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Centro Federal de Educação

Tecnológica de Minas Gerais

Subestações e Equipamentos Elétricos

Disjuntores

Prof. Eduardo G. Silveira


Disjuntor
Definição – NBR-5459
Dispositivo de manobra
(mecânico) e de proteção,
capaz de estabelecer, conduzir
e interromper correntes em
condições normais do circuito,
assim como estabelecer,
conduzir por tempo especificado
e interromper correntes em
condições anormais que
porventura surjam no circuito, a
exemplo das correntes de
curto-circuito.
Considerações Iniciais
Arco Elétrico
• Uma das grandes dificuldades que sempre se apresentam para uma
confiável operação dos sistemas elétricos de potência (e que se constituem
em um desafio para os cientistas e pesquisadores) reside na tecnologia para
se manobrar (abrir/ fechar) os circuitos com correntes de carga ou de defeito;

• O grande dificultador é o fenômeno natural que surge durante estas


operações, conhecido como ARCO ELÉTRICO.

• Por essas razões, os chamados DISJUNTORES são considerados como os


dispositivos da maior importância nas situações de manobra e proteção dos
sistemas elétricos, uma vez que tais equipamentos foram desenvolvidos
especificamente com as finalidades de operar de forma adequada diante das
condições acima mencionadas.
Considerações Iniciais
Arco Elétrico

• De acordo com a ABNT NBR-5456:

ARCO ELÉTRICO

Condução em gás auto mantida para a qual a maioria dos portadores de


carga são elétrons liberados por emissão eletrônica primária.

ou, em outro formato:

ARCO ELÉTRICO

É o resultado da ruptura dielétrica do gás, produzindo uma descarga de


plasma (similar a uma fagulha instantânea) resultante de um fluxo de
corrente em um meio normalmente isolante, a exemplo do ar.
Considerações Iniciais
Arco Elétrico
• Quando se muda de estado um circuito (abrindo-o ou fechando-o), são
reconhecidas as dificuldades impostas pelo fenômeno natural representado
pelo arco elétrico que surge durante a separação ou junção dos
contatos;

• No caso dos disjuntores de potência, este inconveniente deve ser


eliminando, uma vez que estes equipamentos devem interromper todas as
solicitações das correntes elétricas de carga ou de defeito, associadas às
sobretensões que possam surgir no sistema elétrico;

• Ocorre que, no momento da separação dos contatos (fixos e móveis) dos


disjuntores, o arco elétrico (constituído principalmente de íons e elétrons
livres) acompanha a forma de onda senoidal da corrente a ser extinta
naturalmente, na sua passagem da onda senoidal pelo zero do ciclo.
Considerações Iniciais
Arco Elétrico
Considerações Iniciais
Arco Elétrico
• Como soluções para se eliminar tal inconveniente, foram desenvolvidas algumas
técnicas de interrupção do arco elétrico, as quais foram empregadas nos diferentes
modelos de disjuntores;
• Seja no entanto qual for a técnica utilizada,
uma elevada energia é dissipada através do
arco durante a sua interrupção. Portanto,
independentemente do tipo de disjuntor,
procura-se sempre monitorar o arco elétrico
da melhor forma que for possível, evitando
as interrupções bruscas de corrente e
sobretensões, o que podem provocar, entre
Deterioração de um contato fixo (a) e de um
outros inconvenientes, gastos excessivos contato móvel (b) de um disjuntor, após várias
dos contatos e das câmaras de arco, operações.

deteriorando-as.
Considerações Iniciais
Arco Elétrico

Fracionamento do arco
Considerações Iniciais
Principais Tipos
Os disjuntores são designados de acordo com a técnica de interrupção que
cada um deles utiliza. Desta forma, são considerados tipos principais:

DISJUNTOR

SOPRO AR
ÓLEO MINERAL VÁCUO GÁS SF6
MAGNÉTICO COMPRIMIDO

GRANDE VOLUME PEQUENO VOLUME


(GVO) (PVO)
Considerações Iniciais
Linha de Tempo

Evolução nas Tecnologias de Extinção do Arco Elétrico


Considerações Iniciais
Formas de Extinção

• Os tipos de arco em torno dos contatos de ocorrência mais usual são os seguintes:

Contato Fixo Corpo Isolante

Contato
Fixo
Alta Pressão
de ar P1 Contato
Alta Pressão Arco
Móvel
Pressão de ar P1
Atmosférica
P2 Arco
Contato
Móvel

Bocal

A. Fluxo axial B. Fluxo transversal


Corrente de Curto-circuito
Corrente de Curto-circuito
Tensão de Restabelecimento Transitória

CORRENTE E TENSÃO EM UMA FASE DURANTE A INTERRUPÇÃO


Disjuntor a Óleo Mineral
ÓLEO ISOLANTE MINERAL COMO MEIO DE INTERRUPÇÃO

A utilização do óleo como meio de interrupção se constitui em uma das mais antigas
formas de operação dos disjuntores.

