Você está na página 1de 9

A3P

A3P

O que é A3P?

A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um programa do Ministério do Meio


Ambiente que objetiva estimular os órgãos públicos do país a implementarem práticas de
sustentabilidade. A adoção da A3P demonstra a preocupação do órgão em obter eficiência na
atividade pública enquanto promove a preservação do meio ambiente. Ao seguir as diretrizes
estabelecidas pela Agenda, o órgão público protege a natureza e, em consequência, consegue
reduzir seus gastos.

O Programa A3P se destina aos órgãos públicos das três instâncias: federal, estadual e
municipal; e aos três poderes da República: executivo, legislativo e judiciário. É uma agenda
voluntária – não existe norma impondo e tampouco sanção para quem não segue as suas
diretrizes. Mas a adesão ao Programa é cada vez maior por dois motivos:

1. Adotar uma agenda ambiental no órgão é uma exigência dos tempos modernos, quando a
população do planeta se vê diante de uma crise provocada pelas mudanças climáticas e o
aquecimento global. O que fazer para evitar que a catástrofe anunciada seja maior ainda? Usar
de forma racional os recursos naturais.

2. A sociedade exige da administração pública a implementação de práticas que tenham como


princípio a sustentabilidade do planeta, que são as diretrizes da A3P.

A maior parte dos órgãos públicos já adota procedimentos considerados sustentáveis. Em


diversas instituições, a coleta seletiva, por exemplo, é uma prática comum; em algumas foi
adotado sistema para evitar o desperdício de água; outras estabeleceram que toda licitação será
dentro de critérios de sustentabilidade. O que o Programa A3P fez foi sistematizar em eixos
temáticos aquilo que é fundamental para um projeto de sustentabilidade, hoje disperso em
diversos órgãos. São seis eixos: Uso dos recursos naturais; Qualidade de vida no ambiente de
trabalho; Sensibilização dos servidores para a sustentabilidade; Compras sustentáveis;
Construções sustentáveis; e Gestão de resíduos sólidos.

A A3P fornece assistência técnica aos seus parceiros de sustentabilidade, os órgãos públicos
que implantaram a Agenda. A formalização da parceria entre o MMA e o órgão público se dá
pela assinatura de documento intitulado Termo de Adesão – a burocracia é mínima e o processo
dura em média dois meses.

O Programa A3P integra o Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis (DPCS), que,


por sua vez, faz parte da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do
Ministério do Meio Ambiente. Para saber mais, você também pode consultar nossa lista de
respostas para perguntas frequentes.

Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P

O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades do presente sem


comprometer a qualidade de vida das gerações futuras.

Em seu sentido mais amplo, a estratégia de desenvolvimento sustentável visa promover a


harmonia entre os seres humanos e entre a humanidade e a natureza. No contexto específico
das crises do desenvolvimento e do meio ambiente surgidas nos anos 80, o desafio das
instituições nacionais e internacionais está na elaboração de sistemas :

 Político - que assegure a efetiva participação dos cidadãos no processo decisório;

 Econômico - capaz de gerar excedentes e conhecimento técnico em bases confiáveis e


constantes;

 Social - que possa resolver as tensões causadas por um desenvolvimento não- equilibrado;

 De Produção - que respeite a obrigação de preservar a base ecológica do desenvolvimento;

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 1
A3P

 Tecnológico - que busque constantemente novas soluções;

 Internacional - que estimule padrões sustentáveis de comércio e financiamento, e

 Administrativo - flexível e capaz de se auto-corrigir.

O Relatório Brundtland

A partir da definição de desenvolvimento sustentável pelo Relatório Brundtland, 1987, pode-se


perceber que tal conceito não diz respeito apenas ao impacto da atividade econômica no meio
ambiente. Desenvolvimento sustentável se refere principalmente às conseqüências dessa
relação na qualidade de vida e no bem-estar da sociedade, tanto presente quanto futura.
Atividade econômica, meio ambiente e bem-estar da sociedade formam o tripé básico no qual se
apoia a idéia de desenvolvimento sustentável.

A aplicação do conceito à realidade requer, no entanto, uma série de medidas tanto por parte do
poder público como da iniciativa privada, assim como exige um consenso internacional. Um
exemplo clássico de como é mister o consenso internacional é a questão do acidente nuclear na
usina de Chernobyl, hoje cidade ucraniana e que, na época do evento, integrava a União
Soviética.

