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Subestação e

Aterramento
2º Período
Prof. Anderson Nogueira
PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2º PERÍODO

OBJETIVOS GERAIS

O AUTOR
Subestação/Aterramento

Cursos

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PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2ºPERÍODO

Subestação Interna (abrigada)


SUBESTAÇÃO São definidas aquelas onde seus equipamentos estão
instalados protegidos do tempo podendo ser em edificações
ou subterrâneas. Seus equipamentos abrigados geralmente
DEFINIÇÃO GERAL DE UMA SUBESTAÇÃO necessitam de manutenção com maior espaço de tempo em
relação aos efeitos atmosféricos.
Uma subestação (SE) é o conjunto de equipamentos de
manobras e/ou transformação e ainda eventualmente de com-
pensação usado para dirigir o fluxo de energia elétrica em sis-
temas de potência e possibilitar a sua diversificação através de
rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes
de detectar os diferentes tipos de problemas que ocorrem no
sistema e de isolar os trechos onde esses problemas ocorrem.
As subestações podem ser classificadas em: Transforma-

Subestação/Aterramento
dora (abaixadora ou elevadora), seccionadora de manobra ou
chaveamento, externa (ao tempo), interna (abrigada).

Subestação Transformadora Elevadora ou Abaixadora


É aquela que transforma (converte) a tensão de suprimento
para um nível diferente, elevando ou abaixando. Geralmente
as subestações próximas às fontes geradoras são designadas
elevadoras e subestações no final dos sistemas de transmissão
e em indústrias são designadas abaixadoras.
Podemos citar alguns exemplos de subestações elevadoras
após geração: hidrelétricas, termoelétricas, aeólicas, nucleares.
Podemos citar exemplos de subestações abaixadoras,
aquelas no final do sistema de transmissão como: concessio-
nárias de distribuição de energia elétrica, indústrias e empre-
sas onde a carga de consumo é grande.
EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÕES
Subestação Seccionadora de Manobra ou Chaveamento São definidos como aqueles que possibilitam: transformar,
conduzir, proteger, comutar isolar e manter o funcionamento
Esta possibilita a interligação dos circuitos de suprimento de uma subestação. Abaixo comentaremos sobre os mais
sob o mesmo nível de tensão, possibilitando a sua multiplicação. usados atualmente.
Também usada para o seccionamento de circuitos, permitindo
sua energização em trechos sucessivos de menor comprimento.
Transformador de Força
Aplicado para elevar, abaixar ou compensar para uso de
Subestação Externa (ao tempo) carga, eles podem ser classificados segundo o seu meio isolante
São definidas aquelas onde seus equipamentos estão podendo ser a óleo mineral, óleo sintético, silicone e a seco.
instalados ao tempo, onde serão sujeitos aos efeitos atmos- Os transformadores com meio isolante a óleo mineral (deri-
féricos, chuva, vento, temperatura, poluição, etc. Seus equi- vado do petróleo) e óleos sintéticos tem como característica
pamentos estão sujeitos a um desgaste maior, assim exigindo interna do óleo o isolamento evitando a formação de arco entre
uma manutenção mais frequente em relação à abrigada. dois condutores que apresentem uma diferença de potencial, e
resfriar dissipando o calor produzido pelo transformador.

Transformador de força com tanque de expansão de óleo

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Transformador de força sem tanque de expansão


(geralmente usado em sistemas finais de redes de Transformador de Potência aplicado em substação.
concessionárias de distribuição de energia elétrica).
Subestação/Aterramento

Os transformadores a seco utilizam o ar como meio iso- Transformador de Corrente


lante e refrigerante, possuindo isolamento classe B, F ou H. São destinados a reduzir as intensidades de correntes do
circuito a fim de possibilitar a execução de medidas, proteção
ou controle. São ligados em série ao circuito.

Transformadores a seco

Transformador de Corrente aplicado em subestação.

Placa de identificação e dados de transformadores

Transformadores de Potência
Transformador aplicado para reduzir a tensão a valores
convenientes, seu primário é ligado em derivação a um circuito
elétrico e cujo enrolamento secundário se destina a alimentar
bobinas de potencial de instrumentos elétricos de medição,
proteção ou controle. Transfomadores de corrente aplicados geralmente em painéis.

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Chaves Seccionadoras • Resistência mecânica necessária à compressão, flexão,


torção e detenção tendo em vista as várias condições de
São dispositivos destinados a isolar equipamentos ou tre- montagem a que estão sujeitos.
chos do circuito são classificadas em: • Forma e massa que garantam um isolamento capaz de evitar o
desvio de corrente a terra, seja por contorno, seja por perfura-
ção. Contorno é uma descarga através do ar, tomando a forma
de um arco ou faísca contornando a superfície do isolador.
Perfuração é a destruição total e plena do material iso-
lante causada pela passagem de uma descarga através de
sua estrutura perfurando-a.

Podemos encontrar isoladores de diversos materiais:


Monopolares Tripolares

Subestação/Aterramento
Chave seccionadora Chave seccionadora com
com abertura lateral dupla abertura lateral • Isoladores de porcelana – um dos mais empregados, a
camada vítrea esmaltada dificulta o acúmulo de impure-
zas e impede a absorvição de umidade.

