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INTRODUÇÃO

Uma gestão sustentável é norteada pela ideia de harmonizar


aspectos sociais, ambientais e econômicos, tendo como foco a
sustentabilidade de uma sociedade e a responsabilidade com os
impactos das ações humanas para garantia não só do presente mais
também do futuro.

Hoje em dia, com o crescimento rápido e contínuo da sociedade, a


sustentabilidade tornou-se essencial para o bem estar da população
e do mundo de uma forma geral. Neste contexto, pode-se dizer que
a gestão sempre foi, e ainda será, uma condição indispensável para
o desenvolvimento das sociedades.

A gestão sustentável é norteada pela ideia de harmonizar aspectos


sociais, ambientais e econômicos. Na Gestão Pública, por exemplo,
a sustentabilidade se dá na medida em que todas as decisões
tomadas pelo poder público devam priorizar a manutenção dos
recursos e o melhor uso dos espaços, havendo uma preocupação
com regras e fiscalizações que cumpram as metas sustentáveis

a sustentabilidade se torna fator de suma importância para tornar o


ambiente mais integrado, orgânico, preparado, protegido e dinâmico
para lidar com as diversas demandas que surgem por conta da
globalização e muitos outros fatores que influenciam na
sustentabilidade.
DESENVOLVIMENTO
O que é gestão da sustentabilidade?
A gestão sustentável é a união entre negócios e sustentabilidade. Trata-se de
uma estratégia de gerenciamento em que a empresa avalia o impacto de suas
acções do ponto de vista financeiro, social e ambiental.

Sustentabilidade é a habilidade das sociedades para satisfazer as


necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das
futuras gerações de atenderem as suas necessidades (CMMAD,
1988).

Qual é a principal objetivo da sustentabilidade?

Ela envolve a aplicação de melhores práticas para redução de desperdícios de


matérias-primas e insumos, além de promover a utilização de ferramentas
eficazes para minimizar os impactos negativos que o crescimento e o
desenvolvimento da sociedade podem causar à natureza

Pilares da sustentabilidade
O tripé da sustentabilidade, também conhecido como triple bottom line, foi criado em
1994 pelo empresário britânico John Elkington, mundialmente conhecido como “pai da
sustentabilidade” e um dos precursores da responsabilidade corporativa e do capitalismo
sustentável.

O tripé da sustentabilidade é baseado em três pilares: social, ambiental e econômico. Os


três fatores precisam estar interconectados para que realmente haja sustentabilidade.
Eles devem sempre interagir de forma harmônica, garantindo a integridade do planeta e
da sociedade durante o crescimento e desenvolvimento econômico.

Esses pilares devem orientar políticas públicas, planejamentos de recursos humanos e


financeiros em empresas privadas, e, até mesmo, relações pessoais.
A indiferença a eles nos negócios traz riscos aos limites do planeta, impactando seu
equilíbrio e capacidade de resiliência, às sociedades, podendo aumentar os níveis de
desigualdade, e às organizações, comprometendo sua própria longevidade. Em resumo,
sustentabilidade deve fazer parte da estratégia empresarial.
Assim, um compromisso efetivo com a sustentabilidade impulsiona a inovação, a
coerência entre discursos e ações, o aprimoramento da liderança, a colaboração ao longo
da cadeia de valor e a transparência perante todos os públicos das organizações.

Social
O fator social da sustentabilidade está diretamente relacionado à responsabilidade
social. É, essencialmente, a busca para equilibrar os princípios de equidade, provendo
condições de vida dignas e bem-estar para os indivíduos, estejam eles dentro ou fora das
organizações, buscando oferecer a todos o acesso pleno à cidadania. Para isso, é
necessário o envolvimento de cada um, com intuito de fortalecer o desenvolvimento
social, acesso à educação, cultura, saúde, segurança e lazer.

Ambiental
Esse pilar da sustentabilidade refere-se aos recursos naturais do planeta e a forma como
são geridos por governos, organizações e pela sociedade. A sustentabilidade ambiental
abrange o respeito aos limites do meio ambiente e prima pela conservação dos recursos
naturais como fauna, flora, solo, corpos d'água e ar, provendo condições para que o
ecossistema consiga se regenerar.

Ela envolve a aplicação de melhores práticas para redução de desperdícios de matérias-


primas e insumos, além de promover a utilização de ferramentas eficazes para
minimizar os impactos negativos que o crescimento e o desenvolvimento da sociedade
podem causar à natureza.

Econômica
O aspecto econômico da sustentabilidade está relacionado com a produção, distribuição
e consumo de bens e serviços. A economia deve, sempre, considerar as questões sociais
e ambientais e buscar a gestão inteligente dos recursos naturais.

