ou menos objetiva, é possível
apresentar algumas diretrizes empresariais que cobrem e orientam todas as ações e
processos da nova função, fornecendo alguns elementos essenciais de sustentação do
desenvolvimento organizacional:
1. na concepção do empreendimento a organização avaliará todas as alternativas
tecnológicas consideradas limpas, visando economia de recursos ambientais de
que se utilizará e minimização de efluentes e resíduos sólidos que produzirá;
2. na concepção do empreendimento a organização avaliará todas as alternativas
tecnológicas disponíveis visando a reciclagem de material inservível e o reuso de
matérias primas;
3. no processo de microlocalização do empreendimento, além das variáveis
tradicionalmente utilizadas, a organização contemplará, com o mesmo nível de
restrição, variáveis ambientais relativas a:
4. características do relevo e suas eventuais vulnerabilidades quanto ao uso e à
ocupação;
5. fragilidades do solo, sobretudo as relacionadas a erosão, vossorocamentos,
desbarrancamentos, desmoronamentos, recalques diferenciais e assoreamento;
6. disponibilidade de água, superficial e subterrânea, e seus usos concorrentes;
7. cobertura vegetal existente;
8. ocorrências da fauna em seus mais diversos segmentos;
9. interferências com o patrimônio regional (sítios arqueológicos, bens tombados pelo
patrimônio histórico, áreas com grande valor cênico e áreas de interesse científico);
10. interferências com áreas indígenas e unidades de conservação ambiental;
11. interferências com outros empreendimentos;
12. interferências com sistemas e equipamentos de infra-estrutura (energia,
comunicação, rodovia, ferrovia, aeroporto, porto, sistema de abastecimento de
água, sistema de tratamento de esgotos sanitários etc.);
13. interferências com equipamento de serviços sociais básicos (escolas, hospitais,
creches etc.);
14. interferências com a economia local e regional;
15. interferências com a cultura local e regional, bem como com a estrutura existente,
espontânea ou não, relativa à organização social.
16. nas fases de viabilidade e de projeto, a organização contemplará variável
ambiental através de estudo específico de viabilização ambiental do
empreendimento;
17. na fase de implantação a organização desenvolverá e implementará um programa
específico para a gestão ambiental das obras do empreendimento, o qual,
obrigatoriamente, contemplará projetos de recuperação de todas as áreas
degradadas (alteradas) por força das obras;
18. para atender às fases de operação, produção, avaliação de resultados, ampliação,
manutenção, aprimoramento e eventual desmobilização será desenvolvido e
implementado o sistema de gestão ambiental da organização, ao qual serão
integrados pelo menos os seguintes sistemas auxiliares operacionais:
19. sistema de monitoração permanente de efeitos ambientais previstos e realizados;
20. sistema de monitoração e controle da qualidade de efluentes e resíduos;
21. sistema de reciclagem e reuso de materiais;
22. sistema de controle de deseconomias e desperdícios;
23. sistema de monitoração de riscos e acidentes ambientais;
24. sistema de informações ambientais da organização;
25. sistema de comunicação sócio-ambiental, para suporte sistemático e permanente
ao relacionamento da organização com as pessoas (vizinhos, funcionários,
clientes, instituições públicas, órgãos ambientais, fornecedores e acionistas).
Curiosamente, seu uso e aplicação alastrou-se rapidamente pelo País, e vem sendo
muitas vezes utilizado indevidamente.
O desenvolvimento de projetos auto-sustentados requer, sem dúvida, equipes
multidisciplinares, realizando ações integradas que devem convergir para a otimização do
desempenho ambiental das organizações.
AS CINCO DIMENSÕES DA SUSTENTABILIDADE
Ao planejar o desenvolvimento, devemos considerar simultaneamente cinco dimensões
de sustentabilidade:
SUSTENTABILIDADE SOCIAL
Entendida como a consolidação de um processo de desenvolvimento baseado em outro
tipo de crescimento e orientado por outra visão do que é a boa sociedade.
