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ANDRE AFONSO SILVA

HUGO SRGIO LÓPES DE ARAÚJO


LUCAS VINÍCIUS CASTRO BORGES

MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PÁTIO


EM SUBESTAÇÃO DE ALTA E MÉDIA TENSÃO

Goiânia – GO
2014
MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PÁTIO EM
SUBESTAÇÃO DE ALTA E MÉDIA TENSÃO

Andre Afonso Silva

Artigo apresentado ao final do curso, como


parte dos requisitos para obtenção do título
de Pós-Graduação em Engenharia de
Energia, pela RTG.

Orientador: Profª. Alline Braga Guimarães

Aprovado em 11/07/2014

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
PROF. ESPEC. ALLINE BRAGA GUIMARÃES.
RESUMO

Este artigo apresenta uma breve introdução aos equipamentos de uma


subestação de Alta e/ou Média Tensão, os tipos de manutenção aplicáveis
esses equipamentos e os principais ensaios realizados durante o
comissionamento e manutenção dos equipamentos de uma subestação de
energia.

Palavras-Chave: Implantação. Manutenção. Equipamentos.


Subestação.

____________
* Andre Afonso Silva: Graduado em Engenharia de Controle e Automação
(UNIP, 2006), pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho (FEAD,
2013) trabalha com Geração e Transmissão de energia elétrica (UTT-Unidade
Termelétrica Tropical) na empresa BP Biocombustíveis;
** Hugo Sérgio Lopes Araujo: Formado em Engenharia Elétrica (PUC-GO,
2012), Trabalha no setor de Manutenção da Operação do COS Goiás (da
Empresa CEL Engenharia LTDA) realizando serviços nas áreas de proteção,
controle, supervisão e telecomunicações;
***Lucas Vinícius Castro Borges: Graduado em Engenharia Elétrica (PUC-GO,
2012), Trabalha no setor de projetos SPCS (Sistema de Proteção, Controle e
Supervisão) da empresa Engeserve Engenharia e Serviços LTDA.
ABSTRACT

This article provides a brief introduction to the equipment of a


substation High and / or Medium Voltage, types of maintenance equipment and
apply these key trials during commissioning and maintenance of substation
power equipment.

Keywords: Installation. Maintenance. Equipment. Substation.


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1. INTRODUÇÃO

A história da manutenção nos últimos 80 anos pode ser dividida em


três fases, onde a primeira fase contempla o período anterior à segunda guerra
mundial; a segunda fase compreende da segunda guerra mundial até os anos
60; a terceira fase a partir dos anos 70.
Na primeira fase não havia mecanização industrial, os equipamentos
não eram complexos e na maioria das vezes eram superdimensionados. Sendo
assim era economicamente a sistematização da manutenção, e só era
aplicável à manutenção corretiva.
Na segunda fase houve um aumento da demanda de produtos
acompanhado por uma crescente mecanização e redução da complexidade
das instalações industriais. Com isso gerou um foco maior com confiabilidade,
planejamento e controle de manutenção.
Já na terceira fase aumentou a preocupação quanto à qualidade
assegurada dos produtos e crescentes exigências relacionadas à segurança do
trabalho e meio ambiente, contribuindo assim na melhoria da sistemática de
manutenção, surgindo os conceitos de manutenção corretiva, preventiva,
preditiva e proativa.
O presente artigo objetiva apresentar um conceito de manutenção
elétrica nos equipamentos existentes em subestações de alta e média tensão,
caracterizando os equipamentos mais relevantes de uma subestação,
apresentando e descrevendo os tipos de manutenção e ensaios realizados.
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2. EQUIPAMENTOS DE PÁTIO DE SUBESTAÇÃO

Uma subestação de energia elétrica (SE) de forma geral, segundo


MAMEDE (2005), é um conjunto de condutores, aparelhos e equipamentos
com o objetivo de modificar as características elétricas, assim possibilitando a
sua distribuição ou transmissão aos pontos de consumo em níveis adequados
para sua utilização. Ou ainda, uma subestação segundo DUALIBE (1999), é
um conjunto de equipamentos de manobra e/ou transformação e ainda
eventualmente de compensação de reativos usado para dirigir o fluxo de
energia em sistema de potência e possibilitar a sua diversificação através de
rotas alternativas, possuindo dispositivos de proteção capazes de detectar os
diferentes tipos de faltas que ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde
estas faltas ocorrem.
As subestações de energia podem ser classificadas pelo nível de tensão,
tipo de instalação, forma de operação e função no sistema elétrico.
Neste tópico trataremos dos principais componentes de pátio de uma SE e
suas aplicações no sistema elétrico:
 Chave Seccionadora;
 Disjuntores;
 Transformador de força;
 Transformador de Potencial;
 Transformador de Corrente;
 Para-raios

