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MEDIDAS DE VAZÃO: podem ser feitas d diversas formas como a utilização d

princípios volumétricos, colorimétricos, estruturas hidráulicas (calhas e vertedores),


velocimétricos, acústicos e eletromagnéticos. A escolha d método dependerá das
condições disponíveis em cada caso.
Método Volumétrico: é baseado no conceito volumétrico d vazão: vazão é o volume
que passa por uma determinada seção d controle por unidade d tempo. Utiliza-se
um dispositivo para concentrar todo o fluxo em um recipiente d volume conhecido.
Mede-se o tempo d preenchimento total d recipiente. È limitado a pequenas
vazões, em geral pequenas fontes d’água, minas e canais d irrigação.
Método das Calhas Parshall
São, assim como os vertedores, estruturas construídas n curso d’água e possuem
sua própria “curva-chave”. Assim, a determinação d vazão a partir d nível d água é
direta p/ a seção onde a mesma está instalada. Entretanto, se não há ondas d
cheia propagando pelo canal, a vazão que passa pela calha é a mesma que passa
por qualquer outra seção d rio.
Pode-se então determinar a curva-chave para outras seções d interesse medindo o
nível d água em tais seções e relacionando-os com a vazão medida pela calha ou
vertedor. O método (calha ou vertedor) se aplica a escoamentos sob regime fluvial.
O princípio consiste em forçar a mudança deste comportamento p/ o regime
torrencial, medindo-se a profundidade crítica.
No caso da calha, tal mudança é condicionada por um estreitamento d seção.
Portanto, com o conhecimento d nível d água na região d profundidade crítica
determina-se a vazão d canal, uma vez que a forma d seção d calha e a cota d
fundo são conhecidas. Se a saída d jusante se dá d forma livre (sem afogamento),
a vazão pode ser assim determinada:

Onde: QL = vazão do canal; H = profundidade crítica;


K e n=consts que dependem das características d calha.
Caso a saída d água d canal se der sob afogamento, forma-se um ressalto
hidráulico e a vazão calculada pela expressão acima precisa ser corrigida com o C:

Onde: QA = vazão do canal; C = coeficiente de redução.

Método dos Vertedores: Este dispositivo também se baseia n determinação d vazão


a partir d medição d nível d’água. Existem diversos modelos d vertedores, com
diferentes curvas que relacionam o nível d’água com a respectiva vazão:

Vertedores triangulares:
Q=vazão d canal (m3/s); H=nível d’água com relação ao vértice d
âng reto (m)

Vertedores retangulares:
Q = vazão do rio em m3/s;
L=largura d base d vertedor em m; H=nível d’água em m.

O vertedor triangular é + preciso, com erro relativo à vazão d 1%. Aconselhável o


uso p/ vazões abaixo d 0,030 m3/s. O vertedor retangular, que apresenta erros
relativos à vazão d 1 a 2%, porém maior sensibilidade à variações.
Um inconveniente dos vertedores é a necessidade d sua construção, com custo
apreciável. Além disso, o assoreamento e o remanso (elevação d nível) provocado
a montante constituem outras desvantagens dos vertedores.
Método Ultra-Sônico
2 aparelhos (emissor/receptor) d ultrassom são posicionados d forma a emitirem
pulsos d cerca d 4,0 MHz na direção d fluxo d água. De montante p/ jusante a
propagação d pulso é favorecida pelo fluxo d água, tendo a velocid “v” acrescida à
sua velocid d propagação neste meio fluido. No sentido oposto, ocorre o contrário.
Assim, como os 2 pulsos são produzidos simultaneamente aparece uma
defasagem no tempo d recepção.
Onde:
DT = diferença d tempo entre a recepção dos pulsos;
c = velocid d propagação d som no fluido;
l = distância entre os aparelhos;
v =velocidade d escoamento na linha que liga os dois aparelhos;

Outro método ultrassônico é baseado n efeito Doppler. P/ tal utiliza-se um aparelho


que possui emissores e receptores apontados para diversas direções. O pulso d
ultrassom emitido pelo aparelho é refletido por partículas n água. Assim, o pulso
refletido por uma partícula que caminha ao encontro d aparelho é captado com
uma frequ. > à que foi emitida. Por outro lado, o pulso refletido por uma partícula
que se afasta d equipamento chega com velocid e freq. menores que as emitidas.
Com base nesta diferença de freq. produzida pelo efeito Doppler, o aparelho
calcula diretamente a vazão do rio. Este equipamento possui um alcance d mais d
22 m e é bastante utilizado para monitorar a vazão d forma permanente nos cursos
d´água, sendo fixado, por exemplo, em pilares d pontes.
Método Eletromagnético: determina o perfil d velocid d escoamento. Assim, com o
perfil d seção d rio pode se calcular sua vazão. Um aparelho gera um campo
magnético n água. Os íons na água (concentração conhecida) movem-se com a
velocid d mesma e alteram o campo magnético que foi produzido. Tal perturbação
é medida, fornecendo indiretamente a velocid com que as partículas carregadas
passaram pelo campo. Com a velocid d fluxo d água e a área d seção monitorada
pode-se determinar a vazão através d equação: Onde:
Q=vazão em m³/s; V=velocid d escoamento; S=área d seção.
Método Colorimétrico ou Radioativo
Há situações em que a aplicação dos métodos anteriores é inviável ou até mesmo
impossível, como: escoamentos com velocid altas, muita turbulência ,leito irregular,
como rios d montanhas; perigo devido a transporte d grandes sólidos, como
troncos d árvores, ou presença d cachoeiras. Em casos como estes, pode-se
utilizar uma técnica interessante, baseada n diluição d um produto químico(corante)
d concentração conhecida aplicado continuamente numa determinada seção d rio.
Numa seção a jusante (o escoamento deve ser suficientemente turbulento p/
provocar a total diluição), mede-se a concentração deste produto.
A medição é feita depois d estabelecido o regime permanente, ou seja, têm-se ao
mesmo tempo aplicação d traçador (solução química com vazão conhecida) n
seção 1 e medição desta solução diluída n seção 2 a jusante
A vazão pode então ser assim determinada:
Onde:
q=vazão d produto traçador; Q=vazão do rio;
C1 =concentração inicial d traçador; C2 =concentração após total diluição n rio.