Trata-se do desenvolvimento econômico respeitando as condições de competividade e


as boas práticas socioambientais (sem prejudicar a sociedade e o meio ambiente). É
importante visar as prioridades de longo prazo e as consequências causadas pela forma
como os recursos são usad

Sustentabilidade empresarial
Sustentabilidade empresarial é o conjunto de ações incorporadas por empresas para
atuarem de forma consciente, envolvendo todo o processo de gestão dos negócios, com
o objetivo de minimizar os impactos negativos ambientais e sociais que provoca.

Essa mudança de rumo dos negócios traz diversos benefícios para as empresas e para a
sociedade de uma maneira geral, como: crescimento consciente, melhoria na relação
com o consumidor, abordagem socioecológica, vantagem competitiva, redução de
custos, estímulo à inovação, além de auxiliar na redução de impactos e mudanças
climáticas.

A sustentabilidade empresarial atrai novos consumidores, investidores e profissionais


que compartilham dos mesmos ideais. Também tem potencial para a geração de novos
modelos de negócios e o fortalecimento das redes de valor. Além disso, práticas
sustentáveis economizam recursos, geram menos desperdício e melhoram o custo de
produção.

O consumidor está mais consciente do peso ecológico e social de suas próprias escolhas.
Assim, as empresas precisam oferecer respostas coerentes sobre o tema. Empresas que
queiram manter a competitividade e rentabilidade ao longo prazo devem corresponder
às expectativas dos seus públicos, primando pelo comportamento consciente e
responsável.

Indústria Sustentável
O mundo está se movendo para um novo padrão de produção e consumo e o setor
industrial está atento a isso. Transformar os desafios da sustentabilidade em
oportunidades de negócios pode resultar em maior eficiência e redução de riscos e
custos. E a indústria nacional está atenta a esse movimento com avanços na mudança de
seus processos e maior consciência ambiental e social.

No Brasil, a indústria está se consolidando como referência na economia verde, com uso
eficiente dos recursos naturais e tem se destacado na busca por oportunidades
associadas à economia de baixo carbono, à economia circular e à bioeconomia. A
consciência de que a imagem corporativa está ligada à postura das empresas em
questões ambientais e sociais aumenta a importância de priorizar ações e políticas
sustentáveis.

“As indústrias brasileiras estão investindo muito em modos limpos de produzir. O


objetivo dos planos que estão sendo adotados é aproveitar melhor insumos e matérias-
primas, cortar drasticamente a emissão de gases de efeito estufa, reciclar materiais,
reutilizar água, fazer uso racional de energias (apostando especialmente nas renováveis)
e gerir resíduos de maneira eficiente, entre outras iniciativas”, destacou Robson Braga
de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em artigo
publicado no final de 2021.

Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as indústrias brasileiras


investiram US$ 32 bilhões em sustentabilidade nos últimos 15 anos. “Ao acelerar as
transformações na produção e trabalhar em cooperação com governos e outras
instituições, a indústria nacional contribui para que o mundo avance em direção ao
desenvolvimento sustentável, com benefícios para todos nós”, finalizou Braga

A título de contextualizar, deve-se conceituar o que é Gestão pública


e sustentabilidade para que esses conceitos deem margens à visão
da sustentabilidade na Gestão.

Para Lima (2007), o termo “gestão pública” configura atos


administrativos que visam corporificar, direta ou indiretamente, as
políticas públicas. Portanto, ela contribui para o desenvolvimento
urbano e econômico do município, mas devendo considerar todos os
seus aspectos singulares, a fim de beneficiar todos os seus
moradores.

Segundo Leff (2009) a sustentabilidade anuncia o limite da


racionalidade econômica, proclamando os valores da vida, da justiça
social e do compromisso com as gerações vindouras.

As junções dessas duas expressões representam muito, porém,


muitas pessoas não sabem o seu significado e sua importância para
uma vivência harmônica.

Cito Dowbor (2012, p.1080):

O ser humano vem de longa trajetória e tradição cultural de que a


natureza é de certa maneira infinita, e o objetivo era dela conseguir
extrair o máximo possível. A empresa que conseguisse tirar mais
petróleo, derrubar mais matas, pescar mais peixe ou extrair mais
água, tirando maior vantagem, mostrava os resultados como prova
de sucesso, de competência.

Porém, essa questão mudou e, hoje, grande parte da população


sofre com essas consequências.
Ainda segundo Dowbor (2007), em 1900 éramos 1,5 bilhão,
atualmente passamos de 7 bilhões de pessoas, entretanto, o planeta
não aumenta sua extensão geográfica. As tecnologias representam
nossa maior esperança. Elas desempenham, se dúvida, um papel
chave. Mas se o sinal é positivo ou negativo é uma grande pergunta
(DOWBOR, 2007).