2.1 SECCIONADOR

Os seccionadores de alta tensão tem a função de garantir uma


distância segura de isolamento de circuitos por necessidade operativa, ou para
isolar componentes do sistema para a realização de manutenção nos mesmos.
O seccionador não é um equipamento para interrupção de correntes
(exceção feita aos modelos apropriados para manobra sob carga) e podem ser
empregados com diversas finalidades no arranjo de uma subestação, como
isolar ou contornar um equipamento ou para realizar transferência de barras.
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Quando se deseja efetuar a abertura do seccionador e, logo após, o


aterramento do circuito associado é utilizado às lâminas de aterramento, esse
aterramento é aplicado para garantir a segurança e saúde dos operadores em
campo. Normalmente são acopladas junto a um seccionador principal, sendo
necessário intertravamento para bloquear o fechamento do seccionador
principal quando a lâmina de terra estiver fechada, e vice-versa;
As principais partes que constituem um seccionador são:
 Polo Seccionador: é composto pelo circuito principal, isoladores
e a base, que está associada exclusivamente a um caminho
condutor eletricamente separado e excluindo todos os elementos
que permitem a operação simultânea.
 Base: local onde todos os componentes da chave seccionadora
estão apoiados.
 Mancal: É a parte rotativa da base do seccionador, onde o será
fixado a coluna rotativa.
 Sub-bases: destinam-se a elevar a altura da coluna isolante,
equiparando-se com as outras.
 Coluna Isolante: mantém a isolação entre a parte viva e a base do
dispositivo. Devem suportar as mais variadas formas de solicitações
dielétricas e mecânicas.
 Lâmina principal: peça móvel que na posição fechada do
seccionador conduz a corrente elétrica de um terminal a outro e na
posição aberta assegura uma distância de isolamento. Dependendo
da forma construtiva do mesmo a lâmina influi consideravelmente na
vida útil do equipamento.
 Contatos: conjunto de duas ou mais peças condutoras de um
seccionador, destinadas a assegurar a continuidade do circuito
quando se tocam, e que devido ao seu movimento relativo
durante uma operação, fecham ou abrem esse circuito.
 Mecanismo da lâmina: conjunto que ao receber o comando
através da coluna isolante rotativa, opera a lâmina dando-lhe os
movimentos necessários para cumprir a sua função.
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 Terminal: parte condutora da chave seccionadora, destinada a sua


ligação elétrica a um circuito externo.
 Mecanismo Motorizado: Composto por uma caixa fabricada em
alumínio e pintada, com os componentes elétricos acoplados
internamente e um motor com redutor para comando de abertura
e fechamento.

2.2 DISJUNTOR

Os disjuntores são os equipamentos de maior importância para uma


subestação, por terem a função de interromper a corrente no mínimo intervalo
de tempo quando solicitados, minimizando danos causados aos equipamentos
na ocorrência de um curto-circuito. Além das correntes de falta, o disjuntor
deve ser capaz de interromper correntes nominais de carga, correntes de
magnetização de transformadores e reatores, as correntes capacitivas de
banco de capacitores e de linhas em vazio.
Os disjuntores devem ser mecanicamente capazes de abrir em tempo
inferior a dois ciclos, independentes do tempo que tenham permanecidos
fechados.
Os primeiros equipamentos desenvolvidos foram disjuntores a óleo,
alguns ainda em operação ate hoje. Os disjuntores de grande volume de óleo
os contatos ficavam no centro de um grande tanque contendo óleo, usado para
interrupção de corrente e para prover um isolamento para a terra, já os
disjuntores de pequeno volume de óleo o óleo servia principalmente para
extinção do arco e não necessariamente para a isolação entre as partes vivas e
terra.
Posteriormente surgiram os disjuntores de ar comprimido, que
extinguiam o arco soprando ar comprimido (armazenado num reservatório
pressurizado) sobre a região entre os contatos, proporcionando o resfriamento
do arco e sua compressão. Esses equipamentos possuíam compressores
individuais ou trabalhar ligados a uma central. Devido os riscos de operação
quando a pressão de ar comprimido chegasse a determinados níveis, estes
eram providos de dispositivos para impedir seu fechamento ou abertura, em
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outros casos eram providos de esquemas para abrir o disjuntor quando o nível
estivesse abaixando e antes de atingir o valor crítico.
Atualmente os disjuntores possuem interrupção com câmaras a vácuo
e gás SF6, que é um gás eletronegativo, possuindo uma afinidade para captura
de elétrons livres, essa propriedade determina uma rápida remoção dos
elétrons presentes no arco gerado durante a abertura.
Os principais componentes dos disjuntores são as partes condutoras,
partes isoladas, dispositivos de extinção de arcos, mecanismo de operação e
componentes auxiliares.

