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Tipos de Disjuntores
duas partes de um sistema elétrico.
Resumo – O disjuntor de alta tensão é um componente de Os disjuntores são, em geral, chamados a mudar de uma
proteção que tem a função de interromper e extinguir condição para outra ocasionalmente e a desempenhar a
arcos voltaicos durante a abertura do circuito e são função de abrir faltas ou fechar circuitos sob falta apenas
fabricados para atuar no menor tempo possível, muito raramente.
operando em condições normais e anormais de corrente A manobra de bancos de capacitores e reatores shunt nos
e de tensão. No decorrer dos anos foram sistemas de transmissão muitas vezes deve ser realizada com
desenvolvidos diversos tipos de disjuntores com alta cadência (até várias operações por dia), o que pode
tecnologias cada vez melhores buscando dar mais
exigir requisitos adicionais para as câmaras de interrupção,
segurança e confiabilidade ao equipamento na operação,
devido ao maior desgaste dos contatos decorrente da
entre eles estão os disjuntores a vácuo, ar comprimido e
operação muito frequente.
disjuntores a óleo, SF6,
Palavras-chave - Disjuntores, arcos voltaicos, Alta Os disjuntores devem ser mecanicamente capazes de abrir
tensão. em tempos tão curtos quanto dois ciclos, após terem
permanecido na posição fechada por vários meses. Esta
I. INTRODUÇÃO exigência impõe cuidados especiais no projeto do
equipamento, no sentido de reduzir a um mínimo as massas
Os disjuntores têm a função precípua de interromper
das partes móveis e de garantir a mobilidade das válvulas,
correntes de curto-circuito em curtíssimos intervalos de
ligações mecânicas etc.
tempo, sendo está uma das tarefas mais difíceis confiadas
A fundamentação técnica consiste em descrições claras e
aos equipamentos instalados em sistemas de potência. Ao
objetivas dos conceitos físicos e teóricos que justifiquem a
mesmo tempo, devem ser capazes de estabelecer correntes
experiência em questão.
de falta, de estabelecer e interromper correntes de
Essa fundamentação é necessária para que o grupo de
magnitudes muito menores e de isolar partes dos sistemas
alunos possa compreender e analisar os resultados obtidos
quando na posição aberta. A necessidade de realizar todas
durante a experiência.
essas tarefas de forma absolutamente confiável, para
Cabe ressaltar que as citações (parafrásicas ou textuais),
impedir danos aos demais equipamentos, inclui os
que porventura possam ser empregadas durante a elaboração
disjuntores entre os equipamentos de maior complexidade
desta seção, deverão ser claramente indicadas no texto, e as
instalados nas subestações de geração, transmissão e
referências completas (bibliográficas e de outros tipos)
distribuição de energia elétrica. As tecnologias utilizadas
apresentadas na seção correspondente. (FROTIN, 2013).
para o projeto, fabricação e ensaio dos disjuntores têm
evoluído bastante ultimamente, assim como as normas TÉCNICAS DE INTERRUPÇÃO
criadas para a padronização de suas características.
(FROTIN, 2013).
Nesse trabalho serão apresentados quatro tipos de As principais técnicas para interrupção nos disjuntores
disjuntores e seus meios de interrupção: óleo, SF6, vácuo e são: ar livre, sopro magnético, vácuo, ar comprimido, óleo,
ar comprimido. hexafluoreto de enxofre e semicondutores. A seguir, tratar-
se-á mais detalhadamente sobre algumas destas técnicas.
obrigados a passar, em virtude das altas pressões formadas, crescimento da suportabilidade dielétrica após a extinção do
em direções a um duto de alívio de pressão situado em um arco, bem como uma eliminação mais rápida das bolhas de
dos lados da câmara e que terminava na cabeça da unidade. gás na região entre os contatos.