Chave seccionadora com Chave seccionadora com


abertura central abertura vertical Isolador de porcelana

• Isoladores de vidro – mais barato que o de porcelana,


porém, tem rigidez dielétrica inferior. São de dois tipos: o
temperado e o recozido. O temperado é muito usado em
linhas de transmissão enquanto que o recozido é utilizado
em redes de distribuição. Uma das vantagens deste tipo
de material é a fácil visualização destes quando danifica-
Chave seccionadora com Chave seccionadora de by-pass dos por perfuração desfragmentando-se.
abertura vertical modelo AV

• Isoladores de epóxi – aplicados em várias situações,


porém, de custo mais elevado.
Chace seccionadora Chave de aterramento
semi-pantográfica

Isoladores
Os isoladores são elementos que suportam mecanica-
mente condutores energizados. Devem, portanto, apresentar
as seguintes características:

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Disjuntores eletromecânicos
São equipamentos que abrem ou fecham um circuito
elétrico em carga, nas condições normais de funcionamento
ou nas situações anormais de sobrecarga, sobrecorrente ou
sobretensão, sem sofrer efeitos de danos a sua estrutura. O
disjuntor eletromecânico normalmente possui uma caixa
de comando que pode ser acionada eletricamente à distân-
cia pelo operador ou por sistemas de proteção automáticos,
também podendo ser acionados por sistema mecânico local.
Para abertura de circuitos em carga a atingir a capacidade
de cortar o arco elétrico junto dos seus contatos, os disjuntores
utilizam artifícios especialmente desenvolvidos: esticamento
rápido do arco, abertura múltipla, desionisação, abafamento,
resfriamento, etc.
Subestação/Aterramento

Industrialmente existem os seguintes tipos: a seco, mag-


nético, grande volume de óleo, pequeno volume de óleo, ar
comprimido, a gás SF-6 e a vácuo.

• Disjuntor eletromecânico de sopro magnético.

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• Disjuntor eletromecânico a gás SF-6 Banco de Capacitores de Potência


O planejamento do sistema elétrico brasileiro tem ulti-
mamente optado pela instalação de grandes blocos de com-
pensação reativa capacitiva, como objetivo de se diminuir os
custos e otimizar o desempenho do sistema.

Subestação/Aterramento
Banco de capacitores de subestação.
O gás atua como meio isolante a fim de diminuir o arco
elétrico.
O objetivo básico de uma compensação reativa capacitiva
é de compensar o fator de potência das cargas, refletindo-se
• Disjuntor eletromecânico à seco
principalmente, nos seguintes pontos:
• Aumenta a tensão nos terminais de carga;
• Melhora a regulação de tensão (desde que os capacitores
sejam manobrados adequadamente);
• Reduz perdas na transmissão;
• Reduz o custo do sistema, economizando-se na diminui-
ção do número de linhas para o transporte de reativos.

• Disjuntor eletromecânico GVO, grande volume de óleo

Banco de capacitores em subestação abrigada.

O fornecimento dos reativos capacitivos necessários a


um melhor desempenho do sistema de transmissão pode ser
• Disjuntor eletromecânico PVO, pequeno volume de óleo
feito por geradores, linhas de transmissão, compensadores
síncronos, estáticos controlados por tiristores ou banco de
capacitores. Entre os elementos mencionados anteriormente,
os bancos de capacitores levam considerável vantagem, tendo
em vista o menor custo de instalação aliado à maior simplici-
dade de manutenção.

Esquema de Ligação dos Bancos Capacitores


Quatro tipos de ligação normalmente usados para bancos
de capacitores em derivação á saber:

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Estrela Aterrada ou Isolada proteção permite maiores rendimentos operacional, técnico e


As principais características de um banco em estrela ater- econômico, juntamente com os outros elementos do sistema.
rada são: A função do conjunto de proteção é retirar de serviço
• Normalmente são autoprotegidos contra surtos atmosfé- rapidamente qualquer elemento do sistema elétrico quando
ricos e por isto não é necessário para-raios adicionais com sujeito a curto-circuito ou quando o mesmo está operando
esta finalidade. em condições anormais que poderão causar danos ou mesmo
• Como um banco aterrado fornece um caminho de escoa- interferir na operação do resto do sistema. Abaixo veremos os
mento de baixa impedância para correntes de altas frequ- equipamentos mais usuais:
ências, então estes poderão ser utilizados como filtros em
sistemas com abundância de harmônicos. Fusível e Disjuntor
• Como neste caso o neutro é fixo a tensão transitória de
O dispositivo de proteção de circuito mais simples que
restabelecimento nos disjuntores ou fusíveis é relativa-
existe é o fusível. O fusível é apenas um fio fino, fechado em
mente baixa.
uma cápsula e que se conecta ao circuito. Quando o circuito é
• Aumentam a interferência em circuitos de comunicação em
fechado, toda a corrente passa pelo fio do fusível, que recebe a
Subestação/Aterramento

virtude da circulação de correntes harmônicas para terra.