O poder de extinção do óleo pode ser explicado da seguinte forma:

• A temperatura do arco sendo elevadíssima,


decompõe o óleo e libera gases compostos
basicamente de:

✓ 70% de hidrogênio (H2);

✓ 20% de acetileno (C2H4);

✓ 10% de metano e outros gases.

• Quem predomina nesta queima é o H2; por


esta razão, diz-se que o arco se queima em
uma atmosfera de hidrogênio.
Disjuntor a Óleo Mineral
ÓLEO ISOLANTE MINERAL COMO MEIO DE INTERRUPÇÃO
• Como este gás tem uma condutividade térmica bastante elevada, a retirada de calor se
processa de maneira eficiente, resfriando o arco;

• Pode-se considerar, portanto, que:

✓ A interrupção ocorre com contribuição direta de dois elementos inflamáveis: o


óleo isolante e o hidrogênio;

✓ A interrupção ocorre juntamente com uma elevação de pressão;

• Durante o processo de interrupção do arco, a pressão dos gases atinge valores da


ordem de 50 a 100 kgf/cm²;

• Neste processo, é ainda produzida uma pequena quantidade de substâncias


carboníferas, que permanecem em suspensão no óleo, reduzindo progressivamente as
suas características dielétricas.
Disjuntor a Óleo Mineral

TIPOS DE DISJUNTORES A ÓLEO ISOLANTE MINERAL

1. DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO)

CONCEITO
Disjuntor cujos contatos principais operam imersos em óleo, em
quantidade suficiente para isolação entre as partes vivas e a terra.

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

CONCEITO
Disjuntor cujos contatos principais operam imersos em óleo, que se presta
essencialmente para extinção do arco entre as partes vivas e a terra.
Disjuntor a Óleo Mineral

1. DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO)

• Este o mais antigo dos tipos de disjuntores isolados a óleo mineral;

• As primeiras unidades construídas, consistiam apenas de um tanque metálico, no


interior do qual eram imersos os contatos, sem nenhuma câmara de extinção (a
exemplo das chaves a óleo);

• Inicialmente, colocavam-se os três polos em um único tanque e, posteriormente, cada


polo foi instalado em tanques independentes (porém com operação tripolar);

• Embora possuam grande capacidade de interrupção, foram perdendo espaço nos


sistemas elétricos em função das suas grandes dimensões e do grande volume de
óleo a ser tratado;

• Foram fabricados até o nível de 230 kV.


Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO) – COMPONENTES DISJ. 1Ø

1. Bucha isolante de passagem;

2. Indicador de nível de óleo;

3. Abertura para alívio de sobrepressões

4. Haste móvel;

5. Concha guia da haste móvel;

6. Câmara de extinção e contatos fixos;

7. Unidade de controle do arco;

8. Contato paralelo;

9. Resistor;

10. Suporte de movimentação dos contatos


móveis;

11. Amortecedor de impulso.


Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO) – COMPONENTES DISJ. 3Ø

1. Bucha isolante de passagem;

2. Indicador de nível de óleo;

3. Abertura para alívio de sobrepressões

4. Transformador de corrente;

5. Concha guia da haste móvel;

6. Haste móvel;

7. Câmara de extinção e contatos fixos;

8. Resistor de amortecimento;

9. Suporte de movimentação dos contatos


móveis
Disjuntor a Óleo Mineral
CONTATOS PRINCIPAIS
DURANTE A OPERAÇÃO
DETALHE DOS CONTATOS
PRINCIPAIS MÓVEIS
Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO)


Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO)


Disjuntor a Óleo Mineral
DISJUNTORES A GRANDE VOLUME DE ÓLEO (GVO)
Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

• Estes disjuntores representam a evolução dos


antigos GVO, na medida em que se procurou
projetar uma câmara de extinção de arco para
cada polo, diminuindo, portanto, drasticamente
o volume de óleo total do equipamento;

• Neste caso, chegou-se a uma solução na qual


apenas o volume do polo onde se abrigava a
câmara de extinção era preenchida com o óleo
isolante;
Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

SEQUÊNCIA NA EXTINÇÃO DO ARCO NA CÂMARA DE UM DISJUNTOR PVO

• A figura ao lado mostra a câmara de


extinção de arco de um disjuntor PVO na
posição “ligado”, sendo:
Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)


SEQUÊNCIA NA EXTINÇÃO DO ARCO NA CÂMARA DE UM DISJUNTOR PVO

• A figura ao lado mostra a câmara do mesmo


disjuntor durante o processo de extinção de
correntes de baixa intensidade;

• Neste caso, o fluxo de óleo independe da


corrente. Tal fluxo é produzido pelo movimento
descendente da haste do contato móvel, que
impulsiona o óleo para cima, agindo sobre a
base do arco localizada junto à ponta do
contato móvel.
Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)


