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EHD – CAPACITAÇÃO PARA OPERAÇÃO E

PRIMEIRO COMBATE EM SUBESTAÇÕES E


LINHAS DE TRANSMISSÃO
VERSÃO 2.0
FEV/2018
05/04/2018

TURMAS DE OPERAÇÃO E
PRIMEIRO COMBATE EM SEs E
LTs

Coelba.com.br 1
VÍDEO DE SEGURANÇA AO ADENTRAR NA ÁREA DE RISCO

APRESENTAR O VÍDEO DE SEGURANÇA.


BRIEFING NEOENERGIA

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PRINCIPAIS EPIs / EPCs NECESSÁRIOS

EPI (Equipamento de Proteção EPC (Equipamento de Proteção


Individual) Coletiva)
Fardamento RC (Retardo a Chamas) Bastão de Manobra
Botina de Segurança Detector de Tensão
Capacete de Segurança com Jugular Cones e Fitas de Sinalização
Luva Isolante (Classe de Tensão Kit de Aterramento Temporário
Adequada) (Quando Necessário)
Óculos de Segurança
Macacão e Capuz RC (Para Ambientes
Confinados e Cubículos)

As necessidades de EPI/EPC devem ser analisadas por cada atividade a ser realizada!

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LUVAS ISOLANTES DE BORRACHA

• É um EPI responsável pela proteção contra choques


elétricos. Protege a região das mãos, punhos e
antebraço do usuário, permitindo a movimentação
independente das mãos e dedos;
• Sua utilização é obrigatória em qualquer manobra em
subestação;
• Elas nunca devem ser utilizadas sem a capa de
cobertura, pois podem ser danificadas com facilidade;
• As luvas devem ser armazenadas em sacola
apropriada;
• Realize testes periódicos procurando avarias no EPI;
• As luvas isolantes possuem classes de proteção,
sendo elas:

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MACACÃO E CAPUZ RETARDANTE À CHAMAS

• Vestimenta em material retardante


à chamas oriundas de arco
elétrico;
• Seu uso é obrigatório em
ambientes confinados, pois
exigem uma classe de proteção
Risco 3;
• O fardamento convencional é
Risco 2, o macacão também é
risco 2. Quando é utilizado um
fardamento Risco 2 sobre outro
fardamento Risco 2, ele
transforma-se em um fardamento
Risco 3;
• O macacão deve ser utilizado
sobre o fardamento RC;
• O capuz oferece uma proteção
facial contra arcos elétricos.

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BASTÃO DE MANOBRAS

• É uma ferramenta e ao mesmo tempo um EPI


utilizado para realizar manobras em
equipamentos;
• Normalmente é feita em fibra de vidro e
poliuretano, com revestimento em resina epoxi;
• Normalmente possui partes desmontáveis ou é
telescópica, facilitando o transporte;
• Possui a capacidade de isolação elétrica,
permitindo operador realizar manobras no
potencial com segurança;
• Possui uma cabeça com uma conexão universal
que lhe permite realizar diversas atividades no
potencial;
• Tensão até 70 kV: Utilizar no mínimo 3
elementos;
• Tensão entre 70 e 150 kV: Utilizar no mínimo 4
elementos;
• Os bastões devem passar por ensaios
periódicos.

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DETECTOR DE TENSÃO

• É um EPC que é utilizado para detectar a presença de tensão


em um circuito;
• Seu uso é obrigatório quando houver a necessidade de
confirmar ausência de tensão;
• Possui leds de indicação de funcionamento. Estes leds
permanecem acesos enquanto o aparelho está ligado;
• Selecionar a tensão do detector conforme a tensão do circuito;
• Ao aproximar o detector de tensão de um local energizado, o Por aproximação
aparelho emite um alerta sonoro e seus leds de funcionamento
piscam enquanto estiver dentro do campo elétrico;
• Muito utilizado após as manobras de liberação de
equipamentos, confirmando se o equipamento encontra-se
realmente liberado para manutenção;
• Sempre que for utilizado, o detector de tensão deve ser testado
em um local energizado para comprovar o seu funcionamento;
• O detector de tensão deve ser armazenado em estojo
apropriado;
• As pilhas devem ser removidas quando o aparelho não estiver
em uso.
Por contato

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KIT DE ATERRAMENTO TEMPORÁRIO

• É um equipamento utilizado para minimizar os


riscos de acidente em caso de energização
acidental de um circuito;
• Sua instalação é feita com o bastão de manobras,
através da inserção das argolas no cabeçote
adequado do bastão;
• Antes de utilizar é necessário confirmar ausência
de tensão através do detector de tensão;
• Exige que a conexão seja muito bem fixada;
• A primeira conexão a ser realizada é na malha de
aterramento;
• Somente após conectar na malha de aterramento é
que o aterramento pode ser conectado no circuito
do trabalho;
• A desconexão do aterramento, após o final do
ZONA PROTEGIDA
serviço, deve ser realizada primeiro nas três fases
do circuito e por ultimo na malha de terra usando
bastão e luva isolante;
• Seu uso é obrigatório em qualquer serviço onde
haja risco de energização acidental;
• Este equipamento sempre deverá ser removido ZONA PROTEGIDA

após as intervenções.
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LOCALIZAÇÃO DE EXTINTORES

• Toda subestação de energia elétrica possui extintores


que ficam estrategicamente localizados para combater
incêndio de pequeno e médio porte;

• O uso de extintores adequados nas áreas da


subestação é obrigatório;

• O colaborador deverá ter o curso de combate a


incêndio para atuar nestas ocasiões;

• O uso de água para combater incêndio é proibido nas


instalações da subestação;

• Para incêndios de grande porte, o corpo de bombeiros


deverá ser acionado!

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DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA – VISÃO DA NR-10

No SEP, em qualquer local de trabalho, tem que haver a


determinação das zonas de segurança.
Estas zonas são classificadas da seguinte maneira:
• PE = Ponto Energizado onde há o condutor vivo;
• ZR = Zona de risco. Nesta região há a presença de
campo elétrico de grande intensidade. Só deverá
ingressar nesta área os profissionais que trabalham
com procedimentos de linha viva;
• ZC = Zona Controlada. Nesta região não há grande
interferência do campo elétrico. É nesta região onde
são realizados os serviços de linha morta, ou seja,
profissionais que trabalham em manutenção de
equipamentos desenergizados;
• ZC = Zona Livre. Nesta zona não há nenhum tipo de
proibição. Esta zona não deve oferecer riscos. Este
local é destinado a pessoas que estejam apenas
observando os serviços;
• A determinação destas zonas segue um critério de
acordo com a tabela ao lado.

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO / LINHA DE TRANSMISSÃO

 Transformador de Força;
 Regulador de Tensão;
 Disjuntor / Religador;
 Fusíveis;
 Tipos de Barramento;
 Transformador de Corrente (TC);
 Transformador de Potencial (TP);
 Para-raios;
 Chave Seccionadora Seca;
 Chave Fusível;
 Chave com Mecanismo de Extinção de Arco Voltaico;
 Banco de Capacitores / Reatores;
 Sistema CC (Retificador e Banco de Baterias);
 Relés de Proteção e Controle;
 Isoladores;
 Estruturas e Torres de LT.

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TRANSFORMADOR DE FORÇA

• Dispositivo que transfere energia por


acoplamento indutivo.
• Servem para elevar ou reduzir a tensão do
sistema, mantendo a mesma potência;
• O equipamento mais importante e mais caro
de qualquer subestação;
• Partes Construtivas:
• Tanque principal;
• Enrolamento;
• Núcleo ferromagnético;
• Tanque de expansão;
• Buchas isoladoras;
• Líquido isolante
• Radiadores;
• Chave comutadora;
• Relé Bucholz;
Representação no
diagrama unifilar: O Transformador pode ter diferentes níveis de
potência. Ex.: 15/20/25 MVA.
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TRANSFORMADOR DE FORÇA

A finalidade do tanque
de expansão é
compensar as
variações de volume
do óleo decorrente das
variações de
temperatura e pressão.

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ACESSÓRIOS DE UM TRANSFORMADOR DE FORÇA

Tanque
TRANSFORMADOR de
DE FORÇA Expansão

Tanque Principal
Ventiladores
Termômetros
do Óleo e
Enrolamento
Painel de
Comando/Controle
Indicador de
TAP

Mecanismo do
Comutador de
Tapes Sob
Carga

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ACESSÓRIOS DE UM TRANSFORMADOR DE FORÇA

Indicadores de Relé Buchholz


Ventiladores
Temperatura

Indicador de
Nível de óleo Válvula de Alívio
de Pressão
Radiadores

Tanque de
Expansão Sílica gel

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RELÉ BUCHOLZ

• Quando há um curto circuito dentro de um


transformador, pode ocorrer a formação de
gases inflamáveis, que são danosos para o
mesmo;
• Quando uma bolha de gás é gerada no
tanque principal do transformador, ela tende
a se deslocar até o tanque de expansão;
• O relé Bucholz é instalado no tubo que
interliga os tanques principal e de expansão;
• Este relé Bucholz é um equipamento capaz
de detectar a presença de gás no momento
que o óleo passa pela sua tubulação;
• Ao passar uma bolha de gás, o relé retém
este gás e ativa um contato, enviando um
comando para desligar o transformador,
evitando assim uma possível explosão.
• A equipe de manutenção coleta o gás do
relé, avaliando se o mesmo é inflamável ou
não, para constatar a possibilidade de
reenergização após a ocorrência.

