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Capítulo I
Transformadores
e contatos do comutador. Na figura 1 é mostrada a conexão padrão Para se avaliar os resultados deve ser feita a correção dos valores
do equipamento de testes, nesse caso, o Microhmimetro ou Ducter, em ohms obtidos para a temperatura de referência de 75oC utilizada
para o enrolamento de alta tensão do transformador. Obviamente, para enrolamentos de cobre pela fórmula:
essa medição deve ser repetida para as demais fases do lado da alta
e ser realizada também nas três fases do lado da baixa tensão do Rt = Rm (T + Tr / T + Tm)
equipamento. É recomendável medir em todos as posições de tapes.
Onde:
Onde:
c) Medição do Fator de Potência do Isolamento
E (%) = erro porcentual;
Rm = relação medida; A medição do Fator de Potência do Isolamento dos
Rp = relação placa. transformadores é realizada por equipamento específico para
este fim (Medidor de Fator de Potência) e visa avaliar o estado do
O máximo valor de erro permitido é de 0.50%, conforme ABNT isolamento do transformador.
NBR 5356-:2017. No mercado, existem dois padrões de tensão nominal para os
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equipamentos de teste: 2.500 Vca e 10.000 Vca. Para transformadores Os valores devem ser comparados com os testes de fábrica do
Equipamentos para ensaios em campo
com enrolamentos de tensão nominal até 69 kV podem ser utilizados transformador ou, em caso da ausência dos mesmos, com histórico de
ambos os valores de teste. Para transformadores de tensão nominal medições anteriores realizadas no transformador. Como critério geral,
superior a 69 kV e equipamentos próximos a linhas energizadas considera-se o valor de fator de potência de até 0.5% como satisfatório. O
deve ser utilizado o equipamento de 10 kV. valor do fator de potência é bastante influenciado pela umidade contida
Na figura 3 é mostrada a conexão padrão de um equipamento nos materiais sólidos presentes no transformador. Se os valores medidos
de testes. estiverem acima do esperado deve ser verificado também o resultado da
análise físico química do óleo do transformador (teor de água, rigidez
dielétrica e fator de potência). Em caso de detecção de umidade elevado
deverá ser realizado o tratamento do óleo.
Também devem ser medidas de forma separada o fator de potência
e a capacitância das buchas condensivas de alta tensão, normalmente
aplicável para transformadores com tensão nominal a partir de138 kV.
Nesse caso, a medição é realizada na conexão tipo UST do equipamento
de medição utilizando-se o tape capacitivo da bucha como ponto
de conexão para a medição. No método de avaliação do resultado
compara-se o valor de capacitância medido com o valor de placa da
bucha em análise.
FPc = FPm x F
Onde:
FPc = fator de potência corrigido; Após a conexão do equipamento ao transformador (figura 4) são
FPm = fator de potência medido; realizados três registros de isolamento: um após 30 segundos do início da
F = fator de correção, de acordo com a temperatura ambiente no medição, outro após um minuto e por último um após dez minutos do
local do teste. início do teste. Em termos de valor medido de isolamento considera-se
Fascículo
R75 = Rmed / 2a
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Para transformadores a seco, pode se considerar a seguinte fórmula • teste do relé medidor de temperatura do enrolamento, imagem térmica;
para o cálculo do valor mínimo aceitável em MΩ: • teste do relé medidor de temperatura do óleo;
• teste do relé de gás;
Rmin = kV + 1 • teste do Dispositivo de Alívio de Pressão (DAP) e do Relé de Pressão
Súbita (RPS);
Como exemplo podemos tomar um transformador com tensão • teste do indicador de nível de óleo;
nominal de • teste do comutador de tapes;
13.8 kV em seu enrolamento primário, o que deverá resultar em uma • teste do sistema de ventilação forçada; verificação das válvulas;
isolação mínima de 13.8 + 1 = 14.8 MΩ a 75oC. • análise Físico Química e Cromatográfica do óleo isolante.
Para transformadores a óleo pode ser considerado o cálculo abaixo
para transformadores trifásicos. Existem mais testes específicos que podem ser aplicados de acordo
com a necessidade de cada instalação. Estes testes serão aqui abordados
Rmin = 2.65 x V / (P/f) / 1.732 em oportunidade futura.
Onde: Fontes:
Rmin = resistência ôhmica de isolamento mínima a 75oC em MΩ; Manutenção Industrial 2a Edição – Angel Vázquez Moran.
V = tensão nominal do enrolamento em Volts; Electrical Power Equipment Maintenance and Testing Second Edition – Paul Gill.
P = potência nominal do transformador em KVA; Curso de Transformadores Weg DT-11.
f = frequência nominal do transformador.
*Fábio Henrique Dér Carrião é engenheiro de Energia e Automação Elétrica
pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Profissional com 13
Também pode-se calcular os índices de polarização e absorção
anos de experiência no setor, sendo responsável pela gestão de equipes de
conforme:
engenharia, comissionamento e montagem em projetos de subestações de
alta, média e baixa tensão. Atuando em indústrias de diversos segmentos,
Ia = R60 / R30;
usinas de geração e concessionárias de energia.
E
Ip = R10 / R1;
Contínua na próxima edição
Onde:
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em www.osetoreletrico.com.br
Capítulo II
resistência de contato antes da recolocação em serviço no mínimo. • A inspeção visual visa verificar a existência de vazamentos
Somando-se a isso, deve-se sempre seguir as recomendações de (gaxetas ressecadas, buchas rachadas);
cada fabricante com relação aos seus equipamentos. • A lubrificação do mecanismo deve ser feita de acordo com as
Em caso de grandes períodos de in-operação, por falta de recomendações do fabricante do disjuntor;
solicitação, é necessário que, ao menos a cada seis meses, sejam • Verificação do sistema hidráulico e pneumático de aciona
realizados testes de abertura e fechamento. Isso ajudará a manter as mento;
partes em condições de operação. • Verificação do relé de pressão de gás nos polos, com simulação
do bloqueio de operação do disjuntor e sinalização pela atuação
2 - Manutenção preventiva: inspeções e ensaios do relé.
Outro critério importante a ser considerado é o valor de Para se avaliar os resultados, os tempos devem ser comparados
Equipamentos para ensaios em campo
resistência informado pelo próprio fabricante do equipamento. com os dados pelo fabricante do disjuntor. De forma geral, não é
recomendado que a discordância entre os polos seja maior do que
b) Medição dos tempos de operação – Oscilografia 10% do tempo total.
A medida dos tempos de abertura e fechamento dos contatos
principais é importante, quando comparados aos tempos originais c) Medição do fator de potência do isolamento
de fábrica, pois fornecem uma visão do estado das molas, juntas, Os disjuntores são equipamentos compostos de diversos
ajustes do núcleo das bobinas, válvulas, lubrificação etc. materiais isolantes, tais como óleo mineral, gás SF6, peças de fibra
O tempo de abertura é medido a partir do início da operação de vidro impregnadas com resinas sintéticas, buchas de porcelana
de abertura e o instante da separação dos contatos. O tempo de etc., com características dielétricas diferentes, porém, formando
fechamento é medido a partir do início da operação de fechamento um conjunto único. A variação de cada isolante influencia
e o instante em que os contatos se tocam em todos os polos. diretamente no resultado final do teste.