SEQUÊNCIA NA EXTINÇÃO DO ARCO NA CÂMARA DE UM DISJUNTOR PVO

• A figura ao lado mostra a câmara do mesmo disjuntor


durante o processo de interrupção de correntes elevadas;

• Neste caso, quando o arco ultrapassa o furo que divide as


câmaras superior e inferior, forma-se na câmara inferior uma
bolha de gás que é pressionada pelo óleo para cima;

• Como na câmara superior existe um volume de ar, o vapor de


óleo se condensa e os gases escapam através das válvulas de
expansão, sendo seu fluxo orientado para que atinja o arco por
todos os lados com possante jato radial;

• Este tipo de câmara, como visto anteriormente, é designado


“câmara axial”.
Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

OUTRO TIPO DE CÂMARA DE EXTINÇÃO


DO ARCO EM UM DISJUNTOR PVO

• Outro tipo de câmara de extinção é


conhecido como “câmara de jato ou
sopro transversal”;

• Neste caso, o óleo é também injetado


transversalmente sobre o arco e
forçado a sair pelas aberturas laterais
da câmara.

Detalhe da câmara

Detalhe do polo completo


Disjuntor a Óleo Mineral
DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)
1. Válvula de escape de gases;
2. Câmara de expansão de gases;
3. Topo da câmara de extinção;
4. Terminal de conexão;
5. Câmara de extinção;
6. Papel isolante no interior do invólucro;
7. Parte inferior do contato fixo;
8. Selo do óleo;
9. Pistão injetor de óleo;
10. Contato móvel;
11. Válvula de dreno de óleo;
12. Mecanismo de operação.
13. Válvula de dreno de óleo;
14. Compartimento da câmara de extinção;
15. Suporte isolante.
Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

INTERRUPÇÃO DE GRANDES
CORRENTES DE FALTA

• Quando solicitadas a interromper grandes


correntes de falta, dependendo das
características do disjuntor e do circuito a ser
chaveado, é necessário que se instale mais de
uma câmara em série;

• Além disto, é comum a existência de “câmaras


de extinção auxiliares” (circuitos RC, p. ex.)
que operam em sincronismo com as câmaras
principais, funcionando como divisores de Câmara de Extinção Principal

tensão com o objetivo de se obter um melhor Câmara de Extinção Auxiliar

poder na interrupção do arco.


Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A PEQUENO
VOLUME DE ÓLEO (PVO)

1
2

1.Terminais de Pressão;

2.Câmaras de Extinção;
4
3 3.Caixa do Mecanismo de
Comando;

4.Tomada dos Condutores


de Controle e Comando;

5.Rodas para Extração do DETALHE DO TERMINAL

5 Equipamento. DE PRESSÃO

PRINCIPAIS COMPONENTES DOS


DISJUNTORES A PVO DE M.T.
Disjuntor a Óleo Mineral

DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

PRINCIPAIS COMPONENTES DOS


2 DISJUNTORES A PVO DE A.T.
3
1. Caixa do mecanismo de comando – incluem as molas
de abertura e fechamento pré-carregadas e demais
4 componentes do comando do disjuntor;

2. Corpo isolante – constituído de um cilindro de


porcelana (AT e EAT) e de fibra de vidro (MT). A
câmara e os contatos se localizam em seu interior;
5 1
3. Terminais de corrente – entrada e saída das conexões;

4. Coluna de sustentação do conjunto “corpo isolante”;

5. Base suporte – estrutura em perfis de aço zincado.


Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)


ALGUMAS FORMAS CONSTRUTIVAS
Disjuntor a Óleo Mineral
Disjuntor a Óleo Mineral
Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)


VANTAGENS

1. A produção de hidrogênio durante o processo de extinção do arco auxilia na sua


interrupção;

2. O óleo permite a isolação dos contatos abertos e após a extinção do arco;

3. O óleo é meio isolante entre as partes vivas e o potencial de terra do invólucro;

4. Particularmente, no disjuntor a PVO:


✓ Peso e dimensões reduzidas;
✓ Custo razoável;
✓ Construção simples;
✓ Comando com pequena energia de armazenamento;
✓ Suporta sobretensões (p.ex.: em manobras de bancos de capacitores);
✓ É construído segundo as mais variadas versões (fixo, móvel etc.).
Disjuntor a Óleo Mineral

2. DISJUNTORES A PEQUENO VOLUME DE ÓLEO (PVO)

DESVANTAGENS

1. Necessitam manutenção com certa frequência;

2. O óleo é inflamável e pode causar acidentes. Se o disjuntor falhar durante a


interrupção, o mesmo pode até explodir;

3. O hidrogênio formado durante o processo de extinção do arco, quando combinado


com o ar, pode formar uma mistura explosiva;

4. Durante o arco, o óleo decomposto se torna poluído pelas partículas carbonizadas,


as quais reduzem seu poder dielétrico. Isto requer ensaios, tratamento e, em alguns
casos, a substituição do óleo;

5. A tecnologia do PVO perdeu espaço nos últimos anos para o vácuo e o SF6.
Disjuntor a Vácuo
CONCEITO

Disjuntor cujos contatos principais operam em um vácuo especificado.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO NO VÁCUO

Esta expressão pode, à primeira vista, parecer contraditória uma vez que a existência de um
arco elétrico pressupõe a presença de íons positivos e elétrons os quais, por assim dizer,
servem de veículo para o referido arco.