Com base nos pilares do desenvolvimento sustentável, é possível


desenvolver ações nos âmbitos pessoal, comunitário e global, sendo
eles capazes de minimizar os impactos negativos provocados pelo
homem no meio em que vive.

Na tentativa de colocar em prática um desenvolvimento sustentado


positivo os dirigentes públicos vêm tomando medidas que provocam
mudanças nos valores vigentes da sociedade e também em seus
próprios sistemas operacionais, como citamos acima, as tecnologias.

Os governos federal, estaduais e municipais vêm buscando se


adequar às exigências de preservação com a ajuda de técnicas que
utilizam racionalmente os recursos e evitam a poluição, por exemplo.

Às técnicas e/ou procedimentos foi dado o conceito de tecnologias


limpas[2], ou ambientalmente amigáveis. Estima-se que o uso de
atividades e/ou instrumentos de tecnologias limpas permitirão
aperfeiçoar sustentavelmente as técnicas e procedimentos
necessários.

Vale lembrar que além das tecnologias limpas, existem ainda uma
atividade de progresso para o Desenvolvimento Sustentado e a
execução da atribuição de controle na qual a fiscalização das
empresas privadas é a mesma do serviço público.

Para Dettmer, Socorro, e Katon (2002), dentre as inúmeras ações e


procedimentos que podem ser utilizados como tecnologias limpas
gerenciais destacam-se:

 Melhoria da imagem e responsabilidade social – AS 8000;


 SIG – Informações geoespaciais para uso em cadastros
multifinalitários, como mapeamento e monitoramento de
parques, bancos genéticos, jazidas;
 Contabilidade e finanças ambientais públicas;
 Comunicações ecológicas – cartazes, cartilhas, mapas
ecológicos, roteiros, campanhas;
 SGA – Sistema de Gestão Ambiental – ISO-14.000;
 Tributação como elemento restritivo à poluição;
 Auditoria ambiental;
 Projetos ecológicos de recuperação e melhoria ambiental;
 Plano de proteção ambiental à flora, fauna e recursos naturais;
 Agenda Marrom – qualidade sanitário-ambiental;
 Suprimentos de matérias-primas e insumos – não degradantes
do meio;
 Parcerias e alianças estratégicas para viabilização de projetos
ecológicos;
 Planejamento territorial urbano – Plano Diretor Ecológico;
 Zoneamento ecológico do município (DETTMER, SOCORRO,
E KATON, 2002).
Segundo Freire (1994), a extensão territorial do Brasil dificulta sua
fiscalização, e o desenvolvimento das técnicas exploratórias acelera
o esgotamento dos seus recursos naturais.

Uma medida que poderá mudar esses aspectos é a educação


ambiental, porque mesmo existindo as legislações específicas para a
proteção do meio ambiente, nota-se que a sociedade aumentou suas
atividades que degradam o ambiente em que vivemos.

Silva (2016) propõe que as mudanças de atitudes ocorram


coletivamente, e a melhor forma de acontecer isso é através da
educação. Faz-se necessário uma gestão em prol da educação
ambiental.

Peixoto (2013), em sua fala, diz que a sustentabilidade necessita de


mudança de atitude dos indivíduos através de sua conscientização,
que ocorre através das experiências cotidianas vividas por esses
indivíduos, de modo que as práticas sustentáveis no ambiente
educacional são necessárias para conscientizar e mudar os seus
valores.

É preciso educar a população para isto, é preciso divulgar em


diversos meios de comunicação que a preservação do meio
ambiente é de suma importância para as gerações presentes e
futuras.

Sendo assim, é necessário dizer que “a preservação dos recursos


naturais e produtivos para as gerações futuras pode ser
potencializada através da educação básica” (GAVIÃO; LIMA, 2015).

Segundo Pereira, Vilas Boas e Machado (2013), os indivíduos


devem ter capacidade política, reflexiva e crítica a respeito do tripé
da sustentabilidade [3]. Ao mesmo tempo, é necessário entender que a
educação é o principal agente, incluindo a capacidade das pessoas
de transformarem sua visão de mudança para o desenvolvimento
sustentável.

Para Oliveira (2011), a conscientização das pessoas para a


manutenção do meio ambiente equilibrado é de extrema relevância,
bem como o desenvolvimento das ações governamentais, pois
cooperam para a disseminação das responsabilidades sociais.

Para Barral e Ferreira (2006), todos os entes da federação devem


colaborar para disponibilizar a todos um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, e portanto, são constitucionalmente
responsáveis pela aplicação das políticas públicas que visam
concretizá-lo.

A Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvimento,


relaciona desenvolvimento sustentável ao processo de crescimento
das localidades, cujo principal objetivo é a conservação os recursos
naturais, através do seu uso racional, incorporados às atividades
produtivas. Destacam-se:

 Crescimento renovável;
 Mudança de qualidade do crescimento;
 Satisfação das necessidades essenciais por emprego, água,
energia, alimento e saneamento básico;
 Garantia de um nível sustentável da população;
 Conservação e proteção da base de recursos;
 Reorientação da tecnologia e do gerenciamento de risco;
 Reorientação das relações econômicas internacionais
(CMMAD, 1988).
Como é possível observar através desta citação, a busca de
alternativas sustentáveis se faz necessária para uma melhor
qualidade de vida, seja ela urbana ou não

CONCLUSÃO
Através deste artigo, conclui-se que cada vez mais, faz-se
necessário termos consciência e ações cuidadosas e respeitosas
para com os recursos naturais, que cada vez mais tornam-se mais
escassos.

É necessário que a população como um todo se adaptem e


conscientizem a esta realidade “mundial”, otimizando os recursos,
preservando, reciclando e diminuindo a degradação ambiental na
intenção de preservar o futuro hoje e das novas gerações.
A gestão sustentável é de grande importância para manter o
equilíbrio ecológico. Na Gestão pública sustentável faz-se
necessário manter o crescimento econômico de um determinado
território para que se conservem os recursos naturais para que os
mesmos sejam garantidos para as gerações futura.

É preciso ter esse equilíbrio. Para isto, é preciso ter uma gestão
sustentável (ambiental) para conter a exploração dos recursos
naturais e manter um nível econômico justo e igual a todos.

Pode-se dizer, a título de conclusão, que isto não é uma tarefa fácil.
A promoção da sustentabilidade em grande parte do mundo tem sido
um desafio, pois nem as pessoas estão dispostas a promover a
conservação do meio ambiente.

Pois, não basta apenas uma gestão sustentável, é preciso a


cooperação e a ajuda das pessoas como um todo. A Gestão Pública
sustentável faz seu papel, porém parte da população não se
empenha a isto, pois isso implicaria reduzir determinadas ações,
como: produção industrial poluidora, desperdício e poluição de água.

Faz-se necessário que todos compreendam a ideia de que


desenvolvimento sustentável não significa crescer menos
economicamente, mas fazer a economia crescer com
responsabilidade ambiental, lembrando sempre das futuras
gerações.

Através dessa análise pode-se concluir também, que a gestão


sustentável além de ser necessária deve ser praticada por todos.

REFERÊNCIAS
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26, Fev. 2016.
1.1. Método de pesquisa
A pesquisa que se desenvolve neste trabalho tem como objeto de estudo sugerir diretrizes
de gestão que se propõe a alinhar os princípios da sustentabilidade e a estratégia
organizacional. Inicia-se com levantamento bibliográfico sobre os principais conceitos do
desenvolvimento sustentável e sua aplicação nas práticas gerenciais das organizações. O
segundo passo consistiu no estudo das ferramentas de gestão e indicadores mais
utilizados: Instituto Ethos, Global Iniciative Report (GRI), Escala Akatu, Índice de
Sustentabilidade Empresarial (ISE BOVESPA) e Ibase

Introdução
O conceito de sustentabilidade foi oficialmente apresentado na CMMAD (COMISSÃO...,
1988) e, embora o tema tenha obtido aceitação praticamente unânime pelos países que
participaram da conferência, existiram diversas críticas. Percebe-se que o objetivo da
Comissão Brundtland, ao divulgar este conceito, foi propor uma agenda global, com
propósitos de conduzir a humanidade frente aos principais problemas ambientais do
planeta e ao progresso, sem comprometer os recursos para as futuras gerações.

As pesquisas sobre sustentabilidade em contexto organizacional, em síntese, envolvem


três enfoques. Um, de caráter mais instrumental, que busca investigar, normalmente a
partir de pesquisas qualitativas, os antecedentes das organizações tidas como
sustentáveis no que concerne aos seus valores, crenças e formas de interpretar e
responder às questões ambientais via gestão. Outro, fundamentado principalmente em
análises quantitativas, concentra-se nos impactos das ações sustentáveis sobre os
resultados organizacionais, tais como desempenho financeiro, vantagem competitiva,
gestão de resíduos tóxicos e adoção de certificações como a ISO 14001. E um terceiro,
que envolve reflexões sobre aspectos subjacentes normalmente ignorados quando se
espera êxito na construção de organizações sustentáveis, ele tangencia a discussão sobre
a produção de sentidos ou o sensemaking da gestão. Este enfoque pode ser considerado
incipiente frente aos demais (GLADWIN; KENNELLY; KRAUSE, 1995; SHRIVASTAVA,
1995; STARIK; RANDS, 1995; GAO; BANSAL, 2013; PHILIPPE; BANSAL, 2013).

