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4º ANO
HIDROLOGIA E RECURSOS
HÍDRICOS
Hidrologia Aplicada Medições de Vazão
Miguel Arcanjo Nito (2021)
Índice
■ Introdução;
■ Medida directa ou método volumétrico;
■ Medida a partir do nível d’água;
■ Medidas por processos químicos;
■ Medida de Velocidade e Área;
■ Flutuadores e
■ Curva-Chave.
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Introdução
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Medida directa ou método
volumétrico
■ Consiste em determinar a vazão medindo-
se o tempo necessário para encher o
reservatório de volume conhecido.
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Medida a partir do nível d’água
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Medida a partir do nível d’água
■ Calhas medidoras –
qualquer dispositivo que
provoque a passagem
do rio de um regime
fluvial para um
torrencial. A mudança
de regime obriga a
existência de
profundidade crítica
dentro da instalação. A
vazão será função
dessa profundidade e
das características do
medidor.
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Medida a partir do nível d’água
■ Vertedores –
conhecendo-se a
espessura da lâmina de
água sobre vertedor,
pode-se determinar a
descarga por meio de
tabelas ou gráficos,
desde que se proceda
previamente a taragem
da instalação.
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Medidas por processos químicos
■ No método químico, injecta-se no rio uma certa
quantidade de uma solução de um produto
químico (em geral bicromato de sódio) ou de
um radioisótopo de concentração conhecida, e
determina-se a concentração do produto na
água do rio a uma certa distância a jusante.
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Medidas por processos químicos
■ No método da injecção contínua, injecta-se, com vazão
constante, uma solução concentrada de um produto
químico (sal) e mede-se a concentração desse produto
na água do rio.
Onde:
q = vazão da solução salina (l/s);
Cs = concentração da solução (g/l);
Cr = concentração do sal na água (mg/l).
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Medidas por processos químicos
■ O segundo método químico, método da integração, consiste em
verter, de qualquer maneira, um volume conhecido de solução no rio.
Q = ( V Cs ) / ( ∫ Cr dt ) (m3/s) (2)
Onde:
V = volume de solução despejado l;
Cs = concentração da solução g/l;
Cr = f(t) – concentração variável do sal no rio mg/l.
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Medidas por processos químicos
■ Para a aplicação dos dois métodos são necessárias algumas
condições, tais como:
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Medida de Velocidade e Área
■ Também conhecido como método da integração do
diagrama de velocidades, que se baseia na igualdade
da cinemática dos fluídos:
Q = ∫A vdA (3)
Onde:
V = velocidade (m/s) e
A = área em (m2)
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Medida de Velocidade e Área
■ 1) Traçando-se, com base nos pontos de velocidades medidos, as
curvas de iguais velocidades (isótacas), em seguida, planimetra-se
a área entre isótocas consecutivas e multiplica-se essa área pela
média das isótocas limítrofes. Somam-se esses resultados
parciais para se obter a vazão total.
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Medida de Velocidade e Área
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Medida de Velocidade e Área
■ Os serviços de hidrometria brasileiros costumam utilizar dois métodos para a
determinação da velocidade média na vertical, são:
■ 2) O método simplificado, ou método dos dois pontos, que utiliza um ponto a 0,6h
(para h<0,6m) e dois pontos a 0,2 e 0,8h (para h> 0,6m).
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Medida de Velocidade e Área
■ Com a utilização de molinetes pode-se medir a
velocidade em vários pontos da vertical.
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Flutuadores
■ Molinetes: São aparelhos que permitem, desde que bem aferidos, o cálculo
da velocidade mediante a medida do tempo necessário para uma hélice ou
concha dar um certo número de rotações.
V = an + b
Onde:
n = número de rotações;
a = constante - “passo da hélice” e
b = constante - “velocidade de atrito”.
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Flutuadores
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Curvas-Chaves
■ Pinto et al. (1998) explicam que em um rio de morfologia
constante ou pouco variável, em que a declividade da
linha de água é aproximadamente a mesma nas
enchentes e vazantes a relação cota-descarga resulta
unívoca e estável, permitindo a definição de uma curva
de descarga única - poucos rios satisfazem esses
requisitos.
Q = A + Bh +Ch2 (3)
Assim:
Q = A (h - h0)b (4)
Onde:
Q é a vazão (m3/s);
h é o nível da água lido na régua (m);
A, b e h0 são constantes a serem determinadas. h0 corresponde ao valor de h para
vazão igual a zero.
■ A equação (4) pode ser linearizada aplicando-se o logaritmo em ambos os lados, ou:
logQ = logA + blog(h - h0) (5)
Pode ser reescrita como:
Y = C +bX (6)
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Curvas-Chaves
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Curvas-Chaves
■ I - Método gráfico
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Curvas-Chaves
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Curvas-Chaves
Curvas de descarga estáveis, influenciadas pela declividade
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Curvas-Chaves
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Curvas-Chaves
Curvas instáveis
■ Segundo Pinto et al. (1998), quando as condições de
controle são instáveis, as curvas de descarga variam ao
longo do tempo de maneira imprevisível.
■ A precisão dos resultados será determinada pela
freqüência com que se realizam medições de vazão.
■ O número de medições será função do grau de
mobilidade do rio e da precisão desejada.
■ Segundo os pesquisadores, a precisão que atinge 1%
em postos instalados em condições próximas das ideais
de estabilidade e sensibilidade, pode subir para 10% ou
15% em rios excessivamente instáveis.
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Referências
Tucci, C. (organizador). Hidrologia Ciência e Aplicação. Editora da
Universidade (Federal do Rio Grande do Sul). 2000.
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