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APRESENTAÇÃO
A obra Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agroecologia vem tratar de um conjunto de
atitudes, de ideias que são viáveis para a sociedade, em busca da preservação dos
recursos naturais.
Em sua origem a espécie humana era nômade, e vivia integrada a natureza,
sobreviviam da caça e da colheita. Ao perceber o esgotamento de recursos na região
onde habitavam, migravam para outra área, permitindo que houvesse uma reposição
natural do que foi destruído. Com a chegada da agricultura o ser humano desenvolveu
métodos de irrigação, além da domesticação de animais e também descobriu que a
natureza oferecia elementos extraídos e trabalhados que podiam ser transformados
em diversos utensílios. As pequenas tribos cresceram, formando cidades, reinos e até
mesmo impérios e a intervenção do homem embora pareça benéfica, passou a alterar
cada vez mais negativamente o meio ambiente.
No século com XIX as máquinas a vapor movidas a carvão mineral, a Revolução
Industrial mudaria para sempre a sociedade humana. A produção em grande volume
dos itens de consumo começou a gerar demandas e com isso a extração de recursos
naturais foi intensificada. Até a agricultura que antes era destinada a subsistência
passou a ter larga escala, com cultivos para a venda em diversos mercados do
mundo.
Atualmente esse modelo de consumo, produção, extração desenfreada ameaça não
apenas a natureza, mas sua própria existência. Percebe-se o esgotamento de
recursos essenciais para as diversas atividades humanas e a extinção de animais que
antes eram abundantes no planeta. Por estes motivos é necessário que o ser humano
adote uma postura mais sustentável.
A ONU desenvolveu o conceito de sustentabilidade como desenvolvimento que
responde as necessidades do presente sem comprometer as possibilidades das
gerações futuras de satisfazer seus próprios anseios. A sustentabilidade possui quatro
vertentes principais: ambiental, econômica, social e cultural, que trata do uso
consciente
dos recursos naturais, bem como planejamento para sua reposição, bem como no
reaproveitamento de matérias primas, no desenvolvimento de métodos mais baratos,
na integração de todos os indivíduos na sociedade, proporcionando as condições
necessárias para que exerçam sua cidadania e a integração do desenvolvimento
tecnológico social, perpetuando dessa maneira as heranças culturais de cada povo.
Para que isso ocorra as entidades e governos precisam estar juntos, seja utilizando
transportes alternativos, reciclando, incentivando a permacultura, o consumo de
alimentos orgânicos ou fomentando o uso de energias renováveis.
No âmbito da Agroecologia apresentam-se conceitos e metodologias para estudar os
agro ecossistemas, cujo objetivo é permitir a implantação e o desenvolvimento de
estilos de agricultura com maior sustentabilidade, como bem tratam os autores desta
obra. A agroecologia está preocupada com o equilíbrio da natureza e a produção de
alimentos sustentáveis, como também é um organismo vivo com sistemas integrados
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Agroecologia Capítulo 5 entre si: solo, árvores,
plantas cultivadas e animais.
E-book :Meio ambiente, Sustentabilidade e Agroecologia.Indd( Tayrrone A.Rodrigues,
João Leandro Neto, Denyura O. Galvão)
2
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
3
necessidades básicas das pessoas em todo o mundo no sentido de gerar
oportunidades para o alcance de uma vida melhor.
Conforme António apud Buffara (2003), o momento atual aponta um novo contexto
socioeconômico-ambiental e uma nova responsabilidade a ser assumida. Assim, o
papel social das organizações vem sendo redesenhando de forma mais ampla e
abrangente, caracterizando-se como agentes de transformação e de influência na
sociedade como um todo.
4
fazem parte da base da gestão de comunicação e são importantes para o
planejamento e execução de um projeto.
Deste modo, para as empresas que adotam este procedimento, o Balanço Social e
outros tipos de relatórios, devidamente auditados, permitem aos empresários e aos
agentes sociais identificar, medir e agir sobre os fatos sociais vinculados à empresa,
tanto interna quanto externamente. Com isso, nas empresas que divulgam relatórios
de sustentabilidade, sua adoção é fato e não hipótese (INSTITUTO ETHOS, 2002).
PAREI aqui
5
Identificar e caracterizar os indicadores e relatórios de prestação de contas utilizados
na empresa COPEL para medir e apresentar os resultados de sua gestão sustentável;
e
Identificar e analisar as ações sustentáveis executadas pela empresa.
Dos procedimentos metodológicos, definiu-se a pesquisa exploratória e descritiva, com
abordagem qualitativa, responsáveis pela revisão bibliográfica. Para a pesquisa de
campo, aplicou-se o estudo de caso na COPEL, reconhecida como empresa que tem
empreendido esforços para enquadrar-se como empresa sustentável.
A coleta dos dados deu-se por meio de contatos e conversas informais com a gerência
do Setor de Responsabilidade Social da COPEL, no período entre novembro de 2006
a abril de 2007. E, para a análise do objeto de estudo, utilizou-se o Relatório de
Gestão 2005, elaborado com base nos indicadores da Global Reporting Initiative
(INSTITUTO ETHOS, 2002).