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VÁLVULA DE ALÍVIO DE PRESSÃO

• É um dispositivo utilizado para permitir a


descarga de óleo quando há uma
sobrepressão interna, geralmente
ocasionada por curto circuitos internos de
grande intensidade;
• Sua atuação é fundamental para evitar
maiores danos, tais como deformação e
rupturas no tanque principal e acessórios
do transformador;
• Quando atuada, ela também emite um
comando de desligamento do
transformador;
• Seu rearme só pode ser realizado após
constatar que o transformador está em
condições perfeitas para o uso.

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SISTEMA DE REFRIGERAMENTO DO TRANSFORMADOR

• Por ser um equipamento com potência elevada, o


transformador sofre com alta temperatura a depender
da carga demandada;
• O óleo, além de servir como isolante, também é um
dos responsáveis pelo processo de refrigeração do
transformador;
• O radiador auxilia o processo de refrigeração,
circulando uma parte do óleo em um local externo ao
tanque principal;
• Transformadores de potência mais elevada também
necessitam de ventiladores instalados nos radiadores,
melhorando ainda mais a eficiência de todo o
processo;
• Este processo permite também um aumento na
capacidade nominal de potência (ex.: Um
transformador de 5 MVA pode ser capaz de fornecer 6
MVA com o uso de ventiladores (ventilação forçada);
• Para transformadores de grande porte, existe um
monitoramento da temperatura do óleo e
enrolamento, acionando automaticamente esta
ventilação forçada.
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REGULADOR DE TENSÃO / COMUTADOR DE TAP

• A grande maioria dos transformadores de grande


porte possuem comutadora de TAP;
• Outros, porém, possuem um regulador de tensão à
parte;
• Ambos possuem a função de variar a relação de
espiras entre os enrolamentos primário e
secundário, permitindo adequar os níveis de
tensão;
• Ela é controlada por relés de regulação que fica
monitorando a tensão do sistema e ajusta a
tensão, mantendo-a dentro de uma faixa pré
estabelecida;
• Antes de bypassar qualquer regulador, deve-se
colocar em TAP neutro e deixar o comando em
manual;
• O TAP neutro é identificado na placa do
transformador ou regulador quando a tensão do
TAP é igual a tensão nominal do transformador ou
regulador, conforme indicado na figura ao lado.

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PARA RAIOS

• Dispositivo utilizado para proteger os


equipamentos contra surtos de tensão;
• Possui conexão com o potencial e com a malha
de terra;
• Possuem um mecanismo interno que trabalha
aberto (seccionado). Ao detectar um surto de
tensão que ultrapasse o seu valor de tensão de
impulso atmosférico, este contato interno é
fechado e a descarga do surto de tensão é
encaminhada para a malha de terra da
subestação.

Representação no diagrama unifilar:

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TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)

• São transformadores que funcionam


seguindo o mesmo princípio do
transformador de força, mas são
voltados para realizar a medição da
corrente elétrica no sistema;
• Possui enrolamentos primário e
secundário, e são ligados em série com
o circuito;
• Convertem o valor nominal de corrente
no primário em escala proporcional no
secundário, reduzindo drasticamente os
valores de corrente no primário,
permitindo assim a leitura através de
instrumentos de medição mais simples;
• Esta corrente reduzida é lida pelos
relés de proteção e medidores. São
fundamentais para a proteção do
sistema e a medição de faturamento;
• Ex. de relação de transformação:
TC de 200 / 300 - 5A.
Representação no diagrama unifilar:
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TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP)

• São transformadores que funcionam seguindo o mesmo


princípio do transformador de força, mas são voltados para
realizar a medição da tensão elétrica no sistema;
• Possuem enrolamento primário e secundário;
• Podem ser monofásico ou bifásico;
• São ligados em paralelo com o sistema;
• Convertem o valor nominal da tensão do primário em valores
que possam ser lidos por instrumentos mais simples;
• O secundário é diretamente conectado em relés de proteção
e/ou medidores;
• Junto com os TCs, são fundamentais para a medição e
proteção do sistema;
• Exemplo de relação de transformação: TP de
13800/√3:115/√3 = 120:1;
• Necessário desligar o quicklag do secundário do TP para
evitar energização acidental.

Representação no diagrama unifilar:

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IMAGENS: TP, TC e PR

Identifique os equipamentos acima.

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ARCO ELÉTRICO

• É o fenômeno que ocorre quando se separam dois


terminais de um circuito que conduz uma
determinada corrente de carga ou de defeito;
• O arco elétrico é formado quando há circulação de
corrente elétrica e é realizado um seccionamento,
sem que haja um meio isolante entre os terminais
separados;
• Quando isto ocorre, o ar que encontra-se entre os
terminais sofre um processo de ionização, tornando-
se um condutor provisório, criando assim um
caminho para o arco elétrico.

Quais equipamentos são capazes de extinguir o


arco elétrico?

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CHAVE SECCIONADORA AUTOMATIZADA

• Podem ser monopolar ou tripolar;


• Permite comando remoto, pois possui
um sistema de controle eletrônico
(bobinas de abertura e fechamento e
sinalização);
• Também permite comando manual
(através do bastão de manobras);
• São capazes de realizar seccionamento
de circuitos com carga nominal;
• Não são capazes de extinguir arco
voltaico oriundo de curto circuitos;
• São utilizadas para comando e controle.

Representação no diagrama unifilar:

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DISJUNTOR / RELIGADOR

• Dispositivo mecânico que é capaz de realizar a


abertura e fechamento de um circuito com carga, até
mesmo quando há sobrecorrente;
• Podem ser operados localmente ou
telecomandados;
• Seu mecanismo interno realiza a abertura e/ou
fechamento do circuito em velocidade rápida e em
conjunto com um meio isolante;
• Existem disjuntores de diversos tipos. Cada um
possui uma maneira diferente de extinguir o arco
voltaico. Entre eles:
• Extinção a vácuo;
• Extinção a gás Hexafluoreto de Enxofre (SF6);
• Extinção a óleo mineral isolante;
• Extinção a óleo vegetal isolante;
• Extinção a sopro magnético.
• Ao ser integrado com um relé de proteção e
controle, um disjuntor também pode trabalhar como
um religador.
Representação no diagrama unifilar:

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DISJUNTOR / RELIGADOR / CHAVE – ALARMES CARACTERÍSTICOS

• Defeito no Circuito de Abertura (DCA): Quando há


uma falha elétrica e/ou mecânica no circuito que
controla a abertura do disjuntor;
• Defeito no Circuito de Fechamento (DCF):
Quando há uma falha elétrica e/ou mecânica no
circuito que controla o fechamento elétrico do
disjuntor, este alarme é acionado;
• Mola descarregada: Quando, por algum motivo, a
mola do disjuntor não foi carregada ou quando há
alguma falha elétrica no circuito;
• Alarme de Gás SF6: Quando o nível do gás
isolante SF6 está na zona de alarme (zona
amarela);
• Bloqueio de Gás SF6: Quando o nível de gás
isolante SF6 está na zona de bloqueio (zona
vermelha). Nesta zona o disjuntor se mantém
bloqueado na posição que se encontra!

Sempre verificar nível de óleo ou de Gás antes de


executar comando local!

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DISJUNTOR / RELIGADOR / CHAVE – COMANDOS CARACTERÍSTICOS

• Chave Local / Remoto (Telecomando): Botoeira ou


chave virtual (no relé) que permite ao disjuntor aceitar
comandos no local ou comandos à distância;
• Bloqueio de Religamento: A função de religamento
permite que o disjuntor energize automaticamente um
circuito após algumas ocorrências. Caso haja uma
equipe trabalhando no circuito, é muito importante que
esta função seja bloqueada, pois em caso de acidente
não há uma nova energização. Esta função pode ser
ativada ou bloqueada no relé;
• Bloqueio de Neutro (Terra): Elemento de proteção
que detecta desequilíbrio das correntes entre as fases.
Quando há manobras envolvendo fechamento das
chaves de bypass, esta proteção deve ser desabilitada
para não ocasionar desarmes indevidos.

OBS.: O LED confirma o que está escrito.

Como executar estes comandos na imagem ao lado?

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CHAVE SECCIONADORA SECA

• É um dispositivo destinado a isolar (seccionar) partes de


um circuito elétrico;
• Possui uma parte fixa e uma parte móvel;
• Podem ser monofásicas ou trifásicas;
• Sua operação é realizada através do bastão de manobra
ou através de um varão de operação (quando disponível);
• Servem principalmente para:
• Seccionar a rede para minimizar os efeitos das
interrupções;
• Estabelecer seccionamento visível para
realização de manutenções;
• Criar caminhos alternativos (by pass) para
possibilitar liberação de equipamentos como
disjuntores e religadores (alimentadores).

Representação no diagrama unifilar:

Monofásica: Trifásica:

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CHAVE SECCIONADORA SECA

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CHAVE SECCIONADORA COM FUSÍVEL

• Possui todas as características de


seccionadoras secas;
• Sua parte móvel é composta por um porta-
fusível;
• O fusível é responsável pela proteção do
sistema que a chave alimenta;
• O fusível interno pode ser substituído
sempre que for necessário;
• As chaves fusíveis normalmente são
utilizadas em:
• Transformadores de distribuição;
• Bancos de capacitores de pequeno porte;
• Transformadores de potencial (TP);
• Transformadores de força com potência
inferior a 10 MVA.

