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ACIONAMENTOS.
INTRODUÇÃO A MOTORES ELÉTRICOS
Comandos Elétricos
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Dispositivos de Proteção e Segurança
Fusíveis
Os fusíveis são dispositivos destinados à proteção elétrica. Eles servem para interromper ou desligar o
circuito e proteger a instalação elétrica, em situações de curtos circuitos e sobrecargas de longa duração.
Uma vez rompidos, não é possível reestabelecer novamente o funcionamento sem que os mesmos sejam
substituídos, pois eles não são reaproveitáveis. Veja abaixo a simbologia empregada pelas Normas NBR e
IEC para representar os fusíveis:
Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
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circuitos que alimentam os primários de transformadores ou eletroímãs, e circuitos
de partida de motores assíncronos. Toleram esses picos de corrente durante a energização, ou partida dessas
cargas, sem queimar, porém, interrompem o circuito em casos de curto-circuito. Esses fusíveis são inadequados
para proteção dos circuitos contra sobrecarga.
» Fusíveis de ação rápida (recebem a especificação “gG”): oferecem proteção contra curtos-circuitos nos
circuitos que não estão sujeitos a picos de corrente consideráveis, tais como: circuitos resistivos de fornos
elétricos e outros sistemas de aquecimento por resistência elétrica. Esse fusível também protege contra
sobrecargas. Sua especificação antiga era gL, por isso encontramos ainda a especificação gL-gG indicada na face
dos fusíveis.
» Fusíveis de ação ultrarrápida (especificação “aR”): são destinados à proteção de circuitos com equipamentos
eletrônicos tiristorizados4, como os circuitos de sistemas de controle de velocidade de motores elétricos. As
formas construtivas dos fusíveis que são empregados nos painéis elétricos são:
- Tipo D – conhecido como Diazed;
- Tipo NH.
Fusíveis Tipo D
São fusíveis de baixa tensão que abrangem a faixa de corrente nominal de 2 A até 63
A que possuem capacidade de interromper de modo seguro (capacidade de ruptura)
correntes de até 70 kA. Veja abaixo o aspecto construtivo do fusível tipo D:
Esses fusíveis são muito utilizados para proteção do circuito de comando e de motores
elétricos, devido a sua ação de efeito retardado que suporta o pico da corrente de partida. Os fusíveis
com corrente nominal de até 25 A tem um diâmetro que se encaixa na base com uma rosca E27, que é
igual a dos receptáculos (soquetes) das lâmpadas comuns. Já os fusíveis com corrente nominal de 35 A
a, 63 A possuem um diâmetro maior, padrão DIII e não se encaixam na base Padrão DII, só se encaixam
nas bases com rosca E33 (iguais aos soquetes de lâmpadas industriais de vapor de sódio). O conjunto
formado por base, parafuso de ajuste, anel, fusível e tampa, facilita a instalação do componente em
trilhos do tipo DIN de painéis de comandos elétricos:
Com uma chave especial, é possível rosquear o parafuso de ajuste na base de porcelana:
Parafuso
de ajuste
Base
Tampa
Anel
Fusível
Fusíveis tipo NH
São usados em baixas tensões e possuem elevada capacidade de ruptura, chegando até 120
kA. São indicados para circuitos aos quais o usuário comum não tenha acesso, porque
contém partes metálicas expostas energizadas que podem provocar
acidentes graves. Para manipular este tipo de fusível, é necessário utilizar ferramentas
adequadas para sua instalação e manutenção.
Estes fusíveis são mais robustos e abrangem uma faixa de corrente de 4 A à 1000
A. Esses fusíveis possuem em seus dois extremos terminais tipo “faca” para serem
encaixados na base NH:
Para encaixar ou retirar o fusível NH da base, você deve usar uma ferramenta
apropriada chamada de “punho para fusível NH”. Esse punho possui um gatilho na parte
superior que serve para engatar um fusível:
Os fusíveis NH, assim como as bases NH, são fabricados em quatro tamanhos
padronizados NH00, NH1, NH2 e NH3, cada um com sua faixa de corrente e de tamanhos
diferentes, sendo o NH00 o de menor tamanho, e o NH3 de maior corrente.
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Disjuntores
O disjuntor é um dispositivo de manobra e proteção capaz de estabelecer, conduzir
e interromper correntes em condições normais de circuito, assim como estabelecer,
conduzir por tempo especificado e interromper correntes em condições anormais
especificadas no circuito, tais como as de curto-circuito.
D isjuntores Termoma gn ét ic os
Os disjuntores termomagnéticos são dispositivos eletromecânicos destinados a
proteger as instalações elétricas contra curtos-circuitos e sobrecargas de longa
duração.
Ao contrário dos fusíveis, que podem ser utilizados apenas uma vez, os disjuntores
permitem o reestabelecimento do funcionamento do circuito após a ocorrência de
alguma falha elétrica. Veja abaixo a simbologia para este dispositivo:
Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
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Os disjuntores podem ser classificados de acordo com o número de polos, como:
» monopolares: para instalação em circuitos monofásicos, pois interrompem apenas uma
fase;
» bipolares: para circuitos bifásicos, nos quais interrompem duas fases simultaneamente;
» tripolares: para instalação em redes trifásicas, pois interrompem simultaneamente as três
fases;
» tetras polares: para circuitos trifásicos com neutro. Interrompem-se as três fases e o neutro,
simultaneamente.
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D isjuntores D iferenciais Residuais (DR)
Os disjuntores DR são dispositivos que, além de ter a proteção contra curto-circuito,
também possuem proteção contra choque elétrico ou proteção dos equipamentos contra
incêndio:
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Relés Térmicos
São dispositivos elétricos que tem a finalidade de desenergizar o circuito e proteger o motor
no caso de uma corrente acima dos limites que o motor foi projetado a suportar (sobrecarga).