(REVISAR)
.. Podemos verificar nos sites de pousadas que o artesanato e a culinária local estão
presentes e são características marcantes nesses empreendimentos aspectos esses
confirmados no trabalho de campo -, que assim disseminam aspectos da cultural local
nos seus pratos e nas suas dependências, através da decoração. Uma forma de
inserir pessoas da comunidade local que não estão empregadas diretamente nas
pousadas, na atividade turística, muitas vezes ocorre através da compra de produtos
(artesanato, frutos do mar, coco etc.) pelas pousadas ou pela utilização de serviços
(jangadas para passeios, táxis, jardineiros, pedreiros, encanadores etc.) ofertados por
pessoas que pertencem à comunidade local. Alguns autores(BARBIERI, 2004;DIAS,
2006;TACHIZAWA, 2006) entendem que a busca pela RSA pode incluir propostas que
permitam a verdadeira inclusão dos atores da comunidade, o que pode contribuir para
o desenvolvimento sustentável (ARAUJO; BRAMWELL, 1999). Por seu turno, o
turismo de massa frequentemente não valoriza as pessoas nem os interesses das
comunidades onde se implantam (HALL, 1994
Localização da área de Estudo Elaboração: os Autores (2020).A ecoeficiência,
enquanto diretriz para o desenvolvimento sustentável, baseia-se na ideia de otimizar a
produção de bens e serviços sustentáveis e, ao mesmo tempo, reduzir o uso de
recursos naturais, a produção de resíduos e consequentemente o impacto ambiental
(DESIMONE; POPOFF, 2000). SegundoDias (2006), ecoeficiência é um sistema
estratégico produtivo que promove o fornecimento de bens e serviços sustentáveis a
preços competitivos que satisfazem as necessidades humanas, e assim promove a
redução dos impactos ambientais e de consumo de recursos naturais. ...
. A adequação as leis e exigências ambientais não foram os únicos fatores que
impulsionaram a busca por padrões de produção mais sustentáveis, ao longo dos
anos 90. As estratégias de promoção da qualidade e da competitividade cumpriram
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um papel importante no processo de ajuste das organizações brasileiras ao novo
ambiente induzido pela abertura econômica, contribuindo para a melhoria da
ecoeficiência nas empresas (DIAS, 2011). ...
. Nos últimos anos, a sociedade tem aumentado gradativamente a exigência de uma
política de controle, preservação e recuperação ambiental por parte das organizações,
fato que juntamente com crescente regulação do governo tem exercido pressão a fim
de que as mesmas implantem uma gestão ambiental para controlar o Em comparação
com as empresas privadas, na esfera pública, a gestão ambiental nas organizações
ocorre de maneira diferenciada, uma vez que, a utilização de legislações não é apenas
orientadora, mas possuem poder de cobrança, disciplina e punição. Vê-se, também, a
relação da gestão ambiental com um processo educativo de mudança de atitude que
deve promover além da preservação do meio ambiente uma melhor qualidade de vida
(DIAS, 2006;BONISSONI et al, 2009). (2018), a mobilização e a sensibilização
deverão ser encaradas como um processo contínuo para a implantação da A3P,
sendo necessário para isso a elaboração do Plano de Sensibilização contendo as
ações a serem implementadas, tais como campanhas, cursos, treinamentos,
publicações de material educativo, entre outros; bem como as estratégias de
comunicação entre os diversos setores. ...
Quanto a dimensão social do TBL, recomenda-se que a empresa focal compreenda os
impactos negativos causados pela própria empresa e busque se envolver com as
comunidades próximas, desenvolvendo projetos de cunho social, ofereça melhores
condições de trabalho, e assuma sua responsabilidade social (Pullman, Maloni &
Carter, 2009;Coral, 2002). Por fim, no âmbito econômico Dias (2006) afirma que as
empresas devem manter seu negócio economicamente viáveis e rentáveis. A pesquisa
trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, que é essencial para o
entendimento mais profundo do contexto onde algum fenômeno ocorre, permitindo
uma maior aproximação do pesquisador à subjetividade dos fenômenos (Turato,
2005). ...
7
necessário a empresa precaver-se de recursos financeiros e patrimoniais no sentido
de garantir o desempenho dos negócios e cumprimento de suas obrigações
monetárias.
Também é conhecido como o modelo de gestão dos três Ps: People, Planet e Profit,
sendo People - pessoas direta e indiretamente envolvidas; Planet - meio ambiente e
impactos; e Profit - retorno financeiro.
O TBL, segundo Elkington apud Savitz e Weber (2007), sugere que as empresas
avaliem o sucesso não só com base no desempenho financeiro, mas também sob o
ponto de vista de seu impacto sobre a economia mais ampla, sobre o meio ambiente e
8
sobre a sociedade em que atua. Quando positivo reflete o aumento no valor da
empresa, tanto na lucratividade e geração de riqueza para os acionistas quanto sob o
aspecto de seu capital social, humano e ambiental.
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garantindo uma qualidade de vida das civilizações inclusas nas áreas. Um projeto
pensado com bases nos princípios éticos e socioeconômicos garante a
sustentabilidade
de uma região e da confirmação de que mesmo essa área sendo explorada pode
produzir recursos e bem-estar social e econômico.
As práticas e ações são projetadas com êxito, observando todos os recursos
criados para uma sustentabilidade aplicada, são bastante aprimoradas e se recebida
de forma a conceber um equilíbrio para que todos tenham um acesso, isso com
certeza
fortaleceriam as comunidades, mas infelizmente existem fatos que não conseguem
ser colocados em pratica e quando são o retorno é por parte de uma pequena minoria.
3 Indicadores de sustentabilidade
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humanos, trabalho e meio ambiente. Para tanto, conta com a participação das
agências das Nações Unidas, empresas, sindicatos, organizações não
governamentais e demais parceiros necessários para a construção de um mercado
global mais inclusivo e igualitário (INSTITUTO ETHOS, 2006).
3.2 Normas
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um processo em que a própria organização deve identificar as partes interessadas
relativas ao seu negócio, o que a difere da SA 8000 (ORIBE, 2007).
Para manter as certificações, os treinamentos são essenciais, uma vez que eles
disseminam os conhecimentos dos padrões entre os funcionários e ensinam gerentes
a usar melhor a ferramenta. (INSTITUTO ETHOS, 2005).
A ABNT NBR série 16000 é uma norma brasileira voltada para a gestão da
responsabilidade social com foco na melhoria da organização. Estabelece os
requisitos mínimos relativos a um sistema da gestão da responsabilidade social,
permitindo à organização formular e implementar políticas e objetivos que levem em
conta requisitos legais e outros, seus compromissos éticos e sua preocupação com a
promoção da cidadania; a promoção do desenvolvimento sustentável; e a
transparência das suas atividades (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2004).
