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Desenvolvimento Sustentável
Prof. Christiane Martins
Aula 3
- Desenvolvimento sustentável
Desenvolvimento Sustentável no meio Empresarial
O Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
participou ativamente da organização da temática empresa e meio
ambiente na Conferência do Rio em 1992.
Embora haja um crescimento perceptível da mobilização em torno da sustentabilidade, ela ainda está
mais focada no ambiente interno das organizações, voltada prioritariamente para processos e produtos.
É um grande avanço, sem dúvida nenhuma, tomando-se como marco o ano de 1992; mas ainda falta
muito para que as empresas se tornem agentes de um desenvolvimento sustentável, socialmente justo,
economicamente viável e ambientalmente correto.
Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade
Do ponto de vista ambiental, deve a organização pautar-se pela ecoeficência dos seus processos
produtivos, adotar a produção mais limpa, oferecer condições para o desenvolvimento de uma cultura
ambiental organizacional, adotar uma postura de responsabilidade ambiental, buscando a não
contaminação de qualquer tipo do ambiente natural, e procurar participar de todas as atividades
patrocinadas pelas autoridades governamentais locais e regionais no que diz respeito ao meio ambiente
natural.
O mais importante na abordagem das três dimensões da
sustentabilidade empresarial é o equilíbrio dinâmico necessário e
permanente que devem ter.
- No entanto, nos últimos anos, com a irrupção da Responsabilidade Social no âmbito corporativo,
aumentou a exigência pela incorporação de novos indicadores para quantificar o impacto das
empresas sobre os stakeholders externos.
- Nesse contexto é que surgiu o conceito de Triple Bottom Line e que se refere aos resultados de uma
empresa medidos em termos econômicos, ambientais e sociais.
Os preços de mercado muitas vezes podem fornecer sinais enganosos sobre os impactos ambientais e
sociais das atividades econômicas, levando a sistemas de produção e consumo que não conseguem
maximizar o bem-estar das gerações atuais e futuras.
Os governos, portanto, têm um papel importante a desempenhar na correção de incentivos e ajudar a moldar
os resultados socialmente ótimos.
Gerar uma mudança para uma economia circular (na qual os resíduos são reconhecidos como um recurso
valioso), aumentando assim a eficiência dos recursos e reduzindo os impactos ambientais decorrentes da
extração de matérias-primas e geração de resíduos.
Protocolo Verde
O Protocolo Verde é um documento firmado entre o Governo Federal através de seus Ministérios e bancos
oficiais brasileiros, incorporando a variável ambiental na gestão e concessão de crédito oficial e benefícios
fiscais com o objetivo de criar mecanismos que evitem a utilização destes créditos e benefícios em atividades
e empreendimentos que sejam prejudiciais ao meio ambiente.
Esse protocolo surgiu como resultado de um grupo de trabalho instituído em 1995, cuja iniciativa está
prevista na Política Nacional de Meio Ambiente, que dispõe no seu artigo 12:
Nessa mesma Lei estão previstas, também, para aqueles que não cumprirem as determinações exigidas, a
“perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a
perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito”.
O Grupo de trabalho foi constituído com representantes do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal, do Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Reforma Agrária, do
Ministério da Fazenda, do Ministério do Planejamento e Orçamento, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis, do Banco Central do Brasil, do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Nordeste do Brasil e do
Banco da Amazônia.
Em abril de 2009, os bancos privados através da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) assinaram
protocolo de intenções com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) aderindo ao Protocolo Verde.
De acordo com o protocolo, linhas de financiamento só serão liberadas para empresas empenhadas em
desenvolver políticas socioambientais.
E empresas e empreendimentos que dependem de financiamento bancário para suas atividades econômicas
terão, a partir daquela data, que comprovar que estão empenhadas em desenvolver políticas socioambientais,
ou seja, respeito aos direitos humanos e trabalhistas, preservação da biodiversidade, valorização da
diversidade das culturas locais, redução da pobreza e da desigualdade na distribuição de renda.
Com a crescente conscientização das pessoas sobre o meio ambiente e as responsabilidades sociais e de governança,
o ESG (Environmental, Social and Governance) e a Triple Bottom Line têm se tornado cada vez mais importantes nos
dias de hoje:
- Estas práticas são fundamentais para acompanhar as necessidades do mercado e melhorar a competitividade
das empresas. Não adotando tais medidas, os custos operacionais podem aumentar e a produtividade diminuir,
comprometendo assim os lucros da empresa.
Além disso, o ESG e a Triple Bottom Line também podem ajudar as empresas a construir uma reputação excelente para
os seus negócios, ao mesmo tempo em que melhoram o seu relacionamento com os colaboradores, fornecedores,
clientes e outras partes interessadas.
- Também podem contribuir para a melhoria dos processos de governança, bem como para a redução de custos
operacionais. Os custos da produção podem ser reduzidos significativamente através da adoção de tais práticas.
Uma das principais vantagens é o aumento da transparência nas operações da empresa. Isso ajuda a criar uma
atmosfera de confiança entre os stakeholders e também leva a um aumento da responsabilidade da empresa, que
resulta em melhores relações com investidores, colaboradores e outras partes interessadas. Melhora também a
confiabilidade dos negócios, resultando em clientes satisfeitos.