Também são chamados de relés de sobrecarga. Os relés possuem terminais que são
conectados às três fases, que funcionam como sensores de corrente e terminais dos contatos
NA e NF, que atuam abrindo ou fechando o circuito de comando. Os relés térmicos possuem
um ponto de ajuste da corrente que o instalador vai ajustar com o mesmo valor da corrente
nominal (In) do motor:
A instalação física do relé térmico é feita conectando os terminais principais de saída
do contato às entradas do relé térmico, e as saídas principais do relé térmico ao motor. Veja
abaixo a simbologia para o relé térmico:
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Simbologia Norma
NBR 12523
IEC 60617-7
Disjuntor-motor
O disjuntor-motor incorpora as funções de um disjuntor e de um relé térmico no mesmo dispositivo.
Você já sabe como funcionam o disjuntor termomagnético e o relé térmico. Os disjuntores-motores são
dispositivos que, além de proteger as instalações elétricas contra curtos-circuitos, protegem o motor
contra sobrecargas. Veja alguns modelos de disjuntores-motores:
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Simbologia Norma
IEC 60617-7
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Bornes de Entrada
Bloco de contato
Auxiliar Lateral
Botão de rearme
e desligamento
com trava
Frontal
Tag do componente
L1 L3 L1 N
Bifásico M2 Monofásico M1
2~ 1~
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Dispositivos de Manobra,
Acionamento e Controle
Chaves Seccionadoras
As chaves seccionadoras são utilizadas para energizar e desenergizar equipamentos e
máquinas industriais:
Exercem a função de chave geral, porque permitem o desligamento da tensão,
normalmente trifásica, do painel elétrico de comando da máquina. A figura a seguir
mostra a simbologia de uma chave seccionadora:
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Botões e Chaves Fim de Curso
Os botões e as chaves fim de curso são dispositivos que funcionam sob o mesmo
princípio, ou seja, quando acionados, movimentam seus contatos internos. No botão, o
acionamento é feito manualmente, enquanto que as chaves fim de curso são acionadas por partes
da máquina que se movimentam durante seu funcionamento.
Botões
Os botões possuem contatos que podem ser normalmente abertos (NA) e normalmente fechados (NF):
» contatos normalmente abertos são conhecidos como contatos NA ou contatos que se
fecham (fechadores). Em inglês, se usa a sigla NO (Normally Open);
» contatos normalmente fechados são conhecidos como contatos NF ou contatos que se abrem
(abridores). Em inglês, se usa a sigla NC (Normally Closed):
A norma utiliza dois dígitos para cada contato NA ou NF, sendo que o primeiro digito
da identificação, que é a dezena, significa a sequência. A ordem de numeração do contato: 1º contato, 2º
contato e assim por diante. O segundo dígito, a unidade, significa a função, ou seja, o tipo de contato, se ele é
NA ou se é NF. Se no segundo dígito tivermos 1 e 2, significa que o contato é NF, e se for 3 e 4, significa que é
NA.
No quadro a seguir, é possível ver a foto do tipo de botão, sua simbologia e as características:
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Botão Simbologia Característica
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Chaves Fim de Curso
As chaves de fim de curso, também conhecidas por interruptor de posição, ou por limite, foram criadas para
“avisarem” ao comando quando o came da máquina atinge uma determinada posição no curso de
deslocamento. As principais partes das chaves de fim de curso são: acionador e contatos. O acionador recebe o
movimento do processo e o transmite aos contatos elétricos NA e/ou NF, que mudam de posição.
Rolete
Mecânic
o
Contato NF
Bornes Bornes
Contato NA
Mola
As chaves de fim de curso são muito utilizadas em aplicações de grande porte devido
a sua robustez, característica que permite a instalação em ambientes industriais. São instaladas por
meio de parafusos e devem estar bem fixadas:
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Em muitos casos, as chaves de fim de curso são instaladas com a função de segurança,
assim, os testes após a instalação devem ser rigorosos, considerando todas as possíveis condições de
funcionamento para evitar acidentes. As chaves de fim de curso
também são utilizadas em outras aplicações não industriais. Um exemplo disso são os portões automáticos
deslizantes instalados na portaria das empresas. Nesse caso, temos sempre uma chave de fim de curso para
indicar ao comando que o portão está fechado, e outra para indicar que o portão está aberto.
Simbologias utilizadas para fim de curso:
13 11
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Contatores
A norma NBR IEC 60947-4-1 define que “os contatores são destinados a fechar e abrir circuitos elétricos.” Os
contatores são chaves eletromagnéticas destinadas a ligar ou desligar cargas elétricas como lâmpadas, motores,
válvulas, entre outras. Uma grande vantagem desse dispositivo é permitir o acionamento a distância, por comando
remoto. Veja na figura abaixo um exemplo de contator:
O contator principal é utilizado para comandar cargas do circuito principal, também conhecido por circuito de
potência, tais como motores elétricos, resistências de fornos, transformadores, geradores, entre outros. Na área
industrial ele é muito utilizado em painéis elétricos no comando das máquinas. Por exemplo, para
acionarmos o motor de uma bomba de abastecimento a distância precisamos de um contator trifásico. O funcionamento
é o seguinte: quando o usuário aperta um botão no painel, a bobina do contator é energizada e produz um campo
eletromagnético que puxa o núcleo móvel e o conjunto de contatos móveis, que, quando se fecham, enviam energia para
ligar o motor trifásico e, então, a bomba inicia o deslocamento de água para a caixa. Os contatores são compostos
basicamente de: núcleo magnético fixo e móvel, bobina eletromagnética, contatos fixos e móveis, bornes ou terminais,
molas e o invólucro externo ou carcaça. A figura a seguir mostra as principais partes internas de um contator:
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A bobina de um contator é representada por um código alfanumérico:
A2
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Veja abaixo a simbologia para os contatores de potência:
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Contatores Auxiliares
Os contatores auxiliares, ou de comando, são aqueles usados para ligar e desligar circuitos de baixa
potência, pois tem capacidade de corrente da ordem de no máximo
10A. São utilizados, também, para fazer a lógica de comando, acionando bobinas dos contatores de
potência, lâmpadas do painel e solenoides (bobinas) de válvulas. A identificação da bobina do
contator auxiliar é igual a do contator de potência, e a identificação de seus terminais segue a mesma
norma vista anteriormente, NBR IEC 60947-4 (2008).