A simultaneidade de abertura e fechamento dos contatos é Uma das formas de se avaliar o isolamento do disjuntor
indicada pela discordância nos polos, ou seja, a diferença de tempo é proceder com o ensaio de fator de potência do isolamento,
entre o polo mais rápido e o mais lento tanto na abertura quanto no normalmente aplicável a disjuntores a partir de 69 kV. A medição
fechamento. do Fator de Potência do Isolamento dos disjuntores é realizada
Estes tempos podem ser representados graficamente conforme: por equipamento especifico para este fim (Medidor de Fator de
Potência).
Para se realizar a medição antes deve ser realizada limpeza
nas buchas com um pano seco ou com substâncias de limpeza
não contaminantes deve-se também desconectar todos os cabos
do disjuntor. As conexões podem ser realizadas conforme tabela
abaixo.
As partes medidas representam:
FPc = FPm x F
Fascículo
Onde:
R75 = Rmed / 2a
Onde:
Fontes
Manutenção Industrial 2a Edição – Angel Vázquez Moran
Tensão de ensaio para disjuntores Electrical Power Equipment Maintenance and Testing Second Edition –
As conexões podem ser realizadas conforme tabela a seguir. Paul Gill
*Fábio Henrique Dér Carrião é engenheiro de Energia e Automação Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Profissional com 13 anos
de experiência no setor, sendo responsável pela gestão de equipes de engenharia, comissionamento e montagem em projetos de subestações de alta, média
e baixa tensão. Atuando em indústrias de diversos segmentos, usinas de geração e concessionárias de energia.
Capítulo III
A principal função dos relés de proteção em um sistema elétrico 2 - Manutenção preventiva: serviços e ensaios
é a de monitorar e eliminar de forma mais rápida possível e seletiva
qualquer anormalidade (falta) que ocorra no sistema através de Para se efetuar a manutenção em qualquer relé de proteção
atuação direta ou em um dispositivo externo. deve-se ter mãos o estudo de seletividade do sistema, onde são
Existem vários tipos de relés de proteção, quanto a forma de definidos os valores a serem ajustados nos relés.
atuação principal, que podem ser aplicados à proteção de diversos O instrumento básico para se realizar os testes em relés de
equipamentos, dentre eles podemos destacar, entre vários outros: proteção é a caixa de calibração. Trata-se basicamente de uma fonte
de corrente e tensão, que pode ser monofásica ou trifásica e que
• relés bimetálicos; conta com um sistema de contagem e registro do tempo de atuação
• relés térmicos; dos relés sob teste. No caso dos relés modernos deve ser também
• relés detectores de temperatura (RTD); utilizado um note ook com portas de comunicação adequadas para
• relés dos tipo termopar; cada tipo de relé de proteção para se efetuar a comunicação com o
• relés de imagem térmica; mesmo e mudança e verificação de parâmetros.
• relés eletromagnéticos;
• relés de sobrecorrente; 2.1- Serviços e ensaios periódicos em relés
• relés de tensão. eletromecânicos
Fascículo
não podem ser superiores a ±10%, caso isso ocorra; deverá ser
tentado um novo ajuste com posterior novo teste até se chegar a
tempos de atuação aceitáveis. Nesse caso, para se levantar a curva
de atuação de tempo inverso (Corrente x Tempo - Figura) deve-se
fazer ao menos três atuações com valores diferentes de corrente de
teste. Após o ajuste final, deve ser realizado um teste da corrente de
partida (pick-up), corrente em que o disco começa efetivamente a
girar;
• ajuste da corrente de atuação da função instantânea de
sobrecorrente: após ajustar o relé conforme estudo de seletividade,
deve ser injetada uma corrente de 90% do ajuste dado e, nesse caso,
o relé não poderá atuar, após isso, deve ser injetado 110% do valor
de ajuste e agora o relé deverá atuar. Em caso de atuação incorreta,
deve ser refeito o ajuste;
• unidade de sinalização: os relés eletromecânicos possuem
sinalizações básicas das atuações de suas proteções (bandeirolas),
as mesmas devem ser verificadas quando da realização dos testes já
mencionados;
• relés de sub e sobretensão: os mesmos princípios indicado nos
itens anteriores para relés de sobrecorrente, podem ser aplicados a
relés de tensão, bastando substituir uma fonte de corrente por uma
fonte de tensão com contagem de tempo;
• atuação do dispositivo de abertura do circuito: em conjunto
com o teste do relé de proteção deve ser realizada a abertura do Curva de Tempo Inverso
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Equipamentos para ensaios em campo
disjuntor pela atuação do relé de proteção (trip test), bem como a • configuração dos parâmetros gerais de leitura de grandezas
atuação do relé de bloqueio de religamento; elétricas, tais como relação de transformação dos TC’s e TP’s,
• injeção de corrente nos TC’s e TP’s: também é recomendável frequência, forma de medição das correntes e/ou tensões de
fazer injeção de corrente nos TC’s e tensão nos TP’s que enviam faltas para a terra etc.;
sinais aos relés para se verificar se a fiação dos secundários dos • configuração das entradas e saídas digitais conforme projeto
instrumentos de medição está corretamente conectada aos relés. elétrico do painel;
• configuração da lógica interna de operação dos relés,
Deve-se atentar para a periodicidade das intervenções de conforme projeto lógico da subestação;
manutenção em relés eletromecânicos, não é incomum ocorrer o • verificação do funcionamento das teclas frontais, display, led’s
“travamento” de partes móveis internas devido à falta de limpeza e portas de comunicação;
dos relés por longos períodos. Lembra-se que estes equipamentos • verificação da comunicação dos relés com redes de supervisão.
em situações normais do sistema que protegem ficam com todas as
suas peças praticamente imóveis e pode haver acúmulo de poeira e Para se realizar os ensaios completos nos relés eletrônicos,
outros contaminantes em suas peças. é recomendável se utilizar uma caixa de calibração trifásica
(ou ainda hexafásica para relés diferenciais de transformador),
onde se pode realizar a maior parte das verificações de
forma automática, trazendo uma grande praticidade tanto na
realização dos ensaios como na apresentação dos resultados, já
que as caixas atuais contam com softwares onde se é possível
programar rotinas de teste especificas para cada aplicação,
apresentando resultados detalhados em padrões de relatórios
previamente definidos.
Fontes
Manutenção Industrial 2a Edição – Angel Vázquez Moran
Electrical Power Equipment Maintenance and Testing
Second Edition – Paul Gill
Relé a Disco de Indução Típico *Fabio Henrique Dér Carrião é engenheiro eletricista, especialista
em energia e automação (USP), gestor de equipes de campo
2.2 - Serviços e ensaios periódicos em relés (engenharia, comissionamentos, montagens) em subestações de
Capítulo IV
testes são os mais recomendados: Para os TPs, os métodos e conexões são bem parecidos com os
aplicados aos transformadores de potência de forma geral.
