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Noções de Sustentabilidade

AGENDA AMBIENTAL NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P - é um
programa que visa implementar a gestão socioambiental
sustentável das atividades administrativas e operacionais do
Governo.

A A3P é uma decisão voluntária respondendo à


compreensão de que o Governo Federal possui um papel
estratégico na revisão dos padrões de produção e consumo e
na adoção de novos referenciais em busca da
sustentabilidade socioambiental.
1 Uso racional dos recursos naturais e bens públicos
Implica em usá-los de forma econômica e racional evitando o
seu desperdício.

Este eixo engloba o uso racional de energia, água e madeira


além do consumo de papel, copos plásticos e outros
materiais de expediente.
2 Gestão adequada dos resíduos gerados
Passa pela adoção da política dos 5R´s: Repensar, Recusar,
Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

Dessa forma deve-se primeiramente pensar em reduzir


consumo e combater o desperdício para só então destinar o
resíduo gerado corretamente.
3 Qualidade de vida no ambiente de trabalho
Visa facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao
desenvolver suas atividades na organização através de ações
para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Exemplo:
a) Ginástica laboral;
b) Decoração personalizada do local de trabalho;
c) Incentivo à ações voluntárias.
4 Sensibilização e capacitação dos servidores
Busca criar e consolidar a consciência cidadã da
responsabilidade socioambiental nos servidores. O
processo de capacitação (cartilhas, workshops,
palestras, entre outros) contribui para o
desenvolvimento de competências institucionais e
individuais fornecendo oportunidade para os
servidores desenvolverem atitudes para um melhor
desempenho de suas atividades.
5 Licitações sustentáveis

A administração pública deve promover a


responsabilidade socioambiental nas suas compras.
Licitações que levem à aquisição de produtos e
serviços sustentáveis são importantes não só para a
conservação do meio ambiente mas também
apresentam uma melhor relação custo/benefício a
médio ou longo prazo quando comparadas às que se
valem do critério de menor preço.
6 Construções sustentáveis
Conceito que denomina um conjunto de medidas
adotadas durante todas as etapas da obra que
visam à sustentabilidade de edificação. Essas
medidas buscam minimizar os impactos negativos
sobre o meio ambiente além de promover a
economia dos recursos naturais e a melhoria na
qualidade de vida dos seus ocupantes.
O Ministério do
Meio Ambiente
propõe os
seguintes passos
para a
implantação da
A3P
A Agenda Ambiental na Administração Pública – A3P se
tornou o principal programa da administração pública
de gestão socioambiental.

O programa tem sido implementado por diversos


órgãos e instituições públicas das três esferas de
governo, no âmbito dos três poderes e pode ser usado
como modelo de gestão socioambiental por outros
segmentos da sociedade.
Qualquer empresa, pública ou privada, pode adotar as ideias
da A3P. Porém, apenas as instituições da administração
pública, de qualquer uma das esferas de governo, podem
aderir ao programa. A adesão tem a finalidade de promover a
integração dos participantes, incentivando-os a implantar sua
agenda e a trocar experiências.

Não há uma sequência obrigatória. O órgão pode aderir


primeiro ao programa e depois implementá-lo, ou vice versa.
A A3P conta ainda com a Rede A3P, uma plataforma de
comunicação (como um fórum) onde é possível a troca de
informações e experiências entre as instituições. O acesso é
livre mesmo a instituições que não aderiram à Agenda.

A ideia surgiu em 1999 como um projeto do Ministério do


Meio Ambiente, ficou pronta em 2001 e foi reconhecida
pela UNESCO, ganhando o prêmio “O melhor dos
exemplos” em 2002 na categoria Meio Ambiente.
A ISO 14001 ajuda a demonstrar o compromisso de sua
organização com a limitação do impacto ambiental, utilizando
uma estrutura comprovada

Segundo a ISO 26000, a responsabilidade social se expressa


pelo desejo e pelo propósito das organizações em
incorporarem considerações socioambientais em seus
processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de
suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente.
PASSOS PARA A IMPLANTAÇÃO DA A3P
1- CRIAÇÃO DA COMISSÃO GESTORA

