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Universidade Federal do Pará

Instituto de Geociências
Faculdade de Meteorologia
Estimativa de Vazão

Larissa Pessoa de Souza


Moises Vieira Cardim
Thais Dias Pacheco

Belém
2022
sumário
1- Introdução
2- Medidas de Vazão
2.1 Processo Químico
2.1.1 Injeção Continua
2.1.2 Conhecendo a área e Velocidade de Escoamento
2.2 Medidas a Partir do nível D'água
2.3 Medidas da Velocidade de Escoamento
2.4 Utilizando molinetes
2.4.1 Métodos dos Múltiplos Pontos
2.4.2 Métodos dos 4 pontos
2.4.3 Métodos dos 2 pontos
2.4.4 Métodos do 1 ponto
2.5 Medidas da Área da Seção Molhada de Escoamento
2.5.1 Medidas da Integração da Área
3- Conclusão
4-Referencias Bibliografia
1- Introdução
A água é um recurso natural que apresenta os mais
variados usos e é indispensável ao desenvolvimento
humano. A manutenção deste recurso finito em
padrões de quantidade e qualidade com o objetivo
de atendimento aos seus múltiplos usos representa
um desafio para a sociedade(Santos et al., 2010).
Desta maneira, uma das maiores demandas
ambientais atuais consiste no desenvolvimento de
estudos envolvendo o processo de formação do
escoamento fornecendo subsídios para a tomada de
decisões por parte dos responsáveis pela gestão dos
recursos hídricos (Pereira et al., 2007).
A previsão de vazão em um sistema hídrico é uma
das técnicas utilizadas para minimizar o impacto
das incertezas do clima sobre o gerenciamento dos
recursos hídricos podendo se considerá-la um dos
principais desafios relacionados ao conhecimento
integrado da climatologia e hidrologia (Sousa et al.,
2010)
As vazões de saída de uma bacia hidrográfica são
respostas às precipitações ocorridas e à capacidade
do aquífero subterrâneo em manter o escoamento em
que está envolvida sua capacidade de realimentação.
2- Medidas de Vazão.

A vazão de um escoamento pode ser


medida de varias maneiras:

 Processo químico.
 Medida do nível d´água
 Conhecendo área e velocidade de
escoamento.
2.1Processos químicos. A vazão de
escoamento de um rio pode ser medida por
processos químicos de duas maneiras:

2.1.1Injeção continua – Neste método lança-


se no rio, a montante da seção de medição,
durante um certo tempo, um produto químico
com uma vazão constante Q, de uma solução
química cuja concentração conhecida C.
Colhe-se na seção de medição amostras com
concentração C1.
Considerando que Q.C = Q1.C1
Conhecendo-se Q, C, C1. Calcula-se Q1.

Onde Q1 é a vazão de escoamento do


rio.

Q1 = Q.(C/C1).
Integração - Neste método, lança-se no rio, a
montante da seção de medição, um volume, V, de
um produto químico com concentração C. Colhe-se
na seção de medição, um volume V1 de amostras
durante a passagem da pluma de produto químico,
durante um tempo T, com concentração do produto
químico C1, médias das amostras coletadas, tem-
se.
V.C = V1.C1 = Q1.T.C1.
Q1.T = V.C/C1. sendo C1 = ∫(c.dt)/T.

Q1 = V.C/(∫(c.dt)/T.)/T
Q1= V.C./(∫(c.dt).

Os métodos químicos devem ser


utilizados quando :
No escoamento do rio houver bastante turbulência
parta garantir uma mistura homogênea

As substâncias químicas mais utilizadas


são: Cloreto de Sódio, Fluoceina,
Bicromato de Sódio, e Matéria radioativa.
2.2 – Medidas a partir do nível d´água.

Estes métodos utilizam estruturas


construídas no leito do rio, que de
alguma maneira controlam o
escoamento.
Vertedores – São estruturas que
confinam o escoamento para passar
por uma seção previamente definida e
de área da seção conhecida.
Vertedor de Thompson

5/2
Q = 1,4.H
2.2.1Conhecendo Área e Velocidade de Escoamento.

Este método é o mais utilizado para


medição de vazão em grandes e
pequenos rios. Consiste de duas
etapas:
Cálculo da Velocidade de escoamento, V.
Cálculo da Área de escoamento, A
A vazão é dada pelo produto da
Velocidade pela Área de escoamento.
Q = V.A.m3/s
2.3 – Medidas da velocidade de
escoamento
A velocidade de escoamento de um rio
pode ser medida de duas maneiras:
1 – Utilizado Flutuadores.
2-utilizando molinetes
A utilização de corpos flutuantes para calcular a
velocidade de escoamento de um rio só deve ser
usado quando não houver aparelhos mais precisos.
Nessa ordem os procedimentos.
1 – Numa das margens do rio marca-se uma
distância, e.
2 – De vários pontos, distribuídos na largura
da seção a montante, abandona-se corpos
flutuantes.
3 – Marca-se o tempo, t, que o corpo leva para
percorrer a distância estabelecida.
4 – Depois de abandonar corpos de vários
pontos, calcula-se o tempo médio, Tm.
Tm = ti n. n = número de corpos
abandonados no escoamento do rio., figura
5.11.
5 – A velocidade é calculado pela razão entre o espaço
percorrido e e o tempo médio gasto.

