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NOSSA HISTÓRIA
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SUMÁRIO
PROJETOS ....................................................................................................................... 4
REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 46
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Há que se concordar com Dias (2003) quando infere que a falta de planejamento
adequado na utilização dos recursos naturais, acarretará a médio prazo, no esgotamento
desses recursos, que muitas vezes são irrecuperáveis ou se dá num espaço de tempo muito
longo.
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Assim, embora o planejamento seja uma condição necessária, não é suficiente
para nortear a prática ambiental; é fundamental incluir a perspectiva da sustentabilidade
da atividade em todas as suas dimensões (a sociocultural, a econômica e a ambiental) para
que o desenvolvimento se dê contemplando todos os setores da sociedade.
Faremos também, análises nos níveis federal, estadual e municipal, por acreditar
ser de extrema valia para os profissionais que atuam em atividades que envolvem o meio
ambiente.
Desejamos a todos uma boa leitura, ressaltando que essa apostila é uma
compilação e que o assunto não se esgota aqui.
PROJETOS
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planejamento, organização e execução, são planejadas e praticadas, com o objetivo de
possibilitar o controle das atividades neles inseridas.
A Educação, por conseguinte, não pode furtar-se como campo científico e prática
social complexa de contemplar a vertente ambiental na consecução e no
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redimensionamento epistêmico de seus postulados e operacional de suas práticas
(matrizes curriculares), visto que, o meio ambiente não existe desvinculado das ações,
ambições e necessidades humanas e o desenvolvimento refere-se à nossa participação no
sentido de melhorar o lugar que ocupamos.
Nesse contexto, o uso das novas tecnologias surge como contributo à prática da
educação ambiental no processo de aprendizagem nas escolas, auxiliando na elaboração
de diagnósticos e projetos.
3. Permitem tradução de seu conteúdo para variados suportes, bem como sua
utilização por diversos recursos multimídia, a exemplo de saídas de áudio e vídeo
simultâneas propiciadas pelos CDs interativos;
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em profícuos intercâmbios de informações e na realização de projetos de conhecimento
integrados e de benefícios mútuos em diversos contextos socioeducativos.
Pode ser uma importante fonte de informação do mesmo modo que fontes
tradicionais;
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Permite ainda, a criação de ambientes de aprendizagem em que os alunos
possam pesquisar, fazer antecipações e simulações, confirmar ideias prévias,
experimentar, criar soluções e construir novas forma de representação mental.
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Segundo Vieira (2008), a educação ambiental se baseia na premissa de que é na
reflexão sobre a ação individual e coletiva em relação ao meio ambiente que se dá o
processo de aprendizagem.
Antes de falarmos dos projetos que podem ser desenvolvidos nas escolas, vamos
enumerar, conforme Dias (1999), os objetivos fundamentais da Educação ambiental:
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Com certeza será proporcionado ao educando embasamento para formar conceitos
relacionados ao meio ambiente; sensibilizar-se-ão para construir uma sociedade mais
consciente e solidária na forma de uso dos recursos naturais, perceberão que o combate
ao desperdício, o uso racional dos recursos são necessários para a manutenção da
qualidade de vida, dentre outros.
A IMPORTÂNCIA DE PLANEJAR
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e conservar o meio ambiente natural de determinada região, onde podemos incluir
parques, unidades de conservação, cidades, regiões, etc.
Segundo Floriano (2004, p. 39), a nível macro, a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento acontecida no Rio de Janeiro, conhecida como
ECO-92, estabeleceu 27 princípios que ligam meio ambiente e desenvolvimento, criando
as principais diretrizes globais para proteção ambiental em relação ao desenvolvimento.
A Agenda 21 é um programa, composto de vários planos representados pelos seus
capítulos, para adoção de medidas e ações que venham a auxiliar no desenvolvimento da
civilização de forma sustentada em suas dimensões sociais e econômicas, prevendo a
conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento, o fortalecimento do papel dos
principais grupos envolvidos e os meios para implementação do programa. A Conferência
determina que a Agenda 21 seja implementada em cada país que deve elaborar seu próprio
plano (Agenda 21 Nacional) e, quando necessário, cada unidade de divisão política de
cada nação deve ter sua própria agenda. A Agenda 21 é, portanto, um programa para o
planejamento estatal em cascata atingindo todos os níveis em relação ao desenvolvimento
e preservação ambiental com o objetivo de melhoria da qualidade de vida e
sustentabilidade da civilização como um todo.
