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Kindermann - 2a ed
Engenharia Elétrica
Universidade de Brasília (UnB)
114 pag.
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Volume ....,
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CONTEÚDO
" -l
= VolUllle
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Zona de Proteção =
III!!!!!
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Proteção ·Diferencial lóIoii
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Teleproteção
. Proteção de Transformador =
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Nomenclatura ANSI/IEC •
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ISBN 85-900853-6-8
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9 788590 085362
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o AUTOR
(
Gerald o Kinderm ann, natural GERALDO KINDERMANN
de Araranguá-SC, professor da PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Graduação e Pós-Graduação do
(
Departamento de Engenharia
Elétrica da Universidade Federal
de Santa Catarina (UFSC).
( Coordenador e Ministrante de
cursos promovidos pela
Eletrobrás. Ministrou vários cursos
~ palestras no País e no Exterior.
PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE
( E autor dos Livros: POTÊNCIA
• AteITamento Elétrico
• Choque Elétrico
• Curto-Circuito Volume 2
• Proteção Contra Descargas
Abnosféricas em Estruturas
Edificadas
• Proteção de Sistemas Elétricos
de Potência - Volume 1 .
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\ (J Florianópolis -
2006
se
LabPlan
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(
© by Geraldo Kindermann
1ª edição : 2006
(
Capa: Marcos Fischbom GERALDO KINDERMANN dedica este livro a sua familia:
Revisão: Rubipiara Cavalcante Fernandes
Editoração: Geraldo Kindermann
" Maria das Dores (esposa)
(
(
Agradecimentos
(
o autor agradece em especial
Apresentação
o Laboratório de Planejamento de Sistemas de Energia Elétrica - (
o Autor
I:
I
I Document shared on www.docsity.com
(
Índice Geral
II Iii
3.2 Fio Piloto ... .. ... .... ... .... .. ........................ ...... .... ..... ..... .. .. .. .... .......... .... ... 33 4.3 Proteção Diferencial no Transfom1ador Monofásico ................... ...... 97
3.3 Fibra Óptica ... .... ..... ............ ........ .. ............... .. ....... ....... .......... ..... ...... .. 37 4.4 Transformador Tri fásico ............. ... .. .... ....... .............................. .. ... ... 103
(
3.4 Cabo OPGW .......... .. ...... ... ............... .. .. ...... .... ........ .. ........................... 40 4.5 Proteção Diferencial do Transformador Ttifásico D. - y .......... .. ..... 104
3.5 Onda Portadora ............ .... .. .... ... ........................... ....... ... ............. ... .... . 43 4.6 Regra de Ligação dos TCs nos Transfonnadores Trifásicos .. ... ... .... 106
(
3.6 Microondas ...... ...... .. .... ........ .. ............... ... .... ....... .. ... .. .............. .. .... ..... 45 4.7 Transformador Trifásico sem Rotação de Fase ................................ 107
( 4.8 Transformador D. - Y ........................... .. ........... .......... .................... 109
3.7 Tipos de Sistemas de Teleproteção ........ ... ........... ................ ......... ..... 46
( 4.9 Ajuste do Relé Diferencial Percentual na Proteção do
3.8 Sistema de Bloqueio por Comparação Direciona1... .... .. .... ... ........... ... 47
Transformador ........... .. ...... ..... .... ... ............ ........ .......... ....... ........ .. .... 121
3.9 Sistema de Desbloqueio por Comparação Direcional.. .. ..... ....... ........ 51
4.10 Energização de Transformador.. .. ... .......... ... .. .. .... ...... .. .. .... ........ ... .. . l32
3.10 Sistema de Bloqueio por Comparação Direcional- Variante ............ . 54
( 4.10.1 B loqueio da Proteção Diferencial .. ... .. .. ... ....... ..... ....... .... .... ...... ..... . l35
3. 11 Transferência de Disparo Direto por Subalcance ................. ... .. ..... ... . 58
4.10.2 Proteção Diferencial com Atenuadores de Transitórios ........... ....... l35
3.1 2 Transferência de Disparo Permissivo por Subalcance ... .. .... ... ........... 59
( 4.1 0.3 Relé Diferencial com Retenção por HarmônÍcas .............. .......... .. . l37
3.13 Transferência de Disparo Permissivo por Subalcance com Aceleração
de Zona ................ ... ............ ................... ..... .. ...... ........ ......... ............... 61 4.10.4 Relé Diferencial com urna Unidade de Bloqueio de Harmónicas ... l39
3.1 4 Transferência de Disparo Permissivo por Sobrealcance ....... .. .... ....... 62 4.10.5 Relé Diferencial Digital para Transfonnador ... ....... ..... .. .... ........ .... 141
3.15 Lógica de Eco .... .. ........... ... .......... .... .... ......... ............... ....... .... .. .. ... ..... 62 4.1 1 Transformador com Impedância de Aterramento ... ...... .. .. ..... .... .... ... 142
3.16 Proteção de Linha Morta ...... .... ..................... ..... ... .. .. .. .... ............ ... .... 66 4.1 2 Proteção Diferencial de Terra Restrita .. ....... ............................ ....... . 142
3.17 Fraca Alimentação .... ........................... .. ........ ......................... ... ... ...... 68 4.13 Proteção do Transfonnador de Aterramento ........ .... .. ....... .. ... ...... .... 144
3.18 Proteção por Seqüência Negativa ... ... .... ... ......... ... ..... ......... .... ............ 70 4.1 4 Proteção de Carcaça do Transfonnador. ............. ... .... ......... ........... ... 148
3.19 Falha de Disjuntor ..... ........ .. .............. ... .. ... ... ....... .... .. ......................... 74 4.15 Relé Buchholz ........... .......... ... .... ....... ..... .. .. .... .. .. ............ ...... .. .......... 150
3.20 Fontes Intennediárias ........... .... ............ .......... ... ... ...... .... .. .................. 78 4.15.1 Relé Buchholz do Comutador.. .................... .. ........................... ..... . 155
3.21 Relé de Freqüência .. ...... ....................... ... ..... .. ........... ... .... .. ...... ...... .... 82 4.1 6 Termômetro .......... ......... ... .. .. .. ........... ....... .... ... ........ ... ... ... ... ... .. .... .... 156
3.22 Sistemas Especiais de Proteção .... ............. .... ... ............ ..... ....... ........... 85 4.1 7 Relé de Imagem Térmica ..... .... .... ......... .. ..... .................... .. .. ....... ...... 160
3.23 Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) ............ ....... ... ... :-:".. ... 87 4. 18 Transformador Hermeticamente Fechado .. .. ... ... ...................... ... ..... 165
3.24 Esquema de Controle de Emergência ................................ ... .... ......... . 91 4.19 Relé de Súbita Pressão ... ... .... ...... ............ ... .................. ...... ... .. .......... 165
4.20 Válvula de Alívio de Pressão ................ ... ........... .. .......................... .. 167
4.21 Nível do Óleo ........ ...................... ... ............... .... .. .. .. ... ... ..... ......... ... ... 169
Capítulo IV - PROTEÇÃO DE TRANSFORMADOR
4.22 Relé de Sobre-Excitação .. .................. ... ... ........ ... ...... .................... .... 170
4.1 Introdução ..... ................ ..... ............ ... ... ................. ...... .. ..... .. ... ............ 94
4.23 Proteção Contra Falha de Disjuntor de Transfonnador.. ........... ....... 173
4.2 Transformador Monofásico ...... ........ ... .... ............ ... .. .. ...... .. ... ... .. ........ 95
4.24 Desumificador de Ar ... ....... ...... ... .................................... .... ...... .. ..... l74
(
4. 25 Proteçào do Transformador ..... ... ..... ... ... .. ... ... ... ... ....... .... ........ ... ...... . 176
(
APÊNDICE A
NOMENCLATURA DA PROTE ÇÃO ....... .. ................ .. .... .. ... ...... .. 178
BIBLIOGRAFIA ... ...... ........... ... .. ...... .. .. .................................... ...... .... 202
- ~ ------------ -----------------------_ .- -- ~
ZONA DE PROTEÇÃO
zonas (proteção secundária), por exemp lo. Neste caso. a proteção principal e a I" Proteção do
zona da proteção secundária podem ser inclusive concorrentes. Proteção do Gerador e
Gerador Transformador
Os relés de proteção primária constituem a primeira linha de defesa, caso
esta falhar, os relés da proteção alternativa, devem atuar, assim constituindo a proteçãd e ~í-I -: / ~ :~
segunda linha de defesa do sistema elétrico. Barra I IG I I I I GI I
\. I L - J I I L - J I
Cada proteção principal e alternativa é efetuada cobrindo linhas ou 'l\
:------i-j[-i-----i- k
I I 1 I
trechos de linhas ou equipamentos do sistema, cuja cobertura é denominada -~I
de zona de atuação ou zona de seletividade da proteção. I I 2 I I I I 1 I
Em relação à proteção principal, deve-se efetuar a proteção I L_ I I :
considerando: I I
I I I 1- I
I I I 4 I : 5 I I
• que haja superposição nas zonas de atuação dos relés da proteção
f
I I I I _~ _____ -. _ _ .J_ I
principal; --r- -------1- I
I I I I I
• cada disjuntor esteja coberto (contido) em pelo menos par duas I I I I I
'I-'1"'-
I I I I I
zonas de atuação dos relés da proteção principal; I I I : I
• sempre entre cada elemento ou conjunto de equipamentos deve I I Zonas de I I I
: Atuação I
existir pelo menos um disjuntor. I I da I Proteção de I
I Proteção I
Para exemplificar a figura 1.1.1 mostra a zona de atuação das proteções ~
II I / I Linhas de II
Transmissão
principais de partes de um sistema elétrico.
Note que quando ocorre um defeito dentro de uma determinada zona, ::
I I
:
I
~:
I
os relés que constituem a proteção principal, devem desligar todos os I I I I
disjuntores dentro de sua receptiva zona de atuação. Deste modo, para um I I I I
defeito localizado dentro da superposição de duas zonas, todos os I I I I
I I I I
disjuntares das duas zonas devem ser desligados. Este esquema funciona I _I I I
adequadamente, mas tem um inconveniente que ocorre quando existir um _....1--
defeito dentro da superposição de duas zonas, e num local onde a abertura Figura 1.1.1 - Zona de Atuação da Proteção Principal
de alguns disjuntares é desnecessária. Por exemplo, se um defeito ocorrer no
ponto k do esquema da figura 1.1.1, desligaria os disjuntores 1,2, 3,4 e 5, Um relé pode ter zona de atuação em que uma parte pertence à
enquanto que somente o desligamento do disjuntor 1 da barra A seria o proteção principal e a outra parte pertence à proteção de retaguarda. Como
suficiente. exemplo, pode-se citar o caso da proteção convencional (escalonada por
zona sem teleproteção) feita com a utilização de relés de distância (21), em
O inconveniente desse desligamento seria retirar um elemento não que a 23 zona tem 20% da LT na proteção principal e 50% da próxima LT
defeituoso do sistema elétrico . Entretanto a probabilidade da ocorrência coberta pela proteção de retaguarda da l a zona do relé a jusante da próxima
desse defeito e muito pequena dado que a zona de supel-posição é muito barra.
pequena e está próxima do disjuntor.
Zona B I
87 Figura 1.1.3 - Cruzamento de TCs sem Abraçar o Disjuntor
7~
t ________ _______ ~
Proteção de
Linh a d e
T_ra_n_
sm_
_ iS_Sã_O____ ~ ____________________ ~
Neste caso os TCs não cobrem o disjtmtor, isto é, o disjuntor está
coberto só pela proteção da zona B. Note que no esquema da figura 1.1.3
está apresentado, também, 2 TCs separados, a que constitui em uma
Proteção alternativa de alto custo. Na realidade, as empresas utilizam apenas um TC
Oife renc ia l
d e Barra
com vários enrolamentos independentes no secundário, assim nesse caso
bastaria um enrolamento primário e 2 enrolamentos secundários. Para este
propósito, convenciona-se que o símbolo apresentado na figura 1.lA
corresponde a um TC com 1 enrolamento primário e 2 enrolamentos
secundários. ~
~-
~lLf
I Zona A
";
. LT
•
Zona B I
Figura 1.1 .2 - Localização dos TCs Figura 1.1A - TC com um Enrolamento Primário e 2 Enrolamentos
Secundários
A fim de reduzir os custos e a quantidade de TCs utilizados na Note que com esta configuração econorrllzou-se 7 TCs.
conjugação dos entrelaçamentos das proteções de banas, as empresas
ado tam esquemas de proteções em que as ligações ficariam como as 1.2 Relé de Sobretensão
apresentadas na figura 1.1.5.
Os relés de sobretensão operam quando a tensão elétrica ultrapassa
Proteção um valor pré-ajustado. Recebe a denominação de função 59 pela
Dife rencial do
Gerador e nomenclatura ANSI. Ver apêndice A.
Transformador
OS relés de sobretensão podem ser classificados em:
a) Aspectos construtivos
87 87 • Eletromecânico;
• Eletrônico;
• Digital.
b) Tempo de atuação
3 Proteção de 4
- ' / Unhade ~ • Instantâneo;
--r Transmissão 21 •- --1
• Temporizado.
: ! 1
o Definido;
Proteção
o Tempo inverso.
Diferencial
de Barra O relé de sobretensão eletromecânico, em relação ao aspecto
construtivo, é idêntico ao relé de sobrecorrente tanto para a unidade
instantânea quanto para a unidade temporizada. A unidade instantânea e a
temporizada de tempo inverso estão apresentadas respectivamente nas
figuras 1.2.1 e 1.2.2.
I
Em que:
Figura 1.1 .5 - TCs com 2 Enrolamentos no Secwldários no Entrelaçamento V -+ é a tensão elétrica na bobina magnetizante do relé de
das Zonas de Proteção com a Proteção de Barras. sobretensão.
---,I
TP
_....:.....--------r'
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Capítulo I Zona de Proteção
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II I I I I ! I
Relé de Sobretensão
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........ . . . . ' , Bobin a
" , Magnetizante
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do Relé 591
(
\ l\ Curva de Tempo
, \, /, 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Figura 1.2.2 - Relé de Sobretensão Temporizado (59T) Figura 1.2.3 - Curva Tempo x Tensão do relé de Sobretensão
o diagrama nmcional de proteção de sobretensão está apresentado digitais multifunção , em que a função 59 já está incorporada. Geralmente, a
na figma 1.2.5. função 59 no relé digital é de tempo definido.
+
591:f 159T ];O lO
Num relé de sobretensão eletromecânico é interessante obter a
relação de tensão de atuação (pick-up) e a tensão de desoperação (drop-out) ,
A 59T 591 conforme expressão 1.2.2.
59l B
591
I C
.
R e 1plck-up (0/
10)
= tensão de atuação
_ _ x
100
tensao de desoperaçao ( l.2 .2)
drop-out
1.3 Relé de Subtensão que mantém atraída a alavanca (armadura) do relé, confonne ilustrado na
figura l.3 .2.
o relé de subtensão, função de proteção 27, opera quando a tensão
.....
-
(
diminui abaixo de um valor pré-ajustado. Construtivamente é idêntico ao -
relé de sobretensão, mas sua operação ocorre somente quando há uma -- --"" +__.._ O.C (
Taps
redução da tensão elétrica no circuito no qual está instalado . ~ -4b~
.. o
§
~ .
A mola neste caso se mantém pennanentemente tracionada. Quando
a tensão elétrica do circuito diminui abaixo de um valor ajustado, o fluxo
....
!§
100 &
· H ~
E
magnético diminui e solta a alavanca. A mola que está tracionada puxa a
alavanca de volta fechando o contado do relé, isto é, concretizando a
operação propriamente dita do relé de subtensão 27 . Ver figura l.3.3 .
...
70
{rn-i:,
TP ~ Taps
--
""
'. Bobina
Magnetizante
do Relé 271
I _ ____' _ -_~J -~ ~ - -.
10
TP \
52a
I
Figura 1.3.7 - Esquemático em DC
O torque no relé de sobrecorrente eletromecâ.nico, ou sej a, a sua
Figura 1.3.5 - Esquemático em DC da Proteção de Sobrecorrente com corrente de atuação depende do tap escolhido e varia em função do valor da
Supervisão do Relé de Subtensão (51/27) tensão elétrica aplicada após atuação do relé 27. Isto é, a corrente de ajuste
do relé de sobrecorrente varia de acordo com a tensão elétrica aplicada e
Na representação numérica da ANSI (apêndice A), o relé de pode ser dada pela expressão 1.3.1.
sobrecorrente temporizado com monitoramento de subtensão é denominado
por 51/27. IOjuste500u51 = Tap 50 ou 5 1 .f (V27 ) (1.3.1)
Outra variante, muito utilizada é a denominada de proteção por relé Para o relé digital ou eletrônico, a corrente de ajuste varia de acordo
de sobrecorrente com restrição de tensão. Neste caso, o torque de atuação no com a expressão 1.3.2.
relé de sobre corrente eletromecânico é dependente da tensão, que pode ser
Iojuste 50 ou 5 1 = I aj us tado no 50 ou 5 J • f (V27 ) (1.3.2)
por subtensão ou sobretensão. Por exemplo, a figura 1.3.6 mostra o
diagrama uni filar desta configuração por restrição de subtensão. Em que:
. - - - - '. - '1
secundário dos TPs é de 115 / .J3 = 66,4 V. ~ =- '--_-_o _. _ _ ~ __
-._ _._- ':_~_-' ~ . _. _. _c _ _ ~ -:: __ .::::-.::. ~ , __ ~ _~ _, ' _ _ .=:::........:.