2.3 TRASFORMADOR DE FORÇA

É o equipamento mais caro de uma subestação, e de grande


relevância para justificar os investimentos nos sistemas de proteção. Esse
equipamento faz a transferência de energia elétrica de um circuito para outro,
de maneira que a frequência de transmissão seja mantida e transforme os
valores de corrente e tensão em valores viáveis para transmissão, distribuição
ou consumo. Essa transformação ocasiona perdas que estão relacionadas
diretamente com os parâmetros projeto e de construção, estado de funcionamento
e operação, tempo de utilização com carga e em vazio e da manutenção nele
efetuada.
Os transformadores trifásicos ou de potência são destinados a rebaixar ou
elevar a tensão
Um transformador consiste basicamente em dois enrolamentos
condutivos não conectados eletricamente, e sim através de fluxo magnético. De
modo geral, um transformador é constituído de:
 Enrolamentos: são formados de várias espiras enroladas
ordenadamente em volta do núcleo, fazendo com que se induza
corrente elétrica no primário e no secundário do transformador, em
geral são produzidas de cobre eletrolítico e recebem uma camada
de verniz sintético como isolação;
 Núcleo: em geral de material ferromagnético, é o responsável por
confinar d luxo magnético, de forma que quase todo fluxo que
envolve um dos enrolamentos envolve também o outro,
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possibilitando a transferência de potência do enrolamento primário


para o secundário.
 Isolação: constituído basicamente por óleo e celulose, tem como
finalidade isolar as partes ativas do transformador, bem como
transferir o calor gerado pelas perdas. Sendo o óleo também
responsável pela refrigeração.
 Tanque: é o recipiente que contém a parte ativa, os isoladores e
o óleo, possibilita a troca do calor, gerado pelas perdas, para o ar.
De acordo com a quantidade de calor que deve ser liberada, os
transformadores tem tanque liso, nervurados ou equipados com
radiadores.
 Tanque de expansão: tem a função de compensar as variações
existentes no volume do óleo no tanque principal,
 Válvula de alívio de pressão: protege contra uma possível
deformação ou ruptura do tanque em casos de defeitos internos
com aparecimento de pressão elevada.
 Relé de Gás (Relé Buchholz): proteger equipamentos imersos
em líquido isolante, por meio da supervisão do fluxo anormal do
óleo ou sua ausência, e a formação anormal de gases no interior
do equipamento provenientes de curtos-circuitos internos.
 Buchas: São os dispositivos que permitem a passagem dos
condutores dos enrolamentos ao meio externo.
 Comutador de Derivações: efetuar a mudança das ligações das
derivações de um ou mais enrolamentos durante a operação do
transformador quando este está energizado, em vazio ou em
carga.

2.4 TRANSFORMADOR DE POTENCIAL (TP)

Este equipamento é utilizado principalmente para isolar o circuito


primário do circuito secundário, mudando os níveis de tensão presente na rede
de elétrica para valores possíveis de serem lidos em equipamentos de medição
e proteção.
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Os transformadores de potencial possuem em seu primário várias


espiras, a quantidade depende da tensão, sendo conectados em derivação na
rede; já no secundário obtém a tensão desejada por meio de uma relação de
transformação, que normalmente é padronizada em 115 V, ou 115/raiz de 3 V.
São fabricados em conformidade com o grupo de ligação requerido,
com as tensões primárias e secundárias necessárias e com o tipo de
instalação. O enrolamento primário é constituído de uma bobina de várias
camadas de fio isolado com esmalte de verniz, enrolada em um núcleo de ferro
magnético sobre o qual também se envolvem os enrolamentos secundários. Os
enrolamentos secundários são de fio de cobre duplamente esmaltado,
recobertos com papel isolante e isolados do núcleo.

2.5 TRANSFORMADOR DE CORRENTE (TC)

Os transformadores de corrente são responsáveis por reduzir


proporcionalmente a corrente da linha e, através de uma comparação, indicar o
valor desta grandeza, onde a relação de proporcionalidade fornece no
secundário, na maioria das vezes, uma corrente de 1 ou 5 A. Têm seu
enrolamento do primário ligado em serie com o circuito de alta tensão.
A corrente primária a ser medida, circulando nos enrolamentos
primários, cria um fluxo magnético alternado que faz induzir as forças
eletromotrizes Ep e Es, respectivamente, nos enrolamentos primário e
secundário.

2.6 PARA-RAIOS

Os para-raios têm como função reduzir o nível de sobretensão a


valores compatíveis com a suportabilidade dos equipamentos do sistema.
Estas sobretensões podem ser tanto de origem externa como as descargas
atmosféricas ou de origem interna ocasionada por manobras de chave
seccionadoras e disjuntores.
Atuam como limitadores de tensão, impedindo que valores acima de
um determinado nível preestabelecido em projeto, adequados para fornecer
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uma margem de segurança, normalmente padronizada,possam alcançar os


