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UNIDADE CENTRAL DE ENSINO FAEM FACULDADE

FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ

UCEFF FACULDADES

ENGENHARIA ELÉTRICA

DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA

(Equipamentos que compõe o sistema de distribuição de energia)

ANDERSON LUCAS VAZ MACHADO

Distribuição de energia

FELIPE DAMAREN

Chapecó, (SC), Setembro 2019.


Unidade Central de Ensino Faem Faculdade
Faculdade Empresarial De Chapecó
UCEFF Faculdades
Curso: Engenharia Elétrica.
Período: 8°
Disciplina: Distribuição De Energia.
Professor: Felipe Damaren.

ENERGIA FOTOVOLTAICA

ANDERSON LUCAS VAZ MACHADO


HENRIQUE FACCIN
JOÃO RAFAEL SANTANA
JOSÉ LUIZ POSSIDONIO JEREMIAS
RAFAEL SCHWANTZ

SISTEMAS DE ENERGIA
Chapecó, (SC), Novembro 2017.
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5
OBJETIVOS ..................................................................................................................... 5
EQUIPAMENTOS ENCONTRADOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO .................... 6
Para-raios ...................................................................................................................... 6
Chave fusível unipolar .................................................................................................. 7
Chave fusível religadora ............................................................................................... 8
Chave faca..................................................................................................................... 9
Condutores elétricos ................................................................................................... 10
Muflas ......................................................................................................................... 11
Isolador elétrico .......................................................................................................... 12
Banco de capacitor ...................................................................................................... 13
Religador Automático ................................................................................................. 14
Regulador de tensão .................................................................................................... 16
Transformador ............................................................................................................ 17
INTRODUÇÃO

Redes de distribuição possuem os mais variados tipos de equipamentos que garantem o


seu correto funcionamento, segurança e confiabilidade. O sistema elétrico brasileiro
possui um dos mais sofisticados métodos de distribuição de energia do mundo, fato esse
que garante o fornecimento de energia a quase todo o território nacional, devido a este
fato as redes de distribuição possuem grande extensão territorial e um número muito
grande de equipamentos que garantem o correto funcionamento, confiabilidade e
segurança de todo este sistema.

OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo mostrar alguns dos equipamentos encontrados nas
redes de distribuição, e descrever quais são suas características e função nos locais onde
estão instalados.
.

EQUIPAMENTOS ENCONTRADOS EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO

Para-raios

Para-raios são dispositivos de porcelana ou polímeros, em seu interior podemos


encontrar compostos de óxido de zinco ou carboneto de silício, estes dois materiais se
comportam como resistores não lineares e diante de um aumento da tensão acima de um
limite especificado pelo tipo de para-raios e tensão normal de trabalho se tornam
condutor até que a tensão normal seja restabelecida a níveis normais. Equipamentos
com óxido de zinco não possuem centelhador, já os de carboneto de silício tem um
centelhador em seu interior para a extinção de arcos elétricos formados durante a
descarga do equipamento. Ambos os tipos são utilizados para proteger transformadores,
reguladores de tensão ou qualquer outro equipamento suscetível a sofrer danos causados
por sobre tensão. São ligados em paralelo em uma extremidade e o outro lado é
interligado a terra, em caso de sobre tensão causada por manobra na rede ou por
descarga elétrica o para-raios percebe esse aumento súbito na tensão e descarrega na
terra até restabelecer a tensão de trabalho normal do sistema.
A escolha dos para-raios deve levar em consideração a tensão nominal, tipo de
aterramento, tensão de descarga, máxima tensão de impulso atmosférica, e o tipo de
equipamento que este vai proteger, podem ser classificados como:
Série A tipo pesado: utilizado para proteger equipamentos de alta tensão como
transformadores de subestações;
Série A tipo leve: Para equipamentos de rede de distribuição mais suscetíveis a
interferências por manobras ou descargas atmosféricas;
E Série B destinada a proteger transformadores de distribuição e seus elementos de
manobra e comando.
Abaixo temos um exemplo de para-raios instalado no acesso a cidade de Guatambu,
nesse caso específico ele está fazendo a proteção de um transformador.
Fonte: Do autor