• medição da relação de transformação; Nos transformadores de corrente podemos destacar como
• medição da resistência ôhmica dos enrolamentos secundários; método mais adequado para o teste completo da relação de
• medição da resistência ôhmica de isolamento dos enrolamentos; transformação o de injeção de corrente primária. O ensaio é
• medição do fator de potência do isolamento. realizado utilizando-se uma fonte de corrente com faixa adequada
para se atingir a corrente nominal do TC sob teste. A mesma deve
A seguir são descritos os procedimentos adotados em cada ser conectada ao primário do TC e, após aplicada a corrente, deve-se
ensaio. proceder com a medição das correntes circulantes nos enrolamentos
primário e secundário com amperímetros com precisão adequada
a) Medição da relação de transformação aos níveis de corrente envolvidos. Deve-se proceder com medições
A medição da relação de transformação pode ser realizada por com níveis de 20%, 40%, 60%, 80% e 100% da corrente nominal
vários métodos. Nos Transformadores de Potencial, os mais usuais comparando-se os valores medidos com os esperados de acordo
são: com os dados de placa. O esquema básico de conexão desse teste
esta mostrado na figura a seguir.
• método comparativo: trata-se de um método prático para se efetuar
a medição da relação em TPs, onde através da injeção de tensão em
seu primário, lê-se a tensão em seu enrolamento secundário com
um voltímetro de precisão;
• método do potenciômetro: nesse método, como nos ensaios
aplicados aos transformadores de potência, utiliza-se o TTR para
realizar a medição (Transformer Turn Ratio Test), equipamento
específico e fornecido por diversos fabricantes para execução desse
tipo de medição.
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R75 = Rmed / 2a
Onde:
redacao@atitudeeditorial.com.br
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Capítulo V
2.2 – Ensaios
Alguns ensaios podem entrar no programa de manutenção
da chave seccionadora, sendo que os seguintes testes são os mais
aplicados, de forma geral:
A medição da Resistência Ôhmica do Isolamento das chaves No plano de manutenção da seccionadora, também podem constar
é realizada por meio do uso de um Megôhmetro e tem como outros testes e verificações:
finalidade avaliar o estado do isolamento do equipamento.
A desconexão dos cabos ou barramentos da chave seccionadora e • Verificação das posições e possíveis ajustes dos contatos auxiliares:
a limpeza completa dos isoladores da mesma deve ser realizada antes as chaves seccionadoras normalmente possuem contatos auxiliares
da realização deste teste para se ter uma medição do isolamento do que podem ser utilizados para sinalização, intertravamentos e fim de
equipamento em si; caso não seja possível a desconexão, deve-se levar curso de motores. O correto funcionamento desses contatos pode ser
em conta outros equipamentos conectados à chave na avaliação dos verificado durante a execução da manutenção nas chaves através de
resultados do ensaio. A tensão de ensaio pode ser verificada a seguir: procedimentos simples e da utilização de um multímetro comum para
avaliar se as indicações dos contatos estão de acordo com a posição
Tensão de Ensaio para Chaves Seccionadoras
efetiva da chave seccionadora (aberta, fechada, em curso de abertura ou
Tensão do Disjuntor Tensão de Teste (Vcc) em curso de fechamento). Podem ser necessários ajustes de acordo com
Até 220 V 500 os resultados encontrados, sendo que a correção deve ser realizada por
220 a 4160 V 1000 técnico especializado no equipamento em análise, já que os mecanismos
4.16 a 69 kV 2500 podem variar bastante de acordo com o fabricante da chave;
Acima de 69 kV 5000 • Medição do tempo de abertura e fechamento: nesse caso, não é necessário
se utilizar um equipamento específico para o registro dos tempos como
As conexões podem ser realizadas conforme tabela e figura a seguir.
no disjuntor, já que os tempos de curso de abertura e fechamento das
chaves são elevados (alguns segundos) e pode-se avaliar visualmente,
com o intuito de se garantir que não ocorra diferença significativa de
tempo de abertura ou fechamento entre os polos da chave;
• Medição da corrente de partida e carga do motor de acionamento: para
chaves que também possuem acionamento elétrico, pode-se verificar
com um amperímetro a corrente de partida e de carga do seu motor
de acionamento para averiguar se o mesmo não opera em sobrecarga.
Deve-se analisar também o ajuste da proteção desse motor;
• Verificação da lubrificação dos mecanismos e possíveis correções:
deve-se sempre observar as recomendações dos fabricantes dos
equipamentos para realizar a lubrificação de seus componentes.
Conexões Ensaio de Resistência de Isolamento em Chave Seccionadora.
As partes medidas representam: Fontes
Electrical Power Equipment Maintenance and Testing Second Edition – Paul Gill
• BA: Resistência entre polos A e B; Curso de Manutenção e Operação de Subestações – Engepower Eng. e Com. LTDA.
• ABT: Resistência dos polos A e B para terra.
*Fabio Henrique Dér Carrião é engenheiro eletricista, especialista em
A medição BA entre os polos pode ser desprezada na grande energia e automação (USP), gestor de equipes de campo (engenharia,
Fascículo
maioria dos casos. Para se avaliar os resultados, pode ser feita a comissionamentos, montagens) em subestações de alta, média e baixa tensão,
correção dos valores obtidos para a temperatura de referência de em usinas, distribuidoras e indústrias. Gerente de Engenheira na ENGEPOWER
R75 = Rmed / 2
a sistemas de potência, membro sênior do IEEE, professor, palestrante e CEO da
Onde: ENGEPOWER.
R75 = resistência ôhmica de isolamento corrigida para 75ºC; *Claudio Rancoleta é empresário, pesquisador eletrotécnico, especialista
Rmed = resistência ôhmica de isolamento medida no ensaio; em produtos químicos para área elétrica, membro do COBEI (NBR
Capítulo VI
Testes em para-raios
A medição pode ser realizada em unidades individuais, preventiva em geral, existem outros ensaios que podem ser
pois assim, será mais fácil se identificar a localização da falta realizados nos para-raios. Dentre eles, destacamos:
e comparar os resultados entre eles. Nesse caso, a correção de
temperatura não é necessária, uma vez que influencia muito • Atualmente, uma das formas mais aceitas de avaliação dos
pouco as perdas dielétricas. para-raios de alta tensão é a aplicação de procedimentos
Os resultados podem variar bastante de acordo com o específicos de análise termográfica com acompanhamento da
tipo e o fabricante do equipamento. Assim, a melhor forma evolução de possíveis pontos quentes nos equipamentos que
de avaliação dos resultados é a comparação com o histórico podem indicar a sua degradação ao longo do tempo e identificar
de medições anteriores realizadas nos para-raios. Em caso de a necessidade de substituição. Abordaremos a termografia em
ausência desse, pode-se utilizar como guia, medições realizadas mais detalhes em outro texto;
em para-raios de mesmo tipo e fabricante em outros locais. • Analisadores de corrente de fuga: a corrente de fuga tem
Variações grandes do valor medido de perdas dielétricas, componente capacitiva e resistiva. Na tensão de operação
podem indicar vedação defeituosa e penetração de umidade normal, a corrente capacitiva é predominante. Se a corrente
no equipamento. Nesses casos, recomenda-se fazer um de fuga resistiva aumentar, ocorrerá uma distorção dela, pois o
acompanhamento mais detalhado com medições realizadas para-raios não é um resistor linear; dessa forma, medindo-se as
com intervalos mais curtos para verificar a evolução dos valores componentes harmônicas da corrente de fuga, teremos um bom
medidos (exemplo: a cada três meses). indicador das condições dos para-raios.