No vácuo não existe, a princípio, a possibilidade de se encontrar estas partículas. Nos


disjuntores a vácuo, no entanto, os íons positivos e elétrons surgem a partir de uma nuvem de
partículas metálicas em forma de plasma proveniente da evaporação dos contatos, criando
um meio para a existência do arco. Após a interrupção da corrente, estas partículas tornam a
se depositar rapidamente na superfície dos contatos, fazendo com que a rigidez dielétrica
entre os mesmos seja recuperada.

Esta recuperação da rigidez dielétrica se processa de forma muito rápida nos disjuntores a
vácuo, o que lhes permitem altas capacidades de ruptura com câmaras de interrupção de
dimensões relativamente reduzidas.
Disjuntor a Vácuo

MOVIMENTAÇÃO DO ARCO ELÉTRICO


NOS DISJUNTORES A VÁCUO

Arco Elétrico Difuso Arco Elétrico em Contração Arco Elétrico Contraído

É o tipo de arco que surge quando são Estágio intermediário A partir de 10 kA, o arco se contrai e é
interrompidos pequenos valores de possível localizar um foco de emissão
corrente (aproximadamente até 10 kA). iônica de alguns “mm” sobre os contatos.
Disjuntor a Vácuo

A EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO NOS DISJUNTORES A VÁCUO

• Quando os contatos fixo e móvel se separam, uma


descarga em forma de um plasma de vapor metálico é
estabelecida pela corrente a ser interrompida, a qual flui
através deste plasma até a próxima passagem por zero;

• O arco então se extingue e o vapor metálico condutivo se


condensa sobre as superfícies metálicas em poucos
microssegundos, restabelecendo rapidamente a rigidez
elétrica entre os contatos;

• Os contatos são projetados de tal modo que o campo


magnético gerado pelo próprio arco provoque uma
rotação do mesmo, evitando o sobreaquecimento
excessivo em um determinado ponto do contato quando
eles estiverem interrompendo correntes elevadas.
Disjuntor a Vácuo

A EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO NOS DISJUNTORES A VÁCUO

• Para que a descarga em forma de vapor metálico seja mantida, é necessária


uma determinada corrente mínima (correntes que não atingirem este nível
serão cortadas antes da passagem pelo zero);

• Por outro lado, a corrente de corte deve ser limitada aos valores mínimos
possíveis, de modo a se evitar sobretensões inadmissíveis ao se abrirem
cargas indutivas;

• A rapidez no restabelecimento da rigidez dielétrica entre os contatos


possibilita uma extinção segura do arco, mesmo quando a separação dos
mesmos ocorre imediatamente antes da passagem da corrente pelo zero do
ciclo;
Disjuntor a Vácuo

A EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO NOS DISJUNTORES A VÁCUO

• O arco que se forma nos disjuntores a vácuo não é resfriado. O plasma de


vapor metálico é altamente condutivo, daí resultando a chamada “tensão
de arco”, de valor muito baixo (entre 20 e 200V). Por este motivo, e devido à
pequena duração do arco, a energia dissipada na região da extinção é muito
pequena. Isso explica a elevada expectativa de vida elétrica dos contatos
nos disjuntores a vácuo.

• Em consequência do alto vácuo (cerca de 0,00001 Torr) nas câmaras de


extinção, distâncias de 6 e 20 mm entre os contatos são suficientes para se
obter uma elevada rigidez dielétrica.
Disjuntor a Vácuo

ASPECTOS
CONSTRUTIVOS DE
UMA CÂMARA DE
EXTINÇÃO A VÁCUO
Disjuntor a Vácuo

PRINCIPAIS COMPONENTES
1. Suporte Isolante
2. Câmara de Extinção;

5 3. Terminais de Corrente;

3 4. Alavanca de Remoção do Disjuntor;


2
5. Caixa do mecanismo de comando.
4

Detalhe dos contatos na câmara de extinção


Disjuntor a Vácuo

Vista Traseira do Disjuntor Vista da Caixa do Mecanismo de Comando


Disjuntor a Vácuo

VANTAGENS

1. Grande segurança na operação, uma vez que não necessitam de suprimento de


gases ou líquidos (a exemplo de outras tecnologias de interrupção) e não emitem
chamas ou gases;