Estudos envolvendo sustentabilidade e produção de sentido mostram-se relevantes pois,


para Weick (1995), o sentido retrata o processo organizador de experiências nos
ambientes em que as organizações estão inseridas. Diz também respeito às formas como
as pessoas geram suas interpretações. Considerando evidências presentes nas
publicações acadêmicas consultadas como Driver (2006), Ketola (2009), Vergne e Durand
(2010), Garud e Gehman (2012),Gao e Bansal (2013) e empresariais como o GRI (Global
Reporting Initiative), observa-se a predominância de um sentido evolucionário e utilitarista
nas lógicas decisórias e que isto tende a reforçar a priorização de ganhos financeiros
imediatos a partir dos investimentos nos pilares ambiental e social. Fazem-se necessários
estudos mais profundos que incitem reflexões sobre as nuanças encobertas do processo
decisório acerca da sustentabilidade. Todavia, um olhar atento às principais publicações
nacionais e internacionais sobre sustentabilidade em contexto organizacional permite
apreender que permanecem em segundo plano, tanto em importância quanto em número,
estudos envolvendo o compreender do sentido assumido pelas organizações diante de
suas decisões em curso para alcançar a sustentabilidade (GAO; BANSAL, 2013; MUNCK,
2013;BECKMANN; HIELSCHER; PIES, 2014
A gestão da sustentabilidade, diante do prévio contexto apresentado, não envolveria,
portanto, somente compreender os impactos de uma dimensão na outra, mas também a
reflexão sobre as tensões geradas quando são, então, consideradas as diferentes escalas
de tempo para cada uma acontecer. Isso exige jogar luz em aspectos mais amplos e
profundos da sustentabilidade e, a partir deles, encontrar dissensos e ambiguidades que
podem evidenciar os perigos inerentes à propagação de sentidos imediatistas nos
negócios tidos como sustentáveis (DRIVER, 2006). Uma das formas de ampliar a visão e a
consciência sobre rumos tomados seria explicitar as atuais lógicas decisórias em curso a
partir de seu registro em estruturas narrativas. Por conseguinte, seriam possíveis suas
releituras, reorganizações e reinterpretações. Isso permitiria, inclusive, criar opções para
que a postura estratégica pudesse ser sistematicamente reordenada nas direções que
fazem mais jus às premissas da sustentabilidade. Em síntese, aqui se espera fomentar
debates e ponderações sobre trade-offs1, constrangimentos e contradições entre
demandas econômicas de curto prazo e as necessidades ambientais e sociais de médio e
longo prazos, presentes no processo decisório estratégico que circunda a sustentabilidade.

Então, conforme Munck e Borim-de-Souza (2009)e Munck (2013), as organizações


deveriam reconhecer sua responsabilidade em articular as discussões transdisciplinares,
fazendo-as dialogar com o intuito de fundar um modelo que melhor entenda e promova a
sustentabilidade nos negócios. O antropocentrismo deveria ceder lugar ao
‘sustaincentrismo’. Por que não por meio da análise do sentido dado às decisões a partir
da explicitação das narrativas em curso? Hahn et al. (2010) ressaltam que, dada a
natureza multifacetada e complexa do desenvolvimento sustentável, trade-offs e conflitos
nas decisões sobre sustentabilidade corporativa são a regra e não a exceção. Fechar os
olhos para os trade-offs, portanto, resulta em uma perspectiva limitada sobre as
contribuições das empresas para o desenvolvimento sustentável. A boa notícia é que errar
é humano, mas corrigir e acertar também o são. Mas corrigir o quê? A partir de quê? Em
que direção?

A partir de um melhor posicionamento frente aos rumos dados à gestão da


sustentabilidade, pode-se fazer ilações diversas e refletir sobre eles, mas dentro de um
parâmetro e a partir de uma base. Exemplos, em uma perspectiva decisória evolucionária,
alinhada aos preceitos extremistas econômicos, as decisões tendem a favorecer análises
sobre a influência de uma variável na outra. Normalmente envolvem investigações sobre a
relação entre o desempenho socioambiental e o financeiro. Utiliza-se, principalmente, a
perspectiva das partes interessadas e a visão baseada em recursos (RBV) para explicar a
subjacente causalidade. Nessa linha é possível afirmar que o compromisso com a
responsabilidade socioambiental nas empresas reforça o sentido de promover relações
fortes entre os participantes, já que isso tende a gerar valiosos recursos intangíveis e
capacidades para a empresa. Estas contribuem para a redução de conflitos entre os
interessados e constroem boas reputações, pois todos compartilham das mesmas
premissas decisórias (BERMAN et al., 1999; DREJER, 2002; SURROCA; TRIBO;
WADDOCK, 2010). Uma gestão fundamentada nas abordagens extremistas ambientais
tenderia a se restringir, em grande parte, a denunciar ações envoltas à destruição da
natureza e dos bons princípios da sociedade como igualdade e justiça.