A Comissão Gestora ficará encarregada de sensibilizar os gestores e os


servidores sobre a importância da implantação do programa e fazer o
planejamento, implantação e monitoramento das ações. A Comissão deverá,
sempre que possível, ser composta por pessoas de todas as áreas da
instituição.
Sugere-se que a Comissão tenha de 5 a 15 pessoas para que assim a
comunicação e o entendimento não sejam afetados. A Comissão deve ser
institucionalizada por meio de instrumento legal (portaria) e ter um
representante de cada secretaria/setor da instituição. A gestão deve ser
compartilhada e o ideal é que haja titular e suplente de cada setor.
2- DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO
Fazer um levantamento de dados sobre a situação socioambiental da
instituição. O diagnóstico tem como finalidade conhecer a realidade da
instituição e direcionar a melhor medida a ser implantada de acordo com a
necessidade de cada setor auxiliando na logística de implantação do projeto.
Nele deverá ser identificado o modelo de consumo e descarte dos recursos
naturais e resíduos gerados além de conter o levantamento das informações
sobre a situação atual da logística existente e estrutura física. Também deverão
ser abordados os aspectos legais, a estrutura administrativa, a estrutura
operacional, os aspectos sociais e os hábitos dos atores envolvidos. O
diagnóstico deve conter informações sobre aspectos de todos os eixos da A3P,
desde o consumo de bens naturais e a política interna de gestão de resíduos
até a avaliação dos programas de qualidade de vida e dos de sensibilização.
Também no Diagnóstico deve ser avaliada a política interna de compras para
constatar se há algum direcionamento às licitações sustentáveis.
3- ELABORAÇÃO DO PLANO –A3P – COM OBJETIVOS, METAS E ATIVIDADES (
ETAPAS )

Tendo o diagnóstico como base, elaborar um Plano de Gestão Socioambiental –


A3P. O Plano deve estabelecer, de forma documentada, os objetivos, as ações
que serão implementadas e as metas. As ações devem ser estabelecidas
observando as oportunidades e os pontos críticos apontados pelo diagnóstico
e devem ser descritas tendo como base os eixos temáticos da A3P. É
importante fixar prazos para conferir um maior engajamento dos servidores no
processo de implantação. Também devem ser descritos os recursos disponíveis
para a implantação.
4- MOBILIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Para executar esta etapa, a Comissão deve desenvolver um Plano de


Sensibilização que contenha as ações que serão implementadas durante o ano
como campanhas, cursos, publicação de material educativo entre outros, bem
como as estratégias de comunicação para os diferentes setores como
servidores e funcionários da limpeza. Para que o plano de sensibilização seja
efetivo, a sensibilização deve ser acompanhada de iniciativas para capacitação
dos servidores e terceirizados. A capacitação contribui para o desenvolvimento
de competências institucionais e individuais nas questões relativas à gestão
socioambiental e ao mesmo tempo fornece aos servidores oportunidade para
desenvolver habilidades e atitudes para um melhor desempenho das suas
atividades, valorizando aqueles que participam de iniciativas inovadoras e que
buscam a sustentabilidade.
5- AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
A Comissão deverá realizar avaliações e monitoramento do desempenho
ambiental de forma periódica, com intuito de fornecer informações quanto à
eficiência e eficácia do projeto. Através da avaliação e monitoramento é
possível verificar o desempenho das ações; identificar falhas e pontos de
melhoria e replanejar as atividades que não estão alcançando os resultados
esperados. Porém, um dos grandes problemas na avaliação e monitoramento
das instituições é a falta de dados para qualificar/quantificar as ações
implementadas. Para contornar esse problema é importante definir um
conjunto de indicadores que possam mensurar os avanços alcançados pelas
instituições. Os indicadores funcionam como ferramentas de análise e
acompanhamento dos processos atuando na base para a formulação de
programas e ações e no acompanhamento e fiscalização da execução desses
programas/ações. O 5º Passo Também têm como funções identificar variações;
indicar necessidades e prioridades para a formulação, monitoramento e
avaliação de programas e ações; entre outras.
CONCEITO DE
DESENVOLIVENTO
SUSTENTÁVEL
O CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL
Em 1983, a ONU indicou a então
primeira-ministra da Noruega, Gro
Harlem Brundtland, para chefiar a
Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, que
deveria aprofundar propostas
mundiais na área ambiental.

Quatro anos depois, em 1987, a


comissão apresentou o documento
Nosso Futuro Comum, mais
conhecido como Relatório
Brundtland.
De acordo com a ideia de sustentabilidade, o
desenvolvimento engloba não apenas o desenvolvimento e
crescimento da economia, mas também as questões de
justiça social, distribuição de riquezas e o uso consciente de
recursos naturais.