2. Praticamente não requerem manutenção, possuindo uma vida útil extremamente


longa em termos de número de operações a plena carga e em curto-circuito;

3. A relação capacidade de ruptura / volume é grande, o que os torna bastante


apropriados para o uso no interior de painéis;

4. Devido a ausência de meio extintor gasoso ou líquido, permitem religamentos


automáticos múltiplos;

5. Possuem peso e dimensões reduzidas.


Disjuntor a Vácuo

DESVANTAGENS

1. Seu limite de tensão econômico situa-se até a classe de distribuição;

2. Difícil controle do vácuo;

3. Tendência a provocar sobretensões.


Disjuntor a Ar Comprimido

CONCEITO
Disjuntor cujos contatos principais operam sob um jato de ar comprimido.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A TÉCNICA DE EXTINÇÃO NO AR COMPRIMIDO

O princípio de extinção, em si, é bastante simples, ou seja, consiste em se criar um fluxo de


ar sob pressão adequada na direção do arco, descarregando-o após a extinção para a
atmosfera.
Disjuntor a Ar Comprimido

CONSIDERAÇÕES SOBRE A TÉCNICA DE EXTINÇÃO NO AR COMPRIMIDO (cont.)

• A atuação do disjuntor é feita a partir de


um mecanismo pneumático, o qual deve
exercer simultaneamente duas funções:

a) Efetuar a propulsão mecânica da


abertura e fechamento dos contatos
principais e

b) Efetuar a extinção do arco elétrico


quando da passagem da corrente pelo
zero do ciclo. Para tal, deve ser
fornecido ao processo ar à pressão e
nas quantidades necessárias.
Disjuntor a Ar Comprimido

CONSIDERAÇÕES SOBRE A TÉCNICA DE EXTINÇÃO NO AR COMPRIMIDO (cont.)

Praticamente todos os disjuntores a ar comprimido utilizam o chamado “sopro axial” onde o


ar é “esticado” e “soprado” axialmente em relação aos bocais e contatos. Existem, na
prática, dois sistemas de sopro de ar comprimido. São eles:

a) Sopro unidirecional (“monoblast”):

Neste sistema, um dos contatos é oco, o


que permite a saída de ar após a extinção
do arco em um caminho único.

a) Sopro bidirecional (“dualblast”):

Neste sistema, ambos os contatos são ocos,


o que permite a saída de ar em duas
direções após a extinção do arco.

R = Suprimento de ar comprimido; E = válvula de escape (jusante); B = válvula de sopro (montante)


Disjuntor a Ar Comprimido

PRINCIPAIS COMPONENTES DO CONJUNTO

5 4
1. Reservatório de ar comprimido;
3
2. Coluna suporte de isoladores;
3
2 3. Terminais de conexão (entrada e
saída da corrente elétrica);
7
6
4. Câmara de extinção principal;

1
5. Câmara de extinção auxiliar;

6. Caixa do mecanismo de operação


pneumática;

7. Tubulação pneumática.
Vista Lateral Vista Frontal
Disjuntor a Ar Comprimido

PRINCIPAIS COMPONENTES DAS CÂMARAS DE EXTINÇÃO


Câmara
Auxiliar
Contatos
Auxiliares
Resistores

Mola
Pistão

Terminal de
Conexão
Terminal de Contato Móvel
Contato Fixo
Conexão

Câmara Ar comprimido fornecido Coluna suporte


Principal pelo reservatório isolante
Disjuntor a Ar Comprimido
CONTATOS PRINCIPAIS
DURANTE A OPERAÇÃO
DETALHE DOS
CONTATOS PRINCIPAIS

Contatos
de Arco

Contato Móvel
Contato Fixo

Contatos
Principais
Disjuntor a Ar Comprimido
O SUPRIMENTO DE AR COMPRIMIDO
• Como foi visto, cada disjuntor, individualmente, incorpora seu reservatório de ar comprimido,
o qual será utilizado no momento da operação (abertura ou fechamento);

• Considerando que, após a operação do disjuntor,


o volume / pressão do ar comprimido no
reservatório individual se tornam reduzidos, é
necessário que se faça sua imediata reposição.

• A solução consiste em se instalar uma central de


ar comprimido composta de compressores,
desumidificadores, tubulações pneumáticas,
manômetros, filtros, etc., destinados a repor de
imediato o volume / pressão nos reservatórios
individuais dos disjuntores que tenham operado.