equipamentos para os quais fornecem proteção.
São equipamentos com custos reduzidos e de pequenas dimensões
quando comparados aos equipamentos que protegem. A sua correta seleção
associada ao seu posicionamento ótimo dentro das subestações pode resultar
na diminuição dos custos dos demais equipamentos, uma vez que o isolamento
se constitui em importante parcela no custo de um equipamento.
É um equipamento bastante simples do ponto de vista construtivo, pois
e constituído por um conjunto composto de elementos resistivos não lineares
em serie, ou serie-paralela, associado ou não a um centelhador, encapsulado
em um invólucro em porcelana ou polimérico amorfo ou cristalino. Em operação
normal, o para-raios e semelhante a um circuito aberto. Quando ocorre uma
sobtensão, quando da disrupção dos centelhadores, caso existam, circula pelo
conjunto de resistores não lineares uma corrente de descarga, impedindo que a
tensão nos terminais do para-raios ultrapasse um determinado valor, adequado
a classe de tensão do sistema.
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3. MANUTENÇÃO EM SUBESTAÇÕES

Com o passar dos anos as técnicas de manutenção sofreram grandes


evoluções, com plantas cada vez mais complexas exigindo conhecimentos
especializados e constante atualização por parte dos profissionais do setor.
A manutenção hoje é dividida basicamente em quatro tipos:
manutenção corretiva (que pode ser planejada ou não planejada), manutenção
preventiva, manutenção preditiva e manutenção detectiva.
De acordo com a definição do ONS (Operador Nacional do Sistema),
manutenção corretiva é “um serviço, programado ou não, executado em
equipamento ou linha de transmissão com a finalidade de corrigir falhas ou
defeitos para restabelecer sua condição satisfatória de operação”.
Uma segunda definição, “Trata-se de uma técnica reativa, onde se
espera o equipamento falhar para que então seja tomada uma decisão sobre a
manutenção. A lógica é simples: estragou, conserta. É o método mais caro de
manutenção” (Matos et al., 2011).
Uma manutenção corretiva não planejada pode ser considerada a
forma mais primária a acionar equipes de manutenção, pois não há tempo para
planejar o serviço ou preparar componentes. A correção das falhas é realizada
de modo aleatório. Este tipo de manutenção implica em altos custos, não
devido ao equipamento, e sim por gerar grandes perdas com a interrupção do
sistema.
Quando um baixo rendimento, defeito ou falha for detectado dentro de
uma manutenção preventiva, a execução da corretiva poderá ser programada,
para que retorne as condições normais do equipamento ou sistema.
A utilização de manutenção corretiva planejada para correção de
falhas, defeitos e queda de rendimento, depende de uma decisão gerencial.
Em alguns casos pode-se optar por realizar um acompanhamento preditivo ou
até mesmo operar até a falha total. A manutenção corretiva planejada leva em
conta vários fatores, tais como segurança, planejamento de serviços, garantia
dos equipamentos, peças sobressalentes, negociações de paradas, recursos
humanos, entre outros. Considerando custos, este tipo de manutenção, por ser
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planejada, possibilita um manejo adequado de recursos necessários para a


intervenção, tornando-a mais barata, segura e rápida.
A manutenção preventiva atua de forma a reduzir ou evitar a falha
do equipamento ou sistema. Este tipo de manutenção realiza um trabalho de
prevenção de defeitos que possam originar um baixo rendimento ou até a
parada total do equipamento ou sistema.
No glossário do ONS, a descrição de manutenção preventiva é
“um serviço programado e executado em equipamentos ou linha de
transmissão para manter sua condição satisfatória de operação”.
Esta prevenção é baseada em estudos previamente elaborados,
analisando dados estatísticos, local de instalação, estado do equipamento,
entre outros, devendo ser realizada em intervalos de tempo definidos
periodicamente, ou seja, esta manutenção é baseada no tempo. Inclui neste
período a realização de ensaios, ajustes, testes de rotina, limpeza geral,
lubrificação, inspeções, coletas de dados, pintura, reconstituição de partes com
características alteradas, substituição de peças ou componentes desgastados,
reorganização interna e externa de componentes e cablagem de equipamentos
ou sistemas, adaptação de componentes, entre outras.
A manutenção preditiva tem como base o estado do equipamento
e suas modificações de parâmetros de condição ou desempenho, ou seja, ela
se baseia na tentativa de definir o estado futuro de um equipamento ou sistema
para garantir uma maior assertividade do intervalo entre as intervenções,
utilizando dados coletados ao longo do tempo por uma instrumentação
específica, verificando e analisando a tendência de variáveis dos
equipamentos. Estes parâmetros coletados como temperatura, vibração,
ensaios, vídeos, etc, são acompanhados por monitoramento sistemático das
condições e não permitem um diagnóstico preciso diretamente, necessitam de
uma análise baseada em probabilidades para ter uma avaliação da evolução
destes valores ao longo do tempo, e caso necessário, programar uma parada
no momento mais otimizado para realizar a correção. Com isso, a manutenção
preditiva objetiva a execução da manutenção no momento adequado, antes
que o equipamento apresente falha ou diminuição do rendimento, refletindo na
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redução significativa das manutenções corretivas e na diminuição das