É sabido que a antiga URSS era um país fechado, que não se sujeitava a mecanismos de
controle da comunidade internacional, como por exemplo, os da AIEA — Agência Internacional
de Energia Atômica. As conseqüências foram tão drásticas que geram impactos até os dias de
hoje. No passado, milhares de vidas foram perdidas. E durante alguns anos muitas ainda se
perderão.

É preciso frisar também a participação de movimentos sociais, constituídos principalmente na


forma de ONGs (Organizações Não-Governamentais), na busca por melhores condições de vida
associadas à preservação do meio ambiente e a uma condução da economia adequada a tais
exigências.

Estratégias

Segundo o Relatório Brundtland, uma série de medidas devem ser tomadas pelos Estados
Nacionais: a) limitação do crescimento populacional; b) garantia de alimentação a longo prazo; c)
preservação da biodiversidade e dos ecossistemas; d) diminuição do consumo de energia e
desenvolvimento de tecnologia que admitem o uso de fontes energéticas renováveis; e) aumento
da produção industrial nos países não-industrializados à base de tecnologia ecologicamente
adaptadas; f) controle da urbanização selvagem e integração entre campo e cidades menores; g)
as necessidades básicas devem ser satisfeitas.

No nível internacional, as metas propostas pelo Relatório são as seguintes: h) as organizações


do desenvolvimento devem adotar a estratégia de desenvolvimento sustentável; i) a comunidade
internacional deve proteger os ecossistemas supranacionais como a Antártica, os oceanos, o
espaço; j) guerras devem ser banidas; k) a ONU deve implantar um programa de
desenvolvimento sustentável.

No que tange à esfera privada, a ONG Roy F. Weston recomenda que o conceito de
desenvolvimento sustentável, assim que é assimilado pelas lideranças de uma empresa e passa
a ser almejado como uma nova forma de se produzir sem trazer prejuízos ao meio ambiente e,
indiretamente, à sociedade em geral, deve se estender a todos os níveis da organização, para
que depois seja formalizado um processo de identificação do impacto da produção da empresa
no meio ambiente.

Em seguida, é necessário que se crie, entre os membros da empresa, uma cultura que tenha os
preceitos de desenvolvimento sustentável como base. O passo final é a execução de um projeto
que alie produção e preservação ambiental, com uso de tecnologia adaptada a este preceito
(como empresas que atingiram metas de aplicação de um projeto de desenvolvimento
sustentável a ONG cita a 3M, o McDonald’s, a Dow, a DuPont, a Pepsi, a Coca-Cola e a
Anheuser-Busch).

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 2
A3P

A ONG prega que não se deve implementar estratégias de desenvolvimento sustentável de uma
só vez, "como uma revolução, mas como uma evolução", de forma gradual, passo a passo. É
preciso ainda que haja uma integração entre indústria, comércio e comunidade, de forma que um
programa de melhorias sócio-ambientais numa região se dê de forma conjunta e harmoniosa.

O poder público, tanto no âmbito municipal como nos âmbitos estadual e nacional, deve atuar de
maneira a proporcionar adequadas condições para o cumprimento de um programa de tal
proporção, desde a feitura de uma legislação apropriada ao desenvolvimento sustentável até a
realização de obras de infra-estrutura, como a instalação de um sistema de água e esgoto que
prime pelo não-desperdício e pelo tratamento dos dejetos.

Algumas outras medidas providenciais para a implantação de um programa o mínimo adequado


de desenvolvimento sustentável são: uso de novos materiais na construção; reestruturação da
distribuição de zonas residenciais e industriais; aproveitamento e consumo de fontes alternativas
de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica; reciclagem de materiais aproveitáveis; não-
desperdício de água e de alimentos; menor uso de produtos químicos prejudiciais à saúde nos
processos de produção alimentícia.

Realizar um programa de desenvolvimento sustentável exige, enfim, um alto nível de


conscientização e de participação tanto do governo e da iniciativa privada como da sociedade.
Para tanto, não se deve deixar que estratégias de tal porte e extensão fiquem à mercê do livre
mercado, visto que os danos que se visam resolver são causados justamente pelos processos
desencadeados por um modelo de capitalismo que aparenta ser cada vez mais selvagem e
desenfreado. Ainda mais, se levarmos em conta o fato de que um dos requisitos básicos do
conceito de desenvolvimento sustentável é a satisfação das necessidades básicas da população,
principalmente dos pobres.