Representação no diagrama unifilar:

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CHAVE SECCIONADORA

NUNCA DEVEMOS FAZER:

• Abrir a chave seccionadora quando


houver circulação de corrente elétrica
exclusivamente por ela (Abrir com
carga). Para isso, se faz necessária a
abertura do disjuntor antes;

• Fechar a seccionadora quando houver


uma grande demanda de carga (Fechar
com carga). Neste caso só é permitido
fechar a seccionadora se o disjuntor
estiver aberto. Após isso, fechamos o
disjuntor.

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CHAVE DE ATERRAMENTO

• São chaves seccionadoras do tipo seca que


ficam conectadas à malha de aterramento;
• Quando acionadas (fechadas), elas interligam o
potencial com a malha de aterramento;
• São utilizadas para realizar manutenção de
equipamentos ou linha de transmissão (fornece
proteção em caso de energização acidental);
• Normalmente possuem 3 ou 4 polos (Fases A,
B, C e neutro);
• Estas chaves nunca devem ser fechadas
quando o local estiver energizado, por isso é
necessário usar detector de tensão antes de
acioná-las;
• Antes de reenergizar o circuito, as
seccionadoras de aterramento devem ser
abertas.

Representação no diagrama unifilar:

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ISOLADORES

• Os isoladores são elementos sólidos,


dotados de propriedades mecânicas;
• São capazes de suportar os esforços
produzidos pelos condutores;
• Eletricamente, exercem a função de isolar
os condutores, submetidos à uma
diferença de potencial em relação à terra
(estrutura suporte) ou em relação a um
outro condutor de fase;
• Eles podem ser classificados em duas
categorias: Isoladores de apoio e
isoladores de suspensão. além destas
duas categorias existe mais classificação
que é o isolador de ancoragem.

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BARRAMENTOS

• São condutores maciços que são utilizadas para interligar vários equipamentos num
mesmo circuito e num mesmo nível de tensão;
• Normalmente são utilizadas após as chegadas de linhas de transmissão, interligando-as. E
também após os disjuntores geral de transformador, interligando todos os alimentadores.

Barramento Aéreo (Flexível) Barramento de tubos de alumínio (Rígido)

Representação no diagrama unifilar:

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BANCO DE CAPACITORES

• Capacitor é um equipamento utilizado para


corrigir o fator de potência do sistema;
• Geralmente são utilizados em bancos
(conjunto de células de capacitores);
• Ao ser energizado, exige uma corrente muito
elevada (corrente de in rush) que chega a ser
8 vezes mais elevada que a corrente
nominal;
• Após serem desenergizadas, as células
permanecem carregadas por um período
máximo de 5 minutos;
• Geralmente possuem um sistema de
aterramento por seccionadoras já interligado
ao banco;
• Este aterramento só pode ser fechado 5
minutos após a desenergização do banco.

Representação no diagrama unifilar:

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REATOR (Inserir foto do reator de banco de capacitor)

• Assim como o capacitor, o reator também


corrige o fator de potência, porém de forma
indutiva;
• É um equipamento que pode variar muito de
tamanho. Alguns são semelhantes à um
transformador de força, porém só tem 3
buchas primárias e o neutro. Outros são
pequenos e assemelham-se à um cilindro;
• Os reatores de grande porte, assim como o
transformador de potência, possuem tanque
de expansão, ventilação forçada, relé bucholz,
termômetros, nível de óleo, etc, sendo também
proteções intrínsecas;
• É energizado/desenergizado através de
disjuntor.

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SISTEMA DE SERVIÇO AUXILIAR – TENSÃO ALTERNADA (CA)

• Em uma subestação, o serviço auxiliar é


responsável pelo fornecimento de baixa tensão
para as instalações locais da subestação;
• É um sistema composto pelos seguintes
equipamentos:
 Transformador trifásico com secundário em
127 ou 220 Vca fase neutro;
 Chave fusível de proteção;
 Painel de corrente alternada (Painel de CA);
 Mini-disjuntores termomagnéticos e
eletromagnéticos.
• Tem como principal finalidade fornecer tensão
para os seguintes circuitos:
 Alimentação do Retificador;
 Sistema de refrigeração dos transformadores;
 Motores das comutadoras de TAP;
 Resistências de aquecimento;
 Comando, controle e iluminação da
subestação e equipamentos;
 Instalações prediais da SE.

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SISTEMA DE TENSÃO CONTÍNUA (CC)

• Existem equipamentos em uma subestação que nunca


devem ficar desligados. Equipamentos tais como:
 Relés de proteção e controle;
 Equipamentos de comunicação;
 Circuitos de comando de disjuntores, religadores,
chaves automatizadas, etc.;
 Entre outros.
• Estes equipamentos, portanto, devem estar ligados a
um sistema de alimentação que permaneça ativo,
mesmo com a falta de energia na subestação;
• Baterias são elementos que fornecem tensão contínua
(CC), enquanto a rede padrão é em tensão alternada
(CA);
• Um sistema CC de uma subestação é basicamente
composto por:
 Retificador;
 Banco de baterias;
 Painel de distribuição de tensão CC (Painel de
CC).

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SISTEMA DE TENSÃO CONTÍNUA (CC) - RETIFICADOR

• Após receber a tensão alternada do serviço auxiliar, é


necessário um equipamento que seja capaz de
convertê-la em tensão contínua;
• O equipamento responsável por realizar esta
conversão é o retificador;
• Este mesmo equipamento converte a tensão CA em
CC, alimentando todo o sistema, além de manter o
banco de baterias sempre carregado;
• No momento que falta tensão CA, o banco de baterias
fica encarregado de suprir os equipamentos
essenciais para o funcionamento da subestação.

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SISTEMA DE TENSÃO CONTÍNUA (CC) – BANCO DE BATERIAS

• Para armazenar esta tensão CA convertida pelo


retificador, é necessária a instalação de um
banco de baterias com capacidade adequada
para atender os equipamentos da subestação;
• O retificador mantêm o banco de baterias da
subestação alimentado com tensão de flutuação
em torno de 132 Vcc, para que no caso de uma
falta de tensão alternada (alimentação do
retificador), o sistema de proteção continue
funcionando normalmente a partir do banco de
baterias, enquanto o mesmo estiver carregado;
• Existem baterias do tipo:
 Alcalinas;
 Seladas;
 Ventiladas
• As baterias ventiladas são compostas de placas
submersas num líquido. Este líquido nunca deve
ficar abaixo da margem mínima.

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RELÉS DE PROTEÇÃO E CONTROLE

• São equipamentos que monitoram todo o sistema;


• Permitem uma interação entre o usuário local ou
remoto (IHM – Interface Homem Máquina);
• São responsáveis pela proteção do sistema.
Detectam ocorrências e tomam decisões (trip,
atuação de bloqueios, etc.) próprias de acordo
com sua parametrização.
Fornecem informações como:
• Valores de Tensão: Através dos TPs;
• Valores de Corrente: Através dos TCs;
• Estado lógico de equipamentos (ex.: Disjuntor
aberto, chave fechada, etc.);
• Alarmes de equipamentos (ex.: Mola
descarregada, alarme gás SF6, DCA, DCF,
etc.).
Realizam diversos comandos, tais como:
• Bloqueio de religamento;
• Abertura/Fechamento de equipamento;
• Modo manual/automático;
• Etc.

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PRINCIPAIS ELEMENTOS DO SISTEMA DE PROTEÇÃO

• Transformador de Potencial;
• Transformador de Corrente;
• Disjuntor;
• Relés de Proteção.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA

• Fundamental em qualquer tipo de sistema


elétrico;

• Seu objetivo é antecipar-se aos imprevistos


que ocorrem no sistema, evitando assim
mortes, danos físicos e danos aos
equipamentos;

• Toma decisões automáticas, baseadas em


ajustes pré determinados.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA

Uma proteção eficiente deve conter:

 Confiabilidade: É a certeza que os equipamentos irão intervir em todas as falhas do


sistema;

 Velocidade de Operação: É o tempo gasto entre a detecção do problema e a


desenergização completa da zona que contém a falha. Quanto menor for este tempo,
menor será o dano causado;

 Sensibilidade: Diretamente ligada a confiabilidade. Um equipamento sensível é capaz de


perceber alterações mínimas no sistema, em contrapartida pode desligar o sistema sem
que tenha ocorrido uma falha. Esta sensibilidade deve ser ajustada de acordo com as
necessidade, minimizando desligamentos desnecessários, mas mantendo a confiabilidade
do sistema;

 Seletividade: É a capacidade de vários equipamentos de proteção trabalharem em


conjunto. Deve haver uma coordenação entre eles, evitando desligamentos duplos. Ex.:
Proteção do disjuntor geral não possui R50 nem R50N.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – UNIDADES DE PROTEÇÃO

• São elementos que possuem padronização internacional (Tabela ANSI) e são utilizados em
todos os projetos elétricos;

• Dentre eles, podemos destacar:

Unidade Denominação
21 Relé de distância
50 Relé de sobrecorrente instantâneo
51 Relé de sobrecorrente temporizado
67 Relé direcional de sobrecorrente
86 Relé de Bloqueio
87 Relé de proteção diferencial

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – A PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE

A unidade de sobrecorrente detecta curto circuitos de intensidades variadas , classificando da


seguinte maneira:

 Sobrecorrente Temporizada: Atua quando o valor da corrente do circuito está um pouco


acima do valor nominal, ou quando há desequilíbrio de carga entre as fases com o neutro.
São atuações que demandam um tempo de acordo com ajuste. São chamadas de R51
(de Fase) ou R51N (de Neutro);