mesma corrente que qualquer outro ponto do circuito. O fusí-
• Ainda devido à circulação de correntes harmônicas pode-
vel é planejado para romper quando aquecido acima de um
rão surgir problemas de atuações exageradas na proteção
certo nível; se a corrente subir muito, o fio queima. A destrui-
de sobrecorrente do banco, queima acima do normal de
ção do fusível abre o circuito antes que o excesso de corrente
fusíveis, além de possíveis danificações nas latas.
possa danificar a fiação.
• Terão que ser instalados obrigatoriamente, reatores série,
O problema com o fusível é que ele funciona apenas uma
de forma a diminuirem o produto do módulo x frequência
vez. Toda vez que um rompe, precisa ser substituído. Um
da corrente transitória da descarga dos bancos para curto-
disjuntor faz basicamente a mesma coisa: abre o circuito assim
circuitos e/ou instalar limitadores de tensão nos secundá-
que a corrente atinge níveis perigosos. No entanto, pode ser
rios dos transformadores de corrente de toda subestação.
reutilizado.
Um disjuntor básico consiste de um simples interruptor
Os esquemas de ligação de bancos de capacitores em
conectado a uma lâmina bimetálica.
delta são empregados normalmente por razões econômicas,
para classe de tensão não superiores a 2400V.

Ligação em Estrela com Neutro Isolado


As principais características de um banco em estrela com
neutro são:
• Não provocam interferências nos circuitos de comunicação.
• Dependendo do risco assumido, não há necessidade de
precauções tão fortes, como no caso do neutro aterrado,
para com a proteção do secundário dos transformadores
de corrente.
• O neutro do banco deverá ser isolado para tensão de
fase, o que para tensões acima de 15KV pode tornar-se
dispendioso. Fusível
• Deverá ser tomada uma atenção especial para a tensão
transitória de restabelecimento nos equipamentos de
manobra do banco. Este fato poderá encarecer o disjuntor
ou seccionador responsável pelo banco de capacitores.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO PARA SUBESTAÇÃO


Usualmente o que nos impressiona em um sistema elé-
trico são seus componentes maiores tais como: geradores,
transformadores, linhas de transmissão, etc. Mas existem com-
ponentes nesse conjunto, que nos permitem atingir o objetivo
básico de um sistema elétrico que é a continuidade de serviço
de fornecimento de energia elétrica aos consumidores.
O conjunto de proteção é um desses componentes.
Apesar de constituir uma pequena parcela tanto em grandeza
física como em valor monetário (aproximadamente 1% do
investimento total) de todo o sistema elétrico, o conjunto de Disjuntor Eletromagnético

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Chave Seccionadora com Porta Fusível Alguns Defeitos de Transformadores


• Curto circuito entre espiras e bobinas: o efeito é a modi-
ficação nas características do óleo, formação de gás por
queima de óleo.
• Curto circuito interno: o efeito é o desequilíbrio das fases.
• Sobrecarga: o efeito é aquecimento dos enrolamentos.
• Sobrecorrente: o efeito é a elevação brusca das correntes
que entram ou saem do transformador.
Chave seccionadora com porta fusível/elo fusível/cartucho. • Temperatura de funcionamento elevada: o efeito é aque-
cimento do óleo isolante.
• Vazamento de óleo: o efeito é o rebaixamento do nível de
Chave Seccionadora com Aterramento Rápido
óleo dentro do tanque.
• Desequilíbrio ou falta de fase: o efeito é o surgimento de
correntes no neutro da ligação estrela.
• Contato de uma fase com a massa: o efeito é a corrente

Subestação/Aterramento
circulando da massa para a terra.
• Defeitos no comutador manobrável em carga: o efeito é o
arco voltaico violento no tanque do comutador.

Esta chave trabalha em conjunto com o disjuntor, sua posi- A maioria das proteções de um transformador atua sobre
ção de operação é normalmente aberta, fechando ao sinal de um relé de bloqueio (comando dado direto aos disjuntores)
qualquer distúrbio no circuito, assim aterrando o circuito obri- que estão ligados ao transformador e o seu religamento só
gando a atuação do disjuntor. deverá ser efetuado após uma severa inspeção no transforma-
dor, onde se tentará identificar as causas da operação, intima-
mente ligadas com o relé que atuou sobre o relé de bloqueio.
Proteções para Transformador
RELÉ DE TEMPERATURA DE ENROLAMENTO
E RELÉ DE SOBRECARGA

