Você está na página 1de 33

COMUNIDADE

ENERGÊS

CURSOS 

BLOG 

CONTATO

SOBRE MIM

MENU

O QUE VOCÊ PRECISA


SABER SOBRE
SUBESTAÇÕES EM MÉDIA
TENSÃO
 CONTEUDISTA  11/02/2021  FALE ENERGÊS
 PLURAL: 8 COMENTÁRIOS
Fala Energista!

Você sabe dizer qual a instalação elétrica é


responsável pela conexão de energia, entre a usina e
a rede elétrica?

Bom, se você acompanha o nosso conteúdo, saberá


que é a Subestação de Energia Elétrica, não é
verdade?!

Mas, nesse artigo, vamos compreender melhor sobre


os principais equipamentos das Subestações de
Média Tensão. Além disso, de regras importantes,
para os diferentes tipos de empreendimentos de
energia, em que a subestação é aplicável.

Primeiramente, vamos entender o que é uma


subestação e as normas do Brasil.

O QUE É UMA
SUBESTAÇÃO
Em suma, a Subestação de Energia Elétrica, que
chamamos também de SE, é um conjunto de
equipamentos elétricos, responsáveis por adequar
nível de tensão e corrente da rede elétrica, de
acordo com as necessidades de geração,
transmissão, distribuição e consumo de energia
elétrica.

Ou seja, a subestação tem como função garantir


com que o fluxo de energia elétrica percorra toda a
rede elétrica. Logo, as SEs garantem que cada
unidade ao longo do sistema a receba energia dentro
dos parâmetros elétricos de funcionamento, de
forma segura.

Portanto, ao longo de todo o SIN, existirão


subestações de energia elétrica, desde a geração até
o consumo de energia. Uma vez que cada
componente da rede elétrica possui diferentes
tensões de funcionamento, potência nominal, eles se
conectam ao longo do sistema.
Dito isto, uma vez que a SE possui como função
principal a adequação de tensão, representamos
a subestação pelo seu principal componente, o
transformador. Através dos terminais do
transformador da subestação, saberemos se a SE é
abaixadora ou elevadora.

A Subestação Elevadora é aquela em que a


tensão no primário do transformador é inferior a
tensão no seu secundário. Por outro lado, a
Subestação Abaixadora é a que possui a tensão
primária superior a secundária.

As Subestações Elevadoras são mais comuns no


começo de linhas de transmissão. Pois, elevar a
tensão reduz os custos de cabeamento, e de
sustentação dos cabos das redes. Ou seja, uma
tensão elevada reduz a passagem de corrente num
circuito.

Já Subestações Abaixadoras são mais comuns na


distribuição, para adequar a tensão da rede de 13,8
kV para a tensão de 127/220V(ou 380V, dependendo
do estado) dos equipamentos residenciais.

É importante notar: para determinados


consumidores, existe a necessidade de se instalar
uma subestação, para conectar a carga total de
consumo na rede da distribuidora.

Vamos entender isso melhor, falando sobre as


principais normas relativas às subestações de
energia elétrica.

Classi cação das Subestações


de Média Tensão
Em linhas gerais, com base na norma NBR
14039:2003, podemos classificar as subestações
como abrigadas ou abertas (ao tempo) e com
relação a sua posição relativa ao solo (sendo
classificadas como aéreas, no solo e subterrâneas).

Subestações Abrigadas – São Subestações nas


quais os componentes estão protegidos do tempo,
abrigadas geralmente em alvenaria. Assim, todos os
equipamentos da SE estarão instalados dentro de
uma construção, protegidos de intempéries.
Subestações ao tempo – Em contrapartida a SE
abrigada, a subestação ao tempo está com todos os
equipamentos expostos ao ambiente. Ou seja, ao ar
livre. Nesse sentido, é necessário um grau de
proteção contra água, poeira, entre outros agentes
que interferem no bom funcionamento da SE mais
rigoroso.
Subestações Aéreas – Também conhecida como
Subestação simplificada, a SE aérea é assim
classificada por possuir o transformador instalado
num poste. Em geral, por esse motivo, a instalação
de uma SE aérea é aplicável a empreendimentos de
pequeno porte.
Subestações Blindadas – As subestações
blindadas possuem seus componentes instalados
dentro de cubículos metálicos, então, é um tipo de
proteção maior ao acesso dos equipamentos, assim
como contra ações climáticas.
A blindagem é importante também para mitigar os
efeitos de um curto-circuito, contendo a propagação
de um arco elétrico ou combustão de equipamentos.
Podem ser vistas tanto ao tempo quanto abrigadas.