 Sobrecorrente Instantânea: Atua quando o valor da corrente do circuito alcança valores


extremamente altos. Quando ocorrem, a abertura do circuito é instantânea, minimizando
os danos. São conhecidas como R50 (de Fase) ou R50N (de Neutro);

Os relés mais modernos conseguem calcular a distância das falhas de acordo com as
intensidades de corrente e tensão no momento da falha, fornecidos pelo TC e TP.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – A PROTEÇÃO DIFERENCIAL

• A unidade de proteção diferencial funciona


através do método de comparação da corrente
que entra em relação à corrente que sai de um
determinado trecho;
• É muito utilizada para proteção de
transformadores;
• Em condições normais, o valor nominal da
corrente que entra no transformador e o valor
nominal da corrente que sai do transformador
deve seguir uma proporcionalidade com a
relação de transformação do mesmo, de modo
que não haja diferença significativa (perdas do
transformador);
• Quando o relé detecta uma diferença entre estas
correntes, a unidade diferencial atua e a zona é
desenergizada;
• Quando isto ocorre, há a atuação de um relé de
bloqueio que impede a energização remota,
exigindo uma inspeção local pela equipe de
campo.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – A PROTEÇÃO DE DISTÂNCIA

• Proteção utilizada em linha de transmissão;


• O relé utiliza os valores de corrente e tensão fornecidos pelos TC’s e TP’s para calcular a
impedância da rede e atua quando o valor calculado é inferior ao valor predeterminado;
• O ajuste da 1ª zona é parametrizado para atuar quando o curto-circuito acontece até 80%
da LT, medido a partir do lado fonte;
• O ajuste da 2ª zona é parametrizado para detectar faltas até 120% da linha, ou seja, a
linha inteira somado ao lado de alta tensão dos transformadores da SE suprida.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – A PROTEÇÃO DIRECIONAL

• As redes de subtransmissão com


circuitos duplos de alimentação
normalmente dispõe de proteções de
sobrecorrente com direcionalidade,
conhecida por proteção direcional.
• Esta proteção permite atuação mais
rápida quando a corrente de curto está
na direção da linha, isolando o defeito
antes que a segunda linha atue,
mantendo o circuito energizado pela
linha sem defeito, conforme figura ao
lado;

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PROTEÇÕES INTRÍNSECAS DO TRANSFORMADOR

• Proteções intrínsecas do transformador são as proteções que têm como objetivo detectar
falhas internas ao transformador;

• São proteções que já estão presentes, desde o processo de fabricação do transformador;

• Entre as proteções intrínsecas, estão:


 Relé bucholz;
 Válvula de alívio de pressão;
 Temperatura do óleo/enrolamento;
 Nível de óleo;

• Estas proteções sempre atuam de modo a gerar alarmes ou até mesmo desligar o
transformador, minimizando danos maiores;

• Além de desenergizar o transformador, elas também atuam em conjunto com os relés de


bloqueio, impedindo a reenergização remota, antes da certeza que o problema foi sanado.

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PROTEÇÕES INTRÍNSECAS DO TRANSFORMADOR

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PROTEÇÃO ELÉTRICA – RELÉS AUXILIARES DE BLOQUEIO 86

• Os relés de bloqueio são utilizados para bloquear comandos após


ocorrências;
• Os bloqueios 86T1-B ou 86T1-2 podem ser reseteados remotamente. 86T1-A
Eles são atuados por alta temperatura do transformador ou
sobrecorrente. A operação faz o RESET quando percebe a atuação foi
por sobrecarga ou por descoordenação de proteção ;
• Os bloqueios 86T1-A ou 86T1-1 não podem ser reseteados antes de
inspeção em campo. Eles são atuados por proteções mais críticas,
como: Válvula de alívio, Buchholz e diferencial.
• A equipe de primeiro combate poderá efetuar o reset dos bloqueios
86T1-A ou 86T1-1 após detectar o motivo da atuação.
Ex.: Atuação de diferencial do transformador e bloqueio 86T1-A ou 86T1-1.
 Operador realiza inspeção em campo;
 Operador detecta animal morto no isolador do transformador;
86T1-B
 Operador remove o animal e não detecta avaria no transformador;
 O reset pode ser efetuado!
• Caso o operador não encontrasse nenhuma justificativa para atuação, a
suspeita seria de falha interna do transformador ou atuação indevida da
proteção. O reset não poderia ser efetuado! Uma equipe de
manutenção seria encaminhada para realizar todos os testes no
transformador!

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

• Classificação:

• Tipo de circuitos: simples ou duplo;


• Suportação: suspensão ou ancoragem;
• Material: metálico ou concreto.

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Tipo de circuito:

Simples: a estrutura é A estrutura


utilizada para levar somente leva somente
um circuito
um circuito elétrico trifásico. trifásico

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Tipo de circuito:

Duplo: A estrutura A estrutura


é utilizada para leva dois
circuitos
levar dois trifásicos
circuitos elétricos
trifásicos.

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Tipo de suportação:

Suspensão: A estrutura
somente faz a função
manter o condutor afastado
do solo.

O condutor fica suspenso


(pendurado) pelo isolador

Essa estrutura é
identificada pela posição
dos isoladores na vertical.

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Tipo de suportação:

Ancoragem: Os condutores
ficam presos na estrutura
(amarrados ou ancorados).

O condutor fica preso ao


isolador.

Essa estrutura é
identificada pela posição
dos isoladores na horizontal.

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ESTRUTURAS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Tipo de material: Poste de concreto


Velocidade na
montagem
Difícil transporte
Concreto: São fabricados
em concreto armado do tipo
pré moldado.

Metálico: São fabricados em


Torre metálica
peças metálicas e os Baixa velocidade na
mesmos são montados no montagem
Fácil transporte
local, formando a torre de
transmissão.

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COMUNICAÇÃO EFICIENTE – TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

• Uma boa comunicação é fundamental na realização


de qualquer atividade que é realizada em conjunto
com outras pessoas;
• Comunicar é a habilidade de externar informações,
emoções, opiniões e qualquer tipo de conhecimento
de um indivíduo para o outro;
• Alguns itens são fundamentais para uma boa
comunicação:
• Boa dicção;
• Clareza e objetividade na informação;
• Coerência;
• Confirmação de mensagem recebida.
• E, outros itens dificultam a comunicação verbal. Tais
como:
• Um dos componentes não estar habituado à
linguagem de operação;
• Falta de atenção ou conversas paralelas;
• Pressa;
• Não ser cordial;
• Etc.
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COMUNICAÇÃO EFICIENTE – TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO

• Toda telecomunicação de voz deve ocorrer dentro da seguinte estrutura padrão de


comunicação:

 1º) Identificação dos interlocutores;


 Emissor = Quem vai passar a mensagem;
 Receptor = Quem recebe a mensagem.
 2º) Transmissão da mensagem (Emissor);
 3º) Repetição da mensagem recebida (Repetidor);
 4º) Confirmação ou retransmissão da mensagem (Emissor);
 5º) Encerramento.

• A identificação dos interlocutores deve conter, no mínimo, os seguintes termos:


 Local da ocorrência;
 Nome do emissor;
 Nome do receptor.

• Uma comunicação eficaz garante que a mensagem seja repassada com clareza, evitando
ações erradas por erro de interpretação;
• Os interlocutores devem utilizar o alfabeto fonético internacional, evitando assim erros de
interpretação da mensagem.

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COMUNICAÇÃO EFICIENTE – DIFICULDADES ENCONTRADAS

• Quando um dos interlocutores não estiver


habituado à linguagem da operação e/ou
com dificuldades de entendimento, deverá
ser utilizada linguagem que permita o
entendimento da mensagem;
• A participação em conversas paralelas ou
mais de uma ligação simultânea prejudica o
foco no assunto em questão, ocasionando
falhas na comunicação;
• A não cordialidade por parte dos
interlocutores torna o diálogo desagradável e
implica em possíveis erros de transmissão
e/ou recepção da mensagem;
• Os interlocutores devem manter o tom de voz
em intensidade normal, falando
pausadamente e com clareza;
• O sistema de telecomunicações dos Centros
de Operação (COS e COD) têm a finalidade
exclusiva operacional. Com isso a sua
utilização deverá ser restrita a assuntos
formais de trabalho.

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COMUNICAÇÃO VERBAL NA OPERAÇÃO

Para diminuir os riscos de falha de comunicação, também devemos utilizar diálogos formais,
evitando o uso de gírias e palavras que possa ter o significado confuso:
CÓDIGO TRADUÇÃO
Positivo Confirmar um questionamento. = Sim
Negativo Negar um questionamento. = Não
Okay (OK) Entendi a informação.
By-pass Caminho alternativo para corrente elétrica através de uma chave seccionadora.
Equipamento Aberto (a) Equipamento não conduz eletricidade.
Equipamento Fechado
Equipamento conduz eletricidade.
(a)
Bloquear Desabilitar uma função.
Desbloquear Habilitar uma função.
Modo no qual o equipamento só funciona por intervenção humana (local ou
Modo Manual
remota)
Modo Automático Modo no qual o equipamento funciona de acordo com sua configuração.
Isolar Separar trecho ou local do potencial elétrico.
Aterrar Conectar trecho ou local na malha de terra.
Normalizar Retornar um equipamento a sua condição normal no sistema (colocar carga).
Energizar Aplicar tensão no equipamento ou inseri-lo no sistema.