Como política pública, a questão fica um pouco mais complexa, uma vez que é
preciso fazer o levantamento de dados de determinada região onde se pretende fazer o
planejamento, envolvendo algumas variáveis.
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Concordando com Schneider (2000, p. 2), acreditamos que o papel das
administrações públicas municipais na preservação do meio ambiente deve envolver a
compreensão de ecossistema, dos mecanismos utilizados para conhecimento do meio
ambiente, tais como o EIA/RIMA (Estudo dos Impactos Ambientais e Relatório dos
Impactos Ambientais), a legislação e as políticas existentes e façam uso de todos,
inclusive repassando sua metodologia de trabalho para as escolas, as quais podem
contribuir na preservação através do desenvolvimento de projetos educativos.
Assim, o EIA avalia para planejar. Para Soares (2008), isso permite que
desenvolvimento econômico e qualidade de vida possam caminhar juntos.
Quatro pontos básicos são premissas do EIA para que depois se faça um estudo e
avaliação mais específica. São eles:
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2. Compreensão total do ambiente afetado. Que ambiente (biogeofísico e/ou
socioeconômico) será modificado pela ação;
Soares (2008) lembra ainda que é imprescindível que o EIA seja feito por vários
profissionais, de diferentes áreas, trabalhando em conjunto, ponderando que esta visão
multidisciplinar é rica para que o estudo seja feito de forma completa e de maneira
competente, de modo a sanar todas as dúvidas e problemas.
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2. Descrição e alternativas tecnológicas do projeto (matéria-prima, fontes de
energia, resíduos etc.);
O EIA/RIMA deverá ser elaborado por uma equipe técnica multi e interdisciplinar
que se responsabilize pelos diversos assuntos referentes aos meios físico, biológico e
socioeconômico da área onde será instalado o empreendimento. Portanto, para a
sua análise, o órgão ambiental deverá, também, formar uma equipe constituída por
diversos profissionais, com correspondência em termos da especificidade da formação da
equipe do proponente, e, se necessário, até interinstitucional.
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com assento no Conselho Estadual do Meio Ambiente ou por solicitação assinada por
mais de 50 cidadãos.
Rodovias;
Ferrovias;
Aeroportos;
Extração de minério;
Aterros sanitários;
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Processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
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São sistemas informatizados, necessitando de um hardware com periféricos, tais
como plotadora, impressora, scanner e procedimentos apropriados para implementar as
tarefas desejadas. São designados para usar dados espaciais, podendo realizar operações
de manipulação e análise nesses dados, chamados de dados geográficos. Em outras
palavras, o SIG é composto por:
Uma instituição.
Para serem usados pelo SIG, os dados precisam de uma referência espacial
matemática. Um objeto qualquer (como um rio ou uma montanha), somente poderá ser
localizado se puder ser descrito em relação a outros objetos cujas posições sejam
previamente conhecidas, ou se tiver sua localização determinada em uma rede coerente
de coordenadas. Vários são os sistemas de referenciamento, mas existem dois grandes
grupos:
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Segundo Alves, Vieira e Andrade (2004), esse referenciamento é imprescindível
para elaboração de qualquer projeto, pois a escolha de um sistema inadequado de
referenciamento pode comprometer usos futuros do SIG.
Onde os SIGs podem ser aplicados? Eles servem para responder perguntas que
incluem questões sobre localização, padrões, tendências e condições. Por exemplo:
Três eixos compõem o SIG: onde (localização), o quê (qual o fenômeno) e quando
(o tempo).
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Os SIG’s podem ser usados tanto para diagnóstico quanto para prognóstico,
podendo gerar mapas de risco e potencial ambiental, auxiliando sobremaneira no
planejamento ou no combate a eventos que ocorrem na natureza modificada pela ação do
homem, como por exemplo: gerenciar recursos agrícolas, planejar microbacias
hidrográficas, avaliar aptidão agrícola das terras. Enfim, zonear áreas de forma mais
eficiente, substituindo métodos tradicionais de análise, quase sempre onerosos e de
manipulação mais difícil, é uma das grandes vantagens da utilização dos SIG`s.
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em todos os seus aspectos, servindo de subsídio na tomada de decisões ao disponibilizar
informações sobre as possíveis consequências ambientais das ações governamentais, bem
como, das alternativas mitigadoras. Sendo que as avaliações iniciais serão executadas nos
setores de mineração, geração de energia, agronegócio e saneamento.
