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Submódulo 2.

6 Requisitos mínimos para subestações e seus equipamentos

1. Objetivo
Como o próprio nome já diz o objetivo é estabelecer os requisitos mínimos para as
subestações e seus equipamentos, aplica-se as instalações de transmissão integrantes
ou que venham a integrar a rede básica, instalações destinadas a conexão
internacional, agentes de geração, distribuição e consumidores responsáveis por
subestações*.

2. Requisitos Gerais
As instalações devem estar de acordo com as normas da ABNT.
Equipamentos e instalações não devem comprometer a desempenho da rede básica.

Os principais requisitos estabelecidos são critérios de projeto e construção, requisitos


de segurança( descarga atmosférica, aterramento e proteção contra incêndio),
qualidade e confiabilidade, operação e manutenção.

3. Subestação
3.1. Arranjo de barramento
Barramentos de tensão igual a 230KV deve usar arranjo BARRA DUPLA com disjuntor
simples a quatro chaves.
Barramentos de tensão igual ou superior a 345KV deve usar arranjo BARRA DUPLA
com disjuntor e meio.

Arranjos alternativos podem ser utilizados desde que comprovado pelo agente
transmissor desempenho igual ou superior.

A proposta alternativa deve ser aprovada pelo ONS e pela ANEEL.

*Existem outras ressalvas e conceções*

3.2 Corrente em regime permanente


Os barramentos devem suportar correntes além da de regime permanente, e levar em
consideração uma possível expansão da subestação.

Os equipamentos das conexões devem seguir um padrão.

Equipamentos em serie com Linha de Transmissão devem atender aos requisitos de


capacidade do submódulo 2.7

3.3 Aterramento
As instalações de transmissão devem ser solidamente aterradas, atendendo às
relações:
(a) X0/X1 menor ou igual 3; e
(b) R0/X1 menor ou igual 1.

X0/X1 razão entre a impedância zero e a impedância positiva, isso garante uma
corrente de falta limitada a um valor seguro
R0/X1 razão entre a resistência de terra e a impedância positiva.

3.4 Capacidade de curto-circuito


A capacidade de curto circuito nominal para equipamentos e instalações deve ser no
mínimo 50KA para tensões de 345KV para cima e 40KA para 230KV.

3.5 Coordenação e isolamento


Barramentos e equipamentos devem suportar uma tensão acima da nominal em
regime permanente ( de acordo com uma tabela)

Devem suportar uma sobretensão por até uma hora (valores estabelecidos por outra
tabela)

Deve se levar em consideração a poluição da região de acordo com a norma IEC 60815

Sobre as descargas atmosféricas o índice de falha deve ser uma ou menos a cada 50
anos

Não deve haver falhas na blindagem para correntes superiores a 2KA

3.6 Emissão eletromagnética


O Valor de tensão da radio interferência deve ser limitado.

O efeito corona visual não deve ocorrer em 90% do tempo, existe uma tensão mínima
para o inicio da extinção do corona visual (de acordo com uma tabela)

Sobre os campos eletromagnéticos deve ser atendida a Resolução Normativa ANEEL nº


915, de 23 de fevereiro de 2021.

4. Equipamentos da subestação

4.1 Unidade transformadora de potencia


Uma unidade transformadora de potencia deve poder ser energizada por ambos os
lados (primaria-secundario)

Os impactos da energização de uma unidade transformadora devem ser levados em


consideração.

Sobre os enrolamentos terciários a necessidade da utilização deve ser determinada


através de estudos e podem ser utilizados nos seguintes condicionamentos

1 – suporte de reativo

2 – atenuação de fatores de sobre tensão

3 – absorção de harmônicos de tensão de terceira ordem


Agora sobre comutação de derivação de carga deve existir um estudo para instalação
do comutador de carga, exceto quando a unidade transformadora for instalada com
outra existente (os comutadores devem ter as mesmas características).

Uma unidade transformadora deve ser capaz de operar em regime permanente para
toda faixa operativa de tensão.

Vida útil definida pela ANEEL.

Uma unidade transformadora deve ser dimensionada para três situações destintas

1- Carregamento em condição normal

2- Carregamento em condição de emergência de curta duraçao

3- Carregamento em condição de emergência de longa duração

( de acordo com gráfico)

O agente de transmição deve garantir uma operação com carregamento de 100% da


potencia nominal e que em condições de emergência ela possa operar acima da sua
potencia nominal.

As especificações de fabricação devem levar em consideração a temperatura do local


de implantação e a quantidade total de unidades em paralelo no mesmo barramento
para o horizonte de planejamento.

A rotina de manutenção é de responsabilidade do agente de transmissão.

Uma unidade transformadora deve ser capaz de suportar sobre-excitação (de acordo
com a tabela)

A impedância entre o primário e o secundário de uma unidade transformadora dve ser


no máximo 14% em condições normais, valores acima disso são admissíveis em casos
como unidade transformadora defasadora ou na necessidade de limitação de curto
circuito.