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ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL

• O alfabeto fonético internacional, criado


em 1886, também é conhecido como AFI
(Associação Fonética Internacional);
• Foi feito a partir do alfabeto romano
(ABC..., 26 letras);
• É associada uma palavra para cada letra
do alfabeto. A pronúncia das palavras é
em Inglês;
• Seu objetivo é facilitar a pronúncia de
letras e numerais;
• Até em um mesmo idioma, há letras e
numerais que podem ser confundidos de
acordo com o sotaque de cada pessoa
e/ou região;
• O alfabeto fonético é utilizado
internacionalmente. Seu uso se dá no
ramo profissional (Aviação, Forças
armadas, Indústrias, etc.);
• É utilizado na Coelba para comunicação
com o COS/COD.

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ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL

LETRA CÓDIGO LEITURA LETRA CÓDIGO LEITURA NUMERO CÓDIGO LEITURA


A ALPHA AL-FA N NOVEMB NO-VEM-BER 0 ZERO ZE-RO
ER
B BRAVO BRA-VO 1 UNO U-NO
O OSCAR OSS-CAR
C CHARLIE TCHAR-LI 2 DOIS DO-IS
P PAPA PA-PA
D DELTA DEL-TA 3 TRÊS TRÊS
Q QUEBEC QUÉ-BEC
E ECHO É-CO 4 QUATRO QUA-TRO
R ROMEO RO-ME-Ô
F FOXTROT FOQUIS- 5 CINCO CIN-CO
TROT S SIERRA SI-E-RRA
6 MEIA ME-IA
G GOLF GOLF T TANGO TAN-GO
7 SETE SE-TE
H HOTEL HO-TEL U UNIFORM IU-NI-FORM
8 OITO OI-TO
I INDIA IN-DI-A V VICTOR VIC-TOR
9 NOVE NO-VE
J JULIET DJOU-LI- W WISKY UIS-QUI
ETT
X X-RAY ECS-REI
K KILO QUI-LO
Y YANKIE IAN-QUI
L LIMA LI-MA
Z ZULU ZU-LU
M MIKE MAIC

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PADRÃO DA CODIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

• Cada equipamento da subestação/ é composto por um código;


• Este código pode conter entre 4 e 7 dígitos;

• Função de cada dígito:


• 1º) Tipo de equipamento;
• 2º) Classe de Tensão;
• 3º) Função do Equipamento;
• 4º) Posição e/ou número de ordem;
• 5º) Dígito de separação;
• 6º) Define a sequência e/ou função do equipamento;
• 7º) Adicional quando os outros dígitos coincidirem com outro equipamento.

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PADRÃO DA CODIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS

• Lê-se da seguinte maneira:


 1º e 2º Caracteres: Leitura normal em português-BR;
 3º, 4º e 6º Caracteres: Leitura de acordo com o alfabeto fonético internacional;
 5º Dígito lê-se “traço”.

• Exemplos de leitura:

• 12V1 = Do-ze Vic-tor U-no;


• 01B4 = Ze-ro um Bra-vo qua-tro;
• 29T3 = Vin-te e No-ve Tan-go Três;
• 99S8 = No-ven-ta e No-ve Sie-rra Oi-to.

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CODIFICAÇÃO – 1º DÍGITO – TIPO DE EQUIPAMENTO

Valor Descrição
0 Geradores, Transformadores, Barramentos, Linhas, Reguladores de
Tensão, Reatores, Banco de Capacitor
1 Disjuntor
2 Religador
3 Chave Seccionadora Seca
4 Chave Fusível
5 Chave a Óleo
6 Chave Seccionadora de Aterramento Rápido
7 Transformador de Corrente (TC)
8 Transformador de Potencial (TP)
9 Para-raios

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CODIFICAÇÃO – 2º DÍGITO – CLASSE DE TENSÃO

Valor Classe de Tensão


1 01 à 25 kV
9 26 à 50 kV
2 51 à 75 kV
3 76 à 150 kV
4 151 à 250 kV
5 251 à 550 kV
6 551 à 750 kV
7 751 à 1200 kV
8 Acima de 1200 kV

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CODIFICAÇÃO – 3º DÍGITO – UTILIZAÇÃO DO EQUIPAMENTO

EQUIPAMENTO LETRA
TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO A
BARRAMENTO B
EQUIPAMENTO DE TRANSFERÊNCIA D
REATOR E
GERADOR G
BANCO DE CAPACITOR H
COMPENSADOR SÍNCRONO K
COMPENSADOR ESTÁTICA Q
REGULADOR DE TENSÃO R
TRANSFORMADOR DE FORÇA T
LINHAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO C; F; J; L; N; P; V; W ; X; Y; Z

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CODIFICAÇÃO – 4º DÍGITO – NUMERAÇÃO DO EQUIPAMENTO

• É a posição ou o número de ordem do


equipamento na subestação;

• É utilizado para enumerar e diferenciar os


equipamentos semelhantes na subestação.

• Exemplos:

• 02T1 e 02T2 são os 1º e 2º


transformadores da subestação;

• 11C5 e 11C8. São os disjuntores nº 5


e nº 8 de um barramento de
alimentadores.

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CODIFICAÇÃO – 6º DÍGITO – SEQUÊNCIA E/OU FUNÇÃO

DESCRIÇÃO CÓDIGO
Seccionadoras de Barramento 1, 2, ou 3
Seccionadora de Equipamento do lado do barramento 4

Seccionadora de Equipamento do lado oposto ao barramento. 5

Chave de caminho alternativo (By-Pass) 6

Chave de Aterramento 7
Chave de equipamento de transferência 1, 2, 3, 4 e 5
Chave seccionadora de Gerador 1e2
Chave seccionadora para outras funções 8e9
Banco de Capacitores 1a9
Equipamentos de mesma classe de tensão ligados a um terceiro. A, B, C, D e E

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CODIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS - EXEMPLOS

• Disjuntor de 69 kV do transformador 2 da subestação:

• Chave seccionadora, lado carga, do 6º Religador de 13,8 kV. Alimentador November:

• Transformador de potencial (TP) da 1ª barra de 34,5 kV:

• Transformador de serviço auxiliar, 13,8 kV de uma subestação que possui 3 transformadores


de força:

• Chave de aterramento da linha Charlie 1 , de 69 kV:

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DIAGRAMA UNIFILAR

• É uma representação unifilar


(uma fase) de um circuito
elétrico;
• Tem como objetivo simplificar a
representação gráfica do
circuito;

• Algumas Siglas:
• NA = Normalmente Aberto;
• NF = Normalmente Fechado;
• S.A. = Serviço Auxiliar.

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS NUM DIAGRAMA UNIFILAR

Transformador de Força Para-raios

Transformador com Transformador


Regulador De Potencial

Disjuntor

Disjuntor Transformador de Corrente


Extraível
Transformador de Corrente
Religador Interno (“de bucha”)
Reator
Chave a Óleo

Capacitor Transformador
De Aterramento

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PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS NUM DIAGRAMA UNIFILAR

Cabo aéreo condutor


Chave Monopolar Seca

Chegada de Linha

Saída de Linha Chave Tripolar Seca

Chave de Aterramento
Barramento

Cabo Subterrâneo
Chave Fusível

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EXERCÍCIO: INSIRA OS CÓDIGOS DE OPERAÇÃO

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MANOBRAS EM SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO

Conceito: É uma técnica utilizada por operadores em subestações em conjunto com


controladores do sistema. Serve principalmente para:

• Realizar transferências de cargas entre equipamentos e subestações;

• Desenergizar um equipamento para manutenção (manobra de liberação);

• Energizar um equipamento que estava desativado (manobra de normalização);

• Fazer ligação em paralelo entre transformadores, barramentos ou alimentadores;

• Entre outros.

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ANTES DE EXECUTAR QUALQUER MANOBRA, DEVEMOS:

 Interpretar o diagrama unifilar da subestação;


 Confirmar a configuração atual da subestação;
 Anotar os itens a serem executados (ou ter a manobra descrita em mãos);
 Confirmar a manobra com o Centro de Operações (COS/COD);
 Preencher corretamente a APR (Análise Preliminar de Riscos) e usar os EPIs e EPCs
necessários;
 Em caso de dúvida, não executar. Procurar esclarecimentos;
 Levar a manobra em mãos;
 Concentrar-se exclusivamente na manobra (a grande maioria dos acidentes ocorrem nesta
etapa do serviço);
 Marcar todos os itens executados;
 Realizar a manobra em conjunto com o Centro de Operações e com o padrinho de segurança
acompanhando todos os passos.

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PRINCIPAIS TIPOS DE MANOBRAS

• Liberação de Equipamento:

 Manobra utilizada para desligar um equipamento do sistema, permitindo a manutenção do


mesmo. Esta manobra permite a total desenergização de um equipamento que se
encontrava energizado. Esta liberação pode ser realizada com interrupção de carga ou
sem interrupção de carga. Manobras sem interrupção de carga são realizadas através de
uma chave do tipo “by pass” e/ou por um disjuntor de transferência (normal em
subestações de grande porte).

• Normalização de Equipamento:

 Esta manobra consiste em introduzir o equipamento (que encontra-se desenergizado,


desativado, etc.) novamente ao sistema. Por ser uma manobra que energiza um
equipamento que estava desenergizado, é fundamental realizar uma inspeção antes de
realizar tal fato, pois qualquer material que esteja próximo às partes vivas do equipamento
pode causar uma explosão na reenergização.

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PRINCIPAIS TIPOS DE MANOBRAS

• Paralelismo de Transformadores:

 Este tipo de manobra possibilita que dois transformadores (de especificação semelhante)
trabalhem energizados pelo mesmo circuito. Podem ser manobras simples ou
extremamente complexas, a depender da configuração do sistema. Para paralelar os
transformadores, é necessário igualar os taps e colocar o controle de tensão em manual.