Vc = 66,4L - 240 V 0
RELÉ DIFERENCIAL
A tensão sobre o relé 59 é:
VRelé59 = Va + Vb + Yc = zero
Portanto em funcionamento normal do sistema elétrico a tensão no
relé 59 é nula. Havendo um defeito à terra, no sistema elétrico isolado, as
I 2.1 Relé Diferencial
tensões desequilibradas geram tensões de seqüência zero iguais e em fase no
secundário dos TPs, e o relé 59 ficará submetido a o relé diferencial é um dispositivo de proteção de um equipamento
que se baseia no princípio da comparação de corrente elétrica de entrada e
VRelé59 = 3Vo = 3 x 66,4 = 199,2V saída, podendo haver várias possibilidades de conexões, sendo
simbolicamente representada pela figura 2.1.1.
Desse modo o relé 59 deve ser ajustado com uma tensão bem menor,
por exemplo: ientrada
Elemento
VAjuste doRe lé 59 = V no min ai < 3Vo • Protegido
Na prática, na figura 1.4.l , é necessário colocar em paralelo com o Figura 2.1.1 - Plincípio da Proteção Diferencial
relé 59 uma resistência elétrica (R) de estabilização, principalmente para
A ftmção de proteção fundamenta-se na 1a Lei de Kirchhoff aplicada
minimizar as sobretensões advindas da própria operação do relé e também
ao equipamento, isto é
para atenuar possíveis problemas de ferro-ressonância tão comum neste tipo
de circuito.
Elemento
Protegido
(2. 1.1 )
(
o dispositivo de proteção vai atuar do seguinte modo:
Ísaída
Íe nrrada (secundário;
a) Se i entrdda =: i..ida , a corrente irei'; =: O, e o relé não atua, isto é, o ( secundário)
Relé
elemento protegido não apresenta defeito.
b) Se i.ntrnda - i saida ::; I .juste do relê ' a proteção não atua porque a Figura 2.2.1 - Proteção Diferencial Comum na Operação Normal do
diferença de corrente é menor que a corrente de ajuste do relé. Sistema Elétrico
c) Se i entrada - i saida > I aj uste do relé ' a proteção atua porque a diferença No caso da figura 2.2.1 em que o sistema elétrico está operando
de corrente é maior que o ajuste no relé. Neste caso há um normalmente, isto é, alimentando uma carga, as con-entes de entrada e saída
defeito no elemento protegido. são iguais é o relé não opera. Note que a proteção diferencial pode ser
empregada em sistemas elétricos radiais e em anéis, sendo que sua zona
A comparação das correntes elétricas é feita por meio de TCs. seletiva de atuação é entre os dois TCs.
A proteção diferencial é largamente empregada na: A figura 2.2.2 apresenta o caso de um curto-circuito fora da zona
• Proteção de transformadores de potência protegida pelos dois TCs.
• Proteção de barras
• Proteção de cubículos metálicos Bobina de i 2 =: ii
magnetização do
• Proteção de linhas de transmissão curta ~ relé de
sobrecorrente
A proteção diferencial é denotada pelo número de função 87.
Apresentam-se a seguir várias possibilidades do emprego da Figura 2.2 .2 - Defeito Fora da Zona Protegida
proteção utilizando o relé 87. Supondo o sistema em anel, as correntes que suprem o cUlto-circuito
vêm dos dois lados como mostra figura 2.2.2, mas como o defeito ocorreu
12.2 Relé Diferencial Comum fora da zona protegida pela proteção diferencial, os dois TCs vêm a mesma
corrente i I , e o relé não opera.
É uma proteção em que se utiliza um relé de sobrecorrente 50 ou 51,
Já a figura 2.2.3 apresenta um curto-circuito interno à ligação
fazendo a função 87. A figura 2 .2. 1 mostra o esquema genérico desta
diferencial.
proteção, em que os TCs têm relação 1: 1.
Para contornar esses problemas é melhor utilizar o relé diferencial O esquema de proteção diferencial percentual apresentado pela
percentual. figura 2.3 .1 baseia-se na interação de duas bobinas, que são:
• Bobina de restrição, que tem uma derivação central. O campo
12.3 Relé Diferencial Percentual magnético gerado nesta bobina de restrição atua atraindo um
êmbolo produzindo um torque negativo, isto é, contrário ao
torque de operação.
• Bobina de operação, cuj o campo magnético atrai u m êmbolo que torque de operação é grande e o torqu e de resu·ição é nulo. ficando desse
produz o tOl·que positivo . modo, garantida a operação do relé.
(
O relé 87 irá operar se o torque positivo (rJ for superior ao tOl·que Elemento TC
(
negativo (rJ. Protegido
O funcionamento básico do relé diferencial percentual da figura
2.3.1 baseia-se nos torques gerados nas bobinas de restrições e de operação.
Para analisar melhor o funcionamento, apresentam-se os itens a seguir.
a) Operação normal do sistema elétrico ou defeito fora da zona BOBINA D E
N1
protegida. BOBINA DE N2 OPERAÇÃO (
RESTRIÇÃO
Este é o caso em que as conentes seClmdárias nos TCs do esquema
da figura 2.3.1 são iguais (ii =i 2 ) . Nota-se que a bobina de restlição é
composta de duas partes emoladas no mesmo sentido, portanto as conentes
i I e i 2 produzem um campo magnético concordante que atrai com bastante
força o êmbolo, produzindo um forte tOl·que negativo. Já na bobina de
operação, a corrente resultante é ii - i 2 = O, ou seja, o torque será nulo.
Assim, o forte torque negativo (restrição) garantirá a não operação do relé Figura 2.3.2 - Defeito Interno
87 . Esta é grande vantagem desse relé, que se traduz em:
b) Defeito interno entre os dois TCs. • Defeitos externos, o relé fortifica a restlição e enfraquece a
Quando o defeito (curto-circuito) é interno, ou sej a, dentro da zona operação, garantindo a não atuação do relé.
limitada pelos dois Tes, as correntes ii e i 2 dirigem-se ao ponto do • Defeitos internos, o relé enfraquece a restlição e fortifica a
defeito. Neste caso, tem-se a inversão da corrente i2 como mostra a figura operação, garantindo a atuação do relé.
2.3.2. O relé diferencial percentual (87) apresentado na figura 2.3 .l é
representado pelo esquema da figura 2.3.3, em que aparece a bobina de
Para dar ênfase ao funcionamento deste relé, supõe-se que a corrente
operação e a bobina de restrição separada em duas partes.
12 tenha o mesmo valor em módulo da corrente i I' deste modo, o campo
Passa-se a obter a expressão analítica de operação do relé diferencial
magnético gerado pela corrente i 2 , na meia bobina de restrição, tem sentido
percentual, considerando que as correntes ii e i 2 estão referenciadas de
oposto ao campo criado pela corrente ii ' assim, o campo magnético de
acordo com as figuras 2.3 .1 e 2 .3.3.
restrição resultante é nulo, conseqüentemente não existe torque de restlição.
Já a corrente resultante ii + i 2 = 2i l , passa totalmente pela bobina de • Na bobina de resttição, age a COtTente resultante que é dada por
operação, produzindo um elevado torque positivo. Note que neste caso, o ii + i21
I corrente de restri ção = --2-
.< >.-
Bobinas de restnçoes I -I
I 2
=~K}.
K
I
II +I}
2 (2.3.2)
Figura 2.3 .3 - Relé Diferencial Percentual (87)
= - -J , tem-se
Para simplificar, utiliza-se apenas a média dos módulos individuais,
isto é
Fazendo-se, a
~ KI
l [ +1
11 +1 2 2
I I -I 2 = a ·2- -
Icorrente de restrição == - -2 - (2.3 .3)
cujo torque de restrição será dado por Fazendo-se, y = I[ - 12 , tem-se a expressão 2.3.3 ,
e x = I[ + 12
2 2
II + 12 reescrita como sendo a expressão 2.3.4, que é uma equação de uma reta que
(
(
2
r re ~ trição
(
ex: (<:J) restrição ) ex: --2-
J passa pela origem dos eixos cartesianos y - x .
~m iar de operação Supondo-se que 12 < II' assim a percentagem diferencial " p" é dada
OPERA por:
Desenvolvendo-se, tem-se:
Devido ao
efeito da
mola NÃO OPERA I = 100 +p . I (2.3 .5)
I 100 2
J
b) Ajuste do valor inicial ou pick-up do relé para compensar o efeito
K Qualquer ponto de operação fora da gravata representa uma corrente
da mola de restauração, seu valor mínimo é limitado por 3 ,
KI diferencial além do ajustado no relé 87 e a proteção atua.
em que K3 representa o efeito da mola. Por exemplo, o ajuste do De uma maneira geral na proteção de transformadores ou máquinas
pick-up ou corrente mínima de atuação do relé, pode ser O,IA ou síncronas o relé 87 não atua diretamente no dispositivo de abertura do
0,2A, ou o valor recomendado pelo fabricante do relé. disjuntor. O relé atua ativando o relé auxiliar de bloqueio (86), que
Pode-se também representar o relé diferencial percentual, em um providencia uma série de comandos, sendo um deles o disparo da abertura
do disjuntor ou disjw1tores, conforme pode ser visualizado na figura 2.3.6.
gráfico da corrente de retenção II em função da corrente de retenção 12 ,
\..
18
1 (Ampêres
retenção) ~tua
, , :<-
:<- -
,-
a =10%
Zona Inoperante
+ -j2A
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1r---52 1-r
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A
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52B ~I -
16
.alua
14 a =25%
BA
12
11 ~ 100 + a 12 -~ - 1= ~ 12
100 100 + a
10
8 Figma 2.3.7 - Esquemático em De da Proteção Diferencial Percentual
6 Em que:
VM ~ lâmpada vennelha, indicando disjuntor fechado.
4
VD ~ lâmpada verde, indicando disjuntor abelio .
2
1 51 .34°= arctg 100+25
As notações numéricas são identificadas no apêndice A.
I 100
Note que na proteção de linhas de transmissão com relés 50, 51, 21,
-~+12 67, 32, utilizam-se TCs com fator de sobrecorrente de 20, com classe de
4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 exatidão de 10%. Os TCs utilizados na proteção diferencial, os erros dos
(Ampéres retenção)
mesmos influenciam no ajuste do relé, portanto esses TCs devem ter
Figura 2.3.5 - Zona de Atuação do Relé Diferencial Percentual em FOlma de precisão analisada para cada caso, e podem ser de classe de exatidão de
Gravata 2,5%, de 5% ou de 10%. Desse modo, em alguns casos, os TCs da proteção
diferencial devem ser melhores do que os TCs das outras proteções.
B
Transformador ou
Gerador Síncrono
,,
: e
,,,
,
,
~-<I( 86 -~.!
: ,
~
~-;87r
:t;'. ",c:'-:,
• comunicação efetiva ou não entre os relés, para o bloq ueio do
desligamento do disjuntor;
,- "~' ,,' .'
(
[~7:i "',~ "'~. ' c ,- - "','" ~ • cOlmmicação entre os 2 relés, para o desligamento efetivo dos
disj untores.
:. ~ - -II '. . ~. ~ _ _ >_ _ _• __ ~' ~ , ~ . _ ' _:': _ ' __
Linha de Transmissão
• Corrente alternada (AC) em 60 Hz;
• AC em sinal de áudio.
O esquema de proteção utilizando fio piloto é mais indicado quando
o elemento protegido for de pequenas dimensões, tais como: Bobina de Bobina de
Restrição 1 Fio Piloto Restrição 2
~ Transformador;
Figura 3.2.2 - Proteção com fio Piloto
~ Gerador síncrono;
Identicamente à proteção diferencial comum, nos relés da figura
~ Cabos elétricos, principalmente os subterrâneos;
3.2.2 as bobinas de restrições produzem ação para a não operação e as
~ Linha de h"ansmissão curta. bobinas de operação produzem ação para a operação da proteção
provocando o desligamento dos disjuntores.
Pode-se utilizar o fio piloto para proteção de linha de transmissão
curta de até 30 km, mas na prática não é muito usado. Simbolicamente a teleproteção, com vias de comunicação através do
canal piloto com o uso de relés 87 em cada terminal da linha de transmissão,
No tipo de proteção por fio piloto, por exemplo, utiliza-se a mesma
é representada pelo esquema da figura 3.2.3.
fIlosofia do relé diferencial (87) adotada no transformador de potência,
sendo que neste caso a proteção diferencial é feÜa por 2 equipamentos de Barra A
Linha de Transmissão
proteção instalados em cada terminal da linha de transmissão. A figura 3.2.1
mostra a proteção diferencial (87) de um transformador de potência.
SubstihlÍndo o transfOlmador por uma linha de transmissão e
._____ Via de Com unicação _____ ~
utilizando a proteção diferencial com o emprego de 2 relés em cada Canal Piloto
terminal, tem-se a figura 3.2.2.
Note que ao se unirem os 2 relés da extremidade da linha de Figura 3.2.3 - Esquema Básico da Teleproteção com Canal Piloto
transmissão, têm-se a constituição do relé diferencial tradicional.
37 (
36 Capítulo III Te lepro teçã o
r
No esquema da figura 3.2 .2, com o sistema elétrico operando em realidade as correntes de curto-circuito proveniente das barras A e B não são (
condição nOlmal, as correntes no circuito secundários dos 2 TCs são iguais e pela cablagem do canal piloto passa a diferença das correntes.
apresentadas na figura 3.2.4, que é o mesmo caso para um curto-circuito no Pode-se, também, efetuar o mesmo tipo de proteção utilizando o
ponto 1. esquema de proteção por oposição de correntes. Neste tipo de proteção, em
Barra A Barra B operação normal do sistema elétrico, não passa corrente pela cablagem do
fio piloto , como mostra a figura 3.2 .6.
Barra A Barra B
Linha de Transmissão
•
Fio Piloto
•
Figura 3.2.4 - Operação Normal
Nesse caso, com não há defeito na linha de transmissão, a corrente é
a mesma no início e no final, desse modo, as correntes secundárias nos TCs
são as mesmas e não passa COlTentes pelas bobinas de operação nos 2 relés
operação
das extremidades. As correntes passam somente pelas bobinas de restrições restrição
garantindo a não operação dos relés. Uma característica deste tipo de Figura 3.2.6 - Proteção por Canal Piloto em Oposição na Operação Normal
esquema de proteção é que na operação normal do sistema elétrico sempre
Havendo um defeito na linha de transmissão, uma das correntes de
circula corrente pela cablagem do canal piloto. Assim, quando ocorre um
defeito na cablagem do canal piloto, devidamente a proteção pode provocar curto-circuito inverte-se na extremidade, o que, por sua vez, determina a
o desligamento do elemento protegido. condução de corrente pela cablagem do canal piloto, com mostra a figura
3.2.7.
A figura 3.2.5 mostra o sentido das correntes elétricas para o caso de Barra B
Barra A
curto-circuito na linha de transmissão. TC,
• Linha de Transmissão
•
Barra A
Linha de Transmissão ii
Barra B
• •
Curto-circuito
87
restrição
Fio Piloto
Figura 3.2.7 - Defeito na Linha de Transmissão
Figura 3.2.5 - Curto-circuito na Linha de Transmissão . ./
Neste exemplo da figura 3.2.7, foi considerado que I = I .
Nesse caso de curto-circuito na linha de transmissão, a título de
exemplo, supõe-se que as correntes I e l' são iguais em módulo. Assim,
deduz-se que não passa corrente pela cablagem do fio piloto e toda a
COlTente passa na bobina de operação de cada relé com o conseqüente I 3.3 Fibra Óptica
disparo dos disjuntores, em cada extremo da linha de transmissão. Na
Figura 3.3.1 - Teleproteção com Cabo de Fibra Óptica © Canal de comunicação dedicado e seguro para as ações de
transferência de sinal objetivando o bloqueio ou o disparo do
Este esquema de teleproteção é similar ao de fio piloto, em que o disjuntor remoto;
meio fisico da via de transmissão é constituído por um cabo de fibra óptica.
Neste tipo de teleproteção, o sinal elétrico obtido no relé 87 é dirigido ao © Pequena atenuação do sinal transmitido cobrindo grandes
transdutor fotoelétrico, que o transforma em um sinal luminoso equivalente. distâncias de comunicação;
O sinal luminoso, que tem uma freqüência dentro do espectro do © Separação galvânica entre os circuitos elétricos do sistema de
infravermelho, é transmitido pela fibra óptica ao outro terminal, assim se proteção com o sistema de fibras ópticas;
estabelece à comunicação entre os relés dos terminais da linha de
transmissão. © Grande largura de banda;
Com a informação das correntes nos 2 terminais da linha de © Extremamente leves.
transmissão, e de acordo com o esquema de proteção adotado, os relés A fibra óptica é constituída de um núcleo de sílica, revestido com
podem: uma camada de silicone. Para confmar ainda mais os raios luminosos dentro
do núcleo de sílica da fibra óptica, há necessidade de aumentar o índice de
~ não operar;
refração. Com esse propósito dopa-se a fibra com Ge02 (dióxido de
~ operar; germânio) e Si0 2 (dióxido de silício).