t1

Vm

t2
t3
t4
Figura 2.3 – Esquema para determinação da
velocidade de escoamento utilizando corpos
flutuantes
Tempo médio Tm = (t1 + t2 + t3 + t4)  4.
Velocidade média Vm = eTm.
Os corpos utilizados como flutuadores devem ficar
com dois terço do volume submersos, no mínimo,
para que não sofram influência do vento
é usada para:

Pequenos rios
Pouca profundidade.
Dificuldade de escoamento, leito pedregoso
método do flutuador
2.4 – Utilizando molinete – Molinetes são
instrumentos que servem para medir a velocidade
de escoamento, seu princípio de funcionamento
consiste em medir o tempo que uma hélice ou
conchas executam certo número de rotações.

Acompanhando molinete existem três


equipamentos acessórios que são. O guincho
com cabo graduado para medir as
profundidades dos perfis, O lastro que é o
peso que vai afundar e manter o cabo na
vertical, ou quase.
1– um molinete completo (haste
graduada)
2 – contador de giro (digital e sonoro)
3 – um cronometro
4 – corpo flutuante
5 – barbante ou fitilho
6 – piquetes (4)
7 – martelo ou marreta
8 – prancheta
9 - trena
10 - formulário de planilha
conveniente (tabelas)
A expressão que transforma rotações em
velocidade é do tipo.

V=An + B
Onde A e B são constantes do instrumento.
n é o número de rotações que a hélice ou
concha realiza num intervalo de tempo.
A velocidade média em um determinado perfil
vertical do rio pode ser calculada de várias
maneiras.
2.4.1Método dos pontos múltiplos – Neste
método faz-se uma medida no fundo, 20 cm do
fundo, e uma na superfície, 10 cm de profundidade,
e entre estes dois pontos faz-se várias medidas até
definir bem a curva profundidade x velocidade. A
velocidade média do perfil é dada pela áreado
diagrama, A dividida pela profundidade, H.
10 cm
A
Vm = A  H
H

20 cm

2.4.2Método dos quatro pontos – Neste método


faz-se quatro leituras de velocidades, a 20, a40, a
60 e a 80 % de profundidade. A velocidade média
na vertical é dada por uma média ponderada onde

as medidas intermediárias têm peso dois .


V1 0,2.H
V2
H
0,6.HVm = (V1 + 2V2 +2V3
V3 0,4.H 6
V4
0,8.H

2.4.3Método dos dois pontos – Neste método


faz-se duas leituras de velocidades, a 20, e a
80 % de profundidade. A velocidade média na
vertical é dada por uma média aritmética das
velocidades.
V1
0,20.H
Vm = (V1 + V2)  2
H
0,80.H
V2

2.4.4Método de um ponto – Neste


método faz-se apenas uma leitura de
velocidades, a 60 % de profundidade, esta
velocidade é considerada a velocidade média no
perfil vertical.
H V1
0,60.H

Vm = V1.
Todos estes métodos são utilizados na prática,
entretanto, quanto mais medidas forem realizadas
mais precisa fica a velocidade média, Vm

Para profundidades menores que 1,0 metro


Método de um ponto.
Para profundidades entre 1,0 e 2,0 metros
Método de dois pontos.
Para profundidades maiores que 2,0 metros
Método dos quatro pontos.
2.5 – Medidas da área da seção molhada de
escoamento.
A área da seção molhada de escoamento pode ser
calculada de várias maneiras, entre elas:

Método da integração de área.


2.5.1 – Método integração de área
Este método consiste em dividirmos a área da
seção transversal do rio em muitas áreas
parciais e depois somarmos estas pequenas
áreas para obtermos a área total.
A largura do rio é dividida em partes iguais, que
dependendo a largura, pode ser de 5 a 20 perfis
verticais. Em seguida mede-se a profundidade em
cada perfil. A área da seção é dada pelo produto da
distância entre os perfis, L, e a somatória das
profundidades, Σhi
25 m

1
2
3
4
5
6
7
25 m
L LLLLL LLL L

0
h1 h2 h3 h4 h5 h6 h7 h8 hn
1

6
3-Conclusão

O método de estimativa de vazão é um


parâmetro em função da precipitação
acumulada em um período que
antecede a estiagem e serve para o
plano diretor de grandes cidades para
determinar politicas para atender
determinada região.
4- Referencias Bibliográfica
https:// www.scielo.br. Acesso em 01/02/2022.
Pereira, S. B.; Alves Sobrinho, T.; Fedatto, E.; Peixoto,
P. P. P.; Bonacina, R. Variação temporal do
comportamento hidrológico na Bacia do Rio Dourados.
Engenharia Agrícola, v.27, n.2, p.560-568, 2007.
Material de pratica de campo
Santos, E. H. M.; Griebeler, N. P.; Oliveira, L. F. C.
Relação entre uso do solo e comportamento
hidrológico na Bacia Hidrográfica do Ribeirão João
Leite. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, v.14, n.8, p.826–834, 2010.

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