Subestações de Transformação – As SEs de


transformação são as subestações destinadas a
garantir o fluxo de energia entre dois trechos em que
a tensão de operação entre é diferente. Assim,
haverá a presença de um transformador para
garantir a transformação da tensão.

Sendo assim, se a tensão primária do transformador


é maior do que a secundária, será uma subestação
elevadora, caso contrário, trata-se de uma SE
abaixadora.

Subestação de Manobra – A subestação de


manobra se trata de uma subestação responsável
por garantir a proteção e operação de determinados
trechos da rede elétrica, onde haja necessidade
apenas do controle entre os trechos, sem a
necessidade de adequar a tensão de operação
entre eles. Logo, não há a presença de um
transformador.
NORMAS DE
SUBESTAÇÕES ELÉTRICAS
EM MÉDIA TENSÃO
Com relação as Subestações em Média Tensão, onde
se encontram a maior parte das instalações elétricas
do SIN, das principais normas para instalações de
subestações, a NBR 14039 é a norma primordial.

A NBR 14039, estabelece os parâmetros das


instalações elétricas em níveis de tensão entre 1,0 e
36,2 kV. Esta norma se aplica a todos os
equipamentos dentro desta faixa de tensão, em
instalações elétricas e suas diretrizes se aplicam
desde a geração até o consumo de energia elétrica.

Contudo, o item 9 da norma engloba os critérios e


definições referentes as subestações, como o tipo de
subestação, distâncias de segurança e ventilação.

Já na Baixa Tensão, ABNT 5410/04 estabelece as


condições gerais de dimensionamento de
equipamentos, cabos e dispositivos de proteção e
manobra, para níveis de tensão até 1 kV em corrente
alternada e 1,5 kV em corrente contínua.

As instalações em baixa tensão, geralmente se


situam no lado secundário das subestações, após a
transformação da tensão que vem da distribuidora.
Por isso, é importante realizar o projeto obedecendo
esta norma.

Contudo, essas normas estabelecem critérios de


proteção, condições de aterramento, fundamentais
para o manter a operação da subestação da melhor
maneira possível.
REN 414/10 - Condições de
fornecimento
Para o fornecimento de Energia Elétrica em qualquer
nível de tensão, aplicam-se as regras da REN
414/10. A resolução 414 estabelece os critérios de
fornecimento de energia.

Dentre os critérios estabelecidos pela REN 414,


quando avaliamos as subestações, vale destacar os
critérios de tensão de fornecimento. O artigo 12
estabelece que Unidades Consumidoras com carga
instalada a partir de 75 kW, terão fornecimento de
energia da distribuidora em tensão primária,
inferior a 69 kV.

Isso significa dizer que se a UC possui uma carga


instalada superior a 75 kW, sua tensão de
fornecimento será em 13,8 kV ou na tensão
disponível pela distribuidora no ponto de entrega.
Ou seja, como os equipamentos de uma UC em sua
grande maioria serão de tensão 220/380 ou 127/220
V, será necessária a instalação de um transformador
no local. Isso implica na construção de uma
Subestação.

COMPONENTES DE UMA
SUBESTAÇÃO
Uma vez que temos conhecimento dos tipos de
subestações das normas vigentes importantes para
sua instalação, vamos entender melhor sobre os
principais componentes de uma SE.

Transformador de Potência
Também conhecido somente como transformador, é
responsável pela adequação da tensão de operação
entre os trechos primário e secundário da instalação
em que se encontra.