preventivas.
O uso correto da manutenção preditiva proporciona o aumento da
confiabilidade do sistema e a redução do custo de manutenção, além de
resultar no aumento da vida útil dos equipamentos (Mattos et al., 2011).
Na década de 1990 o termo manutenção detectiva começou a ser
utilizado em sistemas de proteção para diagnosticar a causa raiz das falhas e
defeitos ocultos ou não perceptíveis ao pessoal de operação e manutenção
(PINTO, 2001 apud CASTELLA, 2001). A identificação destas falhas e defeitos
é de fundamental importância para garantir a confiabilidade de equipamentos e
sistemas. A política de manutenção detectiva é adotada quando o processo
possui subconjuntos nos quais o nível de dificuldade de detecção de falhas é
elevado, buscando eliminar as falhas ocultas por meio de testes.
A Análise do Modo de Efeito de Falha, ou simplesmente (FMEA), é um
estudo sistemático e estruturado das falhas potenciais que podem ocorrer em
qualquer parte de um sistema para determinar o efeito provável de cada uma
sobre todas as outras partes do sistema e no provável sucesso operacional,
tendo como objetivo melhoramentos no projeto, produto e desenvolvimento. A
FMEA é principalmente uma análise qualitativa.
É cada vez maior a utilização de computadores digitais em
instrumentação e controle de processo nos mais diversos tipos de instalações.
São sistemas de aquisição de dados, controladores lógicos programáveis,
sistemas digitais de controle distribuídos – SDCD, multi-loops com
computador/supervisório e uma infinidade de arquiteturas de controle.
Comparando a manutenção preditiva com a manutenção detectiva, a
principal diferença é o nível de automação. Na manutenção preditiva, faz
necessário o diagnóstico a partir da medição de parâmetros; na manutenção
detectiva, o diagnóstico é obtido de forma direta a partir do processamento das
informações colhidas.
Há apenas que se considerar a possibilidade de falha nos próprios
sistemas de detecção, sendo esta possibilidade muito remota. De uma forma
ou de outra, as paradas indesejadas por manutenções não programadas fica
extremamente reduzida.
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Atualmente está sendo difundida uma nova concepção que constitui a


segunda quebra de paradigma na manutenção. Praticar engenharia de
manutenção é deixar de ficar consertando continuamente, para procurar as
causas básicas, modificar situações permanentes de mau desempenho, deixar
de conviver com problemas crônicos, melhorar padrões e sistemáticas,
desenvolver a sistema de prevenção, dar feedback a planta, interferir
tecnicamente nas compras, além de aplicar técnicas modernas e estar nivelado
com a manutenção de primeiro mundo.
Além das definições já descritas, o glossário do ONS fornece outras
formas sobre metodologias de manutenção:
Manutenção de Emergência – “Serviço não programado, para a
correção da falha, executado em equipamentos ou linhas de transmissão para
restabelecer condições satisfatórias de operação. A manutenção de
emergência é realizada quando houver necessidade de intervenção imediata,
sem tempo hábil para comunicação com o centro de operação que o agente se
relaciona.”.
Manutenção de Urgência – “Serviço executado em equipamento ou
linha de transmissão par a correção de defeito, fora dos prazos estabelecidos
para os desligamentos programados, mas com o menor tempo possível em
relação à próxima manutenção preventiva. A manutenção de urgência é
realizada quando não há necessidade de intervenção imediata.”.
Manutenção Forçada – “Serviço decorrente de desligamento forçado,
executado em equipamento ou linha de transmissão para restabelecer sua
condição satisfatória de operação”.
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4. ENSAIOS EM EQUIPAMENTOS DE UMA SUBESTAÇÃO

Os ensaios em equipamentos elétricos são testes utilizados para


verificar se o equipamento apresenta condições ideais para realizar função.
As técnicas de ensaios em equipamentos de subestações são
geralmente utilizadas durante as manutenções preventivas, preditivas e
corretivas, com a finalidade de verificar as condições operacionais dos
equipamentos, comparando os valores encontrados com os fornecidos pelos
fabricantes e de testes anteriores. Esta é uma técnica destinada a identificar
possíveis intervenções, visando reduzir ou impedir falhas no desempenho dos
mesmos.
É importante ressaltar que os ensaios são instrumentos primordiais
para elaboração de diagnósticos, aumentando a confiabilidade do
equipamento.
Neste capítulo apresentaremos alguns dos diferentes tipos de ensaios
que podem realizados nos equipamentos elétricos durante as manutenções e
componentes utilizados para a realização desses procedimentos.

