Você está na página 1de 6

ISE

Já há alguns anos iniciou-se uma tendência mundial dos investidores procurarem empresas socialmente
responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.
Tais aplicações, denominadas “investimentos socialmente responsáveis” (“SRI”), consideram que empresas
sustentáveis geram valor para o acionista no longo prazo, pois estão mais preparadas para enfrentar riscos
econômicos, sociais e ambientais. Essa demanda veio se fortalecendo ao longo do tempo e hoje é
amplamente atendida por vários instrumentos financeiros no mercado internacional.
No Brasil, essa tendência já teve início e há expectativa de que ela cresça e se consolide rapidamente.
Atentas a isso, a BOVESPA, em conjunto com várias instituições – ABRAPP, ANBID, APIMEC, IBGC, IFC,
Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – decidiram unir esforços para criar um índice de ações que
seja um referencial para os investimentos socialmente responsáveis, o ISE – Índice de Sustentabilidade
Empresarial.
Nesse sentido, essas organizações formaram um Conselho Deliberativo presidido pela BOVESPA, que é o

1
órgão responsável pelo desenvolvimento do ISE. Posteriormente, o Conselho passou a contar também com o
PNUMA em sua composição. A Bolsa é responsável pelo cálculo e pela gestão técnica do índice.
O ISE tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido
comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, e também atuar como
promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro.
Para cobrarmos maior envolvimento sustentável por parte das empresas, é necessário conhecermos atitudes
como essa e exigir mudanças. E o mais importante: é preciso investigar os produtos que consumimos. É
responsabilidade do consumidor a formação da consciência ambiental nas empresas!

O tripé da sustentabilidade, também chamado de triple bottom line,[1] ou People, Planet, Profit corresponde
aos resultados de uma organização medidos em termos sociais, ambientais e econômicos. São apresentados
nos relatórios corporativos das empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável. Por enquanto,
são medições de caráter voluntário. Atualmente, na Europa Ocidental, 68% das multinacionais fazem este
tipo de relatórios e, nos Estados Unidos, mesmo a percentagem sendo menor (41%), tem um crescimento
vertiginoso. Em todos os casos, as empresas que apresentam esta conta tripla de resultados perceberam,
antes de outras, que no futuro imediato o consumidor se tornará cada vez mais responsável e exigirá saber
qual é o impacto econômico, ambiental e social que geram os produtos que premia com a sua compra.

O conceito foi criado nos anos 1990 por John Elkington, cofundador da organização não governamental
internacional SustainAbility; é um "[...] termo criado, que representa a expansão do modelo de negócios
tradicional [...] para um novo modelo que passa a considerar a performance ambiental e social da
companhia, além da financeira”.[

Como funciona o desenvolvimento sustentável


por Luís Indriunas

Introdução a como funciona o desenvolvimento sustentável


Virou moda. O termo desenvolvimento sustentável está em tudo que é lugar. Nos relatórios das
empresas, no discurso dos ambientalistas, nas teses científicas. É o novo paradigma para
uma infinidade de discussões econômicas, políticas, ambientalistas e sociológicas. Mas afinal,
o que é isso?

Uma das definições mais usadas para desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz
de suprir as necessidades atuais da população, sem comprometer a capacidade de atender
as necessidades das futuras gerações. Ou seja, a idéia é crescer sem destruir o ambiente e
esgotar os recursos naturais.

Essa definição, no entanto, é considerada limitada por alguns cientistas já que não aborda outros
aspectos como o político e o social. Para entender melhor o que é desenvolvimento sustentável é
necessário conhecer um pouco da história de como foi entendido o desenvolvimento anteriormente, como
surgiu o termo, as formas como ele pode ser medido e as teorias que ajudaram a criar a expressão.
Vamos lá.

Nascido da consciência ambiental


Desde meados do século 19, a palavra progresso veio a resumir a forma de pensar e agir
economicamente na sociedade contemporânea. Era o início da Revolução Industrial. O pensamento

2
positivista, cujo o principal mentor foi o sociólogo Augusto Comte, perpassa por essa postura.
Oprogresso foi considerado a principal forma de desenvolvimento, regendo o mundo capitalista e
também moldando parte das políticas dos países que adotaram o socialismo real. Na prática, significou
criar fábricas e mais fábricas, incentivar o consumo, construir infra-estrutura para tal e descobrir as formas
eficientes de explorar matéria-prima, retirando-a de todas as formas. Esses pressupostos foram adotados
com voracidade pelas mais diversas sociedades. O resultado disso foi um impacto ambiental negativo
nunca antes visto na Terra. Os problemas decorrentes são materializados por questões como
o aquecimento global, efeito estufa,chuva ácida, poluição do solo e dos rios, inversão térmica, extinção de
animais, entre outros.