Sugere-se a leitura da Cartilha lançada pelo governo de Minas Gerais com o título:
“Regularização ambiental integrada: orientação ao empreendedor”, a qual consta nas
referências bibliográficas, pois ela fornece em detalhes os passos para a regularização
ambiental.
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A gerência tem por atribuição desenvolver estudos e metodologias de avaliação
de impacto ambiental, visando a implementação do licenciamento ambiental, bem como,
estimular sua aplicação pelos demais setores de desenvolvimento na formulação de suas
estratégias de planejamento e investimento.
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LICENCIAMENTO AMBIENTAL
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Nesse sentido e mesmo antes da promulgação da CF de 1988, como bem nos
lembra Dallagnol (2006), o licenciamento ambiental já era um dos instrumentos de que
dispunha o Poder Público para fazer cumprir os princípios da Política Nacional do Meio
Ambiente, de acordo com o art. 9º, inciso IV, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.
Nível Federal
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dados técnicos do empreendimento; solicitação de licença e envio de documentos e
boletos de pagamento de taxas do licenciamento em formato on-line.
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No Brasil, os desdobramentos da Conferência de Estocolmo não tardaram a
repercutir e, já na década de 70, projetos de grande vulto, sob o crivo de organismos
multilaterais de financiamento, foram submetidos à Avaliação de Impacto Ambiental,
caso da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, primeiro empreendimento a sofrer uma
avaliação ambiental no Brasil, no ano de 1972. As experiências em avaliação de impacto
ambiental sucederam-se na década de 70, culminando na consagração dessas como
instrumento da Política Nacional de Meio Ambiente, Lei nº 6.938/81, em associação ao
licenciamento das atividades utilizadoras dos recursos ambientais, consideradas efetiva
ou potencialmente poluidoras.
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reforma, ampliação, instalação ou funcionamento, em qualquer parte do território
nacional, de estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem licença
ou autorização dos órgãos ambientais competentes ou contrariando as normas legais e
regulamentares pertinentes ao licenciamento (Art. 60 da Lei nº 9.605/98). A
criminalização das práticas danosas ao meio ambiente, incorporada ao sistema de
licenciamento ambiental, constitui marco representativo no processo de
responsabilização social e consolidação institucional do licenciamento como efetivo
instrumento de gestão ambiental.
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Para a repartição das competências de licenciamento ambiental entre os órgãos
integrantes do SISNAMA foi adotado como fundamento o conceito de significância e
abrangência do impacto ambiental direto, decorrente do empreendimento ou atividade.
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Como já falamos, o processo de avaliação de impacto ambiental é revestido de
caráter público. Nesse sentido, incorpora a participação social, por meio da realização de
consultas públicas que balizam o processo decisório sobre a viabilidade ambiental de
empreendimentos e atividades potencialmente poluidores.
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de quatro anos e máxima de 10 anos, podendo o órgão ambiental estabelecer prazos de
validade específicos para essa Licença, na ocorrência de empreendimentos ou atividades
que, por sua natureza e peculiaridade, estejam sujeitos a encerramento ou modificações
em prazos inferiores.
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maneira geral, para consulta a licenciamento ambiental, projetos e legislação pertinente,
em todos os estados brasileiros.
Nível Estadual
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De acordo com o IBAMA , a regularização ambiental de um empreendimento não
termina, entretanto, com a obtenção da Licença de Operação (LO) ou da AAF. O fato de
ter obtido um ou outro desses diplomas legais significa que o empreendimento atendeu a
uma exigência legal, mas a manutenção da regularidade ambiental pressupõe o
cumprimento permanente de diversas exigências legais e normativas, explícitas ou
implícitas na licença ambiental ou na AAF.
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empreendimento ou atividade a ser instalada. Foi instituído pela Resolução Conama
01/86, sendo solicitada durante a LP.
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Formulário de Requerimento preenchido e assinado pelo representante
legal;
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O exemplo da Amazônia
Nível Municipal
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A Secretaria, Diretoria, Departamento ou Seção de Meio Ambiente do
Município, responsável pelo meio ambiente, como órgão central (unidade
administrativa);
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municipal pertinente que legitime sua atuação. Nesse sentido, o Estado e a União têm
competência plena para licenciar apenas aqueles empreendimentos cujo impacto
ultrapasse o âmbito local ou regional, respectivamente, e competência suplementar, no
caso de não existir a estrutura municipal adequada, tanto legal e administrativa como
também operacionalmente, para promover o licenciamento ambiental, nos casos de
empreendimentos com impacto local.