• Teste em Vazio:

 Este tipo de manobra é solicitado pelo COS/COD para detectar problemas em pequenos
trechos de saída da subestação ou em equipamentos. A chave de saída do equipamento
(Chave XXXX-5 ou chave de 1º trecho) é mantida aberta, enquanto a chave de chegada
(XXXX-4) é fechada. Após isso, o controlador fecha remotamente o disjuntor, verificando
se há alguma falha no disjuntor;

 Também é chamado teste em vazio quando se realiza a energização de um


transformador, sem inserir carga. Este teste é útil para detectar problemas internos no
transformador. Neste caso a manobra é semelhante. Realiza a energização por um dos
lados do transformador (geralmente o lado de alta tensão) e mantém o outro lado com o
disjuntor aberto durante o teste.

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PRINCIPAIS TIPOS DE MANOBRAS

• Teste com Carga:

 Esta manobra consiste em colocar o disjuntor em condições normais de carga,


bloqueando o religamento. Normalmente é realizada pelo próprio controlador do COS
após uma ocorrência (a depender de como foi a ocorrência). Mas o controlador também
pode realizar em conjunto com o operador. Verifica-se:

 Se o alimentador aceitou fechamento, não há defeito;


 Se o alimentador abriu após fechar, há defeito no alimentador.

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MANOBRA PARA LIBERAÇÃO DO 11L2, SEM INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 1

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Preencher a APR;
 Confirmar o disjuntor 11L2 fechado e com carga;
 Confirmar chave 31L2-6 aberta;
 Bloquear a proteção de neutro;
 Fechar 31L2-6 e confirmar as 3 fases bem fechadas;

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MANOBRA PARA LIBERAÇÃO DO 11L2, SEM INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 2

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar aberto em local;

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MANOBRA PARA LIBERAÇÃO DO 11L2, SEM INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 3

01B1 31L2-6 Em alguns casos o TC pode


estar fora da zona de by-pass.
Nestes casos não será possível
verificar a corrente zerada no
disjuntor. Nestes casos, não é
11L2 necessário bloquear o neutro
durante a manobra.
D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Confirmar as correntes zeradas no relé do 11L2, ou perguntar ao


controlador (este passo somente é possível porque o TC encontra-se
dentro da zona de by-pass);
 Abrir a Chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas;
 Abrir a Chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas.

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MANOBRA PARA LIBERAÇÃO DO 11L2, SEM INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 4

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Testar ausência de tensão;


 Instalar aterramento temporário;
 Equipamento liberado para manutenção!

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MANOBRA PARA NORMALIZAÇÃO DO 11L2, SEM
INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 1

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Realizar inspeção final no equipamento e área trabalhada;


 Retirar o aterramento local;
 Confirmar 11L2 aberto;
 Fechar chave 31L2-5 e confirmar fases bem fechadas;
 Fechar chave 31L2-4 e confirmar fases bem fechadas;

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MANOBRA PARA NORMALIZAÇÃO DO 11L2, SEM
INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 2

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Fechar 11L2 e confirmar fechado em campo;

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MANOBRA PARA NORMALIZAÇÃO DO 11L2, SEM
INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 3

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Abrir chave 31L2-6;


 Ativar a proteção de neutro;

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MANOBRA PARA NORMALIZAÇÃO DO 11L2, SEM
INTERRUPÇÃO DE CARGA – PASSO 4

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

 Equipamento normalizado!

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MANOBRA DE LIBERAÇÃO COM DISJUNTOR DE TRANSFERÊNCIA –
CONDIÇÃO NORMAL DE OPERAÇÃO

• Condição normal de Operação:


01B1 01B2
 11D1 Aberto
 31D1-4 Fechada 11D1
 31D1-5 Aberta D
31D1-4 31D1-5
 11F1 Fechado
31F1-6
 31F1-4 Fechada
 31F1-5 Fechada
 31F1-6 Aberta 11F1
D 01F1
31F1-4 31F1-5
 11F2 Fechado
 31F2-4 Fechada 31F2-6
 31F2-5 Fechada
 31F2-6 Aberta 11F2
D 01F2
31F2-4 31F2-5

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MANOBRA PARA LIBERAÇÃO COM DISJUNTOR DE TRANSFERÊNCIA –
LIBERAÇÃO DO 11F2 PELO 11D1
 Passo a Passo:
01B1 01B2
1. Confirmar o disjuntor 11D1 aberto;
2. Confirmar a OG do 11D1 em ajuste de
alimentador; 11D1
3. Confirmar as chaves 31D1-4 e 31D1-5 D
bem fechadas; 31D1-4 31D1-5
4. Confirmar todos os by-pass abertos;
31F1-6
5. Fechar chave 31F2-6;
6. Fechar o disjuntor 11D1 e confirmar
disjuntor fechado em campo; 11F1
7. Abrir o disjuntor 11F2 e confirmar em D 01F1
campo; 31F1-4 31F1-5
8. Abrir a chave 31F2-4; 31F2-6
9. Abrir a chave 31F2-5;
10. Realizar teste de ausência de tensão
no disjuntor 11F2 ; 11F2
D 01F2
11. Instalar aterramento local;
31F2-4 31F2-5
12. Equipamento liberado!

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MANOBRA PARA NORMALIZAÇÃO COM DISJUNTOR DE TRANSFERÊNCIA –
LIBERAÇÃO DO 11F2 PELO 11D1

 Passo a Passo:
01B1 01B2
1. Realizar inspeção e confirmar o
disjuntor 11F2 aberto; 11D1
2. Retirar aterramento local; D
3. Fechar a chave 31F2-5; 31D1-4 31D1-5
4. Fechar a chave 31F2-4;
5. Fechar o disjuntor 11F2 e confirmar 31F1-6
carga;
6. Abrir o disjuntor 11D1; 11F1
7. Abrir a chave 31F2-6; D 01F1
8. Equipamento normalizado! 31F1-4 31F1-5

31F2-6

11F2
D 01F2

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MANOBRAS EM SUBESTAÇÕES – LIBERAÇÃO DO 11L2, COM INTERRUPÇÃO
DE CARGA

01B1 31L2-6

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a Passo:

1. Abrir o disjuntor 11L2 e confirmar corrente zerada;


2. Abrir a chave 31L2-4 e confirmar as 3 fases bem abertas;
3. Abrir a chave 31L2-5 e confirmar as 3 fases bem abertas;
4. Confirmar ausência de tensão;
5. Equipamento liberado.

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MANOBRA DE TESTE EM VAZIO

01B1 31L2-6

Defeito

11L2

D 01L2
31L2-4 31L2-5

Passo a passo:

• Confirmar 11L2 aberto;


• Confirmar ausência de tensão no lado de carga do disjuntor;
• Abrir a chave 31L2-5;
• Fechar o disjuntor 11L2.
• Se o disjuntor aceitou o comando Disjuntor normal.
• Se o disjuntor abriu após o fechamento Disjuntor ou relé com defeito.
Obs.: Em alguns casos o disjuntor não aceita comando de fechamento por causa de defeito
mecânico!

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EXERCÍCIOS SOBRE MANOBRAS

Praticar as seguintes manobras:

• Liberação/Normalização de um disjuntor usando bypass;

• Liberação/Normalização de um disjuntor usando disjuntor de transferência;

• Liberação/Normalização de uma LT;

• Liberação/Normalização transformador;

• Liberação/Normalização banco de capacitor;

OBS.: Usar o diagrama unifilar da SE onde será a aula prática;

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EHD – CAPACITAÇÃO PARA PRIMEIRO
COMBATE EM OCORRÊNCIAS DE
SUBESTAÇÕES E LINHAS DE
TRANSMISSÃO
JAN/2018

FALHAS MAIS COMUNS EM


SUBESTAÇÃO E LINHA DE
TRANSMISSÃO -
PROCEDIMENTOS
Coelba.com.br 97
FALHAS COMUNS EM SUBESTAÇÕES E LINHAS DE TRANSMISSÃO –
INSPEÇÃO NO LOCAL DA FALHA

• Este procedimento é o primeiro a ser realizado pelo agente de manutenção;


• A inspeção é realizada a partir da entrada da subestação;
• O inspetor deve ter um olhar crítico, buscando detectar qualquer anormalidade visual
nas áreas energizadas;
• Dentre as falhas mais comuns detectadas em inspeções locais, podemos destacar:

 Animal morto;

 Equipamentos danificados em geral;

 Fusíveis queimados;

 Isolador danificado;

 Condutor partido;

 Etc.

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INSPEÇÃO LOCAL – ANIMAIS MORTOS

• Quando algum animal entra em contato


com algum equipamento energizado, ele
recebe uma descarga elétrica;
• Ao detectar esta fuga elétrica, a proteção
do sistema desliga automaticamente o
trecho, isolando a falha;
• Apesar do tempo reduzido, a morte do
animal muitas vezes é inevitável, além dos
danos que causam aos equipamentos;
• Ao ser detectada esta falha, o inspetor deve
avaliar os danos causados aos
equipamentos e avaliar também a
possibilidade de remover o animal e liberar Este circuito poderia ser
a área para energização;
• Para reenergizar novamente o trecho, não re-energizado após a
deve haver nenhum resíduo de material em remoção do animal?
contato com o condutor energizado, e os
equipamentos devem estar em boas
condições.