Segundo Bezerra (2007), esta Norma tem por objetivo prover às organizações os
elementos de um sistema da gestão da responsabilidade social eficaz, passível de
integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus
objetivos relacionados com os aspectos da responsabilidade social.
Dentre as mais conhecidas estão as séries ISO 9000 e ISO 14000. A primeira refere-
se a padrões em qualidade total, e a segunda, direcionada para padrões de proteção
ambiental.
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Outra vantagem da adoção desses padrões é que eles facilitam as negociações entre
países, suprem os governos com bases técnicas para saúde, segurança e legislação
ambiental e auxiliam na transferência de tecnologia para os países em
desenvolvimento. Podem ser adotados tanto no setor privado quanto no público, ou
em órgãos governamentais (INSTITUTO ETHOS, 2005).
3.3 Indicadores
3.4 Relatórios
Relatórios econômico, social e ambiental são meios que as empresas adotam para
relatar e divulgar seu desempenho para todos aqueles que se interessam por esse tipo
de informação, tais como seus parceiros sociais, permitindo-lhes entender seu
relacionamento com a empresa reportada (TINOCO; KRAEMER, 2004).
Quanto ao Modelo Ibase, lançado em 1997, pelo Ibase, inspira-se no formato dos
balanços financeiros e expõe, de maneira detalhada, os números associados à
responsabilidade social da organização. Em forma de planilha, reúne informações
sobre a folha de pagamentos, os gastos com encargos sociais de funcionários, a
participação nos lucros. Também detalha as despesas com controle ambiental e os
investimentos sociais externos nas diversas áreas - educação, cultura, saúde, etc.
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O Modelo Instituto Ethos é baseado num relato detalhado dos princípios e das ações
da organização, incorpora a planilha proposta pelo Ibase e sugere um detalhamento
maior do contexto da tomada de decisões, dos problemas encontrados e dos
resultados obtidos. O Instituto Ethos defende a necessidade de os balanços sociais
adquirirem credibilidade e consistência comparáveis às dos balanços financeiros,
verificando os seguintes princípios: relevância, veracidade, clareza, comparabilidade,
regularidade e verificabilidade.
O Instituto Ethos (2006) sugere que o Balanço Social contemple o resultado tríplice
com os seguintes conteúdos: indicadores de desempenho econômico, indicadores de
desempenho social e indicadores de desempenho ambiental.
Organizada sob o conceito conhecido como triple bottom line, ou tríplice resultado, as
Diretrizes da GRI (INSTITUTO ETHOS, 2002) entendem a sustentabilidade baseada
no equilíbrio nas relações atuais entre necessidades econômicas, ambientais e sociais
sem comprometer o desenvolvimento futuro.
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Mesmo assim, a definição do tipo "resultado triplo" atingiu um certo consenso como
uma boa abordagem inicial para um assunto complexo (INSTITUTO ETHOS, 2002).
O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de
empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a
sustentabilidade empresarial, e também atuar como promotor das boas práticas no
meio empresarial brasileiro.
No questionário do ISE, a esses princípios de TBL foram acrescidos mais dois grupos
de indicadores: a) critérios gerais e de natureza do produto (que questiona, por
exemplo, a posição da empresa perante acordos globais, se a empresa publica
balanços sociais, se o produto da empresa acarreta danos e riscos à saúde dos
consumidores, entre outros); e b) critérios de governança corporativa.
As respostas das companhias são analisadas por uma ferramenta estatística chamada
"análise de clusters", que identifica grupos de empresas com desempenhos similares e
aponta o grupo com melhor desempenho geral. As empresas desse grupo irão compor
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a carteira final do ISE (que terá um número máximo de 40 empresas), após aprovação
do Conselho.
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Socialmente, propicia a construção de uma sociedade mais equitativa. Do ponto de
vista ambiental, possui programas e projetos ambientais integrados e prevê o custo da
externalidade de suas atividades, comprometendo-se em deixar herança saudável
para as gerações futuras.
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Para maior clareza, a Figura 2 evidencia o mapeamento produzido e sugerido como
melhoria para a norma.
Em 2005, a COPEL optou por publicar o primeiro relatório integrado atendendo aos
requisitos da GRI. Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e do
Ibase fazem parte do relatório.
Segundo a Companhia, todos os princípios da GRI foram aplicados para essa edição
do relatório. Os indicadores essenciais e adicionais não aplicáveis aos negócios da
Companhia constam da matriz de localização e correlação como reprovados. Os
indicadores cujas informações não estavam disponíveis em virtude da não realização
de sua coleta de forma sistemática até então, foram tratados como meta para inclusão
em relatórios futuros. Este relatório contém ainda, a correlação de seu conteúdo com
os Princípios do Pacto Global.
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Assim, a Resolução ANEEL nº 444/2001 dispôs sobre a obrigatoriedade para as
concessionárias e permissionárias, a partir de 2002, sofrendo mudança quanto a
Elaboração do Relatório Anual de Responsabilidade Socioambiental das Empresas de
Energia Elétrica por meio do Despacho SFF nº 3.034 de 21/12/2006 (VIEIRA, 2006).
Embora o relatório seja identificado por Relatório de Gestão 2005, nele estão
incorporadas as Demonstrações Contábeis exigidas pela Lei 6.404/76: Balanço
Patrimonial, Demonstração de Resultados, Demonstração das Mutações do
Patrimônio Líquido, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos,
Demonstração do Valor Adicionado, Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis.
Além dessas, outras não obrigatórias se inserem no Relatório: A Demonstração do
Fluxo de Caixa.
A COPEL adotou a elaboração do relatório na forma de acordo com o que faz dela
uma empresa comprometida com a Sustentabilidade.