Chave fusível unipolar

São equipamentos instalados em série com um ramal de distribuição da rede


primária, sua função principal é proteger a derivação contra curto circuitos, sobre
correntes ou para seccionar uma parte da rede. Possuem um cartucho e dentro deste se
encontra o elo fusível este elemento que percebe o aumento da corrente elétrica e devido
a esse aumento ocorre um aquecimento até atingir o ponto de fusão, algo em torno de
230°C, quanto mais alta a corrente mais rápido ele se rompe.
As chaves dos elos fusíveis são padronizadas por tipo A, B e C, e os elos
fusíveis são classificados como:
Tipo H: Para correntes de 1 até 5 A, usados basicamente em transformadores de
distribuição, possuem atuação lenta para altas correntes;
Tipo K: Usados em redes de distribuição aéreas, possuem atuação rápida e são
dimensionados através do projeto de proteção, podem ser classificados em dois grupos.
Grupo A com as seguintes correntes: 6, 10, 15, 25, 40, 65, 100,140 e 200A.
Grupo B 8,12, 20, 30,50 e 80A.
Tipo T: Possuem corrente de até 200A, são pouco utilizados no Brasil, possuem atuação
lenta e seu dimensionamento se dá pelo projeto de proteção.
Abaixo temos uma imagem de três chaves fusíveis monopolar instaladas na Av
Deodoro da Fonseca, sua função é seccionar uma derivação da rede.
Fonte: Do autor

Chave fusível religadora

Normalmente são instaladas em locais remotos onde o fornecimento de energia


tem importância considerável. Sua função é semelhante a da chave fusível a única
diferença é que caso aconteça algum curto circuito e algum elo fusível venha a queimar
o cartucho desarma e desse aciona outro cartucho com o elo fusível intacto, este assume
a carga, caso o curto circuito tenha sido passageiro, uma árvore que encostou na rede,
por exemplo, a energia é mantida, se o curto ainda persistir e o fusível venha a queimar
novamente o ciclo se repete pela última vez, caso volte a queimar uma equipe precisará
se deslocar até o local para verificar oque está acontecendo e restabelece o fornecimento
de energia.
Este tipo de chave religadora diminui o deslocamento de equipes, e mantém o
sistema mais confiável, além de possuir um custo menor em relação aos religadores
automáticos, os fusíveis queimados podem ser substituídos em uma inspeção de rotina
dos técnicos da concessionária.
Abaixo temos a imagem de um conjunto de chaves religadoras instaladas entre
Águas Frias e Nova Erechim, sua função é manter o fornecimento de energia, e diminuir
a necessidade de deslocamento de energia até o local para reparos.
Fonte: Do autor

Chave faca

São dispositivos mecânicos utilizados basicamente para manobras de


seccionamento de circuitos energizados, como by-pass, isolamentos de disjuntores
energizados, em alimentadores primários aéreos, em áreas urbanas são usados para
isolar parte do alimentador para manutenção.
Não deve ser operado com a rede a plena carga para evitar acidentes e danos ao
dispositivo. São fabricados para operar em tensões de 13,8, 23,1, 34,5 kV, com corrente
nominal que pode ir de 200, a 600A, dependendo da situação e da chave que deve ser
dimensionada para cada caso. São fabricados em unidades unipolares ou tripolar,
quando são tripolar o equipamento faz o seccionamento e fechamento das três fases
juntas.
Abaixo temos a imagem de um conjunto de chave faca que é responsável pela abertura e
fechamento de um banco de regulador de tensão.
Fonte: Do autor

Condutores elétricos

São elementos responsáveis pela condução de energia de um ponto para o outro,


feitos normalmente de cobre ou alumínio.
Em redes de distribuição normalmente são utilizados cabos de alumínio nu
devido ao seu menor custo e peso em relação ao cobre, por este motivo é amplamente
utilizado. Quando se faz necessário a passagem por longas distâncias ou por trechos de
centros urbanos onde o cabo não pode ceder devido ao risco de acidente pode se optar
por instalar condutores com alma de aço em seu interior para aumentar a resistência à
tração e a flexão. Em regiões de litoral o cobre oferece a vantagem de não sofrer tanta
corrosão devido a maresia.
Os condutores podem estar dispostos na horizontal ou em forma de losango nas redes
primárias ou na vertical em redes secundárias, temos ainda a opção de utilizar redes
com cabos multiplexados tanto em rede primária como nas secundárias, caso essa
configuração seja adotada todos os cabos devem ser isolados com exceção em alguns
casos do neutro que pode ser nu.
Para o dimensionamento de um cabo de rede de distribuição deve se levar em
consideração: 1° carga; 2° a corrente de curto e por 3° a queda de tensão na rede, a
bitola deste tipo de condutor tem uma nomenclatura específica, como segue abaixo:

AWG- American Wire Ground

AWG 2 4 2/10 4/0


mm² 25 50 70 95

Mil circular mil

MCM 336 477

mm² 170 241


Este último utilizado quase que exclusivamente em troncos de alimentadores ou
alimentadores exclusivos, em linhas de transmissão são utilizados cabos com bitolas
ainda maiores.
Abaixo temos um exemplo de rede de distribuição com condutores dispostos em forma
de losango, responsáveis pelo fornecimento de energia a um loteamento localizado entre
as cidades de Chapecó e Guatambu.