Desenvolvimento, então, era associado ao progresso a qualquer custo. A mudança de paradigma


começou a ser formulada com a constatação pelos cientistas dos problemas e o início das discussões de
alternativas que surgiram na baila do movimento pacifista, embrião do movimento ecologista, dos anos 60
tanto nos Estados Unidos quanto na Europa.

Oficialmente, essa nova visão apareceu, pela primeira vez, na Primeira Conferência das Nações
Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em Estocolmo, Suécia, em 1972. O termo fazia parte do
arcabouço teórico desenvolvimento pelo economista polonês, naturalizado francês, Ignacy Sachs.

Em 1987, a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas adotou o
conceito no famoso relatório Brundtland, que discutia o futuro comum dos habitantes da Terra. Durante
a Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio
de Janeiro (Brasil), o conceito tornou-se princípio fundamental e parâmetro para a Agenda 21, uma série
de metas, aprovadas pelos mais de 160 países participantes. Em 2002, Cúpula Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentável, chamada também de Rio+10, ocorrida em Johanesburgo (África de Sul),
ampliou ainda mais a discussão em cima do que seria o tripé da sustentabilidade ou triple bottom line.
Esse sim, uma maneira mais sistemática de discutir o desenvolvimento sustentável, mesmo que ainda
embrionário em vários aspectos. Entenda melhor o conceito.

Triple bottom line ou tripé da sustentabilidade


A imagem do tripé é perfeita para entender a sustentabilidade. No tripé estão contidos os aspectos
econômicos, ambientais e sociais, que devem interargir, de forma holística, para satisfazer o conceito.
Pelo parâmetro anterior, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, ou seja,
tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Para um país, o
conceito incluía um viés social. Afinal, o desenvolvimento teria que incluir uma repartição da riqueza
gerada pelo crescimento econômico, seja por meio de mais empregos criados, seja por mais serviços
sociais para a população em geral. Esse critério, na maioria das vezes, é medido pelo Produto Interno
Bruto (PIB) do país, o que para o novo conceito é uma medição limita. A perna ecológica do tripé trouxe,
então, um problema e uma constatação. Se os empresários e os governantes não cuidassem do aspecto
ambiental podiam ficar em maus lençóis sem matéria-prima e talvez, sem consumidor, além do fantasma
de contibuir para a destruição do planeta Terra.

Assim, o triple bottom line ficou também conhecido como os 3 Ps (People, Planet and Proift, ou, em
português, PPL - Pessoas, Planeta e Lucro). Vamos então detalhar o que significa cada um desses
aspectos, levando em conta a administração de uma empresa, de uma cidade, estado ou país. É
importante verificar que esses conceitos podem ser aplicados tanto de maneira macro, para um país ou
próprio planeta, como micro, sua casa ou uma pequena vila agrária. Vamos aos 3 Ps.

People – Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade. Além de salários
justos e estar adequado à legislação trabalhista, é preciso pensar em outros aspectos como o bem estar
dos seus funcionários, propiciando, por exemplo, um ambiente de trabalho agradável, pensando na
saúde do trabalhador e da sua família. Além disso, é imprescindível ver como a atividade econômica afeta
as comunidades ao redor. Não adianta, por exemplo, uma mineradora pagar bem seus funcionários, se
ela não presta nenhuma assistência para as pessoas que são afetadas indiretamente com a exploração
como uma comunidade indígena que é vizinha do empreendimento e que é afetada social, economica e
culturalmente pela presença do empreendimento. Nesse item, está contido também problemas gerais da

3
sociedade como educação, violência e até o lazer.

Planet – Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade. É a perna ambiental do tripé. Aqui
assim como nos outros itens, é importante pensar no pequeno, médio e longo prazo. A princípio,
praticamente toda atividade econômica tem impacto ambiental negativo. Nesse aspecto, a empresa ou a
sociedade deve pensar nas formas de amenizar esses impactos e compensar o que não é possível
amenizar. Assim uma empresa que usa determinada matéria-prima deve planejar formas de repor os
recursos ou, se não é possível, diminuir o máximo possível o uso desse material, assim como saber medir
a pegada de carbono do seu processo produtivo, que, em outras palavras, quer dizer a quantidade de
CO2 emitido pelas suas ações. Além disso, obviamente, deve ser levado em conta a adequação à
legislação ambiental e a vários princípios discutidos atualmente como o Protocolo de Kyoto. Para uma
determinada região geográfica, o conceito é o mesmo e pode ser adequado, por exemplo, com um sério
zoneamento econômico da região.