A medição deve ser realizada com medidor de fator
de potência e o nível de tensão a ser utilizado nos testes Fontes
preferencialmente deve ser de 2.5kVca em para-raios de até Curso de Manutenção e Operação de Subestações – Engepower Eng. e
69kV e de 10kVca em para-raios com tensão superior. O para Com. LTDA.
raios deve ser totalmente desconectado do sistema antes da Manutenção Elétrica Industrial – Angel Vázquez Morán – Editora
realização dos ensaios. Gráfica.
b) Medição da Resistência Ôhmica do Isolamento *Fabio Henrique Dér Carrião é engenheiro eletricista, especialista
A medição da Resistência Ôhmica do Isolamento dos para- em energia e automação (USP), gestor de equipes de campo
raios é realizada através do uso de um Megôhmetro e tem como (engenharia, comissionamentos, montagens) em subestações de
finalidade avaliar o estado do isolamento do equipamento. alta, média e baixa tensão, em usinas, distribuidoras e indústrias.
A tensão de ensaio deve ser de 2500Vcc em para raios de Gerente de Engenheira na ENGEPOWER
alta tensão e a aplicação deve ser realizada por um minuto. *Claudio Mardegan é engenheiro eletricista, especialista em
O teste também pode ser realizado em unidades individuais, proteção de sistemas de potência, membro sênior do IEEE,
Como na medição das perdas dielétricas, a melhor forma especialista em produtos químicos para área elétrica, membro
de avaliação dos resultados é a comparação com histórico do COBEI (NBR transformadores elétricos) e CEO da URKRAFT
equipamentos similares.
Continua na próxima edição
Além dos ensaios básicos descritos anteriormente, e que Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para
Capítulo VII
solidamente aterradas.
Aqui também, as medições devem ser realizadas com o solo seco em que uma pessoa poderá encostar em estruturas metálicas dentro
e com a malha desconectada do sistema, além de: de uma subestação, conforme mostrado na figura 4.
Os vários pontos medidos (Exemplos: massas de equipamentos,
• O eletrodo fixo ou terra auxiliar deve ter a mínima resistência portões, cercas, estruturas etc.) devem ser locados em um croqui da
possível; o usual nesse caso, é se fazer uma malha de aterramento subestação, indicando a sua localização no terreno.
auxiliar com um conjunto de hastes de três metros interligadas; Para avaliação dos resultados, os valores de tensão medidos
• O voltímetro utilizado para medir as tensões nas posições deve ter devem ser extrapolados da corrente de teste para a máxima
alta impedância. corrente de curto-circuito fase-terra. Os valores extrapolados
resultantes não devem ultrapassar os valores máximos dados pelo
Na avaliação dos resultados em ambos os métodos, a resistência memorial de cálculo da malha de aterramento da subestação,
medida deve ser a menor possível, e pode ser comparada com o valor considerando-se ainda uma margem de segurança.
de projeto da malha.
2.4- Medição do potencial de passo
2.3- Medição do potencial de toque O potencial de passo é a diferença de potencial que aparece entre
O potencial de toque é a diferença de potencial que aparece dois pontos afastados de 1 metro, devido à circulação de corrente pela
entre um ponto de uma estrutura metálica ao alcance da mão de terra. Essa diferença de potencial é a que aparece entre os pés de uma
uma pessoa e um ponto do chão afastado de 1 metro da base da pessoa afastados de 1 metro.
estrutura. Aqui, utiliza-se a mesma fonte e arranjo do ensaio mostrado
Para se realizar a medição de potencial de toque em vários no item anterior. Também são medidos diversos pontos da
pontos de uma subestação de alta tensão, utiliza-se também uma subestação, mas, dessa vez, em locais de circulação das pessoas
fonte externa de tensão que faça circular uma corrente entre a malha dentro da área a ser verificada. A medição é feita como mostrado
de aterramento sob teste e uma malha auxiliar de baixa impedância na figura 5.
(arranjo similar ao do item 2.2). A demonstração (croqui) e a avaliação dos resultados também
Com a corrente circulando, faz-se diversas medições em pontos devem ser realizadas de forma similar às mostradas no item 2.3.
Fascículo
Fontes
Curso de Manutenção e Operação de
Subestações – Engepower Eng. e Com. LTDA.
ABNT NBR 15749 – Medição de resistência
de aterramento e de potenciais na superfície
do solo em sistemas de aterramento.
Manutenção Elétrica Industrial – Angel
Vázquez Morán – Editora Gráfica.
de Engenharia na ENGEPOWER
URKRAFT Sistemas.
Capítulo VIII
• Inspetor termografista – pessoa responsável pela realização da • Máxima Temperatura Admissível (MTA) – O objetivo
inspeção e que tem conhecimentos dos equipamentos a serem da inspeção termográfica é a detecção de pontos quentes,
inspecionados; que é capaz de executar e interpretar os resultados; sobreaquecimento em equipamentos que normalmente não
conhece a operação do termovisor; e obedece às práticas e normas apresentam essa diferença de temperatura quando comparados em
de segurança (NR-10) e da empresa; condições de operação normal. Essas anomalias por aquecimento
• Assistente qualificado – pessoa que tem conhecimento sobre a são geradas por diversos motivos, dentre eles, conexões mal fixadas,
operação do equipamento a ser inspecionado e sobre os requisitos curtos-circuitos, sobrecargas e desequilíbrios. Como já mencionado,
de segurança da NR-10; o termografista deverá ter o conhecimento da temperatura máxima
• Usuário final – pessoa que assume a responsabilidade por sob a qual o equipamento a ser inspecionado pode funcionar sem
consequências provenientes de ações tomadas, ou não, como os causar nenhum transtorno ao próprio equipamento, e do sistema
resultados obtidos da inspeção e designe um assistente qualificado elétrico em que esse equipamento está operando. Para essas
para acompanhar o termografista. informações é preciso, além de conhecer as normas brasileiras e
internacionais, consultar os manuais dos equipamentos.
Como citado, para execução de uma inspeção termográfica, • Fatores que afetam a medição:
deve-se seguir procedimentos e conhecer as teorias nas quais serão ✓ Distância;
baseadas para a produção do relatório final. Dentre elas estão: ✓ Foco;
✓ Faixa de temperatura (Range);
• Conhecimentos básicos para a realização da inspeção; ✓ Emissividade – parâmetro adimensional que estabelece a
• Tipos de termografia; relação entre a quantidade de energia irradiada por um corpo
• Requisitos e formação – A equipe deve ser formada por profissionais em estudo e a que seria emitida por um corpo negro, à mesma
com treinamentos específicos e reconhecimento formal por um temperatura e comprimento de onda. A emissividade varia
organismo de certificações (item 4, ABNT NBR 15572:2013). Além entre 0 a 1 (ABNT NBR 15424:2006);
disso, os profissionais envolvidos deverão possuir treinamento em ✓ Transmissividade – porção de energia incidente sobre um
NR-10 Básico e SEP, conforme determina o Ministério do Trabalho corpo, que é transmitida por este, em um dado comprimento
e Emprego (MTE); de onda. Para um corpo opaco, a transmissividade é igual a 0.