Apesar de passar por problemas políticos, relacionados ao desperdício e à destinação


inadequada do lixo urbano, o Brasil é reconhecido como o país que mais recicla no mundo. Isso
se deve principalmente às pequenas iniciativas isoladas que partem das comunidades e acabam
ganhando grandes proporções.

O Lixo Urbano

O destino dado ao lixo urbano é uma preocupação crescente neste fim de século. Bilhões de
reais são perdidos no Brasil pela não reciclagem de lixo. A adesão à coleta seletiva
proporcionaria a obtenção de produtos recicláveis com menor grau de impurezas, o que elevaria
seu valor de mercado.

O lixo é o conjunto de resíduos sólidos resultantes da atividade humana. Ele é constituído de


substâncias putrescíveis, combustíveis e incombustíveis. O problema do lixo tem objetivo comum
a outras medidas, mais uma de ordem psicológica: o efeito da limpeza da comunidade.

O lixo tem que ser bem acondicionado para facilitar sua remoção. Às vezes, a parte orgânica do
lixo é triturada e jogada na rede de esgoto. Se isso facilita a remoção do lixo e sua possível
coleta seletiva, também representa mais uma carga para o sistema de esgotos. Enquanto a parte
inorgânica do lixo vai para a possível reciclagem, a orgânica pode ir para a alimentação dos
porcos.

O sistema de coleta tem que ter periodicidade regular, intervalos curtos, e a coleta noturna ainda
é a melhor, apesar dos ruídos. O lixo não pode ser lançado em rios, mares ou a céu aberto.
Deve sim ser destinado para um aterro sanitário (procedimento mais indicado) ou incinerado.

Não existem levantamentos que determinem com exatidão quanto se perde com o não
reaproveitamento do lixo. Contudo é indiscutível a necessidade de se adotar um planejamento
global dos resíduos mediante a criação de instrumentos legais para incentivar a reciclagem. As
opções podem ser a cobrança de taxas do cidadão sobre o lixo não separado ou a
obrigatoriedade de as empresas adotarem medidas de reutilização de materiais descartáveis.

Muitas fábricas de móveis já utilizam o papelão como matéria-prima para a base de seus
produtos. A técnica é usada principalmente na Europa, onde é comum encontrar cadeira e
poltronas feita de papelão.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 3
A3P

A profissão de "reciclador" cresce no mesmo rítmico dos índices de desemprego no Brasil. É


pelo vai e vem de bandejas repletas de copos de refrigerante e embalagens mirabolantes feitas
para guardar um simples sanduíche que se reconhece a praça de alimentação de qualquer
shopping center.

O lixo orgânico como cascas de frutas, folhas secas e restos de alimentos podem se transformar
em adubo ao ser implantado um processo de compostagem ou de minhocultura, sendo
transformado em húmus e ser utilizado como adubo, ao mesmo tempo em que se consegue
acabar com uma grande parte de moscas, ratos entre outros que s alimentavam dos restos de
comida espalhados,

O conceito de reciclagem não se resume somente à questão ambiental. Ao se trabalhar com


reciclagem também se recicla a mão-de-obra excluída pelo mercado.

Padrões De Consumo E A A3P

Na busca de soluções para a promoção das mudanças dos padrões de consumo e produção, o
MMA lançou , em 1999, o desafio às instituições governamentais consubstanciada na publicada
"Agenda Ambiental na Administração Pública - A3P , juntamente com vídeo educativo e
motivador de novos comportamentos. Em 2004, foi criada a chamada Rede A3P para viabilizar a
troca de conhecimentos entre as Administração Pública e assim tornar palpáveis alguns dos
conceitos do desenvolvimento sustentável.

A Agenda Ambiental na Administração Pública — A3P é um projeto desenvolvido no Ministério


do meio Ambiente desde 1999, e tem por objetivo estimular a adoção de critérios
socioambientais na gestão dos órgãos públicos, visando minimizar e ou eliminar os impactos de
suas práticas administrativas e operacionais no meio ambiente, por meio da adoção de ações
que promovam o uso racional dos recursos naturais e dos bens públicos, além do manejo
adequado dos resíduos.

Busca-se adequar o comportamento do consumo do Governo aos preceitos constitucionais


sobre a responsabilidade ambiental compartilhada, que é tarefa de todos os segmentos da
sociedade, do setor público e do produtivo.