O objetivo é construir uma civilização do "ser", em que exista maior eqüidade na
distribuição do "ter" e da renda, de modo a melhorar substancialmente os direitos e as
condições de amplas massas de população e a reduzir a distância entre os padrões de
vida de abastados e não-abastados.
SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA
Possibilitada por uma alocação e gestão mais eficientes dos recursos e por um fluxo
regular do investimento público e privado.
Uma condição fundamental para isso é superar as atuais condições externas, decorrentes
de uma combinação de fatores negativos já mencionados: o ônus do serviço da dívida e
do fluxo líquido de recursos financeiros do Sul para o Norte, as relações adversas de
troca, as barreiras protecionistas ainda existentes nos países industrializados e,
finalmente, as limitações do acesso à ciência e à tecnologia.
SUSTENTABILIDADE ESPACIAL
Voltada a uma configuração rural-urbana mais equilibrada e a uma melhor distribuição
territorial de assentamentos humanos e atividades econômicas, com ênfase nas seguintes
questões:
1. Concentração excessiva nas áreas metropolitanas;
2. Destruição de ecossistemas frágeis, mas vitalmente importantes, por processos de
colonização descontrolados;
3. Promoção de projetos modernos de agricultura regenerativa e agroflorestamento,
operados por pequenos produtores, proporcionando para isso o acesso a pacotes
técnicos adequados, ao crédito e aos mercados;
4. Ênfase no potencial para industrialização descentralizada, associada a tecnologias
de nova geração (especialização flexível), com especial atenção às indústrias de
transformação de biomassa e ao seu papel na criação de empregos rurais não
agrícolas;
5. Estabelecimento de uma rede de reservas naturais e de biosfera para proteger a
biodiversidade.
SUSTENTABILIDADE CULTURAL
Em busca das raízes endógenas dos modelos de modernização e dos sistemas rurais
integrados de produção, privilegiando processos de mudança no seio da continuidade
cultural e traduzindo o conceito normativo de ecodesenvolvimento em uma pluralidade de
soluções particulares, que respeitem as especificidades de cada ecossistema, de cada
cultura e de cada local.
1. Desenvolvimento Sustentável
3. Sustentabilidade Urbana
A cidade se constitui, nesse início de milênio, como a forma que os seres humanos
escolheram para viver em sociedade e de prover as suas necessidades.
A discussão ambiental global passa necessariamente pela sustentabilidade urbana.
Os dados estatísticos demonstram que no presente momento estamos vivendo o salto
da urbanização global, que ultrapassa o percentual de 50% e que deverá atingir os
60% já no ano 2025.
No Brasil, a percentual já é maior do que 75% e deve atingir os 85% nos próximos 20
anos.
Isto significa que, para a maioria dos habitantes do planeta, o meio ambiente natural
foi substituído por espaços urbanos.
Neles, as relações entre a comunidade humana e seu meio físico foi alterada pela
própria ação do homem. Assim, a idéia de sustentabilidade deverá provar a sua
operacionalidade em um mundo urbanizado, no cenário das cidades.
Se os centros urbanos estão crescendo, também crescem com eles os grandes
problemas sociais e os desequilíbrios ambientais, apontando para um futuro com
queda acentuada na qualidade de vida, de degradação ambiental acelerada e de riscos
de governabilidade.
Mas, é necessário que se abandone a idéia de cidades como espaços caóticos e se
passe a buscar formas de administrá-las e de administrar os processos sociais que as
produzem e modificam.
Urge que se construam políticas urbanas alinhadas com os princípios da
sustentabilidade, mas que se concretizem em estratégias, procedimentos e ações que
compreendam a especificidade desses espaços, suas relações com seus espaços de
entorno e a dinâmica social que neles ocorrem.