Dessa maneira, o arco era forçado contra as paredes mais
frias da câmara e posto em contato com o óleo mais frio, b) Pressurização permanente das câmaras do disjuntor. Uma
sofrendo ao mesmo tempo um alongamento. Quando a pressão de 6/8 bars era utilizada, sendo obtida por meio de
corrente passava por um zero, havia um breve instante em uma operação de pressurização que consistia na injeção de
que não era liberada mais energia. Uma rápida queda de nitrogênio ou ar nas cabeças das unidades após a montagem
temperatura ocorria, então, na coluna do arco, provocando a dos disjuntores, no local de operação. A pressurização das
desionização dos gases. Isto permitia um rápido aumento da câmaras resultava em uma substancial redução da
suportabilidade dielétrica entre os contatos, prevenindo uma quantidade de gás liberada durante a interrupção de
reignição do arco. correntes reduzidas. Dessa forma, reduzia-se a probabilidade
de um bolsão de gás estender-se por todo o espaço entre os
Fig. 2 – Câmara cross blast de disjuntor a pequeno volume de óleo contatos, após a interrupção do arco. Por outro lado, a
suportabilidade dielétrica dos bolsões de gás tornava-se
maior, devido à maior pressão. Obtinha-se, dessa forma, um
disjuntor razoavelmente imune a reacendimentos durante a
abertura de correntes capacitivas. Também o problema das
correntes críticas era contornado pela pressurização das
câmaras, a despeito da produção de menor quantidade de gás
durante a interrupção de correntes de valor reduzido.
Os disjuntores de pequeno volume de óleo adotavam, em
geral, mecanismo de operação por molas, o que aumentava a
sua confiabilidade do ponto de vista mecânico.
Cada unidade (câmara) era dotada de uma válvula de
alívio de pressão, que atuava após um certo número de
operações com corrente de carga, ou a cada operação de
abertura em curto-circuito, quando a pressão de segurança
era excedida.
Fig. 4 – Ampola a vácuo encapsulada no polo. não utilizam compressores, os disjuntores a SF6 tornaram-se
mais simples, viáveis e confiáveis. Inicialmente, o gás
encontra-se num reservatório de baixa pressão, e quando
ocorre a abertura dos contatos, o gás é comprimido por um
êmbolo solidário ao contato móvel. Este movimento cria um
fluxo de gás que tende a eliminar o arco. Além disso, em
conformidade a Lei de Pascal, a pressão aumenta com a
diminuição do volume, contribuindo também para a
extinção.
Para sistemas de tensão mais elevadas são aplicados
disjuntores a gás SF6 de dois ciclos, eles são caracterizados
por apresentarem um tempo de interrupção de arco elétrico
muito pequeno para altas correntes de curto-circuito,
utilizando apenas dois ciclos na frequência industrial para
realizarem a extinção.
Portanto tem-se que os disjuntores a SF6 apresentam
excelentes capacidade de interrupção de correntes de curto-
circuito, não são tóxicos e inflamáveis. Em contrapartida,
seu custo pode ser proibitivo, principalmente de média
tensão (69 kV). Na fig. 6 pode-se verificar um exemplar do
disjuntor a SF6.
D.Disjuntores a SF6
[1] VORPE, Michel A.; FILHO, Oscar K.; FRANÇA, Wilson J. Capítulo I do livro
Disjuntores e chaves: aplicação em sistemas de potência. Niterói: EDUFF, 1995..
[2] MORAIS, Sérgio A. Capítulo X do livro Equipamentos Elétricos: Especificação e
Aplicação em Subestação de Alta Tensão. Rio de Janeiro: Furnas, 1985.
[3] Sergio O. Frontin. Equipamentos de Alta Tensão: Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológica. . Local: Editora, 201
[4] EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS; Especificação e aplicação em subestações de alta tensão. Rio de Janeiro: FURNAS, 1985.
[5] ALIBABA.COM. Disponível em: https://portuguese.alibaba.com/product-detail/SIEMENS-3AP2-FI-363-SIEMENS-High-62194908553.html>.
Acesso em: 19 maio. 2022, 20:32.