4.1 TIPOS DE ENSAIOS

4.1.1 Ensaio de Resistência Ôhmica:

Este ensaio tem como objetivo medir a resistência ôhmica dos


condutores dos enrolamentos dos transformadores de potência, de corrente e
de potencial, e se os circuitos possuem continuidade. Geralmente são
utilizados para indicar a existência de curto-circuito entre espiras, contatos e
conexões em más condições.
O equipamento utilizado na realização destes ensaios é conhecido
como Microhmímetro, que utiliza corrente contínua e o método dos quatro
terminais (Ponte de Kelvin). A principal vantagem deste método é eliminar os
erros na medição, e as contribuições das resistências de contatos e dos cabos
de prova na leitura da diferença de potencial sobre a amostra. Durante os
procedimentos, a aplicação da corrente contínua não deve ultrapassar 15% da
corrente nominal do enrolamento a ser submetido o ensaio, para que este valor
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de corrente não interfira nos resultados, sem contar que o equipamento deve
estar totalmente desenergizado, e com todos os terminais desconectados das
buchas do transformador.

4.1.2 Ensaio de Resistência Ôhmica dos Contatos

É utilizado para verificar a resistência ôhmica de contato e conexões


dos equipamentos. Geralmente estes ensaios são efetuados em seccionadoras
e disjuntores, comparando os valores indicados no manual do equipamento,
disponibilizado pelo fabricante.
Assim como nos ensaios de resistência ôhmica de enrolamento, o
equipamento utilizado na realização destes ensaios é o Microhmímetro. Este
ensaio é realizado com bastante frequência nas seccionadoras ao tempo de
subestações, pois seus pinos de contato estão expostos as condições
atmosféricas sujeita a oxidação, que por sua vez aumenta de forma
considerável a resistência de contato das mesmas. Este ensaio é realizado
antes e depois das manutenções, caso a limpeza dos contatos não seja
satisfatória os responsáveis pelos serviços podem utilizar outros métodos como
o “banho de prata”.

4.1.3 Ensaio de Resistência Ôhmica do Isolamento

Tem a finalidade de detectar e prevenir falhas na isolação dos


equipamentos. É bastante utilizado para verificar a resistência de isolamento de
cabeamentos, chave de distribuição, para-raios, buchas, isoladores, entre
outros. Com este ensaio é possível verificar a existência de falhas, e curtos-
circuitos entre os enrolamentos ou entre enrolamentos e a massa dos
equipamentos.
Apesar de estar sujeito a grandes variações da temperatura, umidade,
qualidade do óleo isolante utilizado, sujeira, entre outros, fornece uma ideia das
condições de isolamento do equipamento. Alguns especialistas realizam este
ensaio, e com base nos valores encontrados já descartam a necessidade de
realizar o ensaio de “Fator de Potência”, lembrando que este ensaio verifica os
fatores resistivos do equipamento, já o fator de potência verifica tanto os
valores resistivos como capacitivos. E como é realizado em corrente contínua,
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não necessita de nenhuma fonte externa além do megômetro, já os


equipamentos utilizados para medir o fator de potência funcionam em corrente
alternada, fazendo necessária uma fonte externa de alimentação.

4.1.4 Ensaio de Relação de Transformação

O ensaio de relação de transformação é utilizado para verificar a


relação de tensão/corrente entre o primário e o secundário do transformador, a
relação do número de espiras dos enrolamentos de um transformador, verificar
a existência de espiras em curto-circuito, identificação de falhas em
comutadores de derivação em cargas e a existência de ligações erradas entre
as derivações.
O equipamento mais utilizado para a realização destes ensaios é
conhecido como TTR (Transform Turns Ratio), porque além de determinar a
relação de transformação, ele também a polaridade em que o ensaio está
sendo realizado. Procedimento muito importante para transformadores
trifásicos devido aos deslocamentos angulares e sequência de fases.

4.1.5 Fator de Potência do Isolamento

Também conhecido como fator de potência do isolamento, fator de


dissipação ou tangente delta consiste na medida das perdas elétrica no
isolamento. Este ensaio tem como objetivo verificar a capacitância e isolamento
de equipamentos elétricos, detectando a existência de umidade na isolação
dos mesmos, avaliando de maneira precisa e criteriosa as condições de
isolamento durante os ensaios realizados, possibilitando também o
acompanhamento da degradação do material isolante.
Para as buchas, este ensaio é o método de teste mais eficaz para
detecção, de maneira antecipada, da contaminação do óleo, da umidade no
isolamento e deterioração. Este teste é realizado em corrente alternada (CA),
porque a mesmas é diretamente proporcional à capacitância da bucha.
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4.1.6 Tempo de Abertura e Fechamento do Disjuntor

Este ensaio possui a finalidade de medir o tempo de abertura e


fechamento dos polos do disjuntor desde o comando da ação até o fechamento
e abertura do mesmo. A medição é simples e realizada de forma direta.
Geralmente este procedimento é realizado durante o comissionamento e após
as manutenções corretivas no disjuntor. Deve ser realizado com muita cautela,
pois se os polos do disjuntor forem fechados de forma desigual, haverá um
desequilíbrio de fases, desarmando o próprio equipamento pela atuação da
proteção de desequilíbrio de fases.
Neste ensaio os valores encontrados devem ser comparados com os
valores encontrados durante seu comissionamento e os valores constantes nos
manuais dos fabricantes. Existe vários equipamento que podem ser utilizados
para realizar este procedimento. Os mesmos são conhecidos como Medidor de
Simultaneidade e/ou Medidor Digital de Tempo Triplo.