Quando necessitamos de mais contatos de comando do que o contator dispõe, podemos acrescentar
blocos aditivos de contatos em alguns modelos de contatores. Os blocos adicionais mais comuns são:
2NAs, 1NA e 1NF e, em um mesmo bloco: 2NAs mais 2NFs, ou ainda 4NAs.
Contatos NAs Contatos NFs
normais normais
abertos fechados
(ordem do contato)
1º 2º 3º 4º contato
Tipo do contato
NA = 3 e 4
13 21 33 43 NF = 1 e 2
Sinalizador Sonoro
Quando precisamos de maior potência sonora, as sirenes são utilizadas, ou buzzers quando necessitamos de
menor intensidade de som.
Esse tipo de sinalização é mais vantajoso comparado à sinalização luminosa, pois
chama a atenção mesmo quando a pessoa não está visualizando o processo ou a máquina. Um
cuidado que você deve ter ao instalar um sinalizador é observar o tipo da tensão de trabalho. Se
for tensão alternada, verifique o valor da tensão da rede e do sinalizador e, se for tensão contínua,
observe também a polaridade, ou seja, se tem um terminal exclusivo para a conexão do positivo e
outro para o negativo. Normalmente, o fio positivo (+) é vermelho e o negativo (-) é preto.
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Sinalizador Luminoso
Os sinalizadores luminosos são muito utilizados em máquinas e sistemas industriais devido a sua
grande variedade de aplicações. Encontramos esses sinalizadores de várias cores, com lâmpadas
incandescentes, lâmpadas neon, luz LED, entre outras. Os modelos que vamos exemplificar aqui
são os de embutir em painel e os de sobrepor, tipo coluna para máquinas. Ao montar um painel,
você deve observar, na
especificação, qual tipo de sinalizador deve usar: de lâmpada incandescente, de neon ou de LED;
o tipo de tensão de funcionamento: alternada ou contínua; e qual é seu valor de tensão: se é de
24 V, 127 V ou 220 V, por exemplo. Caso a tensão seja contínua, lembre-se da polaridade
correta, conforme já explicado no item anterior acerca do sinalizador sonoro.
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Temporizadores
O temporizador tem a função de temporizar, como o próprio nome sugere “contar tempo”,
ou seja, ele controla eletronicamente o tempo de abertura ou de fechamento de seus
contatos. Alguns modelos temporizam quando são energizados, e outros quando são
desenergizados. Eles possuem os terminais A1 e A2 para conexão dos condutores que
fazem a energização da parte eletrônica e terminais para conexão dos contatos de comando
do temporizador. Um temporizador possui elemento de comando e contatos de
acionamento.
Muitos modelos de temporizadores possuem contatos comutadores ou reversíveis.
Nesse caso, o terminal identificado por 15 é o terminal comum, de modo que os terminais
15 e 16 fazem a função de contato NF, e os terminais 15 e 18 fazem a função de contato
NA.
Ton Toff
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Máquinas Elétricas Ro tativas
As máquinas elétricas rotativas correspondem aos motores elétricos e aos geradores
de energia elétrica.
Motores Elétricos
Os motores elétricos são máquinas que transformam energia elétrica em energia mecânica. A conversão
eletromecânica de energia se processa através da interação de campos magnéticos.
Os princípios básicos que explicam a operação dos motores C.C. e dos motores C.A. são os mesmos e
utilizam das mesmas leis. Os motores C.C. e motores C.A. diferem entre si devido a detalhes de
construção e características de funcionamento, mas os princípios que regem a operação são os
mesmos.
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Fig. 1– Motores elétricos C.A. e C.C.
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Motores Trifásicos
Os motores mais utilizados são os trifásicos de C.A., tipo assíncronos, também denominados de
motores de indução. Atualmente, o Brasil fabrica mais de 100.000 unidades/mês de motores de
indução, desde os de potências de ¼ c.v. até os de grandes sistemas de bombeamento de 10.000 c.v. O
princípio de funcionamento desses motores fundamenta-se na indução eletromagnética
proporcionada por um campo magnético variável, atravessando os enrolamentos do rotor. Essa classe
de motores corresponde a mais de 90% dos motores instalados nos diversos setores de atividade
industrial e residencial.
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Rotor
O rotor dos motores de indução pode ser de dois tipos básicos: rotor do tipo gaiola de esquilo, que tem uma
maior quantidade de aplicações, e rotor bobinado ou de anéis, para aplicações especiais. Afinalidade do rotor
de anéis é permitir um ajuste da velocidade e do torque de partida pela inserção de uma resistência variável
externa
(reostato) nos enrolamentos do rotor, através de escovas de grafite (carvão), as quais deslizam e fazem
contato elétrico com os anéis.