~ bloquear a ação de desligamento do disjuntor remoto; As fibras ópticas de acordo com o tipo de transmissão e índice de
~ permitir o desligamento de um disjuntor remoto; refração podem ser:
~ bloquear o religamento. • Fibra óptica monomodo, que utiliza diâmetros de 9 ~m e lO
~m , com comprimento de onda (Â.) de 131 nm e 1550 nm,
As vantagens da utilização da fibra óptica no esquema de proteção tem menor atenuação no sinal, é empregada para grandes
da figura 3.3.1 são:
distâncias de transmissão;
© O cabo de fibra óptica não está suj eito à interferência • Fibra óptica multimodo que se divide em:
eletromagnética e eletrostática;
~ índjce degrau que tem dois índices de refraçào, um Cabo OPGW (Optical Ground Wires) é um cabo condutor metálico, (
para o núcleo e outro para a casca. São fibras grossas onde coaxialmente estào instalados os cabos de fibra ópti ca. Ver fig ura
(
com diâmetro de I 00 ~Lm a 850 pm. São empregadas 3.4.1.
em distâncias cUlias. ....... - Fibra Ótica (
será escoado a terra pelo aterramento (contrapeso) do pé da torre. Esta © Serviços para companhias telefônicas ou de TVs não
condução do raio não afeta a transmissão do sinal luminoso dentro do pertencentes à empresa. Isto é. podem-se comercializar os canais
( núcleo da fibra óptica. excedentes para empresas particulares .
( O esquema da teleproteção e da VIa de comunicação é apresentado
simbolicamente pela figura 3.4.3. [ 3.5 Onda Portadora
( Barra A Barra B
TC, Linha de Transmissão A transmissão por onda pOliadora é feita utilizando o meio fisico ,
• • TC 2
isto é, o próprio cabo condutor da linha de transmissão para a propagação do
• • sinal de comunicação. O sinal a ser transferido é modulado na onda
portadora, é injetado na extremidade da linha de transmissão e é recebido na
(
outra extremidade onde é demodulado, isto é, o sinal é separado da onda
( portadora. Este sistema é conhecido por OPLAT - Onda POliadora sobre
(
Linha de Alta Tensão. O esquema da figura 3.5.l mostra os elementos
e CaboOPGW e básicos da teleproteção com onda portadora (Sistema Carrier).
Receptor Receptor
de Canal de comunicação de Bobina de
Sinal Sinal Bloqueio Canal de
Barra TC de Carrier Comunicação
Figura 3.4.3 - Teleproteção com Cabo OPGW
Linha de
Neste tipo de teleproteção a comunicação entre os relés é feita pela Transmissão
transmissão do sinal pelas fibras ópticas contidas no cabo OPGW,
possibilitando efetuar vários esquemas de proteção. Apenas para ilustração, TP
por exemplo, o cabo OpGW com 18 pares de fibras ópticas pode trafegar t·- ·- - - -·~
L -______~:. ,~. . __- - - - _ ,
em cada par, 7560 canais, perfazendo no total 136.080 canais de
comunicação.
A transmissão com OPGW pode cobrir grandes distâncias com a
introdução de repetidora de sinal.
Transmissor
e
II .zCôlrg as d05
Equipamcnlos
Receptor
Desse modo, pode-se utilizar a transmissão de sinal pela fibra óptica, Carrier
9
para o uso da:
Chave
© Proteção;
l
© Comunicação telefônica; Figura 3.5.1- Teleproteção Onda Portadora (Carrier)
© Transmissão de sinal de TV; O sinal é transmitido por uma onda portadora de alta freqüência na
© Comunicação via Internet; ordem de 20 a 400 kHz, que se superpõe à corrente elétrica (60 Hz) da linha
de transmissão . Cada sinal, com sua respectiva freqüência, propaga-se
© Comunicação do sistema de supervisão e controle; independentemente como se o outro sinal não existisse, apenas seus efeitos
são somados. O receptor, no outro extremo da linha de transmissão, que está
sintonizado na freqüência Carrier, absorve apenas o sinal da onda portadora, Rádio Navegação
.. lo (
sendo que a correspondente demodulação extrai o sinal da infonnação. 20kHz 30kHz 400kHz 535kHz
Barra A TC
Bloqueio de Canal de Preqüências menores que 20 kHz prejudicam o acoplamento com os
D-1
Carrier Comunicação TC Barra B
~ ~ r-
I
W'-----r--------.-----'W ,",.-.
I DCPs , e para freqüências maiores que 400 kHz as perdas de transmissão do
'-18 8- sinal são mais acentuadas e também começa a haver interferências com os
Linha de Transmissão
1 serviços de rádio.
O sistema de proteção que utiliza onda portadora (Carrier) depende
muito da integridade dos condutores da linha de h·ansmissão. Sendo
prejudicados nos seguintes casos:
® Abertura dos condutores da linha de transmissão;
Figura 3.5 .2 - Sistema Carrier ® Curtos-circuitos;
Em que T representa o transmissor e R o receptor da onda portadora ® Manobras de disjuntores;
Carrier.
® Interferências eletromagnéticas;
Os equipamentos que constituem o sistema de transmissão por onda
pOltadora podem utilizar a tecnologia digital, porém a transmissão da onda ® Interferência eletrostática.
portadora pela linha de transmissão é feita sempre no modo analógico.
O sistema completo da transmissão por onda portadora (Carrier), 13.6 Microondas
sucintamente é composto pelos seguintes equipamentos:
Na transmissão por microondas o meio de propagação do sinal é pelo
• Bobina de bloqueio do Carrier; ar. O sinal é transmitido numa freqüência de 900 kHz a 20 MHz. O sinal de
alta freqüência da microonda é dirigido por antenas parabólicas de ponta a l
• Divisor Capacitivo de Potencial (DCPs);
ponta. Por este motivo as antenas parabólicas devem estar colocadas em
\
• Equipamento de sintonia; torres de comunicação para que sua visada tenha longo alcance. Ver figura
3.6.1.
• Transmissor Carrier;
A faixa de freqüência deste sistema de comunicação é:
• Receptor Carrier;
• UHF de 300 MHz a 3 GHz;
• Filtro da onda.
O capítulo 2 da referencia [5] foi dedicado ao equipamento DCPs • Microondas de 3 GHz a 30 GHz.
contendo o seu funcionamento e utilização. \.
O sistema de comunicação por microondas é muito complexo e caro.
A faixa de freqüência utilizada para a propagação de sinal confinada l
na linha de transmissão, em comparação com outras freqüências, é mostrada As antenas parabólicas devem estar direcionadas umas em relação às
na figura 3.5.3. outras, de modo que o sinal seja transmitido entre as torres de comunicação
até o seu destino tillal. Em condições ±àvoráveis a máxima distância entre c) Sistema de Transferência de Disparo Direto por Subalcance (Di recr
duas torres pode ser de até 60 km. Underreach Transfer Trip - DUTT) ;
(
Antena d) Sistema de Transferência de Disparo Pennissivo Por Subalcance
Parabólica (Permissive Underreach Tran. ~fer Trip - PUTT) ;
e) Sistema de Transferência de Disparo por Sobrealcance (Pei"Jnissive
Overreach Transfer Trip - POTT).
( Existem vários sistemas de proteçào que utilizam os esquemas
anteriores ou suas variantes, sendo que alguns serão apresentados nos itens a
seguir. Neste tipo de esquema qualquer relé pode ser utilizado, sendo os
Cabo Guia mais usuais os relés 21 , 67 50,51.
(
~ de
Microondas
I 3.8 Sistema de Bloqueio por Comparação Direcional
O sistema de bloqueio por comparação direciona l (CDB), conhecido
Equipamento de
também por Bloding, utiliza o sistema de comunicação para enviar um sinal
Transmissão e
para bloquear, isto é, para não pernlitir a operação de abertura do disjuntor
Recepção remoto adjacente. Por este motivo, o sinal enviado pelo canal de
comunicação será utilizado para impedir a operação de desligamento do
Figura 3.6.1 - Torre de Comunicação de Microondas disjuntor, mesmo que a proteção local queira abrir o disjuntor. O sinal é de
bloqueio da abertura do disjuntor, daí advindo o nome sistema de bloqueio
Este sistema sofre influência das conclições atmosféricas, sendo um
por comparação direcional.
problema para a fidelidade desse sistema de transmissão, principalmente
para a teleproteção. A vantagem desse sistema é que a comunicação Para o caso de proteção principal e alternativa, quando se têm 2
independente dos efeitos das correntes de curtos-circuitos na linha de sistemas de proteção separados e independentes por terminal da linha de
transmissão e das interferências eletromagnéticas geradas na subestação. transmissão, é garantida a atuação da proteção local, sem preocupação com
a obrigatoriedade da atuação da proteção de retaguarda remota.
13.7 Tipos de Sistemas de Teleproteção Pode-se utilizar o sistema de bloqueio por comparação direcional
(CBD), apresentado a seguir, cujo diagrama unifilar é mostrado na figura
Os sistemas complexos de proteção que utilizam a técnica de 3.8. 1.
comunicação entre subsistemas de proteções são conhecidos genericamente
por teleproteção. As proteções e as comunicações entre relés podem ser
efetuadas com o emprego de várias técnicas, denominadas:
a) Sistema de Bloqueio por Comparação Direcional ou Sistema de
Comparação Direcional por Bloqueio - CDB - (Blocking);
21 P
b) Sistema de Comparação Direcional por Desbloqueio - CDD - 21S
( Unblocking); Figura 3.8.1 - Diagrama Unifilar do Sistema Elétrico para a Proteção CDB
No diagrama unifilar da figura 3.8.1 está apresentado somente à 21S'" contato do relé 2 1S;
proteção primária da LT A S de uma configuração em anel.
BA -+ bobina de abertura do disjuntor:
Na barra A, o relé 21P está direcionado no sentido da linha de
TR -+ transmissor, equipamento que envia o sinal de comunicação para
h'ansrnlssão L T AB e sobrea1cança a bana remota B e vai até, por exemplo, a
a barra remota;
40% da próxima linha de transmissão, LT BC, e o relé 21 S (instantâneo) está
direcionado ao sentido contrário (reverso) e alcança a barra adjacente, barra RC -+ receptor, equipamento que está sintonizado para receber o sinal
D, como mostrado no esquema da figura 3.8 . l. de comunicação enviado pelo transmissor da barra remota. Quando o
receptor RC recebe o sinal de comunicação, o seu contato RC abre;
A filosofia do cnB é que sempre que o relé 21S vê o defeito, um
sinal de comunicação é enviado para a outra barra para não deixar que o Relé de Tempo ... fecha o seu contato To quando transcorre o seu tempo
disjuntor abra, isto é, o sinal é enviado para BLOQUEAR a abertura do ajustado. O tempo de ajuste To = 6 a 20 ms. O tempo de ajuste To é um
disjuntor da barra remota. Na proteção da fig ura 3.8.1, as zonas de atuação tempo muito baixo, mas deve ser maior que o tempo da propagação do
sinal de transmissão de uma barra a outra. Ou seja, To > Tempo de (
do relé 21 são designadas por P e S, em que P significa proteção piloto ou
principal e S significa Start, ou seja, partida (disparo) do transmissor que propagação do sinal pelo sistema de telecomunicação. Este tempo To
envia um sinal pelo sistema de telecomunicação para a outra barra. muitas vezes já vem incorporado no equipamento fomecido pelo
fabricante, e está fixado enh'e 15 a 20 ms .
O diagrama funcional em DC do sistema de bloqueio por
comparação direcional aplicado ao diagrama unifilar da figura 3.8.1 está Passa-se a seguir a analisar a atuação da proteção para os defeitos
mostrado na figura 3.8.2. assinalados no diagrama uni filar da figura 3.8.1.
F igura 3.8.2 - Diagrama Funcional em DC do CDB • Transcorrido o tempo To, o relé de tempo fecha o seu contato To;
21 ... relé de distância. Poder-se-ia utilizar um outro relé no lugar do Note que neste caso, nenhuma proteção 2 1S viu o defeito, pOltanto
relé 21, por exemplo, o relé 50 ou o relé 67; nenhum sinal de comunicação foi enviado.
(
Terminal B
• Fecha instantaneamente o contato 21 S; J
i 85 i
(
• Ativa-se o transmissor B, que envia um sinal pelo sistema de
telecomunicação para o receptor A da barra A.
'\'
Terminal A I RC ~ ~ Sistema de
• Fecha instantaneamente o contato do relé 21P; Telecomunicação
52 Capítulo m Teleproteção 53
(
A filosofia do sistema de proteção de desbloqueio por Se o sinal guarda está em fu ncionamento é porque o sistema de
(
comparação direcional (CDD) é manter um canal de comunicação sempre telecol11Lmicação está em funcionamento normal.
ativo e mantido numa freqüência chamada de guarda. Portanto, o sinal (
A seguir apresenta-se a atuação das proteções para os defeitos
permanente no canal é indicativo que o canal de transmissão de assinalados no diagrama unifilar da figura 3.9.l.
telecomunicação está funcionando em perfeito estado, isto é importante
porque é uma garantia de que quando houver defeito no sistema elétrico o a) Defeito no ponto Fl dentro da LT AB •
canal de comunicação está pronto para enviar um novo sinal de desbloqueio Os relés operam na seguinte seqüência: (
em uma nova freqüência, diferente da freqüência do canal guarda. O sinal de
desbloqueio é sempre no sentido de promover o desligan1ento do disjuntor. Terminal A
Na operação normal do sistema elétrico, no sistema de proteção • Fecha o contato P do relé da barra A;
CDD, é sempre enviado, permanentemente, um sinal de guarda (na • Ativa-se o transmissor A, que muda a freqüência do sinal de
freqüência guarda) entre os sistemas de proteção da barra A e B, que comunicação transmitido. A fre qüência do sinal é comutada da
mantém aberto o contato que está em série com a bobina de abertura do freqüência de guarda para a freqüência de desbloqueio; (
disjuntor. Havendo defeito no sistema elétrico a proteção troca a freqüência
do canal de comunicação para freqüência de desbloqueio, que será enviada • O receptor A recebe o sinal de comunicação na freqüência de (
para a outra barra, no sentido de permitir o desligamento do disjuntor desbloqueio que foi enviada pelo transmissor B. O receptor A
remoto. fecha o seu contato RC;
J:--r-----..~
p
RC BA BA P Terminal B
: I~ ~
A proteção deste terminal não vê o defeito em F2, portanto nada
acontece.
• O receptor B recebe o sinal do transmissor A na freqüência de
~ , Sistema de ~ ~ desbloqueio e fecha o seu contato RC, mas não há operação do
Telecomunicação ~
TR disjuntor B porque o contato P permanece aberto.
II Z, T?rf
-
I-Gz-,-
comparação direcional (CDD) é mais simples que o CDB, é mais confiável r-1f---;----i ~f-
BA BA
devido à existência permanente do sinal guarda. Normalmente o tempo de : z.., RC To I ~o f-~
RC I z.,
comutação do sinal de comunicação dá-se em 5 ms.
ILi f~
Z:.
"--\ ~ - H l -1
I
A B
I
T3 T3 Z,
3.10 Sistema de Bloqueio por Comparação Direcional -
Variante
Z, ZR
~
~
,. +Linha deTransmissão
ZR Z,
Este esquema é utilizado na proteção tradicional com re lés de ' ~ ~ -I TR f-1
distância que usufi-ui do sistema de comunicação.
Para assimilar com mais propliedade estes fundamentos , o diagrama Figura 3.10.2 - Esquema Funciona em DC do Sistema de Proteção por
unifilar da figura 3.10.1 mostra as zonas de atuação do sistema de proteção Bloqueio por Comparação Direcional
instalado nas barras A e B com sentido direcional para dentro da linha de Em que:
transmissão, isto é, como indicado pelas setas sobre os TCs.
ZI -. contatos NA e NF da 1a zona ( instantânea) do relé de distância 21;
FD Direcional 67A
Z2 -. contato da 2 a zona (temporizada = T2) do relé de distância 2 1;
ZR Z3 -. contato da 3a zona (temporizada = T 3) do relé de distância 21;
ZR -. contato da zona reversa de atuação (instantânea) do relé de
distância 21R;
TR -. Transmissor do sinal Carrier para a barra remota;
RC -. Receptor do sinal Carrier proveniente da barra remota. Quando o
ZR
Receptor RC recebe um sinal Carrier o seu contato RC abre
instantaneamente;
FD Direcional 67B FD -. contato da unidade direcional 67;
Figura 3.10.1 - Alcance das Zonas dos Relés 2 1 To -. é um tempo muito baixo, porém maior que o tempo da propagação
do sinal de transmissão Can-ier de uma barra a outra. Ou seja, To >
Neste esquema os relés de distancia 21 têm seus ajustes de zonas de
Tempo de propagação do sinal Carrier;
atuação e suas conespondes tempOlizações indicadas no item 5.8 da
referencia [46]. Alimentado pelo mesmo TC, há um relé de distância T2 = 0,4 a 0,5s -. temporização da 2a zona do relé de distância 21;
T errninal B: Terminal B:
Barra A
I 3.11 Transferência de Disparo Direto por Subalcance Barra B
" 'J
-II- ! -lH
z,
~ -IH
BA BA
H r-- Sistema de
Telecomunicação
RC RC
I
+ +
~
Figura 3.13.1 - Funcional em De
r--
.--- Este esquema apresenta mais segurança porque a permissividade é
RC
L_ ..