4.1.7 Ensaio de condutividade

Com o passar do tempo, devido ao número de cargas, descargas e


condições em que as baterias são conservadas, o banco de baterias perde
naturalmente suas propriedades capacitivas. Quando verifica-se uma diferença
entre a capacidade inicial e a atual chega a 20%, considera-se que a bateria
chegou ao fim da sua vida útil. Geralmente as baterias possuem uma vida útil
de aproximadamente 10 anos.
Para se determinar à capacidade atual da bateria, deve-se realizar um
teste de condutividade. Este ensaio tem por finalidade medir a resistência
interna de cada um dos elementos que constitui um banco de baterias.
O ensaio de resistência interna de uma bateria é realizado com a
medição da impedância da mesma, com a utilização de um condutivímetro, ou
através de técnicas que empregam a lei de Ohm. Vários métodos estão
disponíveis, porém o mais comum é aplicar cargas em corrente contínua ou
sinais de corrente alternada.
O método de corrente alternada, também conhecido como o teste de
condutividade, mede a resistência interna através das características
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eletroquímicas da bateria. Essa técnica aplica uma corrente alternada nos


terminais da bateria, e a resistência interna é verificada com a defasagem entre
tensão e corrente.
O método de corrente contínua, mais utilizado durante as manutenções
em bancos de baterias, pode ser realizado com o banco de baterias em serviço
ou fora de serviço. O teste consiste conectar o equipamento de teste aos
terminais de cada elemento de bateria. Alguns especialistas recomendam
realizar este teste cinco vezes consecutivas em cada módulo, visando uma
análise mais precisa.

4.1.8 Termovisão ou Termografia

Este método de ensaio consiste na técnica de estudo da temperatura


dos corpos através da radiação infravermelho emitida, e é muito utilizado para
monitorar a temperatura dos componentes elétricos, com a finalidade de
detectar sobreaquecimentos em conexões, cabos, barramentos, bornes,
transformadores e outros equipamentos, permitindo a tomada de providência e
redução significativa nos custos com manutenção corretiva por falhas
indesejadas.
Um lado importante da operação de subestações de alta tensão é a
manutenção preventiva/preditiva de equipamentos elétricos energizados. Os
problemas nesses equipamentos geralmente aparecem como pontos quentes
devido a sobrecargas térmicas locais ou mau contato. Principais Vantagens da
Termografia ou Termovisão:
 Possibilita a análise visual de imagens com suas respectivas
temperaturas;
 Determinação de problemas iminentes em sistemas elétricos e
mecânicos;
 Redução em Custos de Manutenção;
 Redução em Horas Extraordinárias para Manutenção;
 Aumento do Ciclo de Vida dos Equipamentos;
 Possibilita a análise de áreas de difícil acesso ou de alto risco,
 É um método de teste não destrutivo, pois não há contado direto
com o sistema medido,
22

 Não é necessário alto nível de iluminação no local para a tomada


de imagens;

4.1.9 Análise de Óleo Isolante: Físico-química

Os óleos minerais utilizados em transformadores, possuem a função de


isolamento e função de resfriamento, e para garantir a qualidade de isolamento
e aumentar a vida útil do transformador são realizadas analises físico-químicas
deste óleo, onde são apresentados o estado de envelhecimento e a
capacidade de isolação do óleo mineral. Muito utilizado em transformadores de
potência, reatores, entre outros.
Os valores encontrados durante a realização dos ensaios são
comparados com valores definidos em normas específicas, e quando os
mesmos estão fora dos limites especificados indicam a necessidade de
tratamento, substituição ou regeneração do óleo mineral.
Alguns critérios são observamos na análise desse óleo:
 Cor: a verificação da cor do óleo isolante indica deterioração e/ou
grau de contaminação do mesmo;
 Índice de neutralização: o teste de acidez do óleo é realizado
para medir o teor de ácidos formados por oxidação, acarretando a
degradação do papel. Esta análise torna-se importante porque
além da detecção da acidez, pode ser uma análise preliminar para
a indicação do envelhecimento do oleo;
 Rigidez dielétrica: mede a qualidade do óleo como isolante,
sendo que a diminuição da rigidez dielétrica indica a
contaminação do óleo. A diminuição da rigidez dielétrica é
evidenciada pela presença de agentes contaminantes como água,
sujeira, umidade ou partículas condutoras.
 Teor de Água: verificar o teor de água existente no óleo isolante.
O elevado teor de água acelera a deterioração química do papel
isolante, fazendo com que o equipamento opere em condições
indesejadas, fazendo necessárias intervenções para a correção
do problema. A maior parte de água existente no óleo é absorvida
do ar, durante a fase de montagem dos equipamentos.
23