A A3P é implementada por meio de uma Comissão Gestora no âmbito do MMA, e da Rede A3P,
a qual dissemina informações sobre os objetivos e a metodologia de implementação da Agenda
Ambiental. Desde abril de 2005, na Rede A3P, órgãos públicos de diferentes instâncias têm
acesso a informações sobre o desempenho dos órgãos parceiros, fóruns de discussões, entre
outros assuntos de interesse comum.

Em 2005, houve um aumento de mais de 200% de órgãos que aderiram à A3P , indicando uma
nova tendência de adequação das instituições do poder público à política de prevenção dos
impactos negativos ao meio ambiente.

O que fazer com o crescente volume de lixo que se acumula na Administração Pública? Como
usar de forma adequada os recursos naturais — água e energia, dentro da instalação predial
ocupada pela administração pública ? Como ter certeza de que o governo adquire produtos de
empresas que respeitam o meio ambiente? Como capacitar gestores públicos em relação às
questões ambientais? Como a Administração Pública pode incorporar, nas suas atividades de
rotina, os princípios do desenvolvimento sustentável? O preço da vida tem que estar embutido
no cálculo de custo.

Cuidar do lixo é também cuidar da saúde, com esse olhar, a Fiocruz tendo como piloto a ENSP
se encontra em processo de parceria com o Ministério do Meio Ambiente ao mesmo tempo em
que lidera no município do Rio de Janeiro a Rede A3P .

Os objetivos deste desafio são:

 Reduzir o consumo e o desperdício,

 Reutilizar os materiais, e

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 4
A3P

 Reciclar.

Estes são os princípios básicos para a eliminação ou minimização de impactos negativos sobre o
meio ambiente decorrentes das atividades humanas. Estes princípios começaram a ser
difundidos no Brasil após a Conferência Mundial sobre o meio ambiente realizada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) no Rio de Janeiro, em 1992

Em relação aos resíduos, na ENSP o material coletado vai para a estação de triagem, onde tudo
é separado por tipo de material e em seguida comercializado. Papéis, metais, filmes e plásticos
são vendidos para "atravessadores" por causa das exigências das indústrias com relação ao lote
mínimo. Plásticos rígidos e vidro são vendidos diretamente às indústrias. Outra parte do material
coletado pode ser vendida para sucateiros na forma de "mistão" em que é comprado o conteúdo
total do caminhão sem separação prévia.

No Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental, que também faz parte da ENSP,


começamos a realizar pequenas mudanças de comportamento, que reduzem,
consideravelmente, o lixo produzido por este Departamento. Podemos citar o reaproveitamento
do verso de papéis impressos sem importância; desligar o monitor dos computadores na hora do
almoço, diminuindo o consumo de energia do setor e; restringir a um único ramal as ligações
para celular, outros estados e países

O próximo passo da FIOCRUZ será a implantação da Coleta Seletiva no Campus. Para que esse
passo seja realizado, precisamos promover campanhas de Educação Ambiental nos outros
prédios e Departamentos do Campus.

O Que É O Programa Agenda Ambiental Na Administração Pública?

A sobrevivência das organizações públicas ou privadas estará assentada - sem a menor dúvida -
na nossa capacidade de atualizar o seu modelo de gestão, adequando-o ao contexto da
sustentabilidade.

Esse contexto envolve a inserção de critérios ambientais e sociais, mas é sobretudo uma
ambiência nova, um modo de perceber as relações coletivas dentro de um constante
aprimoramento da qualidade de vida do trabalhador, sua saúde e bem-estar.

O momento em que vivemos é de correção de hábitos de desperdício e desatenção. Há a


necessidade de motivar os servidores públicos para estarem abertos a mudanças nos
procedimentos administrativos. Essa abertura requer a participação de profissionais de todas as
áreas, independentemente de cargo ou grau de responsabilidade, em um processo que deve ser
encarado com naturalidade e maturidade, pois além de muito dinâmico, está voltado para as
exigências da sociedade e sua economia de mercado.

O programa Agenda Ambiental na Administração Pública, identificado como A3P, é, nesta


perspectiva, uma ação de caráter voluntário, que pretende induzir a adoção de um modelo de
gestão pública que corrija e diminua impactos negativos gerados durante a jornada de trabalho.
O meio de conseguir isso é o uso eficiente dos recursos naturais, materiais, financeiros e
humanos.

Este programa vêm sendo coordenado pela Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento
Sustentável e tem levado sua experiência aos órgãos governamentais, nos três níveis de
governo, mediante solicitação dos interessados.