A cidade se constitui em um fenômeno altamente complexo, na verdade é, no dizer
de Gabriel Quadri
“a forma mais complexa e acabada da organização humana. Nela podemos conviver
milhões de seres vivos (incluídas fauna e flora urbanas), realizar simultaneamente
um sem-número de atividades cotidianas, interagir, comunicar-nos, produzir e
consumir bens e serviços”.
A cidade é algo real, complexo e multidimensional. Um fenômeno altamente
heterogêneo. É o local onde permanentemente estão ocorrendo trocas, internas e
externas, das mais diversas naturezas: como as físicas, econômicas, políticas,
culturais, sociais e energéticas. E, por conseguinte, o espaço de grandes conflitos, já
que, na maioria dos casos, essas trocas são desiguais.
Parte do grande desafio da sustentabilidade urbana reside, portanto, na capacidade de
se tratar as cidades em sua especificidade e em toda a sua complexidade, com uma
abordagem que dê conta de suas várias dimensões e as oriente para um
desenvolvimento que permita a superação dos desequilíbrios resultantes dessas trocas
desiguais, sejam elas internas ou externas.
Outra parte do desafio da busca por cidades sustentáveis repousa na diversidade de
formas em que o fenômeno urbano se concretiza.
Desde as megalópoles até os pequenos centros urbanos, passa-se por uma gama de
situações extremamente diversificadas, em que cada assentamento tem sua
concretude determinada pelo meio físico em que se assenta e pelos processos sociais
que o produzem.
A existência de cada cidade tem uma lógica e uma fundamentação histórico-cultural
própria que, a despeito de inexoravelmente articulada com as demais, seja
internamente no nível específico de análise considerado – local, regional, nacional –
seja no nível global, subsistem sob a forma de seu patrimônio (cultural, físico-
natural, social, econômico e político), subvertendo tentativas hegemônicas da
imposição de um roteiro de qualidade universal.
6. Conclusão
A Cidade Sustentável, esse fenômeno em construção, pressupõe um conjunto de
mudanças, algumas subjetivas e individuais e outras objetivas e que devem ser
alcançadas de forma coletiva.
De uma forma ampla a sustentabilidade das cidades brasileiras vai depender de nossa
capacidade de reorganizar os nossos espaços, gerir novas economias externas,
eliminar as deseconomias de aglomeração, melhorar a qualidade de vida das nossas
populações e superar as desigualdades socioeconômicas como condição para o
crescimento econômico, e não como sua conseqüência.
3. Fortalecimento dos Grupos Sociais: trata das formas de apoio a grupos sociais
organizados e minoritários que colaboram para a sustentabilidade;
Não existe uma “lista”de coisas a serem feitas, mas uma metodologia dinâmica que
envolve uma série de atividades, ferramentas e abordagens que podem ser escolhidas
pelas autoridades locais e seus parceiros, de acordo com as circunstâncias e prioridades
locais.
ESSÊNCIA:
• Reduzir o consumo de recursos naturais através de maior eficiência, resuso e
reciclagem;
• Conservação de ecossistemas frágeis;
• Igualdade social;
• Qualidade de vida;
• Respeito por culturas tradicionais.
PROCESSOS:
• Planejamento e gerenciamento ativos;
• Consultas, participação;
• “Empoderamento”;
• Decisões a nível local;
• Parcerias e colaboração.
FERRAMENTAS
• Educação, informação, conscientização;
• Capaciatação, confiança, experiência;
• Leis e seu cumprimento
• Mercado - impostos, taxas, subsídios;
• Investimentos públicos
Apesar de não haver uma “receita pronta”, existem alguns ingredientes que são comuns a
todas as experiências bem sucedidas:
Envolver a comunidade para alcançar a participação e o “empoderamento”.
Executar projetos-piloto que possam ser postos em prática rapidamente e tornerem-se
exemplos;
Usar estratégias diferentes para lidar com as questões de comunidades diferentes;
Usar exemplos práticos de integração que tenham apelo a todos;
Identificar e apoiar as organizações e pessoas “chave” da comunidade;
Designar um Coordenador do processo que també funcione como um contato com a
comunidade.