4.1.10 Cromatografia

A Análise Cromatográfica dos gases é bastante utilizada para


determina a concentração dos gases dissolvidos no óleo mineral isolante. A
formação de gases no interior dos equipamentos é indicação de problema,
podendo ser um mau contato entre componentes internos, curto entre espiras,
esforço às altas correntes de curto circuito e tempo de trabalho prolongado com
cargas elevadas.
Um diagnóstico confiável e preciso de cromatografia é feito na
avaliação da evolução dos gases em relação às análises anteriores,
geralmente disponibilizadas pelos fabricantes durante a fase de
comissionamento dos equipamentos.
O equipamento utilizado para estes ensaios é conhecido como
cromatógrafo. Bastante usual devido a sua precisão ao quantificar a
concentração dos gases como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, monóxido de
carbono, metano, dióxido de carbono, etileno, etano e acetileno.
24

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi desenvolvido por profissionais de engenharia que


trabalham no setor elétrico, com foco em subestações de energia,
possibilitando agregar vivencias na parte de projeto, implantação e manutenção
de subestações.
Por mais extenso seja o tema, procurou-se apresentar os principais
equipamentos de pátio de uma subestação e suas aplicações, juntamente com
alguns testes adotados nas etapas de implantação, inspeção e manutenção de
uma subestação, sendo de grande importância conhecer o estado de cada
elemento para garantir uma maior confiabilidade dentro do sistema.
Algumas concessionárias ou acessastes optam por executar apenas
manutenções corretivas, diminuindo o quantitativo de paradas e intervenções
em suas instalações. Essa escolha pode ser arriscada, pois o tempo de parada
na ocorrência de uma falta pode acarretar despesas superiores a despesas
com manutenção preventiva, tanto para restabelecer um equipamento, quanto
em multa por não fornecimento de energia.
Portanto, manter um cronograma de inspeção e manutenção torna
qualquer sistema mais confiável, garantindo um melhor planejamento
financeiro, sistemático e operacional.
25

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Organizador FRONTIN, Sergio. EQUIPAMENTOS DE ALTA TENSÃO -


Prospecção e Hierarquização de Inovações Tecnológicas. Brasília – 2013 - 1°
Edição.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6234: Determinação da


tensão
Interfacial de óleo água, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 10710:2006 - Líquido


isolante elétrico - Determinação do teor de água, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR IEC 60156:2004 - Líquidos


isolantes - Determinação da rigidez dielétrica à frequência industrial - Método de
ensaio, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 12133 - Líquidos isolantes


elétricos - Determinação do fator de perdas dielétricas e da permissividade relativa
(constante dielétrica) - Método de ensaio, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 14483:2008 - Produtos de


petróleo - Determinação da cor - Método do colorímetro ASTM, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 7070:2006 - Amostragem


de gases e óleo mineral isolantes de equipamentos elétricos e análise dos gases livres e
dissolvidos, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 7274: 1982 - Interpretação


da análise dos gases de transformadores em serviço, ABNT.

Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10576 - Óleo mineral


isolante de equipamentos elétricos – Diretrizes para supervisão e manutenção, ABNT.

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Acesso dia 25/05/2014 as 08h30min :


http://www.instrutemp.com.br/instrutemp/produto/606/microhmimetro+digital+de+
10a+megabras+mpk2000e

Acesso 25/05/2014 as 10h10min:


http://sistemas.lactec.org.br/mestrado/dissertacoes/arquivos/MarcosWilson.pdf

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26

http://www.testoil.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19:anali
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Acesso 07/06/2014 as 10h25min:


http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialenergia/pagina_3.asp

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http://totalinspe.dominiotemporario.com/doc/MarcosWilson.pdf

Acesso 12/06/2014 as 19h55min:


http://www.osetoreletrico.com.br/web/colunistas/579-avaliacao-em-campo-de-
buchas-em-transformadores-de-potencia-o-fator-de-dissipacao-a-60-hz-e-suficiente-
.html

Acesso 19/06/2014 as 10h13min:


http://www.fahor.com.br/publicacoes/sief/2011_Bases_inspecao_termografica_comp
onentes%20eletricos.pdf

Acesso 19/06/2014 as 11h39min:


http://www.iteag.net/termografia.pdf

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https://www.dfi.isep.ipp.pt/uploads/Guioes%20Labs/2xxx%20-
%20Electricidade%20e%20Electromagnetismo/2045_v2-Transformador.pdf

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http://www.buenomak.com.br/publicacoes/pdf/ISOLACAO-
diagnose_estado_isolacao.pdf

Acesso 22/06/2014 as 09h32min:


http://www.avimach.com.br/eletrica/epte.html

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