Qual O Objetivo Do A3P?

Muitas organizações e instituições governamentais ou não-governamentais têm construído


agendas ambientais e agendas 21. Nesse processo, pensar sobre o meio ambiente e suas
interfaces equivale a desenvolver um plano de ações que contemple as possibilidades de
execução de cada instituição.

Na avaliação das implicações ambientais, não se pode esquecer que o homem é o integrante
diferencial do meio ambiente - que, na prática é um todo formado por partes igualmente
complexas, geralmente frágeis e passivas.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 5
A3P

Numa perspectiva mais ampla, à AP soma-se a toda instituição que já se moveu no sentido de
que é preciso repensar sua posição diante das ações que vem sendo realizadas
antecipadamente pela iniciativa privada.

Antes de desencadear uma ação dessa natureza, é preciso que seja estabelecido um processo
metodológico básico, contínuo, capaz de orientar as etapas, desde a sua concepção até a
implementação das ações e sua manutenção. Conheça como o Ministério do Meio Ambiente -
MMA vem construindo a sua Agenda Ambiental, visando a melhoria das relações com o
ambiente, em suas atividades diárias, e das relações interpessoais entre os servidores.

Histórico

O Programa Nacional de Educação Ambiental, elaborado e aprovado pelo MMA em 1999, previa
a construção de agendas ambientais por um processo participativo que possibilite o aprendizado
das questões ambientais. Aqui entra a reflexão de cada ser humano para criar uma fase
transitória entre o velho e o novo paradigma.

Com o resgate de valores esquecidos e a adoção de novos seremos capazes de mudar


comportamentos, hábitos e atitudes, visando a vida saudável da geração presente e o não
comprometimento da boa qualidade para as gerações futuras.

Em agosto de 1999, o MMA criou a Comissão Permanente, composta por representantes de


suas unidades, incluindo o Ibama, além de um representante do Centro de Desenvolvimento
Sustentável da Universidade de Brasília. Essa comissão, juntamente com os demais servidores
voluntários, identificou problemas e propôs ações básicas para solucioná-los, de um modo
contínuo, que sempre se renova.

Da mesma forma, cada representante de unidade ficou responsável por procedimentos que
considerassem peculiares à ambiência de suas unidades, num processo de multiplicação e
incorporação de atitudes próprias e saudáveis.

A partir de setembro de 2000, o Programa A3P passou a ser incluído nas ações de competência
da Secretaria de Políticas para o Desenvolvimento Sustentável, que estabelece a ligação com as
ações administrativas que buscam a ecoeficiência governamental.

No período de 1999/2000, 16 reuniões visaram distribuir tarefas, realizar diagnósticos, colher


sugestões junto aos servidores, caracterizar e quantificar os resíduos gerados e identificar
materiais alternativos. Visaram ainda avaliar a inclusão de critérios ambientais nos processos
licitatórios, dando preferência aos parceiros com os mesmos princípios ambientais.

Mais estabelecer novas formas de sensibilização e motivação dos servidores, elaboração de


materiais didático-pedagógicos, informativos, e a promoção de eventos para uma troca
descontraída de informações. Foram utilizados os seguintes meios de divulgação:

a) notas no informativo diário do MMA - InforMMA, inclusive pela internet

b) atividades do grupo de teatro da Diretoria de Educação Ambiental

c) exposição/balanço dos trabalhos realizados pela Comissão Permanente

d) iniciado o processo de gestão ambiental, enfocando a gestão dos resíduos gerados e o uso
racional de insumos, a partir de princípios ambientalmente corretos

Metodologia

Este processo-piloto de construção da Agenda Ambiental utiliza metodologia que inclui aspectos
lúdicos (manifestações artísticas) ao lado de novos processos administrativos, e que poderão ser
disponibilizados para outros interessados, instituições governamentais ou ONGs.

Conheça detalhes da primeira etapa de trabalho da Comissão Permanente do MMA na


implementação da sua Agenda Ambiental, que ouviu sugestões encaminhadas pelos servidores.

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 6
A3P

Apresentamos a seguir os "Primeiros Passos" em direção à melhoria do desempenho ambiental


das atividades deste Ministério, bem como, da qualidade das relações humanas.