19
A empresa empenhou esforços no sentido de absorver no Relatório de 2005, todos os
princípios da GRI. Constata-se que, ao analisar o conteúdo dos princípios, alguns
deles ainda não foram empregados na sua totalidade. É o caso da abrangência,
exatidão, comparabilidade e periodicidade. Alguns deles necessitam de parâmetros,
constantes no Relatório de Gestão 2006, que até a data dessa análise ainda não
foram divulgados. Os indicadores essenciais e adicionais não aplicáveis aos negócios
da Companhia constam da matriz de localização e correlação como reprovados.
Quanto aos Objetivos do Milênio, a COPEL divulga que participa do projeto "Fome
Zero" do Governo Federal.
O Pacto Global é incorporado na íntegra, uma vez que a GRI o incorpora como base
de seu conteúdo. Sob esse aspecto, a COPEL é signatária do Pacto Global da ONU -
Global Compact. Isto quer dizer que a empresa assinou acordo comprometendo-se a
estimular a prática e a disseminação dos dez princípios ligados a direitos humanos,
trabalho, meio ambiente e combate à corrupção.
A Norma AA 1000 foi implantada e sua conclusão está prevista para 2008, quando as
auditorias externas ontemplarão a auditagem do sistema de sustentabilidade de forma
integrada. Já as Normas ISO 9000 e 14000, não constam no Relatório.
Em 2005, a COPEL atendeu aos requisitos para o ISE-BOVESPA, para o qual foi
reconhecida como uma empresa sustentável.
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O ISE foi desenvolvido em parceria com o International Finance Corporation (IFC) e se
assemelha ao índice Dow Jones Sustainability Indexes, implantado na Bolsa de
Valores de Nova York (NYSE).
5 Conclusões
No sentido de demonstrar como a COPEL está inserindo tais práticas em sua gestão,
foram propostos os seguintes objetivos específicos:
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Ainda que a GRI seja um modelo de evidenciação, as ações nela descritas, ficam
limitadas somente a aspectos qualitativos, uma vez que as próprias diretrizes de 2002
não avançaram ainda para esse grau de detalhamento e de comprovação efetiva de
resultados que a empresa pretende alcançar neste contexto de desenvolvimento
sustentável.
Referências
INSTITUTO ETHOS. Balanço social. São Paulo, 2006. Disponível em: <www.Instituto
Ethos.org.br>. Acesso em: 16 abr. 2007. [ Links ]
22
INSTITUTO ETHOS. Guia para elaboração do balanço social e relatório de
sustentabilidade. São Paulo, 2007. Disponível em: <www.Instituto Ethos.org.br>.
Acesso em: 23 abr. 2007. [ Links ]
23
Suporte financeiro: Nenhum.
gp@dep.ufscar.br
24
... Os recursos naturais são encarados como insumos, fazendo parte da cadeia
produtiva das empresas, desta forma contribuem ainda mais para a geração de
resíduos, e, conseqüentemente, poluindo o meio ambiente (DIAS, 2006). Por volta da
década de 1960, iniciou a preocupação com os aspectos ambientais e desencadeou
um processo permanente e contínuo de conscientização (MAIMON, 1994). ...
... De forma geral muitas são as interferências que o empresariado sofre diariamente,
para que alguma atitude seja tomada em relação a proteção do meio ambiente, a
reputação da empresa faz parte do seu ativo intangível correlacionando-se
diretamente ao seu desempenho financeiro e mercadológico, assim sendo as
empresas cada vez mais precisam preocupar-se com a imagem que é repassada para
o mercado através dos colaboradores, fornecedores e clientes, vivenciando e
repassando conceitos relacionados a preservação e a valoração dos recursos naturais
(DIAS, 2006). Maimon (1994), aponta como elemento fundamental para resguardar o
desempenho econômico, produtivo e ambiental da empresa do setor industrial é a
utilização de forma intensa de tecnologias ambientais. ...
.. Ainda segundo o mesmo autor na busca da melhoria contínua é fundamental a
análise básica do processo no qual se quer a mudança. Melhorias baseadas nos
conceitos da engenharia de produção para descobrir, analisar e eliminar perdas são
essenciais para a construção de sistemas produtivos mais eficientes e eficazes.2.5
PRODUÇÃO MAIS LIMPA. Um dos aspectos mais importantes e relevantes na gestão
empresarial nos últimos anos foi a gradativa compreensão de que a adoção de
medidas que visam uma maior eficiência na prevenção da contaminação, segundo
Dias (2011), é muito mais vantajosa não só do ponto de vista de se evitarem
problemas ambientais, mas também porque resultam em aumento da competitividade.
A produção mais limpa, segundo Dias(2011)adota os seguintes procedimentos: a)
Quanto aos processos de produção: conservando as matérias-primas e a energia,
eliminando aquelas que são tóxicas e reduzindo a quantidade e a toxidade de todas as
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emissões e resíduos; b) Quanto aos produtos: reduzindo os impactos ambientais
negativos ao longo do ciclo de vida dos produtos; c) Quanto aos serviços:
incorporando as preocupações ambientais no projeto e fornecimento dos serviços.
Ainda para Dias (2011) existem alguns fatores que afetam a adoção dos conceitos de
produção mais limpa. ...
Acrescenta-se a esses direitos o direito coletivo ao meio ambiente (Sen,
1999;Senpura, 2001e 2002, citado por Saches, 2004 Ou seja, a ecoeficiência deve
estar centrada nas premissas dos três pilares da sustentabilidade (Elkington, 2012).
Para tanto, se deve: (a) reduzir a intensidade de uso de materiais; (b) diminuir a
demanda intensa de energia; (c) reduzir a dispersão de substâncias tóxicas; (d)
incentivar a reciclagem dos materiais; (e) maximizar o uso sustentável dos recursos
renováveis; (f) prolongar a vida útil dos produtos; (g) incrementar a intensidade de
serviços (Dias, 2010 A atmosfera da Terra é quase totalmente transparente à radiação
solar incidente. Uma fração dessa radiação é refletida de volta para o espaço, mas a
sua maior parte atinge a superfície do planeta, principalmente sob a forma de luz
visível, onde é absorvida e reemitida como radiação térmica, em todas as direções,
por meio de raios infravermelhos. .
