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Aterramento
2º Período
Prof. Anderson Nogueira
PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2º PERÍODO
OBJETIVOS GERAIS
O AUTOR
Subestação/Aterramento
Cursos
•
Subestação/Aterramento
dora (abaixadora ou elevadora), seccionadora de manobra ou
chaveamento, externa (ao tempo), interna (abrigada).
Transformadores a seco
Transformadores de Potência
Transformador aplicado para reduzir a tensão a valores
convenientes, seu primário é ligado em derivação a um circuito
elétrico e cujo enrolamento secundário se destina a alimentar
bobinas de potencial de instrumentos elétricos de medição,
proteção ou controle. Transfomadores de corrente aplicados geralmente em painéis.
Subestação/Aterramento
Chave seccionadora Chave seccionadora com
com abertura lateral dupla abertura lateral • Isoladores de porcelana – um dos mais empregados, a
camada vítrea esmaltada dificulta o acúmulo de impure-
zas e impede a absorvição de umidade.
Isoladores
Os isoladores são elementos que suportam mecanica-
mente condutores energizados. Devem, portanto, apresentar
as seguintes características:
Disjuntores eletromecânicos
São equipamentos que abrem ou fecham um circuito
elétrico em carga, nas condições normais de funcionamento
ou nas situações anormais de sobrecarga, sobrecorrente ou
sobretensão, sem sofrer efeitos de danos a sua estrutura. O
disjuntor eletromecânico normalmente possui uma caixa
de comando que pode ser acionada eletricamente à distân-
cia pelo operador ou por sistemas de proteção automáticos,
também podendo ser acionados por sistema mecânico local.
Para abertura de circuitos em carga a atingir a capacidade
de cortar o arco elétrico junto dos seus contatos, os disjuntores
utilizam artifícios especialmente desenvolvidos: esticamento
rápido do arco, abertura múltipla, desionisação, abafamento,
resfriamento, etc.
Subestação/Aterramento
Subestação/Aterramento
Banco de capacitores de subestação.
O gás atua como meio isolante a fim de diminuir o arco
elétrico.
O objetivo básico de uma compensação reativa capacitiva
é de compensar o fator de potência das cargas, refletindo-se
• Disjuntor eletromecânico à seco
principalmente, nos seguintes pontos:
• Aumenta a tensão nos terminais de carga;
• Melhora a regulação de tensão (desde que os capacitores
sejam manobrados adequadamente);
• Reduz perdas na transmissão;
• Reduz o custo do sistema, economizando-se na diminui-
ção do número de linhas para o transporte de reativos.
Subestação/Aterramento
circulando da massa para a terra.
• Defeitos no comutador manobrável em carga: o efeito é o
arco voltaico violento no tanque do comutador.
Esta chave trabalha em conjunto com o disjuntor, sua posi- A maioria das proteções de um transformador atua sobre
ção de operação é normalmente aberta, fechando ao sinal de um relé de bloqueio (comando dado direto aos disjuntores)
qualquer distúrbio no circuito, assim aterrando o circuito obri- que estão ligados ao transformador e o seu religamento só
gando a atuação do disjuntor. deverá ser efetuado após uma severa inspeção no transforma-
dor, onde se tentará identificar as causas da operação, intima-
mente ligadas com o relé que atuou sobre o relé de bloqueio.
Proteções para Transformador
RELÉ DE TEMPERATURA DE ENROLAMENTO
E RELÉ DE SOBRECARGA
Temperatura de Óleo relé, a bóia superior é forçada a descer. Se por sua vez ocorrer uma
produção excessiva de gás, este provoca uma circulação brusca
de óleo no relé e a bóia inferior reage antes mesmo que os gases
formados atinjam o relé. Em ambos os casos as bóias ao sofrerem
deslocamentos ligam contatos elétricos de alarme e ou bloqueio.