Sistema de
l , Telecomunicação
.....---( l, feita pela unidade direcional e pela 2a zona. Portanto só haverá disparo do
-;r- TRJ -
Jf ~
-i TR '- --I r-- disjuntor, se 3 condições forem satisfeitas:
Figura 3. 12.1 - Funcional do Sistema com Transferência por Disparo • Recebimento do sinal de comunicação emitido pelo transmissor
Pelmissivo de Subalcance da barra remota;
É quase idêntico ao anterior, só que no esquema apresentado na • Defeito na direção da linha de transmissão protegida;
figura 3.12. 1 o disparo do disjuntor só ocorrerá com a pennissão da unidade
direcional que tem cantata em série com o contato RC. Assim, o nome • Defeito dentro da 2a zona.
permissivo, neste caso, é dado pela ulÚdade direcional, isto é, ° disparo só Este esquema é utilizado em linhas de transmissão média e longa
\.
distância.
1 3.14 Transferência de Disparo Permissivo por Sobrealcance Na utilização do sistema de proteção do tipo desbloqueio por
comparação direcional (COO), como apresentado no item 3.9 a abertura do
Este tipo de sistema de proteção também é conhecido por POTT - disjuntor só ocorre se houver recebimento do sinal de transmissão enviado
Permissive Overreach Tra1~f er Trip. pela proteção de linha de transmissão da bana remota. Devido a esta
Para o mesmo sistema elétrico apresentado na figura 3.10.1 , cUJo ftlosofia do sistema CDO, este esquema de proteçào fica prejudicado
diagrama funcional pode, por exemplo, ser o da figura 3.14.1. quando o disjuntor ou a chave seccionadora estiver aberta em um terminal
remoto de uma linha de transmissão de um sistema elétrico conectado em
anel. Por exemplo, no esquema do diagrama unifilar da figura 3.15.1 , em
ZI Relé de
que um terminal da linha de transmissão está aberto.
Tempo
--I PA Seccionadora
Barra A Barra B
Linha de Transmissão TC 2
BA
F
+ <
PB
~R
S
C _ - RC:O-i S
~:- 1 I "~
--t
To
Sistema de
Telecomunicação p ~ ~ ~ t-
Figura 3.15.2 - Esquema Funcional do CDD com Lógica do Eco Sistema de
(
Telecomunicação
Em relação ao esquema de proteção da figura 3.15.2, na ocorrência
de um curto-circuito em F, a seqüência de atuação da proteção é:
~ Fecha o contato P do terminal A; Figma 3.15.3 - Lógica de Eco Ativada pelos Contatos ALlxiliares da Chave
Seccio.nadora ou do Disjuntor
~ Ativa-se o transmissor A que envia um sinal de desbloqueio
para o receptor B; Neste caso., não há necessidade de se utilizar o. relé de tempo, e para
um curto-circuito em F, a seqüência da atuação da proteção é:
~ O receptor B recebe o sinal transmitido pelo transmissor A. O
receptor B fecha o seus contatos RCs que ativa o relé de • O relé do telminal A vê o defeito. e fecha o seu contato P;
tempo do. tenninal B; • Ativa-se o transmissor A que envia um sinal de desbloqueio ao
~ Transcorrido o tempo o relé de tempo fecha o seu contato To; terminal B;
~ Com o fechamento do contato To ativa-se o translnissor B • O receptor B recebe o sinal enviado pelo transmissor A. O recepto.r
que envia um sinal de desbloqueio ao terminal A. Este sinal B fecha o seu contato. RC;
enviado é o eco; • Com o fechamento do contato RC do terminal B, ativa-se o
~ O receptor A recebe o sinal transmitido por B e fecha o seu translnissor B que envia um sinal de volta ao terminal A (lógica de
contato RC; eco);
~ Com o fechamento do contato RC, ativa-se a BA que • O receptor A recebe o sinal enviado pelo terminal B e fecha o seu
promove a abertura do disjuntor A. contato RC;
Nota-se que o tempo To ajustado no relé de tempo é maior que os • Ativa-se a BA com a conseqüente abertura do disjuntor A.
tempos de operação das proteções normais com o disjuntor ou seccionadora A lógica de eco, apresentada na figura 3.15.3 é melhor que a da
local fechadas. Este tempo To atrasa a abeltura do disjuntor, sendo o figura 3.15.2, porque atua muito rápido e só é ativada quando. o. disjunto.r ou
principal problema da lógica de eco deste tipo de esquema da figura 3.1 5.2. a chave seccionadora remota estiver aberto.. Existem também outras lógicas
Para contornar o problema apresentado e acelerar a abertura do de ecos utilizadas nos esquemas de proteção CDD.
disjuntor, na lógica de eco, utilizam-se os contatos auxiliares do disjuntor e
( I 3. 16 Proteção de Linha Morta 27 estiver operado. Esta proteçâo do relé de sobrecorrente supervisionado
pelo relé 27 é mostrada na figura 3.16.1 .
o relé 21 utiliza a medição de li para a sua lógica de atuação. Nos Barra A Barra B
casos de curtos-circuitos muito próximos da barra, isto é, próximo do relé, a
(
medição Yr fica prejudicada, porque o valor de tensão é muito baixo. Para
contornar este problema, o relé 21 dispõe do recurso da ação de memória,
que garante uma tensão residual no relé quando a tensão cai a zero ou
( próxima de zero. Esta ação de memória possibilita a atuação do relé 2 1 para
curtos-circuitos muito próximos à barra. A ação da memória no relé 21 só é Figura 3.16.1 - Relé 50 para Fechamento sob Falta de uma Linha de
efetiva quando a linha de transrnlssão está energizada, isto é, com tensão Transmissão Moda
( normal pré-falta. Quando uma linha de transmissão é desligada, o relé O esquemático em DC é mostrado na figura 3.16.2.
digital 21 mantém a ação de memória por um tempo de 0,1 a 2s.
A ação de memória no relé 21 não é efetiva, quando a linha de + 50fsf
transmissão estiver sem tensão (linha mOlia), que é o caso da linha que está
abelia ou desenergizada. Se a linha estiver desenergizada, a ação de 27
memória no relé 21 é nula. Se a linha de transmissão aberta estiver com
defeito do tipo curto-circuito, durante a energização, ou seja, durante o Relé de
fechamento do disjuntor, o relé 21 ficará prejudicado porque sua ação de 52 Tempo
memória está desativada. Saliente-se ainda, que durante a energização de
uma linha de transmissão sob curto-circuito, o gradiente de crescimento da
corrente elétrica de curto-circuito é grande e o da tensão é muito baixo, 52a=r
prejudicando ainda mais a lógica Yr do relé 21. Deste modo, os relés que
tenham a lógica de atuação por comparação por tensão elétrica para este tipo Figura 3.16.2 - Esquema Funcional em DC
(
defeito não são adequados. Na figura 3.16.1 não estão apresentadas as outras proteções de linha
\ de transmissão. Note que no esquema apresentado o relé de subtensão não é
Para este tipo de defeito de curto-cÍIcuito em linha mOlia (dead Une)
que está sendo energizada, o relé de sobrecorrente 50 é o mais indicado . necessário na proteção de linha moda. Também, não foi apresentado aqui a
direcionalidade da atuação da proteção.
A proteção de fechamento sob falta de uma linha de transmissão
desenergizada, só enh'a em operação quando o disjuntor é fechado, e é Sempre que ocorrer a atuação da proteção de linha moda, a função
efetuada por um relé de sobre corrente 50 supervisionado pelo relé 27, e é de religamento (79) do disjuntor deve ser bloqueada.
desativada após um certo tempo, geralmente de 500ms. Portanto, quando a Salienta-se que várias são as causas de defeitos em linhas modas,
linha está morta, o relé 27 já está operado, e durante o fechamento do mas a mais comum e a pior delas, é o esquecimento do aterramento
disjuntor, o relé de sobreconente 50 está em prontidão para operar ou não, temporário que foi utilizado pela equipe de manutenção na execução de um
dependendo se há ou não defeito na linha de transmissão . O relé de serviço na linha de transmissão. A energização de uma linha de transmissão
sobrecorrente 50fsf (sobreconente de fechamento sob falta) só atua se a com o atenamento temporário conectado provoca um cUlto-cÍIcuito trifásico
tensão na linha de transmissão sob falta estiver baixa, isto é, enquanto o relé de grande intensidade.
é
PB(original) •
PB(weak infeed)
~
Para um defeito que ocorre em F no esquema da figura 3.17.1, a
lógica da atuação da proteção é:
Terminal A:
• O relé 21 vê o defeito em F e fecha o seu contato P;
Figura 3.17.1 - Terminal B com weak infeed
• Com o fechamento do contato P, ativa-se o transmissor A que
. ~ts da contingência o relé 2lB tem o alcance PB( original) e com envia um sinal de commlÍcação ao tenninal B;
contmgencla, por exemplo, devido ao weak infeed, o alcance mudou para
• O receptor A recebe o sinal de comunicação enviado pelo
PB(weak inJeed).
transmissor B e fecha o seu contato RC;
x=-J3. R
13.18 Proteção por Seqüência Negativa 2
A B C
Nos relés eletromecánicos, a fLillção 46 não é utilizada dev ido a
necessidade de se construir um relé próprio para es ta fun ção. inclusive com (
filtros adequados para se obter somente a componente de seqüência negativa
do sistema eléhico sob defeito.
Para os atuais relés digitais multifunção, a incorporação da fLmção
46, isto é, da seqüência negativa é facilitada e disponibilizada.
O algoritmo interno do relé digital processa o módulo da expressão
3.1 8.1, obtendo-se a expressão 3.18.4.
(3.18.4)
L
do disjuntor estejam abertos, há condução da corrente do curto- Apresenta-se na figura 3.19.2 um esquema simplificado da proteção
circuito pelo arco elétrico entre os cantatas. Isto ocorre devido a
de falha do disjuntor.
um defeito na câmara de extinção do arco elétrico.
Portanto, deve-se prever no esquema de proteção, uma proteção +
adicional para falha do disjuntor, que deverá acionar a abertura de todos os
disjuntores mais próximos de modo a isolar o trecho sob curto-circuito do 62BF
sistema elétrico. Os disjuntores mais próximos são geralmente os da barra
na qual houve a falba do disjuntor.
Por exemplo, a figura 3. 19.1, mostra mn diagrama unifilar de um
sistema elétrico que pertence a um sistema em anel.
I
-7 Com o fechamento do contato 62X, ati va-se o relé de tempo 523 51a
62BF;
-7 Se o defeito não for eliminado depois de transcolTido o tempo Figura 3.19.3 - Esquemático em DC da Falha do Disj untor
ajustado no relé de tempo 62BF, o seu contato 62BF será Supondo que houve falha do disjuntor a seqüência de atuação da proteção é:
fechado~
• As proteções principais e alternativas fecham os contatos 2 1P e
-7 Com o fechamento do contato 62BF, ativa-se o relé de bloqueio 21 A e o relé de sobrecorrente 50BF opera fechando o contato
86 da BalTa Á , que ablirá de acordo com sua programação os 50BF;
disjuntores 3, 4 e 5.
• Ativam-se a bobina de abertura BAl e BA2 do disjuntor e
Salienta-se que o tempo ajustado no relé de tempo 62BF é menor ativam-se também os relés auxiliares 62X e 62Y que fecham os
que o tempo das proteções de retaguarda remota para evitar maiores seus contatos 62X e 62Y;
desligamentos. Existem vários esquemas de proteção contra falha de
disjuntor, o apresentado na figura 3.19.2 é um deles. • Ativa-se o relé de tempo 62BF;
Note-se que pelo esquema da figura 3. 19.2, a atuação do relé de • Como o disjuntor falhou, o curto-circuito não é eliminado e
sobrecorrente 50BF não garante a atuação do relé de tempo 62BF. A transcorrido o tempo ele ajuste do relé de tempo 62BF o seu
atuação do relé de tempo 62BF só é possível com a atuação do 50BF e da contato é fechado;
proteção específica de linha. Geralmente o ajuste do 50BF é muito baixo, às • Com o fechamento do contato 62BF, ativa-se o relé de bloqueio
vezes menor que a COlTente de carga, portanto já opera atuado com a 86 que provoca o disparo (trip) dos respectivos disjuntores de
corrente normal de carga. Daí à necessidade de sua atuação ser monitorada modo a isolar o defeito (curto-circuito).
pela proteção de linha.
Quando a proteção contra falha do disjuntor é acionada, perde-se a
Muitas vezes, dependendo da configuração do sistema elétrico, a seletividade com vários desligamentos de linhas ou cargas elétricas não
proteção conh'a falha do disjuntor, além de desligar os disjuntares envolvidas pelo defeito. De todas as configurações de barras existentes, a
adjacentes, deve também provocar a abertura de disjuntares remotos. A configmação de barramentos de disjuntor e meio é a que menos sofre com a
abertura de disjuntor remoto deve ser feita via comunicação de sinal por perda de seletividade.
transferência direta de disparo.
Em um sistema de potência, o sistema de proteção terá sucesso se
Caso a subestação tenha proteção principal e alternativa com 2 operar adequadamente, finalizando com a abertura do disjuntor. Desse
bobinas de abertura do disjuntor, o esquemático em DC de falha do modo, todos os componentes do sistema de proteção devem operar sem
disjuntor pode, por exemplo, ser o apresentado na figma 3.19.3 . defeitos. Na realidade os componentes do sistema de proteção apresentam
(
78 Capítulo III Teleproteção 79
(
Curto-
circuito _ ....._ D
• Z 2 zona A -- 12 ,lo.!.
5 n (aiuste
~ ate' 50 0/ /0( da linha de transmissão
remota LT BC)
......_ D
fz
I desativado.
Mostrou-se, no exemplo anterior, só a operação do relé de freqüência
T com atuação por taxa de variação da freqüência. Na realidade na proteção
do sistema elétrico, utiliza-se mais um ajuste de freqüência abso luta f3 > f2 .
Rele de Assim, se no item b, a freqüência crescer além do valor f3 o relé 86 será
Tempo
ativado.
Geralmente as empresas do setor eléh'ico, utilizam os seguintes
Figura 3 .21.3 - Esquemático em DC valores para os ajustes:
© Restaurar as condições operativas da geração do sistema elétrico; © prover proteçào adicional a componentes do sistema
elétrico:
© Restaurar as condições operativas do sistema elétrico;
© melhorar a segurança do sistema, evitando tanto a
© Restaurar os limites operativos de equipamentos do sistema
propagação de desligamentos em cascata quanto de
elétrico ;
distúrbios de grande porte;
© Evitar blecaute parcial ou total do sistema elétrico. © melhorar a qualidade de operação do sistema elétrico
A aplicação dos SEPs, baseiam-se em: interligado.
-7 Esquemas de Controle de Emergências (ECEs);
-7 Esquemas de Controle de Segurança (ECSs). I 3.23 Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC)
Os SEPs, para fazer a ação de controle, necessitam dependendo da o sistema eléttico opera atingindo um estado de equilíbrio de
estratégia de ação, de: potência gerada e potência consumida, estabelecendo uma operação em
regime permanente em uma dada freqüência. Se o objetivo é estabelecer
~ informações de grandezas elétticas de h'ansformadores
uma freqüência de operação fixa, por exemplo, a de 60 Hertz, a geração
para instrumentos (TP e TC);
sempre deverá suprir a demanda nessa freqüência. Assim, na operação do
~ informações de grandezas não elétricas; sistema elétrico em regime permanente em 60 Hertz, a potência gerada é
~ da topologia (configuração) da rede elétrica; igual à potência consumida, isto é
~ estados (abertos/fechados) dos disjuntores, seccionadoras, gerada 60 Hertz = Pconsumida 60 Hertz (3.23.1)
chaves seletoras e outros dispositivos.
Para manter o sistema elétrico operando na freqüência nominal, por
Os SEPs intervêm. no sistema elétrico por meio do comandando de:
exemplo, na de 60 Hertz, há necessidade de ações de controle, porque várias
• abertura/fechamento de linhas de transmissão, geradores, são as causas que podem mudar o equilíbrio de potência na freqüência
transformadores, reatores, capacitores e outros; desejada. Estas causas são:
• redução/elevação de potência de geradores; ® Vatiação da carga conectada na rede elétrica;
• permuta de compensadores e geradores síncronos; ® Mudança na configuração da rede elétrica, devido à retirada
súbita de linhas de transmissão, hoansformadores ou de outros
• alívio/restauração de cargas;
equipamentos pela ação da proteção;
• outras ações.
® Perda de geração .