O desenvolvimento sustentável preocupa-se com a qualidade


do crescimento econômico, e não com a quantidade e a
rapidez desse crescimento, pois compreende que um
crescimento predatório é limitado, causando mais prejuízos
do que benefícios à população.
A exigência de inserção da sustentabilidade em outros aspectos das relações sociais e do ser
humano com a natureza fez com que alguns teóricos passassem a conceituar distintas
dimensões desse conceito, que de modo geral, abriga as seguintes dimensões:

Desenvolvimento Sustentável

• Ecológica: diz respeito à conservação dos ecossistemas e pelo manejo racional do meio
ambiente e recursos naturais.

• Econômica: trata das atividades produtivas razoavelmente rentáveis preocupadas mais


com a qualidade de vida que na quantidade da produção, que tenham relativa
permanência no tempo.

• Social: diz respeito aos valores culturais, às relações sociais e às expectativas da


sociedade, partindo-se da ideia que o desenvolvimento deve melhorar a qualidade de
vida da população. No caso de países com desigualdade e exclusão social, implica a
adoção de políticas distributivas e a universalização de atendimento a questões como
saúde, educação, habitação e seguridade social, entre outras.
Esta agenda é
formado pelos 17
Objetivos de
Desenvolvimento
Sustentável (ODS),
que devem ser
implementados por
todos os países do
mundo durante os
próximos 15 anos, até
2030.
Base Constitucional
Artigo 170 e 225
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização
do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os
ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:

(...) III - função social da propriedade; (...) VI - defesa


do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração
e prestação; (...)
De acordo com o art. 225, caput da CF/88, todos têm
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações.
Lei 12.305/10 - (POLÍTICA
NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS)
Lei 12.305/10
Esta Lei da POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS dispõe sobre:

• Princípios;
• Objetivos;
• Instrumentos e
• Diretrizes
Relativos à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os
perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos
econômicos aplicáveis.
A lei dispõe também sobre proibições e prazos.
Importante!!

A Lei da PNRS NÃO se aplica aos rejeitos


radioativos, pois são regulados por legislação
específica.
Algumas Definições
• Área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular,
de quaisquer substâncias ou resíduos.

• Área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam
identificáveis ou individualizáveis.

• Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a


reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras
destinações admitidas pelos órgãos competentes, entre elas a disposição final, observando
normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança
e a minimizar os impactos ambientais adversos.

• Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros,


observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e
à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
• Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado
resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados
sólido ou semissólido, bem como gases (contidos em recipientes) e líquidos
(cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de
esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível.

• Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades


de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e
economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a
disposição final ambientalmente adequada.
• Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou
biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos.

• Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química.

• Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição.

⁻ Azul: papel;
⁻ Amarelo: metal;
⁻ Verde: vidro;
⁻ Vermelho: plástico;
⁻ Marrom: orgânico;
⁻ Cinza : resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação;
⁻ Preto: madeira;
⁻ Branco: hospitalar, ambulatorial;
⁻ Laranja: Resíduos perigosos;
⁻ Roxo: Resíduos radioativos.
São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

I - a prevenção e a precaução;

II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;

III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis
ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;

IV - o desenvolvimento sustentável;

V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços


competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas
e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de
recursos naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação
estimada do planeta.
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial
e demais segmentos da sociedade;

VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem


econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de
cidadania;

IX - o respeito às diversidades locais e regionais;

X - o direito da sociedade à informação e ao controle social;

XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.
Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade:
não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento
dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos.
Classificação dos
Resíduos Sólidos

a) Origem
b) Periculosidade
Logística Reversa
É o instrumento de desenvolvimento econômico e
social caracterizado por um conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos ao setor
empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada
São obrigados a estruturar e implementar
sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

• agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja


embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso;
• pilhas e baterias;
• pneus;
• óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
• lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
• produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Planos de Resíduos Sólidos
• Plano Nacional de Resíduos Sólidos (A União elaborará, sob a coordenação
do Ministério do Meio Ambiente, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos,
mediante processo de mobilização e participação social, incluindo a realização
de audiências e consultas públicas. Terá vigência por prazo indeterminado e
horizonte de 20 anos, e será atualizado a cada 4 anos.);
• planos estaduais de resíduos sólidos;
• planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduos sólidos de
regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;
• planos intermunicipais de resíduos sólidos;
• planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos;
• planos de gerenciamento de resíduos sólidos. É assegurada ampla
publicidade ao conteúdo dos planos de resíduos sólidos, bem como controle
social em sua formulação, implementação e operacional
PROIBIÇÕES
São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de
resíduos sólidos ou rejeitos:

• lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;


• lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de
mineração;
• queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos
não licenciados para essa finalidade;
• outras formas vedadas pelo poder público.
Muita Atenção!!!