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INSPEÇÃO LOCAL – ISOLADOR DANIFICADO

• Outra falha bastante comum é a quebra de algum


elemento isolante, deixando o condutor em
proximidade à outro condutor ou à malha de
aterramento do local;
• Em uma subestação há diversos isoladores, de
modo que alguns são difíceis de serem
visualizados;
• Uma forma fácil de visualizar algum isolador
quebrado é realizando uma inspeção no solo.
Quando um isolador de cerâmica ou de vidro é
quebrado, ele libera cacos que ficam espalhados
pelo chão;
• Isoladores poliméricos quebram e não liberam
cacos, portanto sua visualização é mais difícil;
• Isoladores podem perder sua característica de
isolação, mas sem necessariamente quebrar.
Quando isto ocorre, é comum visualizar uma trilha
escurecida no isolador, conduzindo a energia ao
aterramento.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 100


INSPEÇÃO LOCAL – EQUIPAMENTOS DANIFICADOS EM GERAL

• Equipamentos danificados são


relativamente fáceis de serem detectados;
• Geralmente apresentam danos severos,
fuligem, vazamento de óleo, isoladores
danificados, corpo inchado, etc.;
• Na grande maioria dos casos o
equipamento não tem condições de
retornar ao sistema. Quando isto ocorre, o
operador pode isolar o trecho que o
equipamento danificado se encontra e Explosão de TC! Disjuntor Avariado!
reenergizar o restante do circuito;
• Segue alguns exemplos para melhor
visualização:

TP Com Vazamento! Capacitor danificado!


Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 101
INSPEÇÃO LOCAL – FUSÍVEIS QUEIMADOS

• Como visto anteriormente, um fusível é um


dispositivo de proteção do sistema;
• Fusíveis protegem diversos circuitos, tais
como:
Bancos e células capacitivas, chaves de
bypass, TPs, Transformadores de até
5MVA de potência, Retificadores, etc;
• Normalmente fica inserido em um cartucho,
ou em um invólucro próprio. Quando o
fusível queima, o cartucho fica caído,
facilitando a identificação do mesmo;

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INSPEÇÃO LOCAL – CONDUTOR SOLTO

• Cabos condutores podem se desprender


dos terminais por diversas razões;
• Quando um cabo solta, ocorre o arco
elétrico, interrompendo o fornecimento de
energia ao consumidor, além de gerar o
arco voltaico e danificando o
equipamento;
• Na inspeção local, o operador pode
visualizar indícios que apontam para esta
situação;
• Caso o cabo já esteja solto, deve-se
isolar o trecho e efetuar a correção.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 103


INSPEÇÃO LOCAL – INDÍCIOS DE VANDALISMO / INVASÃO

• A ação de vândalos, na tentativa de efetuar


roubos, quase sempre deixa indícios;
• A presença de ferramentas improvisadas
e/ou artesanais (facas, pedaços de
madeira, etc.) é um forte indicativo da
atuação destes indivíduos;
• Equipamentos danificados, aterramentos
cortados, restos de roupas e outros
materiais também são características
determinante desta ação;
• Antes de energizar algum equipamento,
deve-se redobrar a atenção na inspeção,
pois estes restos de materiais podem
provocar curto circuitos.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 104


INSPEÇÃO LOCAL – FALHA NOS ATERRAMENTOS

• Aterramento com falha nas conexões e/ou


rompidos, além de serem extremamente
perigosos, podem deixar vestígios na área;
• Alguns podem emanar barulho de centelhamento
ou até mesmo deixar rastros de dano na área
britada, estrutura e até mesmo nos equipamentos;
• Importante não realizar contato com equipamento
que esteja com o aterramento comprometido,
efetuando primeiro a desenergização do
equipamento para intervenção posterior;
• Quando não for possível efetuar a desenergização
e/ou correção do defeito, a equipe da NPL deve
ser acionada imediatamente.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 105


INSPEÇÃO LOCAL – EQUIPAMENTO COM NÍVEL DE ÓLEO BAIXO

• Equipamentos elétricos tais como disjuntores, transformadores


ou chaves automatizada operam com segurança, através de
algum meio isolante;
• Este meio isolante deve, portanto, ser mantido em um nível
adequado para o perfeito funcionamento;
• Quando o nível de óleo isolante está baixo a isolação é
comprometida, ocasionando falhas;
• Disjuntores e chaves seccionadoras, quando chegam neste
estado, não devem efetuar seccionamento nem energização do
circuito;
• No caso de transformadores, é emitido um alarme quando o nível
de óleo se aproxima do mínimo, permitindo o controlador do
sistema desligá-lo, evitando a queima do mesmo;
• Estes equipamentos possuem indicador de nível para os
isolantes. É possível para o operador em campo realiza a
inspeção para confirmar o nível de óleo adequado.
Obs.: A indicação do nível do óleo do transformador de força é feita
com base na temperatura ambiente de 25°.
Com a temperatura mais elevada, o nível fica um pouco acima por
conta da expansão natural do óleo.
Por conta disso existe o tanque de expansão.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 106


INSPEÇÃO LOCAL – EQUIPAMENTO COM NÍVEL GÁS SF6 BAIXO

• Assim como o óleo mineral isolante, também existe o gás SF6


(Hexafluoreto de Enxofre) que é um gás com características
isolantes;
• Este meio isolante tem sido bastante utilizado em disjuntores,
religadores e chaves automatizadas;
• Quando o nível da pressão do gás está abaixo do adequado, o
equipamento automaticamente bloqueia seu comando, não
permitindo abertura nem fechamento;
• Estes equipamentos possuem manômetro em campo,
permitindo ao operador local visualizar se o nível está
adequado;
• Possui escala em 3 cores, sendo:
 Vermelho = Nível de bloqueio. O equipamento não realiza
nenhuma operação, permanecendo travado;
 Amarelo = Nível de alarme. Um alarme é emitido ao
COS/COD, mas o equipamento ainda pode seccionar com
segurança;
 Verde = Nível de funcionamento normal.

Não operar o equipamento quando tiver na faixa vermelha


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INSPEÇÃO LOCAL – ISOLADOR OU EQUIPAMENTO COM FUGA DE CORRENTE

• Isoladores estão presentes em todos os equipamentos


elétricos de alta tensão;
• Ocasionalmente podem ocorrer fugas de corrente, devido
à contaminação da superfície, danos ocasionados ou vida
útil;
• A depender do estágio, é possível visualizar centelhas
entre as cadeias isoladoras;
• Em outros casos é possível visualizar uma trilha
enegrecida pelo isolador. Esta trilha cria um caminho de
fuga de corrente;
• Isoladores quebrados ou equipamentos com resíduos
(ninho de pássaros, linha de pipas, lixo, etc.) também são
grandes responsáveis por ocasionar fuga de corrente;
• Estas fugas de corrente podem gerar desarmes acidentais
e até mesmo explosão de equipamentos;
• Também é fundamental a detecção no momento da
inspeção local, evitando estes contratempos.

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INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

Principais causas de falhas nas linhas de


subtransmissão:

• Cabo partido (podendo gerar danos nas


estruturas por causa do rompimento);
• Oxidação das partes metálicas dos isoladores;
• Vazamento na isolação;
• Vegetação ou animais tocando na estrutura;
• Colisões contra as estruturas.

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INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

Cabo partido:
• O rompimento de cabo (geralmente próximo às
emendas), podem ser causados por corrosão
na alma de aço, transferindo o peso todo para o
condutor de alumínio, que não suporta o peso
próprio e rompe.
• O rompimento pode causar um curto circuito
trifásico, quando o condutor toca nas outras
fases. Bifásico quando o condutor toca a outra
fase ou monofásico;
• A identificação é visual, deve correr a linha para
ver;
• O relé de distância serve como um grande
auxiliar para identificar o local da falha;
• Como consequência o condutor pode quebras
ou torcer a estrutura que o suporta

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 110


INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

Oxidação das partes metálicas dos isoladores:

• Devido às agressões ambientais e ao fim da vida útil


do isolador, o mesmo vem a romper por oxidação nas
suas partes metálicas;
• O rompimento do isolador pode causar um curto
circuito trifásico, quando o condutor toca nas outras
fases. Bifásico quando o condutor toca a outra fase
ou monofásico;
• A identificação é visual, deve correr a linha para ver;
• O relé de distância serve como um grande auxiliar
para identificar o local da falha;
• Como consequência o condutor pode romper, pode
também haver quebras ou torcer a estrutura que o
suporta.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 111


INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

Vazamento na isolação:

• Devido às agressões ambientais e a poluição no


isolador, o mesmo pode gerar fuga de corrente;
• Essa fuga pode causar o desligamento da rede;
• A identificação é visual, deve visualizar cada isolador
à procura de indícios;

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INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

Vegetação ou animais tocando na estrutura:

• As vegetações sob a linha de transmissão ou aves de


grande porte, podem tocar a linha causando assim
fuga de corrente para a terra ou curtos circuitos entre
as fases;
• Essa fuga pode causar o desligamento da rede;
• A identificação é visual e de difícil identificação, pois a
vegetação ou a ave pode não estar no local durante a
inspeção;
• O relé de distância serve como um grande auxiliar
para identificar o local da falha;

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INSPEÇÃO LOCAL – FALHAS EM LTS

• Colisões contra as estruturas:

• As LDs próximas às rodovias correm o risco de sofrer


colisão contra veículos;
• Essas colisões podem quebrar ou torcer as
estruturas, podendo retirar a linha de operação;
• A identificação é visual;
• O relé de distância serve como um grande auxiliar
para identificar o local da falha;
• Como consequência a quebra de uma estrutura, pode
vir a derrubar outras estruturas próximas do mesmo
circuito;
• Método de prevenção é a utilização de defensas.

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INSPEÇÃO LOCAL – OUTRAS SITUAÇÕES

Parafuso ausente Indícios de ponto quente

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INSPEÇÃO LOCAL – OUTRAS SITUAÇÕES

Falha interna
em
equipamento

Seccionadora mal fechada Vazamento de óleo

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COMUTADORA DE TAP TRAVADA

• Este problema geralmente é ocasionado através do


desarme do mini-disjuntor do motor da chave
comutadora;

• Também pode ser ocasionado por alguma falha no


comando/controle do relé de regulação de tensão;

• Quando a comutadora fica travada em algum tap, o nível


de tensão não fica adequado, prejudicando todos os
consumidores;

• O operador pode tentar o rearme local do mini-disjuntor;

• Caso não seja possível, o operador pode realizar a


mudança de tap manualmente através da manivela.

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RELÉ DESLIGADO / INDICAÇÃO DE FALHA
• Relés são equipamentos que, além de monitorar todo o sistema, também são capazes de
monitorar a si mesmos;

• Os relés emitem um sinal/alarme quando há alguma falha interna;

• Geralmente é informado em inglês:


 Fail; (Falha)
 Relay disabled; (Relé desabilitado)
 General failure; (Falha geral)
 Internal error; (Erro interno)
 Vector xx; (Erro específico em relé SEL)
 Entre outros.

• Além disso, o relé pode simplesmente estar desligado;

• Quando uma dessas situações é verificada, o sistema que este relé está monitorando estará
sem proteção!

• O operador pode verificar se há algum mini-disjuntor desarmado, ou inspecionar se o relé


encontra-se com a fiação de alimentação solta;

• Antes de tentar solucionar, deve-se confirmar a ação com COS/COD, se possível em conjunto
com o coordenador da NPL.
Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 118
COMUNICAÇÃO – FALHAS COMUNS

• Devido à importância do sistema de comunicação em uma


subestação, quando há uma falha de comunicação, o sistema fica
vulnerável e o operador não consegue visualizar nada;
• Alguns problemas podem ter solução bem simples, enquanto
outros só podem ser normalizados pela equipe especializada;
• Dentre as ações que o colaborador linha de frente pode executar,
podemos destacar:
• Verificar se há algum equipamento desligado (Terminal
Server, UTR, Concentradores óticos, etc.), rearmando o
minidisjuntor de alimentação;
• Reiniciar a Unidade Terminal Remota (UTR). Este
procedimento consiste em desligar o aparelho, aguardar um
período curto (10 segundos) e ligar novamente;
• Inspecionar as fibras óticas e equipamentos de comunicação,
visualizando se há danos;
• Inspecionar os sistemas de comunicação externos (módulos
da embratel, rádio, celular, etc.).
• Caso não seja possível normalizar a situação, a equipe de Unidade Terminal
manutenção de telecomunicações deve ser acionada. Remota (UTR)

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DESARME DE MINI-DISJUNTOR

• Como visto nos painéis de CA, CC e


painéis dos equipamentos, cada circuito
é protegido por um mini-disjuntor;
• Estes mini-disjuntores são
responsáveis pela proteção dos
circuitos contra sobrecorrente,
desligando automaticamente;
• O operador pode rearmar um mini-
disjuntor atuado na tentativa de
normalizar um problema, com a
autorização do COS/COD ;
• Caso o mini-disjuntor continue
desarmando, a equipe da NPL deve ser
acionada para verificar o circuito.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 120


SISTEMA CC - RETIFICADOR TRAVADO

• Quando o retificador está travado, ele pode


estar com alguma falha interna;

• Deve-se realizar uma inspeção interna,


buscando algum mini-disjuntor desligado,
vestígio de materiais fechando curto circuito,
etc.;

• Caso não solucione, o operador pode tentar


contato com o coordenador da NPL,
buscando orientação por telefone, realizando
alguns procedimentos mais básicos (reiniciar
placa de controle do retificador, desligar e
ligar o mini-disjuntor trifásico, etc.).

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 121


SISTEMA CC – SISTEMA CC DESLIGADO

• A condição mais grave que uma


subestação pode se encontrar é
quando todos os equipamentos de
proteção e controle estão desligados;
• Quando isto ocorre, o operador de
primeiro combate deve:
 Inspecionar o transformador de
serviço auxiliar: O mesmo deve
estar energizado e com seus Todos os
fusíveis intactos. Caso não esteja,
tentar normalizar; Equipamentos
 Inspecionar os painéis de CA, CC e Estão
o retificador: Caso esteja com Desligados!!
algum mini-disjuntor desarmado,
tentar rearmar;
 Inspecionar o banco de baterias:
Caso esteja com algum elemento
desconectado ou fio partido, deve-
se tentar solucionar se possível;
• A turma da NPL e o COS/COD devem
ser comunicados imediatamente.

Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 122


LINHA VERMELHA - CONCEITOS

DEFINIÇÃO:

 Telefone específico instalado em cada Centro de Controle para utilização exclusiva em


situações emergenciais por pessoal próprio ou terceirizado.

MOTIVAÇÃO:

 Necessidade de contato direto e imediato com os Centros de Operação;


 Atuação em tempo mínimo nas situações que envolvem risco a sociedade e equipes.

QUANDO UTILIZAR:

 Acidentes no trabalho:
 Toda e qualquer situação de acidente com equipe em serviço de campo.
 Acidentes de trânsito:
 Todo e qualquer sinistro envolvendo equipes em trânsito ou terceiros(atropelamento,
choque veicular, derrapagem).
 Acidentes com comunidade:
 Informações de acidentes com comunidade em rede AT, rede BT ou mesmo circuitos
isolados.

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LINHA VERMELHA - FLUXOGRAMA

COD/COS – recebe
GRANDE volume de
informações .
DIRETORIA

DEP. SEGURANÇA
COD/
INFORMAÇÃO
COS COORD.
MANUTENÇÃO

EQUIPES DE
PRONTIDÃO

DEMAIS
INTERESSADOS

USO SOMENTE para situações emergenciais.


Coelba.com.br TURMAS DE PRIMEIRO COMBATE – OCORRÊNCIAS EM SEs E LTs 124
LINHA VERMELHA – TELEFONES DE EMERGÊNCIA

Linha exclusiva para denúncias de


Linha Direta Operação acidente ou situações de risco
com necessidade de atuação
rápida.

COD Feira de Identificação do reclamante com


COD Barreiras:
Santana: apresentação de matrícula.
(77) 3613-9893
(75) 3602-7606
A chamada é atendida de imediato
pelo Centro de Operação
(Prioridade Máxima).

COD Itabuna: COD Salvador:


Utilizações indevidas são
(73) 3214-3595 (71) 3370-6157 passíveis de advertência e não
serão priorizadas pelos centros.

No momento estes números não


devem ser divulgados para a
COS Bahia: comunidade, ficando restrito a
colaboradores próprios e
(71) 3370-5809 terceirizados.

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EHD – CAPACITAÇÃO PARA OPERAÇÃO E
PRIMEIRO COMBATE EM SUBESTAÇÕES E
LINHAS DE TRANSMISSÃO

ABR/2018

OBRIGADO!

Instrutor: JAILSON ANTONIO


Telefone: (74) 99979-5323
E-mail: jaisantos@neoenergia.com
Coelba.com.br 126
ROTEIRO DA AULA PRÁTICA

4h - Apresentação da subestação. Pontos de atenção:

• Apresentar todos os equipamentos da subestação;


• Mostrar como fazer comando mecânico em todos os tipos de disjuntores e religadores;
• Mostrar como carregar a mola em todos os tipos de disjuntores e religadores;
• Mostrar indicação de aberto e fechado de todos os equipamentos (disjuntores, religadores e
chaves);
• Mostrar os disjuntores auxiliares dos equipamentos;
• Mostrar indicadores de gás e óleo de todos equipamentos, salientando as faixas que o
equipamento não pode ser operado;
• Mostrar como operar a ventilação forçada manualmente;
• Leitura dos relés (Grandezas elétrica e distância de falta)
• Banco de bateria mostrar como inspecionar (nível e cabos de ligação);
• Abrir e apresentar o retificador;
• Abrir e apresentar armários de CA a CC e apresentar;
• Abrir e apresentar os armários de proteção mostrando a localização do quicklags;
• Mostrar o sage local e como fazer o reset na remota.
• Mostrar como fazer o reset do bloqueio

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ROTEIRO DA AULA PRÁTICA

8h – Manobras de liberação e normalização de um equipamento. Orientações:

• Fazer a manobra considerando que a comunicação da SE está fora, ou seja, executar


comandos locais;
• Escolher alguns alunos para executar os passos da manobra;
• Deve usar detector de tensão, instalar o aterramento e placa de não opere o equipamento;
• Todos os alunos devem realizar todos os comando possíveis via relé. Não operar o disjuntor
mais que cinco vezes para não estressar o equipamento;
• Carregar a mola manualmente;
• Mostrar a mudança de estado das sinalizações de mola e DJ no equipamento;
• Retirar o aterramento e placa de não opere o equipamento;
• Todos os alunos devem abrir e fechar uma chave 4 ou 5. (Confirmar a ausência do
aterramento antes);
• Normalizar o equipamento;
• Operar comutadora eletricamente e manualmente no painel da comutadora;
• Operar manualmente o relé da comutadora;
• Se tiver tempo, todos os alunos devem operar também uma chave de 69 ou 138KV.

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