Este relé tem a função de medir a temperatura média do


A tecnologia de construção de grandes transformadores
enrolamento do transformador durante seu funcionamento,
atingiu um nível técnico tão elevado que os mesmos podem impedindo desta maneira uma sobrecarga no mesmo. Entre-
ser colocados entre os elementos das instalações elétricas que tanto, este detetor não serve para indicar sobrecargas curtas,
apresentam os melhores índices de segurança em serviço. cuja duração esteja abaixo da constante de tempo da variação
Ao contrário dos múltiplos tipos de defeito susceptíveis de seus elementos térmicos, isto é, não pode ser usado para
de ocorrer nas máquinas rotativas, os transformadores podem indicação de curtos-circuitos passageiros, não servindo, por-
ser sujeitos apenas a curtos circuitos nos enrolamentos, sobre- tanto, como relé de sobrecorrente.
aquecimento e circuito aberto. O seu funcionamento se dá com uma bobina auxiliar
As duas principais causas de falhas no isolamento de um térmica. É encaixada no tanque de óleo do transformador na
transformador são decorrentes de sobretensões e sobreaque- tampa superior, conectada a um transformador de corrente
cimentos. Sobretensões transitórias de origem atmosférica ou interno, TC de bucha, que envia uma corrente proporcional à
de manobras e faltas para a terra em sistemas não aterrados, corrente de serviço para esta bobina auxiliar. Forma-se então
submetem os enrolamentos do transformador a severas ten- na bobina condições de temperatura equivalentes as do pró-
sões que podem ser aliviadas pela instalação de para-raios prio enrolamento e circulando por ela um potencial comple-
adequados. tamente inofensivo. Poderemos medir esta temperatura por
Deve se notar que a maior parte dos curtos-circuitos meio de um termômetro de resistência e um teletermômetro,
resultantes de falhas de isolamento ocorre entre espiras de onde teremos escalas e regulagens para a entrada automá-
um mesmo enrolamento, visto que os enrolamentos de trans- tica do sistema de refrigeração forçada indicando alarme ou
formadores de grande porte são bem espaçados do núcleo e mesmo bloqueio.
bem isolados dele por meio de placas sólidas banhadas em Geralmente relés de sobrecarga possuem dois ou mais
óleo isolante (prespan, fenolites, fibras, etc.) pouquíssimos contatos para operação, sua faixa de regulagem é muito
curtos envolvem o núcleo de ferro do transformador. variada de local para local.

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Temperatura de Óleo relé, a bóia superior é forçada a descer. Se por sua vez ocorrer uma
produção excessiva de gás, este provoca uma circulação brusca
de óleo no relé e a bóia inferior reage antes mesmo que os gases
formados atinjam o relé. Em ambos os casos as bóias ao sofrerem
deslocamentos ligam contatos elétricos de alarme e ou bloqueio.

Destinado a medir a temperatura do ponto mais quente


do óleo isolante, parte superior interna da tampa do trans-
formador, acionando um sistema de contatos quando atingir
limites pré-estabelecidos. Serve apenas como dispositivo de
surpevisão geral de temperaturas do transformador.
Subestação/Aterramento

Indicador de Nível de Óleo

É um aparelho destinado a indicar o nível de óleo do conser-


vador ou tanque de expansão de um transformador. Os trans-
formadores de menor importância são equipados com simples
tubo de vidro, dando uma indicação visual do nível interno.
Os transformadores de maior porte são equipados com
PROTEÇÃO DIFERENCIAL
indicadores do tipo magnético conforme a figura abaixo. Esses É a principal forma de proteção de transformadores com
indicadores magnéticos dispensam furos na parede do tanque potência superior a 5 ou 10 MVA, dependendo da importância
para passagem de eixos móveis, com a vantagem de eliminar da subestação no sistema.
uma possível fonte de vazamento. Os indicadores podem ser É capaz de eliminar todos os tipos de curto circuitos inter-
equipados com um ou dois contatos para sinalizarem nível nos, inclusive entre espiras, como também os defeitos devido
baixo ou alto, respectivamente. a arcos nas buchas do transformador, dependendo da posição
dos TC’s sensores.
Na montagem diferencial comparam-se as correntes que
Relé de Gás Buchholz entram com as correntes que saem do transformador sendo que o
relé atua quando sua unidade de operação é atravessada por uma
corrente com certo valor ajustado e denominada corrente diferen-
cial. Esta corrente diferencial é o valor da diferença vetorial entre as
correntes que entram com as que saem do transformador.
O relé diferencial é alimentado por correntes secundárias
de TC’s preferencialmente exclusivos, colocados em cada lado
do transformador, comparando estas correntes que nada mais
são do que as imagens de correntes primárias que circulam nos
enrolamentos do transformador de força e atuando para uma
pré determinada diferença vetorial que ocorra entre elas.
Relé Buchholz são instalados nos transformadores para, em
tempo útil, assinalar por meio de alarme ou desligamento, defei-
tos como perda de óleo, descargas internas, isolação defeituosa
dos enrolamentos ou mesmo defeitos contra a terra ocorridos
internamente em transformadores isolados à óleo.
O relé Buchholz ou Trafoscópio é um relé a gás, sendo
normalmente montado entre o tanque principal e o tanque
de expansão do transformador. A carcaça do relé é de ferro
fundido possuindo duas aberturas flangeladas e dois visores
com escala graduada indicativa do volume de gás.
Internamente encontram-se duas bóias montadas uma sobre
a outra. Quando do acúmulo de uma certa quantidade de gás no

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Paralelismo de Transformadores
A necessidade de instalar transformadores em paralelo
ATERRAMENTO
tem a finalidade de atender a um aumento de carga em um
determinado ponto do circuito aonde o transformador já ins-
talado não mais atende o aumento da demanda da carga.