A uti1ização dos esquemas SEPs, auferem ao sistema elétricos
O acompanhamento das cargas, da geração e do sistema eléttico, é
outras vantagens, que são:
monitorado pelos centros de operação das empresas de energia elétrica. As
© permItlf maior utilização dos sistemas de geração, variações na freqüência são constantemente monitoradas e as ações de
transmissão e dish'ibuição; controle dos reguladores de velocidade na potência primária, procuram
© aumentar a confiabilidade da operação do sistema sempre estabelecer a operação do sistema elétrico na freqüência nominal.
interligado; Na operação normal do sistema elétrico, se oconer, por exemplo,
perda de geração, e se a geração remanescente não for suficiente para suprir
a demanda na freqüência de 60 Hertz, o novo balanço de potência se dará Para atender esse obj etivo, utiliza-se o Esquema Regional de Alív io
numa freqüência inferior a nominal. de Carga (ERAC), que é fundamentalmente uma lógica seqüencial de corte
de carga, para assegurar a estabilidade e recuperar o equilibri o de potência
O funcionamento do sistema elétrico numa freqüência diferente da
de geração e carga na freqüência mais próxima da nominal. O ERAC é um (
freqüência nominal produz os seguintes efeitos:
sistema especial de proteção (SEP), constituído de um esquema estratégico
® O balanço de potência em 60 Hertz não é conseguido; de rejeição de cargas, aplicado em decorrência de uma contingência que
® As cargas operam fora das suas características de projeto ; deixa a região com déficit de geração . O ERAC faz parte das ações de
controle primário da freqüência do sistema elétrico.
® Alteram as características intrínsecas dos equipamentos de
medição, controle e proteção. A lógica do ERAC pode ser efetuada por melO das seguintes
grandezas:
® Podem provocam danos nas pás das turbinas térmicas a vapor (
• Freqüência elétrica;
das unidades geradoras.
• Tensão elétrica.
Durante a operação normal de um sistema elétrico, pode ocouer
perda de geração. A perda de geração pode ser: Em relação à freqüência, a lógica do ERAC pode ser efetuada por
um relé de freqüência absoluta, constituído de Válios estágios (ajustes de
a) Perda de pequena geração. freqüência).
Se ocouer a perda de uma pequena geração, mas a geração remanescente Supor, por exemplo, que um ERAC, é programado para atuar
tem capacidade de suprir a carga, nesse caso, as ações dos reguladores abrindo os disjuntores 1, 2, e 3 da subestação apresentada no diagrama
automáticos de velocidade das unidades geradoras e do Controle uni filar da figura 3 .23 .1, na seqüência dos estágios dos ajustes de freqüência
Automático de Geração (CAG), estabelecem as novas contribuições dos de acordo com o esquema funcional em DC da figura 3.23.2.
geradores para suprir a carga na freqüência de 60 Hertz. Como a ação dos
reguladores de velocidade é lenta, em alguns casos pode haver necessidade
de um C0l1e temporário de cargas, com o objetivo de controlar a variação da
freqüência, após então, a recomposição das cargas pode ser restabelecida. 2
(
Supor, por exemplo, que uma perda de geração faz o sistema operar
na freqüéncia entre f2 e f3. Assim, pelo esquema apresentado na figura
3.23 .2, atua o relé de freqüência no I e n estágios, isto é os contatos fi e f2
--
_1
____________________________~
I -2
TP VJ
( serão fechados, ativando-se os relés de tempo T I e T 2. Após transcorrido o
tempo ajustado, os relés de tempo fecham os seus contados TI e T2,
desligando os disjuntores 1 e 2. Este corte diminui a carga no sistema
~:3
-4
elétrico, de modo que a geração remanescente possa suprir a carga ativa na
freqüência de 60 Hertz ou próxima dela. Figura 3.23.3 - ERRC das Cargas 1,2 e 3
( Muitas empresas adotam os ajustes apresentado na tabela 3.23.1 , na
lógica do ERAC, com 5° estágios de rejeição de cargas. +81f
1 T1 1
( ERAC Relé de Bobina de
Tempo Fech amento
Freqüência Corte de carga em %
Estágio Temporização
Ajustada da carga total
Figura 3.23.4 - ERRC de Recomposição de Cargas 1,2 e 3
l° 58,5Hz 0,35s 7,5
2° 58,2Hz 0,35s 7,5 Nesse caso, quando a freqüência volta para o valor normal, o relé de
freqüência do ERRC opera, fechando o contato 81f, ativando o relé de
3° 57,9Hz 0,35s 10 tempo. O relé de tempo é constihÚdo de, por exemplo, 3° estágios, que
4° 57,6Hz 0,35s 15 fecha sucessivamente os seus contatos de acordo com o ajuste de
tempOlização (TI, T2 e T3). Cada estágio promove o fechamento do
5° 57,3Hz 0,35s 15 disjuntor, religando a respectiva carga.
Tabela 3.23.1 - Ajustes do ERAC Quando ocorre uma perturbação do tipo perda de grande bloco de
carga, o excesso de geração provoca aumento da freqüência e elevação da
. Além da lógica de ajustes apresentada na tabela 3.23.1, pode-se
tensão no sistema elétrico, neste caso, há necessidade de uma estratégia de
adicionalmente utilizar a taxa de variação da freqüência. Para maiores
corte de geração, conhecida por Sistema de Alívio de Geração (SAGE).
detalhes, consultar a referência [47].
Restabelecido o equilíbrio de carga e geração, isto é, a normalidade
do sistema elétrico, as recomposições das cargas podem serem feitas, 13.24 Esquema de Controle de Emergência (ECE)
manualmente ou por processo automatizado.
O Esquema de Controle de Emergência (ECE) é um Sistema
Se o sistema elétrico normalizou e voltou a operar em uma Especial de Proteção (SEP), com uma estratégica de ação de recuperação
freqüência dentro de uma estreita faixa estabelecida em tomo da freqüência das condições operativas de um equipamento ou do sistema elétrico,
nominal, pode-se restabelecer as cargas, por meio de um Esquema decorrente de uma contingência ou perturbação.
Automático de Restauração de Cargas (ERRC) , como, por exemplo, o
apresentado no diagrama lmifilar da figura 3.23 .3, cujo esquemático em DC O ERAC é um esquema aplicado, essencialmente, com perturbação
é mostrado na figura 3.23.4. do tipo perda de geração, j á o ECE é um esquema estratégico aplicado a
• Outras .. . _
• •
4.1 Introdução +
Vp = aVs (4.2.2)
• As correntes ip e isestão em FASE, e são dadas por Figura 4.3.1 - Proteção Diferencial Percentual no Transformador
Monofásico
is = aip ( 4.2.3) No esquema da figura 4.3. 1 deve-se observar as regras para a 1igação
O circuito da figura 4.2.1 pode ser representado pelos circu itos das dos TCs:
figuras 4.2.2 e 4.2.3.
1) As ligações dos TCs devem seguir as mesmas seqüências das
____ip....__ i-.;
.._. . . ...:
..• :...,
.........-,...;
.• ;...-._..._. . i s~-
!--_ _ _ _ ., marcas de polaridade das bobinas primárias e secundárias do
+ + transfonnador.
_ l_p_ _ 1_
5_ Transformador
( RTC p RTC 5 133/ 13.8 kV
( Ip a1p
RTC p
( RTC s
·· L .• •.•.. . __ ....!
( 4.3.1)
·
+-
····
( Em que:
(
• RTC p é a relação de transformação do TC conectado no primário ·~
do transfonnador; ·: ··········..•....I.--.. ·~
t
.
(
(
• RTC s é a relação de transformação do TC conectado no secundário
do transformador.
t---------------...-------------- -----0
( Figura 4.3 .2 - Circuito da Proteção Diferencial
Assim, desconsiderando-se os erros de cada TC, na operação nonnal
do transformador e em caso de defeitos fora da zona protegida pelos dois S=VI
TCs, a corrente que passa na bobina de operação do relé 87 é nula. 8280k = 138k . I I
Apresentam-se a seguir alguns exemplos dessa proteção diferencial
no transformador monofásico.
II = 60A
Exemplo 4.3.1: Seja o diagrama lmifilar apresentado na figura 4.3.2 o b.2) Pela relação de transformação do transformador
circuito de um transformador monofásico de 10 MVA que alimenta uma a = VpNomiual = 138k = 10
carga de 8280 kV A com fator de potência de 0,8 atrasado.
V5Nomio ai 13,8k
Calcular:
a) A corrente elétrica na carga.
S=Vl
II = 60A
8280k = 13,8k .1 2
c) A relação de transformação do TC 2, de modo a se adequar a
12 = 600A proteção diferencial percentual.
1
Is2 = Isec undáriodoTC2 = RTC = 1000 =3 A Sendo que:
2
5 Ioperação > I ajustedo relé
adefeito > 25% ~ o relé atua
f) A corrente que passa na bobina de operação do relé 87. {
Udefeito > 14,03°
I operação do relé87 = I SI - 152 = O (
A figura 4.3 .3 mostra graficamente as correntes e suas inclinações
Como a Ioperaçãodorelé87 = O o relé não opera. (slope).
g) O que acontece com um relé 87 que tem ajuste de 2A e loperação
declividade de iS%, na ocorrência de um defeito interno de 200%
200A no transformador operando a vazio.
Neste caso, os cálculos são os apresentados a seguir
II =200A e 10A +-- ---;
200
I SI = 100 = lOA e
2A .........-...-'
5 I:---f---...!...---'------..- lrestrição
5A
Ioperaçõo = I SI - 152 = 10 - 0= 10 A
Figura 4.3.3 - Correntes e suas Inclinações
10+0
lrestrição = - - = 5 A A figura 4.3.4 apresenta a situação final do item g.
2
+···
( = 10 A das outras proteções. Mesmo assim, os TCs de classe de exatidão de 10%
( são utilizados na proteção diferencial, nesse caso, se a corrente elétrica do
( ·i ,...... ........................
defeito for pequena, o erro dos TCs será pequeno, mas para um curto-
. circuito de grande intensidade o erro poderá ficar em 10% para cada TC.
---e
:
: t Assim, um TC pode ter erro de + 10% e o outro de - 10%, o que acarreta
L--------------... ---------------- para o relé 87, uma corrente diferencial com erro de até 20% .
1,,1 , 1
monofásicos, podendo ser constituído por:
+
87
1 • Banco de transformadores monofásicos;
86 • Transformador trifás ico, montado sobre um mesmo núcleo
69
magnético, que pode ser:
52 • Núcleo envolvido;
• Núcleo envolvente.
A forma de ligação do transformador trifásico, em cada lado do
emolamento, pode ser:
• Em estrela (Y);
Figura 4 .3.5 - Esquemático em DC da Proteção Diferencial
• Em delta (.6.);
Em que:
• Em zig-zag.
VM ..... lâmpada vermelha, indicando di sjuntor fechado
Destas ligações resultam as maiS diversas combinações que
VD ..... lâmpada verde indicando disjuntor aberto dependem do sistema elétrico adotado .
Para outras notações numéricas ver apêndice A . Em relação ao número de emolamentos podem ser de:
Cuidado em especial deve-se ter no transformador trifás ico No caso da figura 4.5.1, sempre na operação balanceada as correntes
conectado em D,. - Y, porque às correntes de linha no lado D,. estão de linha e de fase são dada pela expressão 4.5.1.
adiantadas ou atrasadas de 30°, 60°, 120°, 150° e 1800 em relação as ( 4.5. 1)
correntes de linhas no lado Y. As correntes estão adiantadas ou atrasadas
dependendo da forma de ligação dos enrolamentos do lado D,. do As ligações dos TCs devem seguir a mesma regra do item 4.3, o
h'ansformador de potência. importante é que as correntes que fluem pelas bobinas de restrições do relé
O deslocamento angular produz dois problemas: 87 sejam as mesmas.
A regra fundamental para o funcionamento do relé 87 é que na
• Diferenças nas correntes no relé diferencial 87, que
dependendo do seu ajuste pode operar para as condições de condição normal de operação ou de curtos-circuitos trifásicos, fora da zona
carga do transformador. de proteção, seja atendida a expressão 4.5 .2.
°
1 Passo: Desenham-se os enrolamentos primários e secundários de modo
que as bobinas acopladas fiquem alinhadas, com as marcas de polaridades
para fora, como mostra a figura 4.6.1
( Transformador
ro 0000'-- - - - -o 1
I ~
~
IL.* '0000 '-- _ --J 0000 ' '" JI
Figura 4.6.1 - Transformador Trifásico de 2 Enrolamentos Figura 4.6.3 - TCs no mesmo Sentido dos Enrolamentos do TransfOlmador
4° Passo: Em cada lado, conectar as marcas de polaridades do secundário
2° Passo: Conecta-se a linha de transmissão externa nos terminais com
dos TCs nas respectivas bobinas de restrição do relé 87. Ver figura 4.6.4.
marcas de polaridades, conforme figura 4.6.2.
Transformador Até este passo, tem-se a ligação genérica dos terminais do
LTs ro - - - - - - -o
1 LTs transfonnador e dos TCs. As próximas conexões apresentadas a seguir
dependerão das ligações do transformador.
-~I -~ ~·I-
______________-+I~c ~cI-
4.7 Transformador Trifásico sem Rotação de Fase
-~L._4j
I* '" I
Figura 4.6.2 - LTs Conectada ao Transformador Trifásico Nos casos de transformadores trifásicos em que as correntes de linha
do lado primário e secundário, não apresentam deslocamento angular de
3° Passo: Conecta-se os TCs de modo que suas marcas de polaridade fase, ou seja, têm deslocamento de 0°, as ligações dos TCs devem ser
acompanhem as marcas de polaridade dos enrolamentos do transformador. preferencialmente em Y nos dois lados. A ligação em Y é preferencial, mas,
Neste passo já se colocam os 3 relés diferencial percentual, conforme se houver problema de atuação da proteção diferencial para defeito
ilustrado na figura 4.6.3. lçb - terra fora da zona protegida, deve-se então utilizar outra ligação.
1 ______ - - - - - - - - _ .
87 87
87 87
87
87
• •
L-----0-----
• • J
+
~- 87 ~-
Na figura 4.8.3 apresentam-se também as conexões dos secundários mostra a mesma ligação feita na figura 4.8.2, com os seus respectivos
dos TCs no lado Y do transfonnador, que deverão estar conectados em L. sentidos das conentes de cada lado.
seguindo a mesma seqüência das suas marcas de polaridade. Assim, as Transformador
bobinas secundárias dos TCs devem ser uma réplica dos enrolamentos do r---------
lado L. do transformador.
----..;.:-+:------'j:.-:-::r :;.
(
Observa-se que em todos os esquemas das fi guras 4.7.1 e 4.8.2, as is=ib-Ic
bobinas de operação dos relés 87 estão conectadas em Y. I ic = ic - ia
(
Outra maneira de efetuar as conexões dos TCs no transformador L. -
I _________ J
Y é seguir os sentidos das conentes de acordo com suas marcas de
polaridade, tendo como objetivo de atender a expressão 4.5.2, ou seja, as Figura 4.8.5 - Conexão do transformador L. - Y
conentes nas bobinas de restrições devem ser iguais em fase e em módulo.
No lado L., aplicando-se a 1a Lei de Kirchhoff, tem-se as conentes:
O procedimento apresentado a seguir é geral, aplicado a qualquer
tipo de conexão do transformador L. - Y. ia = i A+ ib iA=Ía- ib
No procedimento apresentado na figura 4.8.4, leva-se em conta ib =ÍS+Íc i s= i b-(
somente as ligações dos TCs e os sentidos das conentes, sem levar em
consideração a relação de transformação do h·ansfonnador. ( = Í e + ia ic =Í c- ia
As conentes no primário e secundário de qualquer transformador de Os TCs na figura 4.8.5 podem ser colocados de qualquer modo,
potência ou nos TCs estão sempre de acordo com as apresentadas nas apenas os conjuntos de cada lado devem ser iguais e coerentes, por exemplo,
figuras 4 .2.1, 4.2.2 e 4.3 .1, isto é, quando em um emolamento a conente os TCs foram colocados no mesmo sentido do da figura 4.6.3, na qual se
elétrica entra na marca de polaridade no outro enrolamento a conente saí repete aqui na figura 4.8.6, indicando os respectivos sentidos das conentes.
pela marca de polaridade; de acordo com a figura 4.8.4. (
Note que as correntes nos secundários dos TCs nos lado de alta e de (
Transformador
baixa do transformador não são iguais, pode-se adequar as corTentes de 2
r-------"7"- modos:
o o la I
-~· I~ ~- . -.·~I a) Ligando os TCs em L. no lado Y do transformador.
____I_b~ .- -~Ic ~c __l b~. I- __ b) Utilizando outro conjunto de TCs auxiliares intermediários em
I i I qualquer lado no sentido de adequar as conentes nas bobinas de
____I _c~.-r l- *-~ ~* __c-'. ~I-_
restrições dos relés 87.