• Observa-se que, mesmo tendo sido instalado um único disjuntor, a central de ar comprimido
(neste caso para um atendimento individual) é obrigatória.
Disjuntor a Ar Comprimido

Vistas de instalações de disjuntores


a ar comprimido
Disjuntor a Ar Comprimido

Vistas de instalações de
disjuntores a ar comprimido
Disjuntor a Ar Comprimido

VANTAGENS

1. Podem ser usados em toda a gama de tensões (encontram sua grande aplicação nas
altas e exta-altas tensões, ou seja, a partir de 245 kV);

2. Rapidez na operação (abertura e fechamento);

3. Excelentes propriedades extintoras e isolantes do ar comprimido;

4. Interrompem expressivos valores de correntes (da ordem de até 80 kA);

5. Operação segurança, uma vez que o meio extintor não é inflamável;

6. Disponibilidade total do meio extintor (ar atmosférico);

7. Mobilidade do meio extintor, que também funciona como energia de acionamento;

8. A capacidade de interrupção pode ser ajustada, variando-se a pressão operativa.


Disjuntor a Ar Comprimido

DESVANTAGENS

1. Somente são economicamente viáveis no caso da existência de um grande número de


unidades uma vez que, além da instalação do equipamento em si, requerem ainda a
instalação de uma central de ar comprimido;

2. Alto custo do sistema de geração do ar comprimido (central de operação);

3. A distribuição do ar comprimido desde a central até os disjuntores requer uma


instalação cuja manutenção é dispendiosa e permanente;

4. Em locais junto ou próximos a áreas residenciais (onde normalmente existe a


limitação do nível de ruído), sua instalação é problemática pois requer silenciadores.
Disjuntor a Gás SF6

CONCEITO
Disjuntor cujos contatos principais operam em hexafluoreto de enxofre (SF6).

CONSIDERAÇÕES SOBRE A EXTINÇÃO DO ARCO ELÉTRICO NO GÁS SF6

• Nas últimas décadas, as vantagens técnicas e econômicas dos equipamentos


isolados a gás SF6 em relação ao óleo isolante mineral e ao ar comprimido no
domínio das altas tensões tornaram-se bem claras, podendo mesmo a se
afirmar que, neste momento, o SF6 domina o mercado deste tipo de
equipamento;

• Como meio de extinção do arco, suas boas propriedades estão vinculadas à


velocidade com a qual a condutibilidade diminui quando a temperatura do
plasma se reduz e a rapidez em readquirir sua rigidez dielétrica;
Disjuntor a Gás SF6

PROPRIEDADES FÍSICAS

• O SF6 possui uma série de propriedades física e químicas que o torna um meio isolante e
extintor por excelência.

✓ Incombustível (não inflamável);

✓ Não-tóxico, incolor e inodoro;

✓ Inerte até cerca de 5.000 ºC (comporta-se como um gás nobre);

✓ Isento de umidade por toda vida útil do equipamento (por garantia, incorpora filtros
desumidificadores);

✓ Peso específico de 6,14 g/l;

✓ 5 vezes mais pesado em relação ao ar atmosférico;

✓ Calor específico 3,7 (permite dissipar rapidamente o calor produzido pelo arco elétrico);

✓ Rigidez dielétrica à pressão atmosférica cerca de 2,5 vezes a do ar.


Disjuntor a Gás SF6

TÉCNICAS DE INTERRUPÇÃO

INTERRUPÇÃO
DO ARCO NO SF6

ARCO SISTEMA
AUTOCOMPRESSÃO AUTOEXPANSÃO
ROTATIVO MISTO
Disjuntor a Gás SF6

TÉCNICAS DE INTERRUPÇÃO

Consiste na extinção do arco por sopro axial forçado de


AUTOCOMPRESSÃO
(AUTOPNEUMÁTICO) SF6. Isso ocorre a partir da ação de um pistão que
comprime o gás, forçando a haste móvel na direção do
contato fixo (e, consequentemente, do arco), fazendo-o
fluir e provocando a interrupção da corrente.

Baseia-se no princípio da expansão térmica, na qual a


AUTOEXPANSÃO
própria energia térmica produzida pelo arco aquece um
determinado volume de SF6, criando uma sobrepressão a
qual, expandida, provoca o sopro necessário à extinção
do arco.
Disjuntor a Gás SF6

TÉCNICAS DE INTERRUPÇÃO

Nesta técnica, o resfriamento do arco é obtido pela sua


ARCO ROTATIVO rotação no meio do SF6. Tal rotação se consegue pela ação
de um campo magnético gerado pela própria corrente a ser
interrompida, agindo sobre uma bobina que é inserida num
circuito de corrente quando da abertura do disjuntor. A força
eletromotriz (cuja intensidade é proporcional à corrente)
provoca a rotação do arco e seu alongamento no SF6,
resfriando-o e extinguindo-o.