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PRINCIPAIS ATIVIDADES PASSÍVEIS DE LICENCIAMENTO
AMBIENTAL
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MARKETING VERDE
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- Produção extrativista (matéria prima) X Recursos Naturais finitos.
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Eis assim, a necessidade de investimento em produtos e serviços ecologicamente
corretos que ajudarão a equilibrar nossas contas com o planeta.
Contabilmente, passivo são as obrigações das empresas com terceiros, sendo que
tais obrigações, mesmo sem uma cobrança formal ou legal, devem ser reconhecidas.
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certificados de emissão do gás espalhadas pelo mundo se preparando para vender cotas
dos países subdesenvolvidos e países em desenvolvimento que, em geral, emitem menos
poluentes para os que poluem mais. Enfim, preparam-se para negociar contratos de
compra e venda de certificados que conferem aos países desenvolvidos o direito de poluir.
O profissional que atua com educação ambiental não precisa ser necessariamente
um professor, entretanto, é no campo da educação que ele encontra espaço para
desenvolver projetos que levem à conscientização necessária que tanto precisamos para
proteger e usar racionalmente os recursos da natureza. Nesse caminho, segundo Pires
(1998, p.54) citado por Vidal (2004, p. 165), a escola:
enquanto ensino formal, ainda apresenta-se contraditória, pois, assim como ela
ainda reproduz as condições sociais e econômicas, também, deve buscar uma
forma de capacitação para a apropriação dos meios para a compreensão e
transformação da sociedade em que está inserida, portanto, ela deveria levar a
educação a ser um meio de transformação social e a partir daí, poderia
incentivar transformações ambientais rumo à sustentabilidade. (PIRES, 1998,
. 54 apud VIDAL, 2004, p.165)
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Para Guareschi (2002, p. 110), citado por Vidal (2004, p. 181) de nada adiantam
belos discursos, cheios de propósitos e palavras libertadoras, se a prática é dominadora.
Mas se numa escola, educadores e educandos se propuserem a vivenciar e promover
novas relações sociais, baseadas na igualdade, no respeito, no diálogo, então sim, essa
sociedade começa a mudar. As pessoas que se acostumam a uma prática democrática vão
levar essa prática às outras situações sociais em que elas vivem, como: às igrejas, às
famílias, aos locais de trabalho, entre outros.
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O documento da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e
Cultura (Unesco), 1977 – Educating for a Sustentainble Future – mostra que uma
premissa básica para a educação é a interdependência das variadas formas de vida e
salienta a relação dessa ótica educacional com a construção de uma nova ética.
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disciplinar rígida. A transversalidade promove uma compreensão abrangente
dos diferentes objetos de conhecimento, bem como a percepção da implicação
do sujeito de conhecimento na sua produção, superando a dicotomia entre
ambos. Por essa mesma via, a transversalidade abre espaço para a inclusão de
saberes extraescolares, possibilitando a referência a sistemas de significado
construídos na realidade dos alunos. (PCN, 1997, p. 26).
De acordo com o PCN (1997, p. 30), os Temas Transversais, portanto, dão sentido
social a procedimentos e conceitos próprios das áreas convencionais, superando assim o
aprender apenas pela necessidade escolar de “passar de ano”.
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Podemos concluir que um dos principais objetivos da educação ambiental consiste
em permitir ao ser humano compreender a natureza complexa do meio ambiente que
envolve a interação dos aspectos físicos, culturais, sociais e biológicos, o que se dará
quando percebermos que pequenas atitudes tomadas em relação ao meio ambiente, a nível
micro, pode ter consequências internacionais.
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REFERÊNCIAS
ALVES, Helena Maria Ramos; VIEIRA, Tatiana Grossi C.; ANDRADE, Helcio.
Sistemas de Informações Geográficas na avaliação de impactos ambientais
provenientes de atividades agropecuárias. Lavras: UFLA, 2004.
ANSARAH, Marília Gomes dos Reis (Org.). Turismo. Como aprender, como ensinar.
São Paulo: Editora SENAC, 2001. 406 p.
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Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Senado Federal, Centro
Gráfico, 1988.
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MMA. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Coordenação da Amazônia. SCA.
Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil. Brasília: 2007.
VIEIRA, João Luiz de Abreu. Texto básico de educação ambiental para primeiro e
segundo graus. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/biologia/textos/m_a_txt8.html>
Acesso em 10 dez. 2008.
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