I _________ J
Primeiramente, em atenção a regra, deve-se conectar os secundários
Figura 4.8.4 - Sentido das Conentes no Primário e Secundário no dos TCs em Y no lado L. do transfonnador e conectar sua saídas nas
Transformador respectivas bobinas de reshições dos relés 87, conforme ilustra a figura
Os enrolamentos do transformador de potência podem ser 4.8.7.
conectados de qualquer modo, como o exemplificado na figura 4.8.5, que
( la
TCs r--------- ia - ib TCs
deste modo a figura 4.8.7 mostra estas correntes.
o
""-:::::;;I===::f-!--t:::---+o::....-"1!'GIlf\.""':'Y!;
o
° ia I o
o
Deve-se conectar os secundários dos TCs do lado Y do
( Ib ia Ic a
ib -( transfonnador de potência de modo a se obter as mesmas correntes nas
( a a bobinas de restrições. Fazendo deste modo, obtém-se o diagrama da flgura
ie ib ie -Ía
(
• • 4.8.8 .
lc I _________ J • Transformador
ia
I
T C's r ---------
i I y
TCs
·rv'"'......I-1
..:... o .-r. O
'0000- ~
t:, O ' o. f"V"'Io
:
a...- I o
ib ib,. ib - ie
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( I
~
I _________ J y
( \ t:,
I,
( -é-
87
ie - ia ie - ia
--
87
Figura 4.8.6 - TCs Colocados nas Linhas do Transfonnador 6. - Y ib - ie ib - ie
(
r---------
Transformador
87
ia -i b TCs ia -i b ia - i b
o~ y!; aia 1 o
-+ -=~f!l:_jr.a' U~V"'; • uvw I --'- rv"I
r
o
II~ t:J I IJib. I ib - ie
~_= ' w~ 'uuw Figura 4.8.8 - Conexões dos TCs no Lado Y do Transformador de Potência
.,~=:t_- _t.: .- ~!J'-.'uOOO '-- Ir-"""""---.-:i",.. . II ie - ia
I
I _________
'WW
J y
Como apresentado neste item e no item 4.4, os transformadores
trifásicos podem ser conectados de modo que suas bobinas primária e
secundária tenham diversas combinações que produzam deslocamentos
87
-~ angulares nas correntes de linha no lado primário e secundário.
...... Nos relés diferenciais convencionais as ligações dos TCs devem
compensar a rotação angular produzida, podendo-se até utilizar TCs
87
auxiliares para compensar as discrepâncias de relação de transformação e
compensação adicional de rotação angular.
87 Já no caso de relé digital multifunção, a única conexão dos TCs é
utilizada para suprir as diversas função do relé, e neste caso não há
Figura 4.8.7 - TCs em Y no Lado 6. do Transformador de Potência necessidade de se fazer as ligações fisicas da mesma conexão do
[ffiJ'
(
primário e saem no lado secundário ou vice-versa.
liA
r----- A-------§-------c-------1 Terminal do
iB ic! Primário mo· W· ·i D
•
m·
-----._.- -_._- - -. ____ o_ao'
~
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-
mQ.
Bobinas
o
~
~
-o Primárias
CI:l
~ ~ ;•
·
EI..-
D
.2
cn
c Bobinas
CI:l
l..-
I- Secundárias Dyl
I---C --------- -i~ ----C1 Terminal do Ydl Yzl
1
to ___ ...._______ b
a ________ e l.:
_______________
W· W'
I r- I {
~ ~ ~.
A seqüência de fase é A, B e C, sendo que os respectivos fasores das
·
mo·
D •
Yy6 Dz6
Dd6
mil'
r-
I ~~ ~ ~
• D •
(
1.1.1,
( Dd4 Dz4
~.
(
Dy7 Yd7 Yz7
• D •
W·
m
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(
fin'
Ddl0 DzI0 -+
[[ID'
(
• Z -+ primário em zig-zag (
.
../ Segunda letra minúscula, representa o secundário do transfomlador.
que pode ser:
-60 0 • D •
m
7- d -+ secundário em !1
~ ~
--' "7 y -+ secundário em Y (
r-
7- z secundário em zig-zag
~ ! ~
Ydl1
· Il • ../ Número, variando de zero até 11 , que representa o deslocamento
angular das correntes de linha no lado primário em relação às do
Dyll Yz11 lado secundário, cuj o valor é dado pela expressão:
m, m
-30 0
Il • bobinas primárias e secundárias com a denominação de Dy5. Isto significa
~. ! ~ que o primálio do transformador está ligado em !1 e o secundário em Y, e as
-' correntes de linha no lado !1 estão adiantadas de 300 x 5 = 1500 em relação
r-
às correntes de linha no lado Y.
~ ~ ~
• D •
4.9 Ajuste do Relé Diferencial Percentual na Proteção do
Tabela 4.8.1 - Conexões e Deslocamento Angular das Correntes de Linha Transformador
no lado Primálio em Relação às Correntes de Linha no lado Secundário de
Transformadores Trifásicos. No esquema de proteção diferencial do transformador de potência as
correntes secundárias dos TCs devem alimentar o relé 87 de modo que as
Os desenhos da tabela 4.8.1 estão associados ao modelo da figma correntes nas bobinas de restrições sejam iguais. Na realidade, as correntes
4.8 .9. que chegam ao relé 87, estão associadas a erros causados por:
i'
Na tabela 4.8.1, as duas letras associadas a um número, têm a a) Discrepância no casamento dos TCs do lado de alta e baixa do
seguinte convenção: transformador. Como os TCs estão vinculados aos que são
../ Primeira letra, maiúscula, representa o primálio do transfollllador, disponibilizados pelos fabricantes, deve-se escolher aqueles que
que pode ser: mais se ajustam de acordo com as relações de transformação dos
transformadores de potência.
• D'" primário em Delta (Ll)
b) Erro dos TCs dado pela sua classe de exatidão de 2,5%, 5% ou pelo fabricante. A figura 4.9.1 mostra os laps na bobina de
10% principalmente no momento de correntes de curto-circuito restrição do relé 87.
elevadas de acordo com o seu fatar de sobrecorrente (FS = 20).
Este erro é devido à saturação do núcleo magnético do TC.
Como o erro do TC é de ± 2,5%, ± 5,0% ou ± 10,0% , se os dois
TCs da mesma linha da proteçào diferencial operarem na pior
condição, isto é, um TC está com erro de
+ 2,5%, + 5,0% ou + 10,0% e o outro com erro de -----.,....-' ~
Tap's Tap's
- 2,5%, - 5,0% ou - 10,0%, tem-se no relé 87 um erro total de
5%,10% ou 20%. Figura 4 .9.1 - Taps do Relé 87
c) Erros associados com a comutação dos taps dos transformadores Os taps são no minados em Amperes que produzem a mesma
de potência, efetuados sem carga ou com carga, de modo manual força magnetomotriz e o mesmo fluxo magnético de restrição. Par
ou, com controle pela supervisão local ou remota ou, regulação exemplo, um relé tem os taps disponíveis nas bobinas de restrição
automática pelo relé 90. Para o relé 87, o ajuste deve ser feito na de: 2,9 - 3,2 - 3,5 - 3,8 - 4,2 - 4,6 - 5,0 - 8,7 A, escolhendo-se os
condição de operação normal do transformador de potência, ou taps de 5 A e 3,5 A, tem-se o torque de restrição nonimal do relé
seja, com o tap do comutador na posição central. Qualquer 87 e se as correntes forem opostas o torque de restrição será nu lo.
mudança de tap produz erro nas correntes diferenciais injetadas Essa situação está apresentada na figura 4.9.2.
no relé 87. O máximo erro será quando o comutador está com o
seu tap na posição limite de máximo ou mínimo. Geralmente, os
taps da comutação têm variações de ± 10,0% em relação à tensão
nominal do transformador de potência. Assim, o ajuste da
sensibilidade ou da declividade do relé 87 deve ser além do erro
introduzido pela comutação no seu maior limite. SA 3,5A
d) ' Discrepância dos taps nas bobinas de restrições do relé 87. Este Tap=5A Tap=3 ,5A
erro, devido às diferenças nas correntes que chegam às bobinas
de restrições, pode ser minimizado de dois modos: Figura 4.9.2 - Taps na Bobina de Restrição do Relé 87
d.1) Uso de TC auxiliar intermediário. Este TC ajusta a Se as correntes que fluem pelo sistema elétrico forem maiores que
corrente antes de entrar na bobina de restrição do relé 87. os laps, por exemplo, como mostradas na figura 4.9.3.
t
. e) Margem de segurança. Feitas as considerações (cálculos) dos
~y
erros, deve-se, ainda, deixar uma margem de segurança para
garantir a seletividade da atuação do relé diferencial dentro da
sua zona de proteção. A margem de segurança é geralmente de
5%. 1 ~_ ..... ~ ............ _
d) Escolher o TC no lado!::" do transformador. Como os secundários destes TCs estão conectados em l::. a corrente
de saída (ou entrada) é de:
[ saida do ti = .fi. 3,28 = 5,68 A 3,5 1,000 1.086 1.200 1,314 [,429 2,486
3,8 1,000 1,105 1,21 [ [.3 [ 6 2,289
É esta COlTente que passa na outra bobina de restrição do relé 87 . (
4,2 [.000 1,095 [, 19O 2,07 1
h) Taps no relé 87.
4,6 1,000 1,087 1,890
No relé 87, na operação nominal do transformador, chegam nas
5,0 1,000 1,740
bobinas de restrições as seguintes conentes, que estão apresentadas na
figura 4.9.6. 8,7 1,000
(
Tabela 4.9.1 - Combinações dos Taps do Re lé 87
Deve-se escolher a relação de Taps mais próxima da expressão 4.9.4,
tal que as correntes nas bobinas de restrições sejam as maiores e mais
próxima possível dos Taps escolhidos.
3,645 A 5,68 A Comparando-se o valor da expressão 4.9.4 com os valores da Tabela
4.9 .1 , chega-se em:
Figura 4.9.6 - Taps do Relé 87
Tap2 = 5,0 = 1563
Note que as conentes verdadeiras não são exatamente iguais aos taps Tapl 3,2 '
disponíveis pelo fabricante, portanto, deve-se escolher os taps para que as I Rostrição2 = 5,68 A > Tap 2 :=: 5 A
bobinas de restlições fiquem equilibradas em termos de fluxo magnético,
isto é, tenham o mesmo múltiplo em ambos os lados, ou seja: I Restrição I = 3,645A > Tap 1 = 3,2 A
I Restrição I I Restrição 2
= ( 4.9.3) Portanto, a escolha definitiva nas bobinas de restrições é Tap1
Tapl Tap2 3,2A e Tap 2 = 5,0A.
3,645 5,68 Note que os Taps não foram exatan1ente obtidos pela relação da
Tapl Tap2 expressão 4.9.4, isto produz eno no relé 87, que deverá ser coberto pelo
ajuste da sensibilidade do relé.
Tap2 = 5,68 = 1558
Tapl 3,645 ' ( 4.9.4) i) Erro total das correntes diferenciais.
Dos Taps disponíveis: 2,9 - 3,2 - 3,5 - 3,8 - 4,2 - 4,6 - 5,0 - 8,7 A, no i.l) Eno da classe de exatidão dos Tes.
relé 87, deve-se fazer todas as combinações possíveis de Taps, obtendo-se a e Classe . :=: 2 , 5%O + 2 , 5% = 5,0%
de exaudão
relação Tap2/Tap 1, que está apresentada na Tabela 4.9.1.
2,9 i.2) Erro de comutação do transformador de potência.
Taps 3,2 3,5 3,8 4,2 4,6 5,0 8,7
2,9 1,000 1,103 1,207 1,310 1,448 1,586 1,724 3,000 e Comutação :=: 10%
3,2 1,000 1,094 1,188 1,3l3 1,438 1,563 2,719 i.3) Erro da discrepância dos Taps no relé 87.
1,136 ~.-,+
erro total das correntes diferenciais, isto é: Figura 4.9.7 - TCs Auxiliares do Tipo Autotransformadores
Deve-se ajustar os TCs auxiliares para adaptar as correntes exatas
Sensibilidade > 20,26%
nas bobinas de restrições dos relés 87. Geralmente os TCs tipo
Escolher o ajuste de sensibilidade disponível pelo fabricante do relé. autotransforrnadores tem 100 espiras, como mostra a figura 4.9.8.
Geralmente os ajustes de sensibilidade são de: 25%, 30% e 45% .
Y;6A
Portanto o ajuste de p = 25% no relé 87 está adequado, caso o relé
venha a atuar indevidamente pode-se passar o ajuste para 30%.
Se o relé for digital, o ajuste de "p", dependendo do fabricante, pode,
por exemplo, ser escolhido em uma faixa de 15 a 80% em degraus de 0,1%.
Figura 4.9.8 - TC Auxiliar Tipo Autotransformador
5° harmónica 4, 1% (
6° harmónica 3,7%
5,68 100
7° hannonica 2,4%
3,645 n (
AT BT
transfonnador, o contato 87X está fechado e ocorre a derivação
de conente na bobina de operaçã.o do relé 87, dessensibilizando-
se o rel é de 2 a 3 vezes do seu valor ajustado;
d) Transcorrido o tempo ajustado no relé auxiliar 87X, o seu
contato se abre, voltando ao ajuste original de sensibilidade do
relé 87. Assim, durante o h-ansitório de energização do
transformador, o relé 87 ficou sensibilizado com um ajuste maior
e não atuou para a corrente de inrush;
Figura 4.10.4 - Esquema de Energização do Transformador com e) O relé 87X permanecendo ativado mantém o seu contato 87X
Atenuador de Transitório aberto;
O esquema funcional em DC está apresentado na figura 4. 10.5. f) Pode-se fechar o disjuntor 52 BT nonnalmente.
+
"AT±
52aAT
±"" 52aBT
Este esquema de proteção, também pode apresentar problemas, caso
a energização ocorra juntamente com um curto-circuito no transformador.
Um esquema de relé diferencial dotado de restrições por harmônicas • A corrente de i/ll'lIsh secundária do TC de operação do relé
é apresentado na figura 4.10.6. diferencial terá dois caminhos:
~TC-j TC
• A componente fundamental de 60Hz passará pelo
filu'o correspondente alimentando a bobina de
Filtro operação resultante, que cria um torque positivo (+);
• O restante da corrente de inrush, sem a parcela de
60Hz, passará pelo filtro de bloqueio de 60Hz, e será
retificada na ponte de diodo e passará (alimentará) na
bobina de restrição resultante, produzindo um torque
negativo (-).
TC da Restrição.:.,1,..............I..-,....,n....;.:
TC da Restrição 2 Assim, na bobina de operação resultante e restrição resultante, tem-
se:
I operação res ul tan te = I fundamental 60Hz
Unidade instantânea
Os re lés digitais para transfonnador podem funcionar por meio de
da fase C
algoritmos que processam as informações das con-entes na entrada e na (
saída do transformador. Observar as diferenças das conentes de CUlios-
TC intermediario
drcuitos e das COlTentes de inrush no transformador, descrita no item 4.10. ,
Figura 4.10.7 - Unidade de Bloqueio por 2a Hannônica Acoplado ao Relé Para não operar indevidamente no período de energização do
Diferencial (87) transformador, os relés digitais utilizam algoritmos internos, baseados nas
O esquema em DC está apresentado na figura 4.10.8. diferenças das correntes de curtos-circuitos e COlTentes de inrush, além do
parâmetro de ajuste.
+ :::L Relé 87
instantâ nea URH Pode-se, por exemplo, adotar um dos processos a seguir, efetuados
na corrente diferencial da operação:
• O relé digital mede o conteúdo da 2a harmônica, que comparada com
fundamental, processa a sua lógica de atuação.
Figura 4.10.8 - Esquema Funcional em DC do Esquema de Protecão da
Figura 4.10.7 ' • O relé diferencial digital mede o tempo decorrido entre os picos
a
sucessivos da corrente diferencial da operação, para fazer a lógica de
A unidade de restrição por 2 hannônica funciona do seguinte modo: sua atuação.
• Quando sem conente ou em operação mantém o seu contato • O relé digital diferencial utiliza a transfonnada de Fourier sobre a
(URH) fechado. A operação ocorre quando a corrente de 120 Hz corrente diferencial de operação, obtendo-o a fundamental e a 2 a
na bobina de restrição for ~ 15% da conente fundamental desse harrnôlúca. Se a 28 harmônica for relativamente grande comparada
circuito. com a fundamental, o relé não opera na energização do
transformador.
R
;
- .-... - /
.8
- -- I § 1 - - - - --< ::J
'ii)
6 * 'ii)
6
T Cs
•
Curto lC - terra
87
Disjuntor
.
I ..
Transformador Transformador
de Aterramento de Ateaamento
.
I" defeito interno no transfom1ador envolvendo a sua carcaça, a corrente de
A -~,
defeito total ou parcial flui para a terra.
B ______~i , -~_.
Transformador
c -~.r (
'11l'
,/
Curto-circu ito
.
ln Figura 4 .1 4.1 - Proteção de Carcaça do Transfonnador
Como mostra a figura 4.14.1, todo o circuito elétrico conet~-s ao
Transformador transformador pelo isolador de bucha, inclusive o cabo de desclda do
de Aterramento
ateITamento do neutro da ligação em Y. O relé de sobrecorrente pode ser o
50 ou 51, mas que neste tipo de ligação está fazendo a função 64.
Quando houver qualquer defeito interno envolvendo a :arcaça do
3i,
transfonnador, a corrente passará à terra através do TC, cUJa corrente
seclmdária fará atuar o relé 64. Ver figura 4.14.2.