Consiste na associação das tecnologias da autocompressão


SISTEMA MISTO
e do arco rotativo, resultando em uma interrupção eficaz de
vários níveis de corrente de falta.
Disjuntor a Gás SF6

A INTERRUPÇÃO DO ARCO EM 4 ESTÁGIOS – AUTOCOMPRESSÃO E CORTE SIMPLES

DISJUNTOR FECHADO INÍCIO DA ABERTURA EXTINÇÃO DO ARCO DISJUNTOR ABERTO


Disjuntor a Gás SF6
AUTOCOMPRESSÃO
DESCRIÇÃO OPERACIONAL DA INTERRUPÇÃO DO ARCO NA TÉCNICA DO SF6
Disjuntor a Gás SF6

PRINCIPAIS
COMPONENTES – CÂMARA
DE EXTINÇÃO SIMPLES
Disjuntor a Gás SF6

PRINCIPAIS COMPONENTES –
CÂMARA DE EXTINÇÃO DUPLA
Disjuntor a Gás SF6

CONTATOS PRINCIPAIS

Contatos de Arco

Contato Fixo
Contato Móvel

Contatos
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Disjuntor a Gás SF6
VISUALIZAÇÃO INTERNA DA CÂMARA DE EXTINÇÃO
Disjuntor a Gás SF6

CÂMARA DE EXTINÇÃO DO ARCO – CORTE DUPLO

1. Câmara de extinção principal; Corte simétrico nas duas direções


2. Capacitor de equalização;
3. Cabeçote de distribuição;
4. Reservatório de SF6 em alta pressão;
5. Válvula de sopro;
6. Mola de abertura;
7. Haste isolante.
Disjuntor a Gás SF6

ENSAIO EM UM DISJUNTOR SF6


Disjuntor a Gás SF6

IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES OPERACIONAIS

Os itens 15 a 23
referem-se à carga de
molas de abertura e
fechamento.
Disjuntor a Gás SF6

VANTAGENS

Algumas considerações:

Os disjuntores a SF6 representam, sem dúvida, a tendência mais atual


para interrupção do arco elétrico nos sistemas de alta e extra alta
tensões. A comprovação mais evidente disso, está no fato de que todos
os fabricantes de disjuntores de alta tensão, incluíram na sua linha de
produtos os disjuntores a gás SF6.
Disjuntor a Gás SF6

VANTAGENS (cont.)

Podemos enumerar como vantagens no uso do gás SF6 nos disjuntores:

1. Vida elétrica elevada;


2. Fácil inspeção;
3. Ausência de sobretensões durante as manobras para qualquer valor de corrente;
4. Corrente nominal, capacidade de interrupção e capacidade de fechamento elevadas;
5. Utilizados em instalações no interior de painéis na média tensão;
6. Não produz substâncias carboníferas;
7. Consumo de gás é relativamente pequeno;
8. Tensões nominais elevadas;
9. Custo médio;
10. Bom comportamento frente às sobretensões.
Disjuntor a Gás SF6

DESVANTAGENS

Podemos enumerar como desvantagens o uso do disjuntores a gás SF6:

1. No caso de vazamento, faz-se necessário o uso de proteção (sensores de gás), uma


vez que o gás é inodoro e invisível;

2. Peso e tamanho relativamente grandes especialmente para as tensões mais elevadas;

3. Custo de manutenção elevado;

4. Necessita de mão de obra especializada para substituição / monitoramento do gás.


Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)
CONCEITO
Disjuntor cujos contatos principais operam em um campo magnético
produzido pela própria corrente que percorre o circuito principal;

• Neste tipo de disjuntor os contatos se abrem no ar, empurrando o arco para


dentro das câmaras de extinção, onde ocorre a interrupção devido a um
aumento na resistência do arco e, consequentemente, na sua tensão;

• O aumento da resistência do arco é devido:

1. Ao alongamento do arco;

2. À fragmentação do arco em arcos menores, em série, nas várias fendas


da câmara de extinção;

3. Ao resfriamento do arco em contato com as paredes da câmara.


Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)

• Durante o processo de interrupção da corrente, desde a separação dos contatos


principais até a total extinção do arco, são consideradas três etapas:

1ª etapa – Separação dos contatos principais anti-arco;

2ª etapa – No seu deslocamento de subida espontânea, o arco atinge os defletores


da câmara; como a corrente atravessa a bobina de sopro, inicia-se a
excitação do circuito magnético. Neste instante, surge uma força que atua sobre o
arco, empurrando bruscamente para cima;

3ª etapa – o efeito da força criada pelo campo magnético introduz o arco no pacote
cerâmico da câmara. Nesta etapa, ocorre a extinção do arco no instante
da primeira passagem de corrente pelo zero do ciclo.
Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)

ETAPAS DA OPERAÇÃO DURANTE A INTERRUPÇÃO


Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)

Uma análise do comportamento


do arco elétrico em seus diversos
estágios desde seu surgimento
até a sua total extinção pode ser
interpretada pela oscilografia ao
lado.
Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)
PRINCIPAIS COMPONENTES DA CÂMARA DE EXTINÇÃO DE ARCO
Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)
ASPECTOS CONSTRUTIVOS

1
1. Pacote cerâmico de resfriamento do arco;