Quando decretada emergência sanitária, a queima de


resíduos a céu aberto pode ser realizada, desde que
autorizada e acompanhada pelos órgãos competentes
do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e,
quando couber, do Sistema Unificado de Atenção à
Sanidade Agropecuária (Suasa).
São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ou
rejeitos, as seguintes atividades:

• utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;


• catação (observadas as metas para a eliminação e recuperação de
lixões, associadas à inclusão social e à emancipação econômica de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis);
• criação de animais domésticos;

• fixação de habitações temporárias ou permanentes;

• outras atividades vedadas pelo poder público.


Lei 12.187/2009 (POLÍTICA
NACIONAL SOBRE
MUDANÇA DO CLIMA)
Política Nacional sobre Mudança do Clima – PNMC - Lei nº
12.187/09.

A Lei nº 12.187/2009 (PNMC) estabelece os princípios, objetivos, diretrizes e


instrumentos e instrumentos institucionais que nortearão as políticas
climáticas a serem adotadas no país, bem como adota uma meta voluntária de
redução de emissões de GEEs entre 36,1% a 38,9% até 2020.

Mesmo sendo um país componente do grupo sem obrigatoriedade de reduzir


suas emissões (Não-Anexo I do Protocolo de Kyoto), o Brasil, de forma
inovadora, comprometeu-se no plano interno.
Algumas Definições
• adaptação: iniciativas e medidas para reduzir a
vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente
aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;

• efeitos adversos da mudança do clima: mudanças no


meio físico ou biota resultantes da mudança do clima que
tenham efeitos deletérios significativos sobre a
composição, resiliência ou produtividade de
ecossistemas naturais e manejados, sobre o
funcionamento de sistemas socioeconômicos ou sobre a
saúde e o bem-estar humanos;
• impacto: os efeitos da mudança do clima nos
sistemas humanos e naturais;

• mitigação: mudanças e substituições tecnológicas


que reduzam o uso de recursos e as emissões por
unidade de produção, bem como a implementação
de medidas que reduzam as emissões de gases de
efeito estufa e aumentem os sumidouros;
• sumidouro: processo, atividade ou mecanismo que
remova da atmosfera gás de efeito estufa, aerossol
ou precursor de gás de efeito estufa; e

• vulnerabilidade: grau de suscetibilidade e


incapacidade de um sistema, em função de sua
sensibilidade, capacidade de adaptação, e do caráter,
magnitude e taxa de mudança e variação do clima a
que está exposto, de lidar com os efeitos adversos
da mudança do clima, entre os quais a variabilidade
climática e os eventos extremos.
A Lei nº 12.187/2009 preconiza os seguintes
princípios

• Precaução;
• Prevenção;
• Participação cidadã;
• Desenvolvimento sustentável e
• As responsabilidades comuns, porém diferenciadas
(este último no âmbito internacional).
Objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a proteção do sistema climático;

II - à redução das emissões antrópicas de gases de efeito estufa em relação às suas diferentes fontes;

III – (VETADO);

IV - ao fortalecimento das remoções antrópicas por sumidouros de gases de efeito estufa no


território nacional;

V - à implementação de medidas para promover a adaptação à mudança do clima pelas 3 (três)


esferas da Federação, com a participação e a colaboração dos agentes econômicos e sociais
interessados ou beneficiários, em particular aqueles especialmente vulneráveis aos seus efeitos
adversos;
VI - à preservação, à conservação e à recuperação dos recursos ambientais, com
particular atenção aos grandes biomas naturais tidos como Patrimônio Nacional;

VII - à consolidação e à expansão das áreas legalmente protegidas e ao incentivo aos


reflorestamentos e à recomposição da cobertura vegetal em áreas degradadas;

VIII - ao estímulo ao desenvolvimento do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões


- MBRE.