Figura 4.13.4 - Defeito 1<1> - terra no Transformador de Aterramento Transformador
<-
Neste caso dois relés irão atuar, promovendo a abertura do disjuntor
do transformador de aterramento. Essa proteção também é adequada para l
atuar nos defeitos 2<1> e 3<1> no circuito do transformador de aterramento . (
. . Caso o defeito OCOITa fora do transformador, por exemplo, um curto O relé Buchholz é instalado no duto que liga o transfonnador ao
ClrcUl to 1<1> -terra na linha de saída da ligação em Y, a figura 4 .14.3 mostra reservatório, ou seja, ao tanque de expansão na sua parte superior. Ver
o trajeto das correntes de defeito, que no caso não será percebido pelo re lé figura 4.15.1.
64.
Transformador
Tanque de Óleo
Relé Buchholz
I
./
----
Figura 4.14.3 - Defeito F ora do Transformador
Tranformador
--
I ' partes construtivas, através do óleo.
(
Ao conservador
I4 r-:.-f
~ .' --
00 1ranstormodor
2) H2, C2 H2 e C& indicam arco com alguma deterioração do
.... _ .... (
isolamento fenólico, isto é faltas no comutador de tapes .
(
3) H2, CH4 e C2Rt indicam um ponto quente nas juntas do núcleo.
Figura 4.1 5.2 - Relé Buchholz 4) H2, C2 H4 , CO 2 e C3H6 indicam ponto quente no enrolamento.
Defeito no interior no transfonnador ocon-e sempre com a presença Apesar de não ser recomendado, os técnicos de manutenção, através de
de arco elétrico, que pode decompor lentamente ou rapidamente o óleo processo empírico mais simples, utilizam a pratica de colocar fogo no
mineral e o material isolante com pequena ou grande formação de gases. Os gás recolhido. Se o gás for inflamável, pegará fogo, indicando que há
gases formados sobem e passam através do relé Buchholz dirigindo-se ao defeito interno 00 transformador. Neste caso uma análise cromatográfica
tanque de expansão do transformador. do gás do relé Buchholz e do óleo do transformador, em laboratório, se
A seguir analisa-se o funcionamento para os dois tipos de defeitos dentro do faz necessário.
transformador: Se o gás não for inflamável, não pegará fogo, neste caso o gás pode ser
a) defeitos pequenos. fonnado pelo ar ou pelo vapor da utilidade contida no óleo. Indicando
neste caso que há uma entrada de ar no transformador ou que a sílica-gel
Nos casos de defeitos internos incipientes, a decomposição do óleo é esteja saturada.
lenta e é pequena a forrilação de gás, deste modo, lentamente as bolhas
de gás sobem e se alojam no pequeno compartimento G do relé Se a atuação do primeiro estágio do relé 63 está ocorrendo com mais
Buchholz. Com a deposição de gás no compartimento G, a bóia B irá freqüência e em tempos menores, isto é um indicador que o defeito
descer lentamente. A ampola D que contém mercúrio (Hg) está interno está progredindo e a manutenção con-etiva se faz necessária.
articulada com a bóia B. Quando os gases no compartimento G atingem
certo volume, a bóia B desce inclinando a ampola D. O mercÚ1io banha b) defeitos de grande porte.
os contatos internos da ampola D, fechando os contatos 3 e 4. Com o Defeito de grande porte é caracterizado por um curto-circuito interno,
fechamento dos contatos 3 e 4, o relé Buchholz atua o alarme sonoro e devido à falha de isolação, neste caso o curto-circuito ocon-e juntamente
visual, sendo este passo denominado de Iº estágio. O primeiro estágio com um arco elétrico de grande intensidade, provocando um rápido
não provoca o disparo (abertura) do disjuntor. aquecimento do óleo no local e fom1ação de grandes bolhas de gás.
A equipe de manutenção, através da torneira A, recolhe o gás rearmando Geralmente na decomposição do óleo, gera-se aproximadamente 90
(restabelecendo) o relé. cm3/s de gás por lkW liberado pelo arco elétrico do curto-circuito.
As bolhas de gás juntamente com o óleo sobem e passam no relé
Buchholz, deílexionando a palheta F, curto-circuitando os contatos 1 e
+ I 631°
Estág io
I 631 1°·
Estágio
orioem
t:>
aos curtos-circuitos no transfonnador.
A figura 4.15 .4 mostra a fotografia um relé Buchholz de um
transformador de potência.
---
luminoso
J
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( .
157 (
Capítulo IV Proteção de Transformador
156
ventilação forçada ou da refrigeração do óleo forçado , e até o desa1l11e do (
Como o dispositivo de comutação opera processando mui tos
mov imentos mecânicos para efetuar a permuta de taps, podem ocorrer disjuntor.
muitos defeitos de pequenas ou grandes proporções, decompondo o óleo Dependendo do tipo de fabricação o termômetro pode ser dos tipos:
gerando o gás. Por esse motivo, o mecanismo de comutação é instalado num • Anaste do ponteiro e cursor feito pela expansão do mercúrio
reservatório (compartimento), à parte, dentro do tanque do transformador.
líquido.
Deste modo os defeitos no comutador não danificam os elementos do
transformador e a equipe de manutenção somente agirá na área do tanque de • Arraste do ponteiro e cursor feito pela expansão do fole acionado
comutação. pela dilatação do gás ou líquido.
Portanto, somente para o óleo do tanque do comutador, será • Acionado pelo galvanômetro, pro c i~n a d o pela eq~nap
colocado illll relé Buchholz (63). Este relé Buchholz (63) é ligeiramente diferença de potencial gerada pelos 2 metals (termopar) dlstmtos
diferente do relé Buchoolz da figura 4.15.2, porque não tem a câmara G e a colocados em temperaturas diferentes.
bóia B. • Digital, cuja medida da temperatura é. feita pela p~qena
Deste modo o transfoffiudor de potência provido de comutação diferença de potencial gerada pelos 2 metaIs (termopar) dlstmtos
automática, tem dois relés Buchholz: colocados em temperaturas diferentes.
• um relé Buchholz para o transformador; A figura 4.16.1 mostra um termômetro com bulbo, tubo capilar e
fole, movido com o princípio da dilatação do gás ou líquido .
• um relé Buchholz para o compartimento de comutação.
O
.j 1 estágio
0
4.16 Termômetro
. V 2 ° estágio
o termômetro, função 26, é utilizado para medir a temperatura no Gás
local da sua instalação dentro do transformador. ou
líquido
Em relação ao tipo de funcionamento o termômetro pode ser de 3 temperatura oe
tipos:
• A mercúrio líquido;
• A gás ou líquido que é linearmente e altamente expansivo com a
temperatura;
• A termopar, que gera uma tensão elétrica, que aciona lill1
galvanômetro, cuja deflexão indica a temperatura ou, no caso de Figura 4.16.1 - Tennômetro a Gás ou Líquido
tennômetro digital, a tensão elétl;ca gerada é utilizada para a AtuaLmente com a tecnologia digital, pode-se utilizar um dispositivo
medição da temperatura. com sensores do tipo termopar em vários pontos do transfoID1ador, desse
No caso de aquecimento acentuado do óleo, o termômetro aciona
contatos auxiliares de Iº e rrº estágios, para sinalização? acionamento da
( O nível de temperatura é estabelecido pelo grau de dissipação da Tabela 4.16.1- Vida Útil do Óleo do Transformador
energia térmica gerada como perdas nos diversos componentes do Estas são as temperaturas que pode ser atingidas nos pontos mais
transfOlmador, de acordo com as exigências operativas do sistema elétrico. quentes do material isolante do transformador. Geralmente, o ponto maIS
Temperaturas altas que se mantêm por muito tempo, produzem os quente no transfonnador está localizado em:
seguintes problemas: ~ No óleo no ponto superios também conhecido por "Top Oil";
® Decompõe o óleo, formando sobre o núcleo e sobre os ~ No enrolamento nas primeiras espiras na parte superior do
( emolamento primário e secundário uma bona ácida que transformador, conhecida por "Hot Spot".
( prejudica a refrigeração e ataca o material isolante. E a cada
lODe acima de 60°C, reduz aproximadamente à metade a vida Devido às dificuldades de medição de temperaturas nos pon!os ~a . is
útil do óleo do transformador. A tabela 4.16.1 mostra a vida útil quentes, ajusta-se por segurança os ternô~o,s ~26) a operar no II estaglO
do óleo em relação à temperatura de serviço do transformador. a uma temperatura 100 e menor que o lümte maXllllO (tabela 4.16.2) da sua
isolação mais fraca.
® Carbonização lenta do material isolante, mudando suas JPij:;~=1
características fisicas e químicas e conseqüentemente diminuindo T26 ajuste II o , . =T ax' 'IIDa -10DC
estagIo ID .
a vida útil do transformador.
Assim, deve-se ter um cuidado, em especial no acompanhamento, No n° estágio, o relé 26, deve provocar o desligamento do disjuntor.
controle e monitoramento da temperatura do óleo, dos enrolamentos Salienta-se que no transformador de grande porte, o I?-0nit~rameo
primário e secundário do transformador. da temperatura deve ser rigoroso de modo a preservar a llltegndade do
De acordo com as normas, a temperatura máxima admissível em transformador.
regime permanente do material isolante utilizado no transformador é dada
na tabela 4.16.2.
l
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Proteção de Transformadol" 163
162 Capítulo IV
o
transformador o TC. inj eta no secundário uma corrente correspondente ue }" estâglo
p as~ nd o pela res lstencJa 1, produz por dissipação térmica um aqu e c~ e ~t o ;: estâgio
I
transformador, o calor gerado eleva a temperatura do recipiente que será
+ 49
lUestágio
:c 49
I detectada pelo tennômetro. O tennômetro, dependendo do tipo de
fabricação, poderá arrastar um cursor ou estender um fole , registrando a
11° estágio
86 temperatura atual, e em caso de sobrecarga atuará o rº ou o nº estágio,
69
exatamente como está apresentado na figura 4.17.2.
O TC pode ser instalado com mostra as figuras 4.17.1 e 4.17.3 ou
52
Alarme estar localizado na bucha isolante ou fora do transfonnador.
BA
luminoso Em transfonnadores de grande porte, pode-se levantar por meio de
dados de fabricação, da operação, históricos e ensaios, todas as
características do comportamento ténnico dos enrolamentos primários e
secundários com respeito à sua operação, isto é, a sua corrente de carga, de
Figura 4.17.2 - Esquema de Atuação do Relé de Imagem Térmica sobrecarga e períodos operativos de emergência. Neste estudo investigativo
é levantada a curva exponencial de aquecimento que é semelhante a
Outro esquema mais simples é apresentado na figura 4.17.3.
qualquer corpo que sofre aquecimento. Assim, obtêm-se os parâmetros
Este e~quma é idêntico ao da figura 4.17.1, apenas foi colocado um fundamentais que caracterizam a curva de aquecimento das bobinas do
seno~ (termometro) no lugar da resistência elétrica equivalente ao transfonnador.
aqueclll1ento do enrolamento do transformador. Nos modernos relés digitais (49) tem-se o recurso de parametrização
para a modelagem da respectiva curva do aquecimento das bobinas do
164
Capitulo IV Proteção de Transformador 165 (
t r a~so rm a dor.
Deste modo, ajusta-se o re lé d· . (
es taglOs de al anue, inclusive na abertt: d d :~Jtal (49) para ~tlar em vários ~ Acompanhamento da real perda de vida útil do material isolante
]ra o ISJuntor, se desejado.
do transformador.
Deve-se salientar que esta técnica d .
para simulação do desempenho d . e parametnzar no relé digital
bem mais fácil em equipamnt~sUcl.O? qualquer equipamento é 4.18 Transformador Hermeticamente Fechado
refrigerante e isolante, tais como: q e nao utIlIzam óleo como líquido
MOla~
..
1 2 Diagrama (Tampa)
---e ""'-' S
Parede do
Transformador
Óleo
(
I
:r-I
-
comunicação para o centro de operação da empresa.
+
I,
+ - r-~
VS
\lp Np Ns
- r--
-
- I-- f--
Nivel do
Óleo
(
Bóia ~
;.v.'.;. ". . . .,'' ' Núcleo
Denh'o do núcleo magnético do transformador, o fluxo magnético diretamente proporcional ao termo V; como está expresso na 4.22 .3.
senoidal, pode ser dado pela expressão 4.22.1.
~(t) = ~Máxil1osenCüt ( 4.22.1) ( 4.22.3)
Desse modo, a tensão no terminal da bobina primária é obtida por:
100 Curva de dano Na proteção contra falha de disjuntor do transformador não se pode
do transformador contar com o relé de sobrecorrente 50BF, porque o seu ajuste não cobre
/V todos os tipos de defeitos no transformador. Ou seja, pequenos defeitos
177 (
176 Capítulo IV Proteção de Transformador
:m_mLuuml é @0 é é
Cor com 100% (
Cor normal Cor com 20%
de umidade
sem de umidade
absorvida
umidade absorvida
(saturada)
I Laranja II Amare lo
I IAmarelo-claro I
~+-<: 11>----+-\~
I AZL11 II Azul-claro
I I Branca I
I AZL11 II Rosa fraco
II Rosa I
Tabela 4.24.1 - Coloração dos Grãos dos Cristais da Sílica Gel com o Grau
de Absorção de Umidade
A equipe de inspeção da manutenção da subestação deve
acompanhar o grau de coLoração dos grãos de sílica gel, para controlar O
grau de umidade do ar que está entrando no transfonnador. Quando a silica
gel estiver saturada, deve ser substituída. A sílica gel pode ser regenerada
colocando-se os cristais em uma estufa com temperatw-a de até 120°C por
um período de 2 a 4 horas. Relé Digital
Multifunção
( 1. Elemento principal
Elemento principal ou mestre é o dispositivo inicial que serve, seja
diretamente ou por intermédio de outros dispositivos admissíveis, para
( por um equipamento em operação ou fora de serviço.
(
2. Relé de partida ou fechamento temporizado (time-delay starting, or
(
closing-relay)
( Também chamado de relé de tempo de partida ou fechamento. É um
dispositivo que funciona de modo a proporcionar um retardamento
proposital de tempo antes ou após qualquer instante. Pode ser usado
durante a operação, numa seqüência de intervalos de chaves ou no
sistema de relés de proteção, exceto os especificamente assinalados
quanto às funções já consagradas dos números 48, 62 e 79.
8. Dispositivo de desligamento da energia de controle (control power 14. Dispositivo de subvelocidade (underspeed device)
disconnecting device) É um dispositivo que funciona quando a velocidade rotacional de uma
máquina cai abaixo de um valor predeterminado. Pela IEe 60617 é
É um di~postv de desligamento, tal como um intelTUptor de faca, ou
um conjunto de chaves fusíveis, utilizados com a finalidade de representado pelo símbolo ICD < \.
respectivamente, ligar e desligar a fonte de energia de controle d~
equipamento ou das barras gerais de comando. 15. Dispositivo de ajuste ou comparação de velocidade ou freqüência
(speed or freqlle1lcy, matching device)
9. Dispositivo de reversão É um dispositivo que tem a finalidade de alcançar e de manter a
É um dispositivo empregado com a finalidade de inverter o campo de velocidade e ou a freqüência de uma máquina ou de um sistema elétrico
uma máquina ou para possibilitar quaisquer outras funções de reversão. igual à ou aproximadamente igual à, de outra máquina ou sistema,
10. ,Chave comutadora de seqüência das unidades (unit sequence switclt) 16. Dispositivo de controle de carga para bateria
E uma chave comutadora utilizada, em equipamentos de unidades Dispositivo que tem a finalidade de controlar e manter a carga da bateria
múltiplas, para modificar a seqüência na qual as unidades possam ser ou banco de baterias,
colocadas em operação ou desligadas.
17. Chave de derivação ou de descarga (shunting, or discharge, slVitch)
11. ,Transformador de controle (potência) É um interruptor que serve para abrir ou fechar um circuito derivado dos
E o transfowador utilizado para o circuito de controle, terminais de qualquer peça ou aparelho (exceto um resistor) , tal com
enrolamento de induzido de máquina, um capacitor, um reator, etc .. ,
12. Dispositivo de sobrevelocidade (over-speed device) Observação: Excluem-se os dispositivos que desempenham operações
de derivações tais que possam torna-se necessários no processo de
26. Dispositivo térmico de proteção do equipamento (temperatura do 29. Contacto r de isolamento (seccionadora) (iso/ator contactor) (
e~rolamnt ou do óleo do transformador) (apparatas thermal device Seccionadora de isolamento é wna chave utilizada para desconectar um
(
l?1 overte11ljJeratura relay) circuito, principalmente nos casos de manutenção, testes, emergências ou
. E um dis~otv que funciona quando a temperatura exceder um valor desligamentos prolongados. Nas subestações, estas seccionadoras, (
pr~e ~ erm n ado (ajustado! ou dependendo do caso quando a temperatura operam sem ser motorizada com abertura sem carga, isto é, com processo (
call a aIXO de um valor ajustado. O dispositivo térmico de proteção pode de abertura mecânica no local e totalmente manual.
(
ao m:smo tempo medir a temperatura atual e ter de I 2 ou 3 estáaios de
atuaçao. ' b 30. Relé anunciador (annunciator relay) (
(
188 Nomenclatura da Proteção Apêndice A 189
../ Mudança de disparo para o disjuntor de transferência de Relé de seqüência de operação incompleta é um rel é que geralmente faz
bana proveniente do sistema de proteção da linha de o equipamento retomar a sua posição normal, bloqueando o
(
transmissão que tem o di sjuntor fora de operação . funcionamento se a seqüência normal de partida, marcha e parada nào for
adequadamente completada dentro de um tempo predeterminado.