2. Terminais principais de entrada e saída de


2 corrente;
3
3. Contatos principais móveis;

4. Caixa do mecanismo de operação;

5. Base suporte.

4 5
Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)
INSTALAÇÃO DO DISJUNTOR EM PAINEL
Disjuntor a Sopro Magnético (ou
Disjuntor a Seco)
CARACTERÍSTICAS / VANTAGENS / DESVANTAGENS NA APLICAÇÃO

✓ Vida elétrica elevada;

✓ Peso e dimensões relativamente grandes, especialmente para tensões mais elevadas;

✓ Fácil inspeção;

✓ Ausência de sobretensões durante as manobras para qualquer valor de corrente;

✓ Corrente nominal, capacidade de interrupção e de fechamento elevadas;

✓ Elevada capacidade de interrupção das correntes de curto-circuito quando utilizados


em instalações no interior de painéis na classe de média tensão.

✓ Não produzem grandes surtos de manobra;

✓ É recomendável onde as instalações com o óleo isolante são problemáticas (por ser
este um meio de extinção inflamável);
Mecanismo de Operação de Disjuntores
em Geral

• Para as operações de abertura e fechamento dos disjuntores, a tecnologia mais


utilizada é a das molas pré-carregadas;

• Utilizam-se dois conjunto de molas instaladas na caixa do mecanismo de


operação, sendo um para a abertura do disjuntor e outro para o fechamento;

• A seguir estão apresentados os esquemas de operação das molas de abertura


e fechamento no sistema de comando dos disjuntores:
Mecanismo de Operação de Disjuntores
em Geral

P/ fases B e C
P/ fases B e C

Mola de abertura

P/ fase A P/ fase A

Mola de fechamento

Disjuntor aberto Disjuntor fechado


MECANISMOS DE OPERAÇÃO DOS DISJUNTORES EM GERAL

ØA

ØB

ØC
Mecanismo de Operação de Disjuntores
em Geral

• As molas operam armazenando uma energia mecânica quando na sua posição


“comprimida”, o que é conseguido usualmente através de um motor elétrico
específico, também instalado na caixa do mecanismo ou pelo carregamento
manual, utlizando-se uma manivela;

• Em alguns casos, são também utilizados outros recursos para o carregamento


das molas, a exemplo do sistema eletro-pneumático, onde um pistão aciona as
molas impulsionado por um compressor de ar comprimido ou de um sistema
hidráulico, operando através de pressostatos, moto-bombas e eletroválvulas;

• Tais molas são, portanto, mantidas na posição comprimida e travadas através


de chaves fins-de-curso estrategicamente localizadas, chaves essas operadas
via bobinas eletromagnéticas (solenoides) que as destrava.
Caixa do Mecanismo de Operação
• Cada disjuntor operando no SEP requer uma caixa de comando e controle. No seu
interior, usualmente estão instalados os seguintes componentes principais:

✓ Molas de abertura e fechamento;

✓ Bobinas de abertura e fechamento;

✓ Botoeiras liga e desliga;

✓ Relé anti-bombeamento

✓ Chaves fim-de-curso das molas;

✓ Iluminação e tomadas de corrente;

✓ Fiação interna completa até a régua de bornes;

✓ Contatos auxiliares e réguas de bornes terminais;

✓ Sistema auxiliar de aquecimento via termostato;

✓ Chaves de transferência local-remoto;

✓ Sistema manual e motorizado de carga de molas.


Caixa do Mecanismo de Operação

1. Mola de Abertura;
2. Mola de Fechamento;
3. Bobina de Abertura;
8
4. Bobina de Fechamento; 6

5. Botoeira de Fechamento; 5

6. Indicador de Posição; 4 9
12
7. Sistema Hidráulico; 3
7 13
8. Contador de Operações;
11 1
9. Botoeira de Abertura;
2
10. Contatos Auxiliares;
11. Motor; 10

12. Carregamento Manual;


13. Chave Local Remoto;
Vista traseira Vista frontal
Topologia da Operação dos Disjuntores

ABERTURA / FECHAMENTO ABERTURA EM CONDIÇÕES


INTENCIONAL (MANUAL) DE DEFEITO (PROTEÇÃO)
Esquema Típico de Comando dos
Disjuntores
ALGUNS FABRICANTES NO BRASIL

➢ AREVA;

➢ ABB;

➢ SIEMENS;

➢ SCHNEIDER ELECTRIC BRASIL;

➢ TRAFO;

➢ CAMARGO CORRÊA
NORMALIZAÇÃO

PRINCIPAIS NORMAS APLICÁVEIS

➢ ABNT NBR 7118

➢ ABNT NBR 6936

➢ ABNT NBR 5456 – Terminologia

➢ ABNT NBR 5459

➢ IEC – Publ. 71

➢ IEC56-2

➢ ANSI C.37

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