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Estator
O estator é constituído de chapas de aço-silício justapostas, as quais são de pequena
espessura (tipicamente de 0,25 a 0,6 mm) e que apresentam baixas perdas no ferro (histerese ou magnéticas
e Foucault, ou pelo efeito das correntes parasitas). Em motores de baixo custo, essas laminações são muitas
vezes fabricadas com aço convencional de baixo teor de carbono (aço 1006 ou 1008), acarretando um nível
mais elevado de perdas e, consequentemente, um rendimento menor do motor.
Os enrolamentos do estator são constituídos normalmente de espiras de fio de cobre esmaltado, as quais
são, convenientemente, alojadas nas ranhuras do seu núcleo. Tais enrolamentos são ligados à fonte de
energia elétrica de C.A. e são responsáveis pelo estabelecimento do campo magnético girante na região do
entreferro.
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Carcaça
O tipo de carcaça permite identificar grande parte de suas dimensões mecânicas. O tamanho da carcaça
é definido pela potência e rotação do motor e as formas construtivas definem como o motor vai ser
fixado e acoplado à carga. O tipo de carcaça também reduz a dispersão do fluxo de ar e contribui para o
aumento da troca térmica entre o motor e o ambiente, resultando em redução de pontos quentes na
superfície da carcaça e no aumento do intervalo de relubrificação dos rolamentos.
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Afigura abaixo mostra o motor por completo, com suas partes básicas e seus
complementos:
1. Carcaça
2. Núcleo de chapas em aço
magnético
3.
Núcleo de chapas iguais ao do
4. estator
5. Tampa frontal
6. Ventilador
Tampa defletora
7.
Eixo do motor
8. Enrolamento Trifásico
9. Caixa de ligação
10. Terminais
11. Rolamentos
12. Barras e anéis de curto-circuito
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Se essas bobinas forem percorridas por correntes senoidais,
defasadas no tempo por 120˚, então teremos um campo
magnético girante de forma que:
Na bobina Ateremos: Ia =Im x sen (wt)
Na bobina B teremos: Ib =Im x sen (wt - 120°)
Na bobina C teremos: Ic =Im x sen (wt - 240°)
Um motor de indução trifásico trabalha em qualquer sentido Fig. 9 – Campo girante trifásico
dependendo da conexão
com a fonte elétrica. Para inverter o sentido de rotação, inverte-
se qualquer par de conexões entre motor e fonte elétrica. É
necessário verificar se o ventilador do motor é bidirecional,
porque se o sentido de rotação for invertido, isto poderá
prejudicar a refrigeração do motor.
Parâmetros de Motores
Velocidade Síncrona (ns)
Avelocidade síncrona do motor é definida pela velocidade de rotação do campo
girante, a qual depende do número de polos (2p) do motor e da frequência (f) da rede, em Hertz. Os
enrolamentos podem ser construídos com um ou mais pares de polos, que se distribuem
alternadamente (um “norte” e um “sul”) ao longo da periferia do núcleo magnético. O campo girante
percorre um par de polos (p) a cada ciclo. Assim, como o enrolamento tem polos ou “p” pares de polos, a
velocidade do campo é:
(60 x f) (120 x f) Onde:
ns = = p = número de pares de polos
p 2p
2p = número de polos
f = frequência nominal da rede
120 x 60
ns = = 1800 rpm
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Tabela 1– Velocidades síncronas
Potência Nominal
É a potência que o motor pode fornecer dentro de suas características nominais, em regime contínuo. O conceito
de potência nominal, ou seja, a potência que o motor pode fornecer, está intimamente ligado à elevação de
temperatura do enrolamento. Sabemos que o motor pode acionar cargas de potências bem acima de sua potência
nominal, até quase atingir o conjugado máximo. O que acontece, porém, é que se
esta sobrecarga for excessiva, isto é, for exigida do motor uma potência muito acima daquela para a qual foi
projetado, o aquecimento normal será ultrapassado e a vida do motor será diminuída, podendo, até mesmo,
queimar rapidamente.
Deve-se sempre ter em mente que a potência solicitada ao motor é definida pelas
características da carga, isto é, independentemente da potência do motor, ou seja, uma carga de
90 c.v., independente se o motor for de 75 c.v. ou 100 c.v., será solicitado do motor 90 c.v.
Podemos converter essa relação em Watts, sendo:
» 1c.v. = 736W e
» 1hp = 746W.
Então, para um motor de 90 cv x 736 W = 66240W.
Tensão Nominal
É a tensão para a qual o motor foi projetado. Amaioria dos motores trabalham pelo menos com duas tensões
diferentes e isto só acontece devido aos tipos de ligação. As ligações podem ser em série ou paralela,
dependendo do número de enrolamentos do motor.
- 6 Terminais:
Escorre g a m e n to
Se o motor gira a uma velocidade diferente da velocidade síncrona, ou seja, diferente da velocidade do
campo girante, o enrolamento do rotor “corta” as linhas de força magnética do campo e, pelas leis do
eletromagnetismo, circularão nele correntes induzidas. Quanto maior a carga, maior terá que ser o
conjugado necessário para acioná-la. Para obter um maior conjugado, a diferença de velocidade terá que ser
maior, a fim de que as correntes induzidas e os campos produzidos sejam maiores. Portanto, à medida em
que a carga aumenta, a rotação do motor diminui. Quando a carga é zero, motor em vazio, o rotor girará
praticamente com a rotação síncrona.