Profit – Trata-se do lucro. Não é muito difícil entender o que é o conceito. É resultado econômico positivo
de uma empresa. Quando se leva em conta o triple bottom line, essa perna do tripé deve levar em conta
os outros dois aspectos. Ou seja, não adianta lucrar devastando, por exemplo.

Para segurar o tripé

Além dos aspectos listados nos três Ps, o desenvolvimento sustentável deve ser pensando por meio de
outros aspectos, digamos, mais subjetivos. Trata-se das questões políticas e culturais. Eles são
importantes para qualquer tipo de análise do tripé já que leva em conta a premissa de que tudo está
interligado. Os aspectos políticos têm a ver com a coerência entre o que é esperado do
desenvolvimento sustentável e a prática adotada através das políticas adotadas seja por uma empresa ou
por uma determinada sociedade. Assim, não dá para falar em adotar o tripé se a empresa, por exemplo,
adota uma política inflexível de negociação com os funcionários ou não acompanha a legislação
ambiental condizente.

Os aspectos culturais devem ser levadas em conta o tempo todo. Quando a empresa está inserida em
uma determinada sociedade, ela deve saber as limitações e vantagens culturais da sociedade que a
envolve. O exemplo mais gritante é o da empresa que não se relaciona harmoniosamente com a
comunidade ao redor de sua área. Se ao lado de uma planta industrial existe uma favela, por exemplo,
por que não absorver seus moradores na fábrica, ao invés de aumentar investimentos em segurança
particular? Além disso, a cultura de determinada localidade pode ser útil para entender melhor a dinâmica
da biodiversidade local, por exemplo.

Como medir o desenvolvimento sustentável


Os modelos tradicionais de medição econômica não conseguem abranger os aspectos do
desenvolvimento sustentável. O exemplo mais claro é o Produto Interno Bruto (PIB), que mede a receita
total de uma determinada região. Como leva em conta apenas os aspectos monetários, o PIB não
consegue abranger outros aspectos como a divisão igualitária dessa riqueza na sociedade e os impactos
negativos no meio ambiente.

Assim, ao longo dos últimos anos, começaram a surgir alguns métodos para tentar medir a
sustentabilidade. OÍndice de Desenvolvimento Humano (IDH), medido pelo Programa das Nações Unidas
para o Desenvolvimento (Pnud), não é exatamente um índice de sustentabilidade, mas ajudou
dimensionar esses novos métodos. Um dos exemplos de novo método é o Indicador de Progresso
Genuíno (GPI) que baseado no cálculo do PIB agrega outros dados que podem influenciar para cima ou
para baixo o valor. O GPI é calculado pelas organizações não-governamentais Redefining Progress,
baseado em metodologia do Friends of the Earth. Nele, são medidos dados como:

Distribuição da receita – mede o quanto do PIB vai para as classes menos favorecidas.

Trabalho doméstico e voluntário – como o que a dona-de-casa faz não rende dinheiro, seu trabalho
não entra nas estatísticas tradicionais. Aqui, ele conta. Assim como o trabalho voluntário.

4
Nível educacional – Quanto maior o nível educacional da população, maior o índice GPI.
Custo do crime – A violência contra o homem, a natureza e a propriedade privada é um grande
desperdício de recursos de uma sociedade. Por isso, esse custo deve ser subtraído.

Exaustão de recursos – Ligado diretamente à questão ambiental, contabiliza as perdas de recursos


naturais ocorridas em casos como o do desmatamento ou a exploração de uma jazida mineral.

Poluição – Fumaça nas cidades, rios cheios de poluentes, barulho. Tudo isso gera custo, que vai
impactar negativamente o índice.
Degradação ambiental a longo prazo – Mudanças climáticas, lixo nuclear, buraco na camada de ozônio.
Os custos desses problemas contemporâneos são contabilizados.

Diminuição do tempo de lazer – Nas cidades grandes, o tempo para descansar e se divertir é cada vez
mais escasso, ou seja, é importante saber o quanto a falta desse tempo de ócio pode custar para a vida
das pessoas e do país.

Gastos defensivos – Esse item mede os custos de se defender contra vários problemas de ordem
ambiental e/ou social, seja a erosão ou um acidente de carro.
Tempo de vida útil dos bens de consumo e da infra-estrutura pública – Os índices tradicionais
medem o investimento em infra-estrutura e os gastos com consumo, mas não estimam o desgaste e a
manutenção desses produtos. O GPI, sim.
Dependência de ativos externos – Nos cálculos tradicionais, como no PIB, a maioria dos empréstimos
internacionais são considerados positivos. Já no GPI, quando o empréstimo é para investimentos, ele
pode ser considerado positivo. Se o empréstimo é para o consumo, torna-se negativo.