Transformadores a óleo em paralelo


DEFINIÇÃO DE ATERRAMENTO

Subestação/Aterramento
Dois transformadores são ligados em paralelo quando seus Terra ou Massa são conceitos usados nos campos da ele-
primários e secundários são conectados às mesmas linhas primária tricidade e da eletrônica como ponto de referência para um
e secundária, respectivamente. Desse modo qualquer carga ligada potencial elétrico de 0V. De acordo com o tipo de instalação,
à linha secundária comum aos dois trafos é dividida por eles. esta referência pode ter uma função específica.
A ligação em paralelo de transformadores é vantajosa por Em física um terra elétrico é um ente idealizado, capaz de
uma série de razões, das quais: fornecer ou absorver a quantidade de carga elétrica (partículas
• Confiabilidade do fornecimento; carregadas) que ser fizer(em) necessária(s) à situação sem, entre-
• Facilidade e viabilização do transporte; tanto, alterar quaisquer de suas propriedades elétricas, mostran-
• Manutenção sem interrupção; do-se sempre eletricamente neutro ao ambiente que o cerca.
• Adiamento de investimentos; O fio terra é o condutor elétrico cuja função é conectar a
• Aumento da potência disponível; terra todos os dispositivos que precisarem utilizar seu potencial
• Operação próxima aos pontos de máximo rendimento. como referência ou valer-se de suas propriedades elétricas.
Em sistemas de potência o terra possui as funções de:
Para se efetuar o paralelismo existem algumas condições • Referência elétrica de tensão;
que são ditas obrigatórias, pois se não atendidas, provocam • Referência para sistemas de proteção;
corrente de circulação entre os dois trafos. São elas: • Escoamento para o excesso de carga e energia, prove-
• Mesma relação de transformação; niente de sobrecargas, sobretensões (através de supresso-
• Mesmo defasamento angular. res de surto);
• Proteção de pessoal e equipamentos por equipotenciali-
Além dessas duas condições obrigatórias, para que o para- zação do solo;
lelismo seja ideal, as contribuições percentuais de cada trans- • Transmissão de energia de modo monopolar, como em
formador devem ser iguais. Para que isso ocorra, outras duas transmissão de corrente contínua, ou distribuição rural.
condições, ditas de otimização devem sem obedecidas:
• Mesmo módulo da impedância percentual; Sistema de aterramento – é o conjunto de condutores
• Mesmo ângulo da impedância percentual. enterrados, cujo objetivo é realizar o contato entre o circuito
e o solo com a menor impedância possível. Os sistemas mais
Essas condições são ditas de otimização porque, apesar de não comuns são hastes cravadas verticalmente, condutores hori-
impedirem o paralelismo se não atendidas, otimizam-no quando zontais ou conjunto de ambos.
atendidas. Quando as impedâncias percentuais têm módulos dife- A forma mais completa de aterramento é a malha de terra,
rentes, as contribuições individuais dos transformadores em para- composta de condutores horizontais formando um quadricu-
lelo serão também diferentes. Isso faz com que, quando o trans- lado com hastes cravadas em pontos estratégicos. As malhas
formador de menor impedância estiver liberando 100% da sua são amplamente usadas em subestações.
potência nominal, o outro, de maior impedância estará liberando
menos de 100%. Se a potência desse for aumentada, o primeiro,
de menor impedância, ficará sobrecarregado. Se os transformado-
res apresentarem ângulos das impedâncias internas diferentes, ou
diferença nas relações entre resistência e reatância internas, mesmo
que os módulos das impedâncias sejam iguais, o módulo da soma
das potências individuais será sempre maior do que o módulo da
carga, fazendo com que os transformadores liberem mais potência
do que a carga exige. Isso se dá porque potência também é fasor, e
as potências liberadas pelos transformadores não estarão em fase
se os ângulos das impedâncias internas forem diferentes. Malha de aterramento

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Um aterramento bem projetado possui uma impedância


típica entre 1 e 10Ω, encontrando-se em grandes substações
valores bem baixos de 1Ω. Em certas locações como em solos
muitos secos ou rochosos, é praticamente impossível alcançar
estes valores.
A resistência de aterramento pode apresentar variações
de acordo com a frequência e a intensidade das correntes
injetadas, como por exemplo, em corrente contínua, a frequ-
ência industrial ou altas frequências presentes em descargas
atmosféricas. Níveis elevados de energia em um aterramento
podem provocar fenômenos de ionização do solo (havendo
similiaridade ao efeito corona) além do aquecimento natural TN–C
dos cabos e das juntas. Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra)
e neutro encontran-se conectados em um mesmo ponto na
Subestação/Aterramento

alimentação do circuito e distribuídos por um único condutor,


combinando as funções de neutro e terra por toda instalação.