0,3% é o valor máximo aceitável de perda em um autotransformador de tensão igual


ou superior a 230KV.

No caso dos transformadores (devem seguir a tabela)

O nível de ruido deve estar de acordo com a ABNT

4.2 Equipamento de compensação reativa convencional


Cada banco de capacitores deve ser protegido e manobrado individualmente e não
deve comprometer o desempenho do SIN, o valor da capacitância deve ter uma
exatidão de mais ou menos 2% por fase, as perdas dielétricas devem ser limitadas, a
corrente máxima de curto proveniente dos capacitores não deve exceder a
suportabilidade dos equipamentos de proteção
As correntes e tensões transitórias causadas pela energização do banco devem estar
dentro dos níveis de suportabilidade dos equipamentos e instalações.

Banco de capacitores em serie fixos seguem os mesmos critérios de tolerância, a


capacidade de sobrecarga segue a tabela 7

Os dispositivos de proteção dos varistores do banco de capacitores não deve atuar


desnecessariamente.

Banco de capacitores em serie fixo x banco de capacitor em derivação

bancos de capacitores em série fixos são mais adequados para cargas com variações
de carga previsíveis, enquanto bancos de capacitores em derivação são mais
adequados para cargas com variações de carga imprevisíveis.

O reator em derivação deve operar na tensão nominal por toda sua vida útil, deve
atender as características de temperatura conforme a ABNT, a tolerância segue o
mesmo padrão dos bancos de capacitores mais ou menos 2% por fase e nenhum valor
medido deve se afastar em mais de 1% do valor médio das três fases.

Vida útil regulamentada pela ANEEL

Perdas (Tabela)

4.3 Compensador estático de potência reativa


O sistema do compensador estático de potencia reativa (CER) não pode em hipótese
alguma comprometer o desempenho do SIN, deve ser disponibilizado ao ONS a
memoria de calculo com o dimensionamento do circuito principal, modelos
computacionais para simulação em regime permanente, transitórios eletromecânicos
e transitórios eletromagnéticos. Alem do calculo preliminar das perdas e a execução
de ensaios quem comprovem os requisitos.

O controle do CER deve seguir diversos critérios e seu projeto deve considerar os
tempos de eliminação de faltas apresentas na tabela 8

Ele deve ser dimensionando para uma possível variação transitória de frequencia

Na falta dos estudos de planejamento de sobrecarga o CER deve ser capaz de suportar
no mínimo as condições apresentadas na tabela 09

4.4 Unidades FACTS


um sistema de transmissão de energia elétrica de corrente alternada que utiliza
equipamentos eletrônicos de potência para controlar e regular as variáveis elétricas,
tais como tensão, corrente e ângulo de fase. A necessidade de utilização deve ser
definida através de estudos elas não devem interferir de maneira indesejada na rede

4.5 Disjuntores
Os disjuntores devem ter tempos máximos de interrupção em 60 Hz de 2 ciclos(0,033
segundos) para as classes de tensão de 800, 550, 460 e 362 kV e 3(0,05 segundos)
ciclos para as classes de tensão de 242, 145 e 72,5 kV.

Existem requisitos sistêmicos que um disjuntor precisa seguir

A corrente nominal de disjuntores dever ser no mínimos 4KA para tensão igual ou
superior a 345KV e 3150 para 230KV

durante a manobra de abertura de uma linha de transmissão ou equipamento o


disjuntor deve suportar uma tensão transitória de acordo com a tabela 11

4.6 Seccionadoras, laminas de terra e chaves de aterramento


Laminas de terra e chave de aterramento garantem a segurança de pessoas e
equipamentos durante uma manutenção, a lamina liga a linha a terra em caso de curto
e a chave garante que a linha esta completamente desenergizada

4.7 Para Raios


Devem ser instalados para-raios nas entradas de LT e nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores
não autoprotegidos. Os para-raios devem ser do tipo estação, a óxido metálico, sem
centelhador.

4.8 Transformador de potencial


Deve satisfazer as necessidades de diversos sistemas submódulo 2.11, 2.14 e 2.12

4.9 Transformador de corrente


Deve satisfazer as necessidades de diversos sistemas submódulo 2.11, 2.14 e 2.12

4.10 Serviços Auxiliares das subestações


A alimentação para os serviços auxiliares sistema de proteção, supervisão e controle
devem ter dois conjuntos independentes de bancos de bateria capaz de suprir toda a
carga prevista pelo período de cinco horas cada.

Para os sistemas de telecomunicação também deve haver dois bancos de bateria capaz
de suprir toda carga prevista por no mínimo dez horas cada

Os serviços auxiliares em CA devem ter no mínimo duas fontes de alimentação


podendo ser uma fonte da distribuidora e outra interna na própria substação ou duas
fontes internas da própria substação, em caso de falta das das duas fontes um grupo
motor-gerador com partida automática deve suprir as necessidades das cargas
essenciais.

Os agentes devem prever a realização de testes, conforme estabelecido no Submódulo


2.16 –

Requisitos operacionais para centros de operação e instalações da Rede de Operação.

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