Fonte: Do autor

Muflas

Dispositivo utilizado para fazer a conexão entre cabos de média tensão onde
ocorre a ligação entre um cabo nu e um cabo isolado, seu objetivo é promover a
transição nos campos elétricos sem estresse causado por linhas de indução do campo
elétrico muito denso que podem vir a danificar o cabo, normalmente são utilizadas em
conexões de linhas aéreas com ramais subterrâneos, ramais subterrâneos para linhas
aéreas, entrada ou saída de subestações, transições por locais com passarelas.
Podem ser instaladas ao ar livre ou obrigadas. São compostas de porcelana ou
materiais isolantes que podem ser contrateis a frio ou a quente. Toda mufla deve ter sua
blindagem aterrada para que caso ocorra a falha na isolação do cabo não fique
energizado. normalmente são encontradas em bitolas que variam de 25 até 630 mm². Na
imagem abaixo temos a foto de algumas muflas instaladas na frente da brf Chapecó, sua
função neste caso é fazer a conexão entre um cabo nu e um cabo isolado que passa por
cima de uma passarela onde existe a circulação de pessoas.
Fonte: Do autor

Isolador

São elementos sólidos com propriedades mecânicas capaz de suportar os


esforços produzidos pelos condutores, exerce função de isolar os condutores submetidos
a uma diferença de potencial em relação à terra, fixa-los em redes de distribuição, e
podem ser do tipo apoiadores ou de tração.
São fabricados em cerâmica, vidro ou polímeros.
Tipos de isolador:
Tipo roldana: usados em redes de baixa tensão secundárias;
Isolador tipo pino: usado em redes de distribuição primária até 34 kV rurais e urbanas;
Isolador de disco: Em redes primárias rurais e urbanas em linhas de transmissões seu
material pode ser vidro ou porcelana, usado em estruturas de ancoragem e armações
como estruturas de uma torre.
Na imagem abaixo temos a foto de um isolador instalado na entrada de uma subestação
da Aurora do Saic sua função é isolar o cabo de alta tensão da estrutura de subestação.
Fonte: Do autor

Banco de capacitor

Podem ser fixos, ou seja, estão sempre ligados ou automáticos acionam de


acordo com a necessidade. São dispositivos capazes de armazenar uma determinada
quantidade de energia reativa num campo elétrico e descarregar lá na rede quando
necessária.
Sua instalação pode ser feita em locais estratégicos ou nas subestações de
potência. São interessantes para manter um percentual maior de corrente ativa na rede,
corrigir fator de potência, diminuir carga reativa indutiva no sistema, pois esta passa a
ser suprida pelo banco de capacitor, melhorar o perfil de tensão e exige bitolas menores
dos cabos.
Normalmente é composto por armadura placas metálicas envolvidas por
dielétricos, dielétrico de filme de polipropileno associado a camada de papel tipo kraft
dielétrico, líquido de impregnação para isolação da armadura contra a caixa ou carcaça e
resistor de descarga para descarregar o capacitor quando este é desenergizado.
Na imagem abaixo temos a foto de um banco de capacitor instalado em uma rede
localizada na avenida Fernando Machado sua função neste local provavelmente é
diminuir a necessidade de fornecimento de corrente reativa para as unidades
consumidoras.
Fonte: Do autor