Símbolo de aterramento

Esquemas de Aterramento
Segundo a norma brasileira NBR 5410, que trata de instala-
ções elétricas de baixa tensão existem os seguintes esquemas
de aterramento:

TT
Esquema em que o condutor é aterrado em um eletrodo
distinto do eletrodo destinado ao condutor de proteção elé-
TN–S trica. Desta forma, as massas do sistema elétrico estão aterra-
Esquema em que os condutores de proteção elétrica (terra) das em um eletrodo de aterramento eletricamente distinto do
e neutro encontram-se conectados em um mesmo ponto na eletrodo de aterramento da alimentação.
alimentação do circuito, porém distribuídos de forma inde-
pendente por toda instalação.

IT
TN–C–S
Esquema em que os condutores de proteção elétrica Esquema em que as partes vivas são isoladas da terra ou o
(terra) encontram-se conectados em um mesmo ponto na ali- ponto de alimentação é aterrado através de uma impedância.
mentação do circuito e distribuídos em partes da instalação, As massas são aterradas ou em eletrodos distintos para cada
por um único condutor (que combina a função de neutro e uma delas ou em um eletrodo comum para todas elas ou ainda
terra) e em outra parte desta instalação através de condutores partilhar do mesmo eletrodo de aterramento da alimentação,
distintos. porém, não passando pela impedância.

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trabalho na instalação sendo retirado ao término do trabalho


para a possível reernegização.

SISTEMAS DE ATERRAMENTO EM SUBSTAÇÕES

Subestação/Aterramento
Toda instalação elétrica de média tensão para que se possa
garantir de forma adequada a segurança das pessoas e o seu
funcionamento correto deve ter uma instalação de aterra-
mento. A NBR 14039, norma técnica brasileira de média tensão
e a NR – 10 norma regulamentadora do Ministério do Trabalho
e Emprego exigem que todas as instalações elétricas tenham
um aterramento. Esta exigência tem como finalidade principal
a segurança das pessoas, tanto dos profissionais encarregados
pela operação e manutenção, quanto das pessoas que utili-
zam as instalações e estão na proximidade de influência.
Além da finalidade de segurança pessoal, no entanto, Exemplos de aterramento para trabalho
pode-se citar ainda como finalidades do aterramento: a pro-
teção das instalações, melhoria na qualidade dos serviços,
principalmente da proteção e o estabelecimento de um refe-
rencial de tensão para a instalação.
O aterramento segundo a sua função pode ser classificado
como:

Aterramento Funcional
É o aterramento de um condutor vivo, geralmente o neutro
objetivando o correto funcionamento da instalação.

Aterramento de Proteção
É o aterramento das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação, objetivando a proteção contra choques
de contato indireto.

Aterramento para Trabalho


Conjunto de aterramento temporário
É o aterramento de uma parte do circuito de uma insta-
lação elétrica que está normalmente sob tensão, mas é posta
temporariamente sem tensão para que possam ser executa-
dos os trabalhos com segurança.

Dependendo do esquema do aterramento adotado, os


aterramentos funcional e de proteção podem ser implementa-
dos no mesmo eletrodo de aterramento ou elementos distin-
tos. Mas tanto o aterramento funcional quanto o aterramento
de proteção são permanentes e o aterramento para trabalho
é temporário, este só é empregado para a realização de um

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Um para-raio corretamente instalado reduz significativa-


SISTEMA DE PROTEÇÃO mente os perigos e os riscos de danos, pois captará os raios
que iriam cair na proximidade de sua instalação.

SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA TIPOS DE SPDA


DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) • Pontas ou hastes.
• Gaiola de Faraday.

Pontas ou Hastes “Franklin”


Os Sistemas que utilizam os efeitos das pontas são mais eco-
nômicos, mas para edifícios longos como fábricas, o princípio da
“Gaiola” pode se tornar mais econômico. E no caso de edifício
De acordo com a NBR 5419/2005 – Sistema completo desti- que usa equipamentos eletrônicos torna-se indispensável.
Subestação/Aterramento

nado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas Haste ou tipo Franklim; o método proposto por Franklim
atmosféricas. É composto de um sistema externo e um sistema tem por base uma haste elevada. Esta em forma de ponta
interno de proteção. produz sobre a nuvem carregada uma alta concentração de
• Sistema externo de proteção: consiste em subsistemas cargas elétricas, juntamente com um intenso campo elétrico.
de captores, condutores e aterramento. Isto produz a ionização do ar diminuindo a altura efetiva
• Sistema interno de proteção: conjunto de dispositivos de nuvem carregada, o que propicia o raio através do rompi-
que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente mento da rigidez dielétrica da camada do ar.
de descarga atmosférica dentro do volume a proteger Utiliza as propriedades das pontas de propiciar o esco-
(DPS – dispositivo de proteção contra surtos). amento das cargas elétricas para a atmosfera, chamado do
• Descarga atmosférica: descarga elétrica de origem atmos- poder das pontas. O raio captado pela haste é transportado
férica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens, consis- pelo cabo de descida e escoado na terra pelo sistema de aterra-
tindo em um ou mais impulsos de vários quiloampéres. mento. Se o diâmetro do cabo de descida, conexões não forem
• Raio: impulsos elétricos de uma descarga atmosférica adequados, as tensões ao longo do sistema que constitui o
para terra. para-raio serão elevadas e a segurança estará comprometida.
• Relâmpago: luz gerada pelo arco elétrico do raio. É preferível não ter um para-raio do quer instalar um mal
• Trovão: som produzido pelo deslocamento do ar devido dimensionado.
ao súbito aquecimento causado pela descarga do raio.
• A forma mais comum para explicar a formação das cargas Componentes
e o modelo das nuvens é a representação bipolar: a nuvem • Captor: principal componente do para-raio formado por
como um enorme bipolo com cargas positivas na parte três pontas ou mais de aço inoxidável ou cobre, é denomi-
superior e as negativas na inferior. nado de ponta.
• A nuvem carregada induz no solo cargas positivas, que ocupam
uma área correspondente ao tamanho da nuvem. Como a
nuvem é arrastada pelo vento, a região das cargas positivas no
solo acompanha o deslocamento dela, formando a nuvem de
sombra de cargas positivas que seguem a nuvem.
• Uma descarga atmosférica penetrando no solo pode gerar um
gradiente de potencial perigoso para as pessoas e os animais.