Por esse motivo, é o equipamento principal da SE.


Em geral, as subestações possuem dois tipos de
transformadores, trafos a óleo ou a seco.

Por razões de segurança e durabilidade, tem-se


usado cada vez mais transformadores a seco, visto
que óleo é um líquido inflamável e necessita de troca
constante, o que torna o custo da sua manutenção
maior ao longo do tempo.
No mais, quando a SE for parte integrante da
edificação, ou seja, quando as portas da subestação
se abrem para o interior do prédio, deve-se usar
somente transformadores à seco, conforme a
NBR 14039.

Transformador de Corrente –
TC
Em resumo, os transformadores de corrente, os TCs,
são equipamentos responsáveis pela adequação da
corrente elétrica para o circuito de medição de
energia e proteção elétrica, os relés da SE.

Uma vez que os equipamentos de medição e


proteção são eletrônicos, possuem uma corrente de
operação muito baixa, é necessário adequar o sinal
de corrente para tais equipamentos.
Assim, a relação de transformação dos TCs, a RTC é
padronizada, sendo a corrente secundária do TC
sempre 5 A. a tabela abaixo mostra as RTCs padrão.
De acordo com a corrente nominal do circuito, será
aplicado um transformador de corrente na instalação
das subestações em média tensão.
Transformador de Potencial -
TP
De maneira análoga aos TCs, os transformadores de
potencial são responsáveis por adequar a tensão
nominal do circuito a tensão de operação de relés e
equipamentos de medição.

Da mesma forma, a tensão secundária do TP é


padronizada em 120 volts. Ou seja, a tensão
secundária do TP sempre será 120 V para os
equipamentos de medição e proteção.
Disjuntores
Resumidamente, os disjuntores são equipamentos de
proteção responsáveis por interromper o circuito.
Assim, mediante condições anormais de operação da
instalação, o disjuntor “abre” e interrompe a
passagem de corrente.

Além do acionamento manual através das chaves


dos disjuntores, nas subestações, estes dispositivos
também são acionados pelos relés instalados na SE,
conectados eletricamente no circuito.

Uma vez que os relés identificam uma condição de


curto-circuito, sobrecorrente, sobretensão, ou
qualquer condição adversa de operação na
instalação, o relé envia um sinal elétrico para o
disjuntor.
Em geral, os disjuntores de Média Tensão são
divididos em Disjuntor à Vácuo, gás SF6 e PVO
(Pequeno Volume de Óleo). Em resumo, essa divisão
de disjuntor tem relação ao tipo de extinção do arco
elétrico no interior do disjuntor, devido a intensidade
da corrente.

No mais, quando a SE for parte integrante da


edificação, deve-se empregar apenas disjuntores a
vácuo e SF6, de acordo com a NBR 14039.
Relés de Proteção
Os relés de proteção são o cérebro da proteção de
uma SE. Os relés são importantes para
monitorar o funcionamento da subestação,
observando as grandezas de tensão e corrente da
instalação.

Uma vez que o relé identifica uma condição de


funcionamento diferente da operação do circuito, o
relé envia um sinal de corrente para os
equipamentos de proteção mais próximos do trecho
com defeito para isolar aquele trecho do circuito.

Por esse motivo é importante dimensionar


corretamente os relés, bem como as condições de
operação aceitáveis para que seu acionamento seja
adequado.

Por fim, para a proteção adequada de uma


subestação, são escolhidas determinadas funções de
proteção dos relés, de acordo com a tabela ANSI de
funções, conforme abaixo.
Comumente, As funções em subestações Média
Tensão são as funções de sobrecorrente de fase e
neutro, instantânea e temporizada, 50 e 51, 50N e
51N, segundo a tabela ANSI, respectivamente. O N
após o código se refere ao condutor Neutro.
Contudo, dependendo da aplicação da subestação e
da concessionária na qual será instalada, haverá a
obrigatoriedade de outras funções.

Agora que conhecemos mais sobre os principais


equipamentos de uma Subestação, vamos ver num
diagrama unifilar como estes componentes estão
instalados.