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Apoio:
Materiais transparentes possuem valores de transmissividade • Procedimento do trabalho – De acordo com a ABNT NBR
Equipamentos para ensaios em campo
entre 0 e 1 (ABNT NBR 15424:2006); 15572:2013, item 9, em que descreve diversos procedimentos para serem
✓ Reflexibilidade – porção de energia incidente sobre uma seguidos pelo envolvidos na inspeção, podemos citar:
superfície, que é refletida por esta, em dado comprimento de ✓ Preparação dos equipamentos e materiais: câmera termográfica
onda. Para um espelho perfeito, a refletividade é 1,0 e para um calibrada, termo-higrômetro calibrado, alicate amperímetro, entre
corpo negro é 0 (ABNT NBR 15424:2006); outros;
✓ Temperatura ambiente – temperatura do meio circundante ao ✓ Práticas para inspeção: designação de assistente qualificado pelo
objeto (ABNT NBR 15424:2006); usuário final, informações sobre a instalação (por exemplo: zonas de
✓ Umidade do ar; riscos e controlada);
✓ Clima. ✓ Efetuar os ajustes nos equipamentos (emissidade), observação do
ângulo de inspeção entre o termovisor e o ponto a ser inspecionado,
Dentre esses fatores, o item que se destaca é a importância entre outros;
da utilização do valor correto da emissividade. A seguir, está um ✓ Práticas de segurança: observar EPI e zona livre para
exemplo de utilização da emissividade incorreta. Observa-se que, posicionamento do termografista, realizar uma inspeção visual
na utilização da emissividade igual a 0,21, houve uma elevação da verificando possíveis anomalias.
temperatura de aproximadamente 40°C; modificando a análise, • Grau de intervenção – A revisão mais recente da ABNT NBR
verifica-se que o valor de temperatura final é bem menor. 15572:2013 menciona que: “a avaliação da severidade da anomalia
térmica deve ser realizada seguindo os critérios próprios do usuário
final, requisitos normativos, quando eventualmente adotados, ou
recomendações do fabricante”.
deverá ser emitido um Relatório Simplificado de Termografia ao tempo do que a etapa de inspeção, deverá ser realizada com
final da inspeção do dia, para que imediatamente o responsável apoio dos meios, como normas aplicáveis, software de inspeção,
possa acionar a manutenção corretiva nesses equipamentos. modelos preparados para análises dos termogramas, dentre
Esse relatório deverá conter os pontos críticos a serem feitas as outros específicos de cada empresa, estimamos um tempo de
manutenções imediatamente, com a descrição das anomalias cerca de 30 minutos para cada equipamento.
encontradas, seu grau de criticidade, testes e ensaios necessários Ao final desse artigo, podemos dizer que a técnica
para melhor entendimento das causas dessas anomalias. Segue apresentada e utilizada amplamente no mercado e sua utilização
exemplo na Figura 3. se deve ao seu valor comprovado e atestado pelos profissionais
Já o Relatório Termográfico, além de ser uma apresentação que já utilizam estes meios para gerar um aumento de qualidade
com o formato da empresa contratada para execução, deverá nas suas avaliações e na manutenção das instalações elétricas. As
ser de fácil consulta e conter as informações dos equipamentos ferramentas e práticas ainda se encontram em desenvolvimento,
examinados que apresentaram sobreaquecimento. Este relatório o que pode gerar grandes expectativas para este tipo de ensaio e
deverá ser entregue à pessoa responsável no prazo acertado, na qualidade da avaliação para todos os profissionais.
porém, devido à necessidade de intervenção em alguns
equipamentos, estima-se um prazo de aproximadamente 15 dias a Fontes
contar da inspeção. Além disso, todo o formato e análise deverão
ser seguidos de acordo com a norma ABNT NBR 15572:2013 – - Fascículo de O Setor Elétrico – Ensaios Termográficos, Capítulo
Ensaios não destrutivos – Termografia por infravermelha – Guia VII de Inspeção de Instalações Elétricas, Por Gabriel Rodrigues de
para inspeção de equipamentos elétricos e mecânicos. Souza, Igor Cavalheiro Nobre e Marcus Possi.
- Curso de Manutenção e Operação de Subestações – Engepower
4- Custo do ensaio x custo da inspeção Eng. e Com. LTDA.
No local, deverão estar presentes o inspetor de termografia *Fabio Henrique Dér Carrião é engenheiro eletricista, especialista em
(termografista, conforme ABNT NBR 15572:2013) e o energia e automação (USP), gestor de equipes de campo (engenharia,
assistente qualificado, autorizado pelo usuário final, que possui comissionamentos, montagens) em subestações de alta, média e baixa
conhecimento sobre a operação e histórico do equipamento, tensão, em usinas, distribuidoras e indústrias. Gerente de Engenharia na
bem como a sua localização, além do auxílio para a abertura ENGEPOWER
e fechamentos dos equipamentos a serem termografados (ver
*Claudio Mardegan é engenheiro eletricista, especialista em proteção de
figura 3).
sistemas de potência, membro sênior do IEEE, professor, palestrante e
O tempo de trabalho de uma termografia é muito variável
CEO da ENGEPOWER.
devido ao tipo e às condições da instalação. Antes da execução,
*Claudio Rancoleta é empresário, pesquisador eletrotécnico, especialista
deverá ser realizada uma visita ao local, para que se possa estimar o
em produtos químicos para área elétrica, membro do COBEI (NBR
tempo, os limites e quais equipamentos deverão ser inspecionados.
transformadores elétricos) e CEO da URKRAFT Sistemas.
Assim, no dia agendado, a equipe que fará a inspeção já estará
preparada para a perfeita execução, tendo preparado todo o Continua na próxima edição
material que precisará para a execução. O tempo de execução da Acompanhe todos os artigos deste fascículo em: www.osetoreletrico.com.br
inspeção pode variar de cinco minutos a 15 minutos, dependendo Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para:
das condições do equipamento e do local. redacao@atitudeeditorial.com.br
Para a produção do relatório, etapa que demandará mais
36
Apoio:
Capítulo IX
usados para produção e distribuição. Manutenção preventiva condição de componentes críticos para prever falhas que podem
(PM) é amplamente aceita para ajudar a evitar paradas prematuras resultar em desligamentos desnecessários. No passado, esses
e estender a vida útil de rolamentos e outras peças rotativas em programas costumavam ser caros de implementar, difíceis de
equipamentos críticos. Os programas de PM incorporam eventos aprender e complicados de executar. As tendências estão mudando,
programados regularmente no programa de manutenção para no entanto, muitas organizações industriais estão fazendo um
prolongar a vida útil do equipamento. movimento em direção a um sistema de manutenção mais
Uma das principais limitações da maioria dos programas preditivo. Isso ocorre parcialmente porque a falta de mão de obra e
de gerenciamento de projetos é sua tendência à subjetividade, o tempo para resolver problemas de manutenção tornaram o PdM
dependendo muito da experiência de técnicos de manutenção mais crucial do que nunca, mas também porque as tecnologias
sobrecarregados e das recomendações dos fabricantes de disponíveis e os métodos de implementação são mais econômicos e
equipamentos. Muitas vezes, esses tipos de programas não fáceis de aprender do que nos últimos anos.