Paralelismo de Transformadores
A necessidade de instalar transformadores em paralelo
ATERRAMENTO
tem a finalidade de atender a um aumento de carga em um
determinado ponto do circuito aonde o transformador já ins-
talado não mais atende o aumento da demanda da carga.
Subestação/Aterramento
Dois transformadores são ligados em paralelo quando seus Terra ou Massa são conceitos usados nos campos da ele-
primários e secundários são conectados às mesmas linhas primária tricidade e da eletrônica como ponto de referência para um
e secundária, respectivamente. Desse modo qualquer carga ligada potencial elétrico de 0V. De acordo com o tipo de instalação,
à linha secundária comum aos dois trafos é dividida por eles. esta referência pode ter uma função específica.
A ligação em paralelo de transformadores é vantajosa por Em física um terra elétrico é um ente idealizado, capaz de
uma série de razões, das quais: fornecer ou absorver a quantidade de carga elétrica (partículas
• Confiabilidade do fornecimento; carregadas) que ser fizer(em) necessária(s) à situação sem, entre-
• Facilidade e viabilização do transporte; tanto, alterar quaisquer de suas propriedades elétricas, mostran-
• Manutenção sem interrupção; do-se sempre eletricamente neutro ao ambiente que o cerca.
• Adiamento de investimentos; O fio terra é o condutor elétrico cuja função é conectar a
• Aumento da potência disponível; terra todos os dispositivos que precisarem utilizar seu potencial
• Operação próxima aos pontos de máximo rendimento. como referência ou valer-se de suas propriedades elétricas.
Em sistemas de potência o terra possui as funções de:
Para se efetuar o paralelismo existem algumas condições • Referência elétrica de tensão;
que são ditas obrigatórias, pois se não atendidas, provocam • Referência para sistemas de proteção;
corrente de circulação entre os dois trafos. São elas: • Escoamento para o excesso de carga e energia, prove-
• Mesma relação de transformação; niente de sobrecargas, sobretensões (através de supresso-
• Mesmo defasamento angular. res de surto);
• Proteção de pessoal e equipamentos por equipotenciali-
Além dessas duas condições obrigatórias, para que o para- zação do solo;
lelismo seja ideal, as contribuições percentuais de cada trans- • Transmissão de energia de modo monopolar, como em
formador devem ser iguais. Para que isso ocorra, outras duas transmissão de corrente contínua, ou distribuição rural.
condições, ditas de otimização devem sem obedecidas:
• Mesmo módulo da impedância percentual; Sistema de aterramento – é o conjunto de condutores
• Mesmo ângulo da impedância percentual. enterrados, cujo objetivo é realizar o contato entre o circuito
e o solo com a menor impedância possível. Os sistemas mais
Essas condições são ditas de otimização porque, apesar de não comuns são hastes cravadas verticalmente, condutores hori-
impedirem o paralelismo se não atendidas, otimizam-no quando zontais ou conjunto de ambos.
atendidas. Quando as impedâncias percentuais têm módulos dife- A forma mais completa de aterramento é a malha de terra,
rentes, as contribuições individuais dos transformadores em para- composta de condutores horizontais formando um quadricu-
lelo serão também diferentes. Isso faz com que, quando o trans- lado com hastes cravadas em pontos estratégicos. As malhas
formador de menor impedância estiver liberando 100% da sua são amplamente usadas em subestações.