COMO OS PARA-RAIOS FUNCIONAM • Mastro ou haste: é o suporte do captor, constituído de um


tubo de cobre de comprimento igual a 5m e com 55mm
As descargas elétricas das nuvens de tempestades se diri-
de diâmetro. A sua função é suportar o captor e servir de
gem para o solo, um campo elétrico que sai do para-raio inter-
condutor metálico.
cepta a carga e completa o circuito. O resultado é uma grande
carga de eletricidade chamada de raio, o para-raio dissipa esta
carga no solo.
A função do SPDA é neutralizar, pelo poder de atração das
pontas o crescimento do gradiente de potencial elétrico entre o
solo e as nuvens, por meio do permanente escoamento de cargas
elétricas do meio ambiente para a terra. Oferecer a descarga elé-
trica que for cair em suas proximidades um caminho preferencial,
reduzindo os riscos de sua incidência sobre as estruturas.

92 CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNICA AVANÇADA


PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2ºPERÍODO

• Isolador: é a base de fixação do mastro ou haste. Em geral, É uma proteção eficiente e largamente adotada. Para
de porcelana vitrificada ou de vidro temperado para nível melhorar a sua eficiência, pode ser usada em conjunto com a
de tensão de 10kv. proteção Tipo Franklin.
• Condutor de descida: é o condutor que faz a ligação entre É formada por um captor, cabos de cobre no formato de
o captor e o eletrodo de terra. Essa condução deverá ser feita uma malha, suportes isoladores e tubos de proteção para os
de modo a não causar dano na estrutura protegida, manter os condutores de descida até o solo.
potenciais abaixo do nível de segurança e não produzir fais- A largura do modulo da malha da gaiola de Faraday
camento na descida. Deve ser contínuo. Ser não for possível, seguem os níveis; I (5m), II e III (10m), IV (20m). São as distân-
usar emendas metalizadas. Estas emendas devem ter seção cias máximas dos espaçamentos. O módulo da malha deverá
maior ou igual ao cabo de descida. Os condutores de descida constituir um anel fechado com o comprimento não superior
devem ser instalados nos cantos principais da edificação e ao ao dobro da sua largura.
longo das fachadas, de acordo com o nível de proteção. No
Notas:
caso de edifícios com os andares superiores em balanço não
• Não devem surgir diferenças de potencial entre equipa-
é permitido que o condutor de descida contorne o balanço.
mentos ou partes de um mesmo equipamento;

Subestação/Aterramento
Poderia por em risco a segurança de uma pessoa que aí esti-
• Não devem surgir no solo diferenças de potencial que
vesse. Neste caso é obrigado que o condutor de descida causem tensões de passo perigosa às pessoas;
passe por um local protegido como um poço, por exemplo. • Não devem surgir entre as partes metálicas e o solo dife-
renças de potencial que causem tensões de toque ou des-
cargas laterais às pessoas.
• Para que estas condições sejam atendidas deve-se equa-
lizar os referenciais de potencial das diferentes entradas
(força e telefone, por exemplo) de modo que não surjam
diferenças de potencial perigosas aos equipamentos.
• Os para-raios radioativos no Brasil foram proibidos.

• A armadura de concreto como condutor de descida:


as armaduras de concreto armado podem ser considera-
das condutores de descida natural. Desde que: cerca de
50% dos cruzamentos de barras da armadura, incluindo
os estribos, estejam firmemente amarrados com arame
de aço torcido, ou soldadas, ou interligadas por conexões
mecânicas adequadas.
• Eletrodos de Terra: o condutor de descida é conectado na
sua extremidade inferior a três ou mais eletrodos de terra, Equipamentos usados em SPDA
cujo valor da resistência de aterramento não deverá ser
superior a 10 Ohms, na pior época do ano (período seco)
para instalações em geral e de 1 Ohm para edificações des-
tinadas a materiais explosivos ou facilmente inflamáveis.
• Conexão de medição: conexão desmontável destinada
a permitir a medição de resistência de aterramento. Deve
ser instalada a 2 m ou mais acima do nível do solo.