permitem a miríade de variáveis que afetam qualquer peça de Embora o PdM tenha sido tradicionalmente realizado por
equipamento. Por exemplo, um PM típico pode exigir que um meio de tecnologias excepcionais, como análise de vibração,
37
Apoio:
Ultrassom ou Termografia? fricção e o impacto são as principais fontes de ultrassom que este
O topo da escala auditiva humana é de cerca de 20kHz. O trabalho considerará, já que são os subprodutos de equipamentos
equipamento de detecção de ultrassom de alta qualidade ouve uma mecânicos. Por exemplo, um rolamento de rolos produzirá atrito
frequência de 40kHz e traduz esse som de frequência mais alta na faixa quando o eixo e as esferas rolam ao redor do centro do rolamento.
auditiva humana por meio de um fone de ouvido com cancelamento Esse atrito, por sua vez, causa som, mas também causa calor.
de ruído. A 40kHz, ultrassom é produzido por atrito, impacto, Problemas como desequilíbrio, instalação incorreta ou detritos no
turbulência ou descarga elétrica. Isso dá ao técnico o benefício de rolamento podem causar um aumento da fricção. Um aumento no
ouvir vazamentos de gás comprimido e vácuo, falhas mecânicas de atrito geralmente resultará em um aumento de som e calor, também.
brotamento, purgadores de vapor e falhas nas válvulas e falha elétrica, À medida que o componente aquece, ele se expande. Eventualmente,
mesmo se o ambiente industrial for incrivelmente alto. o rolamento expandirá demais, se agarrando e causando falha no
No que se refere à manutenção de equipamentos mecânicos, a equipamento.
38
Apoio:
Outro subproduto da fricção aumentada é a fragmentação: à os resultados dos testes usando o método CBM são instantâneos
Equipamentos para ensaios em campo
medida que os componentes se expandem, as partículas de cada e podem permitir que o técnico isole a fonte ou um problema
componente são raspadas e causam mais danos. Os rolamentos que ainda não possa ser detectado com outras tecnologias. Isso
geralmente são lubrificados para reduzir esse atrito, mas a fornece tempo para que ações corretivas ocorram antes de danos
lubrificação não pode interromper completamente o processo de ao equipamento e consequente paralisação. Outro benefício
envelhecimento que faz com que os rolamentos se tornem mais da tecnologia CBM de ultrassom é a detecção precoce: estudos
duros com o tempo. mostraram que a ultrassonografia pode detectar anomalias mais
A lubrificação adequada de rolamentos e outros equipamentos cedo do que outras tecnologias comuns de PdM, como a análise de
rotativos é essencial, mas não é a única técnica de manutenção. infravermelho e de vibração. (ver Figura 2)
Ouvir em 40kHz oferece ao técnico a oportunidade única de Considere o seguinte resumo de uma equipe de avaliação
diagnosticar falhas de brotamento em equipamentos mecânicos terceirizada para a integração da tecnologia ultrassônica em uma
antes que eles ocorram. O software que coleta amostras de dados única organização com mais de 500 locais: (1) Mais de 100 aplicações
e as tendências ao longo do tempo pode identificar mudanças foram identificadas em uso para vários equipamentos em cada
significativas e sinalizar pontos de teste para serviços adicionais. local, como caldeiras, trocadores de calor, compressores, motores,
Usando o CBM de ultrassom, um departamento de manutenção bombas, válvulas e purgadores de vapor. (2) A economia total para a
pode desenvolver um sistema turnkey de amostragem de dados e organização seria de aproximadamente US$3,7 milhões anuais. (3)
comunicação de gerenciamento de equipe que pode ajudar muito O retorno do investimento para a integração de ultrassom com esse
no processo de lubrificação, reparo e substituição de peças críticas custo evitado seria de aproximadamente 15: 1. (4) A economia anual
de equipamentos. de homens causada pela redução do tempo gasto no diagnóstico
e na solução de problemas seria de aproximadamente 45 homens-
anos.
Outro adotante da tecnologia – neste caso, uma grande
instalação de reciclagem de plásticos de tereftalato de polietileno
– está usando o programa InCTRL Condition-Based Monitoring
(CBM) para obter grande sucesso. Um funcionário em tempo
integral dedicado ao uso de ultrassom tem usado a tecnologia de
ultrassonografia e o software de coleta de dados para testar mais
de 1.300 pontos de teste mensalmente por quase cinco anos. Os
dados coletados do software permitiram que o departamento de
manutenção superasse potenciais falhas de equipamentos e evitasse
Figura 2. The P/F Curve – O Ultrassom CBM permite que o técnico
detecte uma falha pendente mais cedo do que muitas das outras regularmente paralisações não programadas.
tecnologias PdM mais comuns. O restante deste artigo irá percorrer um processo passo a passo
de implementação de um programa de CBM de ultrassom similar
Monitoramento Ultrassom Baseado em para uma grande instalação industrial.
Condições (CBM)
O restante deste artigo enfocará um processo de PdM chamado
“Monitoramento baseado em condições” (CBM) ou, em alguns
Fascículo
componentes em condições normais versus condições anormais. Por qualquer novo componente seja instalado corretamente e que o
Equipamentos para ensaios em campo
exemplo, um rolamento normal, geralmente produz um zumbido equipamento esteja funcionando corretamente.
suave. Se um rolamento estiver sub-lubrificado, haverá maior Com um programa de manutenção preditiva implementado
presença de atrito. A intensidade do som do rolamento aumentará adequadamente, custos desnecessários podem ser evitados e a
e emitirá um som intenso de raspagem. O valor RMS (root mean expectativa de vida do equipamento estendida. O investimento
squared) do sinal também aumentará e a altura da forma de onda inicial em tempo para implementar esse programa será
aumentará visivelmente. significativamente superado pelo tempo economizado na
Se um rolamento estiver danificado, você poderá ouvir estalos solução de problemas, paralisações e reparos, juntamente com
intermitentes ou grades dependendo da rotação do rolamento e do o aumento do lucro da produção aumentada e da qualidade do
grau de dano. O InCTRL refletirá uma contagem aumentada de produto.
estalos (EPS – Eventos por segundo) e picos anormais na forma de Além de usar a tecnologia ultrassônica para manutenção
onda serão visíveis. preditiva, o benefício adicional é a versatilidade e as diversas
oportunidades de aplicação. Dispositivos de inspeção ultrassônica
Passo 5: Documentação de alta qualidade também podem ser usados para áreas suspeitas
Todas as suspeitas originais devem ser documentadas antes do de solução de problemas, para verificação de reparos e instalação
teste. Durante a inspeção, quaisquer alterações significativas devem apropriada de componentes, e para auditorias de ar e vapor.