potência nominal, o outro, de maior impedância estará liberando
menos de 100%. Se a potência desse for aumentada, o primeiro,
de menor impedância, ficará sobrecarregado. Se os transformado-
res apresentarem ângulos das impedâncias internas diferentes, ou
diferença nas relações entre resistência e reatância internas, mesmo
que os módulos das impedâncias sejam iguais, o módulo da soma
das potências individuais será sempre maior do que o módulo da
carga, fazendo com que os transformadores liberem mais potência
do que a carga exige. Isso se dá porque potência também é fasor, e
as potências liberadas pelos transformadores não estarão em fase
se os ângulos das impedâncias internas forem diferentes. Malha de aterramento
Símbolo de aterramento
Esquemas de Aterramento
Segundo a norma brasileira NBR 5410, que trata de instala-
ções elétricas de baixa tensão existem os seguintes esquemas
de aterramento:
TT
Esquema em que o condutor é aterrado em um eletrodo
distinto do eletrodo destinado ao condutor de proteção elé-
TN–S trica. Desta forma, as massas do sistema elétrico estão aterra-
Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) das em um eletrodo de aterramento eletricamente distinto do
e neutro encontram-se conectados em um mesmo ponto na eletrodo de aterramento da alimentação.
alimentação do circuito, porém distribuídos de forma inde-
pendente por toda instalação.
IT
TN–C–S
Esquema em que os condutores de proteção elétrica Esquema em que as partes vivas são isoladas da terra ou o
(terra) encontram-se conectados em um mesmo ponto na ali- ponto de alimentação é aterrado através de uma impedância.
mentação do circuito e distribuídos em partes da instalação, As massas são aterradas ou em eletrodos distintos para cada
por um único condutor (que combina a função de neutro e uma delas ou em um eletrodo comum para todas elas ou ainda
terra) e em outra parte desta instalação através de condutores partilhar do mesmo eletrodo de aterramento da alimentação,
distintos. porém, não passando pela impedância.
Subestação/Aterramento
Toda instalação elétrica de média tensão para que se possa
garantir de forma adequada a segurança das pessoas e o seu
funcionamento correto deve ter uma instalação de aterra-
mento. A NBR 14039, norma técnica brasileira de média tensão
e a NR – 10 norma regulamentadora do Ministério do Trabalho
e Emprego exigem que todas as instalações elétricas tenham
um aterramento. Esta exigência tem como finalidade principal
a segurança das pessoas, tanto dos profissionais encarregados
pela operação e manutenção, quanto das pessoas que utili-
zam as instalações e estão na proximidade de influência.
Além da finalidade de segurança pessoal, no entanto, Exemplos de aterramento para trabalho
pode-se citar ainda como finalidades do aterramento: a pro-
teção das instalações, melhoria na qualidade dos serviços,
principalmente da proteção e o estabelecimento de um refe-
rencial de tensão para a instalação.
O aterramento segundo a sua função pode ser classificado
como:
Aterramento Funcional
É o aterramento de um condutor vivo, geralmente o neutro
objetivando o correto funcionamento da instalação.
Aterramento de Proteção
É o aterramento das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação, objetivando a proteção contra choques
de contato indireto.
nado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas Haste ou tipo Franklim; o método proposto por Franklim
atmosféricas. É composto de um sistema externo e um sistema tem por base uma haste elevada. Esta em forma de ponta
interno de proteção. produz sobre a nuvem carregada uma alta concentração de
• Sistema externo de proteção: consiste em subsistemas cargas elétricas, juntamente com um intenso campo elétrico.
de captores, condutores e aterramento. Isto produz a ionização do ar diminuindo a altura efetiva
• Sistema interno de proteção: conjunto de dispositivos de nuvem carregada, o que propicia o raio através do rompi-
que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente mento da rigidez dielétrica da camada do ar.
de descarga atmosférica dentro do volume a proteger Utiliza as propriedades das pontas de propiciar o esco-
(DPS – dispositivo de proteção contra surtos). amento das cargas elétricas para a atmosfera, chamado do
• Descarga atmosférica: descarga elétrica de origem atmos- poder das pontas. O raio captado pela haste é transportado
férica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consis- pelo cabo de descida e escoado na terra pelo sistema de aterra-
tindo em um ou mais impulsos de vários quiloampéres. mento. Se o diâmetro do cabo de descida, conexões não forem
• Raio: impulsos elétricos de uma descarga atmosférica adequados, as tensões ao longo do sistema que constitui o
para terra. para-raio serão elevadas e a segurança estará comprometida.