O produto químico utilizado como traçador não deve reagir com impurezas
existentes na água d rio e muito menos ser prejudicial à fauna ou à flora.
Caso seja radioativo, deve-se corrigir o efeito d decaimento no tempo.
Método do Molinete
Molinetes são aparelhos dotados basicamente d uma hélice e um “conta-giros”,
medindo a velocid d fluxo d’água que passa por ele. Assim, quando posicionado
em diversos pontos d seção d rio determinam o perfil d velocid desta seção. Com
tal perfil e a geometria d seção determina-se a vazão.
Mede-se o tempo necessário para que a hélice d aparelho dê um certo n° d
rotações. O “conta-giros” envia um sinal ao operador a cada 5, 10 ou qualquer
outro n° d voltas realizadas. Marca-se o tempo entre alguns sinais e determina-se o
n° de rotações/s (n).
O equipamento possui uma curva calibrada do tipo V = a.n + b (onde a e b são
características d aparelho), que fornece a velocid V a partir d freq n d hélice. Se o
molinete ñ seja fixo numa haste, deve-se prendê-lo a um lastro p/ que fique n
vertical. Este lastro tem a forma parecida com a d um peixe. As velocid limites que
podem ser medidas com molinete são d 2,50 m/s (9 km/h) com haste e d 5,00 m/s
com lastro. Acima destes valores os riscos p/ o operador e o equipamento são
altos. Em boas condições, a precisão relativa p/ uma vazão assim medida é d 5%.
Método d medição com molinete: à vau, sobre ponte, com barco fixo ou móvel,
com teleférico
Cálculo da vazão a partir de dados medidos
Alguns dos métodos descritos anteriormente fornecem diretamente a vazão numa
determinada seção d rio. Outros, como molinete e o ultrassônico, fornecem o perfil
d velocid d seção. Nestes casos, precisamos ainda d geometria d seção p/ calcular
a vazão que passa por ela (batimetria). A vazão de um rio é definida como sendo o
volume d água que atravessa uma determinada seção num certo Δt e pode ser

Q =vazão em m3/s; V =velocid d escoamento; S =área da seção.

Cálculo da vazão: Como a seção d rio é irregular e as medições d velocid são


feitas em alguns pontos representativos, a vazão total é calculada como sendo a
soma d parcelas d vazão d faixas verticais. P/ se calcular a vazão d tais parcelas
utiliza-se a velocid média no perfil e sua área d influência.
Determinação da velocidade média no perfil: utiliza-se 4 processos principais:
Pontos múltiplos: consiste em realizar uma medida no fundo (0,15 m a 0,20 m d
leito), outra na superfície (0,10 m d profundidade) e entre esses 2 extremos,
tomam-se vários pontos que permitam um bom traçado d curva d velocid em
função d profundidade. Calculando-se a área desse diagrama d vetores velocid e
dividindo-a pela profundidade, tem-se a velocidade média na vertical considerada.
Dois pontos: baseia-se na constatação experimental d que a velocid média numa
vertical aproxima-se com boa precisão d média aritmética entre a velocid medida a
20% e 80% d profundidade.
Um ponto: se a profundidade é pequena (menos de um metro), o método anterior
não se aplica, pois a medição a 0,8 d profundidade fica muito próxima ao leito,
havendo contato o contrapeso com o fundo d rio. Nestes casos utiliza-se o
processo d ponto único, onde se aproxima a velocid média pela medida a 60% d
profundidade (contada a partir d superfície).
Integração: o processo consiste em deslocar o aparelho n vertical com velocid
const e anotarem-se, além d profundidade total, o n° d rotações e o t para chegar à
superfície. Tem-se assim diretamente a velocid média.
Medida da área da seção transversal
A profundidade numa vertical é medida através d próprio elemento sustentador d
molinete, seja ele uma haste graduada (a partir do fundo) ou cabo (a partir d
superfície d água). Isto é feito ao se levantar o perfil d velocid naquela vertical,
tocando o leito com o “peixe” ou com a haste. Em rios muito profundos e/ou com
altas velocid d escoamento onde a medição com cabos e lastros torna-se
inaplicável, pode-se utilizar recursos como a batimetria e os sonares. A distância
horizontal entre as margens pode ser determinada através d cabo graduado ou
equipamentos topográficos. As verticais onde se levantam os perfis d velocid não
devem ser muito próximas (custo adicional s/ ganho considerável d informações),
assim como também não devem ser muito distantes (perda d representatividade d
modelo). A área d influência multiplicada pela velocid média d escoamento na
mesma resulta na vazão neste elemento.
A área de influência Ai d um determinado perfil d velocid Vi é formada pela soma d
duas áreas trapezoidais, como indica a figura anterior e d acordo com a equação.

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