Em contrapartida, embora mais complexa, uma gestão com perspectivas integrativas,


passaria pela reflexão sobre a produção de sentidos, ousensemaking, e também por uma
perspectiva decisória temporal. Assim, estaria atenta à complexidade inerente à
requisitada integração dos três pilares da sustentabilidade. Pesquisadores como Gladwin,
Kennelly e Krause (1995) e Starik e Rands (1995) afirmam que sistemas ambientais e
humanos, próximos e distantes, tanto no presente quanto no futuro, devem associar seus
processos decisórios às questões espaciais e temporais, pois a sustentabilidade das
organizações depende de sua capacidade de lidar com prazos longos e interagir com
entidades situadas em diferentes espaços.
Diante dessas considerações, buscou-se por orientações que fossem capazes de
proporcionar melhor discernimento em relação aos rumos do processo decisório que visa a
sustentabilidade. Elaborou-se então uma síntese a partir de Garud, Gehman e
Kumaraswamy (2011), Garud e Gheman (2012), Gao e Bansal (2013) e Bansal e
Desjardine (2014), a qual delimita e classifica as perspectivas decisórias em evolucionária,
relacional e temporal, resumidas no Quadro 2.

De acordo com Hannan e Freeman (1984), as empresas estão institucionalmente


envolvidas em contextos normativos e regulamentares que promovem a inércia
organizacional a partir do reforço de rotinas. O sentido que mais faz sentido é o de alterar
atividades únicas com implicações estratégicas únicas. Consequentemente, gestores
desatentos tendem a enquadrar as questões sociais e ambientais em uma análise simples
de custo e benefício, a qual requer ‘apenas’ cálculos utilitaristas. Em lugar de responder à
turbulência do ambiente frontalmente, os gestores geralmente convencionam um ambiente
simples com regras e rituais simples para alcançarem suas decisões (Boje, 1995). Mas,
lidar com a complexidade e a ambiguidade associadas à gestão da sustentabilidade
ultrapassa sentidos únicos e demanda abordagens integradoras que defendam diferentes
visões e sejam mais receptivas às diferentes escalas temporais do social, do ambiental e
do econômico, além de priorizar o longo prazo

Dessa forma, as proposições aqui defendidas permitem concluir que, ao se reconhecer o


sentido do processo decisório em prol da sustentabilidade, a partir da explicitação de
narrativas em curso, gestores poderão identificar, refletir e denunciar seus impactos
espaço-temporais e respectivos trade-offs a ele inerentes. Embora aqui sejam
consideradas as ressalvas de Weick, Sutcliffe e Obstfeld (2005) em relação
aosensemaking, pois ele não trabalha com a precisão da realidade a partir das narrativas,
mas com a possibilidade de obter melhores histórias que as atualmente contadas,
portando plausíveis, já se avança em relação ao que é comumente praticado hoje.
Normalmente, em contexto organizacional, uma mente ou uma equipe define um caminho
e os demais seguem concordando ou não. Muitas vezes, não refletir sobre uma solução é
o que faz sentido. Este seria um alerta para gestores ou partes interessadas prestarem
atenção aos seus formais e informais laços sociais e como estão reafirmando e
reconstruindo-os a partir de suas decisões. Por isso, o ato de explicitar os sentidos dados
ao processo decisório estratégico não deve ser motivo de afastamento dos sentidos atuais,
mas sim de busca de novos sentidos que proporcionem mais sentido a uma gestão que
almeja construir organizações sustentáveis.

O que é gestão sustentável e sua


importância?
A gestão sustentável é a união entre negócios e sustentabilidade. Trata-se de uma
estratégia de gerenciamento em que a empresa avalia o impacto de suas ações do ponto
de vista financeiro, social e ambiental.

Esse modelo de gestão apoia medidas que permitam a sobrevivência da empresa em


longo prazo, considerando a redução de desperdício de materiais, o desenvolvimento de
produtos menos impactantes para o meio ambiente, a utilização de embalagens
biodegradáveis, além de ações sociais junto à comunidade e a criação de um ambiente de
trabalho com mais bem-estar e qualidade de vida.
Logo, a gestão sustentável muda completamente a forma de fazer negócios, pois nesse
modelo o gestor repensa a cadeia de trabalho e verifica como a empresa atua em cada
área, incluindo processos internos, relação com fornecedores, franqueados, consumidores
e comunidade.