• Relâmpago: luz gerada pelo arco elétrico do raio. É preferível não ter um para-raio do quer instalar um mal
• Trovão: som produzido pelo deslocamento do ar devido dimensionado.
ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio.
• A forma mais comum para explicar a formação das cargas Componentes
e o modelo das nuvens é a representação bipolar: a nuvem • Captor: principal componente do para-raio formado por
como um enorme bipolo com cargas positivas na parte três pontas ou mais de aço inoxidável ou cobre, é denomi-
superior e as negativas na inferior. nado de ponta.
• A nuvem carregada induz no solo cargas positivas, que ocupam
uma área correspondente ao tamanho da nuvem. Como a
nuvem é arrastada pelo vento, a região das cargas positivas no
solo acompanha o deslocamento dela, formando a nuvem de
sombra de cargas positivas que seguem a nuvem.
• Uma descarga atmosférica penetrando no solo pode gerar um
gradiente de potencial perigoso para as pessoas e os animais.
• Isolador: é a base de fixação do mastro ou haste. Em geral, É uma proteção eficiente e largamente adotada. Para
de porcelana vitrificada ou de vidro temperado para nível melhorar a sua eficiência, pode ser usada em conjunto com a
de tensão de 10kv. proteção Tipo Franklin.
• Condutor de descida: é o condutor que faz a ligação entre É formada por um captor, cabos de cobre no formato de
o captor e o eletrodo de terra. Essa condução deverá ser feita uma malha, suportes isoladores e tubos de proteção para os
de modo a não causar dano na estrutura protegida, manter os condutores de descida até o solo.
potenciais abaixo do nível de segurança e não produzir fais- A largura do modulo da malha da gaiola de Faraday
camento na descida. Deve ser contínuo. Ser não for possível, seguem os níveis; I (5m), II e III (10m), IV (20m). São as distân-
usar emendas metalizadas. Estas emendas devem ter seção cias máximas dos espaçamentos. O módulo da malha deverá
maior ou igual ao cabo de descida. Os condutores de descida constituir um anel fechado com o comprimento não superior
devem ser instalados nos cantos principais da edificação e ao ao dobro da sua largura.
longo das fachadas, de acordo com o nível de proteção. No
Notas:
caso de edifícios com os andares superiores em balanço não
• Não devem surgir diferenças de potencial entre equipa-
é permitido que o condutor de descida contorne o balanço.
mentos ou partes de um mesmo equipamento;
Subestação/Aterramento
Poderia por em risco a segurança de uma pessoa que aí esti-
• Não devem surgir no solo diferenças de potencial que
vesse. Neste caso é obrigado que o condutor de descida causem tensões de passo perigosa às pessoas;
passe por um local protegido como um poço, por exemplo. • Não devem surgir entre as partes metálicas e o solo dife-
renças de potencial que causem tensões de toque ou des-
cargas laterais às pessoas.
• Para que estas condições sejam atendidas deve-se equa-
lizar os referenciais de potencial das diferentes entradas
(força e telefone, por exemplo) de modo que não surjam
diferenças de potencial perigosas aos equipamentos.
• Os para-raios radioativos no Brasil foram proibidos.
Gaiola de Faraday
Notas:
1. A distância média entre condutores de descida está relacionada com a distância de segurança. Se os espaçamentos
médios forem maiores que os especificados na tabela 2, as distâncias de segurança podem resultar consideravelmente
Subestação/Aterramento
aumentadas.
2. Os condutores de descida devem ser, na medida do possível, espaçados regularmente em todo o perímetro, devendo ser
instalado, sempre que possível, um condutor de descida em cada vértice da estrutura.
3. Em estruturas cobrindo grandes áreas com larguras superiores a 40 m, são necessários condutores de descida no interior
do volume a proteger (requisito que será naturalmente atendido no caso de estruturas metálicas ou com armaduras de aço
interligadas).