Os idealizadores do GPI levam em conta esses itens e o PIB para fazer o cálculo, o que acontece é um
resultado completamente diferente. Veja a diferença no caso do PIB per capta (por pessoa) e o GPI per
capta dos Estados Unidos no gráfico abaixo.

A organização não-governamental Friends of the Earth (Amigos da Terra) criou um índice semelhante ao
GPI, o IESW (Index of Sustainable Economic Welfare ou Índice de Sustentabilidade Econômica e de
Bem-Estar Social). Os mesmos itens do índice anterior são destrinchados em outros subitens para que o
cálculo possa ser feito, com resultados semelhantes.
Essas medidas são feitas principalmente para países ou determinadas regiões geográficas. Mas as
empresas também têm tentado trabalhar o conceito. Bolsas de valores no mundo têm criado fundos e
índices que levam em conta o triple bottom line. É o caso do Índice de Sustentabilidade Empresarial
(ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo, Bovespa. No balanço sustentável de muitas empresas
atualmente, são incluídos também dados não ligados diretamente ao negócio da empresa como, por
exemplo, uma empresa petrolífera compra créditos de carbono para tentar mitigar o impacto da sua

5
produção. Outras empresas adotam os selos de responsabilidade social corporativa para atestar seu
caráter.

Alguns dos critérios adotados por esses novos índices de sustentabilidade do mercado são:

Dimensão da natureza do produto – empresas que têm produtos que causam dependência física ou
ameaçam a integridade do consumidor não podem participar.

Governança corporativa – empresas que adotam o modelo de governança que basicamente amplia a
transparência dos dados divulgados pela empresa.

Plano de contingência – as empresas devem estar preparadas para ocasionais problemas que cessem
sua produção.

Dimensão ambiental – além de atender as exigências da legislação ambiental, é importante que as


empresas pensem e procurem melhorias que ajudam a amenizar os impactos das suas ações.

Dimensão social – Além de atender às exigências da legislação trabalhista, as empresas devem incluir
políticas de inclusão da diversidade social (como negros ou portadores de necessidades especiais), além
de ter uma política para tentar inibir a corrupção.

Enfim, a sociedade contemporânea tem tentado medir a sustentabilidade para poder dimensionar melhor
o problema e poder criar planos alternativos para as atuais e futuras gerações. A questão implica, no
entanto, numa internacionalização dessas normatizações e a confiabilidade de dados, o que só poderia
acontecer se todos adotassem as mesmas regras. De qualquer modo, esses modelos podem ajudar a
discutir problemas do conceito de desenvolvimento sustentável, que recebe várias críticas. Conheça
algumas na próxima página.

Críticas ao modelo
Há quem diga que é uma utopia inalcançável. Outros dizem que, da forma como vem sendo apresentado,
o conceito pode tornar-se apenas uma maquiagem, mas não resolverá os problemas ambientais e sociais
do planeta. Conheça alguns dos pontos levantados por quem critica o desenvolvimento sustentável.

Outro estilo de vida – Apesar de boa parte das pessoas que apóiam o novo paradigma procurar mudar
seu estilo de vida, usando, por exemplo, menos carro, os críticos dizem que não adianta apenas amenizar
os problemas e continuar usando o desenvolvimento (leia-se progresso) como parâmetro para a vida em
sociedade. E que só novas formas de consumo, muito além do consumo consciente, poderiam amenizar
o problema.

Ajuda a quem destrói – Uma das principais críticas ao modelo é que as medidas que têm sido adotadas
em cima do conceito acabam apenas ajudando quem ganha dinheiro com a degradação ambiental. É o
caso das empresas poluidoras que compram créditos de carbono para compensar suas emissões
danosas ao ambiente.

Quem muito tem nada dá – Para os críticos, não há como o sistema capitalista tornar igualitária a
distribuição de renda, já que o sistema parte do pressuposto do lucro. E quando essa distribuição
acontece vem na forma de ações mais voltadas ao objetivo de conseguir adesão dos mais necessitados
às políticas de quem os beneficia do que realmente a melhorias na qualidade de vida dos beneficiados.

Para inglês ver – Mais do que uma crítica ao conceito, há quem reclame que a proliferação de ações de
desenvolvimento sustentável por empresas e governos é mais uma forma de propaganda do que uma
mudança social e ambiental efetiva.

Você também pode gostar