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Adiferença entre a velocidade do motor (n) e a velocidade síncrona (ns) chama-se
escorregamento (s), que pode ser expresso em rotações por minuto (rpm), como fração da velocidade
síncrona, ou como, ainda, porcentagem desta:
s (rpm) =ns - n
ns - n ns - n
s= ou s(%) = x 100
ns ns
Conjugado
Conjugado é a medida do esforço necessário para girar um eixo, que também é chamado de torque ou
momento. O conjugado pode ser calculado usando a fórmula:
C =F . d (N . m)
Onde:
C = conjugado
F = força (N)
d = distância (m)
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Conforme as suas características de conjugado em relação à velocidade e
corrente
de partida, os motores de indução trifásicos com rotor de gaiola são classificados
em categorias, cada uma adequada a um tipo de carga. Estas categorias são
definidas em norma (ABNT NBR 17094 e IEC 60034-1) e são as seguintes:
» Categoria N: conjugado de partida normal, corrente de partida normal;
baixo escorregamento. Constituem a maioria dos motores encontrados no
mercado e prestam-se ao acionamento de cargas normais, como bombas,
máquinas operatrizes, ventiladores.
» Categoria H: conjugado de partida alto, corrente de partida normal; baixo
escorregamento. Usados para cargas que exigem maior conjugado na partida,
como peneiras, transportadores carregadores, cargas de alta inércia, britadores
Fig. 12– Cálculo do conjugado
e etc.
» Categoria D: conjugado de partida alto, corrente de partida normal; alto
escorregamento (+ de 5%). Usados em prensas excêntricas e máquinas
semelhantes, onde a carga apresenta picos periódicos. Usados também em
elevadores e cargas que necessitam de conjugados de partida muito altos e
corrente de partida limitada .
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» Categoria NY: esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria N, porém
previstos para partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do
conjugado com rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25% dos valores indicados
para os motores categoria N.
» Categoria HY: esta categoria inclui os motores semelhantes aos de categoria H, porém previstos para
partida estrela-triângulo. Para estes motores na ligação estrela, os valores mínimos do conjugado com
rotor bloqueado e do conjugado mínimo de partida são iguais a 25% dos valores indicados para os
motores de categoria H.
Para motores da categoria D, de IV, VI e VIII polos e potência nominal igual ou inferior
a 150 cv, tem-se, segundo ABNT NBR 17094 e IEC 60034-1, que a razão do conjugado com rotor
bloqueado (Cp) para conjugado nominal (Cn) não deve ser inferior a 2,75.
Anorma não especifica os valores de Cmín e Cmáx.ANBR 17094 não especifica os
valores mínimos de conjugados exigidos para motores II polos, categorias H e D.
Re n d i me n to
O rendimento define a eficiência com que é feita a conversão da energia elétrica absorvida da rede pelo
motor, em energia mecânica disponível no eixo. Chamamos de
“Potência útil” (Pu) a potência mecânica disponível no eixo e, de “Potência absorvida”
(Pa) a potência elétrica que o motor retira da rede, o rendimento será a relação entre as duas, ou seja:
Pu 736 x P (cv)
h= =
Pa √ 3 x U x I x cosf
Te m p e ratura
Os materiais e sistemas isolantes são classificados conforme a resistência à
temperatura por longo período de tempo. As normas citadas a seguir referem-se à
classificação de materiais e sistemas isolantes:
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Tabela 3 – Classes de temperatura
Altitude
Motores funcionando em altitudes acima de 1.000 m. apresentam problemas de
aquecimento causados pela rarefação do ar e, consequentemente, diminuição do seu poder de arrefecimento
(esfriamento). Ainsuficiente troca de calor entre o motor
e o ar circundante, leva à exigência de redução de perdas, o que significa, também, redução de potência. Os
motores têm aquecimento diretamente proporcional às perdas e estas variam, aproximadamente, numa razão
quadrática com a potência. Existem algumas alternativas de aplicações a serem avaliadas:
a) Ainstalação de um motor em altitudes acima de 1.000 metros pode ser realizada usando-se material isolante
de classe superior.
b) Segundo as normas ABNT NBR 17094 e IEC 60034-1, a redução necessária na temperatura ambiente
deve ser de 1%dos limites de elevação de temperatura para cada 100 m de altitude acima de 1.000 m. Esta
regra é válida para altitudes de até
4.000 m.
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Grau de Pro teção
Os invólucros dos equipamentos elétricos, conforme as características do local em que serão instalados
e de sua acessibilidade, devem oferecer um determinado grau
de proteção. Assim, por exemplo, um equipamento a ser instalado num local sujeito a jatos d’água deve
possuir um invólucro capaz de suportar tais jatos sob determinados valores de pressão e ângulo de
incidência, sem que haja penetração de água.
Anorma ABNT NBR-IEC 60034-5 define os graus de proteção dos equipamentos elétricos por meio
das letras características IP, seguidas por dois algarismos.
O 1ºAlgarismo indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos estranhos e contato
acidental e o 2º Algarismo indica o grau de proteção contra penetração de água no interior do motor.
Veja abaixo as tabelas acerca do grau de proteção:
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Tabela 4 – Grau de proteção contra penetração de
corpos sólidos estranhos
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Fator de Serviço
Chama-se fator de serviço (FS) o fator que, aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que
pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas. Note que se trata de uma
capacidade de sobrecarga contínua, ou seja, uma reserva de potência que dá ao motor uma capacidade de
suportar melhor o funcionamento em condições desfavoráveis.
Regime de Serviço
Segundo a IEC 60034-1, é o grau de regularidade da carga a que o motor é submetido.