Embora a ideia de sustentabilidade seja frequentemente associada a grandes corporações


globais, pequenas empresas também estão apostando nesse modelo de gestão. Inclusive,
há startups que nascem oferecendo produtos e serviços totalmente sustentáveis,
mostrando que essa questão já não é mais uma tendência empresarial, mas uma
necessidade global.

o aplicar a gestão sustentável, a empresa consegue minimizar os impactos


socioambientais, mas não é só isso. A prática também contribui para a empresa
reduzir custos, aumentar a eficiência operacional e melhorar a sua reputação.
Questões essas que favorecem a estratégia corporativa e garantem a longevidade da
marca.

Vantagens
competitivas da
gestão sustentável
A adoção da gestão sustentável traz diversas vantagens competitivas para as empresas,
especialmente para aquelas que atuam em grandes indústrias. Veja algumas delas:

1. Diferenciação de mercado: Empresas que adotam práticas sustentáveis se destacam


da concorrência, pois os consumidores valorizam cada vez mais marcas
comprometidas com o meio ambiente e responsabilidade social.
2. Redução de custos: A gestão sustentável promove o uso eficiente dos recursos
naturais, reduzindo desperdícios e gerando economia nos processos produtivos.
3. Aumento da eficiência operacional: A otimização dos processos, o uso de tecnologias
limpas e a busca por soluções inovadoras contribuem para o aumento da eficiência
operacional, resultando em melhorias no desempenho empresarial.
4. Acesso a novos mercados: Muitos mercados e clientes têm requisitos sustentáveis para
fornecedores, o que abre oportunidades para empresas que estão alinhadas com tais
demandas.

Principais desafios da
gestão sustentável
nas empresas
Apesar dos benefícios, a implementação da gestão sustentável nas empresas enfrenta
desafios significativos. Alguns dos principais são:

Mudança de mindset e cultura


organizacional
Em primeiro lugar, a mudança de mindset e a promoção de uma cultura organizacional
voltada para a sustentabilidade são desafios complexos. É necessário superar
resistências, capacitar os colaboradores e estabelecer uma mentalidade que valorize a
responsabilidade ambiental e social como parte intrínseca do negócio.

Integração da sustentabilidade nos


processos empresariais
Além disso, integrar a sustentabilidade nos processos empresariais existentes requer uma
revisão profunda das práticas e políticas internas.

É necessário identificar oportunidades de melhoria, estabelecer metas e indicadores de


desempenho. Assim, garantindo que a sustentabilidade seja considerada em todas as
decisões e etapas dos processos.

Engajamento dos colaboradores e


stakeholders
Da mesma forma, o engajamento dos colaboradores e stakeholders é essencial para o
sucesso da gestão sustentável.

É preciso envolver todas as partes interessadas — desde funcionários até fornecedores e


clientes —, comunicando de forma eficaz os objetivos e os benefícios da sustentabilidade,
além de incentivar a participação ativa de todos.

Benefícios da gestão
sustentável nas
empresas
A gestão sustentável traz uma série de benefícios para as empresas, independentemente
do tamanho ou setor em que atuam. Vamos explorar alguns deles:
Redução de custos e eficiência
operacional
A adoção de práticas sustentáveis pode resultar em significativa redução de custos
operacionais. Por exemplo, a otimização do consumo de energia, ou adoção de fontes
mais baratas, como a solar, racionalização do consumo de água, a minimização de
desperdícios e a implementação de processos mais eficientes podem levar a
uma economia financeira substancial no longo prazo.
Além disso, a gestão sustentável estimula a inovação e o uso de tecnologias mais limpas,
que muitas vezes são mais eficientes do ponto de vista energético e operacional. Isso
possibilita que as empresas melhorem sua produtividade e competitividade no mercado.

Atração e retenção de talentos


Cada vez mais, os profissionais buscam trabalhar em empresas que demonstrem um
compromisso real com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Ou seja, a implementação de práticas sustentáveis pode ajudar a atrair e reter talentos
engajados, que compartilham dos mesmos valores e desejam fazer parte de uma
organização que faz a diferença.

Dessa forma, os colaboradores se sentem motivados e orgulhosos em trabalhar para uma


empresa que se preocupa com o meio ambiente e com a comunidade. Isso resulta em
maior satisfação no trabalho, melhor desempenho e menor rotatividade de funcionários.

Reputação e imagem corporativa


positivas
Empresas que demonstram um compromisso genuíno com a sustentabilidade e a
valorização das pessoas são percebidas como mais responsáveis e confiáveis pelos
consumidores, investidores e demais stakeholders.
Uma boa reputação pode abrir portas para novas oportunidades de negócio, parcerias
estratégicas e investimentos. Além disso, em um mundo cada vez mais consciente da
importância da sustentabilidade, uma imagem positiva nessa área pode ser um diferencial
competitivo significativo.