Gaiola de Faraday

O princípio básico da proteção de Michael Faraday (1791-


1867) é usar os condutores em forma de anel. Para-raios para linhas de transmissão e transformadores

CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNICA AVANÇADA 93


PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2º PERÍODO
Subestação/Aterramento

POSICIONAMENTO DOS CAPACITORES


Conforme o Nível de Proteção
TABELA 1 – POSICIONAMENTO DOS CAPTORES CONFORME O NÍVEL DE PROTEÇÃO
Ângulo de proteção (α) - método Franklin, em função da
altura do captor (h) (ver Nota 1) e do nível de proteção Largura do
módulo da malha
Nível de R h (ver Nota 2)
0 – 20 m 21 m – 30 m 31 m – 45 m 46 m – 60 m > 60 m
proteção m m m
I 20 25o 1) 1) 1) 2)
5
o o 1) 1) 2)
II 30 35 25 10
o o o 1) 2)
III 45 45 35 25 10
o o o o 2)
IV 60 55 45 35 25 20
R = raio da esfera rolante.
1)
Aplicanm-se somente os métodos eletrogeométrico, malha ou da gaiola de Faraday.
2)
Aplica-se somente o método da gaiola de Faraday.
Notas:
1. Para escolha do nível de proteção, a altura é em relação ao solo e, para verificação da área protegida, é em relação ao
plano horizontal a ser protegido.
2. O módulo da malha deverá constituir um anel fechado, com o comprimento não superior ao dobro da sua largura.

Parâmetros e Volume de Proteção do SPDA

h - altura do captor a - largura da malha


α - ângulo de proteção (método Franklin) b - comprimento da malha
R - raio da esfera rolante b ≤ 2a

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PÓS MÉDIO ELETROTÉCNICA 2ºPERÍODO

Espaçamento médio dos condutores de descidas não naturais


TABELA 2 - ESPAÇAMENTO MÉDIO DOS CONDUTORES DE DESCIDA
NÃO NATURAIS CONFORME O NÍVEL DE PROTEÇÃO
Nível de proteção Espaçamento médio
m
I 10
II 15
III 20
IV 25

Notas:
1. A distância média entre condutores de descida está relacionada com a distância de segurança. Se os espaçamentos
médios forem maiores que os especificados na tabela 2, as distâncias de segurança podem resultar consideravelmente

Subestação/Aterramento
aumentadas.
2. Os condutores de descida devem ser, na medida do possível, espaçados regularmente em todo o perímetro, devendo ser
instalado, sempre que possível, um condutor de descida em cada vértice da estrutura.
3. Em estruturas cobrindo grandes áreas com larguras superiores a 40 m, são necessários condutores de descida no interior
do volume a proteger (requisito que será naturalmente atendido no caso de estruturas metálicas ou com armaduras de aço
interligadas).

Seções Mínimas dos Materiais do SPDA


TABELA 3 - SEÇÕES MÍNIMAS DOS MATERIAIS DO SPDA

Descidas (para Descidas (para


Captor e anéis Eletroto de
estruturas de estruturas de altura
Material intermediários aterramento
altura até 20 m) superior a 20 m)
mm2 mm2
mm2 mm2
Cobre 35 16 35 50
Alumínio 70 25 70 –
Aço galvanizado a quente
50 50 50 80
ou embutido em concreto

Espessuras Mínimas dos Componentes do SPDA


TABELA 4 - ESPESSURAS MÍNIMAS DOS COMPONENTES DO SPDA
Dimensões em milímetros
Captores Descidas Aterramento
Material
NPQ NPF PPF
Aço galvanizado a quente 4 2,5 0,5 0,5 4
Cobre 5 2,5 0,5 0,5 0,5
Alumínio 7 2,5 0,5 0,5 –
Aço Inox 4 2,5 0,5 0,5 5
NPQ - não gera ponto quente;
NPF - não perfura;
PPF - pode perfurar.

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Materiais do SPDA e Condições de Aplicação


TABELA 5 - MATERIAIS DO SPDA E CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO
Aplicação Corrosão
Material Embutido Embutido
Ao ar livre Enterrado Resistência Risco agravado Eletrolítica
no concreto no reboco
Cloretos
altamente
Maciço, encordoado
Maciço ou A mais concentrados;
Cobre ou como revestimento – –
encordoado substâncias compostos sul-
de haste de aço
fúricos; mate-
riais orgânicos
Aço de
Subestação/Aterramento

construção Boa, mesmo


Maciço ou Maciço ou Maciço ou Com o
comum ou – em solos –
encordoado encordoado encordoado cobre
galvanizado ácidos
a quente
Aço Água com
Maciço ou Maciço ou Maciço ou A muitas
inoxidável – cloretos –
encordoado encordoado encordoado substâncias
dissolvidos
Alumínio Maciço ou Agentes Com o
– – – –
encordoado básicos cobre
Altas con-
Chumbo Como revestimento – – centrações Solos ácidos –
de sulfatos

96 CENTRO DE EDUCAÇÃO TÉCNICA AVANÇADA

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