Hidrologia Aplicada

Engenharia Civil – Campus Maricá

Igor Conrado da Silva Caetano
Hidrologia Aplicada

Precipitação
Parte 02

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Precipitação Análise de dados

• Objetivo: obter uma série ininterrupta de precipitações ao longo

dos anos ou o estudo da variação das intensidades;
• Pode ocorrer períodos sem informações ou com falhas nas
observações;
• problemas com aparelhos de registro e/ou com o operador
do posto;
• dias inexistentes.
• Métodos estatísticos preenchem as falhas:
• Método de Ponderação Regional;
• Método de Regressão Linear.

• Não recomendável para preenchimento de chuvas diárias.

Utilizar para totais mensais e anuais.

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Precipitação Análise de dados: Ponderação Regional

• Método simplificado normalmente utilizado para o preenchimento

de séries mensais ou anuais de precipitações;
• Objetivo: homogeneização e análise estatística das
precipitações;

• Onde:
• PXm, PYm, PZm e PWm são as precipitações médias nos postos
X, Y, Z e W;
• PX é a precipitação no posto X a determinar;
• PX, PY, PZ e PW são as precipitações nos postos Y, Z e W.

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Precipitação Análise de dados: Ponderação Regional

• Este método consiste em estimar a precipitação ocorrida no

posto com falha considerando-a proporcional às
precipitações em postos vizinhos, sendo o fator de
proporcionalidade função da precipitação média em tais postos,
levando em consideração ainda a precipitação média no próprio
posto com falha;
• Tal método é utilizado selecionando ao menos três postos
vizinhos àquele com falha, os quais devem estar localizados
em região climatologicamente semelhante ao posto com
falha;
• Esse método é normalmente usado para séries mensais ou
anuais, não sendo recomendado para séries diárias, devido à
grande variabilidade temporal e espacial da precipitação.

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Precipitação Análise de dados: Regressão Linear

PX = a + b. PY simples

PX = a + b. PY + c. PZ + d. PW múltipla 6
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Precipitação Análise de dados

Ponderação Regional com base em Regressões Lineares

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Precipitação Análise de dados

• Exemplo: Na tabela ao lado

são apresentadas as
precipitações totais
correspondentes ao mês de
julho (período 1957-75)
observadas nos seguintes
postos localizados no estado
do Paraná (DNAEE, 1984):
Salto Osório, Balsa do
Santana, Ponte da Vitória e
Águas do Verê. Admitindo-se
desconhecido o registro
correspondente ao ano 1968
no posto Águas do Verê,
preencha o mesmo com base
no método da ponderação
regional.
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Precipitação Análise de dados

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Precipitação Análise de frequência dos totais precipitados

• Finalidade: verificar com qual frequência eles ocorreram

historicamente, com base nos dados observados disponíveis.
• Os dados são dispostos em ordem decrescente de valores,
sendo atribuído a cada um deles um número (m) correspondente
a sua ordem – o primeiro (maior valor) recebe o valor m = 1, o
segundo m = 2, e assim sucessivamente até o número de dados
ou registros disponíveis, representado por n.
• O valor de F representa a frequência com que o valor da
precipitação de ordem m foi igualada ou superada.
• Tempo de retorno (TX), dado pelo inverso da frequência (F).
• TX = 1 / F

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Precipitação Análise de frequência dos totais precipitados

• Exemplo: Qual é o período de retorno correspondente as

precipitações de 132,2 mm, 67,4 mm, 103,4 mm e 89,4 mm?
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
1960 103,4 88,9 91,4 132,2 76,4 91,2
1970 123,5 82,3 100,3 112,1 94,5 97,8 108 78,1 97,1 105
1980 73,2 120,4 89,4 82,5 108,6 83,4 76 67,4 107,4 94,3
1990 79 94,3 87,5 107,4

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Precipitação Análise de frequência dos totais precipitados

1 132,2 16 94,3
2 123,5 17 91,4
3 120,4 18 91,2
4 112,1 19 89,4
5 108,6 20 88,9
6 108 21 87,5
7 107,4 22 83,4
8 107,4 23 82,5
9 105 24 82,3
10 103,4 25 79
11 100,3 26 78,1
12 97,8 27 76,4
13 97,1 28 76
14 94,5 29 73,2
15 94,3 30 67,4
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Precipitação Análise de frequência dos totais precipitados