Aderindo ao ESG
A gestão sustentável está intimamente ligada ao conceito de ESG (Environmental, Social
and Governance — Ambiental, Social e Governança).
Nesse sentido, ao aderir ao ESG e implementar práticas sustentáveis, as empresas se
alinham com as expectativas do mercado financeiro e se tornam mais atraentes para
investidores comprometidos com questões ambientais e sociais.

Isso pode resultar em acesso a novas fontes de financiamento e uma melhor posição para
enfrentar riscos e crises.

É essencial que na tomada de decisão de implementar a agenda ESG, a alta


administração da organização esteja consciente de que deverá atuar ativamente para as
práticas adotadas ocorrerem com a participação de toda a empresa, com transparência,
clareza e processos bem definidos.
O objetivo deve ser se tornar cultura organizacional, um pilar para desenvolver qualquer
atividade.

Caso isso não aconteça, a organização pode praticar greenwashing por não conseguir
sustentar o discurso com atuação real e consistente, e nessa situação o preço a se pagar
pode ser demasiadamente alto.

Quais são os benefícios da gestão


sustentável?
Já está provado que a sustentabilidade oferece benefícios reais para os negócios em
diversos setores. Por exemplo:

 melhoria da imagem da marca a partir da promoção da ideia de uma empresa


“verde”;
 ampliação do uso da tecnologia digital;
 facilidade em cumprir a legislação, evitando multas e desgastes perante a opinião
pública;
 atração e fidelização de talentos;
 conquista de novos investidores;
 redução de custos relacionados a energia, água e insumos;
 oportunidade de marketing, atração de novos clientes e aumento das vendas;
 incentivos fiscais para ações de sustentabilidade.

Como fazer uma gestão sustentável?


Agora que você já entende o que é e a importância da gestão sustentável, veja algumas
ideias para implantá-la na empresa.

Avalie as necessidades para criar uma conexão


sustentável
Se um negócio quer se comprometer com a preservação do meio ambiente, o primeiro
passo é uma conexão pessoal com essa necessidade. Logo, o início de uma gestão
sustentável se dá com o entendimento dos cenários de incertezas e amplas mudanças do
chamado mundo VUCA, aliando-os às demandas organizacionais.

Para isso, é preciso observar estudos sobre o tema, cases de sucesso, associar a
tecnologia e ferramentas de gestão, como é o caso de análises preditivas e Business
Intelligence (BI), entre outras, para chegar a um diagnóstico de quão sustentável a
empresa pode ser.

Crie uma agenda de sustentabilidade


Como em toda estratégia de gestão, a criação de uma agenda de transformação é
essencial. Para isso, desenhe o posicionamento desejado e estabeleça ações de curto,
médio e longo prazos.
Lembre-se de que essa é uma agenda dinâmica, ou seja, pode ser modificada conforme
os resultados obtidos com cada ação, especialmente no que tange ao core business,
reestruturação de processos, criação de produtos e relações com os públicos.

Implante ações sustentáveis facilmente


aplicáveis
Sua agenda de sustentabilidade começa com ações simples e de fácil adesão por parte
dos funcionários e até mesmo dos clientes. Por exemplo:

 adote a reciclagem de materiais;


 reduza o consumo de plásticos, como copos descartáveis;
 adote equipamentos econômicos;
 reduza o consumo de água;
 realize treinamentos para criar, aos poucos, uma cultura organizacional para a
sustentabilidade;
 adote ações de economia compartilhada, como o coworking;
 incentive meios de transporte alternativos, como bicicletas, patinetes e caronas;
 utilize insumos recicláveis e não poluentes.

Agora você já sabe que a sustentabilidade, mais que uma consciência ambiental, refere-se
a uma nova acomodação à dinâmica do mercado. Então, é preciso se preparar. Conheça
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inovadora!

Referências
 ANDERSON, P.; TUSHMAN, M. L. Technological discontinuities and dominant designs:
a cyclical model of technological change.Administrative Science Quarterly, v. 35, n. 1,
p. 604-633, 1990.
 BANSAL, P.; DESJARDINE, M. Business sustainability: it is about time. Strategic
Organization, v. 12, n. 1, p. 71-78, 2014.
 BECKMANN, M.; HIELSCHER, S.; PIES, H.; Commitment strategies for sustainability:
how business firms can transform trade-offs into win–win outcomes. Business
Strategy and The Environment, v. 23, p. 18-37, 2014.
 BERGER, P. L.; LUCKMANN, T. Construção social da realidade. São Paulo: Vozes,
2006.
 BERMAN, S. L. et al. Does stakeholder orientation matter? The relationship between
stakeholder management models and firm financial performance.Academy of
Management Journal, v. 5, n. 42, p. 488-506, 1999.
 BRUNER, J. The narrative construction of reality. Critical Inquiry, v. 18, n. 1, p. 1- 21,
1999.

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