Resumo Dos "Primeiros Passos"

Realizada a Série Vídeo, Módulos I e II, para os prestadores de serviços gerais,

Implantada a Campanha Brasília Recicla de Coleta Seletiva de Papel (em média 1200 Quilos por
mês) e vidro,

Colocado um PEV (Ponto de Entrega Voluntária) para coleta seletiva de vidro (média de 300kg a
cada 2 meses),

Implantado programa de redução do consumo de papel (10% de redução),

Distribuídos aos servidores copos de vidros com a logomarca da Campanha Brasília Recicla, em
substituição aos copos descartáveis,

Programa de sensibilização, tendo o teatro e outras atividades lúdicas como forma de


mobilização e difusão de informações sobre a Agenda Ambiental e o Programa,

Apresentados aos servidores os dados e informações sobre os "Primeiros Passos" previstos na


Agenda Ambiental - em dezembro/99,

Exposição de artes com material alternativo "A arte do Lixo", visando implantar as "Oficinas de
Talentos",

Estimulada a Campanha do Bloco: aproveitamento de papéis com um lado ainda branco para a
confecção de blocos de rascunho,

Substituídas as torneiras tradicionais por torneiras com temporizador e instaladas válvulas


automáticas nos lavatórios masculinos,

Aprimorado do programa de manutenção de ar condicionado,

Realizado Curso de Formação de Brigadas de Incêndio,

Interrompido o acesso de pedestres nas passarelas adjacentes ao prédio, por questões de


segurança,

Substituídos os carpetes por pisos paviflex,

Realização das Oficinas de Talentos - arte como sensibilização,

Oferecidos os Cursos de Caixas Ecológicas e Arte em Jornal (março-julho/2000),

Apresentado o Programa A3P durante a reunião do Comitê Nacional de Desburocratização


junho/2000,

Realizada a exposição em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente, sobre ações


de meio ambiente nas escolas públicas e particulares (junho/2000),

Adequados e saneados os espaços destinados à passagem das linhas de distribuição de água,

Realizada exposição de objetos de arte (luminárias) confeccionadas com materiais naturais,

Implantada a coleta seletiva de copos descartáveis usados (novembro/2000),

Realizada a adaptação dos lavatórios masculino e feminino (térreo), para pessoas que
necessitam de cuidados especiais,

Realizado o I Fórum das Agendas Ambientais Institucionais (dezembro/2000),

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 7
A3P

Estabelecida a parceria com a Prefeitura de Palmas para implantação da Agenda Ambiental na


Administração Pública naquele Município,

Realizada "Oficina de Talentos" e Palestra sobre A3P no Ministério da Saúde,

Realizada palestra sobre o tratamento de lâmpadas fluorescentes usadas.

Considerações

As ações constantes da agenda levaram ainda em consideração os diagnósticos e


levantamentos realizados pela Comissão, elaborados no sentido de nortear as demandas na
área administrativa e comportamental.

Estes dados permitiram também definir, além do perfil dos funcionários - independente de suas
funções (administrativo, técnico, prestador de serviços, segurança e recepção) - as
características de cada setor, de suas responsabilidades, comprometimento e competências.

O trabalho com base em números permite, juntamente com a área administrativa, elaborar
programas de redução específicos, estabelecendo metas quantificáveis a serem realizadas e o
custo envolvido para a realização do conjunto de ações.

É essencial, no entanto, que seja dado grande ênfase ao processo de sensibilização voltado aos
responsáveis pelo setor de compras e de distribuição de materiais.

Os cursos e treinamentos realizados na área de recursos humanos permitiram a convivência


entre colegas e servidores, incluindo ações lúdicas realizadas, assim como através dos cursos
específicos para os prestadores de serviços gerais, Série Vídeo I e II, Cursos de Formação de
Brigadas, Oficinas de Talentos ou ainda entre os membros da Comissão e seus respectivos
colegas.

Passo A Passo Para Implantar A A3P

A implantação da Agenda Ambiental na Administração pública demanda comprometimento


institucional, coletivo e individual. Para implantá-la na sua instituição, é necessária a
formalização do Termo de Adesão entre o MMA e o órgão interessado.

Primeiro Passo: Criar A Comissão Gestora Da A3p

A Comissão ficará encarregada de sensibilizar os gestores sobre a importância da


implementação do programa e deverá planejar, executar e monitorar as ações da agenda.
Recomenda-se que a Comissão possua entre 5 e 10 membros, contemplando, sempre que
possível, representantes de todas as áreas da instituição – medida fundamental para obtenção
de apoio e participação coletiva. A Comissão deve ser institucionalizada por meio de instrumento
legal pertinente, como Portaria ou Instrução Normativa.