1 132,2 16 94,3
2 123,5 17 91,4
3 120,4 18 91,2
4 112,1 19 89,4
5 108,6 20 88,9
6 108 21 87,5
7 107,4 22 83,4
8 107,4 23 82,5
9 105 24 82,3
10 103,4 25 79
11 100,3 26 78,1
12 97,8 27 76,4
13 97,1 28 76
14 94,5 29 73,2
15 94,3 30 67,4
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Precipitação Precipitações máximas

• A precipitação máxima é entendida como a ocorrência extrema,

com duração, distribuição temporal e espacial crítica para uma
área ou uma bacia hidrográfica;
• É um dos caminhos para se conhecer a vazão de enchente
de uma bacia;
• São retratadas pelas curvas de intensidade, duração e
frequência (curva i-d-f) e através da Precipitação Máxima
Provável (PMP) → método mais utilizado para grandes obras,
onde o risco de rompimento deve ser mínimo.

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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• A necessidade de se conhecer as três grandezas que

caracterizam as precipitações máximas (intensidade, duração e
frequência) é encontrada para projetos de obras hidráulicas,
tais como vertedores de barragens, sistemas de drenagem,
galerias pluviais dimensionamento de bueiros, entre outros,
tendo em vista a correlação existente entre chuva e vazão;
• Só pode ser determinada empiricamente através de uma longa
série de observações pluviográficas locais, não havendo
possibilidade de estender os resultados obtidos em uma
região para diversas regiões;
• Podem ser apresentados graficamente, através de uma família
de curvas (uma para cada período de recorrência) que ligam as
intensidades médias, máximas às durações;
• A intensidade pode ser substituída pela precipitação total na
duração, denominando-se curvas p-d-f.
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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Curva i-d-f deve ser deduzida das observações das chuvas

intensas durante um período de tempo suficientemente longo e
representativo dos eventos extremos do local;
• Dois tipo de séries: anual e parciais;
• Depende do tamanho da série e do objetivo do estudo;
• Parciais: é utilizada quando o número de anos de dados é
pequeno (<12 anos) e os tempos de retorno que serão utilizados
são inferiores a 5 anos;
• Anuais: baseia-se na seleção das maiores precipitações anuais
de uma duração escolhida. Durações (depende da discretização
dos dados e da representatividade): 5, 10, 15, 30 e 60 minutos;
1, 2, 4, 6, 12, 18 e 24 horas.

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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

A metodologia segue a seguinte sequência:

a) Para cada duração são obtidas as precipitações máximas
anuais com base nos dados do pluviográfico;
b) Para cada duração mencionada é ajustada uma distribuição
estatística;
c) Dividindo a precipitação pela sua duração obtém-se a
intensidade.

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Hidrologia Aplicada

Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Também pode ser representada

na forma de uma equação.
(equação de Horner’s)

Onde:
• I é a intensidade em mm/h;
• Tr é o tempo de retorno em
anos;
• td é a duração da chuva, em
minutos;
• a, b, c e d são parâmetros que
devem ser determinados para
cada local.
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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

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Precipitação Curva i-d-f pelo Método de Otto Pfafstetter

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Precipitação Curva i-d-f pelo Método de Otto Pfafstetter

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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Exemplo: Determine a precipitação máxima em Itajubá para o

tempo de retorno de 20 anos e durações de 10 min, 30 min e 60
min.

• a = 1193
• b = 0,171
• c = 11,3
• d = 0,85

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Hidrologia Aplicada

Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Exemplo: Determine a precipitação máxima em Itajubá para o

tempo de retorno de 20 anos e durações de 10 min, 30 min e 60
min.

• a = 1193
• b = 0,171
• c = 11,3
• d = 0,85

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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Exemplo: Determine a precipitação máxima em Itajubá para a

duração de 30 min e tempos de retorno de 2, 10 e 50 anos.

• a = 1193
• b = 0,171
• c = 11,3
• d = 0,85

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Hidrologia Aplicada

Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Exemplo: Determine a precipitação máxima em Itajubá para a

duração de 30 min e tempos de retorno de 2, 10 e 50 anos.

• a = 1193
• b = 0,171
• c = 11,3
• d = 0,85

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Precipitação Determinação das curvas i-d-f

• Exemplo: Qual o tempo de retorno de uma precipitação ocorrida

em Itajubá, com 50 mm e duração de 30 min?

• a = 1193
• b = 0,171
• c = 11,3
• d = 0,85

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