44. Relé de partida seqüencial de unidade (ullit sequence starting relay) Caso este dispositivo seja utilizado apenas para alarme, o mesmo poderá
É um relé que funciona para dar partida a próxima wüdade disponivel de ser designado por 48A.
um conjunto de equipamentos de unidades múltiplas, quando da
oconência de falba em uma unidade que deveria entrar em 49. Relé térmico de máquina ou transformador (l11achille, or
funcionamento. transformer, thermal relay)
É um relé que opera quando a temperatura do enrolamento da armadura,
45. Sinalizador de condições atmosféricas anormais de outro enrolamento ou elemento da máquina, sujeito à sobrecarga de
É um dispositivo que funciona quando da oconência de condições uma máquina, excede um valor predeterminado. Ou a temperatura de um
atmosféricas anonnais, tal como presença de emanações daninhas, retificador de potência ou dos enrolamentos um transfom1ador de força,
misturas explosivas, fumaça, ou fogo. Por exemplo, a subestação ficou exceder um valor predeterminado, deconente de um aumento de carga.
imersa em fumaça decorrente de um incêndio na proxinüdade, assim o No transfom1ador de força este relé é conhecido por relé de imagem
dispositivo com a função 45 deverá providenciar a sinalização local ou térmica. Esta função 49 é própria para sinalizar o nível de sobrecarga de
remota para o sistema de supervisão. um equipamento elétrico . Pode ser designado por:
• 49 AT - Imagem térmica do enrolamento de AT do transfOlmador;
46. Relé de inversão de fases ou desequilíbrio das correntes de fase • 49MT - Imagem térmica do enrolamento de MT do transformador;
(reverse phase, or phase balance, current relay) • 49BT - Imagem térmica do enrolamento de BT do transformador.
É um relé que opera quando as correntes polifásicas estiverem em
Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo [}}
seqüência de fase inversa, ou quando as conentes polifásicas forem
desequilibradas ou contiverem componentes de seqüência negativas
50. Relé de sobrecorrente instantâneo (instantaneous over curreflt, or
acima de um certo valor ajustado . Por exemplo, no caso de
sobrecçmentes instantâneas ou temporizadas de seqüência negativa, pode rate-of-rise relay)
É um relé que opera instantaneamente se a conente de curto-circuito
ser representado por 50/51Q (46). Pela IEC 60617 é representado pelo
símbolo lli:2J. decorrente de um defeito, no sistema elétrico ou no equipamento,
ultrapassar um valor pré-ajustado.
Esta função é explicitada por várias nominações, tais como:
47. Relé de tensão de seqüência de fase (phase-seqllence voltage relay) -7 50N - relé de sobreconente instantâneo de neutro;
É um relé que funciona quando o valor da seqüência de fase das tensões 7- 50G - relé de sobrecorrente instantâneo de tena, também
polifásicas ultrapassa um determinado valor ajustado. Opera também
chamado de 50GS (Ground Sensor);
quando ocone inversão de fase, subtensão ou perda de fase. Pela IEC 7- 50BF - relé de proteção contra falha do disjuntor, tan1bém
60617 é representado pelo símbolo I U 2 > I. chamado 50/62BF (Breaker Failure);
7- 50V - relé de sobrecorrente instantâneo com restrição (controle) • 52L - disjuntor de linha:
de tensão . O ajuste do relé 50 é variável com o valor da tensão V • 520 - disj untor do gerador:
podendo ser para subtensão ou para sobretensão; , • 52T - disjuntor de transferência de barras.
7- 50Q - relé de sobrecorrente instantâneo de seqüência negativa.
Pela IEe 60617 é representado pelo símbolo II > > I. 53. Relé excitador ou relé de gerador CC (exciteI' 01' d-c generator relay)
É um relé que na sua operação altera sucessivamente o campo da
51. Relé de sobrecorrente temporizado em CA (a-c time oveI' curl'ent excitação de uma máquina de corrente contínua para que sua pmiida se
relay) desenvolva gradua1mente.
É um relé que atua com um retardo intencional de tempo, quando a
conente elétrica alternada em um circuito exceder um valor pré-ajustado. 54. Disjuntor de corrente continua de alta velocidade (high-speed li-c
O retardo de tempo do relé 51 pode ser: circuit breakel')
• de tempo definido; É um disjuntor de corrente contínua desenv01vido para que sua operação
• de tempo inverso. de abertura e fechamento sej a extremamente rápida.
Esta função é também explicitada por várias nominações, tais como:
.:. 51N - relé de sobreconente temporizado de neutro, pela IEC 55. Relé de fator de potência (power factor relay)
60617 é representado pelo símbolo >I'* I; É um relé que atua quando o fatar de potência de um circuito de cOlTente
alternada cai abaixo de um valor pré-ajustado. Pela IEC 60617 é
.:. 51 G - relé de sobreconente temporizado de terra, também
representado pelo símbolo Icos <p > I.
chamado de 510S, pela IEC 60617 é representado pelo símbolo
fTt>l
~. , 56. Relé de aplicação de campo (field application relay)
.:. 51 Q - relé de sobrecorrente temporizado de seqüência negativa; É um relé que controla automaticamente a aplicação de excitação de
.:. 51 V - relé de sobrecorrente temporizado com restrição (controle) campo de um motor de corrente alternada em um certo ponto
de tensão. O ajuste do relé 51 é variável com o valor da tensão V determinado no ciclo de operação.
. podendo ser para subtensão ou para sobretensão . Esta restiçã~
pode permitir ou não a operação do relé 51, pela IEC 60617 é 57. Dispositivo de colocação em curto-circuito ou de ligação a terra
(short-circuiting 01' grOlmding device)
I~
representado pelo símbolo r-\:::--i; É um dispositivo que quando em operação comuta a posição normal de
.:. 51 C - relé de sobrecorrente temporizado com controle de torque. um circuito para a posição de curto-circuito. Tendo a função de ligação a
I l~ I .
terra, o dispositivo provoca o aterramento das fases selecionadas. O
Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo comando desta operação pode ser manual no local, automático ou via
remota pelo sistema de supervisão e controle.
52. pisjuntor de corrente alternada (a-c circuit breaker) N a função ligação a terra, é nas empresas de energia elétrica,
E um disjuntor de CA utilizado para fechar ou abrir um circuito eléhico denominada de seccionadora de aterrarnento de L T, que providencia o
sob condições normais ou anormais. Sob condições anonnais, entendem- atenamento da LT com os seguintes objetivos:
se as de emergências e as de falhas, principalmente as de curtos-circuitos • curto-circuitar a L T a terra;
no sistema e1étrico. Por exemplo: • descarregar as possíveis cargas elétricas estáticas acumuladas;
(
7- A função 64, também pode ser designada para proteção de 111* > I.
carcaça, massa-cuba ou tanque, sendo utilizada em
( .:_ 67G ~ relé de sobrecorrente direcional de terra, (instantâneo ou
transformadores de força de até 5MV A .
7- A função 64R (ou 64F) designa proteção à terra do rotor, ou 64G temporizado) ;
(ou 64S) designa proteção à terra da bobina da armadura da
o:. 67Q - relé de sobrecon"ente direcional de seqüência negativa.
máquina síncrona" Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo II I'> I.
Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo II"$" > I.
( 68. Relé de bloqueio (blockillg relay) (Relé de bloqueio por oscilação de
( 65. Regulador (governor) potência)
Regulador é um conjunto de equipamentos com controle elétrico ou É um relé de dá partida a um sinal piloto para bloquear o desbgamento
mecânico, utilizado para a regulagem do fluxo de água, vapor ou outro em defeitos externos a uma linha de transmissão ou em outro aparelho
meio da máquina motriz para frnalidades de prover a partida, a sob determinadas condições, ou coopera com outros dispositivos para
manutenção da velocidade, à carga constante ou a parada. bloquear o desligamento ou bloquear o religamento quando não há
Por exemplo, o regulador de velocidade de Watts, tem esta função . sincronismo ou quando há oscilação de potência. Por exemplo, esta
designação pode ser a do relé de bloqueio (68) que é usado no esquema
66. Dispositivo limitador" do número de operações ou dos intervalos de de proteção denominado de Sistema de Bloqueio com Com p~raç ão
t,empo em que se efetuam as operações (notching, or jogging, device) Direcional (Blocking) , neste caso, quando ocorre um CurtO-ClICUltO
E um dispositivo contador do número de operações com a frnalidade de externo a LT, o relé 21 que está direcionado para fora da LT vê o defeito
permitir somente um número de operações especificado no equipamento, e ativa o relé 68, este envia através do sistema de telecomunicação um
ou um número específico de operações sucessivas dentro de um intervalo sinal de bloqueio para não permitir a abertura do disjuntor da barra
de tempo especificado. Também pode ser um dispositivo que funciona ~ . .
para acionar um circuito periodicamente ou em frações de intervalos de Já, por exemplo, o relé 68P tem a função de relé de bloquelO por
l tempo específicos para pennitir intennitente aceleração ou avanço de oscilação de potência, isto é, quando ocone uma rápida oscilação de
uma máquina a baixas velocidades, para se obter o adequado potência no sistema elétrico, o relé de proteção (por ex~plo, o relé 21)
posicionamento mecânico. pode operar indevidamente, neste caso o relé 68P bloqueIa a abertura do
disjuntor.
67. Relé de sobrecorrente direcional em CA (a-c directional overcurrent
relay) 69. Dispositivo de controle permissivo (permissive control device)
l
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(
]97 (
196 Nomenclatura da Proteção Apêndice A
Também denominado de dispos itivo de consenso, é geralmente um É um mecanismo empregado para realizar uma mudança de um (
comutador de duas posições, operável manualmente ou remotamente e dispositivo principal de uma posição para outra. num eqUlpamnt~. :o~ (
que, numa posição, permite o fechamento de um disjuntor ou a colocação exemplo, o mecanismo de comutação de u~ dISjUntor para as poslçoes.
de um equipamento em operação e, na outra, evita que o disjuntor ou o ligado, desligado, posição de teste ou removIvei.
equipamento sejam postos em operação.
76. Relé de sobrecorrente em CC (d-c overcurrent relay)
de um circuito
70. ,Reostato eletricamente operado (electrically operated rheostat) É um relé que atua quando a intensidade da corrente
(
E uma resistência variável cujo valor é controlado eletricamente. Este contínua excede um valor de ajuste.
controle pode ser contínuo ou discreto, efetuado por contactor auxiliar,
ou de posição, ou de limite. 77. Transmissor de impulsos (pulse transmitter) .' . . (
TransnUssor de impulsos é empregado para ~er.a e transtnl tir l~puso
(
71. Relé de nível de líquido ou gás via sistema de telecomunicação, como o obJ etlVo transfenr o Slllal ao
É um relé que opera por um dado valor do nível do líquido ou gás, ou aparelho receptor remoto.
opera por uma dada taxa de variação deste valor. (
A ftmção 71 também é utilizada para a indicação do nivel do óleo no 78. Relé de medição de ângulo de fase, ou d~ proteção fora de fase
reservatório do transfonnador de potência. (phase angle measuring, or out-of-step protectlve relay) _ .
É um relé que atua quando o ângulo de fase, entre duas tensoes ou entre
72. ,Disjuntor de corrente contínua (d-c circuit breaker) duas COlTentes ou entre tensão e corrente, _excede um valor
E um disjunto.r para ser utilizado em um circuito de força de corrente predeterminado. Este relé é utilizado na prote~a ,c o~tr:a falha de
. . de máquina síncrona No sistema elétnco e utilizado para a
contínua. SlllcroruSIDO . 1 d .tal
proteção contr'a oscilação de potência principalmente em ~ os e VI
73. ,Contacto r de resistor de carga (load-resistor contactor) importância e que neste caso o relé 78 pro~ca o desligamento do
E um contactor usado para inserir uma determinada resistência, em série disjuntor. Pela IEC 60617 é representado pelo sunbolo [i2J.
\.
ou em paralela, para produzir um degrau de variação de carga, ou uma
deternunada variação de carga num circuito de potência, ou para ligar e 79. Relé de religamento em CA (a-c reclosing relay) .. \
desligar um circuito de resistência elétrica de aquecimento de ambiente, É um relé temporizado que efetua o religamento do dlSJuntor em um
ou para acender ou apagar uma lâmpada, ou ligar e desligar o resistor de circuito de corrente alternada. Pela IEC 60617 é representado pelo
carga regenerativa de um retificador de potência ou de outra máquina, 110
seu circuito ou fora dele. símbolo
\? ->
}-----l .
I~
81. ,Relé de :reqüência (fi'equency relay) 86. R elé de bloqueio de religamento (loekillg-ollf relay)
~ u:~e p~la !U~dea f r e qü ênci~
elétrica se desvia da nominal e
É um relé auxiliar que opera no sentido de de sligar um equipamento ou
circuitos, seu rearme pode ser m anual ou elétrico, mas somente pela
d mpo, aquem ou além d '
pre etenninado (por exemplo 81 I ( e certo valor intervenção humana. O relé de bloqueio é acionado quando a proteção
. b j . , o u over/under)) ou
PIeesta e eClda taxa de mudança da fr .. ~ . por uma que atuou foi classificada como impeditiva, daí a necessidade do rearme
O l' d f'. equencla
re e esta 11l11ção pode ser assim denomia~' ser cuidadoso, somente ser feito após a investigação do defeito. A
'7 81 li - relé de subfreqüência pela IEe 6'0617 ' função do relé de bloqueio pode ser assim apresentada:
símbolo ~. ' e representado pelo • 86M - relé de bloqueio mecânico
'7 810 ~ relé de sobrefreqüência, pela IEC • 86E - relé de bloqueio elétrico
pelo snnbolo fB. 606 17 é representado Geralmente o relé de bloqueio, promove a abertura dos disjuntares,
efetua o alarme, sinalização e outras funções. O relé auxiliar 86, quando
82. Relé de religame t CC energizado opera muito rápido, ou seja, fecha os seus contatos em 1 ciclo
É I' n o em (d-c reclosing rela)')
. un: re e temporIZado que efetua o religamento elétrico (aproximadamente em 17 ms) .
CIrcUIto de conente contínua. do disjuntor em um
87. Relé de proteção diferencial (differencial protective relay)
83. Relé de transferência automática ou de co . , . É um relé de proteção que funciona por uma percentagem ou ângulo de
(automatie seleetive controlo t ,#". ntroIe automatlco seletivo fase ou outra diferença quantitativa de correntes elétricas ou de outras
É' . , r rans.ler, relay)
um rele que promove a transferênci a . . grandezas elétricas.
um comando ou da proteção, ou efetua automatIca de u~ operação, de Podem ter várias designações:
algumas fhnções pré-estabelecidas. o controle automatJco seletivo de ./ 87T - relé diferencial do transformador de 2 ou 3 enrolamentos .
./ 87G - relé diferencial do gerador síncrono.
84'ÉMecanism~ operacional (operating mechanism) ./ 87GT - relé diferencial do grupo gerador-transformador.
uma funçao que designa um com let . ./ 87B - relé diferencial de barras, pode ser de baixa, média ou alta
elétrico, inclusive o motor p. o mecamsmo ou servo-mecanismo impedância.
posição, etc. para um comuta~;:lnI, o~ solenóides, as chaves de ./ 87M - relé diferencial de motores, pode ser do tipo percentual ou
ou qualquer outra peça ou aparelho e~vios, um regulador de tensão, autobalanceado.
possui número de fu - suru ar que, de outra forma não Pela IEC 60617 é representado pelo símbolo ~.
nçao. '
85. ~elé receptor de onda portadora ou de _ . . . 88. Motor auxiliar ou motor gerador (auxiliary motor, or motor
J~lre, receiver relay) fio piloto (earner, or pilot- gellerator)
E um relé que é operado ou bloqueado or u . São dispositivos empregados como equipamento auxiliar, tais como
emitido remotamente pelo relé 77 d P b m smal de onda portadora bombas, ventiladores, excitadores, amplificadores magnéticos rotativas,
piloto o sinal é recebido direta~u arra, n? ca.so de relé com fio- etc .. .
constituído de um par de condutores. nte pelo CIrCUIto elétrico fisico
89. Chave separadora ou chave secionadora (fine switeh)
17. A. W. So; K. K. Li; K. T. Lai and K. Y. Fung. Application 01' 26. A. Ravindranath; M. Chander. Power System Protection and (
Genetic Algoritbm for Overcurrent Relay Coordination. IEE 6th Switchgear. Wiley Eastern Limited, 1977.
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International Conference on Developments in Power Protection, p.
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Linear Programming. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 11, 28. S. H. Horowitz. Protective Relaying for Power Systems. IEEE \'
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Catarina, Agosto de 1990. 1996.
20. G. Kiudermann. CHOQUE ELÉTRICO. Edição do Autor - 30. A. R. Warrington. Protective Relays: Their Theory and Practice.
Florianópolis - SC, 2005, Jª edição. Vol. II, 3th Edition, Chapman and Hall, London, 1977.
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