Religador Automático

Utilizado para proteção contra sobre correntes este dispositivo pode substituir as
chaves fusíveis, possui um valor mais elevado, pode ser usado para manobras
principalmente em redes aéreas primárias.
Possuem um mecanismo de temporização dupla com até 4 rearmes, algumas das
vantagens de se utilizar religador automático são menos queima de elos fusíveis,
possibilita uma melhor seletividade para vários tipos de defeitos por sobre corrente,
minimizam deslocamento de equipes de manutenção para defeitos transitórios,
proporcionam maior proteção aos equipamentos da rede.
Os religadores podem ser classificados de acordo com a forma de atuação, os
mais antigos possuem um sistema hidráulico, este sistema é simples econômico e com
grande vida útil, porém possui baixa flexibilidade em relação a seus ajustes de curvas de
atuação, devido a este fato estão sendo substituídos por equipamentos com ação
eletromagnética que são controlados por um microprocessador, estes possuem um custo
mais elevado, porém possuem uma vasta gama de curvas que podem ser ajustadas de
acordo com a necessidade de cada caso, possuem opções de monitoramento de tensão
fator de potência harmônicas entre outros. Seu princípio de funcionamento se baseia em
um sensor que ao sentir uma corrente acima do normal do circuito envia um sinal para o
sistema de manobra que abre os contatos principais após um período pré-determinado
denominado tempo de religamento o sensor envia outro sinal fazendo com que aconteça
o fechamento dos referidos contatos energizando o alimentador se a corrente de curto-
circuito persistir o religador desliga novamente e o ciclo se repete por um número
determinado de vezes, normalmente os ciclos de operação são definidos de acordo com
as regras da concessionária de energia.
Devem ser instalados levando-se em consideração a tensão nominal do religador
capacidade de corrente e tensão do sistema demanda máxima do alimentador
capacidade de ruptura tensão suportável de impulso. Sua instalação se dá em pontos pré-
determinados de circuitos longos onde a corrente de curto-circuito pela elevação da
impedância não tem valor expressivo em derivações e ramais que suprem cargas
relevantes com elevado risco de falhas transitórias pontos imediatamente após uma
carga que necessita de uma levada continuidade de serviço ou era mais que alimenta os
consumidores primários cuja proteção seja feita através de disjuntores dotados de
eletrônicos secundários.
Na imagem abaixo temos um religador instalado na entrada da linha São Vendelino e
sua função nesta localidade é garantir ou diminuir ao máximo o número de interrupções
na rede.

Fonte: Do autor
Regulador de tensão

São equipamentos destinados a manter um determinado nível de tensão em uma


rede de distribuição urbana ou rural quando esta é submetida a uma variação de tensão
fora dos limites especificados. São um tipo de autotransformador dotado de derivações
no seu enrolamento em série. Normalmente plicados em sistemas de distribuição com
tensão que podem variar de 15 a 34,5 kV, ou seja, tensões primárias de distribuição,
normalmente são empregados em redes de distribuição rurais com grande extensão e
com carga não muito acentuada devido ao fato de reduzirem a queda de tensão e a
variação da tensão de fornecimento, os reguladores são aplicados aos alimentadores em
unidades monofásicas e podem formar um banco trifásico, para circuitos trifásicos em
subestações são utilizados na regulação da tensão de barras de distribuição.
Existem dois tipos de reguladores de tensão autobooster e o regulador de tensão
de 32 degraus, autobooster são os mais simples e amplamente utilizados em lugares
com carga baixa: redes de distribuições rurais e cidades do interior e sua conexão com a
rede pode ser feita em Delta ou estrela, já os reguladores de 32 degraus podem elevar ou
reduzir o valor da tensão dos seus terminais e saída são utilizados em redes de
distribuição rural com grande comprimento que alimentam em seu percurso
comunidades urbanas, este tipo pode ser ligado em Delta.
Abaixo temos a foto de um regulador de tensão instalado no acesso a Guatambu sua
função neste local é elevar a valores aceitáveis a tensão que chega até a cidade.
Fonte: Do autor

Transformador

Equipamentos estáticos operam através de indução eletromagnética transferindo


a energia de um circuito primário para um circuito denominado como secundários ou
terciários, transformadores de redes de distribuição normalmente possuem somente
primário e secundário e trabalham com tensões que variam de 13,8 kV a 34,5 kV para
trifásicos e 13,8 ou 19,5 para monofásicos no enrolamento primário no secundário as
tensões podem ser 127/220, 220/380 para os trifásicos ou 220 para 440 para os
monofásicos temos ainda a opção bifásica contenções que podem variar de 127/254
127/240 ou 220/440 dependendo da regiões em que estão instalados. Sua função
basicamente é rebaixar atenção primária para atenção de fornecimento para o
consumidor final. Sua refrigeração normalmente se dá por meio de troca térmica com
óleo em transformadores imersos ou a seco, quando se faz necessário a instalação de um
transformador em locais fechados e com circulação de pessoas a norma exige o uso de
transformador com refrigeração a seco, ou seja, sem óleo.
A maioria dos transformadores possuem ajustes chamados Taps, estes ajustes
são feitos no enrolamento primário do transformador de forma que se possa adequar à
tensão primária do transformador a tensão de alimentação. Os taps podem ser
selecionados acessando um painel de ligação ou comutador instalado dentro do tanque
do transformador, devido a este fato os taps devem ser manobrados com o
transformador desconectado da rede de alimentação ou com o mesmo desenergizado,
com exceção dos transformadores com taps automáticos que fazem o ajuste com o
equipamento energizado e não necessita de intervenção humana.
Na figura abaixo temos a imagem de um transformador instalado no acesso a Guatambu
e sua função neste local é rebaixar atenção primária e fornecer energia para uma granja.

Fonte: Do autor

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