. A preservação do meio ambiente é um tema bastante estudado e discutido no mundo
por órgãos governamentais e não-governamentais, afim de encontrar soluções para os
problemas ambientais do planeta. Embora o desenvolvimento industrial tenha corrido
há quase três séculos, somente nas últimas duas décadas do século XX que volume
da produção industrial do mundo cresceu espetacularmente, considerando-se que na
metade do século XX foram empregados mais recursos naturais na produção de bens
que em toda a história anterior da humanidade (DIAS, 2007). ..
Porém, Dias (2006) diz que o marketing verde não é somente um conjunto de técnicas
voltadas a comercialização de produtos que não agridam ao meio ambiente, mas
também é uma forma de articular relações entre consumidores, organizações e meio
ambiente. Ao adotar um conceito de marketing verde, deve-se entender a concepção
macro do processo, na qual o entendimento da importância da preservação ambiental
está em "toda a organização, inclusive no comportamento das pessoas que a integram
(DIAS, 2006, p. 142)". ...
... Este aspecto macro, de gestão integral, que existe dentro da gestão ambiental, o
Marketing Verde deve assumir como ferramenta importante, principalmente porque os
elementos utilizados para a decisão de compra de um produto nem sempre são
ligados a suas características essenciais (DIAS, 2006). Kasilingam (2020) diz que o
marketing verde é inevitável. ...
De acordo com Dias (2017), os consumidores começaram a ter consciência das
questões socioambientais durante a segunda metade do século XX, essa
conscientização ocorreu ao mesmo tempo em que cresceram de forma considerada as
denúncias a respeito dos impactos ambientais que as atividades organizacionais
estavam causando no meio ambiente. Reis & Medeiros (2007) Diante de um contexto
econômico caracterizado por uma rígida postura dos consumidores que possuem uma
percepção direcionada à expectativa de interagir com organizações que sejam éticas,
com uma imagem institucional de crédito com o mercado, e com empresas que sejam
ecologicamente responsáveis, têm-se desenvolvido nas empresas uma visão voltada
para a gestão da responsabilidade social (Tachizawa, 2004). ...
26
... Essa declaração continha normas que visavam ao crescimento empresarial de
forma simultânea ao desenvolvimento social e ambiental. A publicação do documento
do CNI, como considera Dias (2017) foi considerada como um grande passo para que
as empresas colocassem em seu planejamento maneiras de realizar as suas
atividades de uma forma que não gere um impacto negativo no meio ambiente e
contribua para o desenvolvimento da sociedade em que está inserida. ...
. Devido a essa inquietação no mercado surgiu uma visão de maior eficiência com uso
das matérias-primas, evitando assim, a ocorrência de maiores impactos e (ou), danos
ambientais e com isso aumentando a competitividade no mercado. Segundo Dias
(2006) um dos problemas mais visíveis causados na industrialização é a destinação
dos resíduos gerados nos seus processos produtivos, o que afetam o meio ambiente
natural e a saúde humana. ...
... Assim, as indústrias que optarem pelo uso dessas tecnologias estará protegendo o
meio ambiente e aumentando a sua capacidade de competitividade no mercado.
Segundo Dias (2006) a Produção Mais Limpa pode ser definida também, como uma
estratégia ambiental de caráter preventivo, aplicando os processos produtos, e de
caráter empresariais que tem como objetivo a utilização eficiente dos recursos e a
diminuição de seu impacto negativo no meio ambiente. Guimarães (1992) afirma que a
proteção ambiental constitui parte integrante do processo de desenvolvimento, e não
pode ser considerada isoladamente. ...
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DE UMA EMPRESA DE ÁGUA MINERAL DO ESTADO
DE ALAGOAS
Carina Fabiana Rêgo de Oliveira
Adelmo BastosVicente Rodolfo Santos Cezar
José Aparecido da Silva Gama
27
afirmar que existem vários, que favorecem a www.revistaea.org/pf.php?idartigo=3688
21/25 sua utilização, para isso deve se partir da consciência ecológica de cada gestor,
que deve implantar uma cultura organizacional voltada para o marketing verde, ao
tempo que cria políticas ambientais capazes de preservar o meio ambiente e gere
lucratividade, conforme afirma Ottiman (1994) apud Dias (2009), que expõem que para
que o marketing verde seja bem desempenhado pelas organização é necessário que
ocorra um esverdeamento total da cultura organizacional, implementando assim
políticas ambientais fortes e que sejam bastante valorizadas pelas empresas. ...
GESTÃO AMBIENTAL: MARKETING VERDE COMO FERRAMENTA PARA A
PROSPECÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES Márcio Luciano Pereira Batista
Article
Full-text available
Jun 2020
Carneiro Silva
Márcio Luciano Pereira Batista
RESUMO
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de conhecimento, a capacitação de profissionais e a comunidade universitária numa
perspectiva interdisciplinar. O desafio que se coloca é de formular uma educação
ambiental que seja crítica e inovadora em dois níveis: formal e não formal. Assim, ela
deve ser acima de tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu
enfoque deve buscar uma perspectiva de ação holística que relaciona o homem, a
natureza e o universo, tendo como referência que os recursos naturais se esgotam e
que o principal responsável pela sua degradação é o ser humano.
CIDADANIA – ECOLOGIA – EDUCAÇÃO AMBIENTAL
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necessidade de se articularem ações de educação ambiental baseadas nos conceitos
de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e
participação e práticas interdisciplinares (Sorrentino, 1998).
A realidade atual exige uma reflexão cada vez menos linear, e isto se produz na inter-
relação dos saberes e das práticas coletivas que criam identidades e valores comuns
e ações solidárias diante da reapropriação da natureza, numa perspectiva que
privilegia o diálogo entre saberes.