Parágrafo único. Os objetivos da Política Nacional sobre Mudança do Clima deverão


estar em consonância com o desenvolvimento sustentável a fim de buscar o
crescimento econômico, a erradicação da pobreza e a redução das desigualdades
sociais.
O Mercado Brasileiro de Redução de Emissões -
MBRE

Será operacionalizado em bolsas de mercadorias e futuros,


bolsas de valores e entidades de balcão organizado,
autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM,
onde se dará a negociação de títulos mobiliários
representativos de emissões de gases de efeito estufa
evitadas certificadas.
Resolução 201 do CNJ
Resolução CNJ nº 201/2015 (Unidades ou núcleos
socioambientais e Plano de Logística Sustentável –
PLS-PJ)

A Resolução nº 201/15 dispõe sobre a criação e


competências das unidades ou núcleos
socioambientais nos órgãos e conselhos do Poder
Judiciário e implantação do respectivo Plano de
Logística Sustentável (PLS-PJ)
Os órgãos do Poder Judiciário relacionados nos
incisos I-A a VII do art. 92 da Constituição Federal
de 1988 bem como nos demais conselhos, devem
criar unidades ou núcleos socioambientais,
estabelecer suas competências e implantar o
respectivo Plano de Logística Sustentável (PLS-
PJ).
Algumas Definições

• práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo


a construção de um novo modelo de cultura institucional
visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas
atividades do Poder Judiciário;

• práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a


melhoria da qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento
contínuo na gestão dos processos de trabalho;
• gestão documental: conjunto de procedimentos e
operações técnicas para produção, tramitação, uso
e avaliação de documentos, com vistas à sua
guarda permanente ou eliminação, mediante o uso
razoável de critérios de responsabilidade
ambiental;

• inventário físico financeiro: relação de materiais


que compõem o estoque onde figuram a
quantidade física e financeira, a descrição, e o
valor do bem;
O PLS-PJ irá subsidiar, anualmente, o Balanço
Socioambiental do Poder Judiciário, a ser
publicado pelo CNJ por intermédio do DPJ, no
prazo de 180 dias a contar do recebimento do
relatório de desempenho dos órgãos.
Decreto 7.746/2012
O Decreto nº 7.746/12 regulamenta o art. 3º
da Lei 8.666/93,
para estabelecer critérios, práticas e diretrizes gerais para a
promoção do desenvolvimento nacional sustentável por
meio das contratações realizadas pela administração pública
federal direta, autárquica e fundacional e pelas empresas
estatais dependentes, e institui a Comissão Interministerial
de Sustentabilidade na Administração Pública – CISAP.
De acordo com o art. 4º, do Decreto nº 7.746/12, são diretrizes de
sustentabilidade, entre outras:

I – menor impacto sobre recursos naturais como flora, fauna, ar, solo e água;
II – preferência para materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local;
II – maior eficiência na utilização de recursos naturais como água e energia;
IV – maior geração de empregos, preferencialmente com mão de obra local;
V – maior vida útil e menor custo de manutenção do bem e da obra;
VI – uso de inovações que reduzam a pressão sobre recursos naturais; e
VII – origem ambientalmente regular dos recursos naturais utilizados nos bens,
serviços e obras.
A administração pública federal direta,
autárquica e fundacional e as empresas
estatais dependentes poderão exigir no
instrumento convocatório para a aquisição de
bens que estes sejam constituídos por
material renovável, reciclado, atóxico ou
biodegradável, entre outros critérios de
sustentabilidade.
A CISAP será composta pelos seguintes membros, titulares e suplentes:

I – dois representantes do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo:


I - um representante da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que a presidirá;

a) um representante da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, que a presidirá; e


b) um representante da Secretaria de Orçamento Federal;

II – um representante do Ministério do Meio Ambiente, que exercerá a vice-presidência;


III – um representante da Casa Civil da Presidência da República;
IV – um representante do Ministério de Minas e Energia;
V – um representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
V - um representante do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços;
VI – um representante do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
VI - um representante do Ministério da Ciência, Te cnologia, Inovações e Comunicações;
VII – um representante do Ministério da Fazenda; e
VIII – um representante da Controladoria-Geral da União.
VIII - um representante do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União.
A participação na CISAP é considerada
prestação de serviço público relevante,
NÃO remunerada.
INSTRUÇÃO
NORMATIVA 5/2017
Instrução Normativa de 2017

“Dispõe sobre as regras e diretrizes do procedimento


de contratação de serviços sob o regime de execução
indireta no âmbito da Administração Pública federal
direta, autárquica e fundacional.”
Fontes bibliográficas:

• https://cetesb.sp.gov.br/

• Apostila do Professor Rodrigo Mesquita

• Apostila do Professor Rosenval Júnior

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