Os motores normais são projetados para regime contínuo (a carga é constante), por tempo indefinido e
igual à potência nominal do motor.Aindicação do regime do motor deve ser feita pelo comprador, da
forma mais exata possível. Nos casos em que a carga não variar, ou nos quais variar de forma previsível, o
regime poderá ser indicado numericamente ou por meio de gráficos que representam a variação em
função do tempo das grandezas variáveis. Quando a sequência real dos valores no tempo for
indeterminada, deverá ser indicada uma sequência fictícia não menos
severa que a real. A utilização de outro regime de partida, em relação ao informado na placa de identificação,
pode levar o motor ao sobreaquecimento e consequente danos ao mesmo.
Placa de Identificação
Aplaca de identificação contém as informações que determinam as características construtivas e de
desempenho dos motores, que são definidas pela NBR-7094.
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Linha 1: ~- Alternado.
3 - Trifásico.
132S - Modelo da carcaça
25MAR04 - Data de fabricação.
BM20035 - Nº de série do motor (certidão de nascimento).
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Linha 5: 220/380/440 V
Tensões nominais de operação: 220V, 380V ou 440V.
26,4/15,3/13,2 A - Correntes nominais de operação: 26,4A em 220V, 15,3A em 380V em
13,2A em 440V.
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Diagramas Elétricos de Potência e
Comando
O diagrama elétrico é um desenho que mostra como as várias partes de um dispositivo, rede,
instalação, grupo de aparelhos estão interconectados. É uma representação por meio de símbolos
definidos nas normas NBR 5259, NBR 5444, NBR
12519, entre outras.
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Veja o exemplo de um diagrama multifilar
PE
L1
L2
L3
F.C1
REVERSÃO
START 3 3
S2_C2 1
S1_C1 F.C2 STOP
4 4 2
FUSÍVEIS 20A
C1 C1 13 21 C1
A1 C2 C2 13 C2
21
A1 A2 14 22 A2 14 22
95
RELÉ TÉRMICO
98
PE
M
3
1
1 3 5 3 5
K10
K20
2 4 6 2 4 6
U1 V1 W1 PE
M1
M
3
~
Em ambos os diagramas é possível verificar que existem etiquetas
nomeando cada
um dos componentes. Estas etiquetas, ou rótulos, são importantes para
identificar os componentes, a quantidade deles dentro do circuito e a
localização no esquema. Exemplo:
1K2 – Contator K2, ou contator 2, na página 1;
3F0 – Elemento de proteção 0 na página 3.
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Tipos de Partida e
Máquinas Elétricas
Partida Direta
A partida direta é aquela que põe o motor elétrico em funcionamento de imediato ou no
menor tempo possível. É o tipo de partida por meio da qual energizamos um motor
elétrico trifásico diretamente pela tensão nominal da rede elétrica. A partida do motor é o
espaço de tempo compreendido entre o instante em que o motor está desenergizado, ou
seja, com o rotor parado até o instante em que o motor atinge plena velocidade ou
rotação nominal. Esse sistema é indicado para máquinas e equipamentos que partem sob
carga, pois, nesse caso, o motor desenvolve o torque nominal. No entanto, a corrente de
partida é elevada e pode atingir valores de até dez vezes o valor da corrente nominal do
motor.
1/23
Q11 Q11
220 V/60 Hz 220 V/60 Hz
L1 L1
95 95
F10 F10
96 96
11 11
S0 S0
12 12
13 13 23 13 13 23
S1 K1 K1 S1 K1 K1
14 14 24 14 14 24
A1 A1
K1 E1 1 K1 E1
A2 A2
Q12 Q12
L2 L2
Veja no gráfico a seguir que a corrente de partida do motor é alta, depois de algum
tempo ele atinge a corrente nominal.
O sistema de partida direta é muito utilizado nas industrias, nas máquinas equipadas
com motores de pequenas potências. A Norma Brasileira Regulamentadora 5410 (NBR
5410) recomenda que, para partida de motores alimentados pela rede pública
de baixa tensão com potência acima de 5cv, devemos consultar a concessionária local de
fornecimento de energia. Para potências superiores, dependendo da orientação
da fornecedora de energia, é importante e obrigatória a utilização de um sistema
alternativo para reduzir a corrente do motor na partida. Um dado importante e
disponível na placa de identificação do motor é o Ip/In, que indica quantas vezes a
corrente de partida (Ip) é maior que a corrente nominal (In) do motor.
Corrente
do motor
Ip = In X Ip/In
Ip
Partida
do motor
Pleno funcionamento
In
Tempo
Vejamos o funcionamento de cada um dos componentes do diagrama de comandos :
Serve para ligar o motor. Quando pressionado, o botão fecha o contato 13-14 (NA),
permitindo que a bobina K1 seja energizada. Esse botão é do tipo pulsador e é verde.
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Bobina de comando do contator (K1):
Fecha os contatos de potência, quando recebe tensão, para alimentar o motor, e fecha
os contatos auxiliares 13-14 e 23-24 no comando.
Contato 13-14 do contator (K1):
Após soltar o dedo do botão S1, o contator fecha o contato 13-14, que serve para manter
o caminho para a passagem da corrente. Esse contato é chamado de contato de selo ou de manutenção.
O contator fecha o contato 23-24 (NA) quando a bobina Q1 é energizada. Veja que no
diagrama da figura mostrada anteriormente, esse contato foi usado para alimentar o sinalizador
luminoso (lâmpada) E1.
Sinalizador luminoso (E1):
Acende uma luz verde ao receber tensão, indicando que o motor está em
funcionamento.