... aspecto que sobressaiu foi o item II que trata gerenciamento de resíduos (Programa
de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, lixeiras para cada tipo de resíduo ou outro),
com 41%. No item III, com 40%, a redução do impacto ambiental em termos de
minimização e reciclagem de resíduos, sendo uma ação realizada pela organização e
diagnosticada como uma prática da sustentabilidade voltada para os impactos no Meio
Ambiente, conforme as ações embasadas no referencial teórico porDias (2011). Os
itens (VI, VII), também constituem ações de cunho socioambiental, destacadas por
Dias (2011) e que estão ligadas ao público interno da organização, aparecendo de
forma de forma pontual e em menor quantidade. ...
A preocupação com o desenvolvimento sustentável representa a possibilidade de
garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos e
sociais que sustentam as comunidades.
30
tornam-se mais difíceis de serem previstos e assimilados como parte da realidade
global.
Há uma demanda atual para que a sociedade esteja mais motivada e mobilizada para
assumir um papel mais propositivo, bem como seja capaz de questionar, de forma
concreta, a falta de iniciativa do governo na implementação de políticas ditadas pelo
binômio da sustentabilidade e do desenvolvimento num contexto de crescente
dificuldade na promoção da inclusão social.
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proponham uma nova cultura de direitos baseada na motivação e na co-participação
da gestão ambiental.
Nestes tempos em que a informação assume um papel cada vez mais relevante,
ciberespaço, multimídia, internet, a educação para a cidadania representam a
possibilidade de motivar e sensibilizar as pessoas para transformar as diversas formas
de participação na defesa da qualidade de vida. Nesse sentido cabe destacar que a
educação ambiental assume cada vez mais uma função transformadora, na qual a co-
responsabilização dos indivíduos torna-se um objetivo essencial para promover um
novo tipo de desenvolvimento – o desenvolvimento sustentável. Entende-se, portanto,
que a educação ambiental é condição necessária para modificar um quadro de
crescente degradação socioambiental, mas ela ainda não é suficiente, o que, no dizer
de Tamaio (2000), se converte em "mais uma ferramenta de mediação necessária
entre culturas, comportamentos diferenciados e interesses de grupos sociais para a
construção das transformações desejadas". O educador tem a função de mediador na
construção de referenciais ambientais e deve saber usá-los como instrumentos para o
desenvolvimento de uma prática social centrada no conceito da natureza.
32
destrutiva dos processos de desenvolvimento no seu abuso contra a natureza ( Jacobi,
1997).
É importante ressaltar que, apesar das críticas a que tem sido sujeito, o conceito de
desenvolvimento sustentável representa um importante avanço, na medida em que a
Agenda 21 global, como plano abrangente de ação para o desenvolvimento
sustentável no século XXI, considera a complexa relação entre o desenvolvimento e o
meio ambiente numa variedade de áreas, destacando a sua pluralidade, diversidade,
multiplicidade e heterogeneidade.
33
O desenvolvimento sustentável somente pode ser entendido como um processo no
qual, de um lado, as restrições mais relevantes estão relacionadas com a exploração
dos recursos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e o marco institucional. De
outro, o crescimento deve enfatizar os aspectos qualitativos, notadamente os
relacionados com a eqüidade, o uso de recursos – em particular da energia – e a
geração de resíduos e contaminantes. Além disso, a ênfase no desenvolvimento deve
fixar-se na superação dos déficits sociais, nas necessidades básicas e na alteração de
padrões de consumo, principalmente nos países desenvolvidos, para poder manter e
aumentar os recursos-base, sobretudo os agrícolas, energéticos, bióticos, minerais, ar
e água.
34
A noção de sustentabilidade implica, portanto, uma inter-relação necessária de justiça
social, qualidade de vida, equilíbrio ambiental e a ruptura com o atual padrão de
desenvolvimento (Jacobi, 1997).
A relação entre meio ambiente e educação para a cidadania assume um papel cada
vez mais desafiador, demandando a emergência de novos saberes para apreender
processos sociais que se complexificam e riscos ambientais que se intensificam.
O desafio é, pois, o de formular uma educação ambiental que seja crítica e inovadora,
em dois níveis: formal e não formal. Assim a educação ambiental deve ser acima de
tudo um ato político voltado para a transformação social. O seu enfoque deve buscar
uma perspectiva holística de ação, que relaciona o homem, a natureza e o universo,
tendo em conta que os recursos naturais se esgotam e que o principal responsável
pela sua degradacão é o homem. Para Sorrentino (1998), os grandes desafios para os
educadores ambientais são, de um lado, o resgate e o desenvolvimento de valores e
comportamentos (confiança, respeito mútuo, responsabilidade, compromisso,
solidariedade e iniciativa) e de outro, o estímulo a uma visão global e crítica das
questões ambientais e a promoção de um enfoque interdisciplinar que resgate e
construa saberes.
35
atuação baseadas em práticas interativas e dialógicas. Isto se consubstancia no
objetivo de criar novas atitudes e comportamentos diante do consumo na nossa
sociedade e de estimular a mudança de valores individuais e coletivos (Jacobi, 1997).
A educação ambiental é atravessada por vários campos de conhecimento, o que a
situa como uma abordagem multirreferencial, e a complexidade ambiental (Leff, 2001)
reflete um tecido conceitual heterogêneo, "onde os campos de conhecimento, as
noções e os conceitos podem ser originários de várias áreas do saber" (Tristão, 2002).
...a educação ambiental na escola ou fora dela continuará a ser uma concepção
radical de educação, não porque prefere ser a tendência rebelde do pensamento
educacional contemporâneo, mas sim porque nossa época e nossa herança histórica
e ecológica exigem alternativas radicais, justas e pacíficas. (1998, p.43 )
E como se relaciona educação ambiental com a cidadania? Cidadania tem a ver com a
identidade e o pertencimento a uma coletividade. A educação ambiental como
formação e exercício de cidadania refere-se a uma nova forma de encarar a relação
36
do homem com a natureza, baseada numa nova ética, que pressupõe outros valores
morais e uma forma diferente de ver o mundo e os homens.