Se ficou com alguma dúvida sobre o conteúdo do


artigo, deixe seu comentário aqui!

Venha fazer parte da maior comunidade de energia


do Brasil e comece sua carreira no setor de energia
com o pé direito!
TRANSFORME CARREIRA EM
ENERGIA

Até a próxima!

Joi e equipe energês

ANTERIOR PRÓXIMO

O QUE É COMUNHÃO ENTENDA TUDO SOBRE


DE CARGAS NO OS ATOS NORMATIVOS
MERCADO LIVRE DO SETOR ELÉTRICO

8 Comentários

LOBATO DA ECOPOWER
05/04/2021 A 06:34 RESPONDER

Top Top top!


Hoje tornou-se padrão a exigência de SE
para projetos fotovoltaicos acima de 75 kW,
apesar de tal necessidade em um ambiente
sem UFV estar restrito a projetos acima de
300 kVA, correto?
No caso de minigeração pode ser
necessária a elevação de tensão para 69 kV,
correto?
Quando é necessária a ligação em 69 kV e o
quê isso impacta em termos de
equipamentos e custo do projeto?
Grato!

JOI
20/04/2021 A 10:38 RESPONDER

Olá Lobato, como vai?


A REN 414/2010, estabelece, Art. 12, IV.
Que uma UC com demanda contratada
superior a 2.500 kW, deve ser atendida
em 69 kV. No entanto, de acordo com a
mesma norma, Art.13, II. A UC pode ser
conectada em outro nível de tensão,
sem observar os critérios do artigo 12,
caso haja conveniência técnica e
econômica, com anuência do
interessado. Ou seja, pode ser
conectada em tensão inferior, caso a
distribuidora tenha viabilidade para tal.
Muitas das vezes, em Consultas de
Acesso, isso é pedido pelos
consumidores, onde o intuito é de
conectar unidades de Minigeração
acima de 2.500 kW em 13,8 kV ou 25
kV.

JOÃO JOSÉ DE ARAÚJO SOARES


30/11/2021 A 14:37 RESPONDER

Gostei do material. Como faço para receber


postagens de vocês?

CAROLINE - EQUIPE ENERGÊS


02/12/2021 A 11:57 RESPONDER
Olá João, como vai?
Obrigada pelo feedback! Para nos
acompanhar você pode se inscrever no
nosso club vip pelo link:
https://energes.com.br/
Logo no início da página vai ter a
opção “Receba nossas notícias”, basta
cadastrar seu e-mail para nos
acompanhar de pertinho.

GUMERCINDO JORGE
18/03/2022 A 09:05 RESPONDER

Bom dia!! Muito esclarecedora a matéria


sobre as SE’s. Goste muito. Parabéns a
todos da equipe Energês!!!

CAROLINE - EQUIPE ENERGÊS


22/03/2022 A 08:15 RESPONDER

Olá Gumercindo!
Que bom que foi agregador para você!
Sempre que precisar conte conosco.

FABIO SILVA
10/05/2022 A 11:34 RESPONDER

Gostei muito do material bem complexo


mim ajudou muito a entender melhor

CAROLINE - EQUIPE ENERGÊS


05/06/2022 A 21:52 RESPONDER

Olá Fabio!
Excelente, ficamos felizes que foi útil
para você. No que precisar conte
conosco!

Deixe um comentário
O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos
obrigatórios são marcados com *
COMENTÁRIO *

NOME *

E-MAIL *

SITE

Publicar comentário
SOBRE A INSTITUCIONAL
AUTORA FACEBOOK
EMPRESA
Home Energ
6.411 se
Sobre
Fale a
BLOG Seguir Página
linguagem Oi, aqui é
da energia a Joi. Sou
Contato
e entre no uma
mercado engenheira
mais apaixonada
promissor por
do energias
mundo! renováveis.
Bora falar
Energês!?

Copyright 2023 ENERGÊS – Todos os Direitos Reservados

Você também pode gostar