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É possível notar que nas botoeiras S1 e S2, houve um
No diagrama de comando, é possível notar uma intertravamento, ou seja, quando
simetria nos componentes utilizados
for acionado S1, se o contator K20 estiver energizado pelo
para realizar a partida, porém agora temos um
contato de selo de K20, então este será desenergizado. Note
botão S1 para a partida direta no sentido horário e
que, neste circuito, não é necessário um botão “liga e
o botão S2 para a partida no sentido anti-horário:
desliga” para o sentido horário e um botão “liga e desliga”
no sentido anti- horário; da mesma forma isto acontece para
L1 o botão S2. Veja a representação a seguir:
L2
L3
1 3 5
PE
Q1
1
1 3 5 3 5
K10 K20
2 4 6 2 4 6
U1 V1 W1 PE
M1 M
3
~
Diagrama principal
S1 13 13
K10 K20
14 14
11 11
S2
12
Detalhe do diagram A -
Ordem de acionamento dos
contatos
Existem dois tipos de intertravamento elétrico: por contatos de botão e por contatos
do contator.
Partida Estrela-Triângulo (Y∆)
Dependendo da potência de um motor, é obrigatório o uso de um sistema indireto de partida que reduza o pico de
corrente durante o tempo da partida do motor elétrico. Nos casos em que a bitola dos condutores da instalação é
insuficiente para suportar a corrente de partida do motor, o sistema estrela-triângulo é uma boa alternativa.
Corrente (Ip)
de partida do
motor (A)
Comutação
de Estrela para Triângulo
Ip
diret
a
Partida direta
Ip
Y/∆ Partida
Estrela - Triângulo
In Pleno funcionament
o
11/23
Nessa partida, o motor trifásico, por meio dos contatores de potência, fica inicialmente
fechado em estrela, com os terminais 4-5-6 curto-circuitados, ou seja, preparado para
receber 380 V, tensão maior. No entanto, só aplicamos 220 V conectando R, S, T da rede
elétrica nos terminais 1, 2 e 3 do motor. Depois de energizado, o motor começa a girar e,
quando atinge no mínimo 90% da rotação nominal, o temporizador faz a comutação dos
contatores. Assim, o motor passa a ser fechado em triângulo, recebendo 220 V nos
seguintes terminais e com as respectivas fases: 1-6 R, 2-4 S, 3-5 T. Note que R, S e T já
alimentavam respectivamente os terminais 1, 2 e 3 e que, na ligação em triângulo, só
conectou o terminal 6 com o 1, o 4 com 2 e o 5 com o 3. Veja os diagramas de potência e
comando para uma partida Y∆:
Esquema elétrico da Partida Estrela Triângulo.
3~60 Hz 220 V
L1
L2
L3
F10
1 3 5 1 3 5 1 3 5
K1 K3 K2
2 4 6 2 4 6 2 4 6
1 3 5
F7
2 4 6
U1 V1 W1
3 6
2 M 4
3
1 ~ 5
M1
13/23
Alimentação
Liga em U1,V1,W1
Ligar 1com
3 e com 5
Principal
U1 V1 W1
∆ λ
U1 V1 W1
Liga em
Liga em W2,U2,V2
W2,U2,V2
U2 V2 W2
Note, pelo diagrama de comando, que existe um temporizador. Transpassado o tempo
determinado em que o motor atingir 90% de sua rotação nominal, o temporizador atua
comutando os contatores de Y para ∆.
Principal
Tap do
transformador
que alimenta o
motor EX.: 80%
Motor de 3 pontas
Partida com M o tor Dahalander
O motor Dahlander é um tipo de motor de indução trifásico que tem como objetivo
oferecer duas velocidades diferentes. Isso é possível graças às suas bobinas que são conectadas de
maneira não convencional, pois podem funcionar com polarização ativa ou consequente. Na
indústria, muitas máquinas do processo de fabricação
trabalham com mais de uma velocidade, às vezes duas, quatro, oito ou até mais. No
motor Dahlander, de um mesmo enrolamento obtemos duas velocidades distintas, e a maior
velocidade é sempre o dobro da menor. Esse motor é muito utilizado em tornos do tipo
convencional que necessitam de diversas velocidades obtidas por meio de alavancas que alteram
engrenagens. Como o motor Dahlander oferece duas velocidades, essa combinação resulta no
dobro de velocidades que poderiam ser obtidas somente pelas engrenagens.
Observe o diagrama de potência e comando de um motor Dahlander:
3~60 Hz 220 V
L1
L2
L3
F1, 2, 3
1 3 5
1 3 5 1 3
5
K1 K2 K3
2 4 6 2 4 6 2 4 6
1 3 5 1 3 5
F7 F8
2 4 6 2 4 6
2U 1U
2V M 1V
3 ~
2W 1W
Observe que no circuito de potência, o contator K2 é responsável por ligar o
motor em
velocidade baixa, e K1 e K3, em velocidade alta. No comando, quando o usuário
aperta o botão S1, primeiro abre-se S1, 1-2, e depois se fecha S1, 3-4, fazendo a
energização
da bobina de K2. Enquanto isso acontece, K2, 31-32 se abre, intertravando K1 e
K3, e fechando o contato K2, 13- 14, de selo e mantendo K2 energizado, mesmo
depois de o usuário soltar o botão. No mesmo instante, no circuito principal, K2
liga o motor
para funcionar em velocidade baixa. Para fazermos a mudança para a velocidade
alta, devemos pressionar o botão S2 que, por meio do intertravamento, desliga K2
e, com K2 desligado, as bobinas de K1 e K3 são energizadas e acionam o motor
em velocidade alta.