E o que tem sido feito em termos de educação ambiental? A grande maioria das
atividades são feitas dentro de uma modalidade formal. Os temas predominantes são
lixo, proteção do verde, uso e degradação dos mananciais, ações para conscientizar a
população em relação à poluição do ar. A educação ambiental que tem sido
desenvolvida no país é muito diversa, e a presença dos órgãos governamentais como
articuladores, coordenadores e promotores de ações é ainda muito restrita.
O grande salto de qualidade tem sido feito pelas ONGs e organizações comunitárias,
que tem desenvolvido ações não formais centradas principalmente na população
infantil e juvenil. A lista de ações é interminável e essas referências são indicativas de
práticas inovadoras preocupadas em incrementar a co-responsabilidade das pessoas
em todas as faixas etárias e grupos sociais quanto à importância de formar cidadãos
cada vez mais comprometidos com a defesa da vida.
37
Atualmente o desafio de fortalecer uma educação ambiental convergente e
multirreferencial é prioritário para viabilizar uma prática educativa que articule de forma
incisiva a necessidade de se enfrentar concomitantemente a degradação ambiental e
os problemas sociais. Assim, o entendimento sobre os problemas ambientais se dá
por uma visão do meio ambiente como um campo de conhecimento e significados
socialmente construído, que é perpassado pela diversidade cultural e ideológica e
pelos conflitos de interesse. Nesse universo de complexidades precisa ser situado o
aluno, cujos repertórios pedagógicos devem ser amplos e interdependentes, visto que
a questão ambiental é um problema híbrido, associado a diversas dimensões
humanas. Os professores(as) devem estar cada vez mais preparados para reelaborar
as informações que recebem, e dentre elas, as ambientais, a fim de poderem
transmitir e decodificar para os alunos a expressão dos significados sobre o meio
ambiente e a ecologia nas suas múltiplas determinações e intersecções. A ênfase
deve ser a capacitação para perceber as relações entre as áreas e como um todo,
enfatizando uma formação local/global, buscando marcar a necessidade de enfrentar a
lógica da exclusão e das desigualdades. Nesse contexto, a administração dos riscos
socioambientais coloca cada vez mais a necessidade de ampliar o envolvimento
público por meio de iniciativas que possibilitem um aumento do nível de consciência
ambiental dos moradores, garantindo a informação e a consolidação institucional de
canais abertos para a participação numa perspectiva pluralista. A educação ambiental
deve destacar os problemas ambientais que decorrem da desordem e degradação da
qualidade de vida nas cidades e regiões.
À medida que se observa cada vez mais dificuldade de manter-se a qualidade de vida
nas cidades e regiões, é preciso fortalecer a importância de garantir padrões
ambientais adequados e estimular uma crescente consciência ambiental, centrada no
exercício da cidadania e na reformulação de valores éticos e morais, individuais e
coletivos, numa perspectiva orientada para o desenvolvimento sustentável.
38
Torna-se cada vez mais necessário consolidar novos paradigmas educativos,
centrados na preocupação de iluminar a realidade desde outros ângulos, e isto supõe
a formulação de novos objetos de referência conceituais e, principalmente, a
transformação de atitudes.
39
Apesar de a maior parte das entidades ser baseada na militância voluntária não
remunerada, observa-se, nos últimos anos, um crescente esforço de
profissionalização, ainda que isso ocorra em um número muito restrito de entidades.
Um aspecto bastante polêmico está relacionado com a representatividade de
entidades nos diversos tipos de conselhos e comissões. O que se nota é a existência
de organizações que praticamente concentram suas atividades associadas à
participação em espaços de representação. Trata-se de uma lógica bastante perversa,
gerada pela dinâmica de institucionalização de entidades centradas em poucas
pessoas, que têm muita capacidade de ocupar espaços e que, mesmo sem trabalho
de base e inclusive pouca legitimidade no próprio movimento ambiental, articulam a
manutenção de sua presença.
O ambientalismo do século XXI tem uma complexa agenda pela frente. De um lado, o
desafio de uma participação cada vez mais ativa na governabilidade dos problemas
socioambientais e na busca de respostas articuladas e sustentadas em arranjos
institucionais inovadores, que possibilitem uma "ambientalização dos processos
sociais", dando sentido à formulação e implementação de uma Agenda 21 no nível
nacional e subnacional. De outro, a necessidade de ampliar o escopo de sua atuação,
mediante redes, consórcios institucionais, parcerias estratégicas e outras engenharias
institucionais que ampliem seu reconhecimento na sociedade e estimulem o
envolvimento de novos atores.
40
desperdício naquelas sociedades e segmentos que dele fazem parte, bem como a
dualidade entre os que "têm" e os que "não têm".
O desafio que está colocado é o de não só reconhecer, mas estimular práticas que
reforcem a autonomia e a legitimidade de atores sociais que atuam articuladamente
numa perspectiva de cooperação, como é o caso de comunidades locais e ONGs. Isto
representa a possibilidade de mudar as práticas prevalecentes, rompendo com as
lógicas da tutela e da regulação, definindo novas relações baseadas na negociação,
na contratualidade e na gestão conjunta de programas e atividades, o que introduz um
novo significado nos processos de formulação e implementação de políticas
ambientais.
O momento atual exige que a sociedade esteja mais motivada e mobilizada para
assumir um caráter mais propositivo, assim como para poder questionar de forma
concreta a falta de iniciativa dos governos para implementar políticas pautadas pelo
binômio sustentabilidade e desenvolvimento num contexto de crescentes dificuldades
para promover a inclusão social. Para tanto é importante o fortalecimento das
organizações sociais e comunitárias, a redistribuição de recursos mediante parcerias,
de informação e capacitação para participar crescentemente dos espaços públicos de
decisão e para a construção de instituições pautadas por uma lógica de
sustentabilidade.