ser anotadas. Após a inspeção, uma exibição de arquivo de onda de
cada gravação deve ser impressa e arquivada para futura referência Aplicações de Escuta à Distância
e comparação. Parâmetros aceitáveis devem ser estabelecidos Alguns componentes mecânicos não são compatíveis
para cada componente crítico. Quaisquer alterações na condição com os métodos tradicionais de CBM de ultrassom devido a
que justifiquem monitoração especial, inspeção adicional ou preocupações de segurança ou inacessibilidade. Em alguns
reparo devem ser arquivadas em um arquivo separado marcado casos, é possível usar um acessório parabólico com o receptor
adequadamente para refletir a urgência. Ordens de serviço também de ultrassom e o software CBM para escutar os componentes
devem ser geradas, se necessário. mecânicos à distância. Este método requer uma linha direta do
local para o componente em teste e uma atmosfera imediata livre
de ultrassom competidor de vazamentos de gás comprimido,
Fascículo
Passo 6: Ação
Finalmente, tome as medidas necessárias para reparar ou
corrigir qualquer problema. Um programa de CBM não serve
para nenhum propósito se a ação não for tomada quando os
sinais de aviso de falha se tornarem aparentes. Após a conclusão
do reparo, use o dispositivo ultrassônico para garantir que Figura 7 – Um técnico usa o PowerBeam 300 para gravar uma amostra a
15mts de distância.
41
Conclusão
Através da confiança nos relatórios de isenção, a instalação
de reciclagem de PET mencionada na página 4 foi capaz de
contornar falhas catastróficas de equipamentos, totalizando
mais de US$200.000, não incluindo horas-homem e perda
de produção. Este valioso Key Performance Indicator (KPI),
por si só, foi o impulso para o gerente da planta de um site
irmão também implementar o CBM de ultrassom em sua nova
instalação. Antes da conclusão da construção da instalação, ele
contratou um funcionário de manutenção em tempo integral
para se concentrar exclusivamente no CBM de ultrassom, mesmo
que a fábrica não esteja totalmente operacional até o final deste
outono. Na verdade, o técnico de ultrassonografia da CBM foi
trazido para o projeto antes mesmo de uma decisão final sobre a
contratação de um novo supervisor de manutenção.
Um foco no ultrassom CBM como um componente integral
das operações diárias da instalação de reciclagem de PET
ilustra a necessidade da tecnologia para as metas corporativas
da empresa. Aquela corporação não está sozinha. Ultrassom O
CBM tem inúmeras oportunidades para ampla implementação
em muitos campos industriais. Do militar à manufatura e da
petroquímica à geração de energia, o ultrassom O CBM possui
um potencial infinito para a redução do tempo de parada,
aumento da produção, melhor alocação de recursos e maior
segurança para o pessoal.
Fonte
Monitoramento Baseado em Condição de Ultrassom: Coleta de
dados, alertas automáticos e gerenciamento de banco de dados na
nuvem (Jeremy Watts, CTRL Systems, Inc. | Junho 2017)
Energia.
CEO da ENGEPOWER.
Capítulo X
Os cabos isolados de média tensão (1) estão presentes em vários Características dos cabos isolados de média
tipos de instalações, tais como: ruas das grandes cidades, instalações tensão
industriais, parques eólicos e solares. Normalmente, são escolhidos
para alimentar as principais cargas ou para escoar a energia gerada, Os cabos isolados de média tensão são constituídos de várias
como no caso das usinas. Sua alta confiabilidade e segurança camadas, sendo as principais: o condutor ao centro, ao redor a
determina sua utilização. Com o surgimento dos polímeros primeira camada semicondutora; em seguida, a isolação; depois,
(XLPE e EPR) após a segunda guerra mundial, que substituíram a segunda camada semicondutora; posteriormente, a blindagem, e
os cabos com isolação de papel impregnado a óleo, novos desafios por fim, a cobertura.
foram colocados, como por exemplo, os testes e ensaios de O condutor possui a finalidade de conduzir a corrente elétrica; as
comissionamento e de manutenção (preditiva e preventiva). camadas semicondutoras uniformizam o campo elétrico; a isolação
Nos últimos 30 anos, muitas pesquisas foram desenvolvidas restringe o efeito do campo elétrico provocado pela tensão presente
para entender o processo de envelhecimento do isolante, e com isso, no condutor; a blindagem conduz para terra a corrente gerada por
estabelecer padrões de manutenção para evitar a falha, precoce ou eventual falha da isolação e a cobertura protege mecanicamente o
ainda de final de vida. Nestas pesquisas, ficou evidente como o teste cabo.
de tensão aplicada na forma contínua (HIPOT-DC) é maléfico para
Fascículo
os isolantes poliméricos (2). O principal motivo para não utilizar Tipos de testes e ensaios no cabo isolado
tensão contínua é que este tipo de teste pode polarizar o isolante,
levando à falha quando energizado. A solução encontrada para As normas IEEE 400.2, IEC 60270 e IEEE 1617 são referências
substituir o Hipot – DC, que por muitos anos atendeu de forma para manutenção em cabos isolados. A IEEE 400.2 estabelece os
satisfatória os testes nos cabos com isolação de papel impregnado a valores e testes de tensão aplicada em VLF para comissionamento
óleo, foi o desenvolvimento de um novo teste em tensão alternada. e manutenção preventiva, bem como os valores e parâmetros para
Como o equipamento precisava ser portátil, utilizar a frequência a medição de Tangente Delta. A IEC 60270 trata das medições de
industrial (60Hz) geraria uma série de problemas, pois necessitaria descargas parciais e a IEEE 1617 da blindagem dos cabos.
de muita potência para gerar altas tensões. A solução encontrada
foi um teste em AC com uma frequência muito baixa (0,1Hz). Este Teste de tensão aplicada (VLF)
teste é conhecido (VLF) no acrônimo inglês Very Low Frequency.
Neste fascículo, vamos abordar os principais tipos de testes e O guia IEEE 400.2 estabelece três momentos diferentes que
ensaios estabelecidos nas normas internacionais. devem ser realizados os testes:
43
Apoio:
• Instalação – O cabo lançado, porém sem os acessórios (emendas • Aceitação – Cabo lançado e com todos os acessórios confeccionados.
e terminações) confeccionados. • Manutenção – Cabos em operação.
Diagnóstico da isolação
Figura VII: Exemplo de reflectometria em cabo com indício de falha no trecho inicial.
sinal retorna e a forma deste retorno, é possível interpretar o tipo de corrosion in medium-voltage underground cables. EUA. 2007.
problema e a sua distância, ilustrado na figura VII. [8] IEC 60270 - High-Voltage Test Techniques - Partial
Discharge Measurements
Conclusões [9] KELLY, Lawrence J.: High voltage testing of medium
voltage shielded power cables. IEEE. EUA. 1988.
Existem muitas técnicas para avaliar as condições de
conservação dos cabos isolados de média, permitindo uma *Daniel Bento é engenheiro eletricista, especializado em redes
análise de confiabilidade que suporte um plano de manutenção. subterrâneas. É também diretor da Baur do Brasil.
Além de diagnosticar uma falha existente, estes ensaios podem
ser realizados de forma preditiva, de modo a obter previamente Continua na próxima edição
Acompanhe todos os artigos deste fascículo em: www.osetoreletrico.com.br
a análise se há indício de início de um problema no cabo,
Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para:
antecipando, assim, uma falha que impacte a operação e evitando
redacao@atitudeeditorial.com.br
trocas apenas devido ao término da vida útil média esperada.