Dispositivos Eletrônicos
de Partida
Soft Starters
O motor elétrico é um elemento essencial dentro de uma indústria. No entanto, para entrar em funcionamento ele traz
efeitos indesejados quando acionado de forma direta, dependendo da potência. O principal problema é a grande demanda de
corrente solicitada da rede pelo motor na sua partida. Para enfrentar esse problema, surgiram formas alternativas de partida
de motores, tais como a partida estrela-triângulo e a partida com autotransformador. Entretanto, esses sistemas de partidas
também possuem inconvenientes, como perda de torque na partida, custo elevado, limitação do número de partidas por hora,
desgaste dos componentes eletromecânicos, entre outros.
O soft starter, ou equipamento de partida suave, foi desenvolvido para minimizar
alguns desses problemas. Esse equipamento é utilizado na partida de motores elétricos trifásicos de indução sem causar
picos elevados de corrente, além de oferecer proteções ao motor. O soft starter recebe uma tensão trifásica fixa da rede
elétrica e fornece uma tensão variável para o motor, porém com a frequência fixa.
Na partida do motor, ele fornece uma tensão que vai aumentando cada vez mais,
proporcionando uma partida suave. No desligamento, o soft starter diminui a tensão de funcionamento do motor, fazendo
com que ele pare suavemente até que seja completamente desligado. Também dispõe da opção de desligar diretamente o
motor. Ele faz esse processo por meio de componentes eletrônicos e, portanto, sem desgaste mecânico, por isso também é
conhecido por chave estática de partida. O soft starter
1/5
é uma opção interessante e eficaz para a partida de motores elétricos, pois supera
com vantagens os sistemas eletromecânicos convencionais de partida. Você deve instalar
esses dispositivos em rede trifásica, protegidos por contadores e fusíveis ou disjuntores.
Nas entradas digitais (DI´s), você deve conectar os botões, chaves e sensores, e nas
saídas digitais (DO´s), os relés, contadores, sinalizadores e outras cargas de pequena
potência que são controladas pelo equipamento. Alguns soft starters mais sofisticados
possuem saída analógica na qual você pode conectar, por exemplo, instrumentos
de medição para indicar a corrente do motor. Outros modelos possuem entrada analógica
e nela você pode conectar, por exemplo, um sensor de temperatura do tipo
Entradas
digitais
Saídas
digitais
(a relé)
R S T L N
1 3 5
Q1
2 4 6
U1 V1 W1
V
M
M1
3~ 0 V a 10 V
+t°
Parametrização
Para que o soft starter possa controlar adequadamente a partida e a parada do motor, é preciso ajustar
algumas variáveis para um melhor controle. Essas variáveis são chamadas de parâmetros, e a ação de
modificá-los é conhecida como configuração de parâmetros ou parametrização do soft starter. Sempre que
for instalar um soft starter,
é preciso configurar alguns parâmetros básicos para realizar os testes com segurança. Esses testes são
necessários para que você possa validar a instalação. O ajuste de parâmetros pode ser feito por meio de
trimpots ou interface homem-máquina (IHM).
Alguns soft starters possuem outros recursos, tais como limitação da corrente do
motor e frenagem do motor por injeção de corrente continua (CC).
Dispositivos Eletrônicos de
Partida e Controle de Velocidade
Inversor de Frequência
O inversor de frequência ou conversor CA/CA é um equipamento que permite controlar a velocidade de
um motor elétrico trifásico de indução. Muitos fabricantes denominam os inversores de drivers de
controle de motores:
Aterramento Aterramento
Saídas para o motor Saídas para o motor
Parametrização
Os inversores são equipamentos que controlam várias grandezas de natureza elétrica (como frequência, tensão e
corrente elétrica), com a finalidade de controlar, além da velocidade do motor, alguns aspectos importantes de seu
funcionamento, tais como: sentido de giro, torque, tempo de aceleração e desaceleração, entre outros. Quando você
instalar um inversor, deve configurar alguns parâmetros básicos para que o conjunto inversor-motor funcione com
segurança. Independente do modelo ou do fabricante do inversor, os parâmetros que você deve configurar para
testar e validar a instalação são:
» liberar (senha) de acesso para alteração dos valores dos parâmetros;
» carregar os parâmetros com padrão de fábrica;
» limitar a corrente do motor;
» limitar a frequência (Hz) mínima e máxima de saída para o motor.
3/6
Os parâmetros são alterados através da IHM, localizada na parte frontal do
equipamento. Os fabricantes indicam quais passos seguir para realizar a
parametrização. Com os parâmetros configurados, você pode fazer os testes básicos
para validar a instalação do inversor. Porém, para o pleno funcionamento em uma
máquina, é necessária uma leitura detalhada do manual do fabricante, visando
a configuração de outros parâmetros necessários ao funcionamento correto do
conjunto inversor-motor.
P1
RPM
S1 S2 S3
de 0V a 10 V
Tipo de Entrada
Saída Analógica Função Parametrizada
Digital Analógica
DI-2 Seleção do sentido de giro (H ou AH)
DI-3 Resetar o inversor
DI-4 Ligar e desligar o motor
Receber tensão de 0V a 10V de referência
AI-1
da rotação
Fornecer tensão de 0 a 10V para
AO-1
instrumento de rotação do motor
Exemplos de Aplicações Industriais de Acordo
com as Normas Técnicas Vigentes
Atualmente não podemos falar de segurança em máquinas e equipamentos sem
mencionar a norma NR-12. A Norma Regulamentadora NR-12 do Ministério do
Trabalho define princípios e medidas de proteção aos trabalhadores em máquinas
e equipamentos. Ela tem abrangência nas etapas de projeto, fabricação, importação, comercialização e utilização de
diversos tipos de máquinas e equipamentos. Além de requisitos gerais de segurança descritos no texto principal, a NR-
12 apresenta
instruções detalhadas em doze anexos a respeito de diversos tipos de equipamentos.