41
ativação do seu potencial de participação, terão cada vez mais condições de intervir
consistentemente e sem tutela nos processos decisórios de interesse público,
legitimando e consolidando propostas de gestão baseadas na garantia do acesso à
informação e na consolidação de canais abertos para a participação, que, por sua vez,
são precondições básicas para a institucionalização do controle social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
42
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experiências. São Paulo: SMA, 1998. [ Links ]
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Roma sobre os problemas da humanidade. São Paulo: Perspectiva, 1972. [ Links ]
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São Paulo: Ipê, 1998. [ Links ]
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1998. p.43-50. [ Links ]
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JACOBI, P. et al. (orgs.). Educação, meio ambiente e cidadania: reflexões e
experiências. São Paulo: SMA.1998. p.27-32. [ Links ]
TAMAIO, I. A Mediação do professor na construção do conceito de natureza.
Campinas, 2000. Dissert.(Mestr.) FE/Unicamp. [ Links ]
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conhecimento. In: RUSHEINSKY, A. (org.). Educação ambiental: abordagens
múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. p.169-173. [ Links ]
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professores. São Paulo, 2000. Tese (Dout.) Feusp. [ Links ]
VIGOTSKY, L. A Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
[ Links ]
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noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License
43
Fax: +55 11 3721-1059
Título: ISO 14000 e a gestão ambiental: uma reflexão das práticas ambientais
corporativas
Autor(es): Soledade, Maria das Graças Moreno
Nápravník Filho, Luciano Angelo Francisco Karel
Santos, Jair Nascimento
Silva, Mônica de Aguiar Mac-Allister da
Palavras-chave: Responsabilidade social corporativa;ISO 14000;Sustentabilidade
Ambiental
Data do documento: Nov-2007
Editor: FEAUSP
Resumo: As exigências da comunidade internacional em relação à
sustentabilidade ambiental global contribuíram para que as organizações
entendessem que sua relação com a sociedade não poderia ser unilateral. Nesse
contexto, as organizações passaram a utilizar práticas de gestão ambiental que
agregassem valor às suas estratégias e que trouxessem respostas para os seus
principais atores internos e externos. Uma das maneiras mais usuais de iniciar práticas
de gestão ambiental tem sido a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental
(SGA), com vistas à certificação. Esse processo é balizado e orientado segundo
normas internacionais. Esse artigo objetiva analisar a série ISO 14000 quanto a sua
aplicação, verificando se é apenas um instrumento de gestão empresarial ou se
contribui para a sustentabilidade ambiental. Para o desenvolvimento dessa reflexão,
são utilizadas a teoria dos stakeholders e o modelo da pirâmide de responsabilidade
social corporativa discutida nas dimensões econômica, legal, ética e filantrópica.
Discute-se o sistema de gestão ambiental e a série ISO 14000, bem como, analisa-se
o objeto ISO 14001 à luz da teoria dos stakeholders. A título de conclusão, identificam-
se falhas na ISO 14000 no que diz respeito a sua contribuição para a sustentabilidade
ambiental, indicando-se a necessidade de uma consciência ambiental mais crítica por
parte de seus usuários e gestores e de uma revisão do próprio processo de
certificação.
URI: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26760
Aparece na(s) coleção(ções): Artigos Publicados em Periódicos (NPGA)
44
Gestão & Produção
Print version ISSN 0104-530X
Gest. Prod. vol.17 no.3 São Carlos 2010
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2010000300016
A incorporação da responsabilidade social e sustentabilidade: um estudo baseado no
relatório de gestão 2005 da companhia paranaense de energia - COPEL
Sustainability business: a study based on the 2005 report of the Paraná state energy
management company - COPEL
Luci Ines Bassetto
PALAVRAS-CHAVE
Agronegócio Automação Bacia Hidrográfica Bacia hidrográfica Biodiversidade Cana-
de-açúcar Educação Ambiental Educação ambiental Fotocatálise Geoprocessamento
Impactos ambientais Indicadores Meio Ambiente Meio ambiente Paisagem
Planejamento Ambiental Sistemas de Informação Geográfica Solo Sustentabilidade
sensoriamento remoto Água
RESUMO
45
O crescimento das demandas de consumo da população em todo o mundo e,
especificamente no Brasil, tem induzido à busca de uma produtividade em que muitas
vezes as questões ambientais não são levadas em consideração. Tendo em vista as
dificuldades que um país em desenvolvimento enfrenta, é inegável que estas questões
de normativas e legislações ambientais encontram grandes dificuldades em
consolidar-se, em termos de Gestão Ambiental que garanta uma sustentabilidade e
bem-estar da sociedade. O objetivo deste trabalho foi compilar dados bibliográficos
para conceituar e descrever um breve histórico sobre a Gestão e Sustentabilidade
Ambiental no Brasil. Este estudo foi desenvolvido com base em pesquisas
bibliográficas atualizadas, referentes ao estado da arte pertinente à Gestão e
Sustentabilidade Ambiental, onde são apresentados aspectos conceituais, históricos e
uma análise e discussão sobre a importância de se debater estas questões. As
resultantes deste trabalho denotam uma grande preocupação social em relação ao
tema, mesmo que as resultantes práticas não sejam correspondentes, talvez pela
ausência de um processo educacional ou fiscalização mais eficiente. Concluímos que
para o enfrentamento mais efetivo e de resultados práticos sobre estas questões, os
políticos e gestores públicos devem investir numa metodologia de conscientização
educacional mais contundente junto às organizações, englobando todas as
ferramentas disponíveis no que diz respeito aos interesses e responsabilidades de
toda a sociedade.
PALAVRAS CHAVE: Gestão ambiental, Sustentabilidade, Meio ambiente, Gestão
pública.
Gestão ambiental, Sustentabilidade; Meio ambiente Gestão pública.
DOI: http://dx.doi.org/10.17271/1980082711720151222
46
Sustentabilida
Prefácio
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