Para o caso de instituições de abrangência nacional, com representações em outras Unidades


da Federação, ou órgão de abrangência estadual com representação municipal, sugere-se a
criação de Subcomissões devidamente dispersas pelas unidades regionais. É fundamental que
Comissões e Subcomissões mantenham mecanismos de comunicação, a fim de que sejam
mantidas a unificação e transversalidade do programa.

Segundo Passo: Elaborar Diagnóstico

Depois de formada a Comissão, é necessário que haja um levantamento de dados da situação


socioambiental da instituição. Esse processo é imprescindível no direcionamento das medidas,
pois estas serão adotadas de acordo com as necessidades diagnosticadas. O diagnóstico deve
ser baseado nos Eixos da A3P, isto é: uso racional dos recursos naturais e bens públicos; gestão
adequada dos resíduos gerados; qualidade de vida no ambiente de trabalho; sensibilização e
capacitação dos servidores; contratações sustentáveis e construções sustentáveis.

A Comissão Gestora será responsável pela elaboração do diagnóstico que deverá:

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 8
A3P

● Mapear os gastos da instituição com energia, água, materiais de escritório, entre outros;
● Revisar os programas já existentes de licitação, descarte de resíduos, capacitação, saúde e
segurança do servidor, qualidade de vida no ambiente de trabalho, etc.;
● Avaliar os recursos físicos e financeiros disponíveis para a efetivação do programa;
● Promover a conscientização de todos os setores envolvidos acerca da importância da agenda
para a instituição.

O diagnóstico deve ser realizado pela Comissão, que deverá promover, também, o diálogo entre
gestores, servidores e terceirizados, no intuito de garantir a coletividade e sustentabilidade das
ações adotadas.

Terceiro Passo: Elaborar O Plano De Gestão Socioambiental (Pgs)

Tomando o diagnóstico como base, é hora de definir as atividades e projetos prioritários para a
implantação da A3P na instituição. O Plano de Gestão deve conter as ações, os objetivos e as
metas, bem como os recursos físicos e financeiros necessários e disponíveis. O PGS também
deve organizar um cronograma de execução coerente, adequando as ações às metas pré-
estabelecidas, além de definir os indicadores para acompanhamento e aprimoramento das
atividades, sempre de acordo com a realidade institucional previamente diagnosticada. Durante o
desenvolvimento do Plano de Gestão, é importante envolver o maior número de colaboradores e
setores possível.

No caso de entes federais, a elaboração do Plano de Gestão Socioambiental (PGS) deve


coincidir com o Plano de Logística Sustentável (PLS)*, que pode ser usado alternativamente ao
PGS da A3P.

Quarto Passo: Mobilizar E Sensibilizar

Mobilização e sensibilização são processos contínuos que envolvem o desenvolvimento de


competências institucionais e individuais, que deverão ser amparadas e encorajadas pela
Comissão Gestora. Para execução esta etapa, a Comissão Gestora deverá desenvolver um
Plano de Sensibilização que contenha as ações a serem implementadas, tais como campanhas,
cursos, treinamentos, publicações de material educativo, entre outros; e também as estratégias
de comunicação entre os diferentes setores (cartazes, adesivos, etc). A Comissão Gestora deve
direcionar as ações de sensibilização e capacitação de modo a satisfazer as necessidades da
instituição e também incentivar a adoção de uma postura socioambiental adequada por parte de
todos os servidores e funcionários.

A mobilização deve ser permanente, uma vez que a mudança de hábitos demanda adaptação e
envolvimento coletivo.

Quinto Passo: Avaliação E Monitoramento

A Comissão Gestora deverá construir um sistema de avaliação pensado para verificar o


desempenho das ações, identificar falhas e desenvolver novas abordagens para as atividades
que não atingirem os resultados esperados: por isso é importante definir indicadores que
mensurem os avanços alcançados.

Os indicadores são ferramentas essenciais no processo de planejamento e monitoramento. Eles


são fundamentais no fornecimento de informações em alto nível de especificidade, que
aprimoram o conhecimento acerca da realidade da instituição e possibilitam a construção de
subsídios que permitem a formulação de políticas públicas para as diferentes instâncias ligadas
à gestão ambiental.

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

WWW.DOMINACONCURSOS.COM.BR 9

Você também pode gostar