30
Apoio:
Capítulo XI
equipamento.
Os seguintes testes são os mais recomendados para os O valor da tensão de teste a ser aplicada para barramentos de
barramentos: baixa tensão será de acordo com a tabela a seguir.
A tensão de ensaio deve ser mantida por 5s. As fontes de energia Electrical Power Equipment Maintenance and Testing Second Edition
C.A. devem ter potência suficiente para manter a tensão de ensaio, – Paul Gill
independentemente de qualquer corrente de fuga. A tensão de NBR IEC 60439-1 – Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão
ensaio deve ter uma forma de onda praticamente senoidal e uma
frequência entre 45Hz e 62Hz. Testes em campo de cabos de média tensão
O ensaio é considerado como satisfeito se não houver
perfurações ou descargas. 1 - Introdução
Os cabos elétricos, normalmente não exigem muitos serviços de
c) Outros Testes de Verificações manutenção preventiva. No entanto, alguns agentes externos podem
As inspeções termográficas e por ultrassom, já abordadas em contribuir para a deterioração dos cabos e, por isso, são necessárias
outras oportunidades, são muito importantes no acompanhamento inspeções periódicas: Em termos de ensaios, basicamente, é efetuada
dos barramentos de um sistema elétrico de alta potência. isolação dos cabos com a utilização de um megôhmetro.
Em casos de detecção de pontos quentes na inspeção
termográfica, deve-se proceder com o reaperto e torqueamento das Os cabos de tensão de operação a partir de 11.4kV, além da
conexões que se mostrem ineficientes. Em caso de detecção de fugas resistência de isolamento com megôhmetro, podem ser testados com
à terra em estágios iniciais por ultrassom, deve-se proceder com alta tensão Vcc para maior garantia das condições de isolamento de
investigação sobre as possíveis causas e definição do procedimento acordo a necessidade avaliada em cada caso.
corretivo a ser adotado, que podem incluir, desde simples serviços
de limpeza e reaperto, até substituição de isoladores e ou seção de 2 - Manutenção preventiva: inspeções e ensaios
barramentos que possam estar danificados.
2.1- Inspeções periódicas
Fontes Periodicamente, devem ser realizadas algumas inspeções na
Curso de Manutenção e Operação de Subestações – Engepower Eng. instalação:
e Com. LTDA. • Verificar que o cabo não está trabalhando em temperatura
32
Apoio:
excessiva devido a aumentos sucessivos de carga que podem ter de 13.8kV, o que deverá resultar em uma isolação mínima de 13.8
Equipamentos para ensaios em campo
2.2 - Ensaios
A seguir, são descritos os procedimentos adotados em cada
ensaio realizado nos cabos.
separadamente da outra.
Pode se considerar a seguinte fórmula para o cálculo do valor
mínimo aceitável em MΩ:
Deve-se anotar o valor da corrente de fuga a cada minuto que se tenha histórico de testes com medição da corrente de fuga
durante a execução do ensaio para se plotar uma curva em função onde se possa verificar as tendências do cabo.
do tempo. A forma esperada para a curva é dada na figura 2.
Fontes
De modo geral, serão considerados aptos para energização, os Acompanhe todos os artigos deste fascículo em: www.osetoreletrico.com.br
cabos que não perfurarem a isolação pela tensão de teste aplicada. Dúvidas, sugestões e outros comentários podem ser encaminhados para:
redacao@atitudeeditorial.com.br
A corrente de fuga não é indicativo conclusivo de danos, ao menos
20
Apoio:
Capítulo XII
Este artigo discute brevemente a importância dos óleos transformador com a aplicação de óleos isolantes foi construído
isolantes em aplicações de alta tensão e detalha um dos principais pela General Electric, em 1892, cerca de apenas uma década após a
ensaios físico-químicos realizados em sua manutenção, o de perdas construção dos primeiros transformadores à seco (ver figura 1).
dielétricas. Os óleos isolantes são materiais que apresentam características
dielétricas muito superiores ao ar, com rigidez dielétrica cerca de
Óleos isolantes e aplicações cinco vezes maior, pelo menos. Tais características permitiram a
Os primeiros transformadores de alta tensão surgiram no final do redução dos espaços vazios nos transformadores e possibilitaram
século XIX, nos Estados Unidos. A tecnologia empregada fazia uso do o desenvolvimento de novas tecnologias a custos mais acessíveis,
próprio ar como meio dielétrico, isolando os enrolamentos primário como os equipamentos portáteis de alta tensão. Outras aplicações
e secundário. A necessidade de refrigeração, redução de custos e incluem também elementos, como chaves e comutadores, imersos
diminuição dos espaços entre componentes levou ao surgimento em óleo. Óleos isolantes são, atualmente, fundamentais para a
dos projetos de transformadores com isolamento à óleo. O primeiro tecnologia dos Sistemas Elétricos de Potência (SEP).
Fascículo
Figura 2 – Capacitor ideal e real. Note que o capacitor real é representado por um capacitor ideal em paralelo com um resistor, pois quando
submetido a uma tensão contínua, permite a passagem de uma pequena corrente elétrica.
dielétrico, na prática, sempre permite uma pequena passagem de definição do fator de perdas. Quanto maior o valor do tangente
corrente através de si, de modo que pode ser representado pelo delta, maior é a corrente elétrica que atravessa o resistor e piores são
circuito equivalente acima. as características dielétricas do material, dissipando mais energia.
Dielétricos de boa qualidade irão apresentar circuitos Assim, o procedimento de manutenção consiste em avaliar
equivalentes com resistência R muito elevada, tendendo ao o óleo isolante periodicamente, verificando como seu tangente
infinito. Quanto melhor a qualidade do isolamento, ou seja, do delta cresce ao longo do tempo, verificando possíveis variações
óleo, mais próximo ele se comportará de um capacitor ideal, ou abruptas, decorrentes de contaminações, ou mesmo somente para
seja, bloqueando totalmente a corrente elétrica que o atravessa. acompanhar o grau de envelhecimento do óleo. O mesmo tipo
Já os óleos contaminados e com propriedades dielétricas ruins de procedimento é indicado na avaliação do isolamento de cabos
permitirão a passagem de corrente elétrica significativa através do isolados, com seus respectivos critérios de avaliação.
óleo, apresentando uma resistência R menor.
Os óleos com menor resistência (má qualidade) apresentam Equipamentos
maiores perdas de energia via efeito Joule, pois quanto maior
a corrente elétrica nos resistores maior será a dissipação de A realização de ensaios de perdas dielétricas em óleos isolantes
energia, principalmente na forma de calor. Por isso os ensaios são geralmente é realizada utilizando equipamentos baseados em
denominados de perdas dielétricas ou de dissipação, pois avalia-se sistemas de ponte de medição, que permitem a aferição direta do
a dissipação de energia pelos óleos, correlacionando os resultados fator de perdas em altas tensões, com excelente precisão. Para que
a sua qualidade como isolamento elétrico. A avaliação quantitativa
nos ensaios é feita pela medição do fator de perdas, também